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REDE DE ENSINO DOCTUM

INSTITUTO ENSINAR BRASIL


CURSO DE PSICOLOGIA

ANA CAROLINA MORAIS DE PAULA


EMANUELLE CRISTINA MARTINS SILVA
EMANUELLE VITÓRIA SANTOS
FABIANA FERREIRA MACHADO
LUANA CLARA LOURENÇO LAGE

FICHAMENTO
NEUROSE, PSICOSE E PERVERSÃO

João Monlevade
2023
ANA CAROLINA MORAIS DE PAULA
EMANUELLE CRISTINA MARTINS SILVA
EMANUELLE VITÓRIA SANTOS
FABIANA FERREIRA MACHADO
LUANA CLARA LOURENÇO LAGE

FICHAMENTO
NEUROSE, PSICOSE E PERVERSÃO

Trabalho apresentado para a Disciplina


Psicopatologia, pelo Curso de Psicologia da
Rede de Ensino Doctum (UNIDOCTUM),
ministrada pelo Prof.º Diego Alves Fernandes

João Monlevade
2023
SUMÁRIO

1.NEUROSE ................................................................................................................ 3
2.PSICOSE .................................................................................................................. 3
3.PERVERSÃO ........................................................................................................... 4
4.REFERÊNCIAS ........................................................................................................ 6
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1.NEUROSE

A origem e prevenção das psicoses, ocorreu-me uma fórmula simples, que trata da
diferença genética que há entre neurose e psicose: a neurose seria o resultado de um conflito
entre o Eu e seu Id, enquanto a psicose seria o análogo desfecho de uma tal perturbação nos
laços entre o Eu e o mundo exterior.
As neuroses de transferência surgem pelo fato de o Eu não querer aceitar e promover a
efetivação motora de um impulso instintual poderoso no Id, ou de contestar o objeto a que ele
visa. O Eu, então, defende-se dele através do mecanismo da repressão; o que é reprimido se
revolta contra esse destino, criando, por vias sobre as quais o Eu não tem poder, um substituto
que o representa, que se impõe ao Eu pela via do compromisso, o sintoma; o Eu vê ameaçada
e prejudicada por esse intruso a sua unidade, dá prosseguimento à luta contra o sintoma, tal
como se defendia originalmente do impulso instintual, e tudo isso resulta no quadro da
neurose. Não constitui objeção que o Eu, ao efetuar a repressão, no fundo esteja seguindo as
ordens do seu Super-eu, que, por originam-se das influências do mundo externo real que
acharam representação no Super-eu.
A serviço do Super-eu e da realidade, o Eu entrou em conflito com o Id, e assim
ocorre em todas as neuroses de transferência. A afirmação de que neuroses e psicoses nascem
dos conflitos do Eu com suas diferentes instâncias dominantes, correspondem a um fracasso
da função do Eu, que evidentemente procura conciliar todas as diferentes reivindicações, pede
uma outra discussão que a complemente.

2.PSICOSE

A psicose envolve um processo deteriorante das funções do ego, a tal ponto que haja,
em graus variáveis, algum sério prejuízo do contato com a realidade, como as outras formas
de psicose. Sabe-se que, tendem a resultar no embotamento afetivo, isto é, na perda de todo
interesse no mundo exterior.
Três são as estruturas que compõem o psiquismo, id, ego e superego. O Id é a única
estrutura com a qual o indivíduo nasce. O id é um reservatório de energia instintiva. Dela se
deriva as outras duas estruturas psicológicas, o ego e superego. O id consiste numa estrutura
psíquica 'exigente', repleta de desejos e pulsões e não é influenciada pelas demandas do
mundo exterior, ou seja, a realidade. O id é movido pelo princípio do prazer.
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Freud afirma que a psicose seria resultado do conflito do Eu e o mundo externo. O Eu


fracassa em manter-se fiel ao mundo externo e tentar silenciar o Id; assim o Eu é derrotado
pelo Id e, consequentemente, afastado da realidade, deste modo, surge a psicose segundo
Sigmund Freud.
A primeira etapa da psicose seria o afastamento do Eu da realidade e a segunda seria a
reparação do dano causado e o restabelecimento das relações com a realidade.
A esquizofrenia seria uma perturbação do inconsciente, uma forma de psicose onde
teria perda total da participação do mundo externo. A psicose é sempre a frustração, a não
realização de um daqueles desejos infantis nunca sujeitados, tão profundamente enraizados
em nossa organização filogeneticamente determinada. Tal frustração é, no fundo, sempre
externa; em casos individuais pode vir daquela instância interior, ou seja, no Supereu que se
encarregou de representar as exigências da realidade. O efeito patógeno depende de que o Eu,
nessa tensão conflituosa, continue fiel à sua dependência do mundo externo e procure
amordaçar o Id, ou se deixe sobrepujar pelo Id e separar da realidade.
Do mesmo modo que pode ocorrer ao sujeito psicótico o restabelecimento e
estabilidade, pode ser também que ocorra o aumento de angústia e do sentimento de invasão.
Há afirmação de que as psicoses nascem dos conflitos do Eu com suas diferentes instâncias
dominantes, isto é, correspondem a um fracasso da função do Eu, que evidentemente procura
conciliar todas as diferentes reivindicações, pede uma outra discussão que a complemente.
Um psicótico não deixa de ser psicótico, é através da escuta que se pode minimizar o
isolamento que ocorre na psicose.

3.PERVERSÃO

A perversão na psicopatologia psicanalítica, é diferente do que se entende socialmente.


A ideia de perversidade está relacionada à falta de empatia e maldade, enquanto a visão
psicanalista vê a perversão como uma estrutura clínica ligada ao uso dos órgãos sexuais fora
das relações sexuais "normais" sendo definida como uma forma de desvio sexual que envolve
comportamentos sexuais não convencionais.
Freud e Lacan estudaram as perversões sexuais e entenderam que elas surgem a partir
de uma recusa ou negação da castração, em que o falo é visto como algo literal. Lacan
ampliou essa ideia ao afirmar que a negação do falo simbólico está associada à negação da
ausência do falo da mãe. O desejo pelo fetiche tem uma motivação inconsciente para lidar
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com a dificuldade de aceitar a ausência do falo da mãe, o que ocorre na infância e pode ser
deslocado para outros objetos. Freud via as perversões como um modo subjetivo de
estabelecer relações e sofrer, relacionado à personalidade do indivíduo em questão.
Os comportamentos perversos buscam prazer em outras áreas corporais ou objetos
sexuais, mas nem sempre levam a atos de perversidade. A homossexualidade já foi
considerada uma forma de perversão pela visão eurocêntrica conservadora da época de Freud
sendo considerado por ele uma forma de desvio sexual ou até mesmo um sintoma patológico
associado à neurose ou psicose. Já para Lacan, o homossexualismo não era visto como
patológico ou anormal; pelo contrário, ele argumentava que todas as formas de desejo são
igualmente válidas.
Segundo Freud, a perversão era vista como uma forma de desvio sexual que se
originava da fixação em fases anteriores do desenvolvimento psicossexual. Ele argumentou
que as pessoas podiam se tornar pervertidas quando suas necessidades sexuais não eram
satisfeitas adequadamente durante essas fases. Além disso, ele afirmou que as pessoas
poderiam ser levadas à perversão através da influência do ambiente social em que vivem.
Por outro lado, Lacan via a perversão como uma forma de subversão das normas
sociais e culturais estabelecidas. Para ele, a perversão era um ato rebelde contra o sistema
simbólico dominante e uma tentativa de criar novas formas de prazer sexual fora dos limites
impostos pela cultura.
Nesse sentido, a perversão é um tema complexo na psicanálise que tem sido estudado
por muitos anos. Freud e Lacan têm visões diferentes sobre o assunto, com Freud vendo a
perversão como uma forma de desvio sexual causada pela fixação em fases anteriores do
desenvolvimento psicossexual e influência social, enquanto Lacan vê a perversão como uma
forma de subversão das normas culturais estabelecidas.
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4.REFERÊNCIAS

• FREUD, Sigmund. Neurose e Psicose (1924). In.: O eu e o Id, “Autobiografias” e


outros textos (1923-1925). Companhia das Letras/p 109-113.

• FREUD, Sigmund. A perda da realidade na neurose e na psicose (1924). In.: O eu e o


Id, “Autobiografias” e outros textos (1923-1925). Companhia das Letras/p 136-136.

• FREUD, Sigmund. Três ensaios sobre a teoria da sexualidade (1905). In.: Três ensaios
sobre a teoria da sexualidade, análise fragmentária de uma histeria ("O caso Dora") e
outros textos (1901-1905). Companhia das Letras/p 55-58.

• Freud, Sigmund. (1927). Fetichismo. Em: S., Freud. Obras Psicológicas Completas:
Edição Standard Brasileira. Volume XXI. Rio de Janeiro: Imago, 1996

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