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Existencialismo

Prof. Me. Thiago Silva


Existencialismo
● O existencialismo é uma das principais linhas de
pensamento da filosofia do século XX.
● O principal tema do existencialismo é a liberdade
● Porém, esse conceito não é entendido de maneira abstrata,
como uma liberdade ideal. Diferentemente, o existencialismo
aborda a liberdade em termos práticos e concretos.
● Entre os filósofos existencialistas, vamos focar aqui no
pensamento de Jean-Paul Sartre
Existencialismo
Sobre existencialismo
O termo "existencialismo" foi aplicado à filosofia de Sartre e de
Simone de Beauvoir. Inicialmente, Sartre resistiu a essa
denominação; mas, posteriormente, na obra O existencialismo é
um humanismo, o filósofo passou a utilizá-la tanto para
caracterizar sua teoria quanto para designar o pensamento de
outros filósofos, como Heidegger. Com o tempo, o existencialismo
passou a ser associado a muitos outros filósofos: Nietzsche e
Kierkegaard, no século XIX; Karl Jaspers e Martin Buber, no XX;
Sartre e Merleau-Ponty, além de escritores como Albert Camus, na
contemporaneidade.
Existencialismo
Sartre: o ser humano é liberdade
Uma faca é feita para cortar. Uma lamparina, para
iluminar. Um avião deve voar. Um lápis serve para
escrever ou desenhar. Todas as coisas são feitas com
um propósito. Mas qual é o propósito do ser humano?
Qual é a sua essência?
Existencialismo
Sartre: o ser humano é liberdade
Durante toda a história da filosofia, os pensadores
defenderam que existiria uma “essência” ou “natureza” de
ser humano. Ou seja, de acordo com essa ideia clássica,
todo ser humano realiza, em sua existência, essa essência
ou natureza. Por ex., para Platão, existiria uma ideia/forma
de ser humano da qual todos os seres humanos
participariam; para Hobbes, o ser humano é mau por
natureza; para Rousseau, o ser humano é bom por
natureza.
Existencialismo
Sartre: o ser humano é liberdade
Para o filósofo francês Jean-Paul Sartre, o ser humano
não nasce com uma essência predeterminada, como as
coisas e os objetos que criamos. O homem aparece ou é
lançado no mundo e, por meio de suas escolhas e
decisões, vai determinando o significado da própria vida.
Existencialismo
A existência precede a essência
Isso significa que o indivíduo se torna um sujeito ao se
projetar para o mundo, ao visá-lo. Dito de outra forma, o
homem procura o seu ser ou a sua identidade no mundo
quando entra em contato com as coisas e as pessoas.
Para Sartre, não há uma essência humana
preestabelecida. O homem descobre o seu ser por meio
de sua vida, das suas ações e decisões. Por isso, o
filósofo afirmou que "A existência precede a essência".
Existencialismo
O homem é o que faz de si
Se, antes de tudo, o existir humano é um processo que não
está determinado por nada exterior ou interior ao homem,
cabe, então, ao próprio homem fazer-se, tornar-se algo. O
homem é o que faz de si.
"[...] o homem não é senão o seu projeto, só existe na
medida em que se realiza, não é, portanto, nada mais do
que o conjunto de seus atos, nada mais do que sua vida."
SARTRE, Jean-Paul. O existencialismo é um humanismo. 2. ed. Tradução de Vergílio Ferreira. Lisboa:
Presença, s/d. p. 267.
Existencialismo
O homem é o que faz de si
"O homem faz-se, não está realizado logo de início, faz-
se escolhendo a sua moral, e a pressão das
circunstâncias é tal que não pode deixar de escolher
uma. Não definimos o homem senão em relação a um
compromisso."
SARTRE, Jean-Paul. O existencialismo é um humanismo. 2. ed. Tradução de Vergílio Ferreira. Lisboa:
Presença, s/d. p. 283-284.
Existencialismo
O homem é o que faz de si
Para Sartre, então, o ser humano é responsável por sua
existência e pelo que se torna (seu projeto existencial).
Ninguém nasce herói ou covarde, e ninguém é
definitivamente herói ou covarde. Do mesmo modo que
nenhum estudante nasce mau ou bom aluno, mas seu
desempenho depende de suas disposições e atitudes.
Enfim, o ser humano é responsável pelo seu destino e
não pode fugir disso.
Existencialismo
Condenado à liberdade
Ao investigar a situação existencial humana, Sartre afirmou que
o homem é livre. Isso porque o seu fazer-se ou realizar-se não
estaria preso a nenhuma natureza interna imutável, tampouco
a um poder supremo que, externamente, determinasse os
valores ou os caminhos a percorrer. Em outras palavras, a
essência humana não seria determinada pela natureza, como
uma semente determina o destino de uma planta, tampouco
por um Deus, que estabeleceria como deve ser a conduta dos
homens. Nesse sentido, o homem é livre para ser o que quiser.
Existencialismo
Condenado à liberdade

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