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ARTES VISUAIS / LICENCIATURA

ANDRÉA VILAÇA LOPES MOURA

A Arteterapia como expressão de emoções reprimidas e


superação de bloqueios em alunos do quinto ano

BELO HORIZONTE
2021

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ANDRÉA VILAÇA LOPES MOURA

PROJETO DE ENSINO

A Arteterapia como expressão de emoções


reprimidas e superação de bloqueios em
alunos do quinto ano

Projeto de Ensino apresentado à Universidade Norte do


Paraná-UNOPAR como requisito parcial à conclusão do
Curso de Artes Visuais

Orientador: Prof. Sandro Marcio Pessutti

BELO HORIZONTE
2021

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SUMÁRIO

1 - INTRODUÇÃO………………………………………………………………………….. 3
2 - TEMA:.................................................................................................................... 4
3 - JUSTIFICATIVA…………………………………………………………………………. 6
4 - PARTICIPANTES………………………………………………………………………. 7
5 - OBJETIVOS…………………………………………………………………………….. 8
6 - PROBLEMATIZAÇÃO…………………………………………………………………..9
7 - REFERENCIAL TEÓRICO…………………………………………………………....12
7.1 - AS ARTES VISUAIS………………………………………………………………... 12
7.2 - A PSICANÁLISE E A ARTETERAPIA…………...………………………………..15
7.3 - O 5 ANO DO ENSINO FUNDAMENTAL…………………………………………..17
8 - METODOLOGIA………………………………………………………………….. 18
9 - CRONOGRAMA…………………………………………………………………….. 20
10 - RECURSOS…………………………………………………………………………...21
11 - AVALIAÇÃO……………………………………………………………………….... 22
12 - CONSIDERAÇÕES FINAIS………………………………………………………. 23
13 - REFERÊNCIAS……………………………………………………………………….24

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INTRODUÇÃO
Comportamentos difíceis são comumente vistos no ambiente de sala de aula,
principalmente nessa faixa-etária dos alunos do 5° Ano e muitas vezes ignorados pelos
professores e pais, até por não disporem de tempo e saberem como agir.
Abordaremos tanto os benefícios que a disciplina de Arte produz (inclusive
como arteterapia) como as possibilidades de trabalhar problemas mais profundos na
criança, de forma terapêutica e com ferramentas poderosas da psicanálise, na
Arteterapia.
Apresentaremos autores da área cognitiva e comportamental que trará maior
embasamento desse processo, para que o comportamento da criança não seja visto de
forma rasa, sem entender seus conflitos.
Esclarecemos como essa criança pode ser ajudada, mesmo não tendo um
espaço acolhedor em sua casa, ou mesmo recursos para ser assistida com profissionais
da área psicoterapeuta, pois através da comunicação nas artes, a criança passa a se
conhecer e expressar suas emoções, conseguindo dialogar e compreender a si mesma
e seu entorno.
Nas atividades de arteterapia aplicadas em sala de aula, mostraremos o que
cada atividade proporciona de forma que o aluno vai se apropriando dos seus próprios
conteúdos, conhecendo a si mesmo e se tornando em sujeitos ativos em um processo
educativo e terapêutico..
Trabalhando o autoconhecimento do aluno ao ponto de conseguir falar sobre
seus sentimentos, parte de seus bloqueios emocionais, começam a se esvair. E
notoriamente, à medida que avançam nesse processo, vão se tornando adultos muito
mais equilibrados e emocionalmente sadios.
Na criança, a arte é encontrada de forma inata e espontânea e geralmente
se manifesta em suas brincadeiras. Muitos pesquisadores já comprovaram a importância
do brincar, pois as emoções vão se alinhando, dando espaço a novas experiências
positivas.
E por último, além dos recursos materiais necessários para a execução do
Projeto em sala de aula, o Cronograma mostrará de forma prática, como podem ser
aplicadas as modalidades de arteterapia como forma de ajudar os alunos em suas
dificuldades, vencendo bloqueios.

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2 - TEMA:
A Arteterapia como expressão de emoções reprimidas e superação de
bloqueios em alunos do quinto ano, foi escolhido como tema para ajudar através de
ferramentas preciosas como as artes e a ciência do comportamento humano, nos
bloqueios desses discentes.
Esses alunos, antes de mais nada são crianças, que agora com a
personalidade já formada, seguem os registros de tudo o que foi vivenciado até seus
10, 12 anos. Registros como traumas, medos, culpas, muitos vindo de um ambiente
hostil, vivenciando violência doméstica e outras mazelas,
E nesse universo das emoções (diversas e conflitantes) muitos se vêem
perdidos e sem suporte, para sequer entendê-las.
A sala de aula pode ser um lugar de alento. Um espaço para abordar,
compreender, explicar e principalmente aprender a expressar de variadas formas,
coisas tão profundas da alma e do ser.
Com essa proposta de Artes aliada à Psicanálise, o docente atua como um
facilitador no processo de transformação dessa criança, tendo a oportunidade de
ajudá-las a obter uma saúde emocional equilibrada e feliz.
As Artes entram como um grande refúgio e alento em meio ao caos. Seja
este interno ou social, devido a emoções e conflitos mal resolvidos.
Por não ter encontrado espaço para falar sobre esses sentimentos e
emoções, dentro de casa, o aluno carrega um fardo inconsciente.
Emoções reprimidas, mal canalizadas ou não resolvidas, se tornam
extremamente prejudiciais ao ser humano e principalmente aos mais jovens, que ao
experienciá-las pela primeira vez, sentem e sofrem com muito mais intensidade
essas emoções. E como o que está represado, muitas vezes não suporta além do
seu limite, esse pequeno ser, com a chegada da puberdade, enfrentando a pré-
adolescência, acaba por explodir de alguma forma: Se retraindo, isolando ou
tornando-se agressivo, inquieto. Mas isso são apenas os sintomas, que mascaram
algo mais profundo do que é mostrado...
A escola é a primeira a captar essa externalização, no acompanhamento do
aluno, dia após dia. No convívio social entre colegas e professores, percebe-se as
dificuldades de relacionamento, em muitos deles alunos.
Esses conflitos e bloqueios em determinados alunos, perceptível em uma
exposição de idéias (com a verbalização ou falta dela); na resistência em seguir

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comandos e rotinas; na busca por isolamento, devido à timidez e insegurança; assim
como a agressividade no comportamento. Essas são apenas algumas formas que
essas crianças encontram de expressar, coisas que não estão sendo ditas.
E disso precisamos falar. Segundo Valladares (2008) a arte é inerente ao
ser humano e é um meio de expressão, comunicação e de linguagem.
Com a vida escolar em paralelo à do lar, esse estudante começa à lidar com
questões de relacionamentos interpessoais, além de ter que entender de
sentimentos e assuntos complexos, sem ter autoconhecimento.
Com o agravante de estarem entrando numa fase de puberdade, se
deparam com conflitos como baixa auto-estima, não aceitação de si próprio,
traumas, culpas, medos, inseguranças e toda uma sorte de novas vivências.
São dores reais e experienciadas por todos, mas que muitas vezes não se
tem orientação sobre isso, gerando uma angústia solitária. E essa educação
emocional, de extrema importância, é inexistente. Justo quando mais precisamos
delas, para compreender e ser ajudado em questões dolorosas, como as primeiras e
avassaladoras paixões e amores não correspondidos, os primeiros e constantes
desejos sexuais, crises por um vazio existencial, necessidades de pertencer à um
grupo ou seguir um ideal, incompreensão do mundo e de si mesmo e a lista
continua.

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3 - JUSTIFICATIVA
A razão em escolher esse tema é sua relevância. Para atender à esse
alunado em especial, do 5° ano do ensino fundamental no intuito de compreender
comportamentos variados e alcançar através da Arte, uma significativa mudança na
comunicação e expressão desses alunos.
A arte, tão ligada aos desejos e o cognitivo, muitas vezes se revela através
do inconsciente, como veremos ao longo desse Projeto de Ensino, dando
possibilidades de trabalhar angústias, muitas vezes não revelada em palavras, mas
como bem explica a Psicanálise, acabam sendo ditas de outra forma.
O docente tem um leque de possibilidades com as Artes Visuais, que
outras matérias/disciplinas, muitas vezes não possibilita. No contato direto com o
aluno, dando a oportunidade deles se expressarem, na abordagem de assuntos
diversos.
Ao ser colocado na posição de protagonista ao expressar, seja de forma
consciente ou inconsciente, através das artes plásticas, midiáticas ou cênicas, sobre
assuntos que o incomodam por anos mas nunca encontrou um canal aberto para se
comunicar, o aluno acaba se expressando abertamente ou de forma inconsciente
em cada fazer artístico, como num processo catártico.
O trabalho com as Artes Visuais em sala de aula, reforça e estimula no aluno
seu desenvolvimento sensório motor, intelectual, no processo de socialização, no
aperfeiçoamento da criatividade e autoconsciência..
Com elementos fundamentais que alicerçam o ser humano: Sentimentos,
emoções, idéias e ideais. Há pouca luz sobre como aplicar de forma prática
ferramentas maravilhosas da psicanálise de forma a tornar acessível através da
arteterapia, estes benefícios
Um problema tão corriqueiro e que todos os professores inevitavelmente irão
passar, que é ter uma turma heterogênea mas com conflitos tão repetidos, comuns,
mas diversos e ao mesmo tempo, tão únicos e individuais.
O aluno avança aprendendo a lidar com emoções errôneas que se instalam
como a auto-culpa (mesmo ela sendo vítima) mal canalizadas (como a raiva,
transformada em agressividade), nocivas como baixa estima (trazendo insegurança
e retraimento) entre tantos outros conflitos e traumas que geram bloqueios.

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4 - PARTICIPANTES

A proposta desse projeto de ensino, do qual trata as Artes Visuais, visa


contemplar as crianças na faixa-etária dos 10 a 12 anos, estudantes do 5° ano,
como os grandes participantes deste estudo.
Os benefícios advindos da Arteterapia, entram como resultado por ajudar
esses participantes a lidar melhor com suas emoções e expressá-las .
Portanto, a pesquisa se baseou neste público alvo, com a implementação de
metodologias voltadas para esse alunado.

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5 - OBJETIVOS

OBJETIVO GERAL

● Desenvolver as Artes Visuais aliada à Psicanálise, ajudando o aluno do


5° Ano, na superação de bloqueios, traumas e conflitos, através da
arteterapia.

OBJETIVOS ESPECÍFICOS:
● Envolver o aluno em diferentes atividades para interação
● Despertar o interesse de falar sobre as emoções, expondo suas idéias
e opiniões
● Desenvolver a capacidade de comunicação e expressão
● Promover a auto-estima com reforços positivos
● Superar bloqueios e conflitos internos, ao conseguir refletir e ffalar
sobre seus sentimentos

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6 PROBLEMATIZAÇÃO:

É Possivel fazer o uso da arteterapia por meio das aulas de Artes Visuais
como expressão de emoções reprimidas e superação de bloqueios em alunos do
quinto ano? Com a proposta de aproveitar toda a riqueza da disciplina de Artes,
além do que ela já contribui de forma magnífica para a humanidade, este projeto de
ensino visa o resultado no comportamento da criança, ao vencer seus bloqueios,
com foco no processo de sublimação.
As possibilidades oferecidas através das Artes Visuais com intervenções
psicanalíticas, tem o intuito de ajudar as crianças a compreender o que se passa
com elas e seu entorno. No intuito de ajudar na eliminação de sentimentos nocivos
de culpa.
Sob uma perspectiva psicanalítica, enfatizando a teoria freudiana, essa é
apenas uma, das várias facetas emocionais expressadas pelos alunos que revelam
bloqueios emocionais e angústias veladas, sem ter um acompanhamento
profissional ou mesmo um suporte no ambiente familiar que o permita dialogar
conflitos camuflados.
As situações de agressividade no ambiente institucional-escolar, geram
reflexões e dificuldades dos professores de encontrar soluções nesses
comportamentos bem frequentes. .
Em meio às atividades de criação e manuseio dos materiais do fazer
artístico, momentos de reflexão estão acontecendo, trazendo quietude, relaxamento,
entre outros benefícios. E esses alunos estão sendo estimulados, em atividades
diferenciadas, mesmo que de forma inconsciente.
A segunda razão para usar ferramentas da psicanálise como Arteterapia é,
além de promover um autoconhecimento nesse aluno, o fato de se trabalhar
diretamente com desejos, sonhos, medos, inseguranças, raiva e outras emoções, o
ajudará de forma direta em seus conflitos.
Além de alcançar esse objetivo maior, que é o de trabalhar bloqueios de
comunicação e expressão de suas opiniões e sentimentos, o docente tem uma
valiosa oportunidade de ajudar esse pequeno ser, em um processo real de
construção de si mesmo.
Como afirma a própria pioneira no trabalho com arteterapia em um viés
psicanalítico, Margareth Naumburg sobre diminuição da transferência negativa

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quando afirma que “as imagens objetivadas atuam então como uma comunicação
simbólica imediata que sobrepuja as dificuldades inerentes na linguagem verbal”
(1991, p.389).
O aluno pode ser auxiliado no processo de se tornar, paulatinamente, um
adulto mais preparado emocionalmente. E com uma compreensão saudável do
mundo e seu entorno.
São construções diárias com reforços positivos (num condicionamento
operante, como teoriza Skinner) que trazem a melhoria individual do aluno.
Ressoando e contribuindo significativamente, para o trabalho educativo.
A questão de trabalhar as artes plásticas, cênicas ou qualquer outra arte
visual, nunca será a discussão sobre a qualidade artística em si, dos trabalhos
produzidos em sala de aula (mesmo porque, os conceitos de "belo", de uma pintura
ou desenho, por exemplo assim como o fazer artístico, serão temas muito bem
trabalhados em sala de aula, de forma abrangente sobre conceitos de Artes).
O importante é que a atividade expressiva se torne um instrumento de
reflexão dos sujeitos, no caso os alunos. De acordo com Valladares e Carvalho
(2005), a arteterapia trabalha várias modalidades expressivas com propriedades
inerentes e específicas.
E podemos adaptar as modalidades variadas das Artes Visuais, criando um
repertório de informações relativo a cada uma das emoções a serem trabalhadas
nas crianças e aprenderem a lidar com seus medos, insegurança, raiva e tantos
sentimentos nocivos como desejos de morrer, vingança, e outros mal interpretados e
as.
Exercitar a criatividade, proporciona outros modos de objetivação e de
subjetivação. Dessa forma ela pode ser utilizada como recurso no contexto em
intervenções na área de dificuldades físicas, cognitivas, emocionais e sociais junto a
indivíduos, famílias, grupos sociais e equipes.
Uma característica comum às terapias com arte é que, por meio da vivência
expressiva, o sujeito pode dar-se conta do que de fato sente e, durante esse
processo, pode verdadeiramente fazer algo que assim o represente e a ele faça
sentido (Andrade, 2000, p.33).

Existem inúmeras possibilidades de conceituar arteterapia. Uma delas é


considerá-la como um processo terapêutico decorrente da utilização de
modalidades expressivas diversas, que servem a materialização de símbolos.

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Estas criações simbólicas expressam e representam níveis profundos e
inconscientes da psique, configurando um documentário que permite o
confronto, no nível da consciência, destas informações, propiciando “insights”
e posterior transformação e expansão da estrutura psíquica. Uma outra forma
de dizer, poderá ser simplesmente terapia através da Arte. (Philippini, 2008,
p. 20)

Portanto, na arteterapia, o fazer artístico se constitui como mediação no


processo de autoconhecimento e de (re)significação do sujeito acerca de si próprio e
de sua relação com o mundo.

7 - REFERENCIAL TEÓRICO A Arteterapia como expressão de emoções


reprimidas e superação de bloqueios em alunos do quinto ano.
Muitas vezes o aluno manifesta ou revela comportamentos destoantes dos
demais colegas, seja de forma agressiva ou mesmo se isolando, retraindo, como
uma forma de descarregar algo que não está bem.
Por não saber como expressar seus sentimentos, essa criança inclusive, por

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estar vivendo abusos físicos, psicológicos entre outros problemas, só consegue
reagir e não verbalizar. Pode não saber canalizar de forma correta, uma vivência
difícil do ambiente doméstico, ou estar enfrentando bullying com os colegas, por
exemplo. Seja como for, esses comportamentos tido como difíceis, revela um pedido
de ajuda desse discente. Com relação ao controle externo da agressividade pela
autoridade, também gera reflexões como propõe Winnicott:
É tarefa de pais e professores cuidar para que as crianças nunca se
vejam diante de uma autoridade tão fraca a ponto de ficarem livres
de qualquer controle, ou, por medo, assumirem elas próprias a
autoridade. A assunção da autoridade provocada por ansiedade
significa ditadura, e, aqueles que tiveram a experiência de deixar as
crianças controlarem seus próprios destinos sabem que o adulto
tranquilo é menos cruel, enquanto autoridade, do que uma criança
poderá se tornar se for sobrecarregada com responsabilidades .
(Winnicott, 1987a, p. 95)

7.1 - AS ARTES VISUAIS


A área da Arte Visual é extremamente ampla e abrange qualquer forma de
representação visual, ou seja, cor e forma.
Consideram-se "artes visuais" as seguintes: Pintura, desenho, gravura,
fotografia e cinema. Além também da escultura, a instalação, a arquitetura, o web
design, a moda, a decoração e o paisagismo. Outras formas visuais dramáticas
costumam ser incluídas em outras categorias, como teatro, música ou ópera, apesar
de não existir fronteira rígida. É o caso da arte corporal e da arte interativa ou
mesmo do Cinema e do Vídeo-arte, entre outros.
Como Terapia, a Arte tem um poder transformador. E cada atividade visa
alcançar um benefício diretamente ligado à arte escolhida, conforme segue alguns
exemplos, já que as Artes Visuais em si, é muito mais extensa e abrangente.
Assim sendo, apresentaremos um panorama de algumas, das várias que
podem ser trabalhadas em sala de aula; Sua conceituação e benefícios serão
apresentados de forma eficaz nos processos de desbloqueios emocionais dos
alunos.
Dramatização: Ela permite a experimentação de novos papéis baseada na
brincadeira do faz-de-conta, na qual a criança desenvolve a atividade da simulação.
A partir do uso da imaginação, a criança pode ser, estar e fazer o que quiser,
adquirindo entendimento dos papéis sociais e na oportunidade de identificar-se com
os personagens, além de desenvolver o senso de empatia, seja atuando na
dramatização teatral ou mesmo assistindo como espectadora.

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Musicoterapia: A música pode contribuir para reduzir a tensão e a ansiedade
ocasionadas por situações estressantes, diminuir a dor e melhorar a qualidade do
sono. Além de ser um valioso método de distração que pode proporcionar um
cuidado mais humanizado e, além de ser um recurso facilitador de comunicação.
Movimento e Dança: É uma linguagem na qual o gesto e o movimento
refletem o estado interior do indivíduo e sua personalidade, onde o corpo é o
instrumento. A condição física é análoga à condição psicológica, onde o movimento
físico é considerado como uma metáfora do que ocorre na dinâmica intrapsíquica. A
conscientização pelo movimento produz contato com os níveis mais profundos do
seu próprio ser.
O Clown: O humor é essencial para auxiliar na superação dos traumas
relacionados ao processo de cura interior e a restituição da alegria. Possibilita
diferentes formas de comunicação, como a mímica, a contação de piadas e
anedotas, próprias dos palhaços. Os truques, mágicas e malabarismos são
poderosos recursos terapêuticos, permitindo que a criança expresse suas alegrias,
ria de situações inusitadas, aprendendo também a rir de seus erros, medos, dores,
angústias e limitações.
Modelagem: A arte que exercita a função sensorial e trabalha com a
organização tridimensional. Ao modelar, o aluno representa a si mesmo, ou seja,
todo o seu contexto social, percepções sobre o mundo, sua identidade e sua
imaginação, pois a imagem representa a comunicação do seu sintoma. Também
possibilita a projeção do inconsciente, ou seja, seus sonhos, fantasias, medos e
conflitos. No contato sensorial da transformação da matéria, onde a flexibilidade é
propriedade inerente da modelagem, a transformação se dá principalmente no
aluno, em mudanças internas, podendo ser empregada com o objetivo de romper a
armadura protetora que impede as pessoas de expressarem seus sentimentos,
facilitando que atinjam a solução almejada.
Construção/Sucata: Oferece inúmeras possibilidades criativas. O aluno tem a
oportunidade de transformar os materiais e consequentemente, ela se sente mais
apta e segura para dar forma, direção e movimento para a sua própria vida trazendo
uma significância no edificar, estruturar, organizar e elaborar. Estimula os processos
de interação, orientação espacial, discriminação e está diretamente relacionada com
o processo de organização.
O material ao ser reutilizado ou recriado possibilita à pessoa lidar com o seu

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lixo interno e assim transformar as partes que não lhe agradam. Ou seja, esta
técnica desencadeia a ressignificação
Colagem: A técnica da colagem corresponde, subjetivamente, à experiência
de cortes, rupturas, reparação e reorganização. Favorece a organização de
estruturas pela junção e articulação de formas prontas. Ela se divide em quatro
etapas: Identificação, projeção, transformação e reconstrução.
A técnica da colagem oferece a oportunidade do sujeito se identificar e
projetar sua história de vida para assim, poder transformá-la. Esta via de
identificação faz com que o sujeito se expresse, tendo mais contato com o seu
mundo interno, sua história de vida para assim, poder transformá-la. Esta
experiência sensorial é também uma manifestação emocional, na manipulação de
materiais. Também via de identificação, faz com que o sujeito se expresse, tendo
mais contato com o seu mundo interno.]
A técnica da colagem também é uma atividade de análise e síntese, pois por
meio da rasgadura, destrói-se a unidade e a significação de uma figura pronta, para
construir algo novo, mobilizando a capacidade de reconstrução e transformação de
imagens aparentemente desconexas em uma imagem do próprio criador.

7.2 - A PSICANÁLISE E A ARTETERAPIA


A teoria da alma, criada por Sigmund Freud (médico neurologista austríaco,
1856-1939) é um campo de estudo preocupado em explicar o funcionamento da
subjetividade humana.
A psicanálise é o estudo do comportamento humano que trabalha os
conteúdos inconscientes de palavras, ações e produções imaginárias de um
indivíduo, com base nas associações livres e na transferência, ela é o berço de
muitas outras ciências terapêuticas do comportamento humano.
Freud já reconhecia a arte como projeção do inconsciente e fruto de um
mecanismo através do qual os impulsos reprimidos, por não serem aceitos, são
desviados por uma meta alternativa de satisfação, socialmente aceita, pelo
mecanismo de sublimação.
Dessa forma, a arteterapia pode ser um facilitador no processo de

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compreensão e resolução de estados afetivos conflituosos ao permitir a criação da
arte, ou seja, por meio dela o sujeito entraria em contato com os seus símbolos a
serem compreendidos e transformados. Portanto, a arte tem uma função psíquica
natural com papel estruturante (BILBAO, 2005).
É difícil ter consciência dos nossos mecanismos de defesa, ainda mais com o
cognitivo em formação, como é o caso das crianças. E diante de angústias que não
somos capazes de resolver, muitas delas se transformam em neurose, aumentando
ainda mais o conflito interno, por não conseguir canalizar corretamente essas
emoções.
E em meio a tantas teorias e estudos que a psicanálise abrange,
abordaremos um mecanismo de defesa, que poderá ser trabalhado em sala de aula,
sem entrar no campo do profissional qualificado que atua em terrenos mais
profundos do inconsciente que é o psicanalista.
Mas utilizando de um recurso que é muitas vezes é um caminho buscado
naturalmente pelo inconsciente e sem prejuízos para a parte trabalhada, que é o
aluno, o professor, principalmente o da disciplina de Artes, pode lançar mão de uma
poderosa ferramenta, chamada “sublimação”, que é uma válvula de escape eficaz
da psiquê, que faz a conversão de uma energia (agressiva, nociva) em outra
(benéfica, bem canalizada e mais socialmente aceita, por assim dizer).
Um refúgio da mente que pode ser explorado sem medo pelo professor, que
atuará em sala de aula: A sublimação é um campo vasto, com benefícios poderosos
de mudança, podendo ser alcançado através da arteterapia.
A arteterapia é uma técnica que conseguiu se estabelecer como campo
específico do conhecimento, em 1940, através dos trabalhos de Margareth
Naumburg, psicóloga, educadora, artista, autora e entre os primeiros grandes
teóricos da arte-terapia, que hoje é considerada a mãe da Arteterapia.
Esta técnica faz a intersecção com vários conhecimentos: Educação, saúde,
arte e ciências. É um dispositivo terapêutico que possui uma prática transdisciplinar,
resgatando a integridade por meio de processos de autoconhecimento e
transformação.
Recebeu influências da psicanálise freudiana, com a ideia de que a arte é um
meio de manifestação do inconsciente. Entretanto, foi Jung que se apropriou da
expressão artística como parte do processo terapêutico. Para Jung, as imagens
representam a simbolização do inconsciente individual e muitas vezes coletivo

15
(COQUEIRO, VIEIRA E FREITAS, 2010).
Através da arteterapia a pessoa pode resgatar, desbloquear, e fortalecer
potenciais criativos, além de possibilitar a reconstrução e integração da
personalidade por meio de formas de expressões diversas. Portanto, a arteterapia é
um meio que ajuda o ser humano a explorar, descobrir e entender seus
pensamentos e emoções. Também auxilia no desenvolvimento da autoestima,
redução da ansiedade, melhora da qualidade de vida, prevenção e expansão da
saúde (VALLADARES, 2008).
Para Valladares (2008), ocorre uma catarse quando o indivíduo se expressa
plasticamente, pois tem a possibilidade de descobrir o significado do evento psíquico
até então obscuro. A linguagem verbal é mais fácil de filtrar e organizar, pois as
pessoas têm mais controle. Ao contrário da arte, as emoções são apresentadas sem
máscaras, porque a arteterapia mobiliza e facilita a expressão da consciência
(instância que fará a transformação interior do indivíduo.

7.4 - O 5° ANO DO ENSINO FUNDAMENTAL


Encerra os anos da etapa conhecida como anos iniciais do Ensino
Fundamental I (este período contempla do 1º ao 5º ano, que compreende dos seis
aos dez anos de idade das crianças).
De acordo com a Base Nacional Comum Curricular (BNCC), nos anos
iniciais do Ensino Fundamental, devem ser trabalhados recursos pedagógicos que
valorizem situações lúdicas de aprendizagem, ampliando as experiências
vivenciadas pelos alunos na Educação Infantil.
Nessa fase são desenvolvidas a comunicação oral e o sistema da escrita
alfabética, signos matemáticos, registros artísticos, midiáticos e científicos e as
formas de representação do tempo e do espaço.Nessa fase as crianças adquirem
autonomia intelectual, compreensão de normas e valores sociais, desenvolvendo
com mais clareza noções de cidadania sem a necessidade de imposição para isto.
O 5° Ano é um ano de transição para os anos finais do Ensino Fundamental
I, e o ano seguinte é o 6º ano do Ensino Fundamental II, onde o aluno passa à ser
orientado por uma maior quantidade de professores, específicos para cada
disciplina.

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Uma fase de transição sempre traz questionamentos, conflitos e na faixa-
etária em que atravessam os alunos do quinto ano, por volta dos 10,12 anos, não é
diferente.O fato de já estarem com a personalidade formada, conseguem apenas
repetir os registros já guardados em seu inconsciente e resultando em
comportamentos que, por falta de auto-conhecimento e sua própria capacidade
cognitiva, desconhecem o porquê agem e sentem, como tal.
Esses alunos pré-púberes, são ainda crianças porém, já experienciam
sentimentos fortes de rejeição, não aceitação, baixa autoestima, cobranças e
responsabilidades cada vez maiores, dentro de casa e no âmbito escolar.

8 - METODOLOGIA

Esta parte do Projeto deverá conter, no mínimo, uma lauda e meia (1,5) e, no
máximo, duas (2) laudas.
No percurso metodológico trilhado para desenvolver esse Projeto de Ensino,
foram escolhidos alguns autores para auxiliar nas metodologias aplicadas no ensino
das Artes Visuais como arteterapia. Por falarmos de processos conscientes e
inconscientes, tal como comportamentos variados, teremos teorias e autores de
diferentes pontos de vista e mesmo não uníssonos em todas as questões
pertinentes, complementam e contribuem para a proposta desse trabalho, e na
metodologia aplicada, um desses autores é Skinner.
Burrhus Frederic Skinner conhecido como B. F. Skinner,(1904-1990) foi um
psicólogo behaviorista, inventor e filósofo norte-americano.
Além de técnicas e ferramentas da psicanálise, uma metodologia que será
constantemente usada para reforçar novas experiências no aluno, é o método
behaviorista, do teórico educador, Skinner.
Um fator fundamental para iniciar qualquer processo com a arteterapia é dar
a oportunidade de autoconhecimento para o aluno.

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O auto-conhecimento tem um valor especial para o próprio
indivíduo. Uma pessoa que se ‘tornou consciente de si mesma’, por
meio de perguntas que lhe foram feitas, está em melhor posição de
prever e controlar seu próprio comportamento. (Skinner, 1974, p.31)

Para ressignificar experiências de baixa-estima e desânimo em alunos que


guardam registros nocivos em suas memórias, tais como palavras hostis e
contrárias, experiências ruins de ofensas e xingamentos entre outros reforços
negativos, enriquecemos com a metodologia do Behaviorismo, de Skinner, para que
uma nova experiência positiva venha reforçar um novo hábito gerado e
consequentemente a memória afetiva para reconstrução da autoestima.
O novo hábito gera um reforço positivo e o próprio aluno percebe na prática a
boa consequência de uma nova ação, ressignificando a imagem que tinha de si
mesmo.
Reconstruindo a auto-estima a partir de novas experiências, com reforços
positivos, temos na teoria do condicionamento Behaviorista, uma reflexão sobre a
insegurança do aluno, quando se baseia na imagem que tem de si, tal como reforça
o teórico "Como as pessoas se sentem é, geralmente, tão importante quanto o que
elas fazem." (Skinner, 1989, p.3)
Por se tratar de crianças, cada faixa etária vive um determinado momento
cognitivo, muitos autores que trabalham o comportamento e seus estímulos, não
poderiam deixar de ser mencionados e um deles é Skinner.
Pregando a eficiência do reforço positivo, sendo, em princípio, contrário a
punições e esquemas repressivos, esse autor elucida o condicionamento operante:
Um mecanismo que premia uma determinada resposta de um indivíduo até ele ficar
condicionado a associar a necessidade à ação;
Skinner considerava reforço, apenas as contingências de estímulo. "No
condicionamento operante, um mecanismo é fortalecido no sentido de tornar uma
resposta mais provável, ou melhor, mais frequente", segundo o cientista.
Outro ponto compartilhado entre as diferentes abordagens é o
reconhecimento da função terapêutica inerente à própria atividade artística e
diretamente ligada à criatividade.
Para Ostrower, criar é, basicamente, formar. “É poder dar uma forma a algo
novo, é tanto estruturar quanto comunicar-se, é integrar significados e é transmiti-
los”” (2004, p. 9,142).

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19
9 - CRONOGRAMA

Esta parte do Projeto deverá conter, no mínimo, meia (0,5) e, no máximo,


uma (1) lauda.
CONTEÚDOS PROGRAMÁTICOS - FEVEREIRO
OBJETIVO: PROBLEMA ARTE VISUAL MATERIAIS / CONTEÚDO
INTERAÇÃO PSICOLÓGICO ESCOLHIDA TÉCNICAS ESCOLAR

PRIMEIRA MEDO Modelagem Papel Machè Arte Clássica


SEMANA

SEGUNDA BAIXA ESTIMA Colagem Revistas,cola,


SEMANA tesoura

TERCEIRA TIMIDEZ Escultura palitos diversos


SEMANA (picolé, fósforo, de
dente)

QUARTA ANSIEDADE Pintura tinta guache e


SEMANA pincel

CONTEÚDOS PROGRAMÁTICOS - MARÇO

OBJETIVO: PROBLEMA PSICOLÓGICO ARTE VISUAL MATERIAIS / CONTEÚDO


EMPATIA ESCOLHIDA TÉCNICAS ESCOLAR

PRIMEIRA AGRESSIVIDADE Musicoterapia Voz Arte moderna


SEMANA

SEGUNDA INSEGURANÇA Dança Corpo


SEMANA

TERCEIRA STRESS Teatro Memorizar textos


SEMANA

QUARTA FOBIAS Desenho Lápis e borracha


SEMANA

CONTEÚDOS PROGRAMÁTICOS - ABRIL

OBJETIVO: PROBLEMA PSICOLÓGICO ARTE VISUAL MATERIAIS / CONTEÚDO


COLABORAÇÃO ESCOLHIDA TÉCNICAS ESCOLAR

PRIMEIRA DESATENÇÃO Sucata Potes diversos, Arte Contemporânea


SEMANA barbantes e fitas
adesivas

SEGUNDA TRISTEZA Videoarte celular e aplicativo


SEMANA de edição

TERCEIRA BULLYING Performance figurinos diversos


SEMANA

QUARTA TRAUMAS Fotografia Celular


SEMANA

Tabela de Autoria própria, 31/10/2021

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10 - RECURSOS
Os recursos necessários previstos para a realização da arteterapia aplicada
em sala de aula são a disponibilização de tempo e dedicação nas obras propostas
de fazer artístico para o aluno, como em qualquer outra aula de arte.
A diferenciação das aulas de arte que vão trabalhar aliadas à psicanálise,
são o embasamento teórico que as permeiam e a observação da escala evolutiva do
aluno, como avaliação.
Na introdução desse diferencial que é o método psicanalítico, os recursos
humanos serão explorados. O diálogo e a sublimação. que na visão de Freud é o
redirecionar o sentimento de angústia por meio da arte e na visão de Jacques Lacan
que menciona o conceito como uma satisfação substitutiva.
Sem pretensão de avançar em campo mais profundo, que é o inconsciente,
a parte que cabe ao professor é direcionar o aluno de forma positiva e assim
reorientar as angústias desse discente que usa da raiva para agressão, o isolamento
como proteção entre outros mecanismos de defesa mal canalizados à algo que seja
mais saudável, terapêutico e alcançando assim bons resultados, através da
sublimação.
Já os recursos materiais necessários, são os das Artes Visuais mesmo, onde
ítens pretendidos para o projeto, são de uso cotidiano e recicláveis. E para que o
aluno esteja envolvido e engajado, serão pedidos materiais simples, de fácil acesso
e manuseio do aluno.
Provocações também serão colocadas em temas que instiguem os alunos a
pensarem e sentirem, narrando suas experiências e emoções.
De forma espontânea, com livre associação e seguirá um cronograma já
planejado pelo docente, conforme a disciplina requer. Por exemplo: Materiais
cênicos (como figurino e peças de cenário trazidas pelos alunos, para
apresentações de teatro, dança); materiais plásticos como utensílios descartáveis
para transformação do objeto em arte, como potes de margarina, papéis, cola e
outros itens conforme cronograma no planejamento das aulas.

11 - AVALIAÇÃO

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A avaliação será a diagnóstica, realizada no início do ano letivo, para que o
educador tenha um panorama geral do nível da turma antes de começar as
atividades. Pois além de conhecer o alunado em suas dificuldades, também é
possível compreender o que as origina e assim, dar um melhor acompanhamento no
aprendizado e desenvolvimento desses discentes.
Essas avaliações, serão realizadas através de provas, debates, produção
de textos, atividades, entrevistas, entre outras ferramentas, e não visa hierarquizar
os alunos com notas de 0 a 10, mas por meio de sua participação e engajamento.
E com os alunos atuantes nas atividades, o processo de mudança e
superação de bloqueios psicológicos por meio da arteterapia, acontecerá
paulatinamente, de forma natural.
Ao longo do ano, essas avaliações serão feitas através da observação,
com a função de verificar sua participação, evolução e engajamento

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12 - CONSIDERAÇÕES FINAIS

Na capacidade de criar, realizar ações e obras que agradem seus sentidos e


os dos outros, existe uma gama de benefícios muito maiores que a obra em si, a
arte finalizada. É nesse processo durante o fazer artístico, assim como o motivo de
fazê-lo, que esse Projeto de Ensino foi focado.
As dificuldades encontradas na elaboração deste trabalho, foi a gama de
assuntos interligados, pertencentes ao tema escolhido, devido à profundidade que
cada referencial teórico abarcava.
Sua delimitação se tornou desafiadora principalmente na tentativa de tornar
sucinta a proposta, sem se ater aos relatos e comprovação inegável dos resultados.
Assim como o referencial teórico vasto de autores como Freud, Lacan, Winnicott,
Jean Piaget, entre tantos outros teóricos, estudiosos da ciência do comportamento
humano.
A psicanálise, com tantos autores importantes que ramificou inclusive para
vários campos psicológicos, sempre teve a arte como objeto de estudo. E o campo
escolhido de união com as Artes Visuais, foi a Sublimação, que é um mecanismo de
defesa, que age em um espaço de difícil acesso para a nossa consciência,o termo
da psicanálise que diz respeito ao campo que o professor atuará em sala de aula: A
sublimação - Uma válvula de escape eficaz, que usaremos como ferramenta da
psiquê.
Estando conscientes ou não, a sublimação pode nos trazer grandes
benefícios. Se a sublimação são meios de lidar com o que leva a sentir angústia. Isto
é, pensamentos ou sentimentos provocados por emoções mal resolvidas, impulsos
indesejados e transformados em algo benéfico, gerador de mudanças.
Contudo, este projeto de ensino, na intenção de contribuir de alguma forma,
com a área de atuação da licenciatura e principalmente com as Artes Visuais, trouxe
essa reflexão e um projeto elaborado para atuar de forma prática, com a educação
emocional desses alunos a quem o trabalho se destinou, que são os estudantes do
5 ano do Ensino Fundamental.

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REFERÊNCIAS

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