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1

Índice
Introdução .................................................................................................................................... 4
Apresentação da Empresa ........................................................................................................... 5
Caraterização da Empresa ........................................................................................................ 5
Objeto Social ............................................................................................................................. 5
Apresentação dos sócios ........................................................................................................... 6
Estratégia da Empresa .................................................................................................................. 7
Missão ....................................................................................................................................... 7
Visão.......................................................................................................................................... 8
Política ...................................................................................................................................... 8
Valores ...................................................................................................................................... 8
Segurança no Trabalho ............................................................................................................. 9
Análise SWOT ............................................................................................................................... 9
Análise do meio envolvente ...................................................................................................... 11
Rivalidade entre os concorrentes ........................................................................................... 12
Poder de negociação dos fornecedores .................................................................................. 12
Poder de negociação dos clientes ........................................................................................... 12
Ameaça de entrada de novos concorrentes ........................................................................... 13
Ameaça de produtos e serviços substitutos ........................................................................... 13
Estrutura organizacional ............................................................................................................ 13
Formalidades Legais de Constituição da Empresa .................................................................... 15
Constituição da Empresa ........................................................................................................ 15
Método Tradicional................................................................................................................. 16
Certificado de admissibilidade de firma ou denominação social ............................................ 16
Depósito do capital social da empresa ................................................................................... 17
Contrato de sociedade / Pacto Social ..................................................................................... 17
Registo Comercial ................................................................................................................... 18
Inscrição no Registo Nacional de Pessoas Coletiva ................................................................. 19
Declaração de início da atividade e inscrição nas finanças ..................................................... 20
Inscrição na segurança social .................................................................................................. 20
Alvará ...................................................................................................................................... 20
Enquadramento fiscal e Obrigações Fiscais e Parafiscais.......................................................... 21
Imposto sobre o Rendimento de Pessoas Coletivas (IRC) ....................................................... 21
Contratos de construção ..................................................................................................... 22
Tributações Autónomas ...................................................................................................... 23
Pagamentos por Conta........................................................................................................ 24
Derrama Municipal ............................................................................................................. 24
Derrama Estadual................................................................................................................ 24

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Retenção na Fonte .............................................................................................................. 24


Realizações de Utilidade Social ........................................................................................... 24
Depreciações ....................................................................................................................... 25
Imposto sobre o rendimento das Pessoas Singulares (IRS) .................................................... 25
Modelo 10 ........................................................................................................................... 26
Imposto sobre o Valor Acrescentado (IVA) ............................................................................. 27
Imposto Selo (IS) ..................................................................................................................... 29
Imposto Municipal sobre Imóveis (IMI) .................................................................................. 30
Imposto Único de Circulação (IUC) ......................................................................................... 30
Segurança Social (SS) .............................................................................................................. 31
Registo central do Beneficiário Efetivo ................................................................................... 32
Informação Empresarial Simplificada (IES) ............................................................................. 33
Fundo de Compensação do Trabalho (FCT) e Fundo de Garantia de Compensação de
Trabalho (FGCT) ...................................................................................................................... 33
SAF-T ....................................................................................................................................... 34
Organização contabilística e dossiê de arquivo......................................................................... 35
Organização Contabilística ...................................................................................................... 35
Dossiê Contabilístico ........................................................................................................... 35
Dossiê Obrigações Fiscais.................................................................................................... 37
Dossiê Diverso ..................................................................................................................... 37
Livros e Documentação Técnica Obrigatória .......................................................................... 37
Livro de atas ........................................................................................................................ 37
Livro de Reclamações .......................................................................................................... 38
Medidas de Controlo Interno a Adotar ..................................................................................... 38
Meios Financeiros líquidos...................................................................................................... 38
Compras e outras operações com Fornecedores ................................................................... 39
Dívidas a pagar ........................................................................................................................ 40
Gastos com o Pessoal.............................................................................................................. 41
Inventários .............................................................................................................................. 41
Prestações de serviços ............................................................................................................ 42
Contas a receber ..................................................................................................................... 43
Ativos Fixos Tangíveis ............................................................................................................. 43
Considerações Finais .................................................................................................................. 44
Anexo I – Contrato de sociedade por quotas ............................................................................ 45
Anexo II – Ata de Nomeação dos Órgãos Sociais ...................................................................... 48
Ata nº1 – Assembleia Geral .................................................................................................... 48
Bibliografia ................................................................................................................................. 50

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Índice de siglas

AFT – Ativos Fixos Tangíveis


CAE – Código de Atividade Económica
CC – Código Civil
CCSS - Código Contributivo da Segurança Social
CIMI – Código do Imposto Municipal sobre Imóveis
CIRC – Código do Imposto sobre o Rendimento das Pessoas Coletivas
CIS – Código do Imposto de Selo
CIUC – Código do Imposto Único de Circulação
CIVA – Código do Imposto sobre o Valor Acrescentado
CRC – Código do Registo Comercial
CSC – Código das Sociedades Comerciais
EBF – Estatuto dos Benefícios Fiscais
FCT - Fundo de Compensação do Trabalho
FGCT - Fundo de Garantia de Compensação do Trabalho
IAS - International Accounting Standards
IES - Informação Empresarial Simplificada
IMI – Imposto Municipal sobre Imóveis
IRC – Imposto sobre o Rendimento das Pessoas Coletivas
IUC – Imposto Único de Circulação
IVA – Imposto sobre o Valor Acrescentado
RNPC – Regime do Registo Nacional de Pessoas Coletivas

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Introdução
No âmbito da unidade curricular de Simulação Empresarial, foi-nos proposto a
realização de um relatório inicial que tem por base a aplicação e consolidação de noções
adquiridas ao longo da licenciatura.
Na reunião de apresentação da cadeira, foi realizado um sorteio no qual foi atribuída
a área da empresa que posteriormente iríamos constituir. O tema da nossa empresa
enquadra-se no ramo da construção civil e obras públicas, com o número 111106. Uma
vez que se encontra em início de atividade, necessita de recorrer a financiamentos
bancários, contratação de pessoal, aquisição de ativos assim como outras operações
igualmente importantes que iremos efetuar ao longo do exercício económico.
A realização deste relatório permitir-nos-á compreender como a generalidade das
empresas, mais especificamente do setor de construção civil, se enquadram no mundo
empresarial, tanto a níveis contabilísticos, como fiscais e económicos.
Esta tarefa ambiciona o desenvolvimento da capacidade de trabalhar em grupo e de
saber lidar com a pressão. Avalia, igualmente, a aptidão em termos de segregação de
funções, testando assim o nosso nível de autonomia.
No decurso do semestre simularemos um ano civil, o ano de constituição da nossa
empresa (2022). De modo a iniciar este trajeto, elaborámos este relatório, onde
apresentamos um dossiê que integra aspetos como as formalidades legais da
constituição da empresa, com devido pacto social e elaboração da ata de nomeação dos
órgãos sociais, o enquadramento fiscal e as suas obrigações, a organização contabilística
e dossiê de arquivo e, por último, medidas de controlo interno a serem adotadas no
contexto da simulação.

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Apresentação da Empresa
Caraterização da Empresa

Denominação:
Miranda & Sousa, Lda.
MS construções, Lda.
CS construções, Lda.
Natureza Jurídica: Sociedade por quotas
Sede Social: Avenida Vasco Branco, nº 149
Código postal: 3800 – 912 Aveiro
E-mail: se111106@visit.uaveiro.eu
Data de constituição e início de atividade: 3 janeiro 2022
Atividade: Construção civil e obras públicas
Capital Social: 500.000€
Nº Identificação da pessoa coletiva: 501 111 069
Nº Segurança social: 211 611 110 69
Sócios: Luísa Francisca Miranda de Carvalho e Cristina Sofia Lopes de Sousa
CAE Principal: 41200 – Construção de Edifícios (Residentes e não Residentes)
CAE Secundária: 42110 – Construção de estradas e pistas e aeroportos
42120 – Construção de vias-férreas
42130 – Construção de pontes e tuneis
43110 – Demolição
43290 – Outras instalações e construções

Objeto Social

A atividade da Miranda & Sousa, Lda. está direcionada para a área da construção
civil e obras públicas, nomeadamente para a construção de todos os tipos de edifícios,
residenciais e não residenciais, bem como a sua reparação, restauro, remodelação e
ampliação.
A Miranda & Sousa, Lda. dedica-se, de igual modo, a atividades de construção para
outras infraestruturas, como estradas e pontes, instalações e demolições.

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Apresentação dos sócios

Nome: Luísa Francisca Miranda de Carvalho


Data de nascimento: 27/08/2002
Idade: 20 anos
Estado civil: Solteira
Nacionalidade: Portuguesa
Naturalidade: Aveiro
Habilitações: Licenciatura em Contabilidade (Em curso)
Morada: Travessa da Covilhã, nº36, Eixo-Aveiro
E-mail : luisa.fcarvalho@ua.pt
Telemóvel : 961475713
Nº Contribuinte : 264793633
Nº Cartão de cidadão: 31020372
Participação: 50%
Categoria: Sócio-gerente

Nome: Cristina Sofia Lopes de Sousa


Data de nascimento: 02/08/2001
Idade: 21 anos
Estado civil: Solteira
Nacionalidade: Portuguesa
Naturalidade: Espinho
Habilitações: Licenciatura em Contabilidade (Em curso)
Morada: rua 23, nº1052, Espinho
E-mail : cristina.sousa@ua.pt
Telemóvel : 961935105
Nº Contribuinte: 240941551
Nº Cartão de cidadão: 15030367
Participação: 50%
Categoria: Sócio-gerente

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Estratégia da Empresa
Com o intuito de obter um exemplar projeto empresarial da Miranda & Sousa, Lda.
é relevante a definição de um conjunto de diretrizes.

Missão

A execução de uma estratégia implica o perfeito conhecimento do negócio da


empresa, ou seja, da sua missão. A missão é um dos principais aspetos a ter em conta no
processo de gestão estratégica, relevando a sua identidade e personalidade. Para isso,
deve mostrar a razão da sua existência, definindo o seu negócio e apresentando de forma
clara e simples (para mais fácil entendimento) os seus objetivos gerais para o
desenvolvimento no futuro.
Destaca-se a necessidade de uma abordagem orientada para o cliente, promovendo
o bem-estar das populações em qualquer das áreas do mercado onde a empresa atua,
em vez de uma definição centrada no produto, pois considera-se que esta última, ao pôr
em relevo os produtos vendidos e os mercados servidos, pode obscurecer a função da
empresa, que é satisfazer as necessidades dos clientes.
Para além disso, é necessário tirar o proveito de todas as oportunidades de negócio
que contribuíram para o crescimento da empresa, de forma a transmitir segurança e um
elevado espírito de ética empresarial aos agentes com quem se relaciona.
A Miranda & Sousa, Lda. compreende a execução de empreitadas de construção civil
e obras públicas, alinhada com as melhores práticas de mercado, recorrendo a meios
técnicos e materiais apropriados e a recursos humanos qualificados, não perdendo o
foco na eficiência, na segurança e competitividade.
É de igual importância o cuidado continuado das responsabilidades ambientais e
sociais, promovendo, um conjunto de programas e atividades que lhe permitam diminuir
o impacto da sua atividade no meio ambiente e, por sua vez, para a melhoria das
condições laborais.

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Visão

A visão da Miranda & Sousa, Lda. centra-se num crescimento gradual, consistente e
sustentado, que permita à empresa assumir uma posição de destaque no mercado onde
se insere, quer a nível nacional, quer a nível internacional.
Neste contexto, enfatizamos como ponto de partida o investimento em material
inovador e recursos humanos qualificados, focando o negócio nos clientes, garantindo a
sua satisfação e confiança.
Desta forma, a empresa ambiciona ser uma referência no ramo da construção civil
e das obras públicas, caracterizada pela qualidade, sustentabilidade, coesão,
competência e inovação.

Política
Tendo por base os nossos valores, assumimos os seguintes compromissos:
• Cumprir os regulamentos aplicáveis em vigor, bem como outros requisitos,
sejam ambientais ou segurança de saúde no trabalho, entre outros;
• Promover a sensibilização juntos dos trabalhadores na implementação de
políticas, envolvendo-os de forma ativa nesse processo e assegurando a
divulgação dos seus principais resultados aos sócios-gerentes;
• Desenvolver a competência e motivação dos trabalhadores face ao objetivo
do negócio.
Valores
A Miranda & Sousa, Lda. acredita que a base para conquistar e liderar o mercado,
assenta na divulgação e a partilha dos seguintes valores:

• Orientação para cliente: Superar as espetativas dos clientes, através da


prestação de serviços de valor acrescentado, suportados por tecnologia
avançada e soluções flexíveis;
• Respeito pelas pessoas: Garantir a qualificação contínua de todos os
trabalhadores;
• Inovação: Focalizar a gestão em processos estruturados e suportados por
modernos sistemas tecnológicos, contribuindo para o desenvolvimento de
vantagens competitivas face ao mercado;

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• Ambiente: Implementar boas práticas ambientais, reduzindo os efeitos


adversos resultantes da atividade e protegendo o meio envolvente;
• Preocupação com a segurança: Assegurar as melhores condições de trabalho
com ações preventivas, de forma a eliminar os riscos inerentes à atividade e
preservando o bem estar dos trabalhadores;
• Patrimonio: Manter a qualidade de instalações, equipamentos e marcas,
garantindo a valorização e respeito de todos, especialmente dos
trabalhadores.
• Fiabilidade: Cumprir com os nossos compromissos de forma consciente e
coerente.

Segurança no Trabalho

A nossa empresa compromete-se a disponibilizar os recursos necessários à


prevenção dos riscos profissionais, à melhoria das condições de segurança no
desempenho das atividades e à vigilância da saúde dos trabalhadores.

Análise SWOT
A análise SWOT é uma ferramenta que permite fazer um diagnóstico estratégico à
empresa, possibilitando desta forma uma definição mais concreta dos objetivos a
prosseguir no futuro.
Esta é feita em dois níveis distintos- interno e externo. Internamente, são
diagnosticados os pontos fortes (strenghts) e fracos (weaknesses) da empresa, sendo
para tal necessário relacioná-los com a envolvente, seja a nível de legislação, da
conjuntura económica ou do mercado em que opera. Já as oportunidades (opportunities)
e as ameaças (threats) resultam de uma análise à envolvente externa à empresa.
Posto isto, deve ser concebido um conjunto de possíveis medidas estratégicas que
permitam aproveitar as oportunidades, transformando assim as ameaças em
oportunidades, ou, pelo menos, diminuir o seu impacto, bem como reforçar os seus
pontos fortes e minimizar os seus pontos fracos.

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Assim, apresenta-se a análise SWOT efetuada pela Miranda & Sousa, Lda., segundo
a sua estratégia e posição no mercado:

Pontos fortes
Pontos fracos
- Inovação;
- Empresa nova no mercado;
- Qualidade a preços
- Demora nos orçamentos;
compe66vos;
- Ausência de presença nas
- Simpa6a e responsabilidade
redes sociais.
nos serviços prestados.

Ameaças
Oportunidades
- Desenvolvimento da - Preço pra6cado pelos
Tecnologia; concorrentes;

- Potencial do mercado; - Elevado número de empresas


concorrentes;
- Crescimento de segmentos de
alta qualidade. - Sensibilidade dos
consumidores ao preço

Figura 1 – Análise SWOT da Miranda&Sousa, Lda.

Considerando a estrutura apresentada, a entidade pretende estabelecer uma


estratégia de modo a tirar o máximo partido dos seus pontos fortes, aproveitando da
melhor forma as oportunidades e minimizando os efeitos negativos dos pontos fracos,
ao mesmo tempo que combate as possíveis ameaças.
Em termos práticos, usando o quadro acima representado, a Miranda&Sousa, Lda.
vai usar, por exemplo, os seus preços competitivos para aproveitar a grande rede de
clientes existente, combatendo assim o preço dos concorrentes e minimizando o efeito
do financiamento por capital alheio.

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Análise do meio envolvente


A Miranda & Sousa, Lda. está inserida num ambiente que lhe é alheio e também
composto por muitos fatores que a empresa não pode controlar. Muitos desses fatores
têm, ou não, uma influência significativa sobre a empresa, podendo ter uma enorme
relevância para a determinação da sua estratégia empresarial.
A análise ao meio envolvente é, assim, um diagonóstico a todos os fatores externos,
onde importa salientar a necessidade de avaliar os seus concorrentes, a forma como
estes se posicionam no mercado e também outros fatores relevantes que, devidamente
considerados, conduzam a empresa à diferenciação.
Para tal, recorreu-se ao modelo das Cinco Forças de Porter que possibilitará uma
melhor análise do grau de competição da empresa no mercado em que está inserida e,
com isso, obterá uma apreciação mais acertada da sua atratividade.
Com a aplicação deste modelo, a nossa empresa irá percecionar, num sentido mais
abrangente, tudo o que se passa à sua volta, permitindo aos seus gestores tomar decisões
estratégicas mais fidedignas.
As Cinco Forças abordadas por Porter são:

Concorrentes
potenciais

Rivalidade
Forncedores entre Clientes
concorrentes

Produtos
Substitutos

Figura 2 – Modelo das cinco forças de Porter

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Rivalidade entre os concorrentes

Geralmente, os concorrentes são uma força poderosa, pois quanto maior for a
intensidade da concorrência entre as empresas, maior é a possibilidade de se verificarem
os outros fatores; exemplo disso é a competitividade dos preços oferecendo os mesmos
produtos ou serviços. Face a isto, a Miranda & Sousa, Lda. irá adotar inúmeras estratégias
que se destinam a superar a concorrência, apostando em produtos e serviços de
qualidade a preços atrativos, aliados a uma publicidade em vários sítios que será
complementada pelos seus clientes.

Poder de negociação dos fornecedores

Quanto maior for o poder negocial dos fornecedores, melhor serão as condições de
transação, dado que tenderão a ser realizadas de acordo com os seus interesses, o que
provocará uma maior rentabilidade na empresa.
Na Miranda & Sousa, Lda. será sempre previamente realizada uma análise de
mercado, de forma a combater possíveis dependências sobre os respetivos fornecedores,
que poderão interferir com a lucratividade da entidade. Assim sendo, a entidade
compromete-se continuadamente a optar pelos fornecedores que lhe proporcionem
uma melhor oportunidade de negócio.

Poder de negociação dos clientes

Quanto maior for o poder negocial dos clientes, menor é a possibilidade de as


empresas defenderem os seus interesses nas condições das transações realizadas. Desta
forma, certas decisões, como a fixação dos preços, a qualidade dos produtos, entre
outros, tenderão a ser tomadas de acordo com os interessas dos clientes, o que
provocará uma menor rentabilidade da empresa.
Assim, a empresa converte a sua área de exploração a critérios mais suscetíveis aos
seus clientes, com o objetivo de oferecer o melhor custo/beneficio.

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Ameaça de entrada de novos concorrentes

A entrada de novos concorrentes é uma forte condicionante da rentabilidade da


empresa pelo aumento da rivalidade que essa entrada pode induzir. Assim, quanto maior
for essa possibilidade, menor tenderá a ser a atratividade da empresa.
A Miranda&Sousa, Lda. adota assim uma posição de diferenciação das restantes
entidades do mesmo setor em que esta labora, através da oferta da máxima qualidade
em todos os seus materiais e serviços desenvolvidos, a fim de obter a máxima satisfação
do cliente.

Ameaça de produtos e serviços substitutos

A existência de produtos e serviços que podem satisfazer as mesmas necessidades


dos clientes, pode obrigar as empresas a manter preços baixos, ou a aumentar os custos
para manter os clientes. Quanto maior for a pressão dos produtos substitutos, menor
tenderá a ser a rendibilidade da empresa. Posto isto, os consumidores devem conhecer
a qualidade e respetiva diferenciação em todos os produtos ou serviços prestados pelas
entidades, contribuindo para a diminuição do risco de virem a ser substituídos.
A Miranda&Sousa, Lda. ambiciona estar sempre ocorrente das novidades
existentes no setor, visando o facto dos seus produtos e serviços nunca serem obsoletos
perante a concorrência, marcando assim a diferença.

Estrutura organizacional
A estrutura organizacional é a forma como as atividades desenvolvidas podem ser
divididas, organizadas e coordenadas. Posto isto, os recursos e competências de uma
organização são o que sustenta o seu posicionamento no mercado, pelo que devem ser
considerados:
o 1 Diretora Financeira
o 1 Diretora Técnica
o 1 Responsável de armazém
o 1 Orçamentista
o 1 Empregado de escritório
o 1 Engenheiro Civil
o 8 Oficiais Obras

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o 8 Ajudantes

Por cada 175 000€ de obra adjudicada a empresa deve contratar 1 Oficial e 1
Ajudante.
A Miranda & Sousa, Lda. tem, para já, 1 450 000€ (900 000 + 250 000 + 300 000)
de obra adjudicada, para o ano económico. Logo: 1450 000 /175000 = 8,28 = 8 Oficiais e
8 Ajudantes.
Conforme deliberado na Assembleia Geral, a sócia Cristina Sousa assumirá o cargo
de Diretora Financeira e Comercial tendo em conta que tem conhecimentos na área das
finanças e comercial. Por sua vez, a sócia Luísa Carvalho tomará o cargo de Diretora
Técnica e Comercial. Sendo as atividades desenvolvidas características de ciclos longos e
capital intensivo, são sempre necessários recursos financeiros significativos.
O empregado de escritório tem como função registar, classificar e arquivar
informação, organizar o correio, atender chamadas telefónicas, fotocopiar documentos,
entre outros.
O orçamentista é uma pessoa com formação em contabilidade e controlo de
gestão, e é da sua responsabilidade elaborar os orçamentos dos custos das obras e
apresentar um preço final ao cliente, tendo em consideração a margem de lucro
praticada por esta e indicada pelos gestores.
O responsável de armazém controla toda a organização e armazenamento dos
bens, assim como a entrada e saída de materiais.
O engenheiro civil é responsável pela gestão e planeamento das obras e pela
fiscalização das mesmas, além disso analisa relatórios de projetos, avalia custos e riscos
de construção, orienta a construção assim como supervisiona as equipas de trabalho, os
prazos e os padrões de qualidade e segurança.
Os oficiais de obra participam a par dos ajudantes na construção direta da obra.
São profissionais especializados em determinadas áreas da construção, como pedreiros,
carpinteiros, pintores, eletricistas, entre outros.
Os ajudantes de obra são subordinados dos oficiais, trabalhando diretamente na
construção das obras. Este cargo destina-se a profissionais com alguma experiência, mas
também à mão de obra não qualificada, isto é, pessoas, geralmente jovens, que não têm

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tanta experiência, mas cujo objetivo é aprender com os respetivos oficiais de obra para
no futuro se tornarem profissionais de excelência.
Posto isto, apresenta-se a estrutura organizacional da Miranda & Sousa de forma
sucinta:

Gerencia

Departamento Departamento
Departamento Tecnico
Financeiro Comercial

Contabilista Diretora Financeira Diretora Tecnica


Diretora
(Cristina)
Comercial (Luisa)
(Cristina e Luisa)

Empregado
Escritório Orçamentista Responsável de
Engenheiro civil
armazém

Oficiais de Obras

Ajudantes

Figura 3 – Cronograma

Formalidades Legais de Constituição da Empresa


Constituição da Empresa
Para a constituição da empresa é necessário verificar se os critérios estabelecidos
pelo código das sociedades comerciais e outros documentos legais importantes estão a
ser devidamente cumpridos.
Segundo o nº1 do artigo 197º e 207º do código das sociedades comerciais, aplicável
às sociedades por quotas, como é o caso, o capital está dividido em quotas e os seus
sócios são solidariamente responsáveis por todas as entradas estabelecidas no contrato
social.

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Posto isto, existem 2 quotas de igual valor (250.000€) pertencentes a cada uma das
sócias, totalizando o valor do Capital Social, já integralmente realizado por transferência
bancária.
De forma a cumprir os requisitos previstos do artigo 5º até ao artigo 18º do código
das sociedades comerciais, sucedem-se os procedimentos de constituição da sociedade.
Atualmente, a constituição de sociedades pode ser realizada em 3 modalidades
distintas: Tradicional, Empresa na Hora ou Empresa Online (estas últimas representam
um processo mais rápido e simplificado).
A Empresa na Hora é um Regime especial de constituição imediata de sociedades,
estabelecido no DL n.º 111/2005, de 08 de julho. Este processo ocorre numa
Conservatória do registo Comercial ou num CFE (Centro de Formalidades de Empresas)
(artigo 4º), onde os interessados podem constituir uma empresa, no próprio dia, através
de um atendimento presencial único (artigo 5º). Para a aplicação deste método, existem
pequenas limitações, tais como a escolha de firma, que está limitada às que estão
presentes em base de dados específica, e o contrato de sociedade, onde os interessados
terão de optar por um modelo patronizado (artigo 3º).
A Empresa Online, regulada pelo DL n.º 125/2006, de 29 de junho, permite aos
interessados constituir uma empresa exclusivamente através da internet
(www.empresaonline.pt). Em termos de limitações aplicam-se as previstas para o
método da empresa na hora.
A empresa Miranda & Sousa, Lda optou pelo uso do método tradicional. Este será
descrito nos pontos seguintes.

Método Tradicional
Certificado de admissibilidade de firma ou denominação social

Para registar uma firma é necessária a obtenção prévia de um certificado de


admissibilidade, que comprova a possibilidade de utilização da designação pretendida,
de forma a garantir a observância dos princípios previstos nos artigos 32º a 35º do RRNPC.
Uma sociedade comercial precisa deste certificado para a sua constituição (artigo 45º
RRNPC).

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O certificado pode ser obtido online, no sítio www.empresaonline.pt,


presencialmente, junto do Registo Nacional de Pessoas Coletivas (RNPC) ou do Instituto
dos Registos e Notariado (IRN), ou solicitado por correio.
Este documento pode ser pedido por qualquer sócio, fundador ou associado, outra
pessoa com uma procuração que lhe dê poder para fazer o pedido, ou por advogados,
notários e solicitadores sem necessidade de procuração. Neste caso, o pedido foi feito
por uma das sócias, no Registo Nacional de Pessoas Coletivas (RNPC), a 18 de dezembro
de 2021, que identificou para o efeito a denominação social pretendida, o objeto social
e a sede da entidade.
Após feito o pedido, o certificado deve ser emitido no prazo máximo de 10 dias e tem
validade de 3 meses a contar da data em que foi emitido (artigo 53º RNPC).
Sendo esta sociedade uma sociedade por quotas, a sua firma deverá terminar com a
palavra “limitada” ou pela abreviatura “Lda”, como previsto no artigo 200º, CSC.

Depósito do capital social da empresa

De acordo com a legislação, o depósito do capital social deverá ser efetuado durante
a constituição da empresa. Quando tal não se verificar, os sócios têm de declarar que o
valor será depositado no prazo de cinco dias úteis ou até ao final do primeiro exercício
económico da empresa (art.26º CSC).
O capital da sociedade deve ser depositado em instituições de crédito (bancos) numa
conta aberta em nome da futura sociedade ou, no caso das sociedades por quotas, pode
proceder-se à sua entrega nos cofres da sociedade até ao final do primeiro exercício
económico, sob compromisso no ato constitutivo (DL 33/2011, 7/3 e artigo 202º, nº4,
CSC).

Contrato de sociedade / Pacto Social

O Contrato de sociedade (Anexo I) consiste num documento em que duas ou mais


pessoas se obrigam a contribuir com bens e/ou serviços, para o exercício comum de uma

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determinada atividade económica, com o objetivo de repartir lucros entre si, conforme
o previsto no artigo 980º do CC.
A constituição da sociedade fica formalizada com a celebração deste contrato,
especificando os elementos que se encontram descritos no artigo 9º e 199º do CSC.
Este contrato deve ser realizado por escrito e as assinaturas dos sócios devem ser
reconhecidas presencialmente (artigo 7º, CSC). No entanto, também já pode ser feito por
documento eletrónico.
Para a realização deste pacto é ainda necessário outro tipo de documentação como
o certificado de admissibilidade, os documentos de identificação dos sócios e também o
documento comprovativo do deposito de capital social; caso este ainda não tenha sido
realizado terá de ser declarado no ato constitutivo que o sócio se obriga a fazer tal
deposito até ao fim do primeiro exercício económico, como mencionado em cima.
Neste caso, o contrato de sociedade foi celebrado a 28 de dezembro 2021, na
presença de um notário. As entradas em dinheiro já tinham sido realizadas.

Registo Comercial

O registo comercial permite tornar públicos os atos e os factos que estabelecem a


situação jurídica de empresas, sociedade e outras entidades (artigo 1º nº1 do CRC).
Através do registo comercial, podem ser registados vários acontecimentos, desde a
constituição de uma entidade até à sua extinção. A certidão de registo pode ser pedida
através da internet ou em qualquer conservatória do registo comercial. Além de realizar
o registo do contrato, a Conservatória do Registo Comercial promove oficiosamente a
publicação do registo da constituição da sociedade no sítio do Ministério da Justiça e
comunica o ato ao RNPC para efeitos de inscrição no Ficheiro Central de Pessoas Coletivas
(artigo 11º, nº1, RRNPC).
Deste registo resulta a certidão permanente da empresa, que fica disponível online,
através de um código de acesso, onde ficam disponíveis todos registos e documentos de
empresas sujeitas a registo comercial (artigo 14º a 17º, Portaria nº 1416-A/2016, de
19/12).

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De acordo com o artigo 3º, nº1, al a) do CRC a constituição desta sociedade está
sujeita a registo comercial, no prazo de dois meses a contar da data da constituição
(artigo 15º, nº2, CRC). Este registo atribui personalidade jurídica às sociedades comerciais
(artigo 5º do CSC), assim como o uso particular da firma (artigo 35º RNPC).
A documentação necessária para este registo é a seguinte:
• Certificado de Admissibilidade;
• Pacto Social/ Contrato de sociedade;
• Autorizações administrativas exigíveis para a constituição;
• Comprovativo do depósito do Capital;

Inscrição no Registo Nacional de Pessoas Coletiva

Através da inscrição no Registo das Pessoas Coletivas (RNPC), a sociedade obtém o


cartão da empresa com o número de identificação de pessoa coletiva (NIPC). Esta
inscrição pode ser efetuada através da Empresa Online, ou presencialmente nas
conservatórias do registo comercial, como mencionado anteriormente.
O cartão da empresa pode ter o formato físico ou eletrónico e apresenta os
seguintes dados:
• Número de Identificação da Pessoa Coletiva (NIPC);
• Número de inscrição na Segurança Social (NISS);
• Nome e sede da sociedade;
• O C.A.E principal e até 3 secundários;
• Natureza jurídica da empresa;
• Data de constituição;
• Código de acesso à certidão de contas anuais;
• Código de acesso à versão eletrónica do cartão da empresa.

Desta forma, o registo comercial e a inscrição no RNPC, da Miranda & Sousa, Lda.
foram efetuados na Conservatória do Registo Comercial de Aveiro, no dia 30 de
dezembro de 2021.

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Declaração de início da atividade e inscrição nas finanças

No prazo de 15 dias após a aprovação do pedido de registo comercial, a sociedade


deverá ser registada para efeitos fiscais, através da submissão da declaração de início de
atividade, num serviço de finanças (art.118º, nº1 CIRC e art.31º, CIVA).
Este registo poderá ser feito eletronicamente, no portal das finanças, ou então em
qualquer repartição de finanças, com a entrega da certidão permanente e de documento
próprio.
No caso da Miranda & Sousa, Lda., a entrega da declaração e consequente inscrição
nas Finanças foi feita no serviço de repartição de Finanças de Aveiro, no dia 31 de
dezembro de 2021.

Inscrição na segurança social

A inscrição das pessoas coletivas na segurança social é obrigatória e feita


oficiosamente na data da participação de início do exercício de atividade (artigo 34º, nº3,
CCSS); esta inscrição atribui à empresa a qualidade de contribuinte.
A inscrição é feita através do preenchimento de um formulário específico e da
entrega da certidão permanente da empresa (obtida no registo comercial), do
documento relativo à nomeação dos membros dos órgãos sociais, do número de
identificação fiscal dos membros dos órgãos sociais e Declaração de Alvará.
A Miranda & Sousa foi resgistada na Segurança Social a 31 de dezembro de 2021,
após a inscrição nas finanças.

Alvará

O alvará de construção é o documento que habilita o exercício da atividade de


construção, isto é, por via deste, o seu titular torna-se apto a realizar obras e respetivos
trabalhos especializados enquadráveis nas habilitações concedidas pelo alvará de
construção (o valor não exceda o limite previsto para a respetiva classe e, no que se refere
às obras públicas, que estejam compreendidos nas subcategorias que elenca).

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De acordo com o disposto nos artigos 6º e 12º da Lei 41/2015, que estabelece o
regime jurídico aplicável ao exercício da atividade da construção (e que veio revogar o
Decreto-Lei nº 12/2004, de 9 de janeiro), a empresa deverá solicitar ao Instituto dos
Mercados Públicos, do Imobiliário e da Construção os alvarás necessários de acordo com
os valores das obras adjudicadas.
O pedido pode ser feito online, através do Portal do Instituto dos Mercados Públicos
do Imobiliário e da Construção (IMPIC), nos balcões físicos ou via CTT, sendo ainda
obrigatório obter um Certificado de Empreiteiro de Obras Públicas, que também habilita
a empresa a executar obras particulares.
De salientar que a Miranda & Sousa terá custos com a obtenção do alvará e,
considerando o montante das 3 obras conhecidas a executar
(900 000€+250 000€+300 000€=1 450 000€), concluímos que a empresa necessita de um
alvará que pertença à classe 4, ficando autorizada a realizar construções até ao valor
máximo de 1 600 000€, de acordo com a Portaria n.º 212/2022 de 23 de agosto.

Enquadramento fiscal e Obrigações Fiscais e Parafiscais


A Miranda & Sousa, Lda. é uma sociedade por quotas, com sede em território
nacional, estando por isso inserida no sistema fiscal português, sendo considerada sujeito
passivo de obrigações fiscais. Esta deve efetuar um planeamento fiscal uma vez que todas
as obrigações devem ser entregues periodicamente e dentro do prazo.

Imposto sobre o Rendimento de Pessoas Coletivas (IRC)

Tendo em conta o artigo 2º, nº1, al a) do CIRC a sociedade Miranda & Sousa, Lda. é
sujeito passivo de IRC, uma vez que se trata de uma sociedade comercial com sede em
território português.
Assim, o imposto irá incidir sobre o lucro da sociedade e também sobre todos os
rendimentos obtidos não só no território nacional como no estrangeiro (artigo 3º, nº1, al
a) e 4º, nº1 do CIRC).

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Segundo o artigo 17º, nº1 do CIRC, o lucro tributável é a soma algébrica do resultado
líquido do período e das variações patrimoniais positivas e negativas verificadas no
período e não refletidas naquele resultado. Por forma a permitir o apuramento do lucro,
a empresa tem a obrigação de possuir contabilidade organizada de acordo com as
normas contabilísticas em vigor, nos termos do artigo 17º, nº3, que permita o controlo
do lucro tributável (artigo 123º, nº1 do CIRC).
A determinação do lucro tributável resulta então da seguinte operação: LT (Lucro
Tributável) = RLP (Resultado Líquido do Período) + VPP + VPN + CF, em que: VPP
(Variações Patrimoniais Positivas) são determinadas segundo o predisposto no artigo 21º
do CIRC; VPN (Variações Patrimoniais Negativas) são determinadas nos termos do artigo
24º do CIRC; CF (Correções Fiscais) que estão previstas no CIRC e no EBF. A este lucro
tributável são deduzidos os prejuízos fiscais (atrigo 52º) e os benefícios fiscais que
consistam em deduções naquele rendimento, obtendo-se assim a matéria coletável, tal
como o artigo 15º, nº1 do CIRC estabelece.
Assumindo que Miranda & Sousa, Lda. é uma empresa de pequena/média dimensão
nos termos do Decreto-Lei 372/2007, a taxa de IRC é de 17%, aplicável aos primeiros 25
000€ de matéria coletável, aplicando-se a taxa normal de 21% ao excedente (artigo 87º,
nº2 do CIRC).
Para pagar o Imposto sobre o Rendimento das Pessoas Coletivas (IRC), as empresas
têm de entregar a declaração periódica de rendimentos- Modelo 22 (artigo 117º, nº1, al
b)). A declaração deve ser enviada, através do portal das finanças, pelas entidades
sujeitas a IRC, cujo período de tributação seja coincidente com o ano civil (como é o caso),
até ao dia 31 de maio do do ano seguinte a que o imposto diz respeito,
independentemente de ser dia útil ou não ( artigo 120º, nº1, CIRC).

Contratos de construção

Uma vez que a sociedade se enquadra no setor de construção civil e tendo na sua
base de trabalho os contratos de construção, a determinação dos resultados destes
contratos é efetuada segundo o critério da percentagem de acabamento, aplicando-se o
disposto no artigo 19º, nº1 do CIRC. Esta percentagem é calculada no final de cada
período de tributação e corresponde à proporção entre os gastos suportados até essa

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data e a soma desses gastos com os estimados para a conclusão do contrato (nº2),
permitindo uma correta mensuração do valor do rédito a reconhecer. No entanto,
quando o desfecho de um contrato não possa ser estimado de forma fiável considera-se
que o rédito corresponde aos gastos totais do contrato, aplicando-se o método do lucro
nulo (nº3).
Relativamente às perdas esperadas relativas a contratos de construção, estas devem
ser reconhecidas como um gasto, sendo esse gasto não dedutível para efeitos fiscais
(nº4).

Tributações Autónomas

Existem ainda tributações adicionais, designadas de tributações autónomas,


previstas no artigo 88º CIRC, incidentes sobre determinados encargos não relacionados
diretamente com a atividade, que têm como objetivo desincentivar o recurso ao tipo de
despesas que tributa e que afetam negativamente o lucro tributável.
No contexto da nossa empresa, a aquisição da viatura ligeira com o custo de
aquisição superior a 35 000€, que irá integrar os AFT, irá sofrer uma tributação autónoma
de 35% de acordo com o disposto no artigo 88º, nº3 c), assim como os encargos
relacionados, como por exemplo, depreciações, rendas ou alugueres, seguros,
manutenção e conservação, combustíveis e impostos incidentes sobre a sua posse ou
utilização (nº5).
Outros exemplos de tributações autónomas são os encargos adicionais com
despesas relativas a representação (despesas suportadas com receções, refeições,
viagens, passeios e espetáculos oferecidos) que são tributados à taxa de 10% prevista no
nº7 do mesmo artigo.
No caso de a empresa apresentar prejuízo fiscal, as taxas de tributação autónoma
aumentam em 10 pontos percentuais (nº14). Contudo, sendo que a nossa empresa se
encontra em início de atividade, este ponto não se enquadra, pelo disposto no nº 15 do
referido artigo.

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Pagamentos por Conta

Segundo o artigo 105º, nº1 CIRC os pagamentos por conta são calculados com base
no imposto liquidado relativamente ao período de tributação anterior aquele em que se
devam efetuar esses pagamentos. Uma vez que a nossa empresa se encontra em início
de atividade não estará sujeita a efetuar pagamentos por conta no ano corrente pois não
existe base liquidação.

Derrama Municipal

A derrama municipal é um imposto definido pelas autarquias e incide sobre o lucro


tributável do ano anterior.
Como a sociedade ainda se encontra em início de atividade apenas no próximo
exercício económico (2023) será cobrada, a uma taxa de 1,50%, estabelecida no Ofício
Circulado N.º 20250, de 2023/01/31, para o Município de Aveiro, incidente sobre o lucro
tributável do período de 2022.

Derrama Estadual

Segundo o disposto no artigo 87º- A do CIRC, a taxa da derrama estadual incide sobre
a parte do lucro tributável superior a 1 500 000€ sujeito e não isento de IRC. Assim, só
será aplicada esta taxa caso o lucro tributável da empresa supere este valor.

Retenção na Fonte

O CIRC estipula, no artigo 94º, que o IRC é objeto de retenção na fonte relativamente
aos rendimentos aí mencionados. No caso da empresa, serão efetuadas retenções na
fonte relativamente aos rendimentos auferidos pelas sócias-gerentes (nº1, al d)).

Realizações de Utilidade Social

As realizações de utilidade social são um conjunto de benefícios de natureza social


que as empresas proporcionam aos seus trabalhadores. Estamos perante gastos aceites
em sede do IRC e excluídos de tributação em sede do IRS.

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A empresa irá efetuar um seguro de vida para cada uma das gerentes e um seguro
de acidentes de trabalho para todos os trabalhadores. De acordo com o artigo 43º, nº2,
al a) do CIRC, são considerados gastos do período de tributação, até ao limite de 15 % das
despesas contabilizadas a título de remunerações, os gastos suportados com os seguros
de vida mencionados, desde que cumpridos os requisitos do nº4.
Uma vez que os seguros de vida são apenas destinados aos gerentes não será
aplicado o artigo mencionado acima, pois não obedece ao estabelecido no nº4, al a) do
mesmo artigo (tal seguro teria de se aplicar a todos os trabalhadores).

Depreciações

As depreciações e amortizações serão realizadas de acordo com o método da


linha reta, atendendo ao seu período de vida útil, conforme o disposto no artigo 30º do
CIRC. As taxas previstas para este método encontram-se no DR 25/2009, apresentando a
percentagem máxima que pode ser aceite como gasto fiscal no período de tributação e
também quais os elementos do ativo sujeitos a deperecimento.

Imposto sobre o rendimento das Pessoas Singulares (IRS)

Sendo o IRS o imposto que incide sobre o rendimento das pessoas singulares, e uma
vez que a Miranda & Sousa, Lda. é uma entidade coletiva, não é sujeito passivo deste
imposto.
No entanto, segundo o artigo 1º do CIRS, o IRS incide sobre o valor anual dos
rendimentos das categorias seguintes:
• Categoria A – Rendimentos do trabalho dependente;
• Categoria B – Rendimentos empresariais e profissionais;
• Categoria E – Rendimentos de capitais;
• Categoria F – Rendimentos prediais;
• Categoria G – Incrementos patrimoniais;
• Categoria H – Pensões

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A Miranda & Sousa, Lda. é uma entidade devedora de rendimentos da categoria A


(rendimentos do trabalho dependente) e da categoria B (rendimentos empresariais e
profissionais). São considerados rendimentos da categoria A as remunerações
provenientes do trabalho por conta de outrem prestado ao abrigo do contrato individual
de trabalho, ou seja, as remunerações atribuídas às sócias-gerentes e aos restantes
trabalhadores da empresa. Nos rendimentos de categoria B enquadram-se os
rendimentos empresariais e profissionais obtidos no exercício, por conta própria, de
qualquer atividade de prestação de serviços, ou seja, enquadram-se os rendimentos
auferidos pelo contabilista certificado em regime de avença.
As retenções na fonte referem-se a uma parte do rendimento dos trabalhadores
que a empresa retém para entregar ao estado ao invés de ser o contribuinte a fazê-lo
(artigo 20º, LGT). De acordo com o previsto nos artigos 98º, 99º e 99º – C do CIRS, são
obrigadas a reter imposto as entidades devedoras de rendimentos da categoria A,
estando os rendimentos da categoria B dispensados de retenção na fonte (artigo 101º-B,
CIRS).
Assim sendo, embora a entidade não seja SP de IRS, este imposto incide sobre os
rendimentos dos colaboradores da nossa empresa, ficando assim a sociedade obrigada a
reter IRS (de acordo com as taxas previstas nas tabelas) aos trabalhadores no ato de
pagamento ou colocação à disposição dos rendimentos (artigo 98º, nº1, CIRS). As
quantias retidas devem ser entregues até ao dia 20 do mês seguinte aquele em que foram
deduzidas e entregues em qualquer tesouraria de finanças, instituições bancárias
autorizadas, correios ou em qualquer outro local determinado por lei (artigo 98º, nº2 e 3
e 105º do CIRS).

Modelo 10

Segundo o previsto artigo 119º, nº1, al c) do CIRS, as entidades devedoras de


rendimentos que estejam obrigadas a efetuar a retenção, devem entregar a autoridade
tributaria e aduaneira uma declaração de modelo oficial (modelo 10), referente aos
rendimentos pagos ou colocados à disposição e respetivas retenções de imposto.
Uma vez que a Miranda & Sousa, Lda. é uma entidade devedora de rendimentos
inseridos na categoria A, encontra-se obrigada a entregar esta declaração até 24 de

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fevereiro de 2023, segundo Portaria nº8/2023, de 04/01, que vem alterar o prazo
previsto no ponto ii) da alínea c) do nº1 do artigo 119 CIRS.

Imposto sobre o Valor Acrescentado (IVA)

De acordo com o artigo 1º do CIVA estão sujeitas a IVA, as transmissões de bens e


as prestações de serviços efetuadas no território nacional, as importações de bens e as
operações intracomunitárias efetuadas em território nacional, tal como são definidas e
reguladas pelo RITI.
Pelo disposto no artigo 2º, nº1, al a) do CIVA, são sujeitos passivos de imposto as
pessoas singulares ou coletivas que exerçam atividades de produção, comércio ou
prestações de serviços, na qual se enquadra a Miranda & Sousa, Lda.
Assim, como refere o artigo 31º do CIVA, as pessoas singulares ou coletivas, antes
de iniciar o exercício da atividade sujeita a IVA devem apresentar em qualquer serviço
de finanças ou noutro local legalmente autorizado, a respetiva declaração de início de
atividade.
No entanto, sendo a atividade da empresa a construção civil, é necessário prestar
atenção ao disposto no artigo 2º, nº1, al j), que refere que são sujeitos passivos de
imposto “As pessoas singulares ou coletivas referidas na alínea a) que disponham de
sede, estabelecimento estável ou domicílio em território nacional e que pratiquem
operações que confiram o direito à dedução total ou parcial do imposto, quando sejam
adquirentes de serviços de construção civil, incluindo a remodelação, reparação,
manutenção, conservação e demolição de bens imóveis, em regime de empreitada ou
subempreitada”. Para completar esta alínea temos o Ofício Circulado 30101 de
24/05/2007, que esclarece a existência da regra de inversão do sujeito passivo, cabendo
ao adquirente do serviço de construção civil a liquidação e a entrega do imposto relativo
à operação em causa, sem prejuízo do direito à dedução, ou seja, o adquirente do serviço
torna-se o sujeito passivo de IVA pela respetiva aquisição.
Assim sendo, a Miranda & Sousa, Lda. não procede à liquidação do imposto
aquando da prestação de serviços de construção civil a sujeitos passivos de IVA. Contudo,

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a empresa terá a obrigação de emitir fatura (artigo 8º, nº1 do CIVA) que deve conter a
expressão “IVA – autoliquidação”, nos termos do artigo 36º, nº13 do CIVA.
Não haverá lugar à inversão quando o adquirente seja não sujeito passivo, sujeito
passivo que pratica exclusivamente operações isentas ou sujeito passivo que apenas o é
porque efetua aquisições intracomunitárias.
As prestações de serviços realizadas para com o mercado comunitário e
extracomunitário estão isentas de IVA, pois são operações que se realizam fora do
território nacional sendo o IVA tributado e autoliquidado pelo sujeito passivo adquirente
do serviço, segundo artigo 6º, nº7, al a) do CIVA.
No artigo 18º do CIVA estão definidas as taxas aplicáveis, que variam dependendo
do enquadramento ou não da operação numa das listas anexas.
Nos artigos 19º e 20º, são descritas as operações que podem conferir á sociedade
o direito à dedução. O artigo 9º do CIVA refere as isenções nas operações internas, no
qual se enquadram as formações profissionais que a Miranda & Sousa, Lda. pretende
fornecer aos seus funcionários (nº10).
No artigo 21º do CIVA estão enumeradas as exclusões do direito à dedução, onde
se integra a aquisição da viatura ligeira de passageiros que a sociedade está obrigada a
adquirir, visto que se trata de uma viatura de turismo (nº1, a)), e os combustíveis
adquiridos para as viaturas, dependendo do tipo de combustível, e do tipo de viatura
(nº1, b)).
Os sujeitos passivos de IVA, são obrigados a entregar o montante do imposto
exigível, apurado nos temos dos artigos 19º a 26º e 78º do CIVA, nos locais de cobrança
legalmente autorizados nos prazos previsto no artigo 27º, n.º 1 do CIVA, alterado pela lei
nº12/2022 de 27 junho, sendo esses os seguintes:
• Até ao dia 25 do 2.º mês seguinte àquele a que respeitam as operações, no
caso de sujeitos passivos abrangidos pela alínea a) do n.º 1 do artigo 41º
• Até ao dia 25 do 2.º mês seguinte ao trimestre do ano civil a que respeitam as
operações, no caso de sujeitos passivos abrangidos pela alínea b) do n.º 1 do
artigo 41º

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No que diz respeito às prestações de serviços efetuadas no mercado comunitário


(artigo 6º, CIVA) e Transmissões intracomunitárias de bens (artigo 23º, RITI9, a empresa
está obrigada a entregar a declaração recapitulativa, sempre que o total das transmissões
intracomunitárias de bens a incluir na declaração tenha, no trimestre em curso (ou
qualquer mês do trimestre), excedido o montante de 50 000€.

Imposto Selo (IS)

De acordo com o disposto no artigo 1, nº1 do Código do Imposto Selo (CIS), este
imposto incide sobre todos os atos, contratos, documentos, títulos, papéis e outros factos
ou situações jurídicas previstas na Tabela Geral, incluindo as transmissões gratuitas de
bens. As operações sujeitas a IVA e dele não isentas não estão sujeitas a imposto de selo
(nº2).
Analisando os vários atos da Miranda & Sousa, Lda. concluimos que esta vai
incorrer em operações sujeitas a imposto de selo, sendo aplicadas as taxas constantes na
tabela anexa ao CIS (artigo 22º).
Uma das operações a analisar é o contrato de arrendamento celebrado no início
da atividade, operação que está sujeita a imposto de selo (ponto 2 da tabela geral). No
entanto, este é devido pelo locatário (artigo 3 nº3 b)), não fazendo parte das obrigações
fiscais da empresa.
Sendo que a nossa empresa deverá efetuar financiamentos de curto prazo e longo
prazo, irá haver lugar ao pagamento de imposto de selo (ponto 17 da tabela geral) ficando
a nossa sociedade responsável pela sua liquidação (artigo 3 nº3 f)).
No caso do seguro relativo a acidentes de trabalho a taxa aplicar é de 5 % da soma
do prémio do seguro e custo da apólice (ponto 22 .1.2).
Em relação aos pagamentos por meio de letra será cobrado imposto de selo à taxa
de 0,5% sobre o respetivo valor, com um mínimo de 1€ (ponto 23).
O imposto do selo é pago mediante documento de cobrança de modelo oficial
(artigo 43º, CIS), nas tesourarias de finanças, ou outro lugar autorizado, até ao dia 20 do
mês seguinte aquele em que a obrigação tributária se tenha constituído (artigo 44º, nº1,
CIS).

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A Miranda & Sousa, Lda. está assim obrigada a entregar anualmente, por
transmissão eletrónica de dados, uma declaração na qual venha discriminado o valor do
imposto do selo a ser liquidado e do valor das operações e dos atos realizados isentos
deste imposto, nos termos do artigo 52º, nº1 do CIS.

Imposto Municipal sobre Imóveis (IMI)

O Imposto Municipal sobre Imóveis incide sobre o valor patrimonial tributário dos
prédios rústicos e urbanos, constituindo uma fonte de receita para os municípios, de
acordo com o artigo 1º do CIMI. Este imposto é devido pelo proprietário do prédio em
31 de dezembro do ano a que o mesmo respeitar ( artigo 8º, nº1, CIMI).
Uma vez que a Miranda&Sousa, Lda não possui, para já, nenhum imóvel próprio
não está sujeita a este imposto.

Imposto Único de Circulação (IUC)

O Imposto Único de Circulação (IUC) tributa os gastos provenientes da posse de


veículos automóveis, tendo em conta as componentes cilindrada e ambiental,
designadamente nível de emissão de partículas e nível de emissão de CO2, a voltagem, a
antiguidade da matrícula, entre outros, especificados no artigo 7º do CIUC. Este imposto
incide sobre os veículos das varias categorias matriculados em Portugal ( artigo 2º, CIUC).
Assim, são sujeitos passivos de IUC, as pessoas singulares ou coletivas em nome das quais
se encontre registada a propriedade dos veículos.
A Miranda & Sousa, Lda. possuirá 4 viaturas (1 pesado de mercadorias, 2 ligeiros
de transporte, 1 ligeiro de passageiros) e, portanto, está sujeita a imposto, com base nas
taxas dos artigos 8º e seguintes do CIUC.
Este imposto paga-se anualmente até ao cancelamento da matrícula (artigo 4º,
CIUC); no entanto, segundo o artigo 17º do CIRC, o imposto relativo à aquisição de
veículos em estado novo (como é o caso da nossa empresa), é liquidado pelo sujeito
passivo nos 30 dias posteriores à data do registo da matrícula.

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Segurança Social (SS)

A Miranda & Sousa, Lda. está obrigada à inscrição na Segurança Social, que é feita
oficiosamente na data da participação de início do exercício de atividade, como descrito
anteriormente. Enquanto entidade empregadora, está também obrigada a comunicar à
SS a alteração de elementos de identificação, incluindo os relativos aos
estabelecimentos, o início, a suspensão ou a cessação da sua atividade, e os
elementos necessários ao enquadramento ou à exclusão do trabalhador como membro
dos órgãos estatutários. Se a empresa não comunicar o último ponto, no prazo de 10
dias, é feita o enquadramento oficioso do trabalhador e fixado como base de incidência
contributiva o valor do IAS.
A admissão de novos trabalhadores deve ser comunicada á segurança social nas
24 horas anteriores ao ínicio de produção de efeitos do contrato de trabalho e deve ser
entregue aos trabalhadores. A declaração de admissão, onde consta o respetivo NISS,
o Número de Identificação Fiscal (NIF) e a data da admissão, deve ser entregue a
cada trabalhador.
A Miranda & Sousa, Lda. é assim responsável pelo pagamento das contribuições e
das quotizações dos trabalhadores ao seu serviço entre o dia 10 e o dia 20 do mês
seguinte àquele a que as contribuições dizem respeito (artigo 43º da Lei no 110/2009, 16
de setembro – Código dos Regimes Contributivos do Sistema Previdencial de Segurança
Social).
O montante das contribuições é calculado pela aplicação de uma taxa contributiva
à remuneração bruta devida em função do exercício da atividade profissional. Tendo em
conta o artigo 53º do Código dos Regimes Contributivos do Sistema Previdencial de
Segurança Social, a taxa contributiva do regime geral é de 34,75%, cabendo 23,75% à
entidade patronal e 11% ao trabalhador.
No entanto, a empresa vai admitir empregados em regime de primeiro emprego e
trabalhadores que eram desempregados de longa duração, pelo que vão ser aplicadas
reduções às taxas contributivas utilizadas para os trabalhadores em geral. No caso de
trabalhadores em regime de primeiro emprego, a entidade empregadora é beneficiada
com uma redução de 50% na taxa contributiva por um período de 5 anos, nos termos do

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Decreto-Lei no 72/2017. Já para os trabalhadores que eram dempregados de longa


duração a taxa de redução é a mesma, mas por um período de 3 anos.
Para que as entidades empregadoras possam beneficiar desta dispensa, devem
apresentar requerimento para o efeito, através do portal da segurança social, no prazo
de 10 dias a contar da data de início do contrato de trabalho a que se refere o pedido de
incentivo.

Descrição Entidade Patronal Trabalhador


Trabalhadores em Geral 23,75% 11%
Membros dos Órgãos Sociais 23,75% 11%
Trabalhadores em situação de 50% x 23,75% (5 anos) 11%
1º Emprego
Trabalhadores em Situação de 50% x 23,75% (3 anos) 11%
Desemprego de Longa
Duração

Segundo o artigo 40º da Lei 110/2009 de 16 de setembro – Código dos Regimes


Contributivos do Sistema Previdencial de Segurança Social, a empresa está obrigada a
entregar a declaração de remunerações através do serviço segurança social direto até ao
dia 10 do mês seguinte aquele que diga respeito.

Registo central do Beneficiário Efetivo

O Registo Central do Beneficiário Efetivo (RCBE) identifica todas as pessoas


singulares que, ainda que de forma indireta ou através de terceiros, detenham a
propriedade ou o controlo efetivo de entidades jurídicas. Este registo é obrigatório para
todas as entidades constituídas em Portugal ou que aqui pretendam fazer negócios, e é
feito através do preenchimento de uma declaração, nos 30 dias subsequentes ao registo
da constituição da sociedade; esta obrigação foi estabelecida pela Lei n.º 89/2017, de 21
de agosto.
Assim, a Miranda & Sousa, Lda. terá de preencher a respetiva declaração em
relação às sócias-gerentes.

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Informação Empresarial Simplificada (IES)

A Informação Empresarial Simplificada, criada através do Decreto-Lei nº8/2007, de


17 de janeiro, é uma declaração agregadora de informações declarativas a nível
contabilístico, fiscal e estatístico, que veio simplificar os processos declarativos, passando
a ser possível entregar todas essas informações numa única declaração, o que antes não
acontecia.
A IES consiste então na entrega de um só formulário, em que as empresas
cumprem simultaneamente os seguintes compromissos:

• Declaração anual de informação contabilística e fiscal (artigo 117º, nº1 e 121º,


CIRC)
• Registo de prestações de contas (artigo 15º, CRC)
• Entrega da declaração sobre informação anual ao Instituto Nacional de
Estatística (artigo 6º, nº1 da Lei do Sistema Estatístico Nacional)
• Comunicação de dados contabilísticos ao Banco de Portugal (artigo 13º da Lei
Orgânica do Banco de Portugal)

Estão obrigados á entrega da IES os sujeitos passivos de IRC, residentes, que


exerçam a título principal uma atividade comercial, condição onde se integra a nossa
sociedade.
A IES deve ser entregue anualmente até ao 15.º dia do 7.º mês posterior à data do
termo do exercício económico, no nosso caso dia 15 de julho do ano seguinte ao das
contas a apresentar, pelo contabilista certificado, no portal das finanças. Assim, Miranda
& Sousa, Lda. não vai proceder à entrega desta declaração no ano de 2022, ficando
vinculada a essa obrigação a partir do ano de 2023.

Fundo de Compensação do Trabalho (FCT) e Fundo de Garantia de


Compensação de Trabalho (FGCT)

O FCT é um fundo autónomo de capitalização individual financiado pelas


entidades empregadoras, por meio de contribuições mensais. Este fundo visa garantir o
pagamento de até 50% do valor da compensação a que os trabalhadores venham a ter

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direito na sequência da cessação de contrato de trabalho. De acordo com a Lei nº


70/2013, de 30 de agosto, são abrangidos por este fundo os contratos de trabalho
celebrados ao abrigo do código do trabalho celebrados a partir de 1 de outubro de 2013.
A iniciativa de adesão ao FCT é feita apenas pelas entidades empregadoras. Ao
aderir ao Fundo de Compensação do Trabalho, a adesão ao Fundo de Garantia de
Compensação do Trabalho é automática. A adesão a estes dois fundos é obrigatória, no
entanto, a entidade pode “aderir a ME, em alternativa à adesão ao FCT, nos termos do
estabelecido no n.º 6 e no artigo 36.º” (artigo 3º, nº3, Lei nº 70/2013, de 30 de agosto).
A Miranda & Sousa, Lda. optou por fazer a inclusão dos seus colaboradores no
FCT. Assim deve realizar a adesão a este fundo via internet onde devem ser facultados os
dados referentes a cada trabalhador, como a identificação do trabalhador, a
remuneração base, entre outros.

SAF-T

O SAF-T é um ficheiro que contém toda a documentação fiscalmente relevante


de uma empresa, relativa a um determinado período. Este ficheiro integra os processos
de faturação de qualquer empresa.
O ficheiro SAF-T deve ser entregue até ao 12º dia do mês seguinte do mês
faturado. É ainda importante saber distinguir os dois tipos de SAFT que existem: o
contabilístico e o de faturação.
• SAF-T de Faturação- é um ficheiro mais simples, que deve ser enviado todos os
meses à Autoridade Tributária e Aduaneira e tem como finalidade analisar a
faturação mensal das empresas, devendo ser adicionado ao dossier fiscal de
cada empresa.
• SAF-T de Contabilidade- é um ficheiro completo que pode ser exportado por
softwares de faturação e que deve ser enviado sempre que seja exigido pelos
serviços de Inspeção Tributária e Aduaneira e que serve também para a
realização de auditorias.

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Organização contabilística e dossiê de arquivo

Organização Contabilística

A organização contabilística permite reagir de forma mais rápida a possíveis


anomalias, permitindo a sua correção, ou impedir que se torne num problema que possa
por em causa a reputação da empesa.
Segundo o artigo 123º do CIRC, a sociedade é obrigada a dispor de contabilidade
organizada de forma a permitir o controlo do lucro tributável. Desta forma, para a
execução da contabilidade, deve ser tido em conta que todos os lançamentos devem
estar acompanhados de documentos justificativos, datados e suscetíveis de serem
apresentados sempre que necessário. Todas as operações devem ser registadas por
ordem cronológica, sem emendas ou rasuras, devendo qualquer erro ser corrigido logo
que descoberto. Não são permitidos quaisquer atrasos na contabilidade superiores a 90
dias.
É de salientar que todas as sociedades comerciais têm a obrigação de possuir livros
que disponibilizem de forma clara e precisa todas as suas operações comerciais, tal como
é previsto nos artigos 29º a 31º do Código Comercial. Posto isto, a contabilidade irá
organizar a sua informação através de diversos dossiês de arquivo, onde irão constar
todos os documentos que fazem parte da atividade da nossa empresa, livros de atas e
livro de reclamações.
Portanto, a empresa considera fundamental a existência de três dossiês distintos:
Dossiê Contabilístico, Dossiê Fiscal, e Dossiê de Diversos.

Dossiê Contabilístico

O dossiê contabilístico está subdividido em quatro diários, tais como, diário de


compras, diário de prestação de serviços, diário de bancos e diário de operações diversas,
onde se encontrarão todos os documentos referentes à contabilização das operações
ocorridas durante o período económico.

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Todos os documentos que são arquivados no dossiê contabilístico devem ter 8


dígitos, nos quais os 2 primeiros representam o número do diário, os 2 seguintes ao mês
e os 4 últimos à numeração sequencial dos documentos e devem estar por ordem
cronológica.

Diário de Compras

No diário de compras encontra-se todos os movimentos referentes às compras


efetuadas pela empresa Miranda & Sousa, Lda. Nele constam todos os documentos
originais respeitantes às operações realizadas após conferência de todos os elementos
legalmente exigidos, como faturas dos fornecedores, organizadas cronologicamente e
alfabeticamente.

Diário de Vendas e Prestações de Serviços

Neste diário estão registadas todas as operações relacionadas com as prestações


de serviço e possíveis vendas realizadas pela empresa. Todos os duplicados das faturas
emitidas e enviadas para os clientes deverão ser arquivados também por ordem
cronológica e alfabética.

Diário de Bancos

Este diário inclui todos os movimentos e operações bancárias respeitantes a


pagamentos e/ou recebimentos, extratos bancários, entre outro tipo de documentos
relacionados com bancos. Tal como nos diários já referidos as organizações de
documentos serão feitas por ordem numérica e cronológica das respetivas faturas.

Diário de Operações Diversas

Este diário é um diário residual, onde constam diversos documentos que não se
enquadram em nunhum dos três diários referidos anteriormente, documentos estes
arquivados com base na sua natureza e por ordem cronológica. Exemplo disso são as
despesas relacionadas com a eletricidade, água, rendas, processamento de salários,
entre outros.

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Dossiê Obrigações Fiscais

A sociedade Miranda & Sousa, Lda. é obrigada, enquanto sujeito passivo de IRC,
a constituir um dossiê fiscal. Neste dossiê serão arquivados todos os documentos de
natureza fiscal, como por exemplo, o IRC, IRS, IVA, IS, IUC, Segurança Social e respetivos
comprovativos de entrega.
Segundo o artigo 130º, nº1 do CIRC, deve-se manter na empresa, por um período
mínimo de 10 anos, todos os documentos relativos a cada período de tributação. A
Portaria 51/2018 de 16 de fevereiro define quais os documentos que devem constar no
dossiê fiscal, ordenados cronologicamente.

Dossiê Diverso

Neste dossiê serão arquivados todo o tipo de operações que não se adequem aos
demais dossiês acima descritos, como documentação relacionada com orçamentos,
contratos de trabalho, contratos de leasing, seguros, balancetes, entre outros que
possam surgir ao longo do exercício económico. De forma semelhante ao que foi aplicado
aos outros dossiês, todos os documentos serão organizados de forma cronológica.

Livros e Documentação Técnica Obrigatória

Livro de atas

A sociedade Miranda & Sousa, Lda. trata-se de uma sociedade comercial logo,
conforme o disposto do artigo 31º do Código comercial, é obrigada a ter na sua posse
um livro de atas, onde são registadas todas as reuniões de sócios, de gerentes e dos
órgãos sociais que acontecem ao longo da atividade da empresa.
Segundo o artigo 31 nº2 do Código Comercial, o livro de atas da sociedade pode
ser constituído por folhas soltas sequencialmente numeradas e devidamente rubricadas
pela gerência.
Cada ata deve indicar a data em que esta foi celebrada, os nomes dos
participantes, os votos emitidos, as deliberações tomadas e tudo aquilo que as possa
fundamentar; no final deve ser assinada pela mesa ou pelos participantes desta, caso
não haja mesa, nos termos do artigo 37º do Código Comercial.

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Livro de Reclamações

Conforme o disposto no Decreto-Lei 156/2005 de 15 de setembro, a existência do


livro de reclamação é de carácter obrigatório assim como a sua disponibilização.
A reclamação é feita através do preenchimento de uma folha, na qual o utente
descreve de forma clara e completa os factos que a motivam. São registadas em
triplicado, onde o original será remetido para a entidade de controlo de mercado
competente que, no prazo de 5 dias úteis, deve entregar às autoridades para que estas
possam analisar e decidir se a empresa será ou não penalizada (artigos 4º a 6º do
Decreto-Lei 156/2005 de 15 de setembro); o duplicado ficará na posse do cliente, como
comprovativo da queixa apresentada e o triplicado permanecerá no respetivo livro de
reclamações.

Medidas de Controlo Interno a Adotar


Um sistema de controlo interno é um sistema completo de controlos de gestão -
financeiro e administrativo – que inclui a estrutura organizacional e todos os métodos e
procedimentos coordenados, estabelecidos por lei e pela direção da organização, de
acordo com as metas institucionais, de modo a atingir um conjunto de objetivos, como a
realização de operações de forms eficiente e eficaz, a elaboração de relatórios financeiros
fiáveis, íntegros e oportunos e o cumprimento das leis e regulamentos.
Assim, sendo a Miranda & Sousa, Lda. pretende adotar medidas de controlo interno
que visem a salvaguardar os seus ativos, prevenir as situações de ilegalidade, fraudes e
erros, a exatidão e integridade dos registos contabilísticos e a preparação de informação
financeira viável. Todos os trabalhadores terão conhecimento destas medidas, na porção
que a cada um compete, sendo obrigatório o seu cumprimento.
Para que a Miranda & Sousa, Lda. atinja os objetivos a que se propôs e que já foram
anteriormente definidos é imprescindível apresentar as medidas de controlo interno,
desagregando-as por operações.

Meios Financeiros líquidos

No que diz respeito a meios financeiros líquidos, a empresa definiu que todas as
transações que envolvam dinheiro (pagamentos e recebimentos) serão efetuadas por

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transferência bancária, na plataforma do Banco Online, a não ser que a sua natureza não
o justifique. As ordens de transferência devem ser assinadas, no mínimo, por duas
pessoas, que não tenham acesso a valores nem a registos contabilísticos. Uma vez que se
trata de uma função importante na empresa, normalmente é atribuída aos gerentes.
Neste caso, as transferências são autorizadas com a assinatura das duas sócias-gerentes.
Como consequência dos movimentos bancários e do respetivo registo
contabilístico, torna-se importante realizar reconciliações bancárias, por pessoa
diferente daquela que contabiliza as operações, tendo como fim a conferência e
certificação de valores, uma vez que permite visualizar discrepâncias entre os extratos
bancários e o saldo contabilístico da empresa. Dada a dimensão da empresa e dos
movimentos bancários que irá efetuar, as reconciliações serão feitas a cada dois meses.
Assim, deve ser prática recorrente da empresa solicitar a confirmação de saldos ao Banco,
via carta.
Sempre que existam saldos em contas bancárias expressas em moedas diferentes
do Euro devem ser convertidos pela taxa de câmbio da data do Balanço.

Compras e outras operações com Fornecedores

A Miranda & Sousa, Lda. considera que as compras de bens e serviços da empresa
devem também ser alvo medidas de controlo, sendo um ciclo muito importante, pois é o
que gera as obrigações correntes da empresa. De modo a existir uma gestão eficiente de
stocks, a nossa empresa adota uma política mínima de stocks de matérias-primas de 2%
do valor das obras adjudicadas. Quem realiza o controlo dos stocks mínimos e existentes
em armazém é o responsável de armazém, estando encarregue de fazer uma contagem
mensal, apesar da empresa usar o sistema de inventário permanente, dos produtos
existentes, para que não ocorram ruturas de stock.
Quando necessário, é então efetuado o pedido de compra à dirigido à responsável
pelo departamento técnico, que conduz o processo. Este é um documento interno, que
deve ser sequencialmente numerado e deve conter todas as informações relevantes para
o processo de compra. Posto isto, a diretora técnica pesquisa qual o fornecedor mais
indicado através da consulta dos seus próprios ficheiros ou efetuando consultas diretas.
Após esta escolha, é emitida uma nota de encomenda, aprovada pela Diretora Técnica e

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pela Diretora Financeira, que deve mencionar as quantidades e todas as especificidades


do artigo. Esta nota de encomenda é um documento externo, seguindo para o
fornecedor, mas também é necessário que sejam emitidas mais vias deste documento
para que seja acedível ao Contabilista e também à empregada do escritório para efeitos
de arquivo. Aquando da receção dos bens, pelo responsável de armazém, procede-se à
contagem dos mesmos, que deve ser feita por duas pessoas diferentes, sendo que uma
conta e outra confere, e armazenamento nos respetivos locais definidos. Deve ser
emitida uma guia de receção, fazendo referência aos números da Nota de encomenda e
da Guia de remessa do fornecedor, que fica acessível, à contabilidade, ao armazém
respetivo, ao departamento técnico e arquivo.
Quando a Fatura chega à Contabilidade, esta já deverá ter acesso a todos os
documentos necessários à sua conferência e que são arquivados conjuntamente: Nota
de encomenda, Guia de remessa do Fornecedor, Guia de receção e Guia de entrada em
armazém. A conferência, que deixa prova eletrónica ou carimbo se em papel, inclui a
confirmação de que foi faturado o que foi encomendado e nas condições acordadas, a
verificação de que os cálculos da Fatura estão aritmeticamente corretos e verificação do
cumprimento das exigências legais.

Dívidas a pagar

O controlo das dívidas a pagar passa por manter um conjunto de informações


atualizadas que permitam, a qualquer momento, saber qual o montante da dívida de cada
fornecedor e os seus prazos de vencimento. Para isto, a Miranda & Sousa, Lda. optou por
criar fichas individuais de fornecedores, que permitam gerir cada uma das contas, quer
para fornecedores nacionais, como para estrangeiros, e proceder a balancetes trimestrais
de todas as contas subsidiárias de fornecedores, tendo por base a antiguidade de saldos.
As faturas devem ser contabilizadas na data a que respeitam e, sempre que o
fornecedor enviar a fatura, mas esta ainda não tiver sido rececionada na empresa, será
contabilizada como, “Faturas em receção e conferência”.
O pagamento a fornecedores deve ser efetuado por transferência bancária, tal
como todos os pagamentos da empresa.

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Gastos com o Pessoal

Para que haja um melhor controlo, é importante que exista na empresa um


conjunto de medidas associadas à gestão do pessoal, nomeadamente, no que que diz
respeito ao processo de admissão, ao controlo de tempos, justificação de faltas e ao
processamento das remunerações. No que respeita à admissão de novos trabalhadores,
a indicação pode partir das diferentes secções que sentam necessidade, mas cabe à
Gerência a autorização dessa admissão, ou seja, às sócias- gerentes.
Cada trabalhador possui uma ficha individual onde constam os seus dados
pessoais e documentos necessários para proceder à identificação do indivíduo, ficha essa
constituída aquando da admissão do trabalhador. Todos os ficheiros do pessoal são de
acesso restrito de modo a proteger as informações.
Na sede da empresa haverá um quadro onde será afixado o horário de trabalho
assim como o mapa de férias e o manual de procedimentos associado ao pessoal.
Com vista ao controlo das horas de trabalho a nossa empresa propõem que cada
trabalhador tenha um cartão de ponto para registar as suas entradas e saídas. Quanto
aos trabalhadores que iniciem e fechem o dia na obra será o oficial a registar as presenças
no livro de ponto que deverá posteriormente entregar na sede, à empregada de
escritório, que irá utilizar essa informação para elaborar as folhas de vencimento; estas
serão conferidas e validadas para efeitos de pagamento pela Diretora Financeira. De
seguida, são enviadas para o nosso contabilista, que irá proceder ao respetivo
processamento contabilístico.
Relativamente a outro tipo de pagamentos ao pessoal, a despesa de deslocação
em viatura própria por parte dos trabalhadores será evitada, ficando a empresa
encarregue do transporte dos seus funcionários quando tal se justifique.

Inventários

Na Miranda & Sousa, Lda. os bens chegam ao armazém por via de compras
efetuando-se o controlo e emissão da guia de entrada, com vimos anteriormente. De
seguida efetua-se o respetivo armazenamento nos locais definidos para cada bem,
devidamente protegidos. No que diz respeito às saídas de inventários, o armazém vai
emitir um exemplar adicional da Guia de remessa, uma vez que se trata de uma empresa

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de pequena dimensão. A empresa vai utilizar o sistema de inventário permanente,


efetuando a contabilização sistemática das entradas e das saídas de armazém, para que
seja possível saber a cada momento as existências dos produtos.
Como a empresa utiliza o sistema de inventário permanente, não necessita de
efetuar a contagem física dos inventários no final do ano, uma vez que o sistema lhe
permite conhecer, em qualquer momento, as quantidades em armazém. No entanto,
esta será feita na mesma para certificar se as informações prestadas pelo sistema são
fidedignas, ou seja, se estão de acordo com a realidade física. Para a contagem do
inventário devem estar presentes o responsável de armazém e, ainda, o contabilista.

Prestações de serviços

O ciclo de vendas e de prestações de serviços representa para a empresa o


processo de reconhecimento dos seus principais rendimentos e recebimentos. Uma vez
que a empresa é de construção civil, irá proceder maioritariamente a prestações de
serviços.
Os clientes interessados nos nossos serviços deverão realizar as suas encomendas
por correio eletrónico, onde conste informação sobre o tipo de serviço a ser prestado,
que irão ser analisadas para certificar que cumprem todas as componentes necessárias
para a satisfação da prestação de serviços solicitada e que a empresa tem disponibilidade
para tal.
Para aprovação da prestação de serviço é necessário constatar a existência dos
materiais que serão necessários em armazém, pelo responsável, e também analisar a
situação de crédito do cliente, que, caso seja um cliente antigo, basta consultar a ficha
do cliente, e, caso seja um cliente novo, deve obter informações comerciais do cliente
junto de bancos ou de outras empresas, para mais tarde definir o seu limite de crédito
ou até concluir da sua não aprovação. Uma vez que a Miranda & Sousa, Lda. está em
início de atividade, todos os clientes vão ser “novos”, o que implica um maior cuidado
com a análise para estabelecer os limites de crédito.
Após a aprovação vai ser emitida a fatura, o que deve ocorrer até ao 5º dia útil
seguinte ao do momento em que o imposto é devido (artigo 36º, CIVA).

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Contas a receber

O controlo das dívidas a receber de clientes, tal como nas dívidas a pagar aos
fornecedores, passa por manter as informações atualizadas de modo que se possa saber
a qualquer momento o montante da dívida de cada cliente, assim como os respetivos
prazos de vencimento. Na Miranda & Sousa, Lda. este controlo é efetuado por fichas
individuais, onde irão constar todas as informações relacionadas com cada cliente,
havendo uma codificação específica para clientes nacionais e clientes estrangeiros. É
igualmente importante atribuir aos clientes um limite de crédito, como referido
anteriormente.
Essa ficha é criada com o objetivo de consultar a qualquer momento o saldo em
dívida, para que não existam dividas a receber que ultrapassem os prazos de pagamento
estabelecidos. Caso isto aconteça, o cliente será notificado por escrito.
A cobrança das dívidas, assim como todos os procedimentos da empresa, serão
realizadas por transferência bancária.

Ativos Fixos Tangíveis

Este ciclo diz respeito a todas as compras de AFT da empresa, isto é, abrange
todas as aquisições de bens a serem detidos com continuidade ou permanência na
empresa e que não se destinem a ser vendidos ou transformados do decurso normal da
atividade.
A tomada de decisão sobre a aquisição e política dos Ativos Fixos Tangíveis deve
caber à gerência. O processo de aquisição e é idêntico ao processo de compras de
inventários. Cabe, ainda, à gerência definir as políticas de reconhecimento, capitalização
e depreciação desses ativos. Aquando da aquisição de um bem, para o reconhecer como
AFT ou, em vez disso, como gasto, é necessário considerar a vida útil superior a um ano
e também a materialidade do bem (se o seu custo de aquisição não for materialmente
relevante deve ser considerado como gasto do período; se o seu custo de aquisição for
materialmente relevante deve ser capitalizado). A Miranda & Sousa, Lda. irá adotar o
método de depreciação de linha reta.

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Todos os Ativos Fixos Tangíveis devem constar numa ficha onde estejam
registadas informações relativas à descrição do bem, como por exemplo, o custo de
aquisição do bem, a vida útil estimada e taxa anual de amortização, a data de aquisição,
entre outros.

Considerações Finais
A elaboração deste relatório consiste na apresentação da sociedade Miranda &
Sousa, Lda., uma empresa que acaba de se inserir no setor da construção civil e obras
públicas, que tem como objetivo expandir-se no mercado, através de todas as políticas
implementares.
Após a análise da ficha da empresa, concluímos que a empresa Miranda & Sousa,
Lda. é nova no mercado, logo começamos por introduzir a nossa missão e os nossos
valores. Deste modo, espera-se que a empresa atinja todos os objetivos a que se propôs,
superando as expectativas se possível, obtendo, progressivamente, resultados líquidos
mais elevados. Desta forma, o fundo de maneio aumentará, possibilitando um maior
investimento em equipamentos e recursos humanos e até financiamentos mais
vantajosos junto dos Bancos.
Tendo consciência das dificuldades iniciais, as sócias-gerentes da sociedade
admitem um caminho longo e trabalhoso, contudo manterão sempre o seu foco no
objetivo primordial: o sucesso da Miranda & Sousa, Lda. Para tal, importa referir que
todas as estratégias a implementar foram aprovadas por ambos as sócias, que acreditam
ter todas as capacidades e conhecimentos imprescindíveis ao funcionamento ideal da
empresa.
Por último, é importante salientar que este relatório se baseia principalmente em
dados previsionais, sendo suscetíveis de mudança devido a fatores externos não
imputáveis à Miranda & Sousa, Lda.

Sede: Avenida Vasco Branco, nº 149| 3800-912 Aveiro NIPC: 501 111 069
E-mail: se111106@visit.uaveiro.eu Capital social: 500 000€
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Anexo I – Contrato de sociedade por quotas


Artigo 1º - Tipo e firma
1. A sociedade comercial adota o tipo sociedade por quotas e a firma Miranda & Sousa,
Lda.
2. A sociedade tem o número de pessoa coletiva 501 111 069 e o número de
identificação da segurança social 21161111069.
Artigo 2º - Sede
1. A sociedade tem a sede em: Avenida Vasco Branco, nº 149, 3800-912, concelho de
Aveiro, distrito de Aveiro.
2. Por simples deliberação da gerência, pode a sede ser deslocada dentro do mesmo
concelho ou concelho limítrofe, podendo ainda ser criadas sucursais, agências,
delegações ou outras formas locais de representação no território nacional ou no
estrangeiro.
Artigo 3º - Objeto Social
1. A sociedade tem por objeto principal a construção civil e obras públicas
2. A sociedade poderá ainda exercer outras atividades relacionadas, direta ou
indiretamente, com o seu objeto principal e outras com fins lucrativos não proibidas por
lei, desde que devidamente autorizadas.
Artigo 4º - Capital social
O capital social, integralmente realizado em numerário e já depositado, é de quinhentos
mil euros, constituído por duas quotas:
a) Uma quota com o valor nominal de duzentos e cinquenta mil euros, pertencente a
Luísa Francisca Miranda de Carvalho, solteira, natural de Aveiro e aí residente, na
Travessa da Covilhã, nº36, Eixo, portadora do Cartão de Cidadão nº 31020372 e o NIF nº
264793633.
b) Uma quota com o valor nominal de duzentos e cinquenta mil euros, pertencente a
Cristina Sofia Lopes de Sousa, solteira, natural de Espinho e aí residente, na Rua 23,
nº1052, portadora do Cartão de Cidadão nº 15030367 e o NIF nº 240941551.

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Artigo 5º Prestações Suplementares


Por deliberação dos sócios, podem ser exigidas prestações suplementares até a um
montante global igual ao dobro do capital social.
Artigo 6º Cessão de Quotas
1. A cessão de quotas a estranhos depende do prévio consentimento da sociedade.
2. Na cessão onerosa de quotas a estranhos terão direito de preferência a sociedade e
os sócios, sucessivamente.
3. O valor da quota cedente deverá ser o que foi atribuído no último balanço aprovado.
4. No caso da cessão a estranhos à sociedade sem autorização desta, será a mesma
nula e o sócio cedente excluído da sociedade, ficando obrigado a indemnizar a
sociedade com uma importância igual ao valor da quota, acrescido dos danos e demais
despesas que o seu ato causar.
Artigo 7º Amortização de Quotas
1. A sociedade poderá amortizar qualquer quota:
a) Com o consentimento do titular;
b) Em caso de morte ou insolvência do sócio;
c) Em caso de arresto, arrolamento ou penhora da quota;
d) Se esta for cedida sem o prévio consentimento da sociedade.
Artigo 8º Gerência
1. A administração e representação da sociedade são exercidas por gerentes eleitos em
assembleia geral.
2. A sociedade obriga-se com a intervenção de um único gerente.
3. A assembleia geral deliberará se a gerência é remunerada.
Artigo 9º Assembleias Gerais
1. Os sócios podem livremente designar quem os representará nas assembleias gerais.
2. As deliberações podem ser tomadas por qualquer forma prevista na lei, incluindo por
voto escrito.
3. Sem prejuízo do disposto na lei, as deliberações dos sócios são tomadas por maioria
dos votos presentes ou representados em Assembleia Geral.

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Artigo 10º - Disposição Transitória


1. Ficam desde já nomeados gerentes:
a) Luísa Francisca Miranda de Carvalho, natural de Aveiro e residente na Travessa da
Covilhã, nº36, Eixo, portador do Cartão de Cidadão nº 31020372, contribuinte nº
264793633.
b) Cristina Sofia Lopes de Sousa, natural de Espinho e residente Rua 23, nº1052, Espinho,
portador do Cartão de Cidadão nº 15030367, contribuinte nº 240941551.
Aveiro, 28 de dezembro de 2021
Os sócios:

Luísa Carvalho
(Luísa Francisca Miranda de Carvalho)

Cristina Sousa
(Cristina Sofia Lopes de Sousa)

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Anexo II – Ata de Nomeação dos Órgãos Sociais


Ata nº1 – Assembleia Geral
Ao terceiro dia do mês de janeiro de dois mil e vinte e dois, pelas quinze horas, reuniu a
Assembleia geral da sociedade por quotas Miranda & Sousa, Lda., pessoa coletiva nº 501
111 069, com capital social de 500 000€ (quinhentos mil euros), na sua sede que se
localiza na Avenida Vasco Branco, nº 149, concelho de Aveiro.
À hora marcada estavam presentes os dois sócios da sociedade, a sócia Luísa Francisca
Miranda de Carvalho, portadora do NIF: 264793633, titular de metade (50%) do capital
social, com uma quota de 250 000€ (duzentos e cinquenta mil euros) e a sócia Cristina
Sofia Lopes de Sousa, portador do NIF: 240941551, titular da outra metade (50%) do
capital social, com uma quota de 250 000€ (duzentos e cinquenta mil euros).
Estando representada a totalidade do capital social, foi manifestada pelos sócios a
vontade de se constituírem em Assembleia Geral, nos termos do artigo 54º do Código
das Sociedades Comerciais, com dispensa de formalidades prévias. Após verificação dos
elementos necessários à realização da reunião, foi aberta a sessão com a seguinte ordem
de trabalhos:
Ponto Um - Eleição do presidente da Assembleia Geral;
Ponto Dois - Discussão e deliberação sobre a nomeação dos gerentes e as respetivas
remunerações a atribuir a cada um dos gerentes;
Ponto Três - Deliberação de outros assuntos.
Ponto Um - Eleição do presidente da Assembleia Geral
Posto à discussão e análise do ponto um, foi deliberado pelas duas sócias (por
unanimidade, visto que os dois sócios apresentam duas quotas de 50% cada que
totalizam o total do capital social), que seria a sócia Cristina Sofia Lopes de Sousa a
presidir as reuniões da Assembleia Geral, passando esta a ser responsável por coordenar
todas as reuniões. Por consequente, a presidente da Assembleia Geral elegeu para o
cargo de secretária das reuniões a sócia Luísa Francisca Miranda de Carvalho, ficando
esta responsável pela elaboração de todas as atas.

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Ponto Dois - Discussão e deliberação sobre a nomeação dos gerentes e as


respetivas remunerações a atribuir a cada um dos gerentes
Passando de imediato ao ponto dois da ordem de trabalhos, sucedeu-se a nomeação da
gerência da empresa, a atribuição das respetivas remunerações e dos cargos a exercer
ao longo do período económico. Deliberou-se então que a gerência será constituída pelas
duas sócias da sociedade; a sócia Luísa Francisca Miranda de Carvalho, portadora do NIF:
264793633 e a sócia Cristina Sofia Lopes de Sousa, portadora do NIF: 240941551.
No que diz respeito às respetivas remunerações ficou decidido por unanimidade
que será atribuída uma remuneração mensal bruta de 2100€ (dois mil e cem euros) a
cada uma das sócios-gerentes.
Analisando ainda a capacidade de desempenho nos respetivos cargos, ficou
deliberado que a sócia Cristina Sofia Lopes de Sousa iria desempenhar o cargo de Diretora
Financeira e a sócia Luísa Francisca Miranda de Carvalho desempenhará o cargo de
Diretora Técnica.
Ponto Três - Deliberação de outros assuntos
Nada mais havendo a tratar e quando eram quinze horas e cinquenta e três
minutos, a presidente da Assembleia geral deu por encerrada a ordem de trabalhos,
sendo de seguida lavrada a presente ata que, depois de lida e aprovada, será assinada
pela presidente e pela secretária da Miranda & Sousa, Lda.
Aveiro, 2 de janeiro de 2021
Presidente da Assembleia Geral

Cristina Sousa
(Cristina Sofia Lopes de Sousa)
Secretária da Assembleia Geral

Luísa Carvalho
(Luísa Francisca Miranda de Carvalho)

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Bibliografia

• INÁCIO, HELENA COELHO (2014) Controlo interno. Enquadramento teórico e


aplicação prática. Lisboa: Escolar editora
• TEIXEIRA, SEBASTIÃO (2013) Gestão das organizações. Escolar editora
• “Criar e instalar uma empresa” in pt- aicep Portugal Global.
https://portugalglobal.pt/PT/InvestirPortugal/CriarEmpresa/Paginas/ConstituicaoAlte
racaoSociedade.aspx [fevereiro de 2023].
• Flávio Mouta Mendes Sociedades Comerciais. https://www.sociedadescomerciais.pt/
[fevereiro 2023].
• Ministério da Justiça justiça.gov.pt. https://justica.gov.pt/ [fevereiro de 2023].
• Site oficial do Eportugal Eportugal.gov.pt. https://eportugal.gov.pt/ [fevereiro de
2023].
• Página oficial da Segurança social https://www.seg-social.pt/inicio [fevereiro de
2023].
• Site oficial dos Fundos de compensação http://www.fundoscompensacao.pt/inicio
[fevereiro de 2023].
• “IES- Informação empresarial simplificada: o que é esta declaração” in pt-
doutorfinanças. https://www.doutorfinancas.pt/empresas/ies-informacao-
empresarial-simplificada-o-que-e-esta-declaracao/ [fevereiro 2023].
• “Declarações de retenções” in pt- ROSE Business Management. Declarações de
Retenções – PRIMAVERA Help Center (primaverabss.com) [fevereiro de 2023].
• “Certidão permanente: o que é e como aceder” in pt- EKONOMISTA. https://www.e-
konomista.pt/certidao-permanente/ [fevereiro de 2023].
• “Tudo o que precisa de saber sobre o ficheiro SAF-T em 2021” in pt- algardata.
https://www.algardata.com/blog/negocios/tudo-o-que-precisa-de-saber-sobre-o-
ficheiro-saf-t-em-2021/ [fevereiro de 2023].
• “TSU: tudo o que precisa saber sobre a Taxa Social Única” in pt- X invoicexpress.
https://invoicexpress.com/blog/tsu-o-que-e-taxa-social-unica [fevereiro de 2023].
• “5 Questões Frequentes sobre o Certificado de Admissibilidade” in pt- Vendus.
https://www.vendus.pt/blog/certificado-admissibilidade/ [fevereiro de 2023].
• Documentos legais relevantes

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