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Índice
Introdução..............................................................................................................................................................4
Um pouco de História …...................................................................................................................................4
História das Empresas.......................................................................................................................................5
História das Empresas – Empresas mais antigas................................................................................................6
Conceito de Empresa.........................................................................................................................................7
A Gestão e os gestores...........................................................................................................................................9
Onde Entra a Gestão..........................................................................................................................................9
Como gerir uma Organização…......................................................................................................................10
Maus Gestores comprometem a Produtividade…............................................................................................10
A Gestão realizada por Gestores…..................................................................................................................11
Capacidades do Gestor....................................................................................................................................12
O que fazer para se tornar um melhor Gestor..................................................................................................12
O Pensamento em Gestão - Origem e Evolução..................................................................................................14
Primórdios da Gestão.......................................................................................................................................14
A abordagem clássica......................................................................................................................................15
Teoria Geral da Administração........................................................................................................................17
Apreciação crítica da Teoria Clássica..............................................................................................................20
A abordagem Comportamental........................................................................................................................20
Teoria das Relações Humanas.........................................................................................................................21
Teorias da Motivação......................................................................................................................................22
Hierarquia de Necessidades de Maslow...........................................................................................................22
Teoria dos Fatores de Herzberg.......................................................................................................................23
Teoria X e Y de McGregor..............................................................................................................................25
Apreciação Crítica da Teoria Comportamental................................................................................................26
Outras Abordagens…......................................................................................................................................26
Teoria Neoclássica...........................................................................................................................................27
Gestão por Objectivos - GPO..........................................................................................................................27
Abordagem Sistémica......................................................................................................................................28
Abordagem Contingencial...............................................................................................................................29
Evolução da Gestão.........................................................................................................................................29
Evolução do Pensamento em Gestão.............................................................................................................30
Visão – Missão – Objectivos...............................................................................................................................31
Definir um rumo para a Organização...............................................................................................................31
Os objectivos da empresa................................................................................................................................34
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Segmentação Estratégia de Mercado
Como definir objectivos?.................................................................................................................................35
Mapa para definição de Objectivos?................................................................................................................35
Como organizar a Empresa..................................................................................................................................37
Porque é importante que o gestor saiba organizar?..........................................................................................38
O que significa organizar.................................................................................................................................38
A face visível da estrutura:..............................................................................................................................39
A autoridade e a delegação: definir quem comanda.........................................................................................40
Centralização e Descentralização....................................................................................................................40
Vantagens da Descentralização........................................................................................................................41
A evolução das estruturas................................................................................................................................41
O Ciclo de Vida da Empresa............................................................................................................................42
Princípios a seguir na construção de uma estrutura organizacional.................................................................43
A escolha do tipo de estrutura organizacional.................................................................................................43
Vantagens e Desvantagens dos Tipos de Estruturas.........................................................................................44
Motivar e Liderar a Equipa..................................................................................................................................45
O Ciclo Motivacional......................................................................................................................................45
Como motivar os colaboradores......................................................................................................................45
Quando os objectivos motivam........................................................................................................................46
Sintomas de falta de motivação.......................................................................................................................46
A Liderança.....................................................................................................................................................47
Que estilo de liderança adotar..........................................................................................................................49
Ética Empresarial e Responsabilidade Social..................................................................................................50
Ética Empresarial.............................................................................................................................................51
Padrões éticos na empresa...............................................................................................................................51
Códigos de ética e de conduta..........................................................................................................................52
Responsabilidade Social Empresarial..............................................................................................................53
Motivação para a RSE.....................................................................................................................................53
Bibliografia......................................................................................................................................................54
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Segmentação Estratégia de Mercado
Introdução
Um pouco de História …
Há cerca de 5000 anos a.C., os Sumérios já faziam registos das colheitas, usando aquilo que foi os
primórdios da escrita.
Há 4000 a.C., os egípcios usam técnicas de panificação, direção e planeamento na construção das
pirâmides. Ao mesmo tempo, reconheciam a importância da atividade económica e da precaução
com o futuro, lançando imposto e gerindo a receita para fazer face a anos de crise.
1ª Revolução Industrial
Princípios do Séc.. XX
Após a II Guerra
- -Alta tecnologia.
- Maior separação entre as nações de acordo com as especialização das tarefas a que cada nação
passou a ser dedicada.
- Maior dificuldade de gestão de recursos humanos face á sua maior formação académica e
intelectual.
e…
… a perceção do que terá corrido bem e do que terá corrido mal, podem dar-nos pistas para melhor
prever e prevenir o futuro… (exemplo: o comércio tradicional).
Oriundo da Coreia, a família Kongo deslocou-se para o Japão há mais de 1.400 anos para construir o
templo budista Shitennoji. Por muitos séculos, a Kongo Gumi participou em várias construções
famosas, inclusive do castelo de Osaka no século XVI. Até há pouco tempo a família continuava a
construir e reformar templos religiosos. Infelizmente a empresa encerrou a sua atividade em 2007.
O castelo, além do museu, disponibiliza uma coleção de borboletas raras e organiza vários eventos,
inclusive casamentos. O vinho pode ser adquirido nos vinhedos do castelo.
A Mercedes-Benz
A marca alemã de automóveis pertencentes ao grupo Daimler AG foi criada em 1924 resultado de uma
fusão entre a Benz & Cia. e a Daimler. É a mais antiga empresa de automóveis e veículos comerciais
da Alemanha e do mundo. Produz automóveis, camiões, autocarros, e os seus próprios motores. A
estrela de três pontas foi desenhada por Gottlieb Daimler. Cada ponta representa o ar, a terra e o mar
mostrando que os motores desenhados adaptavam-se a estes três meios.
Conceito de Empresa
Ambiente Externo
Concorrência
Considerações Sindicatos
Legais
Gestão
Acionistas
Sociedade
Força
Laboral Fornecedores
Clientes
“As empresas distinguem-se das demais organizações sociais pelas seguintes características:
são regra geral, orientadas para o lucro, assumem riscos, são geridas segundo uma filosofia
de negócios e, como tal, reconhecidas pelos governos e pelas outras organizações que com
elas lidam, e são, geralmente, avaliadas sob o ponto de vista contabilístico (…) As empresas,
como organizações sociais que são (…) constituem-se para atingir determinados objectivos,
destacando-se o lucro e a sobrevivência, que por sua vez, implicam outros objectivos de menor
prioridade mas coerentes com os fundamentais
Todas as organizações têm um conjunto de elementos essenciais. São compostas por pessoas: a direção
e os trabalhadores, com papéis definidos e delimitados, e que interagem para desenvolverem as
funções essenciais na organização.
Elemento Elemento
material organização
Uma pessoa que trabalha sozinha não é uma organização. As organizações dispõem de um conjunto de
meios de produção: os objetos do trabalho (as matérias-primas) e os meios de trabalho (equipamentos
e ferramentas que os trabalhadores utilizam). Têm um estrutura organizacional que integra e dispõem
os trabalhadores e equipamentos, de modo a atingir o fim proposto A prestação de bens e /ou a
prestação de serviços.
A Gestão e os gestores
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Segmentação Estratégia de Mercado
O mundo capitalista assenta na racionalização da atividade económica, é marcado pela
generalização das relações comerciais, pela transformação dos bens em mercadorias
transacionáveis, pela organização do trabalho em parcelas pequenas e homogéneas e pela
assalariação dos trabalhadores.
Os bens são mensuráveis maioritariamente em unidades monetárias, e não apenas em outros bens.
As empresas visam a realização de um lucro como incentivo à assunção de riscos dos investidores.
Mas das empresas atualmente exige-se também, uma atuação ética e responsável.
Organizações de todos os
A gestão Todos os níveis da
tamanhos:
é precisa organização:
Das microempresas às
• Topo à base
Multinacionais em…
A gestão exige conhecimento. Apesar de gerir ser considerado por alguns como uma arte, na verdade é
que os conhecimentos necessários para gerir uma empresa moderna são suportados pela ciência.
A complexidade da atividade surge, porque a gestão é uma ciência social, envolve comportamentos
humanos e é multidisciplinar.
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Segmentação Estratégia de Mercado
O gestor precisa de ter conhecimento em várias áreas: Economia; Sociologia; Psicossociologia das
organizações; Gestão dos R.H., Finanças; Contabilidade, Comércio, etc….
França + 116%
Alemanha = 97%
Áustria = 98%
Portugal - 52%
Reino Unido - 89%
Nota: Produtividade é medida pela divisão da quantidade produzida pelo número de trabalhadores ou
pelo número de horas, ou pelo número de horas trabalhadas. O cálculo é feito dividindo os produtos
internos brutos (PIB) dos países pelo número de horas trabalhadas.
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Segmentação Estratégia de Mercado
Muito do desperdício de horas de trabalho deve-se à deficiente organização do trabalho, falhas no
planeamento e no controlo de gestão. Ex. Tempo perdido com reuniões ineficientes e com uma ordem
de trabalhos pouco preparada
O gestor é o responsável por estabelecer e planear a forma mais eficiente e eficaz de atingir os
objectivos, pela afetação dos recursos humanos e materiais, e pela direção das operações de um
departamento ou de toda uma empresa.
O termo gestor abrange uma ampla diversidade de indivíduos (desde gestores de pequenas empresas,
diretores de multinacionais, supervisores de um departamento aos responsáveis por instituições não
governamentais e religiosas) e que se encontram nos diversos níveis hierárquicos.
É alguém que trabalha com e através de outras pessoas e controlando e implementando os objectivos
estratégicos e operacionais. Assim o papel do gestor não é acerca dos seus próprios resultados mas
antes ajudar outros a fazer o seu trabalho.
Funções dos Gestores…
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Segmentação Estratégia de Mercado
Capacidades do Gestor
Usar informação para resolver problemas específicos da empresa
Identificar oportunidades para inovação, extensão e novos negócios
CAPACIDADES Reconhecer problemas e implementar soluções
CONCEPTUAIS Selecionar informação relevante
Compreender o modelo de negócio da empresa
Acompanhar e aconselhar os trabalhadores
CAPACIDADES Trabalhar com a diversidade dos recursos humanos
INTERPESSOAIS Relacionamento com indivíduos dentro e fora da empresa
Trabalho em equipa
Transformar ideias em palavras e ações
Saber ouvir e perguntar
CAPACIDADES DE Apresentação Oral
COMUNICAÇÃO Apresentação escrita
Construir credibilidade dentro e fora da empresa
O gestor necessita de possuir quatro grandes áreas de capacidade e conhecimentos: técnicos, humanos
e relacionais, conceptuais e executivos. O nível tático envolve o conhecimento dos métodos e técnicas
e procedimentos na área especializada – dado que requer o trabalho com ferramentas específicas.
O nível humano inclui a motivação dos colaboradores, a promoção da cooperação e do trabalho em
equipa.
O nível conceptual expressa-se numa visão de toda a organização e indústria – a big picture – que lhe
permite compreender as implicações das suas ações e de mudanças no ambiente.
Finalmente o nível executivo prende-se com a resolução dos problemas que emergem.
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Segmentação Estratégia de Mercado
Iniciar-se cedo em atividades onde é requerida alguma forma de liderança, como associações
estudantis, grupos desportivos, sociais e culturais.
Ter uma participação cívica que lhe permita desenvolver a capacidade de relacionamento em
diferentes contextos.
Aprender a reconhecer o mérito e a competência.
Aprender a ser objectivo e justo e a basear-se em factos, relatórios e indicadores.
Partilhar a sua visão de negócio coma equipa.
Mostrar-se presente na empresa e não isolar-se no “gabinete”.
Explicar os “porquês” das decisões.
Estar disponível para fazer mudanças, mas saber ouvir outras opiniões.
Eficiência vs Eficácia
Eficiência – conseguir o maior resultado ( output) com a menor quantidade de recurso ( inputs).
Numa empresa industrial a eficiência pode ser aumentada através da diminuição dos custos de
produção – stocks, desperdícios, tempo que os trabalhadores demoram, etc.
Eficácia - a eficácia é a capacidade de alcançar o efeito esperado ou desejado através da realização de
uma ação.
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Segmentação Estratégia de Mercado
O Pensamento em Gestão - Origem e Evolução
Primórdios da Gestão
Até final do Séc. XIX imperou uma forma de administração das empresas baseada no saber-feito e em
que a racionalização cientifica das maquinas e do fator humano era inexistente. Predominavam as
oficinas, com artificies e aprendizes, e a noção de organização empresarial era quase nula.
O modo como pensamos as empresas evolui significativamente desde o início do séc.. XX.
Ao logo de mais de um século, muitos autores deram o seu contributo para identificar formas mais
eficazes e eficientes de organizar o trabalho e as empresas, e tornar os gestores mais eficazes nas suas
funções.
Podemos agrupar as diversas teorias em três grandes grupos:
Abordagem clássica - dominante até ao final dos anos 30
Abordagem comportamental – dominante até aos anos 50
Abordagem pragmática – dominante até finais dos anos 70
As três abordagens diferem claramente na forma como olham a empresa, os trabalhadores e o próprio
objectivo da gestão. A eficiência na produção era a preocupação central, sendo os trabalhadores, os
indivíduos apenas a constituírem parte do todo produtivo, complementando o sistema tecnológico. O
contributo desta corrente refletiu-se na organização das tarefas e do trabalho, mas também da própria
empresa.
A abordagem pragmática da empresa conduziu a uma síntese atualizada das preocupações de eficiência
avançada pelos clássicos, e matizada com os desenvolvimentos entretanto surgidos no Âmbito das
ciências do comportamento. Objectivo produzir eficientemente em função do mercado.
A abordagem clássica
Surge na 2ª e 3ª década do séc. XX. Emerge com o desenvolvimento das primeiras grandes empresas
industriais. Com o crescimento do mercado, há necessidade de produzir maiores quantidades,
rapidamente e com menores custos.
O conceito de linha de montagem e a padronização conhece os primeiros desenvolvimentos.
Frederick Taylor (1856-1919)
Foi o precursor de um conjunto de ideias e doutrinas sobre a organização do trabalho. A sua ênfase foi
essencialmente nas tarefas com organização racional do trabalho:
Objetivo: evitar desperdícios
Preocupação centrada na eficiência
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Segmentação Estratégia de Mercado
Método: estudo dos tempos e movimentos (time-and- motion studies)
Retira-se às pessoas a liberdade de executar o trabalho á sua medida
Planos de incentivos salariais e de prémios de produção.
Estudo dos tempos e movimentos: método para estabelecer um padrão para a produtividade dos
trabalhadores em que (1) uma tarefa complexa é dividida em passos mais pequenos e simples, (2) a
sequência de movimentos dados pelo trabalhador é cuidadosamente observada para detetar e depois
eliminar movimentos redundantes ou desnecessários, e (3) medir e definir o tempo que cada
movimento correto demora. Este tipo de estudos apenas é apropriado para tarefas repetitivas
A Divisão do Trabalho
T4 T1 T1 T2 T3 T4
T3 T2 O1 O2 O3 O4
O desenvolvimento das linhas de montagem de Henry Ford, nos anos 1910 e 1920, é inspirado nos
estudos de Taylor sobre a racionalização – padronização e simplificação do trabalho.
Henry Ford (1863-1947)
Ford é considerado o primeiro a implantar um sistema de produção em série. O engenheiro americano
notou que era muito mais barato e rápido produzir um modelo de automóvel padronizado. De acordo
com o sistema fordiano de produção, o automóvel passava por uma esteira de montagem em
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Segmentação Estratégia de Mercado
movimento e os operários colocavam as peças. Cada operário cumpria uma função específica. Neste
sistema, um automóvel era montado em apenas 98 minutos. Mas Ford não foi Pioneiro apenas no
campo da Gestão da Produção.
Para além da inovação produzida em diversos aspetos da área da “fábrica”, foi inovador em termos do
sistema de organização empresarial, através de um processo de aquisições a montante a jusante,
promovendo uma concentração vertical da sua área de negócio.
Foi inovador em termos da relação com os trabalhadores, promovendo o dia de trabalho de8 horas, a
participação nos lucros e o encorajamento da aquisição dos seus carros pelos próprios empregados,
porque assim eles seriam os primeiros a publicitá-lo.
Funções Técnicas
Coordenar
Funções de Segurança
Comandar
Funções Contabilísticas
Controlar
Funções Administrativas
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Segmentação Estratégia de Mercado
Funções Administrativas – responsável pela integração na cúpula das outras cinco funções, e
programa de ação geral da empresa.
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Segmentação Estratégia de Mercado
Weber e o Modelo Burocrático
Características Benefícios Disfunções
Caracter legal das normas Racionalidade Internalização das normas
Carácter formal das Precisão Excesso de formalismo e
comunicações. Rapidez papelada
Divisão do trabalho Univocidade de Resistência a mudanças
Impessoalidade no interpretação Despersonalização do
relacionamento Continuidade da relacionamento
Hierarquização da autoridade organização Categorização das relações
Rotinas e procedimentos Redução da fricção entre as Superconformidade
Competência técnica e mérito pessoas Exibição de sinais de
Profissionalização Constância autoridade
Previsibilidade do Subordinação dos mais Dificuldades com clientes
funcionamento novos aos mais antigos
dentro de uma forma bem
estrita e bem conhecida
Benefícios sob o prisma das
pessoas
Modelo Burocrático
Consequências Consequências
previstas Necessidade de imprevistas
controlo
Previsibilidade do Disfunções da
Comportamento Burocracia
A abordagem Comportamental
O Homem, o indivíduo, torna-se o centro de todas as análises
O Homem é agora VISTO, no seu todo, como ser social, que à entrada da empresa, não se despe dos
seus condicionalismos sociais e culturais.
A teoria Comportamental estuda o comportamento e motivação dos trabalhadores para tentar
satisfazer essas necessidades. Motivação, liderança, dinâmica de grupos e comunicação constituem os
principais meios de dirigir as pessoas dentro da empresa.
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Segmentação Estratégia de Mercado
São as variáveis de carácter psicossociológico e emocional que explicam as variações de
produtividade.
O grande contributo dos estudos de Elton Mayo foi o chamado efeito de Hawthorne.
Fases Conclusões
1ª Variações na intensidade Nível de produção é resultante da integração social
da luz O comportamento dos indivíduos é social
Existem recompensas e sanções sociais – “homem
2ª Variações nas condições social”
físicas do trabalho A organização informal é frequentemente ,
determinante
3ª Entrevistas Cada indivíduo é influenciado pelas relações que
tem com outros e influencia-os com a sua ação.
4ª Relações entre a O conteúdo e a natureza do cargo têm influência
organização formal e informal sobre a moral do trabalhador
Ênfase nos aspetos emocionais
Teorias da Motivação
Surgem devido ao reconhecimento do papel fulcral que as pessoas têm em qualquer organização.
É necessário compreender as pessoas, as suas motivações, aspirações, necessidades, padrões de
consumo, relações sociais, estilo de vida, comportamento em grupo e no trabalho, etc. As teorias
assentam na convicção de que o comportamento do indivíduo pode ser induzido por um estilo externo
que provêm do meio ambiente que rodeia, ou estímulos internos, decorrentes das suas características
de personalidade, de aprendizagem, atitudes, valores, emoções e motivações.
Assim para estudar o comportamento do individuo, é preciso conhecer o que o causa, o que impele o
indivíduo a agir. Ou seja, para se compreender o comportamento individual é necessário entender a sua
motivação.
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Segmentação Estratégia de Mercado
Hierarquia de Necessidades de Maslow
•Intervalos de descanso
Fisiológicas • Conforto físico
• Horário de trabalho razoável
Auto-Realização
• Auto-realização
Estima • Auto-desen-
volvimento
• Excelência
• Satisfação do ego pessoal
Sociais
• Orgulho •Competência
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Segmentação Estratégia de Mercado
- Fatores de manutenção (ou higiénicos) – A sua presença não contribui para uma forte
motivação. A sua ausência poderá contribuir para o descontentamento.
- Mas são necessários para manterem um razoável nível de satisfação. São 10 fatores.
- Fatores de motivação ou de satisfação – Contribuem para altos níveis de satisfação. Contudo,
se estas condições não se encontrarem presentes, não contribuem grandemente para a
insatisfação.
NOTA: Os fatores de manutenção causam muita insatisfação quando não estão presentes, mas não são
geradores de forte motivação quanto estão presentes. Os fatores de motivação conduzem a uma forte
motivação e satisfação quando estão presentes, mas não causam insatisfação quando ausentes.
Críticas: Estudo feito com contabilistas e engenheiros. Seria diferente se o estudo tivesse considerado
operários ou trabalhadores indiferenciados que para estes o salário e a segurança do emprego seriam
mais fatores de motivação do que de manutenção.
SEGURANÇA PROGRESSO
POLÍTICA E ADMINISTRAÇÃO DA
DESENVOLVIMENTO
COMPANHIA
São 10 fatores: Política e administração da empresa, Supervisão técnica, Relações interpessoais com o
supervisor, Relações interpessoais com os colegas, Relações interpessoais com os subordinados,
salário, segurança de emprego, vida pessoal, condições de trabalho e Estatuto.
Herzberg descreveu seis fatores de motivação: Realização, Reconhecimento, Progresso, O próprio
trabalho, Possibilidade de valorização pessoal e responsabilidade.
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Segmentação Estratégia de Mercado
Fatores de manutenção
Fatores Motivacionais
( Higiênicos)
3. Reconhecimento 3. Salário.
Teoria X e Y de McGregor
Teoria X: Teoria Y:
As pessoas necessitam de As pessoas são responsáveis
ser dirigidas e controladas Gostam de trabalhar
Visão das
Não ambicionam Procuram a satisfação das
chefias
responsabilidades suas necessidades
Querem garantir a segurança Tendem a cumprir
e a estabilidade
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Segmentação Estratégia de Mercado
TEORIA X TEORIA Y
As pessoas encaram o trabalho como "um mal O esforço físico e mental no trabalho é tão
necessário". natural quanto as atividades de lazer.
Os trabalhadores aprendem não só a aceitar
Os trabalhadores evitam as responsabilidades. responsabilidades, mas também a procurá-
las.
Os trabalhadores não apreciam mudanças. Os trabalhadores apreciam o desafio.
Os trabalhadores são capazes de imaginação e
Os trabalhadores não tomam iniciativa.
criatividade na resolução de problemas.
Os trabalhadores procuram satisfazer as suas
necessidades de estima e realização e,
Para conseguir que os trabalhadores se
portanto, estão dispostos a auto dirigirem-
envolvam no trabalho é preciso utilizar um
se e a auto controlarem-se no alcance de
sistema de controlo e punição.
objectivos com os quais estão
comprometidos.
Outras Abordagens…
A partir dos anos 50 começaram a desenvolver-se outras teorias explicativas da gestão.
As primeiras a surgir foram as teorias pragmáticas da gestão, de que se destaca a teoria neoclássica e
a gestão por objectivos.
A teoria comum a estas teorias é a definição de “regras práticas de gestão”, a apresentação de “receitas
“ de boa gestão aplicáveis à generalidade das situações.
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Segmentação Estratégia de Mercado
Teoria Neoclássica
Origem remonta a meados dos anos 50, inspira-se essencialmente as teorias clássicas, devidamente
atualizadas e redimensionadas.
Segundo os autores neoclássicos, o gestor tem por papel fundamental aprender a evolução do mercado
e inovar nas respostas a dar às oportunidades detectadas de forma a maximizar o lucro.
A abordagem neoclásica põe em relevo a existência de três aspectos principais nas empresas:
Quanto aos objectivos – as organizações não existem para si próprias. São meios que visam
uma tarefa social. Por outro lado, se não houver objectivos…não é possível analisar resultados.
Quanto à administração - todas as organizações têm diferentes objectivos mas são “iguais” na
administração.
Quanto ao desempenho individual – o desempenho individual é a eficácia das pessoas que
trabalham dentro das organizações.
A abordagem neoclássica reconhece a gestão como uma técnica social, na medida em que exige que o
administrador (re) conheça, além dos aspetos técnicos, os aspetos relativos à gestão de pessoas dentro
da organização.
Desenvolvida por Peter Drucker (1909-2005) na década de 50. É uma forma de intervenção em toda a
gestão da empresa.
A preocupação determinante é atingir objectivos globais e/ou operacionais, para o que exige um nível
elevado de planeamento da gestão.
Assim as empresas que implementam a GPO exigem que cada um dos seus gestores estabeleça metas
para a sua administração, no início de ccada período, de acordo com as metas gerais da organização. A
preocupação é instituir uma gestão planeada, partindo dos objectivos globais para os objectivos
parcelares.
Um dos principais problemas da GPO é a avaliação dos gestores e autocontrolo necessário. A fixação
de objectivos tem, características estruturais e comportamentais. Primeiro porque são os gestores que
fixam os objectivos de longo e curto prazo. Além de que os objectivos devem ser encarados como
resultados e não como tarefas. Depois têm características comportamentais porque os subordinados
constroem os seus próprios objectivos e são responsáveis por eles, pondo a ênfase na auto-análise e
autocorreção do desempenho.
Abordagem Sistémica
A abordagem sistémica vê a as empresas como um sistema social aberto, em interação dinâmica com o
seu meio envolvente. A empresa é vista como um sistema dentro do sistema ambiental mais amplo e
composta por um conjunto de subsistemas. Como uma associação de partes inter-relacionadas e
interdependentes, onde os vários departamentos são ligados por pessoas que trabalham em conjunto ou
para o mesmo fim.
Cabe ao gestor simultaneamente, obter recursos e liderar indivíduos que trabalham a empresa, de
forma a compatibilizar os interesses individuais com os organizacionais.
Feedback
Matérias
Energia Energia
Pessoas Pessoas
Informação Informação
Energia
Feedback
Abordagem Contingencial
Ainda na década de 60, foi desenvolvida uma nova abordagem do estudo da gestão, denominada por
abordagem contingencial- ou situacional. De acordo com a teoria da contingência, nada é absoluto
nas empresas, tudo está sujeito a contingências.
As ações dos gestores dependem por exemplo, das condições e alterações das variáveis ambientais, das
movimentações dos concorrentes, das exigências dos consumidores.
Esta abordagem conclui que não há uma best way de organizar ou estruturar, uma melhor estratégia de
aumentar a eficiência, uma forma certa de gerir.
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Segmentação Estratégia de Mercado
Evolução da Gestão
Uma das abordagens desenvolvidas nas décadas de 70 e 80 é a gestão da qualidade total (GQT), como
os contributos de William Deming (1900-1993) e Joseph Juran (1904-2008). Esta abordagem teve já
algumas variantes, como o Six Sigma, e está na base de certificação das empresas.
O Just in Time (JIT) – modelo desenvolvido no Japão, objectivo eliminar stocks e agilizar o processo
produtivo. Esta filosofia (daria origem ao Toyota Production System) foi essencial para a recuperação
do Japão.
Slow Europe – segundo este modelo os horários de trabalho longos não favorecem a produtividade.
Aplicado em França, onde aumentaram o número de dias de férias e reduziram as horas de trabalho
semanais. Também na Alemanha a Volkswagen, registou uma melhoria de produtividade, quando
substitui os despedimentos pela partilha de trabalho por um maior número de colaboradores.
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Segmentação Estratégia de Mercado
Teoria Teoria Teoria Teoria Teoria Novas
Clássica Comportamental Neoclássica Sistémica Contingencial Abordagens
Princípios da Necessidades e Centralização e Centralização e Ambiente interno Gestão da
Administração Científica Motivações Descentralização Descentralização e externo e Qualidade Total
adaptação ao meio.
Divisão do Trabalho Estilos de GPO, Inovação, GPO, Inovação, Just in time
Liderança Marketing Marketing Diversidade das
Especialização do estruturas Learning
trabalhador Conflito de Planeamento Planeamento tático Organizations
objectivos tático e estratégico e estratégico Redução da
Tempos e Movimento (organizacionais dimensão das Slow Europe
versus pessoais) Ajustamento dos Ajustamento dos organizações
Organização funcional postulados à nova postulados à nova
e supervisão funcional Cultura realidade realidade Realização do
organizacional indivíduo
Funções da empresa e
do dirigente Teoria das Inexistência de
Decisões princípios válidos
Departamentalização universalmente
Organização linear
A burocracia e as suas
disfunções
Resumo
A forma como se pensa a gestão tem evoluído com maior significado desde os inícios do século XX.
Taylor terá sido o mais notável autor a preocupar-se com a eficiência da empresa e a sugerir medidas
para melhorar a sua gestão.
Em resumo as diversas teorias parecem ter apenas um aspeto: em qualquer empresa, há dois elementos
comuns predominantes que necessitam de ser geridos, o técnico e o social, não havendo unanimidade
na forma de gerir estes dois elementos.
Surgem novos conceitos e novas teorias explicativas, muitas enfrentam dificuldades de aplicação
Quanto maiores as empresas mais se restringe a razão de ser da empresa aos gestores de topo.
Os colaboradores de níveis inferiores embrenhados nas atividades do seu dia-a-dia, são incapazes de
ver como o seu contributo é relevante.
A insatisfação vai emergindo quando os colaboradores notam que os objectivos da empresa, (ou
quando não fazem qualquer ideia), não são ajustados aos seus objectivos pessoais – alguns procuram
novo emprego.
A realidade é que muitas empresas podem ter um melhor desempenho e trabalhadores mais satisfeitos
se fosse dada mais atenção à visão e missão, se os objectivos fossem ajustados ao prosseguimento
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Segmentação Estratégia de Mercado
destas, e se houvesse um sistema de monitorização e avaliação das ações realizadas para se saber se
contribuem para realizar a missão.
O trabalho não termina com a elaboração de uma visão e missão. È preciso implementá-las. È
importante desenvolver um sistema de incentivos que premeie os trabalhadores que demonstrem os
valores da empresa nos seus negócios e ações.
É fundamental que o gestor transmita a todos os interessados, internos e externos, quais os objectivos,
qual a cultura e qual o caminho a seguir pela organização. Para esses fins é necessário definir a visão e
a missão.
O gestor tem neste processo um papel fundamental – O CEO – Chief Executive Officer- da Apple,
Steve Jobs. A sua visão para o futuro da empresa – onde se destaca a sua vontade de mudar o mundo.
Visão
Os grandes navegadores sabem sempre onde fica o norte. Sabem aonde querem ir e o que fazer para
chegar ao seu destino. Com as grandes empresas acontece a mesma coisa: elas têm visão. É isso que
lhes permite administrar a continuidade e a mudança simultaneamente.
A visão define como a administração vê a empresa no futuro, o que ela quer ser, quanto à dimensão,
mix de atividades, produtos, mercados, escala e características da empresa.
É aconselhável que a declaração de visão seja relativamente curta e apelativa para que as pessoas se
recordem e a entendam.
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Segmentação Estratégia de Mercado
Tetra Pak
Estamos empenhados em disponibilizar alimentos seguros em toda a parte
Panasonic
A Panasonic tem como objectivo ser a Nº 1 na Inovação de Companhia
Ideas for life Sustentável, dentro das indústrias de eletrónica, até 2018, quando completará
100 anos de sua fundação.
Missão
"Uma empresa não se define pelo nome, estatuto ou produto que faz, define-se pela sua missão.
Somente uma definição clara da missão é razão de existir da organização e torna possíveis, claros e
realistas os objectivos da empresa."
Peter Drucker
A visão torna-se tangível com a definição da missão. Esta reflete aquilo que o líder pensa
relativamente à organização e às direções que ela deve seguir. Apesar de a missão ser específica de
cada organização, a definição da missão deve conter respostas às seguintes questões:
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“Dar às pessoas comuns a possibilidade de comprar as mesmas coisas das
pessoas ricas” – WalMart
Exercício Prático
O quê?
Os objectivos da empresa
Os objectivos são fundamentais: dão corpo às ações e criam medidas mensuráveis de desempenho. Os
objectivos devem ser consistentes e coerentes com a visão e missão da empresa.
Parte da complexidade de definir objectivos está em satisfazer os diferentes interessados na empresa,
que têm diferentes expectativas sobre a atividade da empresa.
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Criação e garantia de emprego
Condições d e emprego oferecidas
Qualidade do produto ou serviço
Sociedade Não poluição do meio ambiente
Desenvolvimento tecnológico
Impostos ( Governo)
Remunerações justas
Trabalhadores Oportunidade de progressão na carreira
(gestores, Formação
especialistas e Continuidade no emprego
Ambiente e condições de trabalho
operários Benefícios sociais
Objectivos
Detentores dos Retribuição do capital
Crescimento
da Empresa
fatores de
Segurança dos investimentos
produção Imagem pública
Qualidade uniforme
Continuidade de fornecimento
Clientes Estabilidade de preços
Serviço pós-venda
Informação sobre produtos
O denominador comum dos objectivos é a criação de riqueza – a empresa produza mais do que a que
consome, garantido a sobrevivência.
Objectivo obrigatório – eficiência – obtenção máxima do produto possível, com os meios disponíveis.
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Quais os Como Que Recursos Quando Resultados
Objectivos Como é que será Quem e o quê apoia Quando (período de Quais os resultados
O que deve ser feito feito(que tarefas) tempo) será esperados e como
atingido serão medidos?
Valores
Os Valores são as balizas éticas e morais da empresa.
Princípios que todos os colaboradores devem seguir.
Para que o propósito da organização seja consistente e constante ao longo do tempo, é
necessário assentar num conjunto de valores.
Tais valores deverão ser duradouros e conhecidos da organização.
Ex: Valores
Orientação para o Mercado promovendo a satisfação e fidelização do Cliente;
Criação de valor melhorando continuamente o desempenho;
Responsabilidade respeitando princípios de desenvolvimento económico, social e
ambiental sustentável;
Motivação dos Recursos Humanos criando condições para o sucesso da Organização.
Exemplo - Valores
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Tetra Pak
A definição da visão e missão, como parte do pensamento estratégico orientam a empresa tanto no
presente como no futuro. Também a definição dos objectivos quantificáveis, atingíveis, motivadores,
coerentes, delimitados no tempo, específicos e flexíveis é uma tarefa que o gestor não pode descurar.
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Desenho da Estrutura
Ambiente Externo
Oportunidades
Ameaças
Incerteza
Disponibilidade de
Recursos Desenho da Estrutura
(estrutura,, tecnologias de
Definições Seleção de informação, política de
Gestor dos Objectivos recursos humanos,
Administrador Objectivos e Operacionais e cultura, tecnologia de
da Missão Estratégias produção)
Ambiente Interno
Forças
Fraquezas
Competências
distintivas Resultados
Estilo de Liderança Eficiência
Fonte: Adaptado de Daft, R. (1992), Organizations theory and design, 4th Ed., West Publishing
Company
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O que significa organizar
Organizar é dispor as pessoas e os recursos da empresa de modo a que, com a máxima eficácia e
eficiência, consigam atingir os objectivos.
Isto significa conceber a forma de organização, sendo necessário definir - o que precisa de ser feito,
quem deve fazer o quê, qual a melhor forma de agrupar as atividades, quais são as relações de
autoridade e responsabilidade e que meios são necessários para cada tarefa.
Quando organiza o gestor está efetivamente a:
Delimitar as responsabilidades
Definir as relações entre órgãos e pessoas
Estabelecer como se aplicam os recursos
Definir objectivos organizacionais
Definir como se organizam as atividades
Exemplo Organograma:
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Conselho de
Administração
Comissão
Executiva
Comunicação e Planeamento e
Imagem Controlo de Gestão
Sistemas de Secretariado da
Informação Administração
Organização formal
Organização informal
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hierárquica que advém da chefia do órgão a que pertence (é única) e a funcional dos
responsáveis das funções Às quais pertencem as atividades
“Delegar, é atribuir a outrem uma missão que foi confiada ao próprio. Consiste em fazer executar por
um subordinado determinada tarefa para a qual o chefe deve fixar, prévia e detalhadamente, os
objectivos, assim como algumas diretivas sobre os procedimentos e precauções a ter em conta. À
parte isso é dada ampla liberdade à iniciativa do delegatário para conduzir a sua ação da forma que
lhe pareça mais adequada ao cumprimento dos objectivos que lhe foram propostos”
In António de Sousa (1994) Introdução à gestão: Uma abordagem sistémica
Centralização e Descentralização
As decisões de centralização e descentralização exigem uma análise cuidada. A descentralização
consiste em colocar os centros de decisão próximos dos órgãos de execução, pressupondo a delegação
de autoridade. A centralização consiste em reduzir os centros de decisão a um mínimo e localizá-los
próximo da administração no topo da hierarquia
Ex:
Vantagens da Descentralização
Permite maior proximidade ao ponto onde se devem tomar as decisões;
Permite reduzir os atrasos nas decisões causadas pela consulta aos orgãos de topo da
hierarquia;
Permite aumentar a eficiência, aproveitando o tempo e a aptidão dos trabalhadores;
Permite melhorar a afetação de responsabilidade;
Permite o aperfeiçoamento dos quadros da empresa;
Permite o aumento da motivação pessoal.
Hierarquização Hierarquização
Cria um novo nível Evolução Cria novos departamentos ao mesmo nível
Horizontal
O Processo de Organização
Agrupar estas
Coordenar as relações atividades ( face aos
Delegação de
de autoridade e as recursos humanos e
autoridade
informacionais meios técnicos
disponíveis)
Fonte: Adaptado de Weihrich, H e Konntz, H (1993) Management: A global perspective. New York: McGraw-Hill
A estrutura não deve ser estática porque nenhuma estrutura se adequa totalmente a todas as situações,
nem a todos os períodos.
O desafio dos “gestores” é entender como “desenhar” a estrutura organizacional, de modo a atingir os
objectivos da empresa e isso inclui pensar o número ótimo de departamentos, o leque de controlo, os
procedimentos, os sistemas de controlo e avaliação, etc.
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O Ciclo de Vida da Empresa
Crise
Necessidade
de Liderança
Crise
Necessidade
de
revitalização
Crise Crise
Necessidade Demasiada
de delegação burocracia
com controlo
Fonte: Adaptado de Greiner, L (1972), “Evolution and revolution as organizations grow”, Harvard Business Review, July-August
É na fase inicial que a organização nasce. A preocupação central nesta fase, é a criação do produto e a
sobrevivência da empresa no mercado. A atenção dos gestores está focada nos aspetos técnicos da
atividade produtiva e comercialização. Nesta fase a empresa é pouco burocrática, o gestor tende a
exercer a atividade de controlo e supervisão.
À medida que a empresa cresce, aumenta o nº de trabalhadores e aumentam os problemas de gestão –
entra a fase de necessidade de liderança. Torna-se necessário contratar um especialista,
nomeadamente um gestor. Contratado o getsor a empresa entra na fase da coletividade. Os
trabalhadores identificam-se com a missão da organização e partilham a motivação. O crescimento é o
objectivo. Uma nova crise pode surgir por necessidade de delegação. Esta crise surge quando os
gestores não delegam autoridade e autonomia.
Assim, a organização entra na fase da “meia-idade” e desponta a formalização. Torna-se necessário
deter regras, procedimentos e sistemas de controlo. Quando a burocracia atinge o seu limite, a solução
para a crise é o desenvolvimento de um novo sentido de colaboração e trabalho de equipa, mais
informal e flexível – fase da elaboração – o controlo social e a autodisciplina reduzem a necessidade
de sistemas de controlo adicionais.
Atingida a maturidade, a organização pode passar por períodos de declínio temporário. A estas crises é
típica a necessidade de revitalização, de modo a cortar com a lentidão e o peso da excessiva
burocracia.
Em resumo os gestores devem estar preparados para as diferentes fases do ciclo de vida das
organizações que dirigem.
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Princípios a seguir na construção de uma estrutura organizacional
Princípio da unidade de comando – recomenda que a eficácia da gestão melhora se cada
subordinado receber diretivas de um só superior.
Princípio da especialização do trabalho - aconselha que cada pessoa tenha apenas uma
função.
Princípio das duas linhas - são frequentes situações em que o trabalhador está sujeito a várias
autoridades funcionais no desempenho da sua atividade: solução é criar duas linhas – uma linha
de comando – outra linha de conselho, que propõe, sugere.
Princípio da direção por objectivos – estabelecer objectivos coordenados por todos os
departamentos, garante-se que todos estão a contribuir para os objectivos.
Princípio da autoridade – aconselha linhas de autoridade claras a todos os níveis.
Princípio da responsabilidade – aponta que a responsabilidade do superior pelos atos dos
seus subordinados é total.
Princípio da definição – impõe que o conteúdo de cada posto de trabalho deve ser claramente
definido e conhecido.
Princípio da reciprocidade – advoga que em qualquer posto de trabalho a responsabilidade e
a autoridade devem ser equivalentes.
Princípio da amplitude de controlo – sugere que cada supervisor tem uma capacidade de
supervisão limitada.
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Vantagens e Desvantagens dos Tipos de Estruturas
Síntese
A organização adequada de pessoas e recursos é essencial ao sucesso da empresa.
É através da estrutura que a estratégia é implementada, os objectivos são prosseguidos e que a
empresa adapta a sua oferta a variações de mercado.
A estrutura organizacional deve refletir os objectivos, as políticas e planos da empresa.
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Motivar e Liderar a Equipa
Criar uma equipa eficaz é mais do que juntar pessoas. É preciso criar uma cultura de empresa,
estimular o espírito de equipa e mobilizar os colaboradores para atingir os objectivos.
Por outro lado, motivar colaboradores é fundamental para o sucesso de uma organização. A motivação
contribui para aumentar a produtividade, para um melhor clima de trabalho, menor absentismo e
melhores relações dos colaboradores com os diferentes stakeholders.
O Ciclo Motivacional
Estímulo/Incentivo
0
Ciclo
Motivacional
Satisfação 4 2 Tensão
3 Comportamento
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Quando os objectivos motivam
A fixação de objectivos é uma das formas de motivar os colaboradores. Os objectivos fixados, devem
ser SMART, especialmente quando do seu cumprimento dependa a remuneração.
Os gestores devem dar feedback adequado e nunca dizer “ faça o melhor que souber”. O
estabelecimento de objectivos por si só não induz um esforço adicional. É necessário conjugar os
objectivos com o feedback dado.
A teoria do goal-setting (fixação de objectivos) desenvolvida por Edwin Locke em 1967, assenta na
fixação de objectivos. Estes são motivadores de comportamentos na medida em que dão uma meta a
atingir, uma razão para trabalhar. A existência de um objectivo faz as pessoas agir.
PROGRAMAS
AÇÕES
MOTIVACIONAIS
Cumprimento pessoal do chefe ao colaborador pelo seu bom
trabalho;
Reconhecimento de
Envio de um e-mail felicitando o colaborador por algo positivo;
Colaboradores
Uma notícia no jornal ou no placard da empresa;
Cerimonia de entrega de prémios
Colaboradores partilham algum poder de decisão com superiores
imediatos, em assuntos do seu interesse e para os quais possuam
informação pertinente.
Criar círculos de qualidade:
Discutir os problemas de qualidade
Envolvimento dos Investigar causas desses problemas
Colaboradores Sugerir soluções
Adotar ações corretivas
Planos de participação dos colaboradores no capital da empresa;
Planos de remuneração variável ( de acordo com as quantidades
produzidas);
Planos de participação nos resultados da empresa.
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A Liderança
Pode ser entendida como o comportamento de um indivíduo quando está a dirigir as atividades de um
grupo de indivíduos em direção a um objectivo comum.
Embora não exista um perfil de líder comumente aceite, é aparente que há algumas características que
diferenciam os líderes:
Traços físicos - vitalidade e aparência;
Traços intelectuais - capacidade de adaptação, entusiasmo, autoconfiança,
coragem, integridade, autocontrolo
Traços sociais – habilidades de relacionamento interpessoal
Contudo a liderança não pode ser explicada apenas pelos traços de personalidade. Interessa
conhecer a resposta a algumas questões essenciais:
A liderança é inata ao indivíduo?
O contexto da liderança interessa?
Estudos na universidade de Ohio State University desvendam duas determinantes do
comportamento dos líderes:
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Grelha de Gestão de Blake e Mouton
Gestão 5.5
Gestor
intermédio
O sucesso de um dado estilo de liderança depende da situação ou do contexto em que é exercida, não
há um estilo universal. Esta é a base das teorias da contingência na liderança.
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Tipologia Estilos de Liderança:
Líder autoritário
Líder laisser-faire
Líder democrático
Estilos de Liderança
Fonte: Adaptado de Ferreira, M.P., Santos, J.e Serra, F. (2008), ser empreendedor: Pensar, criar e moldar a nova empresa,
Edições Sílabo, p.200.
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A tarefa não acaba quando a equipa está constituída. Pelo contrário, a gestão do comportamento dos
indivíduos é igualmente complexa. Conhecer as motivações é a chave para a conceção de uma política
de motivação. A forma como se lidera a equipa deve ser ajustada quer à natureza da atividade, quer às
características da equipa, e até ao momento no tempo.
Para os gestores e empresas, é fundamental que desenvolvam um comportamento ético e que adotem
códigos de conduta e ética.
Os gestores têm de garantir que os códigos de conduta são aplicados pelos colaboradores, evitando,
assim, envolvimento em escândalos que prejudiquem a reputação da empresa.
Os colaboradores precisam de saber quais os princípios e valores fundamentais pelos quais a empresa
se rege e quais os comportamentos que são pretendidos deles.
Ética Empresarial
O conceito de ética tem significado diferentes coisas para diferentes pessoas, mas é geralmente
reconhecido como saber o que é certo e o que é errado e fazer o que está certo. A ética prende-se com
as decisões, as escolhas e ações que fazemos e que refletem os nossos valores Consiste num conjunto
de padrões de conduta que guiam as decisões e ações, baseado nos deveres que emanam dos valores
centrais.
A ética empresarial diz respeito a regras, padrões e princípios morais sobre o que é certo e errado em
situações específicas da atividade empresarial, nomeadamente no que respeita às suas relações com os
agentes externos (clientes e fornecedores) e internos (colaboradores).
Nunca perca de vista a visão, missão e valores da empresa:
Conheça o seu papel e a posição na hierarquia, os seus direitos, responsabilidades e obrigações
e respeite a cadeia hierárquica;
Seja assíduo e pontual e comprometido com a missão da empresa;
Seja honesto e justo em todas as situações;
Tenha uma atitude confiante, mas não deixe de ser humilde e flexível;
Cumpra a promessa que faz;
Ser ético pode significar abdicar de status e benefícios ou mesmo dinheiro.
• Mas, a conduta ética exige mais que o mero respeito pela lei, exige a definição das regras de
conduta relativas aos valores que o getsor pretende na empresa.
Estes princípios e regras podem ser organizados num documento formal a distribuir por
todos os colaboradores – o código de conduta ética.
Uma ação que recomendamos aos gestores é que adotem um conjunto de princípios de conduta
ética e/ou deontológica que orientem o desempenho dos colaboradores.
• Mas, a conduta ética exige mais que o mero respeito pela lei, exige a definição das regras de
conduta relativas aos valores que o getsor pretende na empresa.
Estes princípios e regras podem ser organizados num documento formal a distribuir por
todos os colaboradores – o código de conduta ética.
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O objectivo é clarificar a missão, valores e princípios da empresa, relacionando-os com os padrões
de conduta profissional que se desejam.
Forma de auto-regulação das empresas que está incorporada no próprio modelo de negócio
Mecanismo que garante que a empresa respeita as leis em vigor, os padrões éticos e as normas
internacionais.
A RSE é a afirmação do respeito pelas pessoas, planeta e lucro, na tomada de decisão, o que
deve resultar na eliminação das práticas danosas, independentemente da sua legitimidade.
Há diversas motivações para as empresas se tornarem socialmente responsáveis. O impacto nas vendas
pode ser substancial, tal como a capacidade de atração dos melhores talentos e capitais dos
investidores. Aliviam as pressões dos grupos ambientalistas, associações de consumidores e orgãos
reguladores.
A perspetiva competitiva, a adoção de comportamentos socialmente responsáveis pode ser uma
vantagem competitiva, face a empresas, nacionais e estrangeiras. Como estratégia, a incorporação de
práticas de responsabilidade social pode permitir a obtenção de apoios governamentais, contratos, etc.
A ética empresarial e responsabilidade social têm vindo a ganhar importância um pouco por todo o
mundo.
Numa economia globalizada a sociedade exige cada vez mais transparência e correção às empresas,
tano na forma de tratar os clientes, como de se relacionarem com os restantes stakeholders, bem como
na proteção do meio ambiente.
Exige-se às empresas que utilizem métodos de controlo e fiscalização de forma a se tornarem mais
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Bibliografia
Drucker, P (1995), A gestão numa época de grande mudança, Lisboa, Difusão Cultural
Phillips, T (2009), O Príncipe de Nicolau Maquiavel: Princípios intemporais aplicados ao
mundo da gestão de negócios, Lisboa, Ideias de Ler
Taylor,F.W (1990), Princípios de Administração Científica, Atlas
Weber (1996), A Ética Protestante e o Espirito do Capitalismo, Editorial Presença
Serra, F., Ferreira, M.P. Torres, M.C., Torres, A. (2010), Gestão Estratégica: Conceitos e
prática, Lisboa: Lidel – Edições Técnicas.
Rego, A e Cunha, M. (2003), a essência da liderança: Mudança, resultados, integridade,
Lisboa: RH Editora
Drucker, P. e Paschek, P (2007): As virtudes cardeais de um líder, Editor Gestão Plus
Tachizawa, T (2005), Gestão ambiental e responsabilidade social corporativa, Atlas
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