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SEGUNDA AVALIAÇÃO
Recife, 2016
Eu, diante de mim, na minha busca e na minha fuga de mim mesmo: o que posso
dizer de mim com relação às aulas de processos de subjetivação?
A partir daí, tomei a fantasia como princípio dos desejos. Sem ela, não existe
“faz de conta”. Não existe o “e se...”. Porém, a fantasia, como fator essencial à
construção do indivíduo, também está presente na ideia de castração e de complexo
Édipo. A partir disso, é imprescindível tomar o princípio do prazer como origem das
fantasias, pois ele desconhece a realidade, a responsabilidade, os deveres, o tempo. Ele
afastar-se de qualquer evento que possa despertar desprazer. Por outro lado, o princípio
de realidade regula a busca pela satisfação levando em conta as condições impostas pelo
mundo externo e vem substituir o princípio de prazer como uma proteção e não como
uma deposição deste último.
E nessas nunca cessantes busca e fuga por mim, tomei conhecimento do quanto
os sonhos são fundamentais para compreender como funciona o aparelho psíquico.
Sonhos são mitos dos indivíduos. Tomando como base a teoria de Freud que explica
esse funcionamente através de três instâncias: consciente, pré-consciente e inconsciente,
é possível notar como os sonhos são formas diretas de acessar o inconsciente. Mas os
sonhos têm por característica sua a falta de senso, sua não obediência às leis que nos
regem na vigília. O que Freud formula é que os sonhos seguem uma lei própria, seguem
uma lógica que não é a lógica cotidiana. É levado assim a demonstrar que nosso aparato
mental é formado pela consciência, cujas regras reconhecemos, e pelo inconsciente,
cujos efeitos nos surpreendem por seguir uma lógica diferente e desconhecida. Desta
forma, um desejo que não condiz com nossa posição social, nosso sexo, nossa situação
civil etc é jogado naquele campo que não segue as mesmas regras de nossa consciência.
No inconsciente, este desejo vai procurar sua expressão a qualquer custo. Se não é
possível que ele se expresse conscientemente, ele vai buscar alguma expressão
substitutiva que consiga escapar à censura. O sonho pode ser entendido como a
expressão de uma série de desejos, que encontram nele a única via para a consciência.