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Jean-Paul Sartre

Existencialismo

A Existência do homem precede a sua essência? -- Bom, para Sartre, sim!


Ele afirma que, o ser humano se determina, se constrói, se molda perante todas as
decisões por ele tomadas, ou seja, o homem no início não é nada, e será como ele
se tiver feito. O homem não é fruto apenas do que ele concebe, mas como ele se
quer, como ele se projeta depois da sua existência. Podemos usar como exemplo,
um simples cortador de papel: O cortador de papel, ele existe, e sua essência, “seu
sentido de existir” é cortar papel, em contrapartida, o homem não tem uma
essência sólida, logo, ela não é algo concreto, definido no nascimento, ela pode ser
moldada e esculpida por cada indivíduo. Para Sartre, o homem nasce livre, e está
condenado a o ser.

Liberdade x Angústia:
“Para o filósofo, a angústia estará sempre presente frente as possibilidades de
existência, que são possíveis diante a liberdade, já que esta é uma condição para o
referido autor. Em cada escolha o ser estará em liberdade, uma liberdade que é uma
condição ontológica e humana, mas também, situacional, de acordo com a vivência
de cada sujeito. Assim, independente da circunstância, o sujeito fará escolhas sobre
aquilo que vivência e possui. Nessa perspectiva, até mesmo abster-se de fazer uma
escolha, já é também uma escolha.” - (Neves, mikaelli).

Como dito anteriormente, o homem é condenado a ser livre e essa liberdade


vem carregada de responsabilidades, ora... se somos condenados a sermos
livres por que temos responsabilidades? Nós seremos carregados por essa
responsabilidade de escolha, daí nasce a angústia, porque se seremos
submetidos a uma situação de escolha, isso quer dizer que teremos que abrir
mão de outra coisa e esse “abrir mão” seria apenas nossa exclusiva
responsabilidade, nós seremos responsáveis pelo que vai acontecer, não posso
terceirizar a responsabilidade de uma escolha que eu, enquanto indivíduo,
tenho de fazer. A angústia surge dessa “culpabilidade” que teremos em
relação a nossas escolhas, pois o mundo nos oferece infinitas possibilidades
de escolha, logo, ela vai surgir a partir dessa ideia de liberdade infinita de
escolhas.

Psicologia existencial

“A psicologia existencial é composta por conceitos


filosóficos responsáveis por criar e estimular a discussão
sobre o propósito da existência de cada indivíduo.
O filósofo dinamarquês, Soren Kierkegaard (1813 – 1855) é
conhecido como o fundador do existencialismo. Ele
modificou as palavras de outro filósofo importante, René
Descartes, para expressar o seu posicionamento. Em vez de
“Penso, logo existo”, Soren acreditava que “Existo, logo
penso”. (Batista, elaine)

A psicoterapia existencial trata as pessoas enfermas, seja


de depressão, ansiedade, traumas, não como uma pessoa
“perturbada” que deve ser curada, mas sim, fazer
intervenções no desenvolvimento dela. Promovendo o
encontro do indivíduo com a sua própria existência. De
modo a assumir e projetar seu modo de ser mais livremente
no mundo, assemelhando-se ao método socrático de
maiêutica. Logo, o foco nessa vertente da psicologia, é o
indivíduo. Como ele se comporta perante as adversidades,
seu modo de enxergar o mundo, como você trata suas
lembranças. “Quem é você?”

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