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HEIDEGGER

- Principal obra: Sein und Zeit (Ser e Tempo);


- Questão sobre o sentido do ser e realiza uma analítica da existência;
- Rompe com a ideia da verdade uma, estável e absoluta. Conceito de ser não
significa mais clareza (aceitar a insegurança que permite o conhecimento);
- Metafísica: forma lógica do ser;
- Fenomenologia: modos infindáveis do ser;
- Ôntico – ente – existência concreta, sem essência – ex.: piloto, caneta, garrafa etc;
- Ontológico – ser – possui essência – ex.: nós seres humanos;
*quando tomam o homem como um “é”, como um ente particular no meio de outros
entes, isto é, ele não sai do quadro ôntico da substância* - Heidegger não acredita
nisso
- Inospitalidade do mundo: não pertencemos ao mundo, nem ele pertence a gente,
ele só está lá e nós criamos nossos caminhos. Não é sobre o mundo ser ruim, é
sobre ele não ser nosso, sobre nós criarmos sentido;

Dasein (ser-aí)
- O home é uma existência sem nenhuma determinação, sem essência a priori;
- Homem enquanto ser de possibilidade;
- Rompe com a noção de sujeito que se manifesta por estruturas psíquicas
determinadas (personalidade, egoidade, subjetividade);
- Ser-no-mundo: sou do mundo porque construo minha relação com o mundo;
- Ser-com: construo minha relação com o outro;
- Ser-no-mundo-com-os-outros: construo minha relação com o mundo e com os
outros;
- Cuidado (Sorge): movimento do existir, constitutivo do Ser-aí;
- É usada para expressar a característica ontológica do Dasein de estar
sempre referido a outro ente;
- Relação com entes simplesmente dados: Ocupação (Besorge);
- Relação com os entes dotados do modo de ser do homem: Preocupação
(Fürsorge);
- Modo mais imediato do Dasein se relacionar com os outros entes –
Ocupação
- Facticidade: Dasein está no mundo, encontra-se num determinado corpo e
envolvido por determinadas condições (que podem ou não ser limitadoras, mas que
não anulam o meu poder de escolher.) Ex.: sou um humano, portanto não possuo
assas e logo essa condição, esse fato, me não me permite a voar, estou limitada a
andar ou correr, mas ainda posso escolher entre fazer um desses dois. Existir é um
fato;
- Projeto: factualidades determinam certas possibilidades e limites do Dasein;
- O Dasein precede a si mesmo, a partir de sua pré-compreensão
projetam-se suas múltiplas possibilidades de realização
- Dasein nunca é totalidade, é sempre poder-ser
- Temporalidade e historicidade: não é uma percepção interna de um tempo externo,
mas de um “fazer-se presente” e “temporalizar-se”;
- O Dasein não preenche as fases de um trajeto, mas prolonga-se a si
mesmo
- Dimensões de tempo – Ekstases que se implicam mutuamente: porvir,
vigor-de-ter-sido e atualidade
- Dasein é abertura projetiva (porvir) que atualiza o vigor-de-ter-sido
- Vigor-de-ter-sido determina o histórico ainda que este se temporalize de
modo igualmente originário junto com a atualidade e o porvir
- Impropriedade: modo de ser do Dasein quando foge de si, esquecendo-se do seu
“ser próprio”, relacionando-se com com ele mesmo, e os outros, como algo que já
possui uma configuração preestabelecida;
Ex.: 25 anos de casamento e sou traída, mas perdoo porque “ah todo mundo
perdoa”, mas eu não sei se todo mundo perdoaria.
- Modo de ser cotidiano, impessoal – tendencia ao “encobrimento”
- O “falatório”, “escritório”, a “curiosidade” expressam o modo de ser
decadente (cair no mundo, no impessoal) e inautêntico
*propriedade e impropriedade são possibilidades constitutivas do Dasein*
- Não se passa de um modo de ser impessoal e impróprio para um pessoal e
próprio de modo definitivo, como se fosse desenvolvimento evolutivo da
personalidade
- Quando o homem se da conta da sua impropriedade ele passa a viver uma
angustia
- Angústia: surge frente ao nada, ao vazio de significações;
- A angústia revela o poder-ser mais próprio – retira o Dasein de sua
decadência por meio do estranhamento (rompe-se a familiaridade do cotidiano)
- O Dasein é ser-para-morte, desde que nascemos está implícita em nossa
existência esta possibilidade – a possibilidade mais própria, irremissível e
insuperável;
- O homem foge de experienciar essa possibilidade, e a angústia da
morte, com ocupações previsíveis e falsas urgências
- A morte aparece no discurso impessoal (“morre-se” “todo mundo
morre algum dia”)
- Para Heidegger é somente experienciando a angústia frente a possibilidade da
morte e do nada que o Dasein pode sair de sua impessoalidade e escolher-se a si
próprio

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