Relatório Gestão e Contas, Grupo UA, 2020pdf

Relatório
de Gestão
e Contas
Grupo
Universidade
de Aveiro
2020
Título
Relatório de Gestão e Contas –
Grupo Universidade de Aveiro, 2020
Autor
Reitoria da Universidade de Aveiro
Design e serviços de pré-impressão

Serviços de Comunicação, Imagem e Relações Públicas
Universidade de Aveiro
Edição
Junho 2021
Relatório
de Gestão
e Contas
Grupo
Universidade
de Aveiro
2020
Índice
Índice de figuras e gráficos.......................................................................................................................11
Siglas e acrónimos.....................................................................................................................................13
Nota do Reitor............................................................................................................................................17
Sumário executivo.....................................................................................................................................19
I. Atividades do Plano................................................................................................................................25
Uma UA mais humana, uma UA melhor.......................................................................................................25
Comunicação...............................................................................................................................................25
Operação SAMA2020..................................................................................................................................32
Comunidade de antigos alunos....................................................................................................................39
Participação e cidadania..............................................................................................................................39
Ação Social..................................................................................................................................................42
Uma UA que antecipa o futuro.....................................................................................................................59
Oferta formativa inovadora para todos os públicos.......................................................................................59
Atrair os melhores estudantes......................................................................................................................61
Promover o sucesso escolar e o desenvolvimento integral dos estudantes..................................................67
Relatório de Gestão e Contas Grupo Universidade de Aveiro, 2020
Cultura de investigação................................................................................................................................75
Carreiras.......................................................................................................................................................80
Investigação inter e transdisciplinar..............................................................................................................84
Ligação da investigação com o mundo........................................................................................................84
Ligar a investigação e o ensino aos objetivos
de desenvolvimento sustentável...................................................................................................................86
Contributo para o desenvolvimento regional.................................................................................................87
Empreendedorismo......................................................................................................................................94
Uma UA sustentável...................................................................................................................................105
A sustentabilidade como um desígnio de todos.........................................................................................105
Manutenção e reabilitação do património...................................................................................................106
Reforçar o financiamento...........................................................................................................................107
5
II. Entidades Coadjuvantes......................................................................................................................113
UNAVE.......................................................................................................................................................113
GRUPUNAVE.............................................................................................................................................116
Instituto do Ambiente e Desenvolvimento...................................................................................................117
Laboratório Industrial da Qualidade............................................................................................................120
Parque de Ciência e Inovação, S.A............................................................................................................123
Instituto de Telecomunicações...................................................................................................................128
III. Recursos Humanos.............................................................................................................................135
IV. Recursos Financeiros..........................................................................................................................141

Balanço......................................................................................................................................................141
Demonstração dos Resultados..................................................................................................................143
Indicadores económico-financeiros............................................................................................................146
Execução Orçamental..............................................................................................................................147
Anexo 1. Demonstração Consolidada do Desempenho Orçamental..........................................................153
Anexo 2. Demonstração Consolidada de Direitos e Obrigações por Natureza...........................................157
Anexo 3. Balanço.......................................................................................................................................161
Anexo 4. Demonstração dos Resultados por Naturezas............................................................................163
Anexo 5. Demonstração dos Fluxos de Caixa............................................................................................165
Anexo 6. Demonstração das Alterações no Património Líquido.................................................................167
Anexo 7. Anexo às Demonstrações Financeiras.........................................................................................168
Anexo 8. Certificação Legal de Contas do Fiscal Único..............................................................................205
Anexo 9. Relatório e Parecer do Fiscal Único.............................................................................................208
6
Índice de tabelas
Tabela 1. Taxa de crescimento dos utilizadores do Portal da UA em 2020..................................................26

Tabela 2. Taxa de rejeição em 2020............................................................................................................27
Tabela 3. Taxa de crescimento de seguidores nas redes sociais.................................................................27
Tabela 4. A UA na comunicação social.......................................................................................................28
Tabela 5. Número de participantes e de sessões – meet@UA.....................................................................29
Tabela 6. Competições Nacionais de Ciência 2020.....................................................................................30
Tabela 7. Visitas à UA..................................................................................................................................31
Tabela 8. Projetos financiados das diferentes IES........................................................................................32
Tabela 9. Projetos concluídos......................................................................................................................33
Tabela 10. Posicionamento da UA nos rankings no ano de 2020..................................................................34
Tabela 11. Exposições realizadas durante o ano 2020..................................................................................41
Tabela 12. Evolução do número de concorrentes e bolseiros........................................................................43
Tabela 13. Resumo do Fundo Social Ativo....................................................................................................44
Tabela 14. Evolução do número de refeições servidas pelos SAS (cantinas) 2019-2020...............................47
Tabela 15. Evolução da Receita 2019-2020..................................................................................................47
Tabela 16. Evolução do número de candidatos e alojados ao nível do alojamento universitário.....................48
Tabela 17. Apoio a estudantes internacionais concedido pela UA nos últimos cinco anos............................50
Tabela 18. Evolução do número de livros e de artigos comercializados em 2020..........................................52
Tabela 19. Resultados atingidos relativos aos indicadores do plano para o objetivo estratégico –
Uma UA mais humana, uma UA melhor.......................................................................................54

Tabela 20. Número de estudantes de nacionalidade estrangeira (inclui estudantes inscritos a curso,
em programas de mobilidade incoming, em estágios extracurriculares de pós-graduação
e em unidades curriculares isoladas)............................................................................................61
Tabela 21. Número de estudantes inscritos em cursos de formação inicial e respetiva
percentagem de estudantes de nacionalidade estrangeira...........................................................62
Tabela 22. Número de estudantes admitidos pela 1.ª vez em cursos de formação inicial..............................62
Tabela 23. Número de estudantes inscritos pela 1.ª vez em cursos de formação inicial
através do regime geral de acesso...............................................................................................63
Tabela 24. Número de estudantes inscritos pela 1.ª vez em cursos de formação inicial através
de concursos especiais (excluindo o concurso especial para estudantes internacionais).............63
Tabela 25. Número de estudantes inscritos pela 1.ª vez em cursos de formação inicial através
do concurso especial para estudantes internacionais..................................................................64
7
Tabela 26. Número de estudantes inscritos pela 1.ª vez em cursos de formação
inicial através de regimes especiais..............................................................................................64
Tabela 27. Número de estudantes inscritos em cursos de formação pós-graduada
e respetiva percentagem de estudantes de nacionalidade estrangeira.........................................65
Tabela 28. Número de estudantes inscritos em cursos de 2.º ciclo admitidos pelos concursos
de pós-graduação e respetiva percentagem de estudantes de nacionalidade estrangeira...........65
Tabela 29. Número de estudantes inscritos em cursos de 3.º ciclo e respetiva percentagem
de estudantes de nacionalidade estrangeira................................................................................65
Tabela 30. Número de estudantes inscritos em Cursos Técnicos Superiores Profissionais............................66
Tabela 31. Taxa de abandono da instituição, por habilitação. A taxa de abandono à instituição que se
apresenta foi calculada pela fórmula “Taxa de abandono ao curso para o ano letivo
n/n+1 = (n.º de anulações ao curso no ano letivo n/n+1 + desistência à instituição
no ano letivo n+1/n+2) / n.º de inscritos ao curso no ano letivo n/n+1”........................................70
Tabela 32. Número de diplomados...............................................................................................................70
Tabela 33. Número de projetos Erasmus + (Ações-chave 2 e 3)...................................................................72
Tabela 34. Número de estudantes em mobilidade de estudantes incoming e outgoing (1.º e 2.º ciclo).........73
Tabela 35: Resumo dos resultados da UA no Concurso para Projetos em Todos
os Domínios Científicos................................................................................................................77
Tabela 36. Projetos H2020 aprovados para financiamento e considerados nos financiamentos
ERCBoost e UA Coordena+.........................................................................................................78
Tabela 37. Número de trabalhadores que iniciaram nova situação contratual em 2020.................................81
Tabela 38. Resultados dos indicadores do plano para o objetivo estratégico –
Uma UA que antecipa o futuro.....................................................................................................96
Tabela 39. Resultados dos indicadores do plano para o objetivo estratégico – “Uma UA sustentável”........107
Tabela 40: Atividade de formação – comparativo entre o previsto (P) e o realizado (R)................................114
Tabela 41: Análise comparativa da evolução da execução da formação nos três últimos anos...................114
Tabela 42: Indicadores de formação referentes ao ano de 2020.................................................................115
Tabela 43: participadas da Grupunave........................................................................................................116
Tabela 44: Indicadores de produtividade em 2020......................................................................................131
Tabela 45: Número de teses acolhidas e desenvolvidas no IT em 2020......................................................131
Tabela 46. Valores das várias componentes do ativo para o ano de 2020, o seu peso relativo
e a variação face ao ano de 2019..............................................................................................142
8
Tabela 47. Valores das várias componentes do património líquido e do passivo para o ano de 2020,
o seu peso relativo e a variação face ao ano de 2019................................................................143
Tabela 48. Estrutura e evolução dos rendimentos por rubricas...................................................................144
Tabela 49. Estrutura e evolução dos gastos................................................................................................145
Tabela 50. Indicadores económico-financeiros............................................................................................146
Tabela 51. Síntese da receita......................................................................................................................148
Tabela 52. Síntese da despesa...................................................................................................................148
Tabela 53. Indicadores orçamentais............................................................................................................150
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Índice de figuras e gráficos
Figura 1. Solução técnica inerente ao novo Portal dos Indicadores da UA..................................................38
Gráfico 1. Taxas de aquisição de tráfego por canal ou fonte de aquisição, no ano de 2020.........................26
Gráfico 2. Número de consultas por especialidade (2019 e 2020)................................................................51
Gráfico 3. Número total de estudantes inscritos em cursos da UA (exclui mobilidade incoming)
e respetiva percentagem de estudantes de nacionalidade estrangeira.........................................61
Gráfico 4. Desempenho global dos estudantes por habilitação e ano curricular
(1.º ano/1.ª vez no curso; restantes anos curriculares) 2019/2020,
por taxa de aprovação aos ECTS de inscrição.............................................................................69
Gráfico 5. Desempenho global dos estudantes de 1.º ano e 1.ª vez no curso de licenciatura,
mestrado integrado e CTeSP em % de ECTS realizados.............................................................69
Gráfico 6. Evolução do número de Unidades Orgânicas de Ensino e de cursos participantes
no Programa de Tutoria da UA.....................................................................................................71
Gráfico 7. Evolução do número de tutorandos no Programa de Tutoria da UA.............................................71
Gráfico 8. Investimento total de projetos I&D em consórcio..........................................................................90
Gráfico 9. Investimento total de projetos TCT...............................................................................................90
Gráfico 10. N.º de novos contratos de prestação de serviços e cooperação com a Sociedade.....................91
Gráfico 11 Prestação de serviços e cooperação com a Sociedade...............................................................91
Gráfico 12. Evolução do número de Registos de Propriedade Industrial, por categoria,
entre 2016 e 2020.......................................................................................................................93

Gráfico 13. Evolução do número de novos Direitos de Propriedade Industrial, por categoria,
entre 2016 e 2020.......................................................................................................................93
Gráfico 14. Criação de startups e spinoffs......................................................................................................95
Gráfico 15. Trabalhadores segundo o tipo....................................................................................................135
Gráfico 16. Total de trabalhadores segundo o tipo de contrato....................................................................136
Gráfico 17. Docentes segundo a modalidade de vinculação........................................................................137
Gráfico 18. Pessoal Investigador segundo a modalidade de vinculação.......................................................137
Gráfico 18. Pessoal TAG segundo a modalidade de vinculação...................................................................137
Gráfico 20. Tipo de trabalhador segundo o género......................................................................................138
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Siglas e acrónimos
A3ES: Agência de Avaliação e Acreditação do Ensino CNU: Campeonatos Nacionais Universitários

Superior
ColLab: Collaborative Platform for Teaching Innovation
AAAUA: Associação dos Antigos Alunos da Universidade in Higher Education
de Aveiro
ContinUA: Centro para a Aprendizagem ao Longo da Vida
AAUAv: Associação Académica da Universidade de Aveiro da Universidade de Aveiro
ABC: Activity Based Costing CPLP: Comunidade dos Países de Língua Portuguesa
ACD: Atividades Culturais e Desportivas CRUP: Conselho de Reitores das Universidades Portuguesas
ACM: Alto Comissariado para as Migrações CSU: Centro de Saúde Universitário
ADR: Atividades Desportivas e de Recreação CTeSP: Curso Técnico Superior Profissional
AFUAv: Associação de Funcionários da Universidade DBI: Doctorate in Business Innovation

de Aveiro
DEGEIT: Departamento de Economia, Gestão, Engenharia
AIDA: Associação Industrial do Distrito de Aveiro
Industrial e Turismo
ANI: Agência Nacional de Inovação

DEM: Departamento de Engenharia Mecânica
APCER: Associação Portuguesa de Certificação

DEP: Departamento de Educação e Psicologia
CHBV: Centro Hospitalar do Baixo Vouga

DETI: Departamento de Eletrónica, Telecomunicações
e Informática
CAS: Conselho de Ação Social
DGO: Direção-Geral do Orçamento

CCDR: Centro: Comissão de Coordenação
e Desenvolvimento Regional do Centro
DLC: Departamento de Línguas e Culturas
CCDR Norte: Comissão de Coordenação e Desenvolvimento
Regional do Norte DQ: Departamento de Química
CCISP: Conselho Coordenador dos Institutos Superiores ECIU: European Consortium of Innovative Universities
Politécnicos
ECTS: European Credit Transfer System
CEEC: Concurso Estímulo ao Emprego Científico
EDUA: Escola Doutoral da Universidade de Aveiro
CET: Cursos de Especialização Tecnológica
EIDS: European Industrial Doctoral Schools
CIBE: Cadastro e Inventário dos Bens do Estado
EPR: Entidades Públicas Reclassificadas
CMA: Câmara Municipal de Aveiro
ERC: European Research Council
CNA: Concurso Nacional de Acesso
ESAN: Escola Superior de Design, Gestão e Tecnologias
CNC: Competições Nacionais de Ciência da Produção de Aveiro-Norte
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ESSUA: Escola Superior de Saúde da Universidade LEO: Lei de Enquadramento Orçamental
de Aveiro
MCTES: Ministério da Ciência, Tecnologia
ESTGA: Escola Superior de Tecnologia e Gestão de Águeda e Ensino Superior
EUA-CDE: Council for Doctoral Education da European MEP: Método de Equivalência Patrimonial
University Association
NAE-ESTGA: Núcleo Associativo de Estudantes da Escola
EUSA: European University Sports Association Superior de Tecnologia e Gestão de Águeda
FADU: Federação Portuguesa de Desporto Universitário NAU: Núcleo de Alojamento Universitário
FAMI: Fundo para o Asilo, a Migração e a Integração NBicla: Núcleo da Bicicleta da Associação Académica
da Universidade de Aveiro
FCCVA: Fábrica Centro Ciência Viva de Aveiro
NCP: Normas de Contabilidade Pública
FCT: Fundação para a Ciência e a Tecnologia
OE: Orçamento de Estado
FJJM: Fundação João Jacinto Magalhães
PALOP: Países Africanos de Língua Oficial Portuguesa
GAA: Gabinete do Antigo Aluno
PCI: Parque de Ciência e Inovação
GAI: Gabinete de Apoio à Investigação
PIIC@UA: Programa de Iniciação à Investigação Científica
GPPQ: Gabinete de Promoção do Programa Quadro da Universidade de Aveiro
GUE: Gabinete Universidade-Empresas POC – Educação: Plano Oficial de Contabilidade Pública

para o Sector da Educação
I&D: Investigação e Desenvolvimento
PREVPAP: Programa de Regularização Extraordinária dos
IES: Instituições de Ensino Superior Vínculos Precários na Administração Pública
IGCP: Instituto de Gestão de Crédito Público PT-UA: Programa Tutoria – Universidade de Aveiro
IMFAHE: International Mentoring Foundation PT-UAr: Programa de Tutoria Residências

for the Advancement of Higher Education
QUAR: Quadro de Avaliação e Responsabilização
IPSAS: International Public Sector Accounting Standards
RADUA: Regulamento de Avaliação do Pessoal Docente
IRC: Imposto sobre o Rendimento das Pessoas Coletivas da Universidade de Aveiro
ISCA-UA: Instituto Superior de Contabilidade RCU: Registo Central de Utilizadores

e Administração da Universidade de Aveiro
RJIES: Regime Jurídico das Instituições do Ensino Superior
IVA: Imposto sobre o Valor Acrescentado
RnED: Rede Nacional de Escolas Doutorais
LMEA@UA: Laboratório de Metodologias de Ensino
e Aprendizagem RSU: Resíduos Sólidos Urbanos
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RE: Regime da Tesouraria do Estado UATEC: Unidade de Transferência de Tecnologia
SAMA: Sistema de Apoio à Modernização Administrativa
UC: Unidade Curricular
SAS: Serviços de Ação Social da Universidade de Aveiro
UCP: Unidade Curricular Partilhada UI: Unidade
sBIDM: Serviços de Biblioteca, Informação Documental de Investigação
e Museologia
UNAVE: Associação para a Formação Profissional
sCIRP: Serviços de Comunicação, Imagem e Investigação da Universidade de Aveiro
e Relações Públicas
UO: Unidade Orgânica
SDG: Sustainable Development Goals
SFA: Serviços e Fundos Autónomos
sGA: Serviços de Gestão Académica
sGRF: Serviços de Gestão de Recursos Financeiros
sGRH: Serviços de Gestão de Recursos Humanos
sGT: Serviços de Gestão Técnica
SIGEF: Sistema Integrado de Gestão Financeira

SIGQ_UA: Sistema Interno de Garantia da Qualidade da

UA
SIGRH: Sistema Integrado de Gestão de Recursos Humanos

SGQ_PD: Subsistema para a Garantia da Qualidade

dos Programas Doutorais
SGQ_UC: Subsistema para a Garantia da Qualidade

das Unidades Curriculares
SNC-AP: Sistema de Normalização Contabilística

para as Administrações Públicas
sTIC: Serviços de Tecnologias de Informação e Comunicação
TAG: Pessoal técnico, administrativo e de gestão
UA: Universidade de Aveiro
15
Nota do Reitor
Na nota introdutória ao Relatório de Gestão e Contas de 2019 referi-me ao atraso inédito nos
reembolsos das despesas de investigação como um teste à nossa solidez e resiliência financeiras
e capacidade de lidar com o risco.
Estas dificuldades sentidas em 2019 parecem-me hoje quase insignificantes, quando comparadas
com os desafios de 2020. A pandemia não testou só a nossa resiliência financeira: teve impacto
em todos os sectores da atividade e chamou-nos a enfrentar o risco e o inesperado como nunca.
Este relatório dá conta do intenso esforço realizado ao longo de todo o ano e dos resultados
conseguidos. Dizer que conseguimos fechar o ano em equilíbrio financeiro seria dizer muito
pouco, face ao que aconteceu.
Em 2020, a Universidade de Aveiro teve de se reinventar – no ensino, na investigação e na
cooperação. Mas a adversidade revelou toda a força da comunidade académica, ao longo do que
foi seguramente o ano mais excecional da sua história.
Sentiu-se essa força dentro da Universidade, na sua capacidade de inovar e explorar novos
caminhos. Sentiu-se fora da Universidade, em ações de solidariedade e voluntariado. Notou-se
ainda no empenho, na entrega e na generosidade com que a comunidade académica respondeu às
condições inéditas com que foi confrontada. Relatório algum poderia fazer justiça a tudo isso; por
isso aqui o sublinho, agradecendo a todos os membros da comunidade académica os contributos
que nos permitiram ultrapassar os desafios de 2020. Bem-hajam.
A situação sanitária, infelizmente, não está ainda totalmente normalizada. Todos sabemos que
a pandemia começou em finais de 2019, mas não sabemos por quanto tempo mais sentiremos
os seus efeitos e consequências.

Mantenhamos a força, a ousadia e a vontade em ir mais longe; e não só ultrapassaremos as
crises que o futuro nos trouxer, como sairemos delas mais fortes e resilientes.
Com orgulho e plena confiança na Universidade de Aveiro,
Paulo Jorge Ferreira, Reitor
17
Sumário executivo
Apesar da natureza excecional do ano de 2020, as atividades apresentadas neste relatório estão
organizadas segundo os três grandes objetivos estratégicos do Plano Estratégico 2019-2022: “Uma
UA mais humana, uma UA melhor”; “Uma UA que antecipa o futuro”; e “Uma UA sustentável”.
Mantivemos todos os indicadores e objetivos, incluindo aqueles que foram obviamente
afetados pela pandemia. É evidente que o contexto pandémico alterou toda a dinâmica da
Universidade de Aveiro e teve impacto nos resultados e metas que tinham sido definidos para o
ano de 2020, uma parte importante dos objetivos foram alcançados.
No contexto do objetivo estratégico – Uma UA mais humana, uma UA melhor – a pande-
mia trouxe desafios adicionais à UA, nomeadamente no que diz respeito ao acompanhamento
da sua comunidade académica. Ações relacionadas com o voluntariado, o desporto e a cultura
foram fundamentais para ultrapassar os desafios e contribuir para uma UA mais humana, uma
UA melhor, focada no bem-estar da comunidade e da região que a acolhe. O voluntariado ultra-
passou as fronteiras dos campi, a atividade física foi incentivada através de meios digitais, e as
atividades culturais chegaram à comunidade em eventos a distância. Os Serviços de Ação Social
(SAS) reforçaram o apoio aos estudantes no que concerne à alimentação, ao alojamento e ao
apoio emocional, garantindo a atividade em contínuo e sem interrupções.
Salienta-se também o reforço e consolidação da comunicação externa e interna, que se refletiu
por exemplo no desenvolvimento do novo Portal da UA, que inclui agora as restantes subwebs,
na taxa de crescimento dos seus utilizadores, na taxa de crescimento da presença da UA nas
redes sociais e na comunicação social a nível nacional, e mesmo na organização e participação
de eventos destinados a promover a UA junto do seu público potencial. Neste caso, verificou-se
a deslocação de tais eventos do tradicional modelo presencial para modelos virtuais.
Continuou a trabalhar-se na afirmação da cultura de qualidade, promovendo a partilha
de valores e atitudes que lhe são inerentes. Neste âmbito, destaca-se a revisão do Manual da
Qualidade e o processo de reformulação de que foi objeto o Portal dos Indicadores, repositório
oficial dos principais indicadores institucionais e importante instrumento de apoio à gestão e
decisão dos órgãos da Universidade, bem como a evolução positiva nos rankings internacionais
em que a UA marca presença.
No que se refere ao objetivo estratégico – Uma UA que antecipa o futuro – e no âmbito
do ensino e aprendizagem, há que destacar a resiliência da comunidade académica perante a
situação de emergência com que foi confrontada e as lições que foi capaz de retirar ao longo do
período de exceção. A excecionalidade imposta não nos desviou, antes acrescentou, às iniciativas
que foram sendo desenvolvidas nesta área.
19
Ao nível da oferta formativa conferente de grau, concretizou-se a reestruturação dos atuais
mestrados integrados na área da engenharia, submetendo os processos de criação dos novos
ciclos de estudos, e manteve-se uma dinâmica acelerada de renovação da oferta formativa,
melhorando cursos em funcionamento e propondo novas ofertas. Concluiu-se a reestruturação
do continUA – Centro para a Aprendizagem ao Longo da Vida da Universidade de Aveiro, que se
espera vir a desempenhar, em articulação com os diferentes atores, um papel relevante na criação
de ofertas educativas não conferentes de grau mais flexíveis, inclusivamente pelo impulso que a
Universidade ECIU poderá representar.
Num cenário de incerteza, a UA foi capaz de continuar a aumentar o número de estudantes
inscritos em todos os níveis de ensino, apesar dos sinais de redução no número de estudantes
de nacionalidade estrangeira, redução explicável pelas importantes restrições à mobilidade que
vigoraram ao longo do ano.
A transição para o ensino remoto de emergência criou grandes desafios quanto à promoção
do sucesso escolar e desenvolvimento integral dos estudantes, mas a resposta estruturada e a
disponibilidade da comunidade, manifestada na grande procura de ações de formação, atenua-
ram os efeitos negativos no processo de ensino e aprendizagem, como evidenciam os dados sobre
o desempenho escolar dos estudantes. Os dados referentes ao abandono escolar apresentam,
contudo, alguns sinais de possível impacto da situação pandémica.
Em 2020, exploraram-se os projetos internacionais como impulsionadores do desenvolvi-
mento institucional. O exemplo maior, claro, é a construção conjunta do conceito de ensino e
aprendizagem da Universidade ECIU, um modelo inovador pensado para o futuro.
Estruturalmente, criou-se a Equipa de Apoio à Inovação Curricular e Pedagógica, que, em
articulação com o Núcleo de Ensino e Aprendizagem do Gabinete do Reitor, assume a missão de
apoiar a conceptualização e implementação de ações de desenvolvimento pedagógico, originando
inúmeras oportunidades de formação, atualização e discussão.
Fruto do intenso trabalho em torno da melhoria no processo de ensino e aprendizagem,
salienta-se ainda a evolução positiva de alguns indicadores no âmbito do SGQ, tais como as
médias dos valores das respostas às questões sobre o funcionamento global da unidade curricular
e avaliação global do desempenho do docente e o número de unidades curriculares em “Situação
Relevante – Boas Práticas”. Isto seria sempre de sublinhar, mas é particularmente notável no
contexto em que ocorreu.
Não obstante as dificuldades que afetaram as atividades de investigação, foi possível levar a
cabo um conjunto de iniciativas relevantes para toda a comunidade, das quais se destaca, desde
logo, o estabelecimento do Prémio Investigador Universidade de Aveiro, cuja primeira edição
decorreu em 2020. Esta iniciativa revela-se de grande importância para consolidar a cultura de
investigação na UA e reconhecer o mérito dos investigadores cujo trabalho se tenha destacado,
a nível nacional e/ou internacional.
Ao longo de 2020 muitos foram os resultados de grande impacto para a UA, para a comuni-
dade científica e para a sua afirmação no Espaço Europeu de Investigação. Destaque-se a este
nível a aprovação de uma ERC Advanced Grant, uma ERC Starting Grant e duas ERC Proof of
Concept. Igualmente de salientar são a aprovação de uma ERAChair, um projeto TWINNING e
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um projeto NMBP, coordenados pela UA. Todos estes financiamentos resultam de instrumentos
do H2020 altamente competitivos que prestigiam a instituição e a sua comunidade.
No cômputo do financiamento H2020, sublinha-se ainda a aprovação do projeto “SMART-ER:
the ECIU University Research Institute for SMART European Regions”, resultante da dinâmica
da Universidade ECIU. O projeto SMART-ER permitirá às várias instituições abordar desafios
globais de forma conjunta, em particular aqueles que se inserem no âmbito do Objetivo de
Desenvolvimento Sustável 11, através da criação de um instituto virtual que integrará investiga-
dores das 12 instituições participantes e fomentará a mobilidade de estudantes e investigadores
com vista à resolução de desafios, promoção de novos acordos de cotutela, novas parcerias e novos
projetos em colaboração, entre outros.
Com o objetivo de alavancar todo o potencial instalado, em setembro de 2020, deu-se início
ao projeto “UA-ENGAGING – Ferramenta digital de gestão integrada de informação para as
áreas de investigação, cooperação e organização de eventos”. Esta ferramenta, transversal a várias
áreas de atuação e a todo o ciclo de vida dos projetos/financiamentos da UA, irá contribuir para
um uso mais eficiente e eficaz de recursos, para a atração e retenção de financiamento e para
uma visibilidade acrescida e fortalecimento do posicionamento da UA enquanto universidade
inovadora, geradora e utilizadora de conhecimento, com a capacidade de atrair aos seus campi
investigadores, empresas e demais stakeholders.
Com impacto direto na comunidade científica da UA, destaque-se ainda a conclusão do
processo de revisão do regulamento de avaliação de desempenho de docentes e a implementa-
ção de diversos mecanismos de estabilização e de suporte ao desenvolvimento de carreiras de
docentes e investigadores, cada vez mais pertinentes uma vez que em 2020 iniciaram funções 56
investigadores e 110 docentes, dos quais 52 são professores adjuntos ou auxiliares.
Reforçou-se a atividade da UACOOPERA, no que respeita à cooperação com a sociedade.
Foram criadas Áreas de Cooperação (AC), com o objetivo de facilitar a organização e divulgação
dos resultados de I&D. Alargou-se a equipa de forma a promover iniciativas de cooperação e a
dar a conhecer as competências diferenciadoras da UA e a sua aplicação em diferentes domínios
de atividade económica, na resposta a desafios e problemas das empresas, autarquias e outras
entidades externas. Para tal, reuniu-se um grupo de trabalho alargado constituído por investiga-
dores da UA com conhecimento da investigação e cooperação nos diferentes domínios científicos
que contribuem para cada AC, de forma a implementar uma estratégia de médio-prazo para a
afirmação das competências da UA junto dos interlocutores externos, promovendo a inovação
como base para o desenvolvimento económico.
No que respeita ao objetivo estratégico – Uma UA Sustentável – o trabalho repartiu-se por
um conjunto de tópicos, que inclui a energia, água, papel, plástico, resíduos, mobilidade, eventos,
alimentação e os próprios campi.
Foi possível concluir o Plano Paisagístico da UA, que estrutura e amplia os espaços verdes dos
Campi, contribuindo para a estratégia de combate às alterações climáticas e para a redução de
emissões de CO2. O projeto UAUBike disponibilizou à comunidade 239 bicicletas com o objetivo
de fornecer alternativas à deslocação com recurso a veículos motorizados. Na ESTGA, demoliram-
-se os muros para abrir a escola à cidade e requalificou-se o jardim interior.
21
Apesar do aumento do número de pessoas pertencentes à comunidade académica e, em
particular, ligadas à atividade de investigação, a menor presença física nas instalações da UA em
virtude da COVID-19 contribuiu para a redução do consumo de energia elétrica e água e para
a redução de produção de resíduos sólidos urbanos. Para estas reduções também contribuíram
iniciativas como a substituição parcial de lâmpadas fluorescentes por LED, instalação de equi-
pamentos redutores do consumo de água ou utilização das águas pluviais para rega.
Ao nível da manutenção e reabilitação do património, considerando as condicionantes do
contexto pandémico, houve um esforço na intervenção de espaços de forma a melhorar as suas
condições de segurança face à pandemia, o conforto acústico e térmico, e garantir uma melhor
qualidade do ar.
Alguns espaços tiveram de ser reconfigurados devido à pandemia. Foram criadas salas, como
por exemplo na ESAN, e adaptadas salas existentes, como os auditórios do DCSPT e DETI. Foi
lançado o concurso para a construção de um novo edifício dedicado à investigação, assim como
o concurso de reabilitação do ISCA-UA e Casa do Estudante. Devido a atrasos causados pelo
contexto pandémico e em sede de contratação pública, acabaram por ter início por uma ordem
diferente da prevista.
Registou-se um crescimento das receitas provenientes de contratação externa, relacionado
com o aumento da receita de projetos de investigação e do financiamento da FCT à contratação
de doutorados, mas também uma redução do volume de receitas provenientes da prestação de
serviços, como resultado das fortes restrições da atividade decorrente da pandemia de COVID-19.
O resultado foi um aumento total da receita de 6,31%, tendo a receita própria crescido 7,43% e a
receita do Orçamento do Estado 4,90%, este último aumento sobretudo devido à compensação
da redução do valor das propinas.
22
I.
Atividades
do Plano
Uma UA mais
humana, uma
UA melhor
I. Atividades do Plano
Uma UA mais humana, uma UA melhor
Comunicação
A área da Comunicação é de extrema importância para a UA e para qualquer organização.

Contribui para que exista um sentimento e uma cultura de comunidade e promove a coesão insti-
tucional. A comunicação para o exterior permite estabelecer laços com a sociedade, divulgando
o que se faz de melhor na UA e criando sinergias que a todos beneficiam.
Em 2020, a UA marcou presença na comunicação social a nível nacional e alargou horizon-
tes comunicacionais a nível internacional. Esteve bem presente nas principais redes sociais,
consolidando a presença nalgumas e crescendo noutras, chegando aos seus próprios docentes e
investigadores, aos estudantes (os atuais e prospetivos) e ao público em geral.
Dar-se-á aqui conta do trabalho desenvolvido ao longo de 2020, fazendo-se referência às prin-
cipais atividades na área da Comunicação que visam a promoção da instituição e da sua imagem
junto dos seus vários públicos.
Portal da UA
O Portal da UA é um dos principais canais de comunicação da instituição. Anualmente cerca

de 3 milhões de visitantes procuram informação sobre a oferta formativa, sobre as pessoas que
fazem parte da comunidade, sobre o que acontece na UA e o que de melhor se faz na academia
no ensino, na investigação e na cooperação com a sociedade.

Em 2019, a UA lançava o novo Portal, que adotou soluções modernas e compatíveis com o
que são os requisitos atuais dos públicos da UA. A versão original, lançada em maio de 2019,
cobria apenas o domínio de topo. As cerca de 150 restantes subwebs (unidades orgânicas, servi-
ços, páginas de orgânica, entre outras) foram lançadas a 8 de julho de 2020. A UA ficou assim
servida por um Portal que possibilita uma experiência de navegação mais simples, intuitiva e
orientada para as pessoas.
A tabela 1 apresenta a taxa de crescimento dos utilizadores do Portal da UA, relativamente ao
ano de 2019. Os valores apresentados referem-se a uma comparação entre os valores de utiliza-
dores do Portal considerando-se:
· apenas o domínio de topo, com um crescimento de 2%;
· as subwebs lançadas em julho de 2020, com um crescimento de 40%.
25
Tabela 1. Taxa de crescimento dos utilizadores do Portal da UA em 2020
Utilizadores do Portal em 2020 Taxa crescimento

(apenas referente ao domínio de topo) (em comparação com 2019)
674.442 2%
Utilizadores do Portal em 2020

(considerando as subwebs migradas)
1.092.484 40%
O gráfico 1 apresenta a taxa de aquisição de tráfego (utilizadores e novos utilizadores) no

Portal da UA por cada canal ou fonte de aquisição, em 2020. A migração das subwebs para o
novo Portal ocorreu em julho e os dados apresentados refletem essa situação. Consideraram-se,
para este efeito, os seguintes canais:
· Orgânico: pesquisa orgânica (as pessoas que chegam ao Portal através de pesquisas
espontâneas em motores de busca);
· Social: tráfego gerado através de publicações ou de anúncios em redes sociais;
· Email: tráfego gerado através do email e/ou newsletters;
· Direto: tráfego gerado por pessoas que digitam o URL diretamente no browser;
· Referral: tráfego gerado a partir de links noutros sites que direcionam para o nosso.
42,00% Direto
40,92% Orgânico
13,77% Social
2,96% Referral
0,01% Email
0,34% Outros
Gráfico 1. Taxas de aquisição de tráfego por canal ou fonte de aquisição, no ano de 2020
Relativamente ao Portal da UA, importa ainda referir a análise feita à taxa de rejeição (tabela 2),
que se refere à percentagem de utilizadores que acedem ao Portal e não permanecem, saindo
pouco tempo depois de acederem. Em 2020, a taxa de rejeição foi a menor dos últimos 3 anos,
situando-se em 49,97%, o que evidencia que o novo Portal está a conseguir ser mais apelativo
para os utilizadores que o procuram.
26
Tabela 2. Taxa de rejeição em 2020
2018 2019 2020
Taxa de rejeição 52,04% 62,11% 49,97%
Presença da UA nas redes sociais
Em 2020 continuou a dar-se uma atenção especial à presença da UA nas redes sociais. O trabalho
realizado centrou-se na consolidação da presença nas redes em que a UA era mais ativa (Facebook
e Instagram) e no incremento da presença e do envolvimento de seguidores nas redes em que a
UA se encontrava menos presente e ativa, como era o caso do Twitter, do LinkedIn e do YouTube.
Na tabela 3 evidencia-se a taxa de crescimento, relativamente ao ano transato, em cada uma
destas redes, verificando-se a maior taxa de crescimento no YouTube, rede em que a presença da
UA era muito pouco significativa.
Aqui há a salientar que em junho de 2020 atingimos a marca histórica de 100.000 seguidores
no Facebook da UA (e não obstante este grande número, conseguimos ter uma percentagem de
crescimento anual, nesta rede social, superior a 15%).
Tabela 3. Taxa de crescimento de seguidores nas redes sociais
Número de seguidores Taxa de crescimento

Redes Sociais a 31/12/2020 em relação a 2019
Facebook 105.613 15,9%
Instagram 27.429 26,7%

Twitter 13.634 12,9%
LinkedIn 71.474 10,8%
YouTube 3.020 55,3%
A UA na comunicação social
Relativamente à presença da UA nos diferentes meios de comunicação social, o esforço realizado

para incrementar as referências à instituição em programas de televisão e rádio de implantação
nacional deu resultados em 2020. Como mostra a Tabela 4, a taxa de crescimento nestes progra-
mas foi de 43,86% e 35,56%, respetivamente. Nesta tabela dá-se conta da presença da UA nos
27
vários meios de comunicação com impacto nacional e regional e da variação registada de 2019
para 2020.
O contexto pandémico condicionou a atividade das instituições e naturalmente a atividade da
UA viu-se também ela condicionada, diminuindo as atividades presenciais, o que veio a afetar
sobretudo a área do ensino e da investigação.
Estando as principais notícias que se referem à UA diretamente e sobretudo relacionadas com
os resultados da investigação realizada na instituição, o contexto pandémico e confinamento
verificado a partir de março de 2020 veio a ter o reflexo negativo que a tabela 4 evidencia relati-
vamente à produção de notícias em vários órgãos de comunicação social.
Tabela 4. A UA na comunicação social
Órgão de Ano Taxa de crescimento

Comunicação Social 2020 em relação a 2019
Internet 5.169 -7,70%
Jornais nacionais 388 -24,51%
Jornais regionais 1.789 –
Revistas de consumidores 130 -21,21%
Revistas de negócios 82 -26,79%
Programas de TV nacionais 164 43,86%
Programas de rádio nacionais 122 35,56%
Programas de TV regionais 51 –
Total 7.895 19,71%
Jornal online e revista Linhas
O Jornal Online é um importante meio de difusão interna e externa de informação sobre o que
de melhor se faz na UA nas várias vertentes da sua missão. Nele se vai dando conta da inves-
tigação realizada na UA, do que se faz em matéria de ensino e formação, e dos muitos eventos
promovidos pela instituição.
Em 2020 foram publicados 2989 novos conteúdos no Jornal Online da UA. A revista Linhas
contou com duas publicações em 2020, nos meses de julho e dezembro. Trata-se de duas edições
disponíveis em versão digital, que não foram impressas e distribuídas nos momentos em que
habitualmente tal acontece (Dia da UA e Aniversário), devido às circunstâncias especiais vividas
em 2020.
28
meet@UA
Em 2020 não se realizou a segunda edição do XPERIMENTA, por ser impossível a realização de
eventos presenciais de grandes dimensões. Como tal, a UA realizou um evento online que desig-
nou de meet@UA e que decorreu de 22 a 26 de junho. Esta iniciativa de captação de estudantes,
dedicada aos alunos do Ensino Secundário, assentou na realização de sessões Zoom com os
diretores de curso de todas as licenciaturas e mestrados integrados da UA. O evento contemplou
a realização total de 54 sessões que contaram com a participação de 413 alunos.
A tabela 5 mostra o número de participantes e sessões envolvidas no evento meet@UA.
Tabela 5. Número de participantes e de sessões – meet@UA
N.º de inscritos por ano escolar
11.º ano 71
12.º ano 342
Total 413
N.º de Sessões (via zoom) 54
Competições nacionais de ciência 2020
Face à situação de pandemia, as Competições Nacionais de Ciência 2020 na UA tiveram de ser

suspensas. O PmatE/UA decidiu, assim, promover um novo formato: as CNC – Competições
Nacionais de Ciência em Casa.
As CNC em Casa decorreram no dia 22 de junho com participação individual. Qualquer

estudante que assim o pretendeu teve a possibilidade de participar nas CNC em Casa tendo-se
inscrito para tal na Plataforma de Ensino Assistido do PmatE.
As CNC em Casa englobaram um conjunto de 12 competições online, que possibilitaram
a realização de provas, em rede, nas áreas de matemática, biologia, física, português, inglês,
geociências, química e literacia financeira. Estas competições destinaram-se a alunos do 3.º ao
12.º ano.
As CNC em Rede decorreram em simultâneo para todas as escolas do país inscritas e para
todos os ciclos de ensino. O PmatE/UA criou e disponibilizou as competições e prestou um serviço
de helpdesk e backoffice à preparação e implementação da atividade. Foi também da respon-
sabilidade do PmatE/UA a extração dos resultados. Em 2020, as CNC em Rede decorreram a
4 de março.
A tabela 6 apresenta o número de escolas e de alunos que participaram na iniciativa.
29
Tabela 6. Competições Nacionais de Ciência 2020
Competições Nacionais N.º de alunos N.º de escolas

de Ciência
CNC em Casa 763 47
CNC em Rede 8.160 79
Testes diagnóstico 372
Iniciativas de captação de estudantes
Para efeitos de captação de estudantes, e face às condicionantes a muitas das iniciativas previstas,
a UA optou por um reforço na divulgação dos seus cursos através da publicidade em órgãos de
comunicação social de referência e publicidade nas redes sociais.
Foi possível realizar algumas iniciativas de captação de estudantes presenciais (até março de
2020) tendo as restantes iniciativas decorrido de forma virtual.
No âmbito do Programa UA nas Escolas, projeto de promoção presencial da oferta formativa
desenvolvido pelos Serviços de Comunicação, Imagem e Relações Públicas (sCIRP) em escolas
secundárias e feiras de ensino de todo o país, a UA esteve presente em 44 escolas da zona norte
e centro no período entre janeiro e 6 de março de 2020.
Com o cancelamento das habituais feiras nacionais em que a UA participava com stand
próprio, a Qualifica e a Futurália, a UA optou por participar na feira virtual promovida pela
Inspiring Future, que decorreu a partir de 20 de abril até finais de junho.
Apresenta-se abaixo alguns dados relativos à participação da UA na feira virtual da Inspiring
Future durante os 3 meses de duração da iniciativa.
Mês 1 (semanas 1 a 4 – de 20-04 até 17-05)

· 597 alunos visitaram o stand da UA; média 289 – 9.º lugar
· 556 downloads de brochuras; média 175,5 – 5.º lugar
· 208 vídeos visualizados; média 62,2 – 6.º lugar
· 229 conversas feitas com alunos; média 78,2 – 6.º lugar
· 64 pedidos para mais informações e futuro contacto; média 19,9 – 5.º lugar
Mês 2 (semanas 5 a 8 – de 18-05 até 14-06)

· 319 alunos visitaram o stand da UA; média 169,6 – 14.º lugar
· 112 vídeos visualizados; média 41,7 – 9.º lugar
· 36 pedidos para mais informações e futuro contacto; média 12 – 8.º lugar
30
Mês 3 (semanas 9 e 10 – de 15-06 até 26-06)
· 125 alunos visitaram o stand da UA; média 41,6 – 3.º lugar
· 68 vídeos visualizados; média 12 – 3.º lugar
· 14 pedidos para mais informações e futuro contacto; média 2,8 – 5.º lugar
Visitas à UA
As habituais visitas feitas por alunos dos ensinos básico e secundário à UA, para conhecimento
das instalações, laboratórios e cursos, foram também condicionadas em 2020 devido à pandemia,
tendo-se registado um número muito inferior de visitas e visitantes comparativamente a anos
passados, como mostra a tabela 7.
Tabela 7. Visitas à UA
N.º de visitas
Visitas realizadas 22
Visitantes recebidos 947
Qualidade
A qualidade é um elemento chave que a UA pretende assegurar de forma transversal em todas

as vertentes da sua missão. Prende-se com as pessoas e com a forma como as pessoas interagem
entre si e com os processos.

A UA assume o compromisso de consolidar e fortalecer uma cultura interna de qualidade,
favorecer o desenvolvimento de atitudes e competências profissionais, bem como estimular a
criatividade e a inovação no seio da instituição. No âmbito da estratégia institucional para a
qualidade deu-se em 2020 seguimento a uma política de melhoria contínua, repensando, ajus-
tando e inovando os sistemas de informação que dão suporte, entre outros, ao Sistema Interno
de Garantia da Qualidade, já certificado pela Agência de Avaliação e Acreditação do Ensino
Superior (A3ES).
No ano de 2020, deu-se continuidade ao trabalho de promoção e partilha de valores e atitudes
inerentes à qualidade. Tal foi realizado, de forma continuada, em múltiplas ações e em vários
níveis (central, UO, UI e serviços da UA).
31
Operação SAMA2020
Projetos AMA
A Agência para a Modernização Administrativa, I. P. (AMA) é um instituto público de regime

especial, dotado de autonomia administrativa e financeira e património próprio. A AMA pros-
segue as atribuições do Ministério da Modernização do Estado e da Administração Pública nas
áreas da modernização e simplificação administrativa e da administração eletrónica, sob supe-
rintendência e tutela da Secretária de Estado da Inovação e da Modernização Administrativa.
Na sequência das candidaturas apresentadas ao Programa Operacional Temático
Competitividade e Internacionalização no âmbito do Objetivo Temático 2 (OT2): Melhorar o
acesso às tecnologias da informação e da comunicação, bem como a sua utilização e qualidade,
a UA obteve 19 projetos aprovados com um investimento elegível aprovado de €12.421.961,84,
sendo, até ao momento e a nível nacional, a Instituição de Ensino Superior (IES) com mais
projetos financiados, como mostram as tabelas 8 e 9:
Tabela 8. Projetos financiados das diferentes IES
Média de Média de
Média Duração Elegível Incentivo
Beneficiário N.º Proj. Elegível Incentivo
(meses) Total Aprovado Total Aprovado Total Aprovado Total Aprovado
Universidade de Aveiro 19 32,07 12.421.961,84 10.558.667,58 653.787,47 555.719,35
Universidade do Porto 16 29,95 9.817.760,29 8.345.096,24 613.610,02 521.568,52
Universidade de Trás os
10 25,78 4.208.584,67 3.577.296,96 420.858,47 357.729,70
Montes e Alto douro
Universidade da Beira
9 26,09 1.816.070,82 1.543.660,21 201.785,65 171.517,80
Interior
Universidade Nova
7 21,66 4.659.680,32 2.653.687,94 665.668,62 379.098,28
de Lisboa
Universidade de Évora 7 25,20 3.369.599,77 2.864.159,80 481.371,40 409.165,69
Instituto Politécnico
5 21,88 2.356.756,59 2.003.243,09 471.351,32 400.648,62
do Porto
Direção-Geral do Ensino
5 31,15 1.192.613,42 679.193,33 238.522,68 135.838,67
Superior
Universidade Aberta 4 22,73 1.036.961,86 590.549,78 259.240,47 147.637,45
Serviços de Ação Social

4 36,39 4.569.902,20 3.884.416,87 1.142.475,55 971.104,22
da Universidade do Minho
Universidade de Coimbra 4 27,73 4.246.900,97 3.609.865,83 1.061.725,24 902.466,46
4 23,75 2.122.459,63 1.804.090,69 530.614,91 451.022,67
de Bragança
Universidade do Minho 4 26,99 1.472.013,28 1.251.211,29 368.003,32 312.802,82
Universidade de Lisboa
3 27,33 4.249.512,05 2.420.097,11 1.416.504,02 806.699,04
(Ul)
Instituto Politécncio
3 21,84 1.306.507,26 110.531,18 435.502,42 370.177,06
de Viana do Castelo
Escola Superior de
3 27,18 812.145,53 690.323,70 270.715,18 230.107,90
Enfermagem de Coimbra
3 23,98 2.253.047,91 1.915.090,72 751.015,97 638.363,57.
de Viseu
32
Projetos concluídos em 2020
Tabela 9. Projetos concluídos
Elegível
Identificação Tipologia Conclusão % execução
aprovado
MaisTIC@UA.: Mais TIC na Universidade de Aveiro Individual 2020 €250.986,80 92,98%
GOVTIC@UA.: Governação TIC na Universidade de Aveiro Individual 2020 €170.646,44 99,89%
IES em Rede.: Interoperabilidade entre Instituições Consórcio UA/UC/

2020 €2.670.806,69 93,71%
de Ensino Superior UP/UTAD/IPP
TICmaisEficiente@UA.: As TIC mais eficientes

Individual 2020 €614.596,40 100%
na Universidade de Aveiro
Morada+.: Alteração da morada uma só vez @UA Individual 2020 €71.619,96 96,88%
SCAP@UA.: Sistema de Certificação de Atributos

Profissionais na Universidade de Aveiro Individual 2020 74.413,58 87,60%
GRIM@UA.: Aplicação Móvel para gestão de inventário

Individual 2020 61.519,83€ 100%
e requisições de material
Rankings internacionais
Os rankings são um dos instrumentos de análise de desempenho internacional das IES e

refletem indicadores com os quais as IES são catalogadas e associadas, principalmente a nível
internacional.
A UA esteve presente em 22 rankings, tendo-se destacado na 1.ª edição do StuDocu World
University Ranking, cuja análise reflete o ponto de vista dos estudantes sobre as diversas condi-
ções oferecidas pelas IES.
A tabela 10 exibe o posicionamento da UA nos rankings no ano de 2020.
33
Tabela 10. Posicionamento da UA nos rankings no ano de 2020
Posição
Rankings Internacionais (1) Edição N.º IES (Portugal) Mundo (Portugal)
Rankings Globais
QS World University Ranking 2021 7 #581-590 (#5)
10 de 48 “subjects”
3-Art & Design #105-150 (#2) – Art&Design
6 – Chemistry #301-350 (#5) – Chemistry
6 – Eng.º Chemical #201-250 (=#4) – Eng.º Chemical
5 – Eng.º Electrical & Electronic #301-350 (=#4) – Eng.º Electrical
6 – Eng.º Mechanical, Aeronautical & Electronic
QS World University Rankings
2020 & Manufacturing #301-350 (#6) – Eng.º Mechanical,
by Subject
6 – Materials Sience Aeronautical & Manufacturing
6 – Biological Sciences #201-250 (#2) – Materials Sience
5 – Enviormental Sciences #501-550 (#6) – Biological Siences
6 – Physics&Astronomy #301-350 (#4) – Enviormental Sciences
5 – Mathematics #501-550 (=#5) – Physics&Astronomy
#401-450 (#5) – Mathematics
THE – Times Higher Education World
2021 #601-800 (=#5)
University Rankings
4 de 11 subjects
#401-500 (=#3) – Engineering &
THE – Times Higher Education World Technology
2021 12
University Rankings by Subject #501-600 (=#1) – Physical Sciences
#401-500 (#4) – Life Sciences
#401-500 (=#5) – Social Sciences
THE – Times Higher Education Young
2020 8 #151-200 (=#2)
University Rankings
CWUR – Center for World University
2020-21 15 #591 (#6)
Ranking
Best Global Universities Rankings
2020-21 14 #547 (#6)
US News
11 de 38 subjects
5 – Agricultural Sciences #210 (#5) – Agricultural Sciences
4 – Chemical Engineering #125 (#3) – Chemical Engineering
6 – Chemistry #211 (#2) – Chemistry
6 – Computer Science #470 (#5) – Computer Science
4 – Electrical and Electronic Engineering #265 (#3) – Electrical and Electronic
Best Global Universities Rankings US
2021 8 – Engineering Engineering
News – subjects
7 – Environment/Ecology #243 (#3) – Engineering
5 – Materials Science #151 (#3) – Environment/Ecology
2 – Mathematics #239 (#1) – Materials Science
6 – Physics #185 (#2) – Mathematics
5 – Plant and Animal Science #517 (#6) – Physics
#326 (#5) – Plant and Animal Science
RUR WUR – Round University Ranking 2020 7 #341 (#3)
7 – Humanities #289 (#6) – Humanities

6 – Life Sciences #266 (#3) – Life Sciences
RUR Subject – Round University 6 – Medical Sciences #313 (#3) – Medical Sciences
2020
Ranking 6 – Natural Sciences #302 (#6) – Natural Sciences
7 – Social Sciences #244 (#2) – Social Sciences
7 – Technical Sciences #111 (#1) – Technical Sciences
ARWU – Academic Ranking World
2020 6 #501-600 (#4-5)
Universities (ShanghaiRanking’s )
34
Cont.
Posição
21 de 54 subjects
#301-200 (#2) – Mathematics
=#301-400 (=#2) – Chemistry
#401-500 (#3) – Earth Sciences
#301-400 (#4) – Ecology
#101-150 (=#2)- Oceanography
#201-300 (#2) – Atmospheric Science
=#301-400 (=#3) – Mechanical
Engineering
=#201-300 (=#2) – Electrical&Eletronic
Engineering
#151-200 (#1) – Telecommunication
Engineering
=#201-300 (=#3) – Instruments
Science&Technology
ARWU – Academic Ranking World
#201-300 (#6) – Civil Engineering
Universities (ShanghaiRanking’s ) 2020 14
#201-300 (=#2) – Chemical Engineering
by subjects
#201-300 (#1) – Materials Science &
Engineering
#301-400 (#1-2) – Nanoscience &
Nanotechnology
#401-500 (#5) – Biological Sciences
#151-200 (#1) – Enviornmental
Science&Engineering
#301-400 (=#3) – Agriculture Sciences
#201-300 (=#3) –
Pharmacy&Pharmaceutical Sciences
#201-300 (=#3) – Hospitality&Tourism
Managment
#301-400 (=#3-4) – Energy Science &
Engineering
#401-500 (#4) – Biotechnology
Rankings Produção Científica

CWTS Leiden Ranking –
2020 6 #436 (#4)
Fracctional Counting (FC)
Portugal
76 – all sciences
#2 all sciences
29 – chemistry
#2 chemistry
23 – earth&enviornmental sciences
Nature Index – Annual Tables 2020 #2 earth&enviornmental sciences
23 – life sciences
#9 life sciences
34 – pysical sciences
#2 pysical sciences
30 – journal nature science
#6 journal nature science
URAP – University Ranking

by Academic Performance – 2020-21 21 #410 (#4)
World Ranking
35
Cont.
Posição
26 de 61 Fields
#229 (#3) – Agriculture
#367 (#5)- Biological Sciences
6 – Agriculture
#182 (#3)- Chemical Engineering
10 – Biological Sciences
#212 (#3)- Chemical Sciences
6 – Chemical Engineering
#182 (#5)- Civil Engineering
6 – Chemical Sciences
#471 (#7)- Commerce, Management,
6 – Civil Engineering
Tourism and Services
7 – Commerce, Management, Tourism
#319 (#2)- Earth Sciences
and Services
#305 (#4)- Electrical & Electronics
6 – Earth Sciences
Engineering
6 – Electrical & Electronics Engineering
#208 (#4)- Engineering
10 – Engineering
#72 (#2)- Environmental Engineering
5 – Environmental Engineering
#90 (#3)- Environmental Sciences
7 – Environmental Sciences
#250 (#5)- Food Engineering
5 – Food Engineering
URAP – University Ranking by #381 (#4)- Geology
2019-20 6 – Geology
Academic Performance – Fields #356 (#4)- Information & Computing
4 – Marine Sciences & Technology
Sciences
6 – Materials Engineering
#65 (#3) – Marine Sciences & Technology
6 – Mathematical Sciences
#184 (#1)- Materials Engineering
6 – Mechanical Engineering
#334 (#3)- Mathematical Sciences
6 – Medical and Health Sciences
#221 (#3)- Mechanical Engineering
6 – Molecular Biology & Genetics
#832 (#6)- Medical and Health Sciences
5 – Nanoscience & Nanomaterials
#500 (#6)- Molecular Biology & Genetics
5 – Pharmacology
#326 (#1)- Nanoscience & Nanomaterials
6 – Physical Sciences
#224 (#4)- Pharmacology
4 – Sustainable & Renewable Energy
#357 (#3)- Physical Sciences
6 – Technology
#42 (#2)- Sustainable & Renewable
4 – Veterinary Sciences
Energy
3 – Zoology
#300 (#3)- Technology
#116 (#4)- Veterinary Sciences
#182 (#3)- Zoology
Rankings Multidimensional
classificação A (very good)
U-Multirank 2020 27
em 7 de 36 indicadores
Rankings Temáticos
UI GreenMetric World University
2020 4 #190 (#3)
Ranking
THE – Times Higher Education
2020 10 #=101-200 (=#2)
Impact Rankings
Rankings Satisfação do Estudante
StuDocu World University Ranking 2020 17 #17|Europa (#1)
Revisão do Manual da Qualidade
Em 2020, o Manual da Qualidade (MQ) foi revisto pelo Fórum para a Qualidade, estando a nova
versão disponível no Portal da UA, em https://www.ua.pt/pt/sigq/page/22105.
No processo de revisão deste documento participaram os membros do Fórum para a
Qualidade, estrutura de apoio ao Sistema Interno de Garantia da Qualidade da UA (SIGQ_UA),
e que pode propor, aos órgãos competentes, as revisões do MQ; foram ouvidos os pivots para
a Qualidade e por eles as Unidades Orgânicas (UO) e as Unidades de Investigação (UI); os
elementos da equipa reitoral, enquanto responsáveis máximos pelo desenvolvimento das áreas
de missão da instituição; o Conselho Pedagógico (CP) e o Conselho Científico (CC); a Associação
36
Académica da Universidade de Aveiro (AAUAv); e a Administração, responsável pela articulação
e supervisão dos Serviços da UA.
Participações
A UA tem assento na Comissão Setorial para a Educação e Formação (CS/11) que tem como
missão analisar a qualidade nas instituições de educação e formação, bem como promover e
dinamizar o planeamento, a gestão, a avaliação e a melhoria do desempenho dessas instituições.
Esta Comissão, com o enquadramento legal previsto no Decreto-Lei n.º 71/2012 de 21 de março,
alterado pelo Decreto-Lei n.º 80/2014, de 15 de maio, foi criada em novembro de 1996, no âmbito
do Sistema Português da Qualidade. Reúne mensalmente com todos os elementos da comissão,
constituindo-se, paralelamente, grupos de trabalho, em que a UA teve participação, nomeadamente
no GT2 – Ensino Superior. Neste âmbito, a UA participou com duas fichas de boas práticas intituladas
“Campus mais sustentável, Universidade de Aveiro” e “Acolher e integrar a comunidade internacional,
construindo com as diferentes comunidades as condições para uma experiência positiva e com um
elevado grau de participação na vida da UA”. Participou ainda, com uma comunicação, no encontro
anual da CS11 com o tema “Objetivos para o Desenvolvimento Sustentável: educação de qualidade”.
Sistemas de informação | Portal dos Indicadores
O Portal dos Indicadores (Portal) é o subsistema do Sistema de Informação da UA (SIUA) que

consubstancia o repositório oficial dos indicadores institucionais produzidos no âmbito das várias
áreas de atividade da Universidade. O Portal é um importante instrumento de apoio à gestão e decisão
dos órgãos da Universidade, na medida que a informação nele contida permite o autoconhecimento
institucional que é um ponto de partida essencial para o sistema interno de garantia da qualidade.
O Portal disponibiliza um conjunto de indicadores que dizem respeito às várias áreas de missão
da UA a diversos elementos da instituição, sendo a informação consultável de acordo com perfis
previamente definidos:
· Administração técnica
· Administração funcional
· Análise preditiva
· Reitoria
· Direção UO
· Direção UI
· Direção de Curso
· Administração
· Serviços
Cada indicador encontra-se sistematizado numa ficha técnica, que define inequivocamente a
forma de cálculo, a periodicidade de amostragem e os dados de base para o seu cálculo, por forma
a garantir a comparabilidade ao longo do tempo.
37
O Portal foi objeto de completa reformulação em 2020, sendo agora um sistema de Business
Intelligence & Analytics inovador que permite sustentar o crescimento da área de Analytics na
organização a médio e longo prazo. O sistema construído em 2020 é o núcleo de toda a infor-
mação analítica da instituição, sendo que qualquer conteúdo analítico (indicadores, dashboards,
relatórios, cubos, etc.) sobre a UA deve ser produzido e gerido por este sistema.
O novo sistema implementou os indicadores que já estavam disponíveis no Portal dos
Indicadores antes existente, bem como um novo conjunto de indicadores e relatórios/dashboards
para novas áreas. A nova arquitetura construída consegue suportar a médio e longo prazo a
implementação de requisitos como:
· Novas áreas funcionais de análise com diferentes indicadores;
· Construção de novos relatórios e dashboards;
· Inclusão de informação de fontes externas à UA;
· Disponibilização pública de datasets da UA;
· Self Service BI;
· Análise preditiva;
· Data Science;
· Big Data Analysis.
Na solução de business intelligence implementada incluiu-se um módulo de auditoria e qualidade

dos dados constituído pelas fases indicadas na figura 1.
Figura 1. Solução técnica inerente ao novo Portal dos Indicadores da UA
38
Comunidade de antigos alunos
Os constrangimentos impostos pela pandemia de COVID-19 tiveram impacto nas atividades presen-
ciais, que foram residuais. Mantiveram-se as atividades desenvolvidas nos anos anteriores pelo
Gabinete do Antigo Aluno que continuou a prestar apoio aos sCIRP na obtenção de contactos de
Alumni, nacionais e internacionais, com percursos pessoais e profissionais interessantes, para a obten-
ção dos seus testemunhos e realização de entrevistas que são publicadas, principalmente, no Portal e na
revista Linhas. Continuou-se a prestação do serviço de apoio ao antigo aluno a nível individual sobre
questões técnicas (nomeadamente de acesso aos sistemas UA) em moldes de helpdesk, bem como, o
encaminhamento contextualizado das suas solicitações para os serviços ou unidades adequadas
Participação e cidadania
Voluntariado
A prática do voluntariado alterou-se substancialmente ao longo de 2020. Surgiram novas

oportunidades para o desenvolvimento de diferentes respostas de intervenção cívica, motivadas
pelos problemas causados pela COVID-19. A UA implementou neste âmbito diversas iniciativas,
incluindo as seguintes:
A iniciativa UANãoPara: #eutreinoemcasa: começou a 1 de abril e pretendeu dinamizar a
rotina diária de estudo/trabalho de toda a comunidade UA, com o objetivo de preservar uma
mente ágil e apelar à manutenção um estilo de vida saudável através da prática de atividade física.
Foi preparada pelos Profissionais do Núcleo de Desporto dos SAS.
UANãoPara: #euficobememcasa: decorreu de abril a junho, e propunha-se acompanhar a
comunidade UA neste novo contexto de vida e trabalho/estudo. Os profissionais do Núcleo de
Saúde dos Serviços de Ação Social da UA disponibilizaram todas as semanas vídeos com sugestões
para ultrapassar dilemas do dia a dia. Contou ainda com a colaboração de docentes e estudantes
de Psicologia e Fisioterapia na preparação e divulgação de conteúdos, como a Pausa Ativa. Foi
também compilado um conjunto de informações úteis, com base nas páginas de diversas orga-
nizações nacionais e internacionais, como a Ordem dos Psicólogos.

Em resposta a um apelo feito pela Delegada de Saúde Pública de Aveiro, foi implementada a
linha UAescuta, com o objetivo de disponibilizar apoio psicológico à comunidade da região de
Aveiro. O atendimento foi garantido, em regime de voluntariado, por docentes e investigadores
do DEP, bem como especialistas que colaboram com este departamento, todos inscritos na Ordem
dos Psicólogos Portugueses e com Cédula Profissional. A linha UAescuta esteve disponível desde
meados de abril, de segunda-feira a sábado, no período entre as 21h e as 00h, e pretendeu ser um
complemento aos serviços disponibilizados pelo Serviço Nacional da Saúde.
A UA manteve e continua a manter uma estreita colaboração com as autoridades de saúde da
região, nomeadamente com a Delegada de Saúde Pública de Aveiro, com o Centro Hospitalar do
Baixo Vouga e diversas instituições de apoio social. Esta colaboração assumiu diferentes formas
em 2020, incluindo a entrega de equipamento e material de proteção ao Centro Hospitalar do
Baixo Vouga e aos Bombeiros Novos.
39
A UA auxiliou no processamento das amostras biológicas recolhidas nos hospitais da região
de Aveiro, com a ajuda de investigadores em regime de voluntariado.
A Escola Superior de Saúde da Universidade de Aveiro (ESSUA), atendendo ao contexto
pandémico, reforçou os vários serviços de saúde de algumas Instituições Particulares de
Solidariedade Social com voluntários estudantes e docentes de enfermagem.
A AAUAv desenvolveu também várias iniciativas no apoio à reabilitação de equipamentos
eletrónicos e efetuou a entrega de bens essenciais a estudantes e as habitantes da cidade de
Aveiro, que por estarem em quarentena se encontravam impossibilitados de sair de casa. Os
SAS, em conjunto com voluntários identificados pela AAUAv, operacionalizaram a entrega de
refeições aos estudantes da UA.
Cultura
A cultura foi uma das áreas mais afetadas pela COVID-19, dado o encerramento dos equipa-
mentos culturais. A UA não foi exceção, mas foi ainda assim possível dinamizar algumas ações.
Os Serviços de Biblioteca, Informação Documental e Museologia (SBIDM), em alternativa
aos eventos presenciais, prepararam um conjunto de iniciativas virtuais para a comunidade UA:
· Visitas virtuais: módulos de pequenas exposições virtuais com temáticas diferentes e com
abordagens de conteúdo também diferenciada;
· Conteúdos audiovisuais: para além das visitas virtuais, foi disponibilizado conteúdo de
outras exposições para potenciar a sua divulgação por via digital;
· Reposição das Tiny Lab Talks: conversas descontraídas (cerca de 30 minutos) entre
convidados dos EUA e investigadores da UA, promovidas pelo American Corner da UA.
Procuram estimular o interesse do público por temas em que os investigadores trabalham,
promovendo assim a divulgação do conhecimento através do contacto informal de
investigadores com o público em geral. Estas conversas são difundidas no canal do Youtube
da UA;
· Recursos American Corner: recursos para melhoria de soft skills ou de entretenimento,
que foram muito importantes para manter o suporte e o ânimo das comunidades. O
American Corner dispõe de acesso a vários recursos e ferramentas abertas cuja informação
foi disponibilizada à comunidade;
· Interação com as coleções da UA: dar a conhecer imagens de peças sugestivas da coleção
do museu da UA, publicando-as nas redes sociais, com o propósito de mobilizar a interação
dos públicos e participação numa lógica de desafio mobilizador.
Durante o ano de 2020, realizaram-se em parceria com o American Corner UA um total de 26

atividades, com 1319 participantes. Foram partilhados nas redes sociais um conjunto de conteú-
dos que ficaram à disposição da comunidade UA, como por exemplo a filmagem panorâmica
360.º do topo da Biblioteca “A Biblioteca da UA, como nunca a viu: do topo do edifício avista-se
o campus e as salinas” ou a filmagem panorâmica a 360.º do Depósito de Livros da Biblioteca
“O depósito é um dos sítios mais restritos da nossa biblioteca: agora pode dar uma espreitadela
40
e ver como são guardados parte dos nossos tesouros!”, filmados com a câmara Insta360 Pro 8K,
um equipamento do American Corner MediaLab.
Os SBIDM organizaram também, durante o ano de 2020, 10 exposições com atraíram cerca
de 5.000 visitantes (tabela 11). O Ciclo “O Desenho como Pensamento” – Ciclo de Exposições e
Conversas, uma iniciativa conjunta com a Câmara Municipal de Águeda e do Centro de Artes de
Águeda é um exemplo da estratégia regional na dimensão cultural. A parceria entre a Câmara
Municipal de Águeda e a UA traduziu-se na disponibilização de espaços expositivos, tanto na
ESTGA como em Santiago e no Crasto, e com a contribuição de docentes e investigadores nas
sessões e conversas organizadas em torno do tema desenho.
Tabela 11. Exposições realizadas durante o ano 2020
N.º de
Data Título Local visitantes
estimados
António de Cértima – o Perfil do Homem
novembro a fevereiro Biblioteca da ESTGA 100
e do Escritor
Sala de exposições Hélène
janeiro Entre LinhasA Matemática através do Patchwork 1.200
de Beauvoir
Expositor “Vidro no DeMAC”Exposição
a partir de janeiro Átrio do DeMAC 1.000
permanente
Alfredo da Conceição, Pioneiro da Ilustração Sala de exposições Hélène
fevereiro 750
científica portuguesa no século XX de Beauvoir
fevereiro João Conde _ O outro Conde Galeria Multifunções do espaço Viver a UA 800
junho a setembro Aveiro pelo Olhar dos Outros Museu da Cidade – Aveiro sem dados
Águeda: Centro Cultural de Águeda, Escola

Superior de Tecnologia e Gestão de Águeda
setembro de 2020 O Desenho como pensamento:
(ESTGA), Salão de Chá – Parque Municipal Alta 1.000
a maio de 2021 Ciclo de Exposições e Conversas
Vila, IVV (antigo Instituto do Vinho e da Vinha),
Espaço Santos
Modos de ver, com orientação Sala de Exposições Hélène
outubro 300
de José Sarmento Matos de Beauvoir
Lançamento do ebook “The tolerance travelling

outubro Átrio da Reitoria da UA 300
poster show. Registo das exposições 2019”
Sala de Exposições Hélène

dezembro Momentos de Natureza 100
de Beauvoir
Os Festivais de Outono, 16.ª edição, decorreram de 30 outubro a 26 novembro num formato

condicionado e comemoraram a vida e obra de Ludwig van Beethoven (250 anos do seu nasci-
mento) e de Amália Rodrigues (100 anos).
Considerando a importância do momento e do evento, submeteu-se à Comissão responsável
pelo Programa Oficial das Comemorações do Centenário de Amália Rodrigues o pedido de inte-
gração do espetáculo no programa oficial, pedido esse que foi aceite.
À semelhança do ano anterior, os Festivais de Outono percorreram as cidades de Aveiro,
Águeda, Ílhavo e Oliveira de Azeméis, divulgando os compositores portugueses contemporâneos,
as novas vozes do jazz, os jovens músicos formados pela UA, os projetos realizados no seio da
comunidade académica, e os nossos estudantes e professores.
41
Cumpriram-se em todos os concertos as normas de distanciamento e estreou-se a transmissão
via streaming para permitir o acesso aos espetáculos a um maior número de pessoas. Os Festivais
de Outono contaram com a presença de 784 pessoas e 5347 visualizações.
Ação Social
O trabalho dos SAS foi fundamental no ano de 2020. O contexto pandémico agravou dificuldades
económicas e psicológicas. Os apoios sociais que garantam igualdade de oportunidades no acesso
e na frequência bem-sucedida do ensino superior assumiram por isso uma importância especial.
Consciente das necessidades, os SAS garantiram pela primeira vez o alojamento durante todos
os dias do ano, permitindo a presença dos estudantes, maioritariamente internacionais, também
durante o período de férias. Foi sempre salvaguardado o cumprimento de todas as regras de
prevenção definidas no Plano de Atuação e Prevenção COVID-19. Também ao nível da alimenta-
ção foi garantido o serviço em regime exclusivo de takeaway, na Cantina de Santiago. De acordo
com os diferentes níveis de confinamento, a refeição poderia ser feita na sala do refeitório, que
foi especificamente preparada para o efeito, com respeito pelas distâncias de segurança.
Foi também possível realizar o já tradicional Jantar de Natal para a comunidade internacio-
nal, graças ao voluntarismo dos funcionários dos SAS, e respeitando integralmente as regras das
Autoridades de Saúde. Foram ainda distribuídas refeições, confecionadas nas cantinas dos SAS,
aos estudantes em isolamento, tarefa que contou com a colaboração da AAUAv e de estudantes
voluntários.
Muitos dos concessionários das cafetarias pediram rescisão ou suspensão do contrato. Esta
situação levou a que os SAS assumissem alguns destes espaços, como forma de garantir condições
aos membros da comunidade UA que se mantiveram em regime presencial. Os Bares do Instituto
de Engenharia Eletrónica e Telemática de Aveiro (IEETA), do Departamento de Química (DQ)
e o espaço restaurante na Escola Superior de Tecnologia de Águeda (ESTGA) foram temporaria-
mente utilizados como espaço de refeições individuais próprias (marmita).
As consultas de Medicina Geral e Familiar, Psiquiatria, Psicologia e Nutrição foram mantidas
em formato virtual (telefone, videoconferência, correio eletrónico). Foram também desenvolvidos
conteúdos no âmbito da iniciativa de voluntariado #euficobememcasa.
Os SAS viram renovada a Certificação do seu Sistema de Gestão da Qualidade, realizada pela
Associação Portuguesa de Certificação (APCER).
Apesar de alguns indicadores refletirem o confinamento, que reduziu substancialmente a
presença de membros da academia na UA, os SAS atingiram objetivos importantes, nomeada-
mente com a abertura do Restaurante Vegetariano, a aposta em espaços especializados e dife-
renciadores, e o aumento da oferta alimentar.
Bolsas e apoios
É responsabilidade dos SAS a ação social escolar, através da prestação de apoios, benefícios e
serviços, visando a promoção do acesso e a frequência do ensino superior a todos os estudantes em
42
condições de efetiva igualdade de oportunidades, de modo a que nenhum estudante seja excluído
do sistema de ensino superior por razões socioeconómicas ou por incapacidade financeira.
Os SAS contribuem ainda para a promoção do sucesso académico e desenvolvimento integral do
estudante mediante uma atitude de proximidade e acompanhamento.
Apoios diretos – Bolsas de Estudo
Os Apoios Diretos – Bolsa de estudo consistem numa prestação pecuniária anual, para compartici-
pação nos encargos com a frequência de um curso, atribuída pelo Estado, a fundo perdido, sempre
que o agregado familiar do estudante não disponha de um nível mínimo de recursos financeiros.
As bolsas de estudo são cofinanciadas pelo Fundo Social Europeu (no âmbito do POISE) e pelo
Estado Português, sendo regulamentadas pela DGES.
As alterações introduzidas pela DGES nos últimos três anos, nomeadamente, a contratualiza-
ção do processo de atribuição de bolsas de estudo, permitiu tornar mais célere e eficaz a decisão
sobre o apoio aos estudantes carenciados. Temos hoje um procedimento simplificado e automá-
tico de atribuição de bolsa para todos os anos subsequentes ao primeiro ano de atribuição da
bolsa, que contribui de forma decisiva para a estabilidade no percurso académico dos estudantes
candidatos a bolsa.
Face ao impacto da pandemia, o prazo de candidatura a bolsas de estudo previsto no n.º 3 do
artigo 28.º do Regulamento de Atribuição de Bolsas de Estudo a Estudantes do Ensino Superior,
aprovado pelo Despacho n.º 5404/2017, publicado no Diário da República de 21 de junho de
2017, foi prorrogado até 24 de junho, resultando na submissão de 49 candidaturas, 13 das quais
deram origem a bolsa de estudo.
Decorrente da pandemia de COVID-19, entraram em vigor, a partir de 1 de julho, apoios
extraordinários no ensino superior previstos no Programa de Estabilização Económica e Social
– artigo 6.º do Decreto-Lei n.º 37/2020, de 15 de julho (PEES), tendo sido abrangidos por este
apoio 75 estudantes bolseiros, resultando num encargo de 12.439,29€.
No ano letivo de 2019/2020, apresentaram candidatura a bolsa de estudo 4.106 estudantes
(tabela 12), tendo sido atribuída a bolsa de estudo a 3.147 estudantes (76,64% dos candidatos).
Tabela 12. Evolução do número de concorrentes e bolseiros
Situação 2015/16 2016/17 2017/18 2018/19 2019/20
Concorrentes 3.988 4.147 4.129 4.051 4.106
Bolseiros 3.070 3.190 3.161 3.170 3.147
Indeferido Excesso de Capitação 368 400 462 463 541
Indeferido – falta de aproveitamento 266 270 197 165 154
Falta de aproveitamento
284 287 309 247 264
outras situações
43
No ano letivo em análise, o encargo global com as bolsas de estudo foi de 4.988.898,01€ e o valor
da bolsa média sem complementos foi de 1.390,93€.
Para além da análise das candidaturas à bolsa de estudo, a Ação Social acompanha os estu-
dantes através de atendimento individual e personalizado. Estabelece-se assim uma relação de
proximidade, complementada com a prestação de cuidados a nível psicossocial e relacional, no
sentido de desenvolver e melhorar as condições de vida e percurso académico dos estudantes.
Este acompanhamento permite o despiste de situações problemáticas. Quando identificadas,
estas são encaminhadas e posteriormente acompanhadas pelas psicólogas do Centro de Saúde
Universitário (CSU) e/ou outras entidades.
O atendimento, nomeadamente pedidos de esclarecimento, documentação e apoios, passou
a ser efetuado por contato telefónico e por correio eletrónico.
Apoios indiretos – Fundo Social Ativo
Os Apoios Indiretos têm o objetivo de apoiar estudantes que, por motivos diversos, não podem
beneficiar da concessão de bolsas de estudo atribuídas ao abrigo da legislação em vigor, mas
cuja situação socioeconómica não permite suportar os custos inerentes à frequência do ensino
superior. Os apoios indiretos, à semelhança dos apoios diretos, proporcionam a todos os estu-
dantes que cumpram os requisitos exigidos condições favoráveis à frequência e conclusão dos
seus estudos.
Os programas que integram o Fundo Social Ativo da UA (Apoio Social Ativo, Vale Social,
Redução do Preço do Alojamento e Bolsa de Participação e Valorização Social) resultaram no
apoio a 470 estudantes, o que representou um encargo global de 129.415,46€, financiado por
receitas próprias (tabela 13).
Tabela 13. Resumo do Fundo Social Ativo
Bolsa
Redução do preço
Ano letivo Apoio Social Ativo Vale Social de Participação Total
alojamento e Valorização Social
2015/16 103 113 63 273 552
2016/17 112 113 62 275 562
2017/18 121 147 74 291 633
2018/19 65 84 58 354 561
2019/20 99 44 32 295 470
44
Apoio Social Ativo
O Apoio Social Ativo (até 50% do valor da propina) é atribuído aos candidatos à bolsa de estudo
da UA que preencham os requisitos de aproveitamento escolar e cuja capitação não permite a
atribuição de bolsa de estudo. O Apoio Social Ativo é composto por uma prestação pecuniária
(subsídio) que visa contribuir para a consolidação do percurso escolar e estimular o reforço à
qualificação académica e profissional dos estudantes.
A percentagem tem vindo a diminuir porque a capitação máxima para atribuição de
bolsa de estudo tem aumentado. O valor estipulado para atribuição deste apoio tem o limite
de 8.598,12€.
Em 2020, este apoio abrangeu 99 estudantes, resultando num encargo de 42.969,70€.
Vale social
A atribuição de vale social possibilita o acesso gratuito às unidades alimentares dos SAS, para que
os estudantes tenham acesso a refeições completas e saudáveis sem qualquer encargo. Este apoio
destina-se aos estudantes economicamente carenciados, nacionais ou de Países Africanos de Língua
Oficial Portuguesa (PALOP), quanto a situação económica e social do agregado familiar assim o exige.
No ano letivo 2019/2020, foram concedidos 44 vales sociais, num total 6.887 refeições, repre-
sentando um encargo de 18.042,75€.
Redução do preço de alojamento
As situações de grave carência económica, falta de aproveitamento escolar ou ultrapassagem

do número de anos de direito a bolsa podem desencadear um processo de redução do preço de
alojamento.
Beneficiaram deste apoio 32 estudantes, originando um encargo de 25.402,71€.
Bolsa de Participação e Valorização Social
O programa Bolsa de Participação e Valorização Social tem como principais objetivos:

· promover a participação dos estudantes em projetos e atividades;
· apoiar o sucesso académico e incentivar a continuidade dos estudos em situações de carência
económica;
· promover oportunidades de desenvolvimento de competências pessoais, profissionais e
ocupacionais dos estudantes.
Os apoios prestados são financiados por receitas próprias.

Aos estudantes colocados no âmbito do Programa Bolsa de Participação e Valorização Social,
em fase prévia de acolhimento, é facultada formação adequada ao exercício das atividades a
desempenhar.
45
No ano letivo 2019/20, inscreveram-se 295 estudantes, tendo ocorrido 659 colaborações,
resultando num encargo global de 43.000,30€.
Alimentação
A alimentação é um dos principais serviços prestados pelos SAS à comunidade académica.

Procurando a satisfação dos seus utilizadores, os SAS têm pautado a sua atividade pela qualidade
e diversidade de serviços e produtos oferecidos. O fornecimento de refeições de qualidade a preço
subsidiado (refeição social) aos estudantes da UA continua a ser um dos principais desígnios.
No seguimento do debatido e aprovado no Conselho de Ação Social de 26 de novembro de
2019, o preço da refeição social e da refeição de visitantes foi ajustado. Na mesma reunião, foi
ainda aprovada a implementação do pagamento das refeições através do cartão de identificação
da UA, bem como a cobrança de valores diferenciados quando usado outro meio de pagamento.
Neste seguimento, em janeiro de 2020, o valor da refeição social passou a ser de 2,65€ e o
valor da refeição de visitantes a 5,10€, mantendo-se inalterado o valor de 4,10€ na refeição de
funcionários (pessoal técnico, administrativo e de gestão, docentes e investigadores).
Devido à COVID-19, as unidades alimentares foram encerradas em março, com exceção da
cantina de Santiago, que passou a fornecer as refeições em regime de takeaway.
A reabertura das diferentes unidades alimentares foi faseada, começando a 1 de junho com
o Bar do DEP, seguindo-se a Cafetaria da ESTGA (26 junho) e o Espaço Grelhados (29 junho).
Durante o mês de setembro, as restantes unidades alimentares foram reabertas e antes do início
do ano letivo todas as unidades alimentares se encontravam em normal funcionamento. A 25 de
setembro, foi inaugurado o Restaurante Vegetariano da Universidade.
A pandemia originou uma quebra de 64% no valor total das refeições servidas (menos 280.214
refeições) (tabela 14). As quebras maiores verificaram-se na Cantina da Escola Superior Aveiro
Norte (ESAN), com menos 93%, seguida da Cantina do Crasto com menos 79% e do Restaurante
Universitário com menos 75%. No entanto, e apesar do decréscimo nos valores das refeições
servidas, as unidades alimentares dos SAS serviram ininterruptamente refeições desde o dia 13
de março, incluindo os períodos de Páscoa, Natal e fim de ano.
Naturalmente, o serviço de coffee break foi também afetado, tendo havido uma diminuição de
89% no número de pessoas servidas. Contudo, no primeiro trimestre ainda foi possível assegu-
rar eventos como o Jantar da Tomada de Posse da AAUAv, o Jantar da Associação Nacional de
Estudantes de Engenharia Biomédica (ANEEB) e o almoço da Federação Académica do Desporto
Universitário (FADU).
46
Tabela 14. Evolução do número de refeições servidas pelos SAS (cantinas) 2019-2020
Variação em N.º Refeições

Unidade 2019 2020 (2019-2020)
Cantina da ESTGA 41.349 13.198 - 28.151
Cantina do Crasto 102.698 21.542 - 81.156
Cantina da ESAN 2.576 187 - 2.389
Cantina de Santiago 208.234 94.918 - 113.316
Restaurante Universitário 21.518 5.343 -16.175
Grelhados 64.625 25.598 -39.027
Total 441.000 160.786 - 280.214
Coffee Break 23.034 2.506 -20.528
A quebra de receita acompanhou a quebra do número de refeições, tendo-se situado nos -64,3%
(tabela 15).
Tabela 15. Evolução da Receita 2019-2020
Receitas
Unidade 2019 2020 (2019-2020)
Refeitório da ESTGA 176.115,36€ 58.662,58€ -117.452,78€
Refeitório do Crasto 363.759,77€ 80.720,89€ -283.038,88€
Refeitório da ESAN 72.105,01€ 26.527,55€ -45.577,46€
Refeitório de Santiago 580.238,32€ 270.090,82€ -310.147,50€
Restaurante Universitário 237.343,67€ 46.779,48€ -190.564,19€

Snack-Bar/Grelhados 246.029,80€ 102.118,14€ -143.911,66€
Bares 151.341,15€ 67.509,39€ -83.831,76€
Total 1.826.933,08€ 652.408,85€ -1.174.524,23€
Como consequência da diminuição de estudantes nos campi, alguns bares concessionados

suspenderam o contrato, tendo alguns encerrado a sua atividade, como foi o caso do Bar do
Café da Universidade de Aveiro (CUA), Bar do Departamento de Engenharia Mecânica, Bar
do Departamento de Química, Bar do ISCA-UA e Bar do Departamento de Economia, Gestão,
Engenharia Industrial e Turismo (DEGEIT).
O Bar do ISCA-UA foi reativado pelos SAS no início do ano letivo (outubro de 2020) e o Bar
do Departamento de Química foi reestruturado para ser usado como espaço de marmita, situação
semelhante à do Bar do IEETA.
47
Alojamento
O Núcleo de Alojamento Universitário (NAU) dos SAS assegura a gestão e funcionamento das
33 residências universitárias da UA, competindo-lhe também providenciar o acesso dos estu-
dantes às mesmas.
Os estudantes bolseiros da UA têm acesso prioritário às residências universitárias. Contudo,
considerando a estratégia de internacionalização da UA e o número crescente de estudantes
estrangeiros que procuram a UA para a realização de um ciclo de estudos completo, são reserva-
dos 250 lugares para acolher estudantes em programas de mobilidade estudantil, estudantes dos
PALOP e estudantes internacionais ao abrigo do Estatuto de Estudante Internacional.
Os SAS mantiveram, no ano de 2020, uma taxa de ocupação de 100%, cumprindo com as
exigências normativas emanadas pela DGS.
Em anos anteriores, no período de pausa letiva, essencialmente correspondente aos meses de
verão, procurou-se rentabilizar as estruturas existentes assegurando alojamento aos participan-
tes de congressos, conferências, seminários, encontros nacionais e internacionais, entre outros,
de forma a gerar receita suplementar. No verão de 2020 esta possibilidade não se concretizou.
Devido à pandemia, todos os eventos e reservas de alojamento foram cancelados.
Na tabela 16, apresenta-se a evolução dos principais dados sobre o alojamento universitário
na UA, nos últimos cinco anos letivos.
Tabela 16. Evolução do número de candidatos e alojados ao nível do alojamento universitário
Designação 2016/17 2017/18 2018/19 2019/20 2020/21
N.º Residências estudantes 35 36 35(1) 32(2) 33(4)
N.º camas – Residências estudantes 1.128 1.128 1.076(3) 998(2) 1.004 (5)
Concorrentes a alojamento 1.256 1.268 1.361 1.250 1.296
N.º Estudantes Alojados 1.100 1.100 1.076 998 968(6)
N.º residências docentes/estudantes

9 9 9 12(3) 12(2)
pós-graduação.
(1) O Bloco 10-A passou a não ser considerado por ser exclusivamente destinado a estudantes de pós-graduação.
(2) O Bloco B4 passou para estudantes de 3.º ciclo e não foi renovado contrato de prestação de serviços com o Páteo Vera Cruz.
(3) Atualização do n.º de lugares do Páteo Vera Cruz (Bloco 6 e Bloco 9 – 6 apartamentos) e Bloco 4 (24 camas que passaram para
estudantes de formação inicial).
(4) A residência em Águeda entrou em funcionamento em 6 de outubro de 2020.
(5) Cumprindo-se as orientações da DGS para as residências de estudantes em que recomenda a distância lateral mínima de 2m
entre camas em quartos com mais do que um estudante, os SAS passaram de um total de 1.061 para 1.004 camas.
(6) Reservados 36 lugares para isolamento/quarentena no âmbito da pandemia Covid-19.
O Despacho n.º 8442-A/2012 de 22 de junho, art.º 19.º estipula o valor base mensal a pagar
pelos bolseiros nas residências, até ao limite de 17,5% do Indexante dos Apoios Sociais (IAS).
O valor do IAS sofreu alteração no ano de 2020 pelo que o valor desta mensalidade foi atualizado,
passando de €76,26 para €76,79 por mês.
48
As dificuldades sentidas pelas famílias com estudantes no Ensino Superior, fruto dos efeitos
da crise económica e financeira, refletiram-se no número de solicitações para redução do valor
da mensalidade de alojamento. Um total de 36 residentes não bolseiros solicitaram redução do
valor da mensalidade no decurso do ano letivo 2019/20.
O início do ano letivo 2020/21 fica marcado pela inauguração da residência da ESTGA.
A reabilitação realizada na antiga “Casa dos Oficiais”, resulta de uma parceria entre a UA e a
Câmara Municipal de Águeda e destina-se essencialmente aos estudantes, mas também a docen-
tes e investigadores envolvidos em programas de mobilidade.
No atual contexto de pandemia, as orientações emanadas da DGS para as residências de
estudantes recomendam uma distância lateral mínima de dois metros entre camas em quartos
com mais de um estudante, pelo que se verificou uma redução de 57 camas para estudantes de
formação inicial. Foram, também, reservados 36 lugares nas residências universitárias, para
isolamento/quarentena da COVID-19, reduzindo a oferta de camas para 968.
Apoio a estudantes estrangeiros
Na UA a internacionalização ocupa um lugar de destaque e cruza todas as áreas de missão. Também

ao nível da Ação Social se revela fundamental o apoio social e acompanhamento dos estudantes
internacionais, que se efetiva no âmbito da área da Cooperação e Mobilidade Internacional.
Esta área tem como principal objetivo acolher e prestar o apoio aos estudantes estrangeiros.
Estes ingressam, em geral, através do concurso especial de acesso para estudantes internacionais,
sendo o Brasil o país com maior representatividade.
Temos também assistido a um aumento significativo de estudantes oriundos dos PALOP, que
ingressam através dos regimes especiais de acesso. Porém, constata-se que um número conside-
rável vem sem apoio financeiro das famílias ou de outras entidades que lhes permita suportar o
custo associado à frequência do Ensino Superior em Portugal. Assim, no sentido de disponibilizar
as melhores condições de estudo a estes estudantes e facilitar uma convivência multicultural
saudável, tem-se procurado disponibilizar todo o apoio possível ao nível do acolhimento, acom-
panhamento e atribuição de apoios aos estudantes estrangeiros, nomeadamente aos provenientes

da Comunidade dos Países de Língua Portuguesa.
Considerando a presente estratégia da UA que visa o desenvolvimento de um ambiente
ensino-aprendizagem de caráter internacional, é atribuída bolsa incentivo aos estudantes inter-
nacionais cuja nota de candidatura seja igual ou superior a 15 valores. Esta bolsa de incentivo
visa financiar a diferença entre a propina anual paga por um estudante internacional (que varia
entre 4.000,00€ e 5.500,00€ anuais) e o valor equivalente a um estudante nacional ou de outro
país da União Europeia (697,00€ anuais).
Os estudantes internacionais colocados com nota igual ou superior a 17,5 valores beneficiam
de um incentivo igual ao valor da propina. Os estudantes abrangidos por estas bolsas de incentivo
são na sua maioria de nacionalidade brasileira.
Manteve-se a colaboração e articulação com a instituição Camões – Instituto da Cooperação e
da Língua e demais entidades com as quais existem protocolos de cooperação, nomeadamente no
49
que respeita ao alojamento em residências universitárias. Esta articulação de proximidade tem
permitido criar a estrutura necessária para acolher e acompanhar os novos estudantes, sempre
em sintonia com as instituições que os apoiam ou representam.
Todos os anos é efetuado o levantamento do apoio prestado pelos SAS aos estudantes oriun-
dos de países em desenvolvimento quanto a programas/projetos apoios e ações de cooperação
ao nível do ensino superior, que servirá para efeitos de apuramento dos fluxos de financiamento
a estes países.
Na tabela 17, está representado o apoio concedido nos últimos cinco anos, a estudantes estran-
geiros oriundos de países em desenvolvimento.
Tabela 17. Apoio a estudantes internacionais concedido pela UA nos últimos cinco anos
Bolsa de
Participação Protocolos
Ano Alimentação Alojamento Subsídios Outros Total
e Valorização Associações
Social
2016 93.878,70€ 34.643,03€ 11.534,99€ 531,74€ 2.500,00€ 21.211,30€ 164.299,76€
2017 89.548,35€ 36.112,66€ 12.755,82€ 531,74€ 2.500,00€ 22.000,00€ 163.448,57€
2018 91.537,35€ 36.859,48€ 18.242,91€ 0,00€ 0,00€ 32.643,22€ 179.282,96€
2019 43.434,15€ 54.388,74€ 7.746,61€ 0,00€ 0,00€ 24.036,65€ 129.606,13€
2020 28.959,20€ 53.227,15€ 3.840,65€ 0,00€ 0,00€ 21.365,02€ 107.392.02€
Apesar das medidas de distanciamento social, manteve-se em funcionamento o Programa

Mentores para Migrantes em parceria com o Alto Comissariado para as Migrações (ACM), numa
vertente mais direcionada para os estudantes estrangeiros. As mentorias estabelecidas funciona-
ram remotamente, o que não facilita o cumprimento dos objetivos do programa.
Apoio à saúde
O CSU disponibilizou 3.241 consultas (excetuando a Medicina no Trabalho) durante o ano de

2020, o que representa uma descida bastante relevante relativamente ao ano anterior.
O número de consultas realizadas foi bastante afetado pelo contexto pandémico, apesar das
medidas tomadas para minimizar o impacto (gráfico 2). Foram realizadas consultas à distância
(por telefone, videoconferência ou até por correio eletrónico) nas especialidades de Medicina
Geral e Familiar, Psiquiatria, Psicologia ou Nutrição. O CSU esteve encerrado entre 16 de março
e 13 de maio, data em que começaram a realizar-se os testes COVID-19. Em consequência disso,
só foi possível retomar o funcionamento (ainda que condicionado) a 25 de maio.
50
Enfermagem 376
210
Optometria 463
254
Med Dentária 5 101
Des. Tabágica 0 35
Psicologia 1.615
1.815
Ginecologia 270
229
Nutrição 271
116
Medicina Geral (funcionários) 523
250
537
Medicina Geral (alunos) 205
Psiquiatria e Saúde Mental 242

157
0 200 400 600 800 1.000 1.200 1.400 1.600 1.800 2.000
2019 2020
Gráfico 2. Número de consultas por especialidade (2019 e 2020)
Durante o período de confinamento foi criada uma linha telefónica de apoio para a comunidade
universitária. As psicólogas do CSU estiveram disponíveis para ajudar com os desafios que se
colocaram com o ensino a distância, teletrabalho, confinamento e a presença de filhos em casa.
Adicionalmente foram também realizados vários vídeos de apoio à comunidade universitária
versando a mesma temática.
As restantes especialidades sofreram quebras expectáveis no número de consultas, especial-
mente aquelas em que não foi possível implementar as consultas à distância, como ginecologia,
enfermagem, medicina dentária (diagnóstico) e optometria.
Apesar do encerramento de cerca de três meses, a equipa ficou em teletrabalho e foi sempre
possível manter o contacto com os utentes, mantendo-se sempre a funcionar o apoio psicológico,
psiquiátrico e de medicina geral, assim como o serviço de prescrições médicas que já era feito a
distância (as receitas são solicitadas por correio eletrónico e enviadas por mensagem de texto).
A Linha Universidade de Aveiro (LUA), devido ao contexto pandémico, não realizou a habi-
tual captação de voluntários do segundo semestre (março de 2020). Usando os meios digitais,
foi possível realizar a captação de voluntários no novo ano letivo, em novembro, ainda que por
videoconferência. Inscreveram-se 71 estudantes e concluíram com êxito a formação 39 volun-
tários, ficando aptos a prestar serviço na LUA, estando previsto o início de funções no começo
de 2021, em moldes diferentes dos habituais. Os voluntários irão atender as chamadas nos seus
telemóveis, não precisando de se deslocar ao espaço LUA, como seria normal.
51
Serviços de livraria, papelaria e correio
Os SAS disponibilizam para toda a comunidade académica os serviços de livraria, papelaria

e CTT. Em consequência dos efeitos da pandemia COVID-19 verificou-se uma diminuição
acentuada dos artigos vendidos na Livraria (tabela 18). No que respeita à papelaria, a atividade
repartiu-se entre a promoção da venda de material didático, artigos correntes de papelaria ou de
apoio às atividades escolares e artigos de marca UA.
Tabela 18. Evolução do número de livros e de artigos comercializados em 2020
Produtos/Ano 2016 2017 2018 2019 2020
Livros vendidos 7.314 5.625 4.078 3.397 1.831
Vendas Ebook store 28 23 25 18 0
Artigos papelaria e marca UA 66.575 73.351 75.824 76.067 33.862
Atividade física
Em fevereiro de 2020 ficou concluída a iluminação do Campo de Relvado Sintético da

Universidade, permitindo alargar a prática de futebol de 11 e de 7 ao período do final da tarde e
noite. Infelizmente, a pandemia veio impedir a utilização do campo conforme previsto.
O confinamento condicionou toda a atividade física na academia. Ainda assim, todas
as semanas, os profissionais do Núcleo de Desporto dos SAS desenvolveram a iniciativa
UANãoPara:#eutreinoemcasa, já referida a propósito das iniciativas de voluntariado.
Foram desenvolvidos vários conteúdos para incentivar a prática de exercício físico, indepen-
dentemente do confinamento e do nível físico individual. Foram criados, no Instagram da UA
#eutreinoemcasa, desafios com graus de dificuldade crescente ao longo dos dias da semana. Da
mesma forma, foram partilhados treinos pré-gravados, com uma duração entre 30 a 45 minutos.
Os treinos foram disponibilizados nas nossas plataformas online.
A Taça UA foi interrompida em março, com um número de participantes de 1702 e 11 moda-
lidades, inferior em 28,5% relativamente ao ano anterior.
Ao nível do desporto universitário, também as competições nacionais (CNU) foram muito
afetadas pela pandemia. Ainda assim, realizaram-se algumas fases finais. No entanto, em parte
significativa das modalidades, em particular nos desportos coletivos, só se realizaram algumas
jornadas concentradas. A participação da AAUAv saldou-se pela obtenção de 9 medalhas de ouro,
5 de prata e 7 de bronze, que resultaram no requerimento de 43 bolsas de mérito desportivo. No
total participaram nos CNU 249 estudantes da UA.
52
No início do ano letivo 2020/2021, mediante proposta da FADU, realizaram-se algumas
provas dos CNU que envolveram 21 estudantes nas modalidades de xadrez, ténis, badminton,
ténis de mesa e karting.
Em setembro de 2020, ainda com restrições à prática desportiva, iniciou-se a oferta de ativida-
des desportivas de recreação: badminton, fitness, tiro com arco, ginásio, taekwondo e atletismo.
Ao longo do ano de 2020, realizaram-se nas instalações desportivas da UA diversas atividades
e eventos:
1. Atividades desportivas de caráter regular e informal:
· ACD/ADR;
· Taça UA (AAUAv).
2. Atividades desportivas de caráter federado universitário:
· Torneios Universitários de Apuramento;
· Voleibol;
· Campeonatos Nacionais Universitários;
· Corfebol.
3. Atividades desportivas de caráter federado nacional:
· Campeonato Nacional Sénior da 3.ª Divisão de Voleibol feminino e masculino
(Clube de Voleibol de Aveiro);
· Campeonato Nacional Sénior da 1.ª Divisão de Basquetebol masculino
(Sport Club Beira Mar);
· Campeonato Distrital de Iniciados de Futebol masculino (Escola do S. L. Benfica).
4. Atividades de caráter desportivo pontuais:
· Provas Físicas de Atletismo (GNR);
· Estágios de Natal e Carnaval das seleções distritais de Basquetebol feminino
e masculino (ABA);
· Torneio de Futsal (JEBV);
· Curso de Arbitragem (ABA);
· Convívio Desportivo de Futebol no âmbito da celebração dos 30 anos de Aniversário
da Federação de Desporto Universitário (FADU);

· Campo de Treino de Rugby em cadeira de rodas (FPDD).
5. Cursos de treinadores de Basquetebol, Escola Nacional de Basquetebol.
Na Tabela 19 são apresentados os resultados dos indicadores do plano para o objetivo estratégico –
“Uma UA mais humana, uma UA melhor”.
53
Tabela 19. Resultados atingidos relativos aos indicadores do plano para o objetivo estratégico – Uma UA mais humana, uma UA melhor
OE1 – Uma UA mais humana, uma UA melhor
OE1_LE1 – Promover a comunicação Meta Realizado/Variação 2020
OO_1 – Aumentar a visibilidade da UA a nível nacional
Presença da UA em órgãos de comunicação de projeção nacional Aumento de 5% -16,00% não atingido
N.º de seguidores da UA no Instagram, Twitter, Linkedin, Facebook Aumento de 8% 15,69% atingido
OO_2 – Promover a imagem jovem e dinâmica da UA
Criação de um novo site da UA, com soluções tecnológicas inovadoras

1 1 atingido
e uma imagem jovem e dinâmica
OO_3 – Aumentar a sistematização na recolha de informação sobre as atividades
e criações da UA
Criação de um site contendo todos os eventos a ocorrer na UA em cada dia 1 0 não atingido
OE1_LE2 – Promover e valorizar a qualidade Meta Realizado 2020
OO_1 – Promover um funcionamento mais eficiente da UA
Avaliação de eficiência dos Serviços da UA 2 serviços 1 não atingido
Criação de novas lideranças ao nível dos TAG

6 16 atingido
(com preocupações de eficiência)
OO_2 – Promover a ligação entre as estruturas central e local de governo e gestão,
ao nível da Qualidade
Número de ações realizadas para promoção da ligação entre as diferentes
4 >4 atingido
estruturas de governo e gestão
OO_3 – Melhorar a descrição e transparência do SIGQ_UA
Introduzir uma nova versão do Manual para a Qualidade 1 1 atingido
OE1_LE3 – Dinamizar a comunidade de antigos alunos Meta Realizado 2020
OO_1 – Reforçar a Rede Alumni

não
N.º de Embaixadores Alumni UA 5 não atingido
disponível
OE1_LE4 – Promover a participação e a cidadania Meta Realizado 2020
OO_1 – Fomentar a prática de voluntariado
N.º de participantes em voluntariado 150 71 não atingido
N.º de atividades de voluntariado 10 5 não atingido
OO_2 – Aumentar os espaços de estudo na UA
N.º de salas Estudo24 mais 1 1 atingido
OO_3 – Estratégia da UA para a cultura
N.º de atividades culturais Aumento de 10% -60,68% não atingido
N.º de visitantes 11 000 13 450 atingido
54
OE1 – Uma UA mais humana, uma UA melhor (cont.)
OO_4 – Aumentar a acessibilidade dos campi
N.º de espaços acessíveis 2 2 atingido
OO_5 – Planear e coordenar os projetos de toda a atividade relacionada

com o edificado físico da UA
N.º de edifícios intervencionados 6 7 atingido
N.º de espaços exteriores intervencionados 5 2 não atingido
OE1_LE5 – Reforçar a ação social Meta Realizado 2020
OO_1 – Melhorar a promoção e prevenção em saúde
N.º de consultas Medicina Geral e Familiar 1 200 455 não atingido
OO_2 – Potenciar a Saúde Ocupacional
N.º de contextos de trabalho intervencionados 3 25 atingido
OO_3 – Promover uma alimentação saudável
Aumentar o n.º de refeições das cantinas Aumento de 5% -63,29% não atingido
OE1_LE6 – Promover a atividade física Meta Realizado 2020
OO_1 – Estabelecer uma estratégia da UA para o desporto
N.º de modalidades CNU 25 24 não atingido
N.º de atletas 350 249 não atingido
OO_2 – Qualificar as infraestruturas existentes
N.º de intervenções de qualificação 4 2 não atingido
OO_3 – Construção da NAVE

Construção da NAVE 1 0 não atingido
OO_4 – Promover a prática desportiva
N.º de estudantes praticantes de atividade física regular 5% 3,11% não atingido
55
Uma UA
que antecipa
o futuro
Uma UA que antecipa o futuro
Oferta formativa inovadora para todos os públicos
Disponibilizar formações de elevada qualidade, viáveis num contexto de enorme oferta global, e
atrativas para diferentes públicos é uma tarefa permanentemente inacabada para a UA. A partir
da leitura atenta da realidade em que se insere, de uma perspetiva de melhoria contínua e com
uma predisposição constante para a inovação, a UA tem sido capaz de melhorar o seu catálogo
formativo, tornando-o resiliente até às situações mais complexas, como a que vivemos atualmente,
cumprindo melhor a sua missão de ensinar. As ofertas formativas online já ocupavam um espaço
relevante no ecossistema de formação, mas a pandemia acelerou transformações a que a UA terá
de saber responder.
A estrutura central da oferta formativa da UA são os cursos conferentes de grau (licenciaturas,
mestrados integrados, mestrados e doutoramentos). A 31 de dezembro de 2020, a UA tinha na
sua lista de ciclos de estudos acreditados 46 licenciaturas (mais uma que no ano letivo anterior),
81 mestrados (mais sete que no ano letivo anterior) e 52 programas doutorais (mais um que no ano
letivo anterior), em resultado das alterações que abaixo se descrevem com maior detalhe. Desses, em
2020, a UA colocou a concurso 43 licenciaturas (três delas em regime pós-laboral, menos uma do
que em 2019/20), 11 mestrados integrados (tratando-se do último ano letivo em que estes ciclos de
estudos recebem novos estudantes), 76 mestrados (dos quais 11 correspondem ao 2.º ciclo dos mestra-
dos integrados) e 49 programas doutorais. Dentro destes programas, 19 licenciaturas e 10 mestrados
foram oferecidos no subsistema politécnico e os restantes oferecidos no subsistema universitário.
Os processos de avaliação e acreditação, coordenados pela A3ES, visam a garantia da quali-

dade da oferta formativa conferente de grau nas IES portuguesas. Durante o ano de 2020, e
devido à situação pandémica, a A3ES alterou o prazo das avaliações dos ciclos estudos. Estes
processos iniciaram-se em janeiro de 2021, e não, como habitualmente, entre outubro e dezem-
bro, pelo que não existem informações sobre processos de autoavaliação submetidos durante
o ano de 2020.
Na sequência de processos de avaliação e reacreditação, submetidos em dezembro de 2019,
foram acreditados pela A3ES 22 ciclos de estudo em funcionamento na UA, todos eles pela via
do novo processo simplificado, ou seja, sem intervenção de uma Comissão de Avaliação Externa
(CAE) nem necessidade de Relatórios Preliminares, o que é um indicador de confiança nos
mecanismos de garantia da qualidade da UA.
Em 2020, foram realizadas duas visitas por Comissões de Avaliação Externa da A3ES, no
âmbito de avaliações a dois ciclos de estudos em funcionamento, cujos processos de avaliação
59
foram iniciados em 2018. Tendo em conta as limitações colocadas pela situação pandémica, não
foram realizadas outras visitas no ano de 2020, incluindo as previstas no quadro das avaliações
iniciadas em 2018 e que se deverão concretizar em 2021.
No que respeita à acreditação de novos ciclos de estudos, receberam acreditação 23 novos
ciclos de estudos da UA: cinco licenciaturas, 12 mestrados e seis programas doutorais, sendo
que cinco dos programas doutorais vieram substituir outros ciclos de estudos com a mesma
designação.
O processo de submissão para acreditação dos ciclos de estudos de licenciatura e mestrado
que resultam da reestruturação dos mestrados integrados, imposta pelo Decreto-Lei n.º 65/2018,
de 16 de agosto, ocorreu, conforme previsto, em 2020, tendo sido propostos 22 novos ciclos de
estudos (11 licenciaturas e 11 mestrados). Tratou-se de um passo decisivo num processo iniciado
em 2018 e que, envolvendo os vários intervenientes nos ciclos de estudos, visa melhorar conti-
nuamente a oferta formativa na área da engenharia.
Num exercício de renovação da oferta formativa da UA, além da reestruturação dos mestrados
integrados, foram também propostos 11 novos ciclos de estudos, em outubro de 2020.
Apesar do papel ainda central da oferta formativa conferente de grau, a oferta formativa não
conferente de grau tem adquirido relevância crescente, especialmente na perspetiva da formação
continuada e da formação de públicos não tradicionais.
Do ponto de vista organizacional, em 2020, concluiu-se a reconfiguração do continUA,
enquanto unidade executiva que visa a promoção da aprendizagem contínua, permanente e ao
longo da vida, fomentando, neste âmbito, a interligação e cooperação entre as UO da UA e as
autarquias, empresas e sociedade em geral. Volvidos cerca 10 anos desde a sua criação, numa
fase inicial como estrutura de projeto designada por UINFOC – Unidade Integrada de Formação
Continuada, entendeu-se necessária a sua reconfiguração, quer para redefinir a sua natureza
orgânica, quer para gerar um novo impulso na sua atividade de apoio a funções específicas na
área da formação continuada. Nomeou-se, em 2020, a respetiva Coordenadora e começou-se o
trabalho com a nova organização.
As perturbações provocadas pela pandemia condicionaram a atividade regular destas estrutu-
ras, tendo-se inclusivamente registado, no somatório das formações organizadas pela Associação
para a Formação Profissional e Investigação da Universidade de Aveiro (UNAVE) e continUA,
durante o ano de 2020, uma diminuição no número de formações e formandos. Apesar disso,
acredita-se que as alterações estruturais poderão resultar num aumento da atividade nos próxi-
mos anos, sendo que, no caso do continUA, se pretende atribuir-lhe um papel de apoio relevante
no desenvolvimento da dimensão de ensino e aprendizagem da Universidade ECIU.
As grandes restrições à mobilidade internacional não permitiram aumentar o número de
Exchange Packages, que, como o nome sugere, são conjuntos de unidades curriculares desenhados
para receber estudantes em programas de mobilidade incoming. No futuro, poderá aproveitar-se
o impulso do projeto Universidade ECIU para reforçar este tipo de ofertas.
60
Atrair os melhores estudantes
Atração global de estudantes
Globalmente, a UA continua a aumentar no número total de estudantes inscritos a curso (exclui

mobilidade incoming), depois da diminuição registada no período 2012/13 a 2015/16, mesmo
num cenário em que os números referentes ao ano letivo 2020/21 são provisórios. A recuperação
é transversal aos vários níveis e tipologias de formação e tem sido significativamente influenciada
pelos estudantes de proveniência estrangeira.
18.000 14,00%
16.000
12,00%
14.000 15.183 15.493 15.310
14.908 14.511 14.267 14.879
13.790 13.517 13.855 10,00%
12.000 13.412
10.000 8,00%
8.000 6,00%
6.000
4,00%
4.000
2,00%
2.000
0 0,00%
2010/11 2011/12 2012/13 2013/14 2014/15 2015/16 2016/17 2017/18 2018/19 2019/20 2020/21
Total % Estrangeira
Gráfico 3. Número total de estudantes inscritos em cursos da UA (exclui mobilidade incoming)

e respetiva percentagem de estudantes de nacionalidade estrangeira
De facto, o número de estudantes estrangeiros tem crescido de forma consistente e nos dife-
rentes níveis de ensino, representando, nos números finais de 2019/20, 11,73% e, nos números
ainda provisórios de 2020/21, 11,40% dos estudantes inscritos para realizar um curso completo.
Incluindo na análise os estudantes envolvidos em programas de mobilidade incoming, e não
apenas os estudantes inscritos a curso, o número de estudantes de nacionalidade estrangeira

continuou a aumentar no ano letivo 2019/20, contabilizando-se 2392 estudantes, o que repre-
senta um aumento de 4,6%. Os números apresentados para o ano letivo 2020/21 são ainda
parciais, mas apontam para uma redução que é previsível no contexto atual, mas que pode não
ser tão pronunciada como as enormes restrições à mobilidade sugeriam.
Tabela 20. Número de estudantes de nacionalidade estrangeira (inclui estudantes inscritos a curso, em programas de mobilidade incoming,
em estágios extracurriculares de pós-graduação e em unidades curriculares isoladas)
2011/12 2012/13 2013/14 2014/15 2015/16 2016/17 2017/18 2018/19 2019/20 2020/21
1201 1399 1339 1429 1431 1598 1910 2287 2392 2246
61
Em 2020, no quadro da captação dos estudantes de nacionalidade estrangeira, reforçou-se
o Núcleo de Internacionalização do Gabinete do Reitor e começou a executar-se o projeto
Universities Portugal, uma iniciativa de promoção internacional das universidades portuguesas
financiada pelo COMPETE 2020.
Apesar das dificuldades que o contexto pandémico impôs, concluiu-se o processo de cons-
trução dos planos estratégicos para a internacionalização das UO e começou a construir-se uma
rotina de encontro regular dos coordenadores para a internacionalização das UO.
Atração de estudantes para formação inicial
A formação inicial (licenciaturas e mestrados integrados) continua a representar a maior porção

dos estudantes da UA (65% do total de inscritos em cursos da UA), sendo relevante a importância
crescente dos estudantes de nacionalidade estrangeira.
Tabela 21. Número de estudantes inscritos em cursos de formação inicial e respetiva percentagem de estudantes de nacionalidade estrangeira
2011/12 2012/13 2013/14 2014/15 2015/16 2016/17 2017/18 2018/19 2019/20 2020/21
9.563 9.397 9.179 8.838 8.771 8.849 9.038 9.163 9.410 9.893
2% 2% 2% 2% 2% 3% 4% 6% 7% 7%
O número de estudantes admitidos pela primeira vez em cursos de formação inicial aumentou
4,7% em relação ao ano letivo anterior, essencialmente em resultado do crescimento dos acessos
via Concurso Nacional de Acesso.
Tabela 22. Número de estudantes admitidos pela 1.ª vez em cursos de formação inicial
2011/12 2012/13 2013/14 2014/15 2015/16 2016/17 2017/18 2018/19 2019/20 2020/21
2.549 2.339 2.324 2.266 2.395 2.429 2.635 2.794 2.790 2.921
O Concurso Nacional de Acesso continua a representar a principal via de acesso (81% do total dos
estudantes admitidos pela primeira vez em cursos de formação inicial), apesar da diversificação
de vias de acesso ao ensino superior português. O número de estudantes inscritos pela primeira
vez em cursos da UA através do regime geral foi o maior dos últimos 10 anos (ou seja, o maior na
totalidade dos anos analisados), tendo subido mais de 10% face ao ano anterior.
62
Tabela 23. Número de estudantes inscritos pela 1.ª vez em cursos de formação inicial através do regime geral de acesso
2011/12 2012/13 2013/14 2014/15 2015/16 2016/17 2017/18 2018/19 2019/20 2020/21
1.861 1.887 1.891 1.826 1.979 2.009 2.095 2.154 2.172 2.364
O aumento do número de colocados resulta do aumento do número de vagas colocadas a concurso

e de uma melhoria na taxa de colocação: o rácio colocados/vagas foi superior a 100%, e a percen-
tagem de lugares sobrantes foi a melhor a nível nacional, no contexto universitário, fora de Lisboa.
Numa análise das opções de candidatura, 2631 estudantes elegeram a UA como primeira
opção, o que se traduz num rácio candidatos 1.ª opção/vagas de 113%, representando uma melho-
ria de 5,7 pontos percentuais na comparação com o ano letivo anterior (e 11,1 pontos percentuais
na comparação com o ano letivo 2018/19), o que confirma uma tendência de consistente melhoria
verificada ao longo dos últimos anos.
As classificações de candidatura são outro indicador que importa analisar, ainda que com a
cautela exigida pelo facto de as classificações dependerem do modelo de organização dos exames
nacionais. As medidas adotadas a nível nacional para mitigar o impacto da pandemia provocaram
um aumento generalizado nas classificações de candidatura, o que se refletiu nos cursos da UA –
somente em sete ciclos de estudos dos 54 colocados a concurso não se registou uma melhoria
da classificação dos últimos colocados. Como medida de atração dos estudantes com melhores
classificações de candidatura ao ensino superior, manteve-se a atribuição de bolsas aos estudantes
candidatos à UA em primeira opção e com notas iguais ou superiores a 175 pontos, na primeira
fase do concurso nacional de acesso. Na comparação com o ano letivo anterior, e tendo também
em consideração as particularidades na organização do Concurso Nacional de Acesso acima refe-
ridas, o número de colocados e matriculados com nota igual ou superior a 175 pontos aumentou
mais de 400%, valor que deve ser interpretado com cuidado, devido ao contexto excecional.
O número de estudantes admitidos através de concursos especiais, excluindo o concurso
especial de estudantes internacionais, diminuiu na comparação entre os anos letivos 2018/19 e

2019/20, mas apresenta sinais de recuperação ligeira nos números já conhecidos para 2020/21.
O crescimento mais expressivo deste tipo de acesso está condicionado pela necessidade de gestão
de vagas associada ao conceito de “número máximo de admissões” aplicado pela A3ES, e que
implica opções quanto às vias de acesso que se privilegiam.
Tabela 24. Número de estudantes inscritos pela 1.ª vez em cursos de formação inicial através de concursos especiais (excluindo o concurso
especial para estudantes internacionais)
2011/12 2012/13 2013/14 2014/15 2015/16 2016/17 2017/18 2018/19 2019/20 2020/21
354 236 170 206 178 147 156 195 163 173
63
As restrições à mobilidade internacional resultantes das medidas de contenção da pandemia
tiveram um importante impacto no número de estudantes colocados em 2020/21 através do
concurso especial para estudantes internacionais, que reduziu 33%, apesar da adequação dos
procedimentos de candidatura que se procurou realizar e do reforço da política de incentivos
através da atribuição de bolsas de incentivo de montante igual ao valor da propina para os estu-
dantes internacionais com classificações de acesso superiores a 175 pontos.
Tabela 25. Número de estudantes inscritos pela 1.ª vez em cursos de formação inicial através do concurso especial para estudantes internacionais
2014/15 2015/16 2016/17 2017/18 2018/19 2019/20 2020/21
23 38 63 114 200 202 136
Finalmente, tal como ano letivo anterior, houve um número relevante de estudantes colocados
através de Regimes Especiais, alicerçado, essencialmente, no regime aplicável aos estudantes
nacionais dos países africanos de expressão portuguesa, em particular dos estudantes prove-
nientes da Guiné-Bissau.
Tabela 26. Número de estudantes inscritos pela 1.ª vez em cursos de formação inicial através de regimes especiais
2011/12 2012/13 2013/14 2014/15 2015/16 2016/17 2017/18 2018/19 2019/20 2020/21
20 38 19 25 20 20 30 62 93 94
Atração de estudantes para formação pós-graduada
A tendência de recuperação também é evidente ao nível da formação pós-graduada (mestrados

integrados – 4.º e 5.º ano, mestrados, doutoramentos, cursos de especialização e cursos de forma-
ção avançada), mesmo sendo os dados de 2020/21 provisórios à data deste relatório. Nos dados
de 2020/21, é visível uma redução da percentagem de estudantes de nacionalidade estrangeira,
previsível devido ao momento que vivemos.
Numa análise sobre a capacidade de a UA atrair estudantes para cursos de 2.º ciclo, conside-
rando, por isso, apenas os estudantes inscritos em formação de 2.º ciclo admitidos pelos concur-
sos de pós-graduação, verifica-se um crescimento muito significativo, que mantém a tendência
de crescimento dos últimos anos, resistindo à expectável redução do número de estudantes de
nacionalidade estrangeira no ano letivo 2020/21.
64
Tabela 27. Número de estudantes inscritos em cursos de formação pós-graduada e respetiva percentagem
de estudantes de nacionalidade estrangeira
2011/12 2012/13 2013/14 2014/15 2015/16 2016/17 2017/18 2018/19 2019/20 2020/21
6.170 5.941 5.665 5.295 5.106 5.210 5.394 5.588 5.912 6.010
Percentagem de estudantes de nacionalidade estrangeira
9,51% 10,05% 11,07% 12,12% 13,24% 14,57% 16,91% 19,42% 19,35% 17,74%
Tabela 28. Número de estudantes inscritos em cursos de 2.º ciclo admitidos pelos concursos de pós-graduação
e respetiva percentagem de estudantes de nacionalidade estrangeira
2011/12 2012/13 2013/14 2014/15 2015/16 2016/17 2017/18 2018/19 2019/20 2020/21
2.152 1.924 1.668 1.581 1.541 2.055 2.516 2.764 2.871 2.970
9,80% 10,91% 12,47% 14,86% 15,06% 11,53% 13,71% 16,10% 15,19% 12,12%
Ao nível do 3.º ciclo, no ano letivo 2019/20, o último para o qual há dados completos, voltou-se
a registar um crescimento muito significativo na comparação com o ano letivo anterior (cresci-
mento de 11%). O número é, inclusivamente, o mais elevado dos últimos 10 anos, o que é especial-
mente relevante se se tiver em consideração que os números dos primeiros anos da década eram
influenciados pelo elevado número de estudantes provenientes do Brasil ao abrigo do programa
Ciência sem Fronteiras. Os dados do ano letivo 2020/21 são ainda incompletos, uma vez que há
candidaturas a decorrer no 1.º semestre de 2021, pelo que ainda não é possível projetar com rigor
a variação em relação ao ano letivo 2019/20. Os estudantes de nacionalidade estrangeira têm
contribuído decisivamente para este crescimento, representando 38% dos estudantes já inscritos
no ano letivo 2020/21.
Tabela 29. Número de estudantes inscritos em cursos de 3.º ciclo e respetiva percentagem de estudantes de nacionalidade estrangeira
2011/12 2012/13 2013/14 2014/15 2015/16 2016/17 2017/18 2018/19 2019/20 2020/21
1.639 1.638 1.706 1.493 1.472 1.507 1.587 1.661 1.840 1.733
18% 20% 21% 24% 28% 32% 34% 36% 36% 38%
65
Atração de estudantes para outras formações
Os Cursos Técnicos Superiores Profissionais (CTeSP), enquanto qualificação de nível 5 no Quadro

Europeu de Qualificações, têm contribuído para atrair mais estudantes para o contexto do ensino
superior nacional. O número de estudantes envolvidos nesta formação oferecida pelo subsistema
politécnico aumentou consistentemente desde a sua criação, tendo confirmado a tendência na
transição dos anos letivos 2018/19 para 2019/20. No entanto, os dados reportados à data para
o ano letivo 2020/21 evidenciam uma redução, que, confirmando-se, precisará de ser analisada
com maior detalhe. No final de 2020, identificando-se a necessidade de se assegurar um acom-
panhamento mais regular e transversal dos CTeSP, em articulação com as escolas politécnicas,
reforçou-se o Núcleo de Ensino e Aprendizagem do Gabinete de Reitor com esta finalidade.
Tabela 30. Número de estudantes inscritos em Cursos Técnicos Superiores Profissionais
2014/15 2015/16 2016/17 2017/18 2018/19 2019/20 2020/21
70 330 552 647 700 738 709
A formação ao longo da vida não conferente de grau tem assumido um protagonismo crescente
no contexto empresarial e educativo, com as empresas e os indivíduos a percecionarem, em
ambientes em acelerada mudança, a necessidade de melhorarem as suas qualificações ou de
se requalificarem. O aumento da procura tem encontrado resposta numa oferta cada vez mais
diversificada, muitas vezes realizada a distância a partir das principais instituições de ensino
superior do mundo. Isso significa que, no contexto da UA, o aumento das necessidades das
empresas e indivíduos, em particular as da região, é acompanhado de uma concorrência global
cada vez mais intensa. O continUA e a UNAVE são duas estruturas essenciais na atividade da
UA a este nível. Em conjunto, o universo de formandos nas formações promovidas por conti-
nUA e UNAVE diminuiu em 2020, o que poderá ter uma explicação circunstancial associada
ao contexto pandémico ou razões mais estruturais associadas à alteração do comportamento de
procura deste tipo de formação.
Modernização administrativa como fator de atratividade
A relação com os estudantes na dimensão da gestão académica é relevante para a análise da

qualidade de funcionamento da UA, podendo influenciar as perceções dos estudantes na avaliação
da sua experiência. As limitações que o confinamento colocou às atividades presenciais impul-
sionaram a digitalização da relação com os estudantes, num movimento que importa aproveitar
para melhorar a sua relação dos serviços com os estudantes, nomeadamente aproveitando os
projetos de modernização administrativa na área da gestão académica que a UA tem em curso.
66
Promover o sucesso escolar e o desenvolvimento integral dos estudantes
Espaços de Ensino e Aprendizagem
A par da oferta formativa, a qualidade dos espaços de ensino e aprendizagem é um fator muito
relevante para o processo de ensino e aprendizagem. Além da manutenção regular dos espaços,
e apesar das difíceis circunstâncias de 2020, a participação institucional no projeto Erasmus+
Learning and Teaching Space in Higher Education (LTSHE) permite acumular conhecimento
sobre os espaços de ensino e aprendizagem, que poderão ser transferidos para as práticas
institucionais. Apesar de não ter sido possível concluir o trabalho, continuou-se a trabalhar no
mapeamento dos espaços flexíveis de aprendizagem que, por terem tal flexibilidade, poderão ser
crescentemente utilizados em experiências de inovação pedagógica.
Ainda nesse âmbito, foram dados passos decisivos para a instalação, durante o ano de 2021, no
DEP, do Laboratório de Metodologias de Ensino e Aprendizagem (LMEA@UA), que, tal como
nome sugere, pretende ser um espaço flexível e bem equipado que permita à comunidade UA
realizar experiências de inovação no processo de ensino e aprendizagem.
Desenvolvimento Pedagógico
O ano de 2020 colocou enormes desafios à missão de ensinar e aprender à comunidade UA, com
uma transição abrupta, em março de 2020, para um ensino remoto de emergência que colocou
docentes e estudantes em contextos de ensino-aprendizagem totalmente novos, para a esma-
gadora maioria. A resposta que a UA estruturou (normas regulamentares, orientações gerais,
apoio científico-pedagógico, apoio técnico, ações de formação, sessões de partilha de práticas,
recursos úteis, estudos sobre as alterações das práticas) foi ao encontro de uma comunidade com
enorme vontade de responder a um desafio sem precedentes, o que permitiu a continuidade das
atividades letivas e gerou aprendizagens que terão impacto no futuro do ensino e aprendizagem.
A prática de 2020 consolidou um quadro de atuação ao nível do apoio pedagógico que iden-
tifica as melhorias e inovações que se pretendem incentivar e implementar, de forma gradual:
orientações e recursos, formação, apoio e observação por pares, comunidades de prática e incen-
tivos e reconhecimentos.
Em 2020, 646 docentes da UA participaram em pelo menos uma das ações de formação e
atualização realizadas, o que é revelador da elevada procura registada. No quadro do Programa
de Formação e Atualização Pedagógica, disponibilizaram-se 97 ações de formação, quer concen-
tradas nas Jornadas de Inovação Pedagógica, quer em sessões realizadas ao longo dos meses.
Ainda na dimensão de formação e atualização, realizaram-se duas edições do Docência+ (inicia-
tiva conjunta com a Universidade do Minho), que envolveu cerca de 200 docentes da UA e se
consolidou como uma oportunidade de reflexão e transformação das UC. Com um importante
contributo da UA, foram criadas as Jornadas Interinstitucionais de Desenvolvimento Pedagógico,
que representam um relevante esforço de cooperação entre cerca de uma dezena de instituições
de ensino superior portuguesas. A 7.ª edição do Congresso Nacional de Práticas Pedagógicas no
Ensino Superior (CNaPPES), que a UA assumiu organizar, foi adiada para 2021.
67
Apesar das necessárias adaptações, a UA também continuou a dinamizar o seu Programa de
Observação por Pares. Este programa multidisciplinar e voluntário visa promover a partilha de
reflexões em torno das práticas (próprias e de outros) para a melhoria das mesmas. Os docentes
participantes são agrupados em quartetos de observantes/observados, sendo que cada quarteto
é composto por docentes oriundos de diferentes UO da UA.
A partilha de práticas pedagógicas entre membros da comunidade assumiu uma nova centra-
lidade, nomeadamente pela entrada em funcionamento de Comunidades de Prática dedicadas
ao Inquiry Based Learning e à Internacionalização em Casa, num movimento que o projeto
Erasmus + Collaborative Platform for Teaching Innovation in Higher Education (ColLab), que
a UA coordena, procurará projetar para um nível europeu.
Na dimensão de incentivo e reconhecimento, publicou-se o Regulamento para a Valorização
e Desenvolvimento de Boas Práticas e Inovação Pedagógica, que inclui 3 dimensões de apoio:
o prémio de boas práticas pedagógicas, os incentivos a projetos de inovação pedagógica e a
atribuição do selo “Boas Práticas Pedagógicas” às UC elegíveis. Em 2020, lançou-se a 1.ª edição
dos incentivos a projetos de inovação pedagógica, estando os quatro projetos vencedores a ser
executados no ano letivo 2020/21.
Desempenho escolar dos estudantes
Acompanhar o percurso dos estudantes, monitorizando o sucesso e abandono escolares, fornece

indicadores relevantes sobre a experiência de ensino e aprendizagem, entre outros.
O Observatório do Percurso dos Estudantes assume um papel muito significativo na
compreensão do desempenho escolar e das suas variáveis. No âmbito da sua atividade, fornece
aos órgãos de gestão informação sobre os estudantes, apoiando a gestão no acompanhamento
dos estudantes e na identificação de potenciais situações de abandono. Em 2020, a monitori-
zação começou a beneficiar do alargamento a todos os anos curriculares e a outros níveis de
ensino, bem como da inclusão de novas variáveis que permitem análises mais completas sobre
os determinantes do sucesso e abandono escolares. No ano letivo 2019/20, numa análise global,
considerando todos os níveis de ensino, os estudantes obtiveram aprovação em 92,07% das UC
a que se submeteram a avaliação, o que representa uma melhoria de 2,07 pontos percentuais na
comparação com o ano letivo anterior. No mesmo ano letivo, 63,16% dos estudantes obtiveram
aprovação a pelo menos 75% dos ECTS em que se encontravam inscritos, o que significa uma
melhoria de 1,58 pontos percentuais em relação ano letivo 2018/19.
Numa perspetiva global, considerando os estudantes de todos os anos curriculares e das dife-
rentes habilitações (Licenciatura, Mestrado Integrado, Mestrado e Cursos Técnicos Superiores
Profissionais), observa-se que, no ano letivo 2019/20, 73,4% dos estudantes obteve aproveita-
mento escolar (aprovação a 50% dos ECTS ou mais) e 43,4% concluiu 100% dos ECTS a que se
encontravam inscritos.
Em 2019/2020, e relativamente ao desempenho global dos estudantes que frequentam as
diferentes habilitações no 1.º ano curricular pela primeira vez, a maioria dos estudantes de
Licenciatura (85,7%), de Mestrado Integrado (81,3%), de Mestrado (85,2%) e CTeSP (76,4%)
68
obteve aproveitamento escolar (aprovação a 50% dos ECTS ou mais), sendo que 50,7% dos
estudantes de Licenciatura, 41% dos estudantes de Mestrado Integrado, 65,5% dos estudantes
de Mestrado e 37,4% dos estudantes dos CTeSP concluíram 100% dos ECTS.
70,0
65,5
60,0
52,8
50,7 50,0
50,0
44,6
40,2 41,0 40,0
40,0 38,9 37,4
35,0
32,2 31,6 32,7
30,0 29,2
20,0 19,6
17,3 16,4
11,3 13,0 12,0 11,7
11,1 9,8
10,0 9,6
7,6 6,7 7,0 8,0 7,4
5,3 4,5
0,0
Lic. Lic. MI MI M M CTeSP CTeSP
(1.º ano; 1.ª vez) (restantes anos) (1.º ano; 1.ª vez) (restantes anos) (1.º ano; 1.ª vez) (restantes anos) (1.º ano; 1.ª vez) (restantes anos)
0% >0% e <50% >=50% e <100% 100%
Gráfico 4. Desempenho global dos estudantes por habilitação e ano curricular (1.º ano/1.ª vez no curso; restantes anos curriculares) 2019/2020,
por taxa de aprovação aos ECTS de inscrição
Circunscrevendo o universo de análise aos estudantes do 1.º ano inscritos pela 1.ª vez, é possível
realizar análises longitudinais, o que se mostra particularmente relevante no quadro da avalia-
ção dos efeitos do ensino remoto de emergência adotado no 2.º semestre do ano letivo 2020/21.
Os dados demonstram que não houve uma evolução negativa no desempenho dos estudantes,
havendo até uma porção maior dos estudantes que obteve a aproveitamento a 50% ou mais dos
ECTS (aumento de 1 ponto percentual) e aproveitamento a 100% dos ECTS (aumento de 0,9
pontos percentuais).
50 47,09
46,15
45 43,54
40,57 39,62
40
39,03 37,7
35 38 36,48 36,6
30
25
20
15 13,78 13,54 11,71
9,95
10 8,24
5 7,81 8,07
7,69 7,04 7,45
0
2015/16 2016/17 2017/18 2018/19 2019/20
0% >0% e <50% >=50% e <100 % 100%
Gráfico 5. Desempenho global dos estudantes de 1.º ano e 1.ª vez no curso de licenciatura, mestrado integrado e CTeSP em % de ECTS realizados
69
Numa análise sobre a taxa de abandono da instituição, independentemente das suas razões, é
percetível um aumento na taxa de abandono à instituição para o conjunto das habilitações, em
especial ao nível do mestrado e doutoramento, que pode ser um resultado do impacto da pande-
mia e que, portanto, interessará acompanhar com mais detalhe.
Tabela 31. Taxa de abandono da instituição, por habilitação. A taxa de abandono à instituição que se apresenta foi calculada pela fórmula “Taxa de
abandono ao curso para o ano letivo n/n+1 = (n.º de anulações ao curso no ano letivo n/n+1 + desistência à instituição no ano letivo n+1/n+2) /
n.º de inscritos ao curso no ano letivo n/n+1”
2011/12 2012/13 2013/14 2014/15 2015/16 2016/17 2017/18 2018/19 2019/20
Global
13,95% 12,59% 12,49% 12,09% 11,52% 12,55% 13,25% 13,25% 15,54%
(Todas as habilitações)
Lic. e Mest. Integrado 10,67% 9,94% 10,63% 10,07% 9,09% 9,56% 9,55% 9,44% 8,98%
Mestrado 22,46% 21,68% 19,03% 18,20% 17,52% 18,09% 21,15% 21,04% 26,59%
Doutoramento 18,97% 14,10% 14,65% 15,81% 12,91% 15,13% 17,90% 17,40% 27,55%
No acompanhamento específico dos estudantes de 1.º ano das licenciaturas e mestrados inte-
grados, realizado pelo Observatório do Percurso dos Estudantes, há uma grande melhoria na
percentagem de estudantes inscritos no 1.º ano do 1.º ciclo e mestrados integrados que continuam
inscritos no ano letivo seguinte, de 88,35% na transição de 2018/19 para 2019/20 para 97,99%
na transição para o atual ano letivo 2020/21.
Em geral, e considerando todas as habilitações, o número de diplomados da UA reduziu em
2019/20, mas esta redução parece ser justificada pela possibilidade de adiamento da entrega de
dissertações e teses, o que significa que haverá estudantes a concluir o seu curso além de 31 de
dezembro de 2020 e motivará a correção destes números.
Tabela 32. Número de diplomados
2010/11 2011/12 2012/13 2013/14 2014/15 2015/16 2016/17 2017/18 2018/19 2019/20
4204 4206 3949 3915 3834 3895 3837 3811 3841 3564
Ainda no quadro do desempenho dos estudantes e do reconhecimento do seu mérito, a pandemia

impossibilitou a realização da cerimónia de entrega de prémios aos estudantes da UA, mas concluiu-
-se uma revisão do Regulamento Geral de Atribuição de Prémios Escolares, de forma a tornar mais
abrangente o seu âmbito de aplicação e, portanto, o universo dos seus promotores e destinatários.
70
Aposta e valorização do apoio integrado por pares
No ano letivo 2020/2021, o Programa de Tutoria da UA (PT-UA) foi continuado, com o objetivo
de contribuir para o desenvolvimento interpessoal dos novos estudantes e para a promoção do seu
bem-estar, acompanhando-os no seu percurso académico e constituindo-se como um mecanismo
facilitador na transição para o ensino superior.
O programa integrou 28 cursos de licenciatura e mestrado integrado e dois cursos técni-
cos superiores profissionais, reconhecendo-se a relevância das estratégias de integração e de
acompanhamento para os estudantes nesta tipologia de cursos. Os gráficos 6 e 7 representam a
evolução da implementação do PT-UA, quer em termos de cursos, quer de estudantes do 1.º ano
(tutorandos) envolvidos.
Gráfico 6. Evolução do número de Unidades Orgânicas de Ensino e de cursos participantes no Programa de Tutoria da UA
Gráfico 7. Evolução do número de tutorandos no Programa de Tutoria da UA
71
Numa perspetiva de valorização do conhecimento produzido na academia e de melhoria contí-
nua do Programa, foram encetados contactos com direções de curso, com vista ao: i) desenvol-
vimento de uma aplicação destinada aos participantes do PT-UA (e/ou adaptação de soluções
já desenvolvidas), que potencie e facilite os contactos entre eles e ii) apoio à implementação de
um programa de capacitação dos mentores. Cada uma destas ações contou com a participação
de estudantes de Mestrado, em Comunicação Multimédia, no primeiro caso, e em Psicologia da
Saúde e Reabilitação Neuropsicológica, no segundo.
Ainda no âmbito das ações de mentoria / tutoria, foi dada continuidade à participação da UA
na Rede Portuguesa de Mentoria |Tutoria Interpares no Ensino Superior, com o contributo para
o fomento e a implementação de várias ações de promoção e dinamização da Rede.
Interdisciplinaridade como fator de inovação
A organização da UA, incluindo os seus campi, cria boas condições para a interdisciplinaridade,
que, cada vez mais, se deve afirmar como atitude comum na comunidade UA. No ano letivo
2019/20, o número de Unidades Curriculares Partilhadas, entendidas como UC ministradas por
docentes de mais do que uma unidade orgânica, aumentou, bem como o número de cursos que
incluem a unidade curricular Opção Livre nos seus planos de estudos. Na mesma linha, o número
de dissertações de 2.º ciclo orientadas/coorientadas por docentes de outras unidades orgânicas
aumentou consideravelmente, o que, a confirmar-se no futuro, é um movimento que poderá ter
grande impacto na formação dos estudantes.
Cooperação internacional como incentivo à inovação
A cooperação internacional é um inquestionável fator de progresso das instituições de ensino

superior, nas suas diferentes missões. Ao nível do ensino e aprendizagem, especialmente no
quadro do programa Erasmus+, a participação nas redes internacionais, os projetos conjuntos e
a mobilidade de indivíduos são um incentivo à melhoria contínua dos processos.
O número de novos projetos Erasmus+ aprovados durante o ano de 2020 manteve uma
perspetiva de crescimento na comparação os números de anos anteriores, o que coincide com
o reforço da atividade de apoio a este tipo de cooperação, nomeadamente através de eventos de
formação interna, no quadro do ciclo de encontros “Novas Dinâmicas”.
Tabela 33. Número de projetos Erasmus + (Ações-chave 2 e 3)
2014 2015 2016 2017 2018 2019 2020
7 10 10 9 6 16 23
72
Como era previsível, dado o contexto que se viveu durante o ano de 2020, os estudantes envolvi-
dos em mobilidade incoming na modalidade de estudos, excluindo estágios extracurriculares, e
mobilidade outgoing, diminuíram no último ano letivo para o qual há dados completos (2019/20).
Os números provisórios para o ano letivo 2020/21 também indicam uma diminuição da mobi-
lidade dos estudantes.
Tabela 34. Número de estudantes em mobilidade de estudantes incoming e outgoing (1.º e 2.º ciclo)
2014/15 2015/16 2016/17 2017/18 2018/19 2019/20 2020/21
Mobilidade Estudos In 428 529 496 547 572 537 393
Mobilidade Estudos Out 225 243 244 256 233 204 129
Preparando um período em que a mobilidade se possa voltar a intensificar, a UA viu aprovados

6 projetos de incentivo à mobilidade individual de estudantes, professores e TAG para a apren-
dizagem, dentro e fora do espaço europeu. Em complemento a essas iniciativas, deram-se passos
decisivos para a criação de um novo instrumento de apoio à desmaterialização dos processos
de mobilidade, a MobilidadeNet, no quadro do movimento europeu “Erasmus without Paper”.
Num contexto de mobilidade internacional significativamente reduzida, destaca-se o reforço de
iniciativas de internacionalização em casa, nomeadamente através das dinâmicas de Collaborative
Online International Learning (COIL), que promove experiências de aprendizagem em contexto
internacional no âmbito das unidades curriculares da UA, em colaboração com parceiros no
México, no Reino Unido e no Brasil.
Em 2020, persistiu-se numa abordagem que procura beneficiar dos projetos internacionais
como impulsionadores do desenvolvimento institucional, com exemplo maior, claro, na constru-
ção do conceito de ensino e aprendizagem ambicionado pela Universidade ECIU (baseado na
resolução de desafios societais), mas também, e apenas a título exemplificativo, na reflexão sobre
espaços de aprendizagem (Learning and Teaching Space in Higher Education), no desenvolvi-
mento de comunidades de prática (Collaborative Platform for Teaching Innovation in Higher
Education), na promoção do pensamento crítico (Fostering and assessing students creative and
critical thinking skills in higher education) ou no estímulo à dimensão empreendedora (Towards
HEInnovate 2.0: from assessment to action).
As dinâmicas de cooperação também foram manifestas nas atividades das redes internacio-
nais, com destaque para a EUA (European University Association), a Associación COLUMBUS
e a rede ECIU, onde a UA acompanha as tendências e participa no desenvolvimento do ensino
superior global através de diversos eventos.
A UA apresentou candidaturas à organização de três eventos de grande dimensão para o
ano 2022, nomeadamente no quadro da EUA. Em conjunto com o seu parceiro em Macau, a
73
City University of Macau, a UA preparou o lançamento da “Aliança Global das Universidades
Metropolitanas”, com mais de uma dezena de universidades fundadoras de vários continentes.
Refere-se ainda a organização de reuniões interdepartamentais entre faculdades com parceiros
estratégicos na Indonésia, Rússia, Brasil e China.
Desenvolvimento de competências transversais e transferíveis
Existe, no contexto educativo, um grande consenso em torno da necessidade de dotar os estudantes

de competências além das que são específicas da sua área de estudos. Tais competências podem ser
desenvolvidas em múltiplos contextos, curriculares e extracurriculares, e com diferentes promotores.
Em última instância, contribuem para formar cidadãos mais bem preparados.
No contexto curricular, no âmbito da reestruturação dos atuais mestrados integrados, uma
das bases comuns encontradas foi a introdução de unidades curriculares em Competências
Transferíveis nos planos de estudos das licenciaturas a criar, o que reforçará a perceção externa de
que a experiência de ensino e aprendizagem na UA reconhece a centralidade destas competências.
Na dimensão extracurricular, a ambição que se apresentava para 2020 era a de incentivar
o desenvolvimento das competências transferíveis, inspirado em princípios de gamification e
tendo as estruturas estudantis como principal parceiro, mas as atividades extracurriculares foram
seriamente condicionadas pelas medidas de prevenção associadas à pandemia, o que alterou a
viabilidade desta ação.
Inclusão no processo de ensino e aprendizagem
O Gabinete Pedagógico prosseguiu a sua atividade regular, funcionando, frequentemente, como

nó central numa rede de resposta para a inclusão de estudantes com necessidades específicas
(83 estudantes em 2019/20 e 80 em 2020/21), articulando-se com outras instituições e com
os serviços relevantes da UA para melhorar continuamente a qualidade da resposta e o apoio
pessoal e pedagógico.
Durante os períodos de confinamento, que constituem contextos especialmente difíceis para o
bem-estar dos estudantes, o Gabinete intensificou as rotinas de contacto com os estudantes que
acompanha, procurando atuar preventivamente. Além do acompanhamento pessoal e pedagógico, o
Gabinete também se envolveu na organização de atividades culturais e desportivas e contribuiu para
a celebração de protocolos de colaboração para a inclusão dos estudantes no mercado de trabalho.
Finalmente, pela sua articulação com os organismos públicos e participação em seminários
e conferências na área da inclusão, o Gabinete Pedagógico continua a demonstrar a vontade da
UA na melhoria contínua das condições de inclusão e integração no ensino superior.
Acompanhamento da empregabilidade dos estudantes
Não sendo finalidade única de uma instituição de ensino superior, é inegável que muitos dos
que procuram a UA o fazem na expectativa de melhorarem as suas condições de emprego.
74
Do conjunto de 48.409 diplomados no período entre 2000 e 2019, encontravam-se registados
no IEFP como desempregados em junho de 2020 cerca de 0,35%.
Acompanhamento da estratégia, estrutura e melhoria contínua
A participação da comunidade nas discussões de natureza estratégica, o que inclui também

a essencial prestação de contas pelos órgãos executivos, é algo que se tem procurado tornar
rotina. Em particular na área do ensino e aprendizagem, estruturou-se o Fórum de Ensino e
Aprendizagem com esse objetivo: ser o “ponto de encontro” daqueles que, sendo parte do processo
de ensino e de aprendizagem na UA, queiram participar no debate sobre o rumo a seguir nesta
área. Em 2020, apesar das limitações existentes, não se quis abdicar deste espaço de prestação
de contas e de reflexão conjunta sobre a inovação no ensino e aprendizagem na UA, tendo-se
realizado a segunda edição do Fórum.
Na continuação do esforço de inovação na área do ensino e aprendizagem, em 2020, foi criada
a Equipa de Apoio para a Inovação Curricular e Pedagógica, com a missão de apoiar a conceptua-
lização e implementação de ações de desenvolvimento pedagógico e, pela sua ação, aprofundar
uma cultura de melhoria contínua e inovação no ensino e na aprendizagem, articulando-se com
o Núcleo de Ensino e Aprendizagem do Gabinete do Reitor, instituído em 2019.
Em síntese, e recorrendo à análise de dados do Sistema de Garantia de Qualidade, mais deta-
lhado noutras partes deste relatório, pode-se concluir que a UA tem sido capaz de introduzir
melhorias no processo de ensino e aprendizagem – como referência, as médias dos valores das
respostas às questões sobre o funcionamento global da unidade curricular e avaliação global
do desempenho do docente do Inquérito de Apreciação do processo de Ensino-Aprendizagem
melhoraram durante o ano letivo concluído em 2020. Também o número de unidades curricula-
res em “Situação Relevante – Boas Práticas”, no âmbito do SGQ, aumentou de forma expressiva.
Cultura de investigação
Não obstante os esforços envidados pelas várias estruturas de gestão envolvidas e pela comunidade
científica em geral, as atividades de investigação foram afetadas pela situação pandémica, sobretudo
as que necessitam de um maior envolvimento presencial. A maioria dos planos de trabalho inerentes
às centenas de projetos de investigação em curso, assim como dos contratos de trabalho e bolsas a eles
associados, encontra-se atualmente em reformulação, traduzindo-se numa enorme carga burocrática
a acrescer à que já decorria das muitas alterações legislativas anteriores e que se descrevem com maior
detalhe no relatório referente ao ano de 2019. Ainda assim, foi possível levar a cabo um conjunto de
iniciativas relevantes para toda a comunidade, conforme se descreve nos pontos que se seguem.
Programa de iniciação à investigação científica
Apesar das dificuldades logísticas, o evento anual Research Summit (RS) foi levado a cabo em
formato digital nos dias 24, 25 e 26 de junho, tendo 78 estudantes de 1.º e 2.º ciclo, integrados no
75
Programa de Iniciação à Investigação Científica (PIIC@UA), apresentado os resultados do seu
envolvimento em atividades de investigação, desenvolvidas por diferentes UI, nos dois últimos
dias do RS.
Sistema de incentivos
Uma das ferramentas importantes para consolidar a cultura de investigação na UA foi o estabele-
cimento do Prémio Investigador Universidade de Aveiro. Este prémio tem como objetivo eviden-
ciar o trabalho que é realizado na área da investigação e reconhecer o mérito dos investigadores
da UA cujo trabalho se tenha destacado, a nível nacional e/ou internacional. É fundamental que
o reconhecimento internacional seja acompanhado do reconhecimento da comunidade em que
se inserem.
Este prémio teve a sua primeira edição em 2020. Das dezasseis candidaturas recebidas, três
apresentaram-se a título coletivo. Foram ainda distinguidas com a atribuição de Menções Honrosas
quatro candidaturas nas áreas da Engenharia, Ciências, Ciências Sociais e Artes e Humanidades.
O primeiro prémio monetário será utilizado em atividades de investigação ou correlacionadas.
No caso das Menções Honrosas, os prémios atribuídos destinam-se a reembolsar os premiados
pelas despesas de apresentação de trabalhos em congresso internacional.
Apoio à elaboração, submissão e implementação de propostas

de investigação mais competitivas
Com o objetivo de ajudar a comunidade científica na elaboração e submissão de propostas de

investigação mais competitivas, envolvendo investigadores e docentes nos vários estágios das
suas carreiras, o Gabinete de Apoio à Investigação (GAI) realiza normalmente diversas sessões de
informação e workshops destinadas à comunidade científica da UA, quer de forma isolada quer
em articulação com outros gabinetes congéneres, designadamente, a Rede PERIN e os existentes
nas instituições do consórcio da Universidade ECIU.
O ano de 2020, quer pela situação pandémica, quer pela redução da equipa do GAI em dois
elementos, em meados do ano, implicou algumas limitações a este nível. Em qualquer caso, em
fevereiro de 2020, foram levadas a cabo três sessões de esclarecimento dedicadas ao concurso
nacional para projetos de I&D em todos os domínios científicos (PTDC) promovido pela FCT,
as quais contaram com 607 inscritos.
Apesar das regras aplicáveis limitarem o número de propostas a submeter por cada investiga-
dor responsável (apenas uma), a comunidade científica da UA mobilizou-se, tendo sido submetido
um conjunto muito significativo de propostas com a participação da UA (792 no total). Destas,
41 foram aprovadas ainda no final de 2020. Apresenta-se de seguida a tabela 35 com o objetivo
de sistematizar os resultados globais.
De referir ainda que, quer em termos do número de candidaturas, quer em termos de projetos
aprovados enquanto instituição proponente, o peso relativo da UA nos totais nacionais foi de
aproximadamente 9%.
76
Tabela 35: Resumo dos resultados da UA no Concurso para Projetos em Todos os Domínios Científicos
Propostas Proponente UA Parceiro UA Total
Submetidas 518 274 792
Aprovadas 28 13 41
Taxa de sucesso 5,4% 4,7% 5,2%
No decurso do ano foram ainda realizadas três sessões de informação e treino dedicadas a docen-
tes e investigadores acerca da ferramenta SciVal adquirida pela UA em 2020. O SciVal é uma
ferramenta de tecnologia avançada de análise de dados, baseada na informação do SCOPUS, que
permite processar e visualizar rapidamente uma grande quantidade de dados. Facilita a obtenção
de informação sobre o desempenho da investigação desenvolvida, permite fazer comparações com
outras instituições, identificar parcerias estratégicas e áreas de investigação emergentes, bem
como criar relatórios personalizados. Não obstante estas sessões não terem sido contabilizadas
para efeitos de indicadores, não poderiam deixar de ser mencionadas, porquanto se trata de mais
um instrumento de apoio ao desenvolvimento das atividades científicas.
No final do ano realizou-se a “Sessão Horizonte Europa | a UA rumo à Saúde no Horizonte
Europa” em articulação com a AICIB – Agência de Investigação Clínica e Inovação Biomédica,
que integra a rede PERIN. Esta sessão teve como público alvo os representantes das UI com ativi-
dade na área da saúde, a fim de desenvolver um trabalho de maior proximidade entre a AICIB e
os principais stakeholders nacionais e a discutir a melhor estratégia para envolver a comunidade
global e multidisciplinar que integra a UA na área da saúde no Horizonte Europa. A esta sessão
seguiu-se uma outra aberta a toda a comunidade, já em 2021.
Em complemento às atividades acima identificadas e ao trabalho de apoio especializado reali-
zado diariamente pelo GAI, foram ainda implementadas diversas ações no sentido de providen-
ciar serviços especializados de consultoria em convocatórias de especial relevância, como foi o
caso a reprogramação física e financeira do projeto “UA Coordena+ – Mais coordenações, Mais
Internacionalização da Investigação da UA”, efetuada com o objetivo de abarcar 4 candidaturas à
European Call Green Deal, tendo a UA como instituição proponente. No total foram submetidas
33 candidaturas com a participação da UA no âmbito desta chamada.
Simultaneamente, a operação “ERCBOOST@UA – Programa de Apoio à Participação no
European Research Council da Universidade de Aveiro”, tal como a anterior, financiada pelo
Programa Operacional Centro2020 e promovida pelo GAI, permitiu financiar despesas com
empresas de consultoria que prestaram apoio direto aos vários investigadores que apresentaram
propostas ERC em 2020. De salientar a aprovação de mais uma ERC Starting Grant, que se veio
juntar às restantes oito ERC Grants que prestigiam e consolidam o reconhecimento internacional
da UA (https://www.ua.pt/pt/bolsas-erc).
O projeto UA Coordena+, em conjugação com o projeto ERCBoost têm-se revelado instru-
mentos de suma importância para potenciar a captação de fundos europeus, porquanto reforçam
77
as competências internas através do financiamento da contratação de recursos externos especia-
lizados. Tal pode ser comprovado pelo número de candidaturas submetidas entre 2019 e 2020
a importantes instrumentos do programa H2020, entretanto aprovadas para financiamento.
Tabela 36. Projetos H2020 aprovados para financiamento e considerados nos financiamentos ERCBoost e UA Coordena+
Total de
Esquema de Total de
Acrónimo Título financiamento
financiamento financiamento da UA
Institutional, BEhavioural, critical and adaptive economics
BESIDE towards SustaInable Development, management of natural CSA – ERACHAIR 2.498.621,25 2.498.621,25
capital and circular Economy
Viruses and Epitranscriptomics: seeking novel targets for
EpiViral CSA – TWINNING 878.446,25 603.571,25
antiviral therapy
Human Platelet Lysates-based Scaffolds for Interfacial H2020-NMBP-TR-
InterLynk 5.999.638,00 1.630.865,00
Multi-tissue Repair IND-2020-
ThermoRise Rise of the 3rd dimension in nanotemperature mapping ERC-COG 1.988.354,00 1.988.354,00
Unveiling CO2 chemisorption mechanisms in solid

NMR4CO2 ERC-COG 1.999.793,00 1.999.793,00
adsorbents via surface-enhanced ex(in)-situ NMR
Full human-based multi-scale constructs with jammed
REBORN ERC-ADG 3.499.683,75 3.499.683,75
regenerative pockets for bone engineering
Towards the use of IgY antibodies as alternative
PureIgY ERC-POC-LS 150.000,00 150.000,00
therapeutics
Kleptoplasty: The sea slug that got away with stolen
KleptoSlug ERC-STG 2.255.461,25 2.255.461,25
chloroplasts
Extracellular matrix derived products from human placenta
AMNIOGEL ERC-POC-LS 150.000,00 150.000,00
to engineer bone microtissues for in vitro disease models
Total 18.419.997,50 13.776.349,50
A juntar às medidas acima elencadas com vista a incrementar a qualidade das propostas subme-
tidas pelos docentes e investigadores da UA, existe um outro conjunto de iniciativas, igualmente
relevantes e que têm em vista o apoio à gestão e implementação de projetos de I&D. Esta compo-
nente representa uma parte substancial da atividade do GAI, assim como de outros serviços de
interface, e é fundamental para que a instituição possa cumprir com as obrigações inerentes à
implementação de programas e projetos e assim ser reconhecida como um parceiro credível.
Tendo isto em conta, no início de 2020 foram promovidas pelo GAI cinco sessões de informação
destinadas aos investigadores responsáveis dos 141 projetos FCT coordenados pela UA ao abrigo
do AAC 02/SAICT/2017.
Por último, refira-se o início do projeto “UA-ENGAGING – Ferramenta digital de gestão
integrada de informação para as áreas de investigação, cooperação e organização de eventos”, em
setembro de 2020, transversal a várias áreas de atuação da UA e a todo o ciclo de vida dos proje-
tos/financiamentos. A existência e implementação desta ferramenta, complementar e integrada
com outros sistemas de informação já existentes na UA, vai contribuir, por um lado, para um uso
mais eficiente e eficaz de recursos e, por outro, a nível estratégico e de apoio à decisão, para uma
maior e mais eficiente atração e retenção de financiamento (nacional e internacional, público e
privado), para uma maior e melhor cooperação (nacional, internacional, intersectorial) e para
78
uma visibilidade acrescida e fortalecimento do posicionamento da UA enquanto universidade
inovadora, geradora e utilizadora de conhecimento, com a capacidade de atrair aos seus campi
investigadores, empresas e demais stakeholders, bem como a organização de conferências e outros
eventos de elevado mérito.
Apoio no desenvolvimento de projetos de tese
Ao nível do terceiro ciclo, a Escola Doutoral da Universidade de Aveiro (EDUA) organizou

workshops e apoiou iniciativas com o objetivo de apoiar os estudantes de doutoramento a desen-
volver os respetivos projetos de investigação, publicar artigos científicos com reconhecimento
por pares, escrever a tese e melhorar as competências empreendedoras. Alguns instrumentos
importantes para esse desenvolvimento e postos à disposição da academia foram: workshops
(e.g., “Workshop Tips for an effective Pitch”, “Science communication: concepts, goals, prac-
tices and tools “, “Idea Puzzle free webinar “, “Workshop: Design Thinking para inovação nos
processos de supervisão “); a iniciativa Writing League (com sessões quinzenais de escrita de
estudantes para estudantes e workshops, e.g. “Stylish Academic Writing: Why Here, Why Now?”);
a International Mentoring Foundation for the Advancement of High Education (IMFAHE) que
promoveu para os seus membros, UA incluída, uma série de cursos (“Linkedin masterclass : How
to Write a KILLER LinkedIn Profile”, “How to become an Innovator”, “Idea generation as part of
the innovation process”, “Prepare your business plan”, “Patent your ideas.”, “Pitch your ideas. Get
funding to develop your ideas.”, “Founding a Start up.”, “Start in Europe-Expand to other conti-
nents.”, “Management 101. (Learn skills for how to become a leader, not a boss)”, “Networking &
Informational Interviews”, “The Day of the Interview”).
Bolsas de doutoramento
De acordo com o previsto, a segunda edição do programa de bolsas de doutoramento da UA

contemplava a atribuição de 10 bolsas de doutoramento. Foram admitidas a concurso 43 candi-
daturas, tendo sido atribuídas 10 bolsas. Os incentivos nesse sentido conduziram a que quatro
candidaturas assentem em planos de trabalho inter e/ou transdisciplinares, um número que se
considera reduzido, mas que representa ainda assim um aumento face ao ano anterior. Esta é
mais uma forma de fomentar a colaboração entre os membros do corpo docente e do corpo de
investigadores e a produção de investigação de qualidade.
Programas Doutorais
Em 2020 submeteu-se à (A3ES), para acreditação, um novo programa doutoral (PD), para
reforço da oferta formativa, o Programa Doutoral em Novos Média.
Em 2020 não foi submetido à A3ES, para avaliação, nenhum dos ciclos de estudos em funcio-
namento (ACEF), já que, devido à pandemia, a A3ES decidiu adiar a habitual data de submissão
destes processos para os primeiros meses de 2021.
79
Relativamente a resultados de avaliações e propostas de novos ciclos de estudos, submetidos
em anos anteriores, a UA recebeu a acreditação de seis novos programas doutorais, cinco dos
quais em substituição de programas já existentes.
Já no que diz respeito a resultados de avaliações de ciclos de estudos em funcionamento, a UA
recebeu a decisão de acreditação de nove ciclos de estudos de 3.º ciclo, todos eles sem condições,
sendo que oito destes foram avaliados segundo o novo regime simplificado de avaliações, sem
necessidade de nomeação de Comissão de Avaliação Externa, o que decorre da excelente avaliação
das nossas UI, entre outros aspetos.
Carreiras
São os recursos humanos que determinam a qualidade das instituições e dos serviços que estas
prestam à comunidade. Tendo isto por base, a UA deu continuidade em 2020 à implementação
do programa de investimento na promoção, alargamento e rejuvenescimento dos recursos huma-
nos, potenciando a capacidade de afirmação da UA, aliado ao estabelecimento de patamares de
qualidade exigentes na sua contratação, e a fixação de recursos humanos qualificados.
Atração de investigadores e docentes
Em 2020 ocorreram mais de duas centenas de novas situações contratuais para docentes e
investigadores, das quais se destacam 36 para professores auxiliares, 13 para professores adjuntos,
14 para investigadores auxiliares e 15 para equiparados a investigadores auxiliares.
Com vista à atração e retenção de investigadores e docentes de excelência, bem como ao
rejuvenescimento das respetivas carreiras, colocaram-se a concurso diversas posições para inves-
tigadores e docentes em início de carreira, incluindo 13 novas posições de professor auxiliar e
adjunto e investigadores de carreira.
De referir que das posições decorrentes do cumprimento do contrato-programa celebrado ao
abrigo do Concurso Estímulo ao Emprego Científico (CEEC) Institucional, cujas candidaturas
devem assegurar o rejuvenescimento e reforço de carreiras da instituição contratante, assim
como a articulação com as UI que integra, foram providas, entre 2019 e 2020, 9 posições para
professores auxiliares, 4 para investigadores auxiliares e 1 para um investigador equiparado a
investigador auxiliar.
Progressão/valorização das carreiras
Cabe à UA assegurar não só a estabilidade, como também o desenvolvimento de carreira dos seus
trabalhadores, de forma a reconhecer o esforço e os resultados de mérito alcançados ao longo dos
anos, em linha com os objetivos estabelecidos no plano estratégico.
À semelhança do referido no ponto anterior, também para as categorias de topo houve um
conjunto considerável de novas situações contratualizadas em 2020. Apresenta-se na tabela
seguinte um resumo da situação, que sem ser exaustivo, é suficiente para descrever a situação:
80
Tabela 37. Número de trabalhadores que iniciaram nova situação contratual em 2020
N.º de trabalhadores que

Categoria iniciaram situação em 2020
Equiparado a Investigador Auxiliar 15
Equiparado a Investigador Coordenador 1
Equiparado a Investigador Principal 1
Investigador Auxiliar em regime laboral 14
Investigador Coordenador em regime laboral 1
Investigador Principal com habilitação ou Agregação em regime laboral 5
Investigador Principal em regime laboral 19
Professor Adjunto 9
Professor Adjunto em regime laboral 4
Professor Associado 27
Professor Associado c/ Agregação 10
Professor Auxiliar 17
Professor Auxiliar c/ Agregação 3
Professor Auxiliar em regime laboral 19
Professor Catedrático 10
Professor Coordenador c/ Agregação 1
Professor Coordenador s/ Agregação 10
Total 166
Tendo em consideração as necessidades das UO, decorrentes da aposentação de docentes ou

de novas necessidades de serviço docente, foram postas a concurso duas posições para lugares
de topo. Como referido no plano de atividades, o processo de recrutamento tem grande impacto
no futuro da UA, na qualidade dos resultados que se pretendem alcançar e no reconhecimento
da instituição nos planos nacional e internacional, pelo que são envidados todos os esforços no
sentido da seleção criteriosa dos melhores candidatos.
Importa ainda salientar que em 2020 foi celebrado o contrato-programa entre a UA, a FCT e o
IGEFE relativo à regularização decorrente da aplicação da Lei PREVPAP (Lei n.º 112/2017, de 29
de dezembro). Este contrato-programa abrange 53 investigadores e assegura o seu financiamento,
em função de cada situação em concreto, quer através de verbas provenientes da FCT, quer atra-
vés de dotação orçamental. Globalmente, este processo permitiu já regularizar definitivamente
81
68 processos entre TAG, docentes e investigadores, o que permitiu estabilizar as posições destes
membros da comunidade, que ao longo dos últimos anos contribuíram de forma significativa
para os resultados alcançados pela UA.
Ainda sobre TAG, há a destacar que a UA previu fazer em 2020, pela primeira vez, progressões
por opção gestionária, tendo sido feito a necessária reserva orçamental. Foram suscitadas dúvi-
das por parte da tutela sobre a possibilidade de as concretizar, que a UA prontamente procurou
esclarecer, primeiro por escrito e depois presencialmente. Apesar destes esforços, em que o reitor
e a administração da UA se empenharam totalmente, não recebemos ainda resposta.
Regulamentos de avaliação de pessoal docente e investigador
Em 2020 concluiu-se o processo de revisão do regulamento de avaliação de desempenho de

docentes. Não foi possível concluir o regulamento de avaliação de desempenho de investigadores,
que se encontra ainda em construção, tendo sido já realizadas duas sessões com os investigadores
da UA para discussão de uma versão preliminar. Embora de extrema relevância para a consolida-
ção de um sistema justo e que promova o reconhecimento do mérito, com impacto significativo
no desenvolvimento de carreira, este é um processo sensível e que requer reflexão profunda,
inclusivamente no enquadramento da Universidade Europeia.
Bolsas
Contribuem e contribuíram para o fortalecimento das carreiras na UA em 2020 as ações e os

programas de mentoring acima mencionados, alguns dos quais permitem a contratação de
investigadores através de programas de financiamento altamente competitivos. Destes merecem
destaque as bolsas individuais financiadas pelo subprograma Marie S. Curie Actions (MSCA), do
programa-quadro H2020. Em 2020 teve início uma das bolsas aprovadas neste âmbito e duas
terão início em 2021.
As muito reconhecidas bolsas atribuídas pelo European Research Council (ERC) têm contri-
buído de forma decisiva para a afirmação e projeção da investigação na UA. Em 2020, a UA viu
aprovada mais uma ERC Starting Grant, com um orçamento de cerca de 2,2 milhões de euros.
Esta bolsa permitirá à investigadora responsável, não só elevar a sua carreira a um patamar
de extraordinário reconhecimento internacional, como capacitar a sua equipa de investigação,
proporcionando-lhe a participação em atividades de investigação de excelência e potenciar as
respetivas áreas científicas para o futuro.
Igualmente relevante foi o resultado alcançado com a aprovação da ERAChair “BESIDE-
Institutional, BEhavioural, critical and adaptive economics towards SustaInable Development,
management of natural capital and circular Economy”, com um orçamento de aproximadamente
2,5 milhões de euros. Tratando-se um financiamento altamente competitivo, permitirá atrair para
a UA um perito de reconhecido mérito internacional na área científica de economia ambiental
e recursos naturais, assim como contratar outros investigadores altamente especializados para
integrar a sua equipa (cinco investigadores e três estudantes de doutoramento).
82
Mobilidade de docentes e de investigadores
A mobilidade de docentes e investigadores é outra das formas de fomentar o desenvolvimento

de carreiras. A UA promove e apoia candidaturas e a participação em ações desta natureza nas
várias componentes (científica e académica). Para além da mobilidade no âmbito do programa
ERASMUS+ salienta-se a participação e a coordenação de ações RISE, mais uma das medidas do
subprograma MSCA que financia a mobilidade internacional e intersectorial de investigadores/
docentes/estudantes de 3.º ciclo. Em 2020 foi aprovado mais um projeto desta natureza coorde-
nado pela UA, contando com o envolvimento de mais 10 parceiros, incluindo quatro empresas,
com vista a promover a mobilidade intersectorial. De salientar que a UA conta já com 11 projetos
desta natureza, dos quais coordena/coordenou cinco.
Da mesma forma, as Ações COST promovem a integração e enriquecimento das diversas
comunidades científicas e contribuem decisivamente para a desfragmentação de conhecimento
na Europa, através do financiamento de reuniões, conferências, workshops, missões científi-
cas de curta duração, ações de formação avançada, publicações e ações de disseminação. Para
além da participação em diversas ações coordenadas por outras instituições, no decurso do ano
2020, a UA iniciou a coordenação da Ação COST “Pan-European Network in Lipidomics and
EpiLipidomics” e que se junta à iniciada em 2019.
Destacam-se ainda o projeto “SMART-ER: the ECIU University Research Institute for SMART
European Regions” e a iniciativa “mobility fund”, ambos resultantes da participação da UA na
Universidade ECIU. O projeto SMART-ER permitirá às várias instituições abordar desafios
globais de forma conjunta, em particular aqueles que se inserem no âmbito do Objetivo de
Desenvolvimento Sustentável 11, através da criação de um instituto virtual que integrará inves-
tigadores de 12 instituições diferentes e fomentará a mobilidade de estudantes e investigadores
com vista à resolução de desafios, promoção de novos acordos de cotutela, novas parcerias e novos
projetos em colaboração, entre outros.
A iniciativa “mobility fund” foi reformulada durante o ano 2020 a fim de fomentar um maior
número de participações nas várias instituições. Este fundo destina-se a funcionar como um
incentivo para explorar e aprofundar a colaboração entre as instituições que compõem o consór-
cio, por exemplo, em termos de propostas de projetos de investigação, publicações científicas,
entre outros. Pretende igualmente promover o desenvolvimento profissional de investigadores
das instituições, apoiando o intercâmbio de conhecimento num ambiente internacional de inves-
tigação de alta qualidade.
Instituto de Investigação
O estabelecimento de um instituto de investigação, onde terão assento todos os coordenadores

das UI, deverá dotar a UA de um importante fórum de discussão da estratégia para a investigação.
O conhecimento aprofundado das respetivas áreas científicas, em paralelo com o conhecimento
do estado da arte e das tendências das áreas científicas em que se desenvolve a atividade, permi-
tirá encontrar pontos decisivos que facilitem alavancar novas áreas do conhecimento para solu-
83
cionar novos desafios. Pretende-se que esta nova estrutura proporcione a orientação estratégica e
o suporte à comunidade científica no sentido da promoção de sinergias entre as várias UI, assim
como entre estas e outras instituições do plano regional, nacional e internacional, que potenciem
a excelência e o impacto dos resultados da investigação desenvolvida na UA, bem como o seu
reconhecimento internacional. Durante o ano transato, continuou a trabalhar-se na sua criação,
embora, face às dificuldades acrescidas que a pandemia acarretou para as diferentes estruturas
de gestão, não tivesse ainda sido possível concluir o processo.
Investigação inter e transdisciplinar
A 3.ª edição do Research Summit, em junho de 2020, teve como objetivo constituir um fórum de
discussão em torno do tema “Mar e Sustentabilidade”. Um dos principais objetivos do evento é
fomentar a atividade inter e transdisciplinar entre os investigadores da UA, o que se concretizou
com 16 apresentações de diferentes UI, que levaram a que se estabelecessem contactos entre
investigadores com interesses mútuos. No primeiro dia, o evento contou ainda com a intervenção
do Ministro dos Assuntos Marítimos, Ricardo Serrão Santos, com uma interessante perspetiva
sobre os esforços de Portugal para ajudar a comunidade de investigação na área dos assuntos
marítimos. O Comandante Maurício Murilo permitiu ao público descobrir mais sobre o navio
Sagres, com a sua apresentação intitulada “NRP SAGRES, 58 years showing the Portuguese Flag
around the World”. Com o apoio do American Corner da UA e da Embaixada dos Estados Unidos,
William Gerwick, da Universidade da Califórnia, San Diego, proporcionou ao público uma visão
profunda do seu trabalho na área temática do evento.
Os segundo e terceiro dias do RS foram bastante participados, com mais de 800 intervenien-
tes, ao longo das sete salas simultâneas em cada dia, envolvendo: 48 programas de doutoramento,
641 estudantes de doutoramento e 160 professores envolvidos no júri.
A EDUA dinamizou iniciativas que visaram promover a inter e transdisciplinaridade, nomea-
damente, a implementação de cursos de soft skills, cursos piloto de supervisão e workshops
transdisciplinares, nomeadamente “Idea Puzzle free webinar” e “Workshop: Design Thinking
para inovação nos processos de supervisão”.
Os resultados alcançados durante o ano nas várias vertentes, que podem ser consultados na
Tabela 38 (Tabela dos vários indicadores e metas alcançadas), permitem demonstrar o elevado
nível de interação já existente entre as várias disciplinas. Destaca-se o número de projetos
em que as equipas de investigação envolvem membros de mais do que uma UO, em concreto
39 projetos iniciados.
Ligação da investigação com o mundo
A internacionalização da UA em todas as componentes da sua missão é um objetivo por si só,

mas, em simultâneo, uma forma de potenciar a concretização de outros objetivos de forma
transversal. A internacionalização é uma vertente fulcral comum à maior parte das atividades
levadas a cabo pela UA.
84
Acordos e parcerias com universidades estrangeiras
Foram promovidos acordos e parcerias com universidades estrangeiras de prestígio, no quadro

dos programas europeus para a cooperação no ensino superior (ex. programa Erasmus+ e outros),
para fortalecer a intervenção da UA nas redes em que se integra e aumentar o número de estu-
dantes, docentes e investigadores em mobilidade de e para a UA. Reforçaram-se os esforços
no sentido do estabelecimento de acordos de colaboração bilateral e a participação em redes
internacionais estratégicas de cooperação com vista ao desenvolvimento de maior capacidade
de captação de financiamento específico para o efeito.
No ano em análise, o aumento de protocolos celebrados com universidades estrangeiras classi-
ficadas no top 200 do Ranking Times Higher Education foi de 6% face ao ano anterior, traduzido
em 33 protocolos e 888 acordos com diferentes instituições estrangeiras.
Projetos internacionais
Para além do fomento da participação em ações de mobilidade financiadas por diferentes progra-
mas de financiamento europeu já mencionados no ponto referente ao fortalecimento de carreiras
(Erasmus+, RISE, COST, MSCA-IF), a UA, através da intervenção do GAI, continuou a implemen-
tar diversas atividades para incrementar a participação da instituição em projetos de investigação,
inovação e desenvolvimento, de cariz internacional. Estas atividades incluem não só a organização
e promoção das ações e programas de mentoring já anteriormente mencionadas, como também o
apoio individual à elaboração e submissão de propostas, disseminação de oportunidades de finan-
ciamento de forma generalizada ou dirigida, apoio à gestão de projetos internacionais coordenados
pela UA, apoio em questões transversais como open access ou open data, entre outros.
Em 2020 iniciaram na UA 36 novos projetos europeus, dos quais 19 financiados através do
programa Erasmus+ e 6 financiados pelo programa H2020.
No global estiveram em curso 143 projetos europeus em consórcio, entre eles 2 International
Trainning Network – European Trainning Network (ITN-ETN). Este tipo de redes tem mere-
cido especial destaque nas metas definidas pela instituição, dada a sua relevância na formação
de investigadores, capazes de enfrentar os desafios atuais e futuros e converter conhecimentos e
ideias em produtos e serviços para benefício económico e social.
Não se pode deixar de destacar aqui também a aprovação do projeto SMART-ER. Este projeto
decorre da candidatura da Universidade ECIU a uma convocatória do H2020 com vista a apoiar
a dimensão de investigação e inovação das “Universidades Europeias”. Em consonância com a sua
estratégia partilhada e integrada, de longo prazo, e em sinergia com a sua dimensão educativa, o
SMART-ER pretende: i) desenvolver uma agenda de investigação e inovação comum e plano de
ação de convergência e sua implementação, partilha de infraestruturas e recursos, em sinergia
com estratégias de educação e envolvimento regional; ii) desenvolver e implementar estratégias
para reforçar o capital humano em investigação e inovação; iii) envolver cidadãos, sociedade civil
e autoridades em atividades de investigação e inovação. O projeto estende-se a um total de 12
instituições europeias de diferentes países.
85
Outras ações
Durante o ano de 2020 o GAI participou em diversas ações de informação e formação relativas ao
próximo Programa Quadro para a Investigação – Programa Horizonte Europa, quer promovidas
pela rede PERIN quer pelo consórcio ECIU ou mesmo pela Comissão Europeia, tendo recolhido
informação relevante que fez chegar à comunidade. Estão ainda em curso outras medidas e ações
neste sentido.
A atividade desenvolvida pela EDUA permitiu:
· registar 65 estágios de pós-graduação e 7 acordos de doutoramento em regime de cotutela
internacional;
· ser anfitrião da conferência anual da IMFAHE 2020, uma rede internacional de mentoria.
Ligar a investigação e o ensino aos objetivos

de desenvolvimento sustentável
A UA, enquanto instituição de ensino superior, procura concertar a sua atuação com os objetivos
de desenvolvimento sustentável na prossecução da sua missão, sendo muitos os exemplos que o
concretizam em diferentes áreas de intervenção. Salientamos os seguintes:
Saúde
Um dos principais objetivos da UA tem sido a contribuição de maneiras tangíveis para melho-
rar a prestação de cuidados de saúde através da investigação, educação continuada e formação
avançada de profissionais de saúde, contribuindo para o Objetivo 3.
Mar
Ao promover uma melhor compreensão dos processos marinhos e apoiar a preservação e restau-
ração dos recursos costeiros e oceânicos, a UA luta contra a poluição da água, as mudanças
climáticas, a degradação dos solos e a perda de biodiversidade, contribuindo para os Objetivos
6-7, 12-15.
Colaboração com a indústria

Muitos projetos de investigação estão focados em desafios societais relevantes para a susten-
tabilidade da indústria e para o bem-estar humano. O aumento da produtividade, a melhoria
da qualidade dos produtos e a redução do desperdício nos processos produtivos melhoraram a
qualidade de vida, com foco nas pessoas e nas suas necessidades, contribuindo para os Objetivos
2-3, 6-9, 12, 17.
Sustentabilidade
As iniciativas e projetos da UA têm vindo a aumentar a consciencialização da comunidade para
questões de sustentabilidade, desde a educação, igualdade de género, meio ambiente, saúde, meio
ambiente construído, envelhecimento da população, energia, design e inovação, assim contribuindo
86
para os Objetivos 2-5, 6-17. Em 2020, são de evidenciar duas iniciativas institucionais, financiadas ao
abrigo do mecanismo EEAgrants: o projeto UAGreenBuildings, que tem como objetivo a definição de
um projeto inovador e um instrumento de gestão na lógica dos princípios da construção sustentável
e da economia circular para os projetos de reabilitação e manutenção do edificado da UA, e o projeto
REAP – Reciclagem e Reembolso de Embalagens de alumínio e PET – sistema piloto, cujo produto
resultante terá dois destinos diferenciados, nomeadamente a indústria recicladora e produtora de
embalagens de PET e de alumínio e a reciclagem para fins de demonstração e inovação.
Internacionalização
Ao reforçar o potencial de investigação e a presença no Espaço Europeu de Investigação, nomea-
damente através de investigação de elevado impacto financiada pela UE, a UA e os seus parceiros
têm vindo a enfrentar desafios complexos da sociedade, contribuindo para tornar as regiões da
UE mais inclusivas, seguras, resilientes e sustentáveis.
Contributo para o desenvolvimento regional
A UA tem vindo a contribuir ativamente para o desenvolvimento regional, constituindo-se como

parceiro científico de empresas e demais entidades não científicas a nível regional, nacional e
internacional, promovendo Aveiro como uma região de conhecimento e inovação.
Em 2020, esta estratégia manteve-se, mas teve que ser ajustada com o objetivo de se responder
tanto às necessidades específicas resultantes da pandemia COVID-19 e como à incerteza associada
à mesma, que terá efeitos persistentes sobre a atividade económica. Outra premissa que esteve
subjacente às diferentes iniciativas levadas a cabo durante este período foi a preparação para
os novos instrumentos financeiros no período 2020-2030: a UA tem vindo, em conjunto com
os seus parceiros, a definir desde já as linhas de investigação que possam resultar na criação de
produtos, processos e serviços inovadores que possam contribuir para a recuperação económica.
Esta estratégia tem vindo a ser operacionalizada através da UACOOPERA, estrutura
transversal para a Cooperação com Sociedade, criada em 2019, que enquanto interface entre
a Academia e a Sociedade, identifica necessidades e oportunidades de colaboração vindas

do exterior e operacionaliza-as com o intuito de promover a transferência e aplicação do
conhecimento e resultados de I&D da UA. A UACOOPERA organiza-se em 3 áreas de inter-
venção: Transferência de Conhecimento e Tecnologia: fomento da ligação com a sociedade,
tirando partido do carácter inovador e multidisciplinar da investigação desenvolvida na UA;
Empreendedorismo: promoção do empreendedorismo, através da dinamização de ações
de capacitação, mentoria, apoio e angariação de financiamento para startups; Propriedade
Intelectual: proteção, gestão e valorização do conhecimento através do registo e licenciamento
de direitos de propriedade industrial.
Ainda no que concerne à estratégia de promoção do desenvolvimento na região de Aveiro é
também de frisar a colaboração estreita mantida com o Parque de Ciência e Inovação da Região
de Aveiro (PCI SA), parceiro privilegiado da UA enquanto elemento central do ecossistema de
87
inovação local, onde se localizam empresas de base tecnológica criadas com base no know-how
da UA, mas também algumas das empresas com as quais a UA tem vindo a colaborar.
Áreas de Cooperação
Em 2020, foram também criadas nove áreas de cooperação, com o objetivo de aumentar o conhe-
cimento dos resultados de I&D, promover iniciativas de cooperação e dar a conhecer as compe-
tências diferenciadoras da UA e a sua aplicação em diferentes domínios de atividade económica,
na resposta a desafios e problemas das empresas, autarquias e outras entidades externas.
Assim, reuniu-se um grupo de trabalho alargado com conhecimento da investigação e da
cooperação nos diferentes domínios científicos que contribuem para cada área de cooperação
e que ajudará a reforçar e implementar uma estratégia de médio-prazo para a afirmação das
competências da UA junto dos interlocutores externos, promovendo a inovação como base para
o desenvolvimento económico, nas seguintes áreas:
Agroalimentar:
· Artes e Culturas;
· Energia e Ambiente;
· Floresta;
· Mar;
· Produtos e Processos Industriais;
· Saúde;
· Tecnologias de Informação, Comunicação e Eletrónica;
· Territórios, Desenvolvimento e Habitat.
Projetos de promoção de transferência conhecimento e tecnologia
Ainda no âmbito da sua missão de cooperação com a sociedade, e com o intuito de aumentar e
melhorar os apoios disponíveis à academia e também à região, a UACOOPERA incentivou parceiros
estratégicos para a apresentação de candidaturas a programas de financiamento regionais e nacionais.
Em junho de 2020, o consórcio liderado pela UA, submeteu o projeto “UI-CAN Universidades
como Interface para o Empreendedorismo”, juntamente com as Universidades da Beira Interior,
Coimbra, Évora, Porto, Trás-os-Montes e Alto Douro e a TecMinho, estando ainda a aguardar
resposta por parte do COMPETE 2020, com o objetivo melhorar o apoio dado ao empreende-
dorismo universitário e também de criar uma rede de estruturas que o promovam.
· Em outubro de 2020, e em parceria com a CIRA (entidade líder) e a AIDA, foi apresentada a
candidatura “INOV@IERA – Inovação no apoio ao empreendedorismo na Região de Aveiro”,
com o intuito de dar continuidade ao apoio que tem vindo a ser prestado aos empreendedores
da Região de Aveiro (Rede IERA – Incubadora de Empresas da Região de Aveiro).
· Iniciou-se no último trimestre de 2020 a preparação da candidatura “InovC+, – Ecossistema
de Inovação Inteligente” liderada pela Universidade de Coimbra e que conta com a
88
parceria de 19 entidades, entre as quais a UA, e que pretende operacionalizar uma rede de
transferência de conhecimento na Região Centro.
· No decorrer de 2020, a UACOOPERA deu ainda apoio na execução de projetos nacionais
e internacionais, nos quais a UA está envolvida, a saber:
· MEDISIS – Promoção do envolvimento dos atores chave da Região Centro para a transferência
de conhecimento e criação de novas parcerias nas áreas da Medicina de Sistemas – a
UACOOPERA foi responsável pela implementação do concurso MEDISIS IDEAS, que
financiou o desenvolvimento de 11 provas de conceito;
· eBrige Alliance – a UACOOPERA juntamente com a UA Incubator identificaram e
acompanharam projetos empreendedores da academia nas diferentes fases do programa
de apoio a empreendedores e startups;
· UA_ENGAGING – a UACOOPERA integra os diferentes grupos de trabalho, com vista a
contribuir para a criação de um sistema de gestão integrada de informação destinada às
áreas de investigação, cooperação e organização de eventos;
· Universidade ECIU – a UACOOPERA integra a equipa com o objetivo de promover a
ligação com parceiros externos na identificação de desafios aos quais possa ser dada resposta
no âmbito da Universidade ECIU, fomentando a cooperação entre a academia e o tecido
empresarial.
Outras iniciativas
Com o intuito de melhorar a imagem e o reconhecimento da UACOOPERA, enquanto unidade

de interface, a Unidade procurou reforçar a ligação a outras instituições, tendo participado em
diversas iniciativas. Integrou júris de concursos de ideias municipais, acolheu comitivas estran-
geiras (Brasil, Alemanha) e contribuiu para redes informais de Transferência de Conhecimento
e Tecnologia (Zoom Café, liderado pela TecMinho, e que integra mais de 40 entidades da área).
Descrevem-se em seguida as atividades e os resultados alcançados em 2020, nas diferentes
áreas de intervenção da UACOOPERA.
Transferência de Conhecimento e Tecnologia
O objetivo desta área de intervenção é apoiar as diferentes iniciativas relacionadas com a transfe-
rência de conhecimento e tecnologia, com exceção das relacionadas diretamente com empreen-
dedorismo e direitos de propriedade intelectual. Neste âmbito, salienta-se o encaminhamento
de pedidos de empresas e demais entidades externas, que podem ser respondidos através da
submissão de projetos de I&D em consórcio, prestações de serviços outras formas de colaboração.
Durante o ano de 2020, foram submetidas diversas candidaturas a projetos de I&D com
empresas ao programa Portugal 2020. Apresenta-se em seguida um pequeno resumo dos resul-
tados dos esforços feitos junto do tecido empresarial pela UACOOPERA e pelos investigadores
envolvidos e respetivas UI. Salienta-se que o número de candidaturas realizadas foi elevado,
quando comparado com anos anteriores.
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IDT Copromoção (AAC 17/SI/2019): 56 candidaturas apoiadas. Este aviso esteve aberto
durante muito tempo (entre 07/2019 e 05/2020), tendo sido submetido um número de candi-
daturas relativamente elevado, tendo 32 sido aprovadas até ao momento e apenas cinco não
aprovadas.
· I&D Empresa – COVID-19 (AAC 15/SI/2020): seis candidaturas da UA, num período de
candidaturas muito curto (entre 20/04/2020 e 29/05/2020), tendo metade das mesmas
sido aprovadas.
· IDT Copromoção – Territórios de Baixa Densidade (AAC 13/SI/2020): cinco candidaturas,
tendo quatro sido aprovadas (uma ainda em análise).
· IDT Copromoção – Regime Contratual de Investimento (AAC 26/SI/2016): três
candidaturas, com as empresas Bosch Termotecnologia, SA., Isolago e Polivouga, S.A.
(candidaturas ainda em análise).
· IDT Copromoção Clube de Fornecedores (AAC 03/SI/2020): duas candidaturas, ainda
em análise.
· SIAC – Qualificação (AAC 02/SIAC/2019): uma candidatura aprovada.
· IDT Copromoção – Internacionalização (AAC 16/SI/2019): uma candidatura aprovada.
· Fundo Florestal Permanente: uma candidatura aprovada.
No que diz respeito aos projetos aprovados em 2020, foram aprovados e iniciados 24 projetos
(menos quatro do que em 2019). No seu conjunto, correspondem a cerca de 7,3 M€ de inves-
timento por parte da UA (mais 2 M€ do que no ano anterior). Para além dos tipos de projetos
apresentados anteriormente, foi também acompanhado o início de projetos orientados para a
Transferência de Conhecimento e Tecnologia, incluindo dois projetos MAR 2020, um projeto
Fundo Azul, um projeto EEA GRANTS, e três projetos SAICT–PI. Estes projetos SAICT-PI são
pequenos projetos, com candidaturas elaboradas pela UACOOPERA, destinam-se à proteção
de propriedade industrial da UA e visam financiar as despesas realizadas com os processos de
registo de patentes.
O trabalho feito na UA nesta área encontra-se retratado nos gráficos 8 e 9. A evolução do número
e taxa de aprovação dos projetos mostra bem a importância de continuar a apostar nestas áreas.
Gráfico 8. Investimento total de projetos I&D em consórcio Gráfico 9. Investimento total de projetos TCT
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Foi realizado pela primeira vez um inquérito aos investigadores responsáveis por projetos de
IDT Copromoção (onde se incluem os projetos Mobilizadores e do RCI) em curso há mais de um
ano. O inquérito destinava-se a apurar resultados de I&D já obtidos, ou prestes a serem obtidos,
acordos (formais ou informais) já realizados para a transferência desses resultados e interesse das
empresas membro dos consórcios em os utilizarem. Procurou-se assim, de uma forma pró-ativa,
identificar com tempo os resultados com potencial de transferência para as empresas, perceber
o quadro global na altura em que o inquérito foi preenchido e sensibilizar os investigadores
para a necessidade de informarem sobre as possibilidades. Foram enviados questionários para
40 projetos, tendo-se recebido até ao momento resposta de 25, que estão a ser analisadas.
A par das candidaturas a incentivos para o desenvolvimento de projetos de I&D em consórcio
com entidades não científicas, as prestações de serviço constituem cada vez mais uma forma
simplificada de cooperação e de disponibilização ao exterior das valências, equipamentos e
conhecimento técnico e científico gerado na UA. Consequência da procura direta pelas entida-
des externas ou da apresentação da oferta da UA em diferentes meios e eventos, as prestações
de serviço e outras colaborações informais com entidades externas representaram em 2020 um
valor superior de 2 M€ de receitas.
Gráfico 10. N.º de novos contratos de prestação de serviços e Gráfico 11. Prestação de serviços e cooperação com a Sociedade
cooperação com a Sociedade
Não obstante o esforço realizado para aumentar os valores alcançados em anos anteriores, em
números de novos contratos e numerário apresentaram uma redução de 15% face ao ano anterior,
reflexo de um país confinado, com paragens de vários setores da economia, devido à pandemia
COVID-19. A estagnação de alguns processos que tinham sido iniciados e relativamente aos quais
o cliente manifestou incapacidade de os retomar confirmam este facto.
Ainda assim, e fruto da adoção de medidas de investimento, que permitiram a algumas empre-
sas minorar as suas perdas, foi possível acompanhar as mesmas no ajuste da capacidade produtiva
e ajudar ao desenvolvimento de produtos e soluções tecnológicas, incluindo as destinadas a fazer
face à COVID-19. Consciente da capacidade instalada e da sua responsabilidade como entidade
do sistema científico, a UA colocou ao serviço da população e da comunidade os recursos habi-
tualmente destinados à investigação, concretamente a possibilidade de realizar análises para o
rastreio do SARS-COV-2, e que servem de suporte à monitorização da pandemia COVID-19.
91
No ano de 2019 procedeu-se à alteração do Regulamento de prestação de serviços, consultoria
e I&DT com financiamento direto da entidade beneficiária Universidade de Aveiro, Regulamento
n.º 972/2019, publicado no Diário da República a 20 de dezembro. O ano de 2020 foi o ano
de transição e implementação das novas regras, entre as quais a repartição em partes iguais do
montante de overheads pelo orçamento geral da UA e pela UO, Serviço, ou estrutura autonomi-
zada a que a prestação de serviços esteja vinculada, regra que se julga um estímulo à realização
de um maior número de prestações de serviço. Contudo, e muito provavelmente pelas razões
anteriormente apresentadas, não foi possível observar o reflexo da entrada em vigor das novas
diretrizes. Espera-se que tal seja possível no ano de 2021, eventualmente com a realização de
algumas sessões de esclarecimento, envolvendo a comunidade académica e nomeadamente os
técnicos das secretarias das UO e UI.
Propriedade intelectual
A UACOOPERA é responsável pela implementação da estratégia de proteção dos direitos de

propriedade intelectual da UA, definida em conjunto com os seus inventores, garantindo as
melhores condições para a transferência dos resultados de I&D para a Sociedade.
Este trabalho começa na sensibilização e capacitação da academia para esta temática,
criando as bases para que os investigadores consigam atempadamente entrar em contacto com
a UACOOPERA, identificando os resultados de I&D que deverão ser protegidos. Nesse sentido,
foram organizadas cinco sessões de sensibilização e formação com a presença de Agentes Oficiais
de Propriedade Industrial e também três sessões de clarificação dos procedimentos e formulários
internos no que concerne aos processos de registo de pedidos de patentes. Ainda neste âmbito,
participou-se em sessões de esclarecimento organizadas pelo GAI e em diversas atividades e
aulas, a convite de UI e docentes.
Neste contexto, foi mantido o acompanhamento de cerca de 80 processos de proteção por
patente em análise em diferentes territórios, tendo sido iniciados 21 processos de pedidos de
registo de patentes durante o ano de 2020. A UA manteve a sua política de obtenção de financia-
mento público para financiar a proteção do conhecimento desenvolvido na UA a nível nacional e
internacional, o que tem permitido aumentar a importância relativa dos processos internacionais
e também o número de concessões fora do território nacional.
No que concerne a outros pedidos de direitos de propriedade industrial, com períodos de
tramitação mais reduzidos, foram acompanhados cerca de 75 processos de registo de marcas e
de designs, tendo dado entrada 32 novos pedidos.
92
Gráfico 12. Evolução do número de Registos de Propriedade Industrial, por categoria, entre 2016 e 2020
Gráfico 13. Evolução do número de novos Direitos de Propriedade Industrial, por categoria, entre 2016 e 2020
Em 2020, a estratégia de valorização de conhecimento sentiu-se em várias vertentes. Em

primeiro lugar, o apoio aos empreendedores da UA que pretenderam criar o seu próprio negócio
com base em conhecimento da UA (spinoffs), o que implica também o acompanhamento do
licenciamento desses resultados. Para além destes processos, foram também promovidos e acom-
panhados processos de licenciamento de resultados de I&D de empresas externas e promoção de
algumas tecnologias identificadas como mais promissoras. Esta promoção passa pela elaboração
de um perfil de oferta tecnológica apelativo (POT), pesquisa de empresas (muitas vezes com o
apoio dos investigadores) que possam estar interessadas na mesma e estabelecimento de contacto
com essas empresas no sentido de receber feedback sobre a avaliação feita e ainda identificar
potenciais interessados.
Durante o ano de 2020, a valorização de direitos de propriedade intelectual e do conhecimento
da UA representou uma receita de 24k€, tendo sido negociados sete novos contratos.
93
Empreendedorismo
O apoio ao empreendedorismo tem sido uma das apostas da UA. Ao longo dos últimos anos,
tem-se concretizado na dinamização de um conjunto de iniciativas com o intuito de sensibilizar,
capacitar e apoiar os membros da academia e da região na validação e implementação de novas
ideias de negócio e projetos empreendedores.
Este apoio tem sido prestado em estreita relação com a UA Incubator (a UACOOPERA na
fase mais a montante e a UA Incubator na fase a jusante), beneficiando ainda da colaboração de
um grupo de docentes que ministra e/ou investiga nesta área, da AAUAv, bem como dos Pólos
de Incubação da Região de Aveiro.
Apresentam-se em seguida as principais ações dinamizadas pela UACOOPERA, no decorrer
de 2020. Apesar do ano ter sido muito atípico e da impossibilidade de realização de algumas
das iniciativas previstas, foi possível atingir resultados comparáveis com os de anos anteriores.
Ações de Capacitação e mentoria:

· Ao nível da capacitação, e considerando o cenário pandémico, a UACOOPERA dinamizou,
pela primeira vez, uma edição do Labe – Laboratório de Empreendedorismo, na modalidade
online. Esta ação, dirigida a membros da academia e da região, contemplou a realização de cinco
workshops, bem como reuniões de mentoria. Esta edição contou com a apresentação de 15 ideias
de negócio e com o envolvimento de 30 empreendedores provenientes da academia e da região.
· Ainda no decorrer de 2020, a UACOOPERA foi convidada para colaborar com os parceiros
do projeto Mistral – Estratégia de Inovação Mediterrânica para a Atividade Transnacional
de Clusters e Redes no âmbito do Crescimento Azul, tendo dado capacitação e mentoria às
14 equipas que participaram no concurso de ideias de negócio “Blue Grow Contest”.
· Para além das ações de capacitação acima mencionadas, a UACOOPERA deu ainda apoio
e mentoria a cinco candidaturas aos programas Caixa Impulse e Caixa Impulse COVID-19.
Ações de Sensibilização:
· No que concerne às ações de sensibilização destaca-se a realização da 2.ª Edição da
Semana do Empreendedorismo. Este evento online contou com a presença de mais de 270
participantes e 35 oradores.
Acompanhamento a empreendedores:
· No âmbito da sua missão de acompanhamento personalizado aos empreendedores, a
UACOOPERA efetuou 23 atendimentos a empreendedores, sendo que destes 16 apresentaram
a sua Comunicação de Negócio (11 ideias de negócio e cinco empresas) à UA.
· Deste acompanhamento resultou ainda a criação de quatro novas startups (das quais três
spinoffs).
94
8
6
5
3 3
2 2
1 1 1
2016 2017 2018 2019 2020
Startups (não spinoffs) Spinoffs
Gráfico 14. Criação de startups e spinoffs
Acolhimento de sessões externas de apoio ao empreendedorismo:

· A UACOOPERA acolheu e deu apoio na organização de iniciativas externas que contaram
com a presença de mais de 150 participantes, a saber: Sessão de Apresentação do BFK;
Sessão Apresentação Blue Bio Value; Formação de Mentores; Sessão de apresentação do
Santa Casa Challenge, Workshop Empreendedorismo American Corner; Programa de
ideação – Blue Bio Value e Programas de Ideação e de Aceleração do Tourism Explorers.
Organização de Concursos:
· Estava previsto realizar-se a 17.ª edição do Poliempreende. Devido à pandemia, a competição
nacional foi adiada para 2021, tendo a UA optado por cancelar também a competição
regional, tendo apenas sido realizadas duas das quatro Oficinas previstas, que contaram
com a presença de 43 estudantes.
· Para além deste concurso, e conforme mencionado acima, a UACOOPERA foi responsável
pela dinamização do concurso MEDISIS IDEIAS, tendo apoiado e acompanhado 11 equipas
no desenvolvimento das suas provas de conceito.
Universidade de Aveiro Incubator
A Universidade de Aveiro Incubator (UA Incubator), presentemente enquadrada na sociedade

PCI, SA, mantem a sua atividade de promoção do empreendedorismo académico em estreita
cooperação com a UACOOPERA. Em 2020, no âmbito da sua missão de incentivar e apoiar a
criação o desenvolvimento e crescimento sustentado de novas empresas, realizou 43 consultórios
de empreendedorismo, que originaram 15 candidaturas por parte da comunidade UA. Foram
incubados 13 novos projetos UA (8 ideias de negócio e 5 empresas), graduados 8 e extintos 7
projetos UA (extinção de 2 empresas e 5 deias de negócio). No final do ano, a UA Incubator tinha
95
9 ideias de negócio e 22 empresas em incubação/desenvolvimento empresarial da comunidade
UA, responsáveis por um volume de negócios de aproximadamente 9M€, um volume de expor-
tações de cerca de 2M€ e pela criação/manutenção de 108 postos de trabalho.
No âmbito das suas atividades de divulgação e capacitação do ecossistema empreendedor,
mesmo no contexto atípico de pandemia, a UA Incubator dinamizou seis eventos, com cerca
de 60 participantes, acolheu oito visitas por docentes e estudantes, coorganizou/participou em
nove iniciativas de apoio ao empreendedorismo com a comunidade UA e de entidades externas
e esteve envolvida no projeto internacional eBridge Alliance SPRINT 2020.
Na Tabela 38 são apresentados os valores dos indicadores estabelecidos no plano de atividades
para o objetivo estratégico – Uma UA que antecipa o futuro
Tabela 38. Resultados dos indicadores do plano para o objetivo estratégico – Uma UA que antecipa o futuro
OE2 – Uma UA que antecipa o futuro
OE2_LE1 – Garantir uma oferta formativa inovadora Meta Realizado 2020
OO_1 – Promover a interdisciplinaridade na oferta formativa da UA
N.º de Unidades Curriculares Partilhadas (UCP) em funcionamento Aumento de 5 24 atingido
N.º de cursos com a UC Opção Livre Aumento de 3 26 atingido
OO_2 – Aumentar a oferta formativa em língua inglesa
N.º de Exchange Packages em funcionamento Aumento de 3 -2 não atingido
OO_3 – Aumentar a oferta formativa não conferente de grau
N.º de cursos não conferentes de grau (Cursos Técnicos Superiores

Profissionais (CTeSP), cursos de especialização, cursos de formação Aumento de 1 0 não atingido
avançada)
N.º de cursos de formação profissional oferecidos pelo UINFOC e UNAVE Aumento de 10 -48 não atingido
OO_4 – Incentivar o aumento das duplas titulações, ou outras iniciativas

de cooperação, com instituições nacionais ou estrangeiras
N.º de cursos de 2.º e 3.º ciclos em colaboração com outras instituições
Aumento de 1 -2 não atingido
de ensino superior
OE2_LE2 – Atrair os melhores estudantes Meta Realizado 2020
OO_1 – Aumentar o número de estudantes que escolhem a UA

como 1.ª opção
Aumento de 2 pontos
% dos colocados em cursos da UA como 1.ª opção -1,50 pp não atingido
percentuais
OO_2 – Prosseguir a política de incentivo ao ingresso na UA
pelos melhores estudantes do ensino secundário
N.º de colocados com nota de candidatura superior a 175 pontos Aumento de 5% 416,22% atingido
00_3 – Atrair estudantes de todo o país e estudantes

de nacionalidade estrangeira
Aumento de 0,2 pontos
Taxa de preenchimento das vagas disponibilizadas na 1.ª fase do CNA 2,16pp atingido
percentuais
96
(cont.)
N.º de estudantes de pós-graduação (mestrados e cursos de especialização) Aumento de 2% 3,98% atingido
N.º de novos estudantes inscritos através dos concursos especiais (Maiores

Aumento de 5% -15,98% não atingido
de 23, Titulares de Curso Superior, Titulares de CET e Titulares de CTeSP)
N.º de estudantes inscritos em CTeSP Aumento de 2% 3,15% atingido
N.º de formandos inscritos em programas de formação contínua

(UINFOC, UNAVE)
N.º de estudantes de doutoramento Aumento de 2% 13,51% atingido
N.º de estudantes de nacionalidade estrangeira Aumento de 5% 4,59% não atingido
% dos candidatos à 1.ª fase do Concurso Nacional de Acesso que elegem a Aumento de 0,2 pontos
-0,35 pp não atingido
UA como 1.ª opção percentuais
OE2_LE3 – Promover o sucesso escolar e o desenvolvimento integral Meta Realizado 2020

dos estudantes
OO_1 – Desenvolver um conjunto de ações de desenvolvimento
pedagógico dos docentes
N.º de docentes envolvidos em ações de desenvolvimento pedagógico 250 646 atingido
OO_2 – Reorganizar os espaços letivos, criando ambientes inovadores

de aprendizagem
N.º de salas na UA enquadrados no conceito de “Ambientes Educativos
Aumento de 1 0 não atingido
Inovadores”
OO_3 – Incentivar a melhoria das práticas pedagógicas, visando o interculturalismo,
a interdisciplinaridade, a responsabilidade social e a inovação e promovendo como
método a aprendizagem baseada em problemas, projetos ou desafios
N.º de unidades curriculares com o selo de “Boas Práticas” Aumento de 5% 69,33% atingido
N.º de dissertações/projeto/estágio de 2.º ciclo orientadas/coorientadas por

30 162 atingido
docentes de outras unidades orgânicas
N.º de dissertações/projeto/estágio 2.º ciclo coorientadas por docentes de
10 8 não atingido
instituições estrangeiras
OO_4 – Introduzir melhorias contínuas nas iniciativas de deteção precoce
de potenciais situações de abandono
% de estudantes inscritos no 1.º ano do 1.º ciclo e mestrados integrados que Aumento de 0,5 pontos
10,42 pp atingido
continuam inscritos no ano letivo seguinte percentuais
OO_5 – Aumentar a abrangência dos mecanismos de monitorização

do sucesso escolar
Taxa de aprovação (aprovados/avaliados) 2,07 pp atingido
percentuais
Aumento de 2 pontos
% dos estudantes com aprovação em pelo menos 75% dos ECTS 1,58 pp não atingido
percentuais
OO_6 – Reforçar as iniciativas de tutoria e apoio por pares,
bem como outras dinâmicas colaborativas de aprendizagem
% dos estudantes do 1.º ciclo e mestrados integrados envolvidos em Aumento de 2 pontos
programas de tutoria percentuais
OO_7 – Incentivar a mobilidade internacional dos estudantes
N.º de estudantes de 1.º e 2.º ciclos envolvidos em programas de mobilidade

incoming
outgoing
OO_8 – Promover o desenvolvimento complementar dos estudantes
e a participação em atividades extracurriculares de desenvolvimento
de competências transversais
N.º de estudantes envolvidos em atividades de desenvolvimento de não
500 não atingido
competências transversais reconhecidas disponível
97
(cont.)
N.º de estudantes inscritos em unidade curriculares isoladas e em unidades

Aumento de 2% 0,41% não atingido
extracurriculares
OO_9 – Melhorar progressivamente a satisfação dos estudantes
com a oferta formativa
Média das respostas à P12 (Funcionamento Global da Unidade Curricular)
do Inquérito de Apreciação do processo de Ensino-Aprendizagem (CTeSP, Aumento de 0,2 pontos 0,23 atingido
Licenciaturas, Mestrados Integrados e Mestrados)
com o desempenho dos docentes da UA
Média das respostas à P29 (Avaliação Global do Desempenho do Docente)
OE2_L4 – Consolidar a cultura de investigação Meta Realizado 2020
OO_1 – Promover a cultura de investigação junto dos estudantes de 1.º e 2.º ciclos
N.º de estágios Aumento de 2% 53% atingido
Apresentação e discussão pública dos resultados – Research Summit 1 1 atingido
OO_2 – Estabelecer sistema de incentivos
Diplomas de reconhecimento científico 4 4 atingido
Prémio de excelência científica 1 1 atingido
Sistema de avaliação de desempenho de investigadores 1 0 Não atingido
OO_3 – Promover a cultura de investigação na sociedade
Ações de divulgação junto da Sociedade em geral

Aumento de 2% (1)
(indústria, escolas e sociedade em geral)
Ciclos de debates, conferências, exposições e seminários abertos à sociedade Aumento de 2% (1)
Palestras de docentes/investigadores no âmbito de projetos de parceria

Aumento de 2% (1)
internacional
(1) Considerando o contexto pandémico vivido ao longo do ano 2020,
este indicador não foi avaliado.
OO_4 – Promover um ambiente colaborativo e criativo
Sem
Co-supervisão teses doutoramento inter e transdisciplinares Aumento de 10% não atingido
aumento
Taxa de aprovação (aprovados/avaliados) 2,07 pp atingido
percentuais
Aumento de 2 pontos
% dos estudantes com aprovação em pelo menos 75% dos ECTS 1,58 pp não atingido
percentuais
OO_6 – Reforçar as iniciativas de tutoria e apoio por pares,
bem como outras dinâmicas colaborativas de aprendizagem
% dos estudantes do 1.º ciclo e mestrados integrados envolvidos em Aumento de 2 pontos
programas de tutoria percentuais
OO_7 – Incentivar a mobilidade internacional dos estudantes

incoming
outgoing
98
(cont.)
OO_8 – Promover o desenvolvimento complementar dos estudantes

e a participação em atividades extracurriculares de desenvolvimento
de competências transversais
N.º de estudantes envolvidos em atividades de desenvolvimento de não
500 não atingido
competências transversais reconhecidas disponível
N.º de estudantes inscritos em unidade curriculares isoladas e em unidades
Aumento de 2% 0,41% não atingido
extracurriculares
com a oferta formativa
Média das respostas à P12 (Funcionamento Global da Unidade Curricular)
com o desempenho dos docentes da UA
Média das respostas à P29 (Avaliação Global do Desempenho do Docente)
OE2_L4 – Consolidar a cultura de investigação Meta Realizado 2020
OO_1 – Promover a cultura de investigação junto dos estudantes de 1.º e 2.º ciclos
N.º de estágios Aumento de 2% 53% atingido
Apresentação e discussão pública dos resultados – Research Summit 1 1 atingido
OO_2 – Estabelecer sistema de incentivos
Diplomas de reconhecimento científico 4 4 atingido
Prémio de excelência científica 1 1 atingido
Sistema de avaliação de desempenho de investigadores 1 0 Não atingido
OO_3 – Promover a cultura de investigação na sociedade
Ações de divulgação junto da Sociedade em geral

Aumento de 2% (1)
(indústria, escolas e sociedade em geral)
Ciclos de debates, conferências, exposições e seminários abertos à sociedade Aumento de 2% (1)

Palestras de docentes/investigadores no âmbito de projetos de parceria

Aumento de 2% (1)
internacional
OO_4 – Promover um ambiente colaborativo e criativo
Sem
Co-supervisão teses doutoramento inter e transdisciplinares Aumento de 10% não atingido
aumento
Co-supervisão de bolsas de PhD atribuídas pela UA inter e transdisciplinares 2 4 atingido
Programas de mentoring para estudantes de 3.º ciclo e docentes/ Sem

Aumento de 2% não atingido
investigadores aumento
OE2_L5 – Fortalecer as carreiras na UA Meta Realizado 2020

OO_1 – Promover o fortalecimento e o rejuvenescimento da Carreira Docente
e Investigador de Carreira
Abertura de lugares de Professor Auxiliar e Adjunto e Investigadores
55 13 não atingido
de Carreira
99
(cont.)
Abertura de lugares de Professor Associado, Professor Catedrático, Professor

74 2 não atingido
Coordenador e Professor Coordenador Principal
OO_2 – Sistema de avaliação de desempenho de docentes e investigadores
Alteração do RADUA 1 1 atingido
Sistema de avaliação de desempenho de investigadores 1 0 não atingido
OO_3 – Fortalecer e valorizar as carreiras dos TAG
N.º de TAG com valorização de carreiras ao abrigo do novo regulamento 10 0 não atingido
OE2_L6 – Promover a investigação inter e transdisciplinar Meta Realizado 2020
OO_1 – Coordenação da investigação da UA
Instituto de Investigação 1 0 não atingido
OO_2 – Promover o relacionamento transversal e sinérgico das atividades de I&D
N.º de eventos inter e transdisciplinares Aumento de 2% (1)
Research Summit 1 1 atingido
N.º de publicações inter e transdisciplinar Aumento de 10% 19,44% atingido
N.º de projetos de investigação inter e transdisciplinares 50 39 não atingido

OO_3 – Promoção de publicações de qualidade
Publicações que pertencem ao top 1% das mais citadas 1% 0,90% não atingido
Publicações que pertencem ao top 10% das mais citadas 11% 9,90% não atingido
N.º médio de citações por artigo 7 6,63 não atingido
OO_4 – Promoção de formação pós-graduada de qualidade
N.º de cursos de soft skills 4 13 atingido
N.º de workshops transdisciplinares 4 (1)
Cursos piloto de supervisão 2 6 atingido

OE2_L7 – Ligar a investigação da UA com o mundo Meta Realizado 2020
OO_1 – Promoção da Internacionalização da Investigação da UA
Participação em Innovative Training Networks (ITN) Aumento de 50% -60,00% não atingido
N.º de teses de doutoramento em cotutela Aumento de 20% 67% atingido
100
(cont.)
N.º de estagiários de pós-graduação envolvendo estudantes internacionais Aumento de 20% -2,47% não atingido
N.º de estudantes de pós-graduação da UA em mobilidade Aumento de 5% -8,33% não atingido
N.º de docentes/investigadores internacionais a desenvolver investigação na

Aumento de 5% (1)
UA
N.º de docentes e investigadores da UA em mobilidade Aumento de 5% -97,62% não atingido
N.º de projetos em colaboração internacional Aumento de 10% 4,10% não atingido
N.º acordos/parcerias internacionais Aumento de 10% 8% não atingido
N.º acordos/parcerias com Universidades estrangeiras prestigiadas (top 200

Aumento de 2% 6% atingido
Mundo do ranking Times Higher Education)
OO_2 – Promoção de publicações de qualidade em colaboração com estrangeiro
N.º de publicações em colaboração internacional Aumento de 5% 13,60% atingido
OE2_LE8 – Contribuir ativamente para o desenvolvimento regional Meta Realizado 2020
OO_1 – Aumentar o número de projetos I&D com o setor empresarial
N.º de projetos I&D com o setor empresarial Aumento de 5% -10,00% não atingido
OO_3 – Aumentar a taxa de empregabilidade
não não
Taxa de empregabilidade Aumento de 5%
disponível disponível
OO_4 – Aumentar a taxa de retenção regional de empregabilidade
não não
Taxa de retenção regional de empregabilidade Aumento de 5%
disponível disponível
OO_5 – Criação do Instituto para a Cooperação
Criação do Instituto para a Cooperação 1 0 não atingido

OE2_LE9 – Ligar a investigação e o ensino aos objetivos Meta Realizado 2020

de desenvolvimento sustentável
OO_1 – Casos de impacto regional da UA alinhados com os objetivos de desenvolvimento sustentável
N.º de estudos de caso de impacto da UA alinhados com os objetivos de

*
desenvolvimento sustentável
* Não foi indicada meta para 2020 dado que tem um horizonte de 4 anos.
OE2_LE10 – Reforçar o empreendedorismo Meta Realizado 2020
OO_1 – Aumentar o número de empresas em incubação na UA
N.º de empresas em incubação na UA Aumento de 5% -31,25% não atingido
Notas:
* Não foi indicada meta para 2019 dado que tem um horizonte de 4 anos
101
Uma UA
sustentável
Uma UA sustentável
A sustentabilidade como um desígnio de todos
A sustentabilidade assume importância crescente no modelo de desenvolvimento da UA. Em

2020, a pandemia e o confinamento influenciaram vários dos indicadores relativos à susten-
tabilidade, mas é um facto que durante este ano particularmente desafiante a UA continuou a
desenvolver a sua estratégia rumo a campi mais sustentáveis.
O esforço reparte-se por um conjunto de tópicos, incluindo a energia, a água, o papel, o plás-
tico, os resíduos, a mobilidade, os eventos, a alimentação e os próprios campi.
Foi possível concluir o Plano Paisagístico da UA, que estrutura e amplia os espaços verdes dos
campi, utilizando os princípios das “Soluções de Base Natural”, contribuindo para a estratégia de
combate às alterações climáticas e redução de emissões de CO2.
O Plano Paisagístico terá uma realização por fases, tendo-se dada prioridade à zona junto à Rua
da Pega, num processo de colaboração com o município e tendo em consideração a requalificação
daquela rua e a evolução da situação relativa às salinas vizinhas, que são propriedade da UA.
Na ESTGA, o ano de 2020 ficou marcado pela abertura da escola à cidade, com a demolição
dos muros. A demolição ficou concluída em 2020 e procedeu-se à requalificação do jardim inte-
rior da ESTGA, prosseguindo a estratégia global da UA no sentido de aumentar a utilização dos
espaços exteriores.
Ainda assim, não foi possível atingir a meta relativa ao número de árvores plantadas.
No entanto, com o apoio da Associação Agora Aveiro, foi promovida uma ação de plantação de
árvores numa área ardida (iniciativa “Plantar o Futuro”), num total de 200 exemplares.
A mobilidade suave é outro objetivo importante para a UA. O projeto UAUBike colocou à
disposição da comunidade académica 239 bicicletas, tradicionais e elétricas. Contudo, devido à
pandemia, nem todas puderam circular conforme tinha sido previsto pelos utilizadores a quem
tinham sido atribuídas. O confinamento e as alterações a nível do teletrabalho tiveram impacto
nas possibilidades e necessidades de circulação, afetando parcialmente os objetivos.
Conclui-se o projeto de criação de um espaço de estacionamento fechado para bicicletas, com o
objetivo de melhorar as condições futuras para a utilização da bicicleta na UA. Uma universidade
sustentável, em termos ambientais, deve fazer o que estiver ao seu alcance para promover formas
de mobilidade alternativas e de impacto ambiental reduzido, pelo que será dada continuidade
a estes esforços.
A redução da pegada ecológica da UA só se pode conseguir considerando todas as vertentes
ambientalmente relevantes, conforme previsto na estratégia para tornar os Campi mais sustentá-
105
veis. Uma das vertentes é a da energia. A redução e racionalização do consumo de energia elétrica
é um dos objetivos a conseguir. Em 2020 verificou-se uma redução global do consumo de energia.
Uma parte da redução explica-se pela diminuição da presença física nos campi, motivada pela
situação pandémica. Contudo, houve também ganhos devido a um conjunto de outras medidas,
em que se inclui a substituição de lâmpadas fluorescentes por lâmpadas de LED, a instalação de
detetores de movimento associados aos sistemas de iluminação e a adopção pela comunidade
académica de boas práticas relativas ao consumo energético.
O consumo de água foi também alvo de atenção. Foram instalados equipamentos redutores de
caudal, visando a diminuição global do consumo de água. Procurou-se também reduzir o uso do
plástico associado ao consumo de água para beber. Foi encorajada a utilização de garrafas reuti-
lizáveis, que foram distribuídas a todos os estudantes que entraram na UA e a todos os restantes
membros da comunidade. Continuou-se o trabalho em torno da plataforma de reutilização,
promovendo novos usos para equipamentos e bens móveis no contexto da UA.
Foi possível reduzir a taxa de produção de resíduos sólidos urbanos. A comunidade acadé-
mica continua empenhada em promover a reutilização e a reciclagem de resíduos, sendo notório
um aumento contínuo da taxa de separação de resíduos. Tem sido promovido e intensificado o
número de recolhas porta a porta, facto que tem contribuído para a melhoria deste indicador.
Em linha com o reportado em 2019, os valores de resíduos resultantes da destruição de arquivo
morto estabilizaram, tendo influenciado positivamente a meta de redução a atingir.
À semelhança do que aconteceu com outro tipo de indicadores, também no que concerne ao
consumo da água foi possível equilibrar o aumento do número de projetos de investigação com
forte componente laboratorial e elevado consumo de água, com a menor permanência nos campi
devido à situação pandémica.
Os problemas associados à rega dos espaços verdes foram alvo de cuidadosa reflexão. Foi
reduzida a utilização de água potável e prosseguiu-se com a instalação de equipamentos reduto-
res de consumo de água. Foram concluídos planos para reutilização de água, incluindo água da
chuva, para efeitos de rega. Esperamos que estes venham a ter um peso importante na redução
do consumo de água na UA.
Manutenção e reabilitação do património
Os campi da UA estão em permanente evolução, sendo a necessidade de manutenção e reabi-

litação do património uma constante. O objetivo último é a criação e manutenção de espaços
confortáveis, funcionais e agradáveis para toda a comunidade académica. A troca de ideias não
ocorre só nas salas e laboratórios, mas também nos espaços comuns, de estudo e de convívio, que
por este motivo não podem ser descurados.
Considerando as condicionantes provocadas pelo contexto pandémico na utilização dos espa-
ços, o esforço de intervenção sobre os mesmos teve de sofrer alterações relativamente ao planeado.
Nalguns espaços, por exemplo, mantiveram-se as preocupações com a melhoria do conforto
acústico e térmico, mas noutros foi necessário intervir removendo alcatifas e outros revestimentos
problemáticos ou agindo de forma a garantir uma melhor qualidade do ar.
106
Alguns espaços tiveram de ser reconfigurados. Foram desenvolvidos projetos de intervenção
para a criação de novas salas, como por exemplo na ESAN, ou para a adaptação de salas existen-
tes, como no caso dos auditórios do Departamento de Ciências Sociais, Políticas e do Território
(DCSPT) e DETI.
Foi lançado o concurso para a construção de um novo edifício dedicado à investigação, assim
como o concurso de reabilitação do ISCA-UA e Casa do Estudante. Estes processos sofreram
atrasos devido ao contexto pandémico e em sede de contratação pública, pelo que acabaram por
ter início por uma ordem que não corresponde à ordem inicialmente prevista.
Reforçar o financiamento
As receitas e despesas foram obviamente influenciadas pela pandemia. Registou-se um aumento

do volume de receitas provenientes de contratação externa relacionado com o aumento da receita
de projetos de investigação e do financiamento da FCT à contratação de doutorados. Por outro
lado, houve uma redução do volume de receitas provenientes da prestação de serviços, como
resultado das fortes restrições da atividade decorrente da pandemia de COVID-19.
A UA tinha previsto receber da Caixa Geral de Depósitos o montante de 951.000 euros,
decorrente de um acordo de mecenato plurianual, mas o valor relativo ao ano de 2020 só foi
disponibilizado no ano de 2021. Esta circunstância teve impacto na diminuição do volume de
receitas classificadas como provenientes de outras fontes de financiamento.
No ano de 2020 verificou-se um aumento total da receita de 6,31%, sendo que a receita
própria sofreu um aumento de 7,43% e a receita do Orçamento do Estado sofreu um incremento
de 4,90%. Este último foi sobretudo consequência da compensação pela redução do valor das
propinas, prevista na Lei de Orçamento de Estado. A redução do valor das propinas alterou a
natureza da receita e originou uma diminuição do rácio da autonomia orçamental.
Tabela 39. Resultados dos indicadores do plano para o objetivo estratégico – “Uma UA sustentável”
OE3 – Uma UA sustentável
OE3_LE1 – Tornar a sustentabilidade um desígnio de todos Meta realizado 2020
OO_1 – Redução de consumo energético
redução
Consumo de energia per capita Redução de 5% atingido
>5%
OO_2 – Redução de resíduos
redução >
Produção de Resíduos Sólidos Urbanos (RSU) Redução de 5% atingido
5%
OO_3 – Aumento de taxa de reciclagem e reutilização
aumento
Taxa de reciclagem Aumento de 10% atingido
>10%
OO_4 – Utilização eficiente e ecológica da água
107
(cont.)
redução >
Consumo de água per capita Redução de 5% atingido
5%
OO_5 – Arborização
N.º árvores 200 200 atingido
OO_6 – Redução do consumo de papel
redução
Consumo de papel Redução de 5% atingido
>5%
OO_7 – Definição de um Plano de Mobilidade Suave
N.º de utilizadores de bicicleta 170 139 não atingido
N.º de percursos pedonais 2 0 não atingido
OE3_LE2 – Investir na manutenção e reabilitação do património Meta realizado 2020
OO_1 – Melhorar o conforto térmico, acústico e de ventilação dos edifícios
N.º de espaços 5 espaços 7 atingido
OO_2 – Criação de planos de manutenção
N.º de planos de manutenção 2 planos de manutenção 1 não atingido
OO_3 – Implementar os planos de sinalética
2 edifícios com sinalética

N.º de edifícios 0 não atingido
implementada
OE3_LE3 – Reforçar o financiamento Meta realizado 2020
OO_1 – Dinamizar a captação de receitas provenientes de contratação externa
Volume de receitas provenientes de contratação externa Aumento de 10% 23,59% atingido
OO_2 – Dinamizar a captação de receitas provenientes de prestação de serviços
Volume de receitas provenientes da prestação de serviços Aumento de 10% -19,24% não atingido
OO_3 – Dinamizar a captação de recursos externos

(fundraising, mecenato e publicidade de espaços)
Volume de receitas provenientes de outras fontes de financiamento
(fundraising, mecenato, publicidade, arrendamento de espaços)
OO_4 – Aumentar a autonomia orçamental
Rácio receitas próprias/orçamento total (%) Aumento de 10% -8,34% não atingido
OE3_LE4 – Promover e avaliar a eficiência, eficácia Meta Realizado 2020

e economia da aplicação dos recursos
OO_1 – Desmaterialização de processos
Desmaterialização de 7
N.º de processos desmaterializados 14 atingido
processos
108
(cont.)
OO_2 – Definição de contratos-programa internos de alinhamento estratégico
20 contratos-programa
N.º de contratos-programa internos 0 não atingido
internos
109
II.
Entidades
Coadjuvantes
111
II. Entidades Coadjuvantes
UNAVE
A UNAVE atua nas áreas da Formação Profissional, tendo como missão principal contribuir,
nas suas áreas de competência, para o desenvolvimento local, regional e nacional através da
valorização profissional, técnica e cultural das pessoas e das organizações, seguindo a política e
os princípios definidos na missão da UA.
Durante o ano de 2020 a atividade da UNAVE foi fortemente afetada pela situação pandémica
que o mundo atravessa. A atividade presencial foi suspensa entre março e junho, provocando
uma pausa nos cursos de longa duração e o cancelamento de 16 cursos agendados. Como medida
compensatória, sempre que possível, os cursos passaram à modalidade live training com recurso
à ferramenta de videochamada Zoom. O live training não permitiu a compensação da perda de
formação presencial devida aos seguintes fatores: formato nem sempre o mais adequado; clientes
adiaram a formação em consequência de eventual contenção financeira causada pela incerteza
na estabilidade do mercado de trabalho e duração da pandemia.
A operação da UNAVE divide-se em três atividades principais: formação; conferências e
serviços similares; e projetos.
A formação é a atividade principal, dividindo-se em três grandes áreas:
· formação aberta ao público em geral, cujo catálogo é renovado periodicamente, sendo
as turmas compostas por formandos de diversas origens e captados por atividades de
divulgação ao longo do ano;

· formação à medida das empresas, cujo catálogo é mais reservado por questões de
privacidade dos clientes, vendida por turma. A UNAVE providencia aconselhamento e a
empresa compõe as turmas como melhor lhe aprouver. Os conteúdos específicos de cada
turma são negociados entre a empresa e a UNAVE, que é representada por um professor
da UA experiente na área. A escolha deste professor é feita em articulação com os Diretores
das Unidades Orgânicas relevantes;
· Plano Interno de Formação da UA, que tecnicamente é uma formação do tipo “à medida
das empresas”, mas que pelo seu volume e por não ser captado no exterior é destacado
desta análise.
A atividade de conferências e serviços similares é relativa às tarefas logísticas de apoio a

conferências (faturação, contratação de espaços e serviços como coffee-breaks, etc..) e respetiva
113
divulgação. Nesta atividade estão também incluídos serviços prestados a grupos de investigação,
como por exemplo apoio à disseminação de resultados pela comunidade.
A atividade de projetos inclui as participações da UNAVE em projetos financiados, quer como
entidade financiada quer como entidade prestadora de serviços contratados pelo projeto.
Atividade formativa desenvolvida
Durante o ano de 2020 foram colocados no mercado 158 cursos de formação, tendo-se realizado
81 desses cursos.
A tabela 40 apresenta, de forma resumida, a atividade de formação em 2020, realizada nas
modalidades presencial/Live Training e eLearning.
Tabela 40: Atividade de formação – comparativo entre o previsto (P) e o realizado (R)
Total da formação Formação presencial Formação eLearning

Resumo formação
P R (R/P)% P R (R/P)% P R (R/P)%
Número de ações 158 81 51% 118 58 49% 38 22 58%
Total horas de formação 6.146 3.967 65% 2.506 1.331 53% 2.608 1.608 62%
Total de formandos 1.469 862 59% 1310 728 71% 139 117 84%
Total formandos aprovados 862 860 100% 728 727 100% 117 117 100%
N.º médio de formandos
9,3 10,6 87% 11,1 5,3 48% 4 5,3 145%
por Ação
A tabela 41 permite efetuar uma análise comparativa da evolução da execução da formação nos
últimos três anos.
Tabela 41: Análise comparativa da evolução da execução da formação nos três últimos anos
Total da formação Formação presencial Formação eLearning Plano UA

Resumo formação
2018 2019 2020 2018 2019 2020 2018 2019 2020 2018 2019 2020
Número de cursos 167 157 81 123 65 58 26 29 22 18 63 0
Total horas de formação 5.499 6.183 3.967 2.630 2.058 1.331 2.436 2.698 1.608 433 1.427 0
Total de formandos 1.899 1.943 862 1.522 768 728 101 273 117 276 902 0
Volume de formação 45.999 53.100 45.373 33.750 21.057 19.073 6.024 11.964 8.824 6.225 792
Da análise da tabela anterior observa-se que em 2020 o número de cursos realizados diminuiu
em cerca de 50%, sendo que o plano interno de formação da UA não teve início. Tanto ao nível
individual como ao nível empresarial sentiu-se uma redução do investimento em formação
114
decorrente da necessária reorganização das empresas e da insegurança financeira decorrente da
pandemia. Esta contenção teve impacto na formação eLearning que não teve a expansão prevista.
Pode-se aferir que a formação presencial, mesmo na modalidade live training mantém a prefe-
rência dos formandos, seja a nível individual ou empresarial. Decorrente da situação pandémica
será de manter a oferta em sistema misto, isto é, presencial com vagas em live training, permi-
tindo, deste modo, a captação de formandos exteriores à região.
A tabela 42 apresenta os principais indicadores utilizados para a análise dos resultados obtidos
na formação, face às metas estabelecidas para o ano 2020. Numa análise sumária aos indicado-
res pode-se concluir que a taxa de execução dos cursos, e como de alguma forma esperado em
ano de pandemia, foi muito abaixo do planeado. A taxa de inscritos naturalmente acompanha o
decréscimo da execução de cursos.
Tabela 42: Indicadores de formação referentes ao ano de 2020
Indicadores Metas para 2020 Resultados Desvios Resultados 2019
Taxa de utilização de formadores internos (UA)

60% 59% -1% 41%
(formadores internos/total de formadores)
Taxa de execução
80% 51% -29% 77%
(cursos realizados/Cursos previstos)
Taxa de desistência (n.º de formandos desistentes/
2% 0,1% -2% 0%
n.º de formandos que iniciaram) x 100
Taxa de execução formandos
90% 59% -31% 78%
(formandos que iniciaram/ formandos previstos)
Parcerias
A UNAVE acredita na importância da cooperação e no desenvolvimento de parcerias com as

mais diversas entidades. Estes acordos pretendem essencialmente facilitar a realização conjunta
de determinadas atividades, tais como: proporcionar vantagens específicas aos colaboradores da

entidade parceira, participação conjunta em projetos de formação, divulgação de eventos e cursos,
cedências de espaços, entre outros. Em 2020 a UNAVE passou a integrar a InovaRia – Rede de
Inovação em Aveiro e renovou o acordo com a Universidad de Valladolid /Fundación General de
la Universidad de Valladolid.
Participação em eventos
Como meio de divulgação das suas atividades durante o ano de 2020 a UNAVE esteve presente,
apoiou ou organizou um conjunto de eventos. A saber:
Eventos externos:
· TECHDAYS 2020
115
Eventos internos:
· 8 edições das “Tardes …com saberes®”
Organização administrativo-financeira de conferências:

· 16th IEEE WFCS 2020
· CIEM 2020
· CISI 2020
· LIPIDS 2020 (adiada para 2021)
GRUPUNAVE
A Grupunave – Inovação e Serviços, Lda., tem com o objetivo facilitar o processo de aproximação
entre a comunidade académica da UA e o mundo empresarial, bem como a promoção e a divul-
gação de boas práticas de empreendedorismo e de inovação.
Durante o de 2020 a Grupunave trabalhou exclusivamente em duas áreas de negócio – serviços
de apoio técnico a organizações e gestão de participações de investimentos.
O serviço de apoio técnico a organizações inclui a prestação de serviços de contabilidade,
assessoria fiscal e apoio à gestão às empresas (grande maioria incubadas no PCI). Com o aumento
do número de clientes (de 49 em 2019 para 57 em 2020), o volume de negócios associado a estes
serviços teve um acréscimo de cerca de 19%. No entanto, o aumento dos gastos (indeminizações
a colaboradores e imparidade de clientes) tiveram impacto nos resultados negativos.
Relativamente à área de negócio de gestão de participações sociais (Tabela 43), manteve-se o
mesmo número de participações verificado em 2019.
Tabela 43: participadas da Grupunave
Participadas da Grupunave Capital Social % Valor
ID Tour – Unique Solutions, Lda. 30.000€ 10% 3.000€
LIQ, ATC 40% 33.253€
A 31 de dezembro o valor dos fundos era de 22.287€:

· FCR Portugal Ventures ACTEC: a participação da Grupunave neste fundo é de 0,277%,
valorizada em 21.675,19€ ao qual correspondem 21.548 unidades de participação;
· Fundo de Compensação do Trabalho: 612,03€.
A gerência da GrupUnave decidiu no final do ano de 2020, pela dissolução da Sociedade

Grupunave – Inovação e Serviços, Lda no ano 2021. Em conformidade foi apresentado à UA
uma proposta para a cessação da atividade da Grupunave a 31 de dezembro de 2020, tendo por
base os seguintes pressupostos:
116
· A GrupUnave ter sido fundada com o objetivo de facilitar o processo de aproximação entre a
comunidade académica da UA e o mundo empresarial, bem como a promoção e a divulgação
de boas práticas de empreendedorismo e de inovação;
· Passados 22 anos desde a constituição, verificou-se que a atividade desenvolvida na
GrupUnave não correspondia ao propósito inicial, tendo a grande maioria dos serviços sido
integrados na atividade e nas unidades funcionais da UA;
· Até 2018 a gestão da incubadora e o apoio ao empreendedorismo eram dois serviços
bastantes preponderantes na atividade da GrupUnave, mas com a cedência de exploração
da Incubadora de Empresas da UA por parte da UA para o PCI – Parque de Ciência e
Inovação SA, no início do ano de 2018, os serviços da GrupUnave ficaram significativamente
esvaziados e reduzidos apenas a uma área de negócio consistindo na prestação de serviços de
apoio técnico a organizações – serviços de contabilidade, assessoria fiscal e apoio à gestão,
não se enquadrando nos fundamentos e objeto inicial da empresa;
· Existir a abertura por parte do Parque de Ciência e Inovação SA (PCI SA), para integrar os
recursos humanos da GrupUnave, na unidade de negócios de prestação de serviços de apoio
à gestão das empresas, a criar pela PCI – Parque de Ciência e Inovação SA.
Foi então proposto proceder à dissolução e liquidação da GrupUnave, Lda, até 31 de dezembro
de 2021, e a consequente extinção por caducidade dos contratos de trabalho em dezembro de 2020.
Esta proposta foi aprovada no Conselho Geral da Universidade de Aveiro e foi dado início ao
processo de cessação da atividade.
Instituto do Ambiente e Desenvolvimento
O Instituto do Ambiente e Desenvolvimento (IDAD) tem como missão o exercício de atividade

científica em todos os domínios do ambiente, da gestão de recursos naturais, do desenvolvimento
socioeconómico e do ordenamento do território, orientado para a prestação de serviços no campo
da inovação e desenvolvimento.
Sistema de Gestão da Qualidade
O Sistema de Gestão da Qualidade do Laboratório do IDAD tem como função principal a obten-
ção da melhoria contínua da qualidade. Para tal, o Laboratório tem documentado a sua política,
sistema de procedimentos e instruções necessários para garantir a qualidade dos resultados dos
ensaios. As políticas do sistema de gestão relacionadas com a qualidade incluem uma declaração
de Política da Qualidade publicada sob a autoridade de Gestão.
A Politica da Qualidade do Laboratório do IDAD baseia-se num conjunto de compromissos
que visam, entre outros, garantir a maturidade crescente da organização e dos projetos realizados
numa prática de melhoria contínua, manter um sistema organizacional coordenado que assegure
a credibilidade interna e que mereça a confiança dos clientes e de todas as entidades com quem
colabora, atuar em conformidade com os procedimentos laboratoriais sistematizados segundo
117
a Norma NP EN ISO/IEC 17025:2018, e assegurar elevados padrões de qualidade nos serviços
prestados em conformidade com os requisitos técnicos e dos clientes.
Anualmente são definidos, objetivos específicos quantificáveis, sendo que para 2020 foram
definidos os seguintes objetivos da qualidade:
· Manter a participação em ensaios de comparação interlaboratorial com 100% de resultados
anuais satisfatórios.
· Manter a satisfação dos clientes em, pelo menos, 3,75 numa escala de um a cinco valores;
· Diminuir o prazo de entrega de resultados de ensaios em 90% dos ensaios realizados, para:
– 40 dias após a receção da amostra, com recurso a laboratório subcontratado;
– 30 dias após a receção da amostra, sem recurso a laboratório subcontratado.
Com o objetivo de assegurar o controlo máximo de qualidade, o Laboratório do IDAD tem

participado regularmente em Ensaios de Comparação Interlaboratorial (ECI). Em 2020, o
Laboratório tinha prevista a participação em ECI em emissões gasosas (1 ensaio – mistura de NO
em Azoto) e em auditorias de medição nas matrizes de emissões gasosas (4 ensaios – misturas
de CO de CO2, de O2 e de COT em Azoto) e de ruído (1 ensaio – medição de níveis de pressão
sonora – nível sonoro médio de longa duração) conforme definido no seu Plano Plurianual. As
participações previstas ocorreram no 4º trimestre de 2020.
Na auditoria de medição ao ensaio de ruído, em 3 das auditorias de medição e no ECI aos
ensaios de emissões gasosas, o laboratório obteve desempenho satisfatório. Na auditoria de
medição ao ensaio de COT em emissões gasosas o resultado obtido não cumpriu os requisitos
definidos. As investigações efetuadas permitiram concluir que a mistura de COT apresentada não
continha o teor de Oxigénio equivalente às amostras analisadas pelo laboratório, não colocando
por isso em causa a qualidade dos resultados realizados nos ensaios de rotina.
Dos objetivos definidos, não foi atingido o pretendido no que se relaciona com os prazos de
entrega de resultados ao cliente, tendo-se verificado situações de não cumprimento naqueles que
dependem dos laboratórios exteriores. A avaliação anual do objetivo prazos de entrega conduziu
a um grau de cumprimento de 81% para a emissão de resultados com recurso a laboratórios
externos e de 100% para os resultados em que todos os ensaios realizados se encontravam a cargo
do Laboratório do IDAD.
Os valores obtidos refletem um aumento relativamente a 2019, sendo de 2,5% para os resul-
tados dos ensaios com recurso a subcontratação e de 9,9% para resultados exclusivamente
dependentes de operações internas.
As situações de incumprimento relacionadas com atrasos na emissão de resultados pelo labo-
ratório do IDAD deveram-se a dificuldades da organização interna do laboratório do IDAD. Em
todas as situações detetadas, e sempre que aplicável, foram estabelecidas as correções e/ou as
ações corretivas adequadas.
Os resultados da avaliação da satisfação dos clientes revelam um valor global de 4,64 ultra-
passando assim o objetivo proposto (3,75), em consonância com os anos anteriores.
O Laboratório do IDAD obteve a sua primeira Acreditação segundo a norma de referência
NP EN ISO/IEC 17025 (Certificado de Acreditação nº 03/L.348) pelo Instituto Português da
118
Qualidade (IPQ)em fevereiro de 2003, para um grupo de ensaios no âmbito das matrizes de
Águas de Consumo, Águas Residuais e Efluentes Gasosos.
Após essa data, foram criadas, no Laboratório, as condições para o pedido de extensão do
âmbito da acreditação para as matrizes de Ar Ambiente e Ruído.
A norma EN ISO/IEC 17025:2005 foi revista em 2017 tendo sido publicada no dia 17 de
setembro de 2018, a sua versão portuguesa NP EN ISO/IEC 17025:2018. O laboratório do
IDAD implementou as alterações verificadas e, em 2019, a avaliação do Instituto Português da
Acreditação (IPAC), foi de acompanhamento e também de transição em função da revisão da
norma de referência. A transição foi efetivada a 4 de agosto de 2020.
No decorrer de 2020 o Laboratório foi avaliado pelo IPAC ao seu âmbito acreditado e ao
pedido de alterações normativas decorrentes da revisão das normas de ensaio de ruído ambiente.
De salientar que a avaliação foi realizada apenas em outubro, contrariamente ao habitual mês de
junho, devido aos constrangimentos causados pela pandemia do SARS-CoV 2. Todas as ocorrências
identificadas foram objeto de um Plano de Ações Corretivas e como consequência foram imple-
mentadas as necessárias correções e ações corretivas, aguardando-se, ainda, a decisão do IPAC.
Atualmente, o Laboratório do IDAD encontra-se acreditado para um grupo de parâmetros
no âmbito das matrizes de Águas Naturais, Águas Residuais, Efluentes Gasosos, Ar Ambiente
e Ruído.
O Laboratório do IDAD possui Acreditação IPAC com o nº L0313, desde 17 de julho de 2003,
e Anexo Técnico de Acreditação nº L0313-1, Edição nº 23, de 4 de agosto de 2020.
Participação em webinars e conferências
Como resultado das suas atividades, o IDAD apresentou comunicações em diversos encontros
técnicos e científicos, de âmbito nacional e internacional, nomeadamente:
· Air Quality and Climate Resilience Towards Better Health, Invited Talk, King Abdullah
University of Science & Technology – KAUST, Jeddah, Saudi Arabia;
· O 25 de abril e o Desenvolvimento Sustentável, Teleconferência e Mensagem no site,
Comemorações do 25 de abril, Câmara Municipal de Porto de Mós;

· Qualidade do Ar I: poluentes atmosféricos, condicionantes físicos, exposição a poluentes
e efeitos na saúde. Invited Talk, Ambiente & Saúde – Série On-line, Pareceria Pontifícia
Universidade Católica do Rio de Janeiro e AHED-Advanced Health Education;
· Carta de Qualidade do Ar para o Seixal, on-line no Forum Seixal+, Câmara Municipal do
Seixal.
Foram publicados os seguintes artigos em revistas científicas:

· S. Sorte, V. Rodrigues, C. Borrego, A. Monteiro: Impact of harbour activities on local air
quality: A review. Environmental Pollution, 257 (2020);
· S. Coelho, S. Rafael, M. Coutinho, A. Monteiro. J. Medina. S. Figueiredo, S. Cunha, M.
Lopes, A.I. Miranda e C. Borrego: Climate change adaptation framework for multiple urban
areas: Northern Portugal case Study, Environmental Management 66, 395-406 (2020).
119
Outras atividades
Durante o ano transato, o IDAD esteve envolvido numa Ação de Formação sobre “Odores:
medição, controlo e gestão” dirigida para duas turmas de 3ºciclo das Escola Secundária Oliveira
Júnior e Escola Secundária João da Silva Correia, ação essa coordenada pela Câmara Municipal
de São João da Madeira.
Técnicos do IDAD participaram como formadores, por convite da Associação Empresarial
de Águeda e organização da empresa DQM um curso sobre Monitorização da Qualidade do Ar
exterior e Avaliação e Gestão da Qualidade do Ar Interior.
Tal como nos anos anteriores, os técnicos do IDAD mantiveram a sua colaboração ativa na
Comissão Técnica de Normalização, nomeadamente a CT71 – Qualidade do ar, na subcomissão
SC3 – Ar ambiente fora dos locais de trabalho. Continuou igualmente a colaboração com a CT36 –
Aparelhos que utilizam combustíveis sólidos, líquidos ou gasosos, seus dispositivos e acessórios.
Também participou nas atividades da Comissão Técnica Europeia CEN/TC 264/WG 42 Ambient
Air – Air quality sensors.
O IDAD participou no Advisory Board do Projeto D-NOSES – Distributed Network for Odor
Sensing, Empowerment and Sustainability, Horizonte 2020 assim como no Scientifc Committee
da International Conference on Water Energy Food and Sustainability – ICoWEFS 2021, Escola
de Gestão e Tecnologia, Politécnico de Leiria.
Laboratório Industrial da Qualidade
Após cerca de 32 anos de serviços prestados nas áreas de ensaio de materiais e equipamentos
eletrotécnicos, calibração de instrumentação e aparelhagem de medida, inspeção técnica a equi-
pamentos e a instalações elétricas, os últimos anos passaram a incluir a prestação de serviços
especializados no domínio da distribuição de energia e da segurança em obras da rede elétrica.
Esta diversificação de atividades apoiou o crescimento económico do Laboratório Industrial da
Qualidade (LIQ), mas também contribui para a sustentabilidade deste crescimento.
O LIQ desenvolveu a sua atividade em grandes áreas de atuação, nomeadamente:
· Departamento de Energia e Segurança;
· Laboratório de ensaios;
· Laboratório de metrologia;
· Inspeção de Equipamentos.
Departamento de Energia e Segurança
No ano 2020 o LIQ EIIEL, afirmou-se como a EIIEL – Entidade Inspetora de Instalações
Elétricas com melhor quota de mercado. A “abertura de mercado” que se seguiu a este processo
legislativo deu origem ao desaparecimento da CERTIEL e ao aparecimento de novas entidades
inspetoras, para além do LIQ, ISQ e IEP que até então partilhavam o mercado de modo equita-
tivo, revelou a capacidade do LIQ de se posicionar competitivamente neste segmento de mercado.
120
Com a disputa de mercado, onde os Técnicos Responsáveis pelas instalações fazem a esco-
lha da “sua” entidade inspetora, o LIQ estabeleceu como fatores relevantes da competitividade
comparada o “tempo de resposta reduzido aos pedidos e à realização da inspeção” e a “qualidade
do serviço, desde o atendimento à emissão do certificado”. As pesquisas realizadas permitem
concluir que o LIQ tem vindo a conquistar quota de mercado, mesmo numa altura em que o
número de concorrentes cresceu, com o aparecimento de diversas novas entidades inspetoras
regionais, em particular no Algarve e no Norte.
Neste exercício de 2020 o LIQ concluiu com sucesso e aumentou os contratos celebrados com
a EDP, para a realização de auditorias do tipo 4 sobre os sistemas de contagem, que desencadea-
ram uma nova tipologia de inspeções quando são detetadas fraudes cometidas pelos consumido-
res. Para além deste tipo de contrato, o LIQ celebrou outro relativo à Deteção de Procedimento
Fraudulento (DPF), cuja quantificação em número de intervenções, na prática, duplicou o
contrato anterior relativo às auditorias do tipo 4. Deverá ainda referir-se que os novos contratos
atribuíram ao LIQ atividades de inspeção técnica em novas regiões do país.
A atividade de CSO – Coordenação de Segurança em Obra manteve o mesmo volume de pres-
tação de ser viços já assegurado em anos anteriores, perspetivando-se o lançamento de novos
concursos neste domínio.
A atividade de “vistorias de fibra ótica” e a sua condução através da rede de distribuição de BT
(Baixa Tensão), teve início no ano 2020, aguardando-se que esta atividade possa ser generalizada
pelos diversos operadores de sinal em fibra ótica e alcançar expressão significativa nos anos futuros.
Considerando a relevância deste departamento no conjunto da atividade do LIQ, seja pelo valor
dos serviços prestados, seja pelos recursos envolvidos, é pertinente fazer a sua análise e decomposi-
ção, uma vez que nos últimos anos foram introduzidas novas atividades que recorrem aos recursos
humanos com a mesma tipologia de competências. Neste contexto, torna-se relevante a estratégia
que tem vindo a ser seguida de dotar uma parte dos recursos humanos do DES (Departamento de
Energia e Segurança) de polivalência no conjunto das suas competências, obtendo vantagens de
flexibilidade e complementaridade na logística que cobre a totalidade do território.
Verifica-se que a partir de 2018, graças à diversificação de atividades e de serviços prestados,
foi possível regressar e ultrapassar o valor da prestação de serviços anterior à crise económica
do início da década.
O peso ponderado de cada tipo de serviço prestado pelo DES e a importância das novas ativi-
dades de auditorias do tipo 4, DPF’s e Coordenação de Segurança em Obra são observáveis no
quadro seguinte:
Para além da evolução, pode-se considerar que a dependência dos resultados do LIQ em
relação à EDP, tem vindo a ser diversificada, melhorando a sustentabilidade. A diversificação
do tipo de serviços contratados pela EDP constitui uma situação análoga à da diversificação de
clientes, na medida em que as entidades decisoras da EDP correspondem a diferentes unidades
orgânicas, e agem como se fossem entidades distintas.
121
Laboratório de Ensaios
No que respeita ao Laboratório de Ensaios, o ano 2020 manteve a recuperação verificada no ano
anterior. Perspetivando o alargamento do mercado e a diversificação do âmbito da acreditação,
em particular nos novos domínios dos ensaios de ótica (fotometria e fotobiologia).
Considera-se que o Laboratório de Ensaios dispõe dos recursos necessários para iniciar um
ciclo de crescimento económico e que o potencial de exportação é significativo. A dinamização
da área comercial,aobtenção da acreditação para ensaios de eficiência energética e a verificação
dos efeitos fotobiológicos da iluminação, cuja auditoria de concessão foi realizada no final do ano
2019, constituirão alavancas destecrescimento.
Laboratório de Metrologia
No que respeita ao Laboratório de Metrologia, verifica-se estagnação no ritmo de crescimento que

se vinha a verificar na prestação de serviços de calibração. O âmbito das acreditações manteve-
-se estável e sem novas áreas, tendo-se identificado degradação do tempo médio de resposta ao
pedido de propostas e orçamentos. Na prática, algumas destas oportunidades foram perdidas e
há consciência do risco de se perder igualmente os clientes não atendidos por razões de insatis-
fação. Perante este disfuncionamento, a direção tomou medidas de reforço dos recursos da ação
comercial, com reforço desta área.
Em paralelo, fizeram-se investimentos na automatização de equipamentos de ensaio, por
aquisição (calibração de comparadores) ou por transformação de existentes (calibração de chaves
dinamométricas).
O Laboratório de Metrologia tem uma grande importância para os restantes Departamentos
do LIQ, sendo o principal prestador de serviços de calibrações para o Laboratório de Ensaios
e para as áreas de inspeção, embora esta prestação não se traduza em faturação contabilistica-
mente produzida. O valor da produção anual do Laboratório de Metrologia incorpora as vendas
a terceiros e as calibrações internas.
Inspeção de Equipamentos
A área de atividade com transformação mais significativa nos dois últimos anos foi a da Inspeção
de Equipamentos. Este pequeno departamento mantinha uma atividade residual, embora com
visibilidade interessante no quadro dos serviços prestados pelo LIQ, pelo que foi mantida com
o mínimo de encargos e recursos ao longo dos últimos anos.
Com a publicação do Decreto-lei 203/2015 e a subsequente ação fiscalizadora desencadeada
pela ASAE sobre os EJR – Espaços de Jogo e Recreio (parques infantis), a direção do LIQ pers-
petivou uma nova atividade para a Inspeção de Equipamentos e atempadamente adquiriu equi-
pamento de ensaio dos pisos amortecedores de impacto, o conjunto de calibres para verificar os
equipamentos dos EJR e proporcionou formação interna nesta nova área.
122
Considerando a nova importância que o conjunto das atividades de inspeção do LIQ passariam
a ter, foi criada a área LIQ – Organismo de Inspeção, com um único certificado de acreditação
(I017), que inclui as inspeções de instalações elétricas, análise de projetos elétricos, equipamentos
desportivos e espaços de jogo e recreio. Após a auditoria realizada em junho, em novembro de
2018 foi concedida a acreditação destas últimas atividades, onde ainda não existe concorrência
assinalável.
Com o desencadear da promoção comercial no final do ano 2018, após a concessão da acredita-
ção, o impacto destas ações tornou-se visível em 2019, com crescimento percentual significativo.
Durante o ano 2020 foram implementadas ações que continuarão a impulsionar o crescimento
do DIE, nomeadamente:
a) Aquisição de uma segunda unidade de ensaio de carga de equipamentos desportivos,
agilizando a sua utilização e mobilidade (atrelado a uma viatura ligeira Renault Clio);
b) Reforço do pessoal técnico, com seleção e admissão de um novo inspetor, dirigido em
particular para a área dos espaços de jogo e recreio e do equipamento de lazer e aventura;
c) Extensão da acreditação IPAC para a inspeção de equipamentos de fitness de ar livre,
workout street, vias ferrata e arborismo (percursos de cordas), tendo colocado o Organismo
de Inspeção LIQ numa posição pioneira e dianteira em relação à concorrência.
Parque de Ciência e Inovação, S.A.
A Parque de Ciência e Inovação, S.A. (PCI), criada em 28 de setembro de 2010, com a marca
registada Creative Science Park – Aveiro Region (PCI CSP-AR) tem como objeto a instalação,
desenvolvimento, promoção e gestão do Parque de Ciência e Tecnologia da Região de Aveiro.
A sociedade tem um capital social subscrito de 7,5 milhões euros, assenta numa gestão privada
sustentada numa perspetiva de interesse público. A estrutura acionista é detida maioritariamente
por entidades públicas, sendo constituída por 19 entidades representantes do sistema científico
e tecnológico nacional, autarquias, entidades institucionais, empresas e instituições financeiras.
A UA é a acionista com maior percentagem do capital social (35%), e detém a presidência do
conselho de administração.
O PCI CSP-AR foi inaugurado a 6 de março de 2018, proporcionando o acolhimento de enti-
dades de base tecnológica e de unidades de investigação científica, uma incubadora de empresas
e uma Design Factory, tem como missão ser o “….promotor estratégico e operacional da inovação,
do conhecimento e do empreendedorismo da Região de Aveiro, através da instalação, o desenvol-
vimento, a promoção e a gestão de um Parque de Ciência e Tecnologia e da prestação dos serviços
de apoio necessários à sua atividade, contribuindo para o reforço da competitividade, a fixação
de recursos humanos qualificados, a produção e investigação científica, tecnológica, educativa e
cultural da Região”.
Para cumprir a sua missão, a Sociedade é promotora de uma operação de investimento, cofi-
nanciada, até ao final do ano de 2015, pelo Programa Operacional Regional Centro – Mais Centro
(20017-2013), e a partir do ano de 2016, através do Programa Operacional do Centro 2020 – Centro
2020 (2014-2020) e de um candidatura ao Aviso CENTRO-59-2020-06: Contratação de Recursos
123
Humanos Altamente Qualificados – Instituições de Interface/Infraestruturas Tecnológicas, que
permitiu a reforçar as equipas das Unidades Estratégicas em três recursos humanos, apoiando através
do cofinanciamento os gastos com pessoal elegíveis associados, até ao primeiro trimestre de 2023.
O PCI·CSP-AR tem como principal objetivo contribuir para a produção e investigação científica,
tecnológica e educativa nacional e constituir-se como promotor estratégico e operacional da inovação
e do empreendedorismo, em particular na Região de Aveiro e na Região Centro, designadamente:
· estimular a inovação e a interação entre o sistema científico e tecnológico e o setor empresarial;
· atrair centros e núcleos de investigação, em estreita articulação com instituições do sistema
científico e tecnológico;
· promover a criação e o desenvolvimento de novas entidades de base tecnológica;
· promover a criação e o desenvolvimento de projetos de investigação e desenvolvimento
tecnológico;
· promover a atuação concertada dos atores regionais do sistema económico, social, académico
e científico tendo em vista a realização do seu escopo principal.
PCI·CSP-AR para apoio:

A atividade do PCI·CSP-AR é corporizada em diferentes unidades de apoio ao funcionamento
do parque, suportadas pelas várias infraestruturas (Edifícios Central, LUC TICE e LUC Materiais
e Agroindustrial e Lotes de Terreno), que prestam serviços de empreendedorismo e de apoio à
inovação. A unidades encontram-se definidas segmentadas com a seguinte tipologia: Unidades
estratégicas (Incubadora, Design Factory, Espaços de Inovação e Desenvolvimento (I&D)); e
Unidades transversais de apoio à atividade (Planeamento e desenvolvimento físico e logística,
Administrativo e financeiro, Marketing e Comunicação, Comercial, Redes e Operacional e
Unidades de serviços complementares.
A Incubadora do PCI·CSP-AR, com a denominação Universidade de Aveiro Incubator (UA
Incubator), tem a missão de incentivar e apoiar a criação, o desenvolvimento e o crescimento
sustentado de novas empresas índole tecnológica e de elevado potencial de crescimento, através
da promoção de ações de capacitação, da disponibilização de espaços, equipamentos, serviços e
de uma rede de parceiros orientados para a criação de valor.
A UA Incubator resultou, em 2018, de um processo de cedência da gestão da Incubadora de
Empresas da Universidade de Aveiro (IEUA), criada em 1996, da UA à PCI, SA e a consequente
acomodação das empresas e empreendedores incubados da IEUA nas instalações do PCI·CSP-AR.
Durante o ano 2020 a UA Incubator apoiou as dinâmicas do empreendedorismo associado ao
ecossistema do conhecimento, em permanente interação com a academia, a região de Aveiro e o tecido
empresarial. Disponibilizou o programa UA Incubator Start a cerca de 71 projetos em incubação.
Foram realizados 88 consultórios de empreendedorismo, que originaram 25 candidaturas
à UA Incubator (15 da comunidade UA) das quais 80% eram ideias de negócio e 50% eram
promotores estrangeiros.
Entraram 25 novos projetos na UA Incubator em 2020, no final do ano, a UA Incubator tinha
14 ideias de negócio e 35 empresas em incubação/desenvolvimento empresarial, que acolhem
cerca de 160 pessoas.
124
No que diz respeito aos serviços de incubação, foram prestadas cerca de 1780 horas de servi-
ços de incubação, com destaque para 780 horas de acompanhamento na gestão operacional do
negócio, 362 horas em assessoria e apoio jurídico e 302 horas a apoio a candidaturas a concursos
de empreendedorismo e inovação.
No âmbito das suas atividades de divulgação e capacitação do ecossistema empreendedor,
mesmo no contexto atípico de pandemia COVID-19, a UA Incubator dinamizou 6 eventos, onde
contou com a presença de cerca de 60 participantes, acolheu 8 visitas de docentes e alunos,
coorganizadou/participou em 9 iniciativas de apoio ao empreendedorismo com a comunidade
UA e de entidades externas e esteve envolvida no projeto internacional eBridge Alliance 2020.
Em cooperação com as medidas da StartUP Portugal, acabou o ano a acompanhar 12 ideias de
negócio no âmbito do StartUP Voucher, 4 projetos internacionais do StartUP Visa, 2 Tech Visas
e 3 investimentos às Call Innov-ID da Portugal Ventures. Foram aprovados e estão a decorrer 11
projetos dos Recursos Humanos Altamente Qualificados (RHAQ), foram submetidas 9 candi-
daturas ao SIFIDE e 9 candidaturas ao + COESO.
No âmbito do reforço da posição estratégica a nível nacional e internacional, foram celebrados
acordos de parceria e memorandos de entendimento com a Portugal Ventures no âmbito do apoio
ao investimento em Startups, a Direção Geral da Política do MAR no âmbito do desenvolvimento
da economia azul, nomeadamente através do apoio ao empreendedorismo e inovação no mar e
a ESA Business Incubation Center, tendo a UA Incubator integrado a rede da agência espacial
europeia em Portugal.
Design Factory
A Design Factory do PCI·CSP-AR (DFA) continuou a apostar numa forte ligação ao tecido
empresarial e captou diversos projetos que se encontram já em desenvolvimento. A ligação à UA
foi um dos principais pilares de atuação e um esforço permanente permitiu ter assiduamente o
ecossistema académico integrado no projeto.
Embora a atividade normal da DFA tenha sido fortemente impactada pela pandemia da
COVID-19, foram desenvolvidos 13 projetos de investigação liderados pelo Design com 24
empresas, envolvendo mais de 100 estudantes. Além disso, foram realizados 9 eventos nacionais
e internacionais, assim como decorreram 3 estágios. A implementação de medidas no sentido de
minimizar os constrangimentos causados foi crucial para o retomar das atividades com segurança.
Ao longo do ano de 2020 a Design Factory Aveiro procurou dinamizar várias atividades de
promoção da disciplina do Design junto do tecido empresarial da região de Aveiro num processo
desejável de integração da disciplina na estratégia das empresas, assim como nos seus processos
de internacionalização. São disto exemplo os projetos de investigação a decorrer, seja no âmbito
do doutoramento em Design, com a Revigrés, ou nos estágios do mestrado de Engenharia e
Design de Produto com as empresas Costa Verde, Mesa Ceramics, Ecolã e De La Espada e da
realização de testes de usabilidade de equipamentos desenvolvidos em parceria com a UA e a
BOSCH, bem como os estágios do mestrado de Engenharia e Design de Produto.
Foi também formalizada uma série de parcerias com a UA através de projetos multidisciplina-
res com intervenção do Design: caso do Móvel do Futuro, em parceria com a Câmara Municipal
125
de Paços de Ferreira, do project do robot de limpeza com as empresas Climex e Atena assim como
projeto da Autoeuropa em conjunto com a Simoldes. Decorreu com sucesso o workshop cola-
borativo para a execução e produção de um sistema de monitorização de trotinetes, que contou
com a participação de estudantes do Mestrado em Engenharia Informática e do Mestrado em
Engenharia e Design de Produto. Um grupo de estudantes do Mestrado em Multimédia está
também a desenvolver trabalho curricular específico num projeto digital para apresentação e
marcação de espaços da DFA.
A relação com a UA sai também fortalecida pelo acolhimento de iniciativas como o Workshop
de Design Thinking durante a Semana do Empreendedorismo assim como pelo desenvolvimento
de estágios curriculares da ESTGA ou de estágios de verão por alunos da UA.
Decorreu igualmente uma ação de Conceção e Maquinagem Assistida por Computador ao
Serviço do Design e também foi assumido o apoio ao desenvolvimento de projetos de estudantes
da UA que assim o solicitaram. Foram ainda disponibilizadas as instalações da DFA para grava-
ções do projeto de investigação SOMA, realizadas pelo grupo de investigação INET-MD e da
reportagem televisiva sobre o prémio internacional de estudantes da UA.
Relativamente à utilização dos espaços, embora condicionada pela situação pandémica,
ocorreu a prestação de serviços para utilização de espaços para o Criatech, assim como o aluguer
recorrente de duas salas a empresas do PCI·CSP-AR. Foi ainda acolhido o webinar Design for
the Planet, organizado pela Rede Internacional DESIS.
A aposta na internacionalização foi continuada, através da participação em consórcio com
parceiros em Itália e Reino Unido na candidatura ao Culture of Solidarity Fund, que não foi
aprovada para financiamento.
Também decorreram vários projetos internos: a participação do PCI·CSP-AR no evento
Techdays da Techweek, organizado na cidade de Aveiro, assim como a disponibilização para
a produção de mais de 2000 viseiras para proteção individual de cidadãos e profissionais de
saúde contra o COVID-19. Produzidas e distribuídas na região de Aveiro em conjunto com a UA
e o Estaleiro do Município de Ílhavo, é de relevar os esforços da equipa da UA na angariação
de material, bem como o papel das entidades que generosamente acederam às solicitações, em
especial: Plasticum; OLI; AIDA-Câmara de Comércio e Indústria do Distrito de Aveiro; Mesa
Ceramics; Normax Lda; Kinya solutions policarbonato; Cruz Labor Laboratório de Análises
Clínicas; Enzymatic; Q’Viagem Gafanha da Nazaré/Aveiro; LaborSpirit Lda.
Decorreram outras interações com o sistema científico nacional, como são exemplo a prestação
de serviços com a Faculdade de Ciências e Tecnologia Universidade Nova de Lisboa, especifica-
mente ao projeto internacional Interreg Oceanwise – Wise Reduction of EPS Marine Litter in
the North-East Atlantic Ocean que contempla a conceção, implementação e dinamização de
plataformas digitais (fóruns virtuais) e de crowdsourcing com o objetivo de promover o debate,
gerar soluções e compartilhar documentos/informações/ideias sobre os problemas e soluções de
EPS/XPS na região Atlântica. O objetivo destas sessões é potenciar o envolvimento dos parceiros
do projeto com diferentes comunidades, como a de especialistas de Design, Engenharia Mecânica,
de Materiais, Ambiente e Mar, entre outros, na procura de soluções/respostas para as questões
e problemas previamente identificados. A primeira sessão teve a coordenação científica e logís-
126
tica da Design Factory Aveiro com o apoio da UA, garantindo uma metodologia apropriada,
assegurando as questões logísticas, a adequação dos materiais, assim como a dinamização das
atividades e das refeições.
Foi também possível o desenvolvimento de projetos liderados pelo Design e parceria com
entidades governativas, neste caso a Agência para a Modernização Administrativa – AMA, com a
organização de um Design Sprint para o desenvolvimento, execução e avaliação de protótipos de
baixa resolução decorrentes do projeto “Acelerador de auto-atendimento”, cujos trabalhos foram
reconsiderados e adaptados às contingências decorrentes da COVID-19.
A interação com o tecido empresarial decorre preferencialmente em projetos liderados pelo
Design e foi também pontuada com prestações de serviços específicas relacionadas com os
equipamentos e tecnologias disponíveis da DFA, como a produção de moldes para fabrico de
chocolates, a produção de bases de copos e garrafas assim como de bases de medalhas e ofertas,
parcerias para design de produto e produção de moldes na indústria cerâmica, o desenvolvimento
de um aplique em cortiça para café, ou a execução e aplicação de material gráfico para empresas
do PCI·CSP-AR.
Espaços de Inovação e Desenvolvimento

Os espaços de Inovação e Desenvolvimento são consubstanciados nos Laboratórios de Uso
Comum (LUC) e nos lotes de terreno disponíveis para o acolhimento e construção de edifícios
ambos para instalação de empresas e centros de ID&T e dos serviços de Inovação e Conhecimento
de suporte e dinamização de atividades de I&DT.
A atividade dos LUC, apoiada pelo Programa Conhecimento e Inovação, tem como objetivo
fundamental a promoção da economia do conhecimento da Região através:
· do desenvolvimento de iniciativas nos domínios de atividades de investigação e inovação nas
áreas de aposta estratégica do Parque, em particular das TICE, Materiais e Agroindustrial;
· da instalação de equipas multidisciplinares, em estreita articulação com o setor científico e
académico, tendo em vista a promoção da inovação, do empreendedorismo e da transferência
de tecnologia no setor das TICE, Materiais e Agroindustrial na Região de Aveiro;
· da inovação e a interação entre setor empresarial e sistema científico e tecnológico,

acolhendo projetos que contribuam para este objetivo;
· da atração de centros e núcleos de investigação;
· da atração, e a criação e o desenvolvimento de projetos de investigação e desenvolvimento
tecnológico inovadores, em estreita articulação com o Sistema Científico e Tecnológico;
· da articulação efetiva entre o conhecimento e recursos das esferas científica e empresarial;
· da atração de projetos em áreas de aposta regional;
· da atração de ideias da esfera empresarial com potencial de desenvolvimento;
· do desenvolvimento e consolidação de empresas com elevado potencial de crescimento.
Fruto do momento pandémico registado a partir de março de 2020, pela tipologia da larga
maioria das entidades instaladas e pelas orientações da Direção Geral de Saúde, as entidades
privilegiaram o teletrabalho, tendo havido uma diminuição significativa de atividade presencial
127
nos LUC. Contudo, o acolhimento de novos projetos teve um incremento positivo, tendo sido
captadas mais entidades. O ano terminou com um total de 16 entidades no LUC TICE, das quais
6 têm capitais estrangeiros, e outras 16 no LUC Materiais e Agroindustrial, das quais 3 com
capitais estrangeiros.
Durante o ano de 2020 foi apresentada a potenciais investidores a disponibilidade de lotes de
terreno para a instalação de centros de inovação de empresas, no entanto, apesar do interesse,
não houve conclusões definitivas.
No que concerne às redes nacionais a Tecparques – Associação Portuguesa de Parques de
Ciência e Tecnologia, a PCI faz parte da estrutura diretiva, numa vertente internacional, a PCI
SA é membro efetivo da IASP – International Association of Science.
Unidades transversais de apoio à atividade

As unidades transversais de apoio à atividade do PCI·CSP-AR consubstanciam-se na estrutura,
nos recursos humanos de suporte à atividade do parque na componente da operacionalização do
conceito bem como na execução do investimento e infraestruturação da candidatura ao Centro 2020.
Instituto de Telecomunicações
O Instituto de Telecomunicações (IT) é uma associação privada, sem fins lucrativos, de utili-
dade pública, que congrega nove instituições com experiência em investigação e desenvolvi-
mento no domínio das telecomunicações: Instituto Superior Técnico; Universidade de Aveiro;
Universidade de Coimbra; Altice Labs; Nokia Solutions and Networks; Universidade da Beira
Interior: Universidade do Porto; ISCTE – Instituto Universitário de Lisboa; Instituto Politécnico
de Leiria.
O IT está organizado em três polos, quatro delegações e um laboratório externo. Os polos
situam-se um em Aveiro, no campus universitário, outro em Coimbra, no Polo II da Universidade
de Coimbra e o terceiro em Lisboa, no Instituto Superior Técnico (Alameda).
As delegações estão localizadas no Porto, partilhada pela Faculdade de Engenharia e de
Ciências da Universidade do Porto, em Leiria, na Escola Superior de Tecnologia e Gestão (ESTG)
do Instituto Politécnico de Leiria, em Lisboa, no Instituto Universitário de Lisboa (ISCTE-
IUL) e na Covilhã, na Universidade da Beira Interior. O Laboratório Externo está localizado na
Faculdade de Ciências e Tecnologia da Universidade Nova de Lisboa, na Caparica.
O ano de 2020 foi em muitos aspetos um ano atípico devido à pandemia, que obrigou, em
alguns casos, ao completo encerramento da atividade entre os meses de março e maio e, quando
tal não sucedeu, a um rigoroso controlo de presenças nos laboratórios. Esta situação levou ao
distanciamento dos investigadores e estudantes de graduação o que, embora não seja mensurá-
vel a curto prazo, terá certamente impacto na atividade futura, uma vez que os contactos entre
pessoas são fundamentais para o desenvolvimento das atividades de investigação.
Apesar desta anormalidade, o facto de o IT ter os processos administrativos informatizados
permitiu à estrutura de suporte responder às necessidades dos investigadores, o que resultou
num ano com atividade científica quase idêntica à de um ano normal, com resultados excelentes.
128
Também a nível do início de novos projetos o IT cresceu 3% face à média dos últimos 4 anos, com
ênfase nos projetos com a indústria que teve um crescimento de 33%. O maior impacto pela nega-
tiva sentiu-se nas atividades de networking, difusão de conhecimento, visitas ao IT e colaboração
internacional, embora mitigadas pelo trabalho remoto utilizando os meios tecnológicos existentes.
Do ponto de vista organizativo tomou posse o novo presidente da comissão de gestão do IT
Aveiro, Prof. José Carlos Pedro em substituição do Prof. José Carlos da Silva Neves, que se jubi-
lou, assumindo por inerência a posição de vogal na Direcção. Embora prejudicado pela situação
de pandemia, o grupo Interface consolidou a sua presença, sendo já visíveis alguns resultados
da sua atividade, como o aumento do número de candidaturas a projetos em co-promoção e a
organização da propriedade intelectual do IT.
A nível da gestão, o acontecimento mais relevante foi a apresentação da candidatura à reno-
vação do estatuto de Laboratório Associado. Os resultados, publicados em fevereiro de 2021,
atribuíram a esta candidatura a classificação máxima, nível de excelente, a que corresponde um
financiamento de 4 642 000 € para o período 2021-2025.
Facto relevante, em 2020, foi a publicação dos resultados do concurso de projetos FCT em
todos os domínios científicos, que, pela primeira vez, apresentou taxas de aprovação de cerca de
5% muito abaixo dos 30% que era a média de sucesso do IT.
O IT está envolvido na preparação de duas candidaturas para os Digital Innovation Hubs
(DIH): o PTCentro um DIH regional (da zona Centro) e multissectorial e o Connect5 dedicado às
telecomunicações 5G de âmbito nacional. Ambos os DIH planeiam candidatar-se a DIH Europeu.
Processo de avaliação das Unidades de I&D
Tal como ficou referido no Relatório Anual de 2018 e 2019 a FCT procedeu à avaliação periódica
das unidades de I&D sendo que a visita (restrita ao polo de Aveiro), teve lugar em 8 de novembro
de 2018. O resultado da avaliação foi conhecido em 5 de novembro de 2019, isto é quase 1 ano
depois da visita e quase 2 anos após a data de submissão da candidatura (fevereiro de 2018).
O resultado da avaliação é, no nosso entender, incompreensível. De facto, como é possível
conceber que uma unidade de I&D seja classificada nas suas atividades com a mais alta qualidade,
relevância e internacionalização, ao passo que a sua equipa de investigadores, os seus objetivos
e a sua estratégia são considerados medianos.
De acordo com os procedimentos estabelecidos o IT apresentou uma reclamação (rebuttal).
O painel de avaliação respondeu à reclamação mantendo a classificação atribuída e afirmando
que tinha usado os seus próprios critérios, em vez dos indicados pela FCT.
Nos termos do regulamento de avaliação o IT apresentou uma reclamação formal, tendo a
FCT publicado os resultados a 2 de março de 2021, mantendo a avaliação (Muito Bom) atribuída
pelo 1.º painel.
Programa de estimulo ao emprego cientifico
Durante 2020, no âmbito do programa de estímulo ao emprego cientifico, o IT contratou mais
23 investigadores doutorados, pelo que, no final de 2020, tinha 70 investigadores doutorados
contratados, que representam um encargo mensal superior a 240 k€.
129
O IT concorda com a necessidade de dignificar o trabalho dos investigadores, pelo que a sua
contratação deva ser feita de acordo com as leis do trabalho. No entanto a atual de escassez de
recursos, associada às limitações da lei do trabalho para contratos a termo resolutivo, é um dos
pontos críticos da atividade do IT. Se, por um lado, existe necessidade de contratar para poder
dar resposta aos projetos em carteira, por outro, por limitações legais, não existem recursos sufi-
cientes para garantir a contratação sem termo.
A contratação, sem termo, de investigadores é desejável mas impraticável para responder
a picos de atividade, uma vez que existe uma grande incerteza no financiamento de ciência
e a indústria nacional investe pouco em investigação. Manter os custos fixos dos salários em
valores que não coloquem a instituição em risco é uma decisão de gestão avisada que o IT
pretende seguir.
Concurso para a renovação do estatuto de Laboratório Associado
Em 7 de julho de 2019, foi publicado o aviso de abertura das candidaturas para Atribuição
do Estatuto e Financiamento a Laboratórios Associados. O guia de candidatura foi publicado
em setembro de 2020 e a proposta foi entregue em 29 de outubro de 2020. Seguiu-se, em 17
de dezembro de 2020, a defesa pública da proposta. A avaliação atribuiu ao IT a classificação
máxima (100, excelente), a que correspondeu a atribuição do estatuto de Laboratório Associado
por 10 anos e o financiamento solicitado. Salienta-se que o IT foi uma das 10 unidades de inves-
tigação (entre as mais de 40 concorrentes) que obteve a classificação máxima.
Como principais propostas com impacto na organização destaca-se o alargamento do
âmbito de ação do IT incluindo, como é tradicional, a Eletrónica no âmbito das Tecnologias de
Informação e Comunicações, donde TICE e não apenas TIC, a divisão da área científica de Redes
e Multimédia, em duas linhas temáticas, Redes e Serviços e Informação e Ciência dos Dados, e a
definição de 16 clusters de agregação dos grupos de investigação e a criação de uma comissão de
acompanhamento do negócio, a par da comissão de aconselhamento científico.
Do ponto de vista de compromissos futuros o IT comprometeu-se a aumentar o seu quadro
de investigadores permanentes de 7 para 20 no final dos primeiros cinco anos de contrato do
Laboratório Associado.
Ao assumir este desafio, a direção está consciente da necessidade de diversificar as fontes de finan-
ciamento, nomeadamente um aumento de projetos financiados pela União Europeia e um aumento
do número de projetos de investigação financiados por empresas, pelo que estimulará esse movimento.
Indicadores de Produtividade
A produção científica ultrapassou de forma significativa a previsão, nomeadamente quanto ao

número de livros, capítulos de livros e artigos em revista. A redução no número de comunicações
a conferências com arbitragem foi mais do que compensada pelo aumento do número de artigos
em revista e teve a ver com a situação de pandemia que obrigou ao cancelamento de muitas das
conferências planeadas para 2020.
130
Tabela 44: Indicadores de produtividade em 2020
Produção científica Previsto Realizado
Livros 10 18
Capítulos de livros 40 59
Artigos em revistas científicas internacionais com arbitragem 350 485
Comunicações em conferências arbitradas e com atas publicadas 300 273
Patentes 16
Tabela 45: Número de teses acolhidas e desenvolvidas no IT em 2020
Número de teses acolhidas e desenvolvidas no IT Previsto Realizado
Teses de doutoramento, submetidas e aprovadas 45 34
Teses de mestrado, submetidas e aprovadas 220 182
No dia 31 de dezembro de 2020, o IT acolhia 164 estudantes de doutoramento e 139 bolseiros,

financiados pelo IT. Estes números representam uma diminuição de 13% e 38% respetivamente
face a 2019, o que tem como justificação a elevada procura desta área pelas empresas o que limita
a captação de estudantes para a ciência. No caso dos bolseiros, à procura do mercado de trabalho
acresce o novo regulamento de bolsas que limita as bolsas de mestre a estudantes inscritos no
3.º ciclo, ou em cursos de formação especializada, que ainda estão em fase de criação.
Em relação às teses de mestrado, a diminuição não pode ser dissociada da situação de pande-
mia em que vivemos, e do fecho das Universidades, o que obrigou a uma extensão do prazo de
entrega das teses do ano de 2020 para 2021.
A produtividade científica em 2020 foi de 1,40 artigos científicos em revista por Investigador
Doutorado, o que corresponde a um crescimento face a 2019 em que o valor era de 1,32 publica-
ções, isto é, corresponde a um aumento de 6% face ao ano anterior. Contando cada livro, capítulo
em livro e artigo em revista científica como uma publicação, a produtividade é 1,62 publicações
por investigador doutorado, que corresponde a um aumento de 8,7% face a 2019.
A produtividade média de todos os investigadores do IT, tal como medida pela política de
qualidade do IT, tem subido consistentemente desde 9,2 em 2018 até 11,2 em 2020, o que signi-
fica uma melhoria de 25%.
131
III.
Recursos
Humanos
III. Recursos Humanos
Os recursos humanos são decisivos em todas as atividades académicas e não académicas. Estabelecer
patamares de qualidade exigentes para a sua contratação é, por isso, um fator chave para a garantia
de qualidade do ensino, investigação e outras atividades desenvolvidas no Grupo UA.
De modo a atingir esse objetivo é necessário desenvolver programas que apoiem docentes e
investigadores a tornarem-se mais produtivos, inovadores e mais envolvidos com o projeto UA,
mantendo-se assim motivados e realizados.
O número de trabalhadores efetivos a 31 de dezembro de 2020 era de 2.217, discriminado da
seguinte forma:
· Universidade de Aveiro: 2.149
· UNAVE – Associação para a Formação Profissional e Investigação da Universidade de
Aveiro: 6
· Grupunave – Inovação e Serviços, Lda: 4
· Instituto do Ambiente e Desenvolvimento: 9
· Laboratório Industrial da Qualidade: 49
Em 31 de dezembro de 2020 encontravam-se em exercício de funções na UA, 2.149 trabalhadores:

1026 docentes, 430 investigadores e 693 TAG (gráfico 15). Verificou-se um aumento de 3% do
número de trabalhadores, face a 2019.
Gráfico 15. Trabalhadores segundo o tipo
135
O pessoal TAG corresponde a 32,25% do total de trabalhadores e os grupos de pessoal docente
e pessoal investigador a 47,74% e 20,01%, respetivamente.
No ano de 2020, os grupos de pessoal que registaram maior aumento face ao ano de 2019 foi
o grupo de pessoal docente e TAG, registando um incremento de cerca de 3,3% enquanto que o
grupo de pessoal investigador registou um ligeiro aumento de cerca de 0,2%.
O aumento do número de ativos em 2020 não foi tão significativo face ao verificado no ano
anterior. A contratação de Investigadores ao abrigo do Decreto Lei n.º 57/2016, de 29 de agosto,
prosseguiu em 2020, apesar de terem ocorrido em menor número face ao ano anterior. O número
total de investigadores em 31 de dezembro não reflete o número de contratações, uma vez que
grande parte das admissões ocorreram no seguimento de um vínculo anterior na Universidade.
Convém acrescentar que, no âmbito do Programa de Regularização Extraordinária de Vínculos
Precários (PREVPAP), foram regularizadas, no ano de 2020, cinquenta e três situações, tendo
sido contratados por tempo indeterminado sete docentes, trinta e seis investigadores e dez técni-
cos administrativos e de gestão.
Relativamente à modalidade de vinculação, verifica-se que no ano 2020 o número total de
trabalhadores detentores de um contrato de trabalho em funções públicas (49%) é inferior ao
número total de trabalhadores detentores de um contrato de trabalho em regime de direito
privado (51%), conforme se pode constatar no gráfico 16.
Gráfico 16. Total de trabalhadores segundo o tipo de contrato
No que diz respeito à relação jurídica de emprego, verificou-se que cerca de 62,2% dos trabalha-
dores mantinham uma relação jurídica de emprego por tempo indeterminado, 17 é apresentado
o número de trabalhadores por modalidade de vinculação.
136
43 6 38
895 719
Cargo Político ou Mandato

CS no âmbito da LTFP 112
336
CS no âmbito do Código do Trabalho
CT no âmbito do Código do Trabalho a termo certo ou incerto
CT no âmbito do Código do Trabalho por tempo i ndet erminado
CTFP a termo resolutivo certo
CTFP por tempo indeterminado
Gráfico 17. Docentes segundo a modalidade de vinculação
47 1 1
381
Cargo Político ou Mandato
CT no âmbito do Código do Trabalho por tempo

indeterminado
Gráfico 18. Pessoal Investigador segundo a modalidade de vinculação

38
75
322
241
CS no âmbito do Código do Trabalho
17
CT no âmbito do Código do Trabalho por tempo i ndet erminado
CTFP a termo resolutivo certo
CTFP por tempo indeterminado
Gráfico 19. Pessoal TAG segundo a modalidade de vinculação
137
É de realçar a elevada qualificação média dos recursos humanos. Do universo de trabalhadores,
1.882 detêm habilitação superior, correspondendo a 87,6% do total, representando mais 0,4%
que no ano anterior.
No que respeita ao género, em 2020 a percentagem do total de trabalhadores do género femi-
nino correspondeu a 54,2% e a percentagem de trabalhadores do género masculino totalizou
45,8% (gráfico 20), mantendo-se a tendência verificada nos anos anteriores.
Gráfico 20. Tipo de trabalhador segundo o género
Analisando a estrutura etária dos efetivos da UA, verifica-se a concentração de uma maior
percentagem de trabalhadores nos escalões etários entre os 40-44 anos e 45-49 anos, com 18,5%
e 19,2% do total de trabalhadores, respetivamente.
A idade média manteve-se constante face ao ano anterior (47 anos). A taxa de emprego jovem,
que representa o peso dos efetivos com menos de 25 anos, é no ano de 2020 quase nula (0,28%),
tendo ainda diminuído face ao ano anterior. Por sua vez, a taxa de envelhecimento, considerando
os efetivos com idade igual ou superior a 55 anos, regista um ligeiro aumento, situando-se este
ano em 26,7%.
Quanto às saídas de trabalhadores verifica-se durante o ano de 2020 a saída de 348 trabalha-
dores, sendo que o grupo que regista maior fluxo de saídas é o do pessoal docente com 211 traba-
lhadores, perfazendo 60,6% das saídas. Este maior fluxo é essencialmente associado à tipologia
de contrato (contratações semestrais dos docentes especialmente contratados).
Em 2020, tal como em 2019, verificou-se a saída de 22 trabalhadores por motivo de
“Aposentação/Reforma”, tendo um dos trabalhadores se aposentado por limite de idade.
138
IV.
Recursos
Financeiros
IV. Recursos Financeiros
As demonstrações financeiras em apreço foram preparadas de acordo com o referencial do

Sistema de Normalização Contabilística para as Administrações Públicas (SNC-AP), aprovado
pelo Decreto-Lei n.º 192/2015, de 11 de setembro, tendo sido aplicados os requisitos das Normas
de Contabilidade Pública (NCP) relevantes para o Grupo.
A adoção das NCP ocorreu pela primeira vez em 2018, pelo que a data de transição do refe-
rencial contabilístico anterior, Plano Oficial de Contabilidade Pública para o Sector da Educação
(POC – Educação), para este normativo é 1 de janeiro de 2018.
O Grupo tem estado sujeito aos constrangimentos decorrentes da disciplina orçamental com
que o país se vem confrontando, com vista à redução do deficit das contas públicas. Neste quadro, o
financiamento proveniente do Orçamento de Estado (OE) destinado às despesas de funcionamento,
continuou dentro da mesma linha de 2019. Este cenário não acompanha o ritmo de crescimento da
UA e o consequente aumento da despesa. Desta forma, existe a necessidade de recorrer, cada vez
mais, a financiamentos complementares e alternativos, o que impulsiona os processos de obtenção
de receitas próprias, por forma a permitir o necessário funcionamento sem ruturas financeiras.
O orçamento de 2020 foi elaborado em novembro de 2019, com base nas regras definidas na
Circular Série A n.º 1394 de 5 de novembro de 2019, da Direção-Geral do Orçamento (DGO).
Até aprovação do Orçamento de Estado, em 31 de março, a execução foi efetuada com suporte
no orçamento transitório.
Balanço
Fazendo uma análise do balanço, comparativamente com o ano anterior e começando pelo ativo,
verifica-se que este atinge 202.982 milhares de euros, tendo sofrido um aumento de 7.869 milha-
res de euros relativamente ao ano anterior, motivado essencialmente por um aumento da caixa e
depósitos (4.955 milhares de euros), das outras contas a receber (4.447 milhares de euros) e da
diminuição dos ativos fixos tangíveis (3.458 milhares de euros).
Da análise da Tabela 46, pode verificar-se que o património líquido de 171.217 milhares de
euros sofreu um aumento de 1.093 milhares de euros relativamente a 2019, consequência do
aumento do resultado líquido do período (3.970 milhares de euros) e da redução das outras
variações no património líquido (2.707 milhares de euros).
A rubrica de outras variações do património líquido contém valores relativos a subsídios
recebidos para financiar despesas de capital, no âmbito dos projetos de investigação e desenvolvi-
141
mento e outros financiamentos para investimento, sendo transferidos para rendimentos, através
da rubrica de outros rendimentos e ganhos, em proporção idêntica aos encargos anuais com a
depreciação dos bens subsidiados. De referir que estes subsídios eram relevados como passivo
no referencial contabilístico anterior (POC-Educação).
O passivo de 31.764 milhares de euros aumento em cerca de 6.776 milhares de euros relativa-
mente ao ano de 2019, resultado do aumento dos diferimentos (mais 4.357 milhares de euros),
sendo que nesta rubrica estão incluídos montantes relativos à especialização de projetos de inves-
tigação, de contratos e protocolos e ainda de propinas, bem como do aumento dos credores por
transferências e subsídios concedidos (mais 1.733 milhares de euros). O incremento na última
rubrica está relacionado com os valores recebidos, para parceiros de projetos de investigação, no
final de 2020, e só transferidos no início de 2021.
Tabela 46. Valores das várias componentes do ativo para o ano de 2020, o seu peso relativo e a variação face ao ano de 2019
Ativo 2020 2019 Variação
Valor % Valor % Absoluta %
Ativos fixos tangíveis 127.473.754 62,80% 130.931.767 67,11% -3.458.013 -2,64%
Ativos intangíveis 1.084.281 0,53% 714.954 0,37% 369.327 51,66%
Participações financeiras 6.825.587 3,36% 6.297.337 3,23% 528.250 8,39%
Outros ativos financeiros 203.346 0,10% 195.246 0,10% 8.100 4,15%
Inventários 227.601 0,11% 221.638 0,11% 5.963 2,69%
Clientes, contribuintes e utentes 3.055.703 1,51% 1.955.128 1,00% 1.100.575 56,29%
Estado e outros entes públicos 22.558 0,01% 72.650 0,04% -50.092 -68,95%
Outras contas a receber 30.145.448 14,85% 25.698.771 13,17% 4.446.677 17,30%
Diferimentos 592.023 0,29% 627.663 0,32% -35.640 -5,68%
Outros ativos financeiros 0 0,00% 966 0,00% -966 -100,00%
Caixa e depósitos 33.351.448 16,43% 28.396.691 14,55% 4.954.757 17,45%
Total 202.981.749 100,00% 195.112.811 100,00% 7.868.938 4,03%
142
Tabela 47. Valores das várias componentes do património líquido e do passivo para o ano de 2020,
o seu peso relativo e a variação face ao ano de 2019
Património Líquido e Passivo 2020 2019 Variação
Património Líquido
Património/Capital 17.029.103 8,39% 16.989.833 8,71% 39.270 0,23%
Reservas 1.507.004 0,74% 1.507.004 0,77% 0 0,00%
Resultados transitados 31.102.807 15,32% 31.553.970 16,17% -451.163 -1,43%
Ajustamentos em ativos financeiros -61.975 -0,03% -285.652 -0,15% 223.677 -78,30%
Excedentes de revalorização 17.205.450 8,48% 17.205.451 8,82% -1 0,00%
Outras variações no Património

100.305.735 49,42% 103.012.312 52,80% -2.706.577 -2,63%
Líquido
Resultado líquido do período 3.899.013 1,92% -71.432 -0,04% 3.970.445 -5.558,36%
Interesses que não controlam 230.295 0,11% 212.777 0,11% 17.518 8,23%
171.217.432 84,35% 170.124.263 87,19% 1.093.169 0,64%
Passivo corrente
Credores por transf. e subsídios

3.060.334 1,51% 1.327.627 0,68% 1.732.707 130,51%
concedidos
Fornecedores 266.601 0,13% 142.309 0,07% 124.292 87,34%
Estado e outros entes públicos 157.169 0,08% 133.866 0,07% 23.303 17,41%
Outras contas a pagar 13.544.303 6,67% 13.005.796 6,67% 538.507 4,14%
Diferimentos 14.735.910 7,26% 10.378.950 5,32% 4.356.960 41,98%
31.764.317 15,65% 24.988.548 12,81% 6.775.769 27,12%
Total 202.981.749 100,00% 195.112.811 100,00% 7.868.938 4,03%

Demonstração dos Resultados
Da análise aos aspetos mais relevantes da Demonstração dos Resultados por Naturezas, resulta
que os rendimentos operacionais aumentaram 837 milhares de euros (aumento de 0,66% rela-
tivamente a 2019). Em paralelo, os gastos operacionais sofreram uma redução de 3.164 milhares
de euros (redução de 2,49% em relação ao ano anterior), conduzindo, conforme se pode ver no
anexo quatro, a um resultado operacional positivo de 4.043 milhares de euros, resultado da
atividade principal do Grupo.
Para o referido aumento dos rendimentos contribuíram essencialmente, de forma positiva, as
transferências e os subsídios à exploração (mais 2.784 milhares de euros – acréscimo de 3,01%) e
143
de forma negativa os impostos e taxas (menos 1.640 milhares de euros – decréscimo de 10,66%)
e as vendas (menos 1.127 milhares de euros – decréscimo de 62,11%).
Relativamente à redução dos gastos, importa referir os fornecimentos e serviços externos
(menos 2.828 milhares de euros – decréscimo de 14,59%), os outros gastos e perdas (menos
1.946 milhares de euros – decréscimo de 17,34%) e os gastos com pessoal (mais 2.581 milhares
de euros – acréscimo de 3,13%). Na sua maioria, as variações negativas têm origem nas restrições
decorrentes da pandemia COVID e a variação positiva resulta por um lado, do descongelamento
das carreiras e outras imposições legais na Administração Pública e, por outro lado, do acréscimo
da atividade dos projetos de investigação e contratação de doutorados.
A tabela seguinte apresenta a estrutura e a evolução dos rendimentos do período em análise.
Tabela 48. Estrutura e evolução dos rendimentos por rubricas
Rendimentos 2020 2019 Variação
Operacional
Impostos e taxas (*) 13.740.586 10,76% 15.380.820 12,12% -1.640.234 -10,66%
Vendas 687.531 0,54% 1.814.684 1,43% -1.127.153 -62,11%
Prestações de serviços 6.790.550 5,32% 6.575.085 5,18% 215.465 3,28%
Transf. correntes e sub.

95.219.121 74,54% 92.435.003 72,84% 2.784.118 3,01%
à exploração obtidos
Imparidade de inventarios 0 0,00% 504 0,00% -504 -100,00%
Outros rendimentos e ganhos 11.294.375 8,84% 10.689.260 8,42% 605.115 5,66%
Financeiro 3.544 0,00% 5.477 0,00% -1.933 -35,29%
Total 127.735.707 100,00% 126.900.833 100,00% 834.874 0,66%
Como se verifica pela leitura da tabela anterior, as transferências correntes, os subsídios à explo-
ração obtidos, os impostos e taxas e os outros rendimentos e ganhos são o principal contributo
para os rendimentos da UA. O valor de 95.219 milhares de euros reparte-se, principalmente, pelo
financiamento do OE (53.306 milhares de euros), financiamento da Fundação para a Ciência e
a Tecnologia (FCT) (14.274 milhares de euros), sendo uma parte relativa aos salários de investi-
gadores, financiamento da União Europeia a projetos de investigação (8.139 milhares de euros)
e Agência para o Desenvolvimento e Coesão, IP (6.959 milhares de euros).
São ainda de destacar as rubricas de impostos e taxas que representam 10,76% dos rendi-
mentos do Grupo e a rubrica de outros rendimentos e ganhos com um impacto de 8,84%.
144
Na última rubrica foi relevada a quota-parte respeitante à proporção da amortização do investi-
mento adquirido com os subsídios.
A diminuição verificada nos impostos e taxas resultaram do definido no artigo 198.º da Lei
n.º 71/2018, de 31 de dezembro e do artigo 233.º da Lei n.º 2/2020, de 31 de março, em que
definem uma propina, para o ano letivo 2019/2020 de 871 euros e para o ano letivo 2020/2021
um valor de 697 euros.
Acresce referir que a pandemia COVID teve forte impacto nas vendas e nas prestações de
serviços.
Tabela 49. Estrutura e evolução dos gastos
Gastos 2020 2019 Variação
Operacional
CMVMC 549.882 0,44% 1.208.186 0,95% -658.304 -54,49%
Fornecimentos e serviços externos 16.554.992 13,37% 19.382.792 15,27% -2.827.800 -14,59%
Gastos com pessoal 84.999.136 68,64% 82.418.474 64,91% 2.580.662 3,13%
Transferências e subsídios
667.141 0,54% 865.302 0,68% -198.161 -22,90%
concedidos
Imparidade inv. não depreciáveis/
241 0,00% 9.939 0,01% -9.698 -97,58%
amortizáveis
Imparidade de inventarios 1.014 0,00% 0 0,00% 1.014 n.a.
Imparidade de dívidas a receber 15.928 0,01% 156.405 0,12% -140.477 -89,82%
Outros gastos e perdas 9.275.297 7,49% 11.221.281 8,84% -1.945.984 -17,34%
Gastos/reversões de deprecição
11.625.475 9,39% 11.590.438 9,13% 35.037 0,30%
e amortização
Financeiro 97.403 0,08% 86.355 0,07% 11.048 12,79%
Imposto sobre o rendimento 32.570 0,03% 24.477 0,02% 8.093 33,06%
Interesses que não controlam 17.615 0,01% 8.616 0,01% 8.999 104,45%
Total 123.836.694 100,00% 126.972.265 100,00% -3.135.571 -2,47%
Da análise da Tabela da Estrutura dos Gastos verifica-se que os gastos com maior peso para o
Grupo são os gastos com pessoal, os gastos com fornecimentos e serviços externos, os gastos/
reversões com depreciação e amortização e os outros gastos e perdas, representando, globalmente,
98,89% da totalidade dos gastos.
Os gastos com pessoal ascenderam a 84.999 milhares de euros (consubstanciando um
aumento de 2.581 milhares de euros) que contemplam um acréscimo resultante da quota-parte
145
correspondente aos subsídios de férias e de Natal e um incremento de funcionários resultante
da contratação de investigadores no âmbito da norma transitória do Decreto-Lei n.º 57/2016,
alterado pela Lei n.º 57/2017, do CEEC, e da contratação de investigadores para projetos de
investigação. O aumento dos gastos com o pessoal é, em grande parte, financiado por outras
entidades, sendo de destacar a FCT.
Acresce referir que a contratação ao abrigo do Programa de Regularização Extraordinária de
Vínculos Precários na Administração Pública (PREVPAP) também tem influência no aumento
dos gastos com pessoal.
As regras de alguns projetos de investigação têm alterado nos últimos anos, obrigando à
contratação de investigadores, em detrimento da contratação de bolseiros, sendo este o principal
fator para a redução os outros gastos e perdas (menos 1.946 milhares de euros).
A redução de 2.828 milhares de euros na rubrica de fornecimentos e serviços externos justifica-
-se pela redução da atividade decorrente da pandemia COVID
Indicadores económico-financeiros
Na sua estrutura financeira o Grupo continua a apresentar uma boa situação, conforme se pode
aferir nos seguintes indicadores económico-financeiros.
Tabela 50. Indicadores económico-financeiros
Rácios de Estrutura 2020 2019
Liquidez Geral (Ativo corrente/Passivo corrente) 2,12 2,28
Liquidez Imediata (Disponibilidades/Passivo corrente) 1,05 1,14
Rentabilidade do património líquido (Resultados líquidos/Património líquido)x100) 2,28% -0,04%
Rentabilidade operacional do ativo (Resultados operacionais/Ativo)x100) 1,99% 0,02%
Autonomia Financeira (Património Líquido/Ativo) 0,84 0,87
Solvabilidade (Património Líquido/Passivo) 5,39 6,81
Endividamento (Passivo/Ativo) 0,16 0,13
Disponibilidades 33.351.448 28.396.691
Ativo corrente 67.394.781 56.973.507
Ativo 202.981.749 195.112.811
Património líquido 171.217.432 170.124.263
Passivo 31.764.317 24.988.548
Passivo corrente 31.764.317 24.988.548
Fornecedores 266.601 142.309
Resultados operacionais 4.043.057 42.539
Resultado líquido 3.899.013 -71.432
146
De salientar que o aumento rendibilidade se fica a dever ao aumento dos resultados líquidos do
exercício já explicada atrás.
Os elevados níveis de liquidez devem-se, em grande medida, à existência de saldos orçamentais
transitados que são contabilizados como disponibilidades.
Execução Orçamental
A preparação do ano de 2020 começou com a receção das orientações da DGO (Circular Série
A N.º 1394 de 5 de novembro de 2019), permitindo a elaboração de um orçamento previsional,
com uma dotação entretanto confirmada pela aprovação do OE.
Até 2014, existiam diferenças entre o saldo apurado pelo Mapa de Fluxos de Caixa e o valor das
Disponibilidades, que respeitavam a pagamentos de despesas efetuados no período complementar.
Decorrente da pandemia, não foi emitido, para 2020, o Decreto-Lei de execução Orçamental,
tendo-se mantido em vigor o Decreto-Lei n.º 84/2019 de 28 de junho, que estabelece, no número
3 do artigo 24.º, odia 30 de dezembro de 2019 como data limite para emissão de meios de paga-
mento, deixando de poder usufruir do período complementar. Para 2020, assumimos a data de
30 de dezembro de 2020.
A UA, tendo em consideração o definido no ponto 85 da Circular Série A N.º 1394 da DGO, rela-
tiva à preparação do OE para 2020, procedeu aos ajustamentos de registo da receita e da despesa, de
fundos financeiros provenientes da União Europeia, respeitantes a parceiros de projetos de investi-
gação. Os valores em apreço foram registados em operações de tesouraria – intermediação de fundos.
Esta alteração de registo da receita e da despesa leva a uma redução dos valores contidos nas
rubricas de transferências e subsídios e de transferências correntes, respetivamente.
Com a implementação do SNC-AP foi necessário ajustar as regras de registo de receita e de
despesa, nomeadamente as relacionadas com as operações de tesouraria.
As operações de tesouraria são operações que geram influxos ou exfluxos de caixa (movimen-
tam a tesouraria) mas não representam operações de execução orçamental, ou seja, correspondem
às operações que não são consideradas receita ou despesa orçamental, mas que têm expressão na
tesouraria e na contabilidade da entidade, como é o caso da intermediação de fundos e a consti-

tuição e reforço de cauções e garantias.
De referir que as retenções em remunerações auferidas a entregar a entidades terceiras (como
é o caso da Autoridade Tributária e Aduaneira, Segurança Social, ADSE, CGA) deixaram de ser
consideradas operações de tesouraria, com o objetivo de salvaguardar a imagem verdadeira e
apropriada que as demonstrações orçamentais devem apresentar em relação à execução orça-
mental. Nesse sentido, as obrigações passaram a ser processadas pelos valores brutos, no âmbito
do processamento de remunerações. O pagamento total das obrigações foi repartido pelo paga-
mento dos valores líquidos aos beneficiários das remunerações e pela entrega das retenções ou
descontos às entidades beneficiárias.
A despesa orçamental com natureza de despesas com pessoal foi escriturada no subsistema da
contabilidade orçamental do SNC-AP, nos momentos em que ocorreu a escrituração dos exfluxos
de caixa no subsistema da contabilidade financeira.
147
Para avaliar a evolução e o peso relativo das receitas apresenta-se a Tabela 51.
Tabela 51. Síntese da receita
Receitas 2020 2019 Variação
Operações de Funcionamento
Orçamento de Estado 53.305.633 42,64% 50.815.667 43,09% 2.489.966 4,90%
Propinas 12.192.062 9,75% 13.816.166 11,72% -1.624.104 -11,76%
Taxas diversas, multas

562.747 0,45% 599.319 0,51% -36.572 -6,10%
e outras penalidades
Juros 3.128 0,00% 2.188 0,00% 940 42,96%
Venda de bens e de
8.799.800 7,04% 11.262.787 9,55% -2.462.987 -21,87%
prestação de serviços
Transferências e subsídios 48.318.304 38,65% 40.456.448 34,31% 7.861.856 19,43%
Outras receitas 1.833.597 1,47% 966.218 0,82% 867.379 89,77%
Total 125.015.271 100,00% 117.918.793 100,00% 7.096.478 6,02%
A evolução e o peso das despesas podem ser avaliados pelos dados da Tabela 52.
Tabela 52. Síntese da despesa
Despesas 2020 2019 Variação
Operações de Funcionamento
Despesas com pessoal 83.640.688 68,74% 79.858.098 67,43% 3.782.590 4,74%
Aquisição de bens
18.823.951 15,47% 21.990.402 18,57% -3.166.451 -14,40%
e serviços
Transferências correntes 9.316.289 7,66% 10.749.776 9,08% -1.433.487 -13,34%
Outras despesas correntes 1.494.802 1,23% 1.812.673 1,53% -317.871 -17,54%
Aquisição de bens de capital 7.726.930 6,35% 3.034.513 2,56% 4.692.417 154,63%
Transferências de capital 662.633 0,54% 970.192 0,82% -307.559 -31,70%
Outras despesas de capital 10.500 0,01% 13.092 0,01% -2.592 n.a.
Total 121.675.793 100,00% 118.428.746 100,00% 3.247.047 2,74%
148
No que respeita à receita das Operações de Funcionamento, constatamos que o seu volume
global aumentou 6,02% (mais 7.096 milhares de euros), para o que contribuíram o acréscimo
das transferências e subsídios (mais 7.862 milhares de euros), do Orçamento de Estado (mais
2.490 milhares de euros, e o decréscimo da venda de bens e prestação de serviços (menos
2.463 milhares de euros) e de propinas (menos 1.624 milhares de euros).
O OE, no montante de 52.674 milhares de euros comunicado pelo Ministério das Finanças em
novembro de 2019, contempla a reposição integral da redução de propinas consagrada a partir de
2019 e um valor adicional para fazer face a outros encargos decorrentes de alterações legislativas.
No decurso do ano de 2020, o OE foi reforçado no montante de 630.060 milhares de euros,
consequência da redução do valor das propinas nas IES públicas, conforme definido na Lei de
Orçamento de Estado.
A receita cobrada de propinas sofreu uma variação negativa de 1.624 milhares de euros conse-
quência das alterações legais.
A venda de bens e a prestação de serviços, teve uma forte redução de 2.463 milhares de euros,
consequência do impacto da pandemia COVID-19 na atividade regular da UA.
O incremento nas transferências e subsídios, justifica-se pelo financiamento da FCT no âmbito
de Contratos-Programa celebrados para a contratação de doutorados e ainda pelo aumento dos
projetos de investigação em funcionamento na UA.
O volume global da despesa de operações de funcionamento cresceu 2,74% (mais 3.247 milha-
res de euros) com especial incidência no aumento da despesa com pessoal (mais 3.783 milhares
de euros), na aquisição de bens de capital (mais 4.692 milhares de euros), constatando-se diver-
samente uma redução na aquisição de bens e serviços (menos 3.166 milhares de euros) e das
transferências correntes (menos 1.433 milhares de euros).
A despesa com pessoal sofreu um incremento de 3.744 milhares de euros que contemplam
contratações ao abrigo do PREVPAP e ao abrigo de Contratos-Programa celebrados entre a UA
e a FCT, e ainda a contratação de doutorados para projetos de investigação.
A redução da aquisição de bens e serviços está fortemente relacionada com a redução da
atividade da UA, consequência da pandemia COVID-19.
A rubrica de transferências correntes apresenta uma redução em consequência da redução

dos bolseiros afetos à atividade de projetos de investigação.
A rubrica de aquisição de bens de capital apresenta um acréscimo de 4.627 milhares de euros
resultado das aquisições efetuadas o âmbito de projetos de investigação, nomeadamente a aqui-
sição de um espectrómetro de ressonância magnética nuclear no valor aproximado de 2 milhões
de euros.
A execução orçamental, do ponto de vista das receitas e das despesas, medida através de indi-
cadores de gestão, é a que se apresenta na Tabela 53.
Após análise da tabela anterior, verificamos que à data de 31 de dezembro de 2020 o Grupo
UA UA obteve um aumento do saldo disponível de 3.339 milhares de euros.
Podemos afirmar que o Grupo UA goza de uma razoável saúde financeira, vista sob a perspe-
tiva da liquidez de tesouraria, obtendo um saldo de caixa e depósitos na importância dos 33.351
milhares de euros, sendo que 29.989 milhares de euros são de saldo orçamental e 3.363 milhares
149
de euros são de operações de tesouraria, conforme se pode aferir no mapa de Fluxos de Caixa,
em anexo ao presente Relatório.
Neste contexto, compreende-se a importância decisiva do desempenho competitivo do Grupo
UA, incentivado por uma cultura institucional empreendedora, capaz de manter, apesar de todas
as dificuldades, os seus objetivos estratégicos, concretizados nas diferentes áreas de missão.
Tabela 53. Indicadores orçamentais
Rácios de Estrutura 2020 2019
Orçamento de Estado / Receita Total Operações de Funcionamento 42,64% 43,09%
Receitas Próprias / Receita Total Operações de Funcionamento 57,36% 56,91%
Despesas com Pessoal / Despesa Total Operações de Funcionamento 68,74% 67,43%
Outras Despesas Correntes / Despesa Total Op. de Funcionamento 24,36% 29,18%
Despesas de Capital / Despesa Total Operações de Funcionamento 6,90% 3,39%
Saldo global 29.988.854 26.649.376
Aprovado em 14 de junho de 2021

O Conselho de Gestão
150
V.
Anexos
Anexo 1. Demonstração Consolidada do Desempenho Orçamental
Fontes de Financiamento
Rubrica Designação Rubrica Total Ano Anterior
Financiamento
Receitas Próprias Receitas Gerais Empréstimos Fundos Alheios
União Europeia
Saldo de gerência anterior 17.617.229 3.526.752 5.505.395 0 1.747.315 28 396 691 28 013 865
Operações Orçamentais [1] 17.617.229 3.526.752 5.505.395 0 0 26.649.376 27.159.329
Devolução do saldo oper. orçamentais 0 0
Recebimento saldo oper. Orç. Dev. entidades 3.ªs 0 0
Operações de tesouraria [A] 0 0 0 0 1.747.315 1.747.315 854.536
Receita corrente 24.098.679 54.457.180 28.664.922 0 0 107.220.781 102.423.617
R1 Receita Fiscal 0 0 0 0 0 0 0
R1.1 Impostos diretos 0 0
R1.2 Impostos indiretos 0 0
R2 Contribuições p/ a segurança social, CGA e ADSE 0 0
R3 Taxas, multas e outras penalidades 12.754.808 12.754.808 14.415.485
R4 Rendimentos de propriedade 1.719 1.719 2.188
R5 Transferências e subsídios correntes 2.286.514 54.457.180 27.569.244 0 0 84.312.938 75.948.581
R5.1 Transferências correntes 2.286.514 54.457.180 27.569.244 0 0 84.312.938 75.948.581
R5.1.1 Administrações Públicas 0 0
R5.1.1.1 Administração Central – Estado 292.048 54.457.180 1.876.173 56.625.401 54.633.702
R5.1.1.2 Administração Central – Outras entidades 0 0
R5.1.1.3 Segurança Social 0 0
R5.1.1.4 Administração Regional 0 0
R5.1.1.5 Administração Local 10.000 10.000 314.822
R5.1.2 Exterior – U E 25.693.071 25.693.071 18.658.530
R5.1.3 Outras 1.984.466 1.984.466 2.341.527
R5.2 Subsídios correntes 0 0
153
(cont.)
154
Financiamento
União Europeia
R7 Outras receitas correntes 255.836 1.095.678 1.351.514 794.576
Receita de capital 1.783.714 15.186.459 665.802 0 0 17.635.975 15.413.616
R8 Venda de bens de investimento 5.320 5.320 0
R9 Transferências e subsídios de capital 1.458.736 15.186.459 665.802 0 0 17.310.997 15.323.534
R9.1 Transferências de capital 1.458.736 15.186.459 665.802 0 0 17.310.997 15.323.534
R91.1.1 Administração Central – Estado 15.186.459 15.186.459 14.350.693
R91.1.2 Administração Central – Outras entidades 0 0
R91.1.3 Segurança Social 0 0
R91.1.4 Administração Regional 0 0
R91.1.5 Administração Local 0 40.400
R9.1.2 Exterior – U E 665.802 665.802 898.629
R9.1.3 Outras 1.458.736 1.458.736 33.812
R9.2 Subsídios de capital 0 0
R10 Outras receitas de capital 319.658 319.658 90.082
R11 Reposições não abatidas aos pagamentos 158.515 158.515 81.560
Receita efetiva [2] 26.040.908 69.643.639 29.330.724 0 0 125.015.271 117.918.793
Receita não efetiva [3] 0 0 0 0 0 0 0
R12 Receita com ativos financeiros 0 0
R13 Receita com passivos financeiros 0 0
Soma [4]=[1]+[2]+[3] 43.658.137 73.170.391 34.836.119 0 0 151.664.647 145.078.122
ROT1 Operações de Tesouraria [B] 5.436.320 5.436.320 4.071.280

Financiamento
União Europeia
Despesa corrente 29.969.996 61.768.520 21.537.120 0 0 113.275.636 114.410.949
D1 Despesas com o pessoal 14.396.778 59.523.130 9.720.780 0 0 83.640.688 79.858.098
D1.1 Remunerações Certas e Permanentes 10.351.478 49.417.430 7.914.342 67.683.250 63.862.324
D1.2 Abonos Variáveis ou Eventuais 208.084 304.631 137.732 650.447 1.226.225
D1.3 Segurança Social 3.837.216 9.801.069 1.668.706 15.306.991 14.769.549
D2 Aquisição de bens e serviços 12.368.457 2.112.558 4.342.934 18.823.949 21.990.402
D3 Juros e outros encargos 0 0
D4 Transferências e subsídios correntes 1.858.784 68.960 7.388.546 0 0 9.316.290 10.749.776
D4.1 Transferências correntes 1.858.784 68.960 7.388.546 0 0 9.316.290 10.749.776
D4.1.1 Administrações Públicas 0 0
D4.1.1.1 Administração Central – Estado 3.830 69.940 73.770 50.109
D4.1.1.2 Administração Central – Outras entidades 0 0
D4.1.1.3 Segurança Social 0 0
D4.1.1.4 Administração Regional 0 0
D4.1.1.5 Administração Local 0 0
D4.1.2 Entidades do setor não lucrativo 568.481 37.040 41.126 646.647 446.992
D4.1.3 Famílias 1.226.067 26.666 7.255.560 8.508.293 10.158.684
D4.1.4 Outras 60.406 5.254 21.920 87.580 93.991
D4.2 Subsídios correntes 0 0
D5 Outras despesas correntes 1.345.977 63.872 84.860 1.494.709 1.812.673
Despesa de capital 2.097.795 2.432.359 3.857.891 0 0 8.388.044 4.004.705
D6 Aquisição de bens de capital 1.970.251 1.912.083 3.843.076 7.725.409 3.034.513
D7 Transferência e subsídios de capital 127.544 520.276 14.815 0 0 662.635 970.192
D7.1 Transferências de capital 127.544 520.276 14.815 0 0 662.635 970.192
D7.1.1.1 Administração Central – Estado 31854 245627 277.481 274.848
155
(cont.)
156
Financiamento
União Europeia
D7.1.2 Entidades do setor não lucrativo 67.185 274.649 14.787 356.621 635.323
D7.1.3 Famílias 0 0
D7.1.4 Outras 28.505 28 28.533 60.021
D7.2 Subsídios de capital 0 0
D8 Outras despesas de capital 0 0
Despesa efetiva [5] 32.067.791 64.200.879 25.395.011 0 0 121.663.680 118.415.654
Despesa não efetiva [6] 12.113 0 0 0 0 12.113 13.092
D9 Despesa com ativos financeiros 12.113 12.113 13.092
D10 Despesa com passivos financeiros 0 0
Soma [7]=[5]+[6] 32.079.904 64.200.879 25.395.011 0 0 121.675.793 118.428.746
DOT1 Operações de tesouraria [C] 3.821.041 3.821.041 3.178.501
Saldo para a gerência seguinte 11.578.233 8.969.512 9.441.108 0 3.362.594 33.351.448 28.396.691
Operações orçamentais [8] = [4]-[7] 11.578.233 8.969.512 9.441.108 0 0 29.988.854 26.649.376
Operações de tesouraria [D]=[A]+[B]-[C] 0 0 0 0 3.362.594 3.362.594 1.747.315
Saldo global [2] - [5] -6.026.883 5.442.760 3.935.713 0 0 3.351.591 -496.861
Despesa primária 32.067.791 64.200.879 25.395.011 0 0 121.663.680 118.415.654
Saldo corrente -5.871.317 -7.311.340 7.127.802 0 0 -6.054.855 -11.987.332
Saldo de capital -314.081 12.754.100 -3.192.089 0 0 9.247.931 11.408.911
Saldo primário -6.026.883 5.442.760 3.935.713 0 0 3.351.591 -496.861
Receita total [1] + [2] + [3] 43.658.137 73.170.391 34.836.119 0 0 151.664.647 145.078.122
Despesa total [5] + [6] 32.079.904 64.200.879 25.395.011 0 0 121.675.793 118.428.746

Anexo 2. Demonstração Consolidada de Direitos e Obrigações por Natureza
Rubrica Designação Rubrica Total Total Ano Anterior
Receita corrente 107.220.781 102.423.617
R1 Receita Fiscal 0 0
R1.1 Impostos diretos 0 0
R1.2 Impostos indiretos 0 0
R2 Contribuições p/ a segurança social, CGA e ADSE 0 0
R3 Taxas, multas e outras penalidades 12.754.808 14.415.485
R4 Rendimentos de propriedade 1.719 2.188
R5 Transferências e subsídios correntes 84.312.938 75.948.581
R5.1 Transferências correntes 84.312.938 75.948.581
R5.1.1.1 Administração Central – Estado 56.625.401 54.633.702
R5.1.1.2 Administração Central – Outras entidades 0 0
R5.1.1.3 Segurança Social 0 0
R5.1.1.4 Administração Regional 0 0
R5.1.1.5 Administração Local 10.000 314.822
R5.1.2 Exterior – U E 25.693.071 18.658.530
R5.1.3 Outras 1.984.466 2.341.527
R5.2 Subsídios correntes 0 0
R6 Venda de bens e serviços 8.799.802 11.262.787
R7 Outras receitas correntes 1.351.514 794.576
Receita de capital 17.635.975 15.413.616
R8 Venda de bens de investimento 5.320 0
R9 Transferências e subsídios de capital 17.310.997 15.323.534
157
(cont.)
158
Rubrica Designação Rubrica Total Total.Ano.Anterior
R9.1 Transferências de capital 17.310.997 15.323.534
R91.1.1 Administração Central – Estado 15.186.459 14.350.693
R91.1.2 Administração Central – Outras entidades 0 0
R91.1.3 Segurança Social 0 0
R91.1.4 Administração Regional 0 0
R91.1.5 Administração Local 0 40.400
R9.1.2 Exterior – U E 665.802 898.629
R9.1.3 Outras 1.458.736 33.812
R9.2 Subsídios de capital 0 0
R10 Outras receitas de capital 319.658 90.082
R11 Reposições não abatidas aos pagamentos 158.515 81.560
Receita efetiva [1] 125.015.271 117.918.793
Receita não efetiva [2] 0 0
R12 Receita com ativos financeiros 0 0
R13 Receita com passivos financeiros 0 0
Receita Total [3]=[1]+[2] 125.015.271 117.918.793

Rubrica Designação Rubrica Total Total Ano Anterior
Despesa corrente 113.275.636 114.410.949
D1 Despesas com o pessoal 83.640.688 79.858.098
D1.1 Remunerações Certas e Permanentes 67.683.250 63.862.324
D1.2 Abonos Variáveis ou Eventuais 650.447 1.226.225
D1.3 Segurança Social 15.306.991 14.769.549
D2 Aquisição de bens e serviços 18.823.949 21.990.402
D3 Juros e outros encargos 0 0
D4 Transferências e subsídios correntes 9.316.290 10.749.776
D4.1 Transferências correntes 9.316.290 10.749.776
D4.1.1.1 Administração Central – Estado 73.770 50.109
D4.1.2 Entidades do setor não lucrativo 646.647 446.992
D4.1.3 Famílias 8.508.293 10.158.684
D4.1.4 Outras 87.580 93.991
D4.2 Subsídios correntes 0 0
D5 Outras despesas correntes 1.494.709 1.812.673
Despesa de capital 8.388.044 4.004.705
D6 Aquisição de bens de capital 7.725.409 3.034.513
D7 Transferência e subsídios de capital 662.635 970.192
D7.1 Transferências de capital 662.635 970.192
D7.1.1.1 Administração Central – Estado 277.481 274.848
159
(cont.)
160
Rubrica Designação Rubrica Total Total.Ano.Anterior
D7.1.2 Entidades do setor não lucrativo 356.621 635.323
D7.1.3 Famílias 0 0
D7.1.4 Outras 28.533 60.021
D7.2 Subsídios de capital 0 0
D8 Outras despesas de capital 0 0
Despesa efetiva [4] 121.663.680 118.415.654
Despesa não efetiva [5] 12.113 13.092
D9 Despesa com ativos financeiros 12.113 13.092
D10 Despesa com passivos financeiros 0 0
Despesa Total [6]=[4]+[5] 121.675.793 118.428.746

Anexo 3. Balanço
Rubricas Notas 31/12/2020 31/12/2019
Ativo
Ativo não corrente
Ativos fixos tangíveis 5 127.473.754 130.931.767
Ativos intangíveis 3 1.084.281 714.954
Participações financeiras 22 6.825.587 6.297.337
Outros ativos financeiros 9 e 22 203.346 195.246
135.586.968 138.139.304
Ativo corrente
Inventários 9 e 10 227.601 221.638
Clientes, contribuintes e utentes 9 e 18.2 3.055.703 1.955.128
Estado e outros entes públicos 18.3 22.558 72.650
Outras contas a receber 18.4 30.145.448 25.698.771
Diferimentos 18.7 592.023 627.663
Outros ativos financeiros 0 966
Caixa e depósitos 18.1 33.351.448 28.396.691
67.394.781 56.973.507
Total do ativo 202.981.749 195.112.811
Património/Capital 24 17.029.103 16.989.833
Reservas 24 1.507.004 1.507.004
Resultados transitados 24 31.102.807 31.553.970
Ajustamentos em ativos financeiros 22 e 24 (61.975) (285.652)
Excedentes de revalorização 24 17.205.450 17.205.451
161
(cont.)
162
Rubricas Notas 31/12/2020 31/12/2019
Outras variações no Património Líquido 24 100.305.735 103.012.312
Resultado líquido do período 24 3.899.013 (71.432)
Interesses que não controlam 24 230.295 212.777
Total do Património Líquido 171.217.432 170.124.263
Passivo
Passivo corrente
Credores por transferências e subsídios concedidos 18.6 3.060.334 1.327.627
Fornecedores 18.5 266.601 142.309
Estado e outros entes públicos 18.3 157.169 133.866
Outras contas a pagar 18.6 13.544.303 13.005.796
Diferimentos 18.7 14.735.910 10.378.950
31.764.317 24.988.548
Total do Passivo 31.764.317 24.988.548
Total do Património Líquido e Passivo 202.981.749 195.112.811

Anexo 4. Demonstração dos Resultados por Naturezas
Rendimentos E Gastos Notas 31/12/2020 31/12/2019
Impostos e taxas 14 13.740.586 15.380.820
Vendas 13 687.531 1.814.684
Prestações de serviços 13 6.790.550 6.575.085
Transferências e subsídios correntes obtidos 14 95.219.121 92.435.003
Custo das mercadorias vendidas e das matérias consumidas 10 (549.882) (1.208.186)
Fornecimentos e serviços externos 23 (16.554.992) (19.382.792)
Gastos com pessoal 19 (84.999.136) (82.418.474)
Transferências e subsídios concedidos 18.8 (667.141) (865.302)
Imparidade de inventarios (perdas/reversões) 9 (1.014) 504
Imparidade de dívidas a receber (perdas/reversões) 9 (15.928) (156.405)
Imparidade de investimentos não depreciáveis/amortizáveis (perdas/reversões) 9 (241) (9.939)
Outros rendimentos e ganhos 13 11.294.375 10.689.260
Outros gastos e perdas 18.9 (9.275.297) (11.221.281)
Resultados antes de depreciações e gastos de financiamento 15.668.532 11.632.977
Gastos/reversões de deprecição e amortização 3e5 (11.625.475) (11.590.438)
Resultado operacional (antes de gastos de financiamento) 4.043.057 42.539
Juros e rendimentos similares obtidos 18.10 3.544 5.477
Juros e gastos similares suportados 18.10 (97.403) (86.355)
Resultado antes de impostos 3.949.198 (38.339)
163
(cont.)
164
Rendimentos E Gastos Notas 31/12/2020 31/12/2019
Imposto sobre o rendimento (32.570) (24.477)
Resultado líquido do período (antes de interesses que não controlam) 3.916.628 (62.816)
Resultado líquido do período atribuível a:
Detentores do capital da entidade-mãe 3.916.628 (62.816)
Interesses que não controlam (17.615) (8.616)
Resultado líquido do período (após interesses que não controlam) 3.899.013 (71.432)
Anexo 5. Demonstração dos Fluxos de Caixa
Períodos
Rubricas Notas
31/12/2020 31/12/2019
Fluxos de caixa das atividades operacionais
Recebimentos de clientes 8.799.802 11.262.787
Recebimentos de utentes 12.754.808 14.415.485
Pagamentos a fornecedores (18.835.522) (22.001.977)
Pagamentos ao pessoal (83.629.115) (79.846.527)
Caixa gerada pelas operações (80.910.027) (76.170.232)
Pagamento/Recebimento do imposto sobre o rendimento (13.603) (53.282)
Outros recebimentos/pagamentos 76.297.672 64.297.971
Fluxos de caixa das atividades operacionais (a) (4.625.958) (11.925.543)
Fluxos de caixa das atividades de investimento
Pagamentos respeitantes a:
Ativos fixos tangíveis (7.725.409) (3.034.511)
Ativos intangíveis (12.019) (13.000)
Investimentos financeiros (94) (92)
Recebimentos provenientes de:
Ativos intangíveis 0 892
Transferências de capital 17.310.997 15.323.532
Juros e rendimentos similares 3.127 25.744
Fluxos de caixa das atividades de investimento (b) 9.576.602 12.302.565
Fluxos de caixa das atividades de financiamento
Recebimentos provenientes de:
Financiamentos obtidos 0 43
165
(cont.)
166
Períodos
Rubricas Notas
31/12/2020 31/12/2019
Doações 5.280 6.390
Pagamentos respeitantes a:
Juros e gastos similares (1.167) (629)
Fluxos de caixa das atividades de financiamento (c) 4.113 5.804
Variação de caixa e seus equivalentes (a+b+c) 4.954.757 382.826
Efeito das diferenças de câmbio 0 0
Caixa e seus equivalentes no início do período 28.396.691 28.013.865
Caixa e seus equivalentes no fim do período 33.351.448 28.396.691
CONCILIAÇÃO ENTRE CAIXA E SEUS EQUIVALENTES E SALDO DE GERÊNCIA
Caixa e seus equivalentes no início do período 28.396.691 28.013.865
- Equivalentes a caixa no ínício do período 0 0
- Variações cambiais de caixa no início do período 0 0
= Saldo da gerência anterior 28.396.691 28.013.865
De execução orçamental 26.649.376 27.159.329
De operações de tesouraria 1.747.315 854.536
Caixa e seus equivalentes no fim do período 18.1 33.351.448 28.396.691
- Equivalentes a caixa no fim do período 0 0
- Variações cambiais de caixa no fim do período 0 0
= Saldo para a gerência seguinte 18.1 33.351.448 28.396.691
De execução orçamental 29.988.854 26.649.376
De operações de tesouraria 3.362.594 1.747.315

Anexo 6. Demonstração das Alterações no Património Líquido
Património Líquido atribuído aos detentores do Património Líquido da entidade-mãe

Outros Reservas Outras Interesses que Total do
Descrição Notas Capital/ Ajustamentos Resultado não controlam património
instrumentos Reservas Resultados Excedentes de variações no
Património decorrentes Outras reservas em ativos líquido do Total líquido líquido
de capital legais da transferência transitados revalorização património
Realizado financeiros período
próprio de ativos líquido
Posição no ínicio do período [1] 16.989.833 0 1.432.185 0 74.819 31.553.970 (285.652) 17.205.451 103.012.312 (71.432) 169.911.486 212.777 170.124.263
Alterações no período 0
Primeira adoção de novo referencial 1.2 0 0
contabilístico
Alterações de políticas contabilísticas 1.2 0 0
Diferenças de conversão 0 0
de demonstrações financeira
Realização do excedente 0 0
de revalorização
Excedentes de revalorização 18 18 18
e respetivas variações
Outras alterações reconhecidas no 22 e 24 39.252 0 0 0 0 (377.853) 223.677 (1) (2.706.577) 71.432 (2.750.070) (212.777) (2.962.847)
[2] 39.270 0 0 0 0 (377.853) 223.677 (1) (2.706.577) 71.432 (2.750.052) (212.777) (2.962.829)
Resultado Líquido do período [3] 24 0 0 0 0 0 0 0 0 0 3.899.013 3.899.013 230.295 4.129.308
Resultado integral [4]=[2]+[3] 39.270 0 0 0 0 (377.853) 223.677 (1) (2.706.577) 3.970.445 1.148.961 17.518 1.166.479
Operações com detentores (73.310) (73.310) (73.310)
de capital no período [5]
Posição no final do período 17.029.103 0 1.432.185 0 74.819 31.102.807 (61.975) 17.205.450 100.305.735 3.899.013 170.987.137 230.295 171.217.432
[6]=[1]+[2]+[3]+[5]
167
Anexo 7. Anexo às Demonstrações Financeiras
Notas explicativas às demonstrações financeiras consolidadas

do período findo em 31 de dezembro de 2020
Nota Introdutória
As demonstrações financeiras consolidadas do Grupo UA ou Grupo Público foram preparadas de

acordo com o referencial do SNC-AP, aprovado pelo Decreto-Lei n.º 192/2015, de 11 de setembro,
e foram aplicados os requisitos das NCP relevantes para o Grupo.
As notas que se seguem respeitam a numeração definida no SNC-AP para a apresentação de
demonstrações financeiras consolidadas. As notas cuja numeração se encontra ausente deste
anexo não são aplicáveis ao Grupo ou a sua apresentação não é relevante para a apreciação das
demonstrações financeiras consolidadas.
Os valores constantes das demonstrações financeiras do período findo em 31 de dezembro
de 2020, são inteiramente comparáveis, em todos os aspetos significativos, com os valores do
exercício de 2019, que lhe servem de comparativo.
Todos os montantes apresentados nestas notas explicativas são apresentados em euros (com
arredondamentos às unidades), salvo se expressamente referido em contrário.
Nota 1. Identificação do Grupo, período de relato e referencial contabilístico

1.1. Identificação das entidades pertencentes ao Grupo, período de relato
A entidade incluída na consolidação mediante a aplicação do método da simples agregação foi

a seguinte:
Universidade de Aveiro
A Universidade de Aveiro (UA) tem a sua sede na cidade de Aveiro, no Campus Universitário
de Santiago, e está sob a tutela do Ministério da Ciência, Tecnologia e Ensino Superior com o
número de contribuinte 501 461 108.
A Universidade é uma fundação pública com regime de direito privado dotada de autonomia
estatutária, científica, pedagógica, administrativa, financeira e disciplinar. A Universidade, no
âmbito do seu objeto e dos fins que pugna prosseguir, pode realizar ações com outras entidades
públicas ou privadas, nacionais ou estrangeiras, nomeadamente participando ou criando asso-
ciações com ou sem fins lucrativos, tendo como limite as finalidades e interesses da instituição.
As entidades incluídas na consolidação mediante a aplicação do método da consolidação inte-
gral foram as seguintes (entidades que a Universidade controla nos termos na NCP 22):
168
Associação para a Formação Profissional e Investigação da Universidade de Aveiro
A Associação para a Formação Profissional e Investigação da Universidade de Aveiro (UNAVE)
sita no Campus Universitário de Santiago, 3810-193 Aveiro, com o número de contribuinte 501
935 550, é uma associação sem fins lucrativos, que tem por objetivo promover a formação profis-
sional no país, especialmente na região de Aveiro, apoiar a investigação e estimular a execução
de estudos e projetos de desenvolvimento considerados de interesse científico, tecnológico ou
cultural. Além da participação financeira de 100% na UNAVE, os órgãos sociais são nomeados
pela Universidade que, por esta via, exerce o controlo total da Associação.
Grupunave – Inovação e Serviços, Lda.

A Grupunave – Inovação e Serviços, Lda. (Grupunave), sita no Campus Universitário de Santiago,
3810-193 Aveiro, com o número de contribuinte 504 266 055, é uma sociedade por quotas com o
capital social de 249.399 euros, participando a Universidade diretamente em 95% no seu capital
e, indiretamente, através da UNAVE, em 5%.
O objeto social consiste na prestação de serviços, transferência de tecnologia e valorização de
resultados da investigação.
Instituto do Ambiente e Desenvolvimento

O Instituto do Ambiente e Desenvolvimento (IDAD) estabelecido no Campus Universitário de
Santiago, 3810-193 Aveiro, com o número de contribuinte 502 975 202, é uma associação cien-
tífica e técnica, sem fins lucrativos, que tem por objeto o exercício da atividade científica e tecno-
lógica em todos os domínios do ambiente, da gestão dos recursos naturais, do desenvolvimento
socioeconómico e do ordenamento do território. Apesar da Universidade não deter qualquer
participação nos fundos patrimoniais da associação, o facto de a maioria da Direção pertencer
à Universidade, confere à Universidade o controlo da associação, fazendo esta parte do Grupo
Público a que as contas consolidadas dizem respeito.
Laboratório Industrial da Qualidade

O Laboratório Industrial da Qualidade (LIQ) estabelecido em Águeda, com o número de contri-

buinte 502 336 790, é uma associação técnico-científica, participada por diversas empresas indus-
triais e de serviços, por personalidades singulares e entidades públicas de onde se destaca a UA,
com uma participação total de 82% no capital (participação direta de 27% e participações indiretas
de 40% e 15% por via da Grupunave e da UNAVE, respetivamente). O LIQ está vocacionado para
a prestação de serviços e apoio às atividades económicas, em particular à indústria e às instala-
ções elétricas, recorrendo exclusivamente às atividades de ensaio, calibração, análise e inspeção,
intencionalmente preservados com independência em relação a qualquer outro tipo de interesses.
Os Laboratórios de Ensaios e de Metrologia do LIQ e os seus Serviços de Inspeção estão inte-
grados no Sistema Português da Qualidade com a sua acreditação pelo IPAC.
As participações financeiras incluídas nas contas consolidadas, relevadas de acordo com o
método da equivalência patrimonial (método também aplicado ao nível das contas individuais
da Universidade), foram as seguintes:
169
Parque de Ciência e Inovação, S.A.
O Parque de Ciência e Inovação, S.A. (PCI), com sede na Via do Conhecimento, freguesia de
Ílhavo (S. Salvador) concelho de Ílhavo, com o número de contribuinte 509 574 254, com a marca
registada Creative Science Park – Aveiro Region, tem por objeto a instalação, o desenvolvimento,
a promoção e a gestão de um parque de ciência e tecnologia, bem como a prestação dos serviços
de apoio necessários à sua atividade, que contribuam para a promoção e investigação científica,
tecnológica e educativa, como promotor estratégico e operacional da inovação e do empreende-
dorismo. A Universidade detém uma participação financeira de 35% nesta entidade.
Instituto de Telecomunicações
A Universidade detém uma participação de 22,21% neste instituto, que tem sede no Campus
Universitário de Santiago, 3810-193 Aveiro. O Instituto de Telecomunicações foi constituído em
22 de junho de 1992, tendo como atividade principal a Investigação Científica e Tecnológica e
está organizado em três polos: Aveiro, Coimbra e Lisboa.
Relativamente às demais entidades com as quais a Universidade tem relações de participação
ou associação, não existe controlo nem influência significativa nem qualquer outra das condições
necessárias à integração das respetivas contas nas contas consolidadas do Grupo Público, pelo
que são relevadas nas contas na rubrica “Outros Ativos financeiros” do Ativo não Corrente (ver
Nota 22) pelo custo de aquisição deduzido de eventuais perdas por imparidade registadas.
Recursos Humanos
O número de trabalhadores efetivos da UA a 31 de dezembro de 2020 era de 2.149 (a 31 de
dezembro de 2019 perfazia um total de 2.093 funcionários), discriminado da seguinte forma:
Serviço no âmbito
Serviço no âmbito
(certo ou incerto)
Trabalho a termo
Públicas a termo
resolutivo certo
CT em Funções
CT em Funções
indeterminado
indeterminado
Grupo/ Cargo/
de Vínculação
Cargo Político
CT no âmbito
CT no âmbito
do Código do
do Código do
Comissão de
Comissão de
ou Mandato
do Trabalho
Modalidade
por tempo
por tempo
do Código
Carreira/
Trabalho
Públicas
Subtotal
da LTFP
Total
M F M F M F M F M F M F M F
Dirigente superior
1 1 2 0 2
de 1.º grau
Dirigente superior
4 1 2 2 6 3 9
de 2.º grau
Dirigente
Intermédio 3 3 3 3 6
de 1.º Grau
Dirigente
Intermédio 5 7 5 7 12
de 2.º Grau
Dirigente
Intermédio
3 12 3 12 15
de 3.º Grau
e seguintes
Técnico Superior 33 98 1 3 41 123 16 40 91 264 355
Assistente Técnico,
técnico de nível 28 67 3 7 23 5 5 3 59 82 141
intermédio
170
(cont.)
Serviço no âmbito
Serviço no âmbito
(certo ou incerto)
Trabalho a termo
Públicas a termo
resolutivo certo
CT em Funções
CT em Funções
indeterminado
indeterminado
Grupo/ Cargo/
de Vínculação
Cargo Político
CT no âmbito
CT no âmbito
do Código do
do Código do
Comissão de
Comissão de
ou Mandato
do Trabalho
Modalidade
por tempo
por tempo
do Código
Carreira/
Trabalho
Públicas
Subtotal
da LTFP
Total
M F M F M F M F M F M F M F
Assistente
Operacional, 17 52 6 43 4 7 27 102 129
operário auxiliar
Informático 23 4 3 26 4 30
Pessoal de
Investigação 1 1 25 22 143 238 168 262 430
Científica
Docente do Ensino
4 1 54 63 22 25 7 6 80 63 167 158 325
Superior Politécnico
Docente do Ensino
28 9 274 181 27 15 21 14 76 44 426 263 689
Universitário
Educ. Infância e
Doc. do Ens. Básico 2 4 2 4 6
e Secundário
Subtotal 32 11 429 466 58 54 5 1 123 213 324 395 14 24
Total 43 895 112 6 336 719 38 985 1.164 2.149
O número de trabalhadores efetivos da Grupunave, UNAVE, IDAD e LIQ a 31 de dezembro

de 2020 é de 68 (2019: 73 trabalhadores), distribuídos conforme o quadro seguinte:
Categoria profissional Número funcionários
Dirigente 3
Assessor 1
Técnico Superior 35
Técnico 15
Informático 1
Administrativo 11
Estagiário 1
Auxiliar 1
Total 68
Assim, em 31 de dezembro de 2020, o número de trabalhadores do Grupo é de 2.217 (2019:

2.166 trabalhadores).
1.2. Referencial contabilístico e demonstrações financeiras

Estas demonstrações financeiras foram preparadas de acordo com o referencial do SNC-AP,
aprovado pelo Decreto-Lei n.º 192/2015, de 11 de setembro, e foram aplicados os requisitos das
NCP relevantes para o Grupo.
171
A adoção das NCP ocorreu pela primeira vez em 2018, pelo que a data de transição do refe-
rencial contabilístico anterior, POC – Educação, para este normativo foi 1 de janeiro de 2018.
Nos termos da NCP 1, os efeitos reportados à data de transição para o SNC-AP (1 de janeiro
de 2018) foram registados no património líquido.
O SNC-AP veio permitir implementar a base de acréscimo na contabilidade e relato financeiro
das administrações públicas, articulando-a com a atual base de caixa modificada, estabelecendo os
fundamentos para uma orçamentação do Estado na base do acréscimo, fomentando-se dessa forma
a harmonização contabilística mediante a preparação de demonstrações orçamentais e financeiras,
numa base individual, aumentando o alinhamento entre a contabilidade pública e as contas nacio-
nais, contribuindo assim para a satisfação das necessidades dos diferentes utilizadores da infor-
mação do sistema de contabilidade e relato orçamental e financeiro das administrações públicas.
O SNC-AP assenta: i) numa nova estrutura concetual da informação financeira pública e em
normas de contabilidade pública convergentes com as International Public Sector Accounting
Standards (IPSAS); ii) em novos modelos de demonstrações financeiras; iii) numa norma relativa
à contabilidade orçamental e numa outra relativa à contabilidade de gestão; e iv) num plano de
contas multidimensional.
Os valores constantes das demonstrações financeiras do período findo em 31 de dezembro
de 2020, são inteiramente comparáveis, em todos os aspetos significativos, com os valores do
exercício de 2019, que lhe servem de comparativo.
Nota 2. Principais políticas contabilísticas, alterações nas estimativas

contabilísticas e erros
2.1. Bases de mensuração usadas na preparação das demonstrações financeiras
As demonstrações financeiras consolidadas foram preparadas a partir dos registos contabilísticos

das Entidades pertencentes ao Grupo Público (indicadas na Nota 1), de acordo com os princípios
do SNC, reclassificados para os princípios de contabilidade geralmente aceites em Portugal de
acordo com as Normas de Contabilidade Púbica, tendo-se utilizado os procedimentos de conso-
lidação a seguir descritos.
Procedimentos de consolidação
As contas da UA foram consolidadas pelo método da simples agregação, que consiste na soma
linha por linha das demonstrações financeiras das entidades pertencentes ao Grupo Público.
Conforme referido na Nota 1.1, além da Universidade, fazem parte do Grupo Publico as enti-
dades UNAVE, Grupunave, IDAD e LIQ, cujas demonstrações financeiras foram consolidadas
pelo método de consolidação integral.
As principais transações e os saldos de maior significado ocorridos entre as entidades foram
eliminados no processo de consolidação, nomeadamente:
· As dívidas/valores a receber entre as entidades incluídas na consolidação;
· Os gastos e perdas/os rendimentos e ganhos relativos às operações efetuadas entre entidades
incluídas na consolidação; e
172
· As operações de transferências de subsídios entre entidades incluídas na consolidação.
As participações financeiras da Universidade em que esta detém uma influência significativa,

mas não exerce controlo dos termos da NCP 22, encontram-se relevadas no Balanço Consolidado
através do método da equivalência patrimonial (método adotado pela Universidade para reco-
nhecimento destas participações também ao nível das contas individuais após a adoção do
SNC-AP). As entidades em causa são, conforme também referido na Nota 1.1 o Parque de Ciência
e Inovação, S.A. e o Instituto de Telecomunicações.
Os restantes investimentos financeiros representativos de partes de capital noutras empresas
(em que o Grupo não exerce controlo nem influência significativa) encontram-se apresentados
nas demonstrações financeiras consolidadas ao custo de aquisição deduzido de eventuais perdas
por imparidade (ver Nota 10).
a) Ativos fixos tangíveis

Os ativos fixos tangíveis encontram-se registados ao custo de aquisição, deduzido das deprecia-
ções e das perdas por imparidade acumuladas.
Terrenos e Recursos Naturais, Edifícios e Outras Construções e Investimentos em Curso

Encontram-se registados ao custo de aquisição, o qual, no caso dos edifícios e outras construções,
para além do custo de construção, inclui também os custos incorridos com a fiscalização e com
a elaboração dos projetos de arquitetura. Os bens adquiridos até 31 de dezembro de 1997 foram
reavaliados pela aplicação de coeficientes de atualização monetária constantes da Portaria n.º
222/97 de 2 de abril e da Portaria n.º 280/98 de 6 de maio, ao valor bruto e ao valor das amorti-
zações acumuladas, gerando os correspondentes excedentes de revalorização referidas na Nota 24.
Relativamente aos imóveis dos SASUA, nos termos do artigo 39.º da Portaria n.º 671/2000, de
17 de abril, que regula o Cadastro e Inventário dos Bens do Estado (CIBE), os prédios urbanos que
em 1 de janeiro de 2002 tinham sido adquiridos ou construídos há mais de 5 anos, foram objeto
de uma avaliação por um perito independente e qualificado para o efeito, tendo sido incluídos
nas demonstrações financeiras pelo valor da referida avaliação.
Equipamento Básico, Equipamento de Transporte, Ferramentas e Utensílios,

Equipamento Administrativo e Outras Ativos Fixos Tangíveis
Os bens adquiridos até 31 de dezembro de 1997 encontram-se registados nas demonstra-
ções financeiras pelo valor resultante de uma avaliação efetuada por peritos independentes,
com referência a 31 de dezembro de 1998. A cada item inventariado foi atribuído um “Valor
de Substituição em Novo” e um “Valor em Uso Continuado” reportado à data de avaliação.
Adotou-se, para inclusão nos registos contabilísticos, a modalidade de avaliação “Valor em Uso
Continuado”, porque se pressupôs que os bens avaliados iriam continuar afetos à atividade até aí
desenvolvida, tendo sido adotada uma metodologia de custos na respetiva avaliação. Na utilização
do critério de custos, segundo o qual a estimativa do valor é traduzida pelo custo de substitui-
ção do bem por outro semelhante com iguais características, utilizando materiais e tecnologias
173
atuais a preços correntes de mercado, foi deduzido um valor correspondente à depreciação física
verificada, a qual teve em conta a idade e o estado de conservação do bem.
A avaliação dos bens do ativo fixo tangível acima referida não representou uma avaliação
patrimonial, uma vez que esta teve como objetivo fundamental a integração nas demonstrações
financeiras dos bens que haviam sido adquiridos até 31 de dezembro de 1997 pelo seu justo valor.
Nas circunstâncias, a contrapartida do ajustamento contabilístico efetuado nas demonstrações
financeiras, resultante do processo de avaliação do ativo fixo tangível, foi efetuado na rubrica de
“Outras variações no património líquido”, uma vez que se pressupôs que todos os bens que foram
objeto da avaliação foram adquiridos através de subsídios ao investimento (ver Nota 24).
Os bens adquiridos após 1 de janeiro de 1998 encontram-se contabilizados pelo respetivo custo
histórico de aquisição.
Os bens da UNAVE, da Grupunave, do IDAD e do LIQ, encontram-se registados nas demons-
trações financeiras anexas pelo custo de aquisição. Na falta do custo de aquisição, foi adotado o
valor estimado de reposição, apurado por referência à vida útil ainda prevista.
Depreciações
As depreciações são calculadas, a partir do momento em que os bens estão disponíveis para uso
e nas condições necessárias para operar de acordo com o pretendido, pelo método das quotas
constantes e pelo método das quotas degressivas, numa base duodecimal, tendo em conta o
período de vida útil estimado para cada grupo de bens.
O método das quotas degressivas está a ser aplicado pela Universidade desde do início de 2018
somente para os equipamentos afetos a Investigação e Desenvolvimento. Para todos os restantes
bens, as depreciações são registadas pelo método das quotas constantes.
Para o efeito, são utilizadas as taxas de depreciação que refletem a vida útil estimada dos bens
definidas no Classificador Complementar 2 – Cadastro e vidas úteis dos ativos fixos tangíveis,
intangíveis e propriedades de investimento do Decreto-Lei n.º 192/2015 de 11 de setembro e que
substituiu a Portaria 671/2000:
Designação %
Edifícios e outras construções 1,25
Equipamento de ensino e administrativo 12,5
Equipamento de laboratório 20
Livros e revistas 100
Equipamento de transporte 25
Equipamento informático 25
Com a adoção do SNC-AP os elementos do ativo de reduzido valor sujeitos a deperecimento,

cujos custos unitários de aquisição ou de produção não ultrapassem os mil euros, são totalmente
174
depreciados num só período, exceto quando façam parte integrante de um conjunto de elementos
que deva ser depreciado como um todo, conforme o regulamentado pelo artigo 19.º do Decreto
Regulamentar n.º 25/2009 de 14 de setembro.
Nas situações em que for decidido alterar a vida útil do bem, pela aquisição de equipamentos
que vão estar sujeitos a uma utilização intensiva, o que contribui, de forma inequívoca para o
seu desgaste rápido com o acentuar da velocidade da sua depreciação, deverá ser o órgão de
gestão a justificar casuisticamente (informação recolhida junto dos investigadores e responsá-
veis do projeto), as razões pelas quais existe uma diminuição da vida útil dos equipamentos,
em função do uso esperado do período de execução da operação de I&D em causa. Neste caso
considerámos que pode chegar a 60% ao ano, sendo as depreciações também calculadas numa
base duodecimal.
A depreciação dos bens adquiridos até 31 de dezembro de 1997, objeto da avaliação indepen-
dente referida na alínea (a) desta Nota, é efetuada ao longo da vida útil remanescente estimada
pelos avaliadores independentes.
No caso de existirem indícios de alteração da vida útil ou da quantia residual de um ativo, a
depreciação desse ativo é revista de forma prospetiva, de modo a refletir as novas expectativas.
b) Ativos intangíveis
Os ativos intangíveis encontram-se registados ao custo de aquisição, deduzido das amortizações
e das eventuais perdas por imparidade acumuladas, sendo estes reconhecidos apenas se for
provável que deles advenham benefícios económicos futuros, seja possível medir razoavelmente
o seu valor e o Grupo possua o controlo sobre os mesmos.
Os dispêndios de pesquisa são reconhecidos na demonstração dos resultados como gasto
quando suportados.
As despesas de desenvolvimento são capitalizadas, quando o Grupo demonstre a capacidade
para completar o seu desenvolvimento e iniciar a sua comercialização ou uso e para as quais seja
provável que o ativo criado venha a gerar benefícios económicos futuros. As despesas de desenvol-
vimento que não cumpram estes critérios são registadas como gasto do período em que ocorram.
Na fase de desenvolvimento de um projeto interno, como por exemplo o desenvolvimento de

software, o Grupo pode, em alguns casos, identificar um ativo intangível e demonstrar que tal
ativo gerará prováveis benefícios económicos futuros ou potencial de serviço. Nestas situações
os gastos de desenvolvimento de software poderão ser capitalizados como ativos intangíveis.
As amortizações são calculadas, após o ativo se encontrar disponível para uso, pelo método
das quotas constantes em conformidade com o período de vida útil estimado no Classificador
Complementar 2 – Cadastro e vidas úteis dos ativos fixos tangíveis, intangíveis e propriedades
de investimento.
c) Imparidade de ativos fixos tangíveis e ativos intangíveis

À data de cada relato, e sempre que seja identificado um evento ou alteração nas circunstâncias
que indiquem que o montante pelo qual o ativo se encontra registado excede a quantia recupe-
rável, é efetuada uma avaliação de imparidade dos ativos fixos tangíveis e intangíveis.
175
Sempre que o montante pelo qual o ativo se encontra registado é superior à sua quantia recu-
perável, é reconhecida uma perda por imparidade, registada na demonstração dos resultados do
período. A quantia recuperável é a mais alta entre o justo valor menos custos de vender do ativo
e o seu valor de uso.
O valor de uso é o valor presente do potencial de serviço remanescente do ativo, no caso dos
“Ativos não geradores de Caixa”, e o valor presente dos fluxos de caixa futuros estimados que são
esperados que surjam do uso continuado do ativo e da sua alienação no final da sua vida útil, no
caso dos “Ativos geradores de Caixa”.
A reversão de perdas por imparidade reconhecidas em exercícios anteriores é registada quando
se conclui que as perdas por imparidade reconhecidas anteriormente já não existem ou diminuíram.
A reversão das perdas por imparidade é reconhecida na demonstração dos resultados (ganhos).
d) Investimentos financeiros
As participações em subsidiárias, empresas conjuntamente controladas e associadas, são mensu-
radas pelo método da equivalência patrimonial. Segundo o método da equivalência patrimonial,
a quantia escriturada das participações financeiras é ajustada anualmente pelo valor correspon-
dente à participação nos resultados líquidos das empresas subsidiárias, conjuntamente controla-
das ou associadas por contrapartida de ganhos ou perdas do período. As participações são ainda
ajustadas pelo valor correspondente à participação noutras variações nos capitais próprios dessas
empresas, por contrapartida da rubrica “Ajustamentos em ativos financeiros”.
Os resultados das participadas adquiridas ou vendidas durante o período estão incluídos na
demonstração dos resultados por naturezas desde a data da sua aquisição e até à data da sua alie-
nação. Quando as perdas em empresas subsidiárias, conjuntamente controladas ou associadas
excedem o investimento efetuado nessas entidades, o valor contabilístico do investimento financeiro
é reduzido a zero e o reconhecimento de perdas futuras é descontinuado, exceto na parcela em que
o investidor incorra numa obrigação legal ou construtiva de assumir essas perdas em nome da
subsidiária, empreendimento conjunto ou associada, caso em que é registado um passivo.
No caso de existirem participações financeiras em outras entidades que não sejam tidas como
participações em empreendimentos conjuntos, subsidiárias ou associadas, estas serão registadas
ao custo de aquisição deduzido de qualquer perda por imparidade acumulada.
Os investimentos financeiros representativos de partes de capital em entidades que justi-
ficadamente não foram incluídas na consolidação encontram-se incluídos nas demonstrações
financeiras consolidadas ao custo de aquisição. Para as perdas de valor consideradas permanentes
foram constituídas as respetivas imparidades.
e) Inventários
São reconhecidos como inventários, entre outros, os bens adquiridos para revenda, as matérias-
-primas e os materiais usados na produção, os produtos acabados ou os produtos em curso
de produção.
Os inventários são mensurados pela quantia mais baixa entre o custo e o valor realizável líquido,
com exceção dos inventários adquiridos através de uma transação sem contraprestação que são
176
mensurados pelo justo valor à data da aquisição e dos inventários detidos para distribuir sem
contrapartida ou com uma contrapartida simbólica, ou para consumir no processo de produção
de bens para subsequentemente distribuir sem contrapartida ou por uma contrapartida simbólica,
que são mensurados pela quantia mais baixa entre o custo e o custo de reposição corrente.
Caso os inventários se encontrem registados por um valor superior ao que se espera obter do
seu valor de venda ou de uso, procede-se à redução da sua quantia escriturada para o seu valor
realizável líquido mediante o reconhecimento da correspondente imparidade.
f ) Provisões e passivos contingentes

São reconhecidas provisões quando, e somente quando, cumulativamente:
i. O Grupo tenha uma obrigação presente (legal ou implícita) resultante dum acontecimento
passado;
ii. seja provável que para a resolução dessa obrigação ocorra um exfluxo de recursos; e
iii. exista uma estimativa fiável da quantia da obrigação.
O montante das provisões corresponde ao valor presente da obrigação, sendo a atualização finan-
ceira registada como custo financeiro na rubrica de “Gastos e perdas por juros e outros encargos”,
quando aplicável. As provisões são revistas na data de cada balanço e são ajustadas de modo a
refletir a melhor estimativa a essa data.
O Grupo analisa anualmente possíveis ativos e obrigações que decorram de eventos passa-
dos, com o objetivo de determinar se os mesmos devem ser divulgados ou reconhecidos nas
demonstrações financeiras. Neste sentido, são reconhecidas provisões para liquidar obrigações
presentes, fiavelmente mensuráveis, resultantes de um ou vários eventos passados, sendo provável
que existirá um exfluxo de meios líquidos. Consequentemente, as obrigações são mensuradas
pela quantia que o Grupo estima necessária para as liquidar. Relativamente aos ativos e passivos
contingentes, estes apenas são divulgados quando seja provável a existência de um influxo ou
exfluxo de recursos.
g) Ativos e passivos correntes

Um ativo é classificado como corrente quando satisfaça qualquer um dos seguintes critérios: (a)
Espera-se que seja realizado, ou que esteja detido para venda ou consumo, no decurso do ciclo
operacional normal do Grupo; (b) Seja detido principalmente com a finalidade de ser negociado;
(c) Espera-se que seja realizado dentro de 12 meses após a data de relato; ou (d) É caixa ou um
equivalente a caixa, a menos que seja limitada a sua troca ou uso para regularizar um passivo
durante pelo menos 12 meses após a data de relato.
Um passivo é classificado como corrente quando satisfaça qualquer um dos seguintes critérios:
(a) Espera-se que seja liquidado no decurso do ciclo operacional normal do Grupo; (b) Seja detido
principalmente com a finalidade de ser negociado; (c) Tenha um prazo de vencimento dentro de
12 meses após a data de relato; ou (d) O Grupo não tenha um direito incondicional de diferir a
sua liquidação durante pelo menos 12 meses após a data de relato.
Todos os outros ativos e passivos são classificados como ativos e passivos não correntes.
177
h) Efeitos das taxas de câmbio
As transações em moeda estrangeira encontram-se registadas na moeda funcional (Euro) utili-
zando as taxas de câmbio à data da sua realização para as converter. Aquando da liquidação dos
itens monetários, ou à data do balanço, se ocorrer antes, são utilizadas as taxas de câmbio nessa
data para reavaliar a quantia em aberto, sendo as diferenças de câmbio, favoráveis e desfavoráveis,
reconhecidas em resultados.
i) Reconhecimento de rendimentos e ganhos

1. Rendimento de transações com contraprestação
Os rendimentos de transações com contraprestação resultam de venda de bens ou prestação
de serviços a terceiros ou outras entidades públicas, ou do uso por terceiros de ativos do Grupo
rendendo juros, royalties, dividendos e distribuições similares.
O rendimento proveniente da venda de bens apenas é reconhecido quando estejam satisfeitas
as seguintes condições:
i. os riscos e vantagens significativos da propriedade e controlo dos bens, tenham sido
transferidos para o comprador;
ii. não seja mantido um envolvimento continuado de gestão com grau geralmente associado
com a posse ou controlo efetivo dos bens vendidos;
iii. a quantia do rendimento possa ser fiavelmente mensurada;
iv. seja provável que os benefícios económicos ou potencial de serviço associados à transação
fluam para o Grupo; e
v. os gastos suportados ou a suportar referentes à transação possam ser fiavelmente mensurados.
No caso das prestações de serviços, quando o desfecho de uma transação puder ser estimado
com fiabilidade, o rendimento associado a essa transação é reconhecido com referência à fase de
acabamento do contrato à data do relato (método da percentagem de acabamento).
Os juros, royalties e dividendos são reconhecidos respetivamente:
i. numa base proporcional ao tempo do rendimento real do ativo;
ii. à medida que são obtidos de acordo com a substância dos acordos relevantes; e
iii. quando o direito do acionista ou do Grupo de os receber for estabelecido.
2. Rendimento de transações sem contraprestação

Os rendimentos provenientes de transações sem contraprestação, englobam impostos e trans-
ferências (sejam de caixa ou não) incluindo transferências financeiras (correntes e de capital),
subsídios, perdão de dívidas, multas e outras penalidades, legados, ofertas, doações e bens em
espécie e a parte não transacionada em mercado de empréstimos bonificados.
O reconhecimento dos rendimentos é efetuado da seguinte forma:
i. Impostos
– reconhecidos quando o acontecimento tributável ocorrer com exceção de algumas
circunstâncias extraordinárias em que o reconhecimento pode ser posterior ao
acontecimento tributável; e
178
– os adiantamentos recebidos antes de o acontecimento tributável ocorrer são reconhecidos
como passivo.
ii. Transferências
– reconhecidos quando o acontecimento ocorrer; e
– os adiantamentos recebidos antes de o acontecimento ocorrer são reconhecidos como
passivo.
3. Receitas próprias faturáveis

Relativamente às receitas que têm por base a emissão de uma fatura (elaboração de estudos,
projetos e assistência tecnológica, aluguer de equipamentos e instalações, formação ou cedência
de docentes), o reconhecimento do rendimento ocorre no momento da emissão da mesma, sendo
ajustado no final do exercício da seguinte forma:
· Nos projetos plurianuais em que existe um controlo de gastos, os rendimentos são registados
de acordo com a respetiva percentagem de acabamento; e
· Nos projetos plurianuais em que não existe um controlo de gastos, o montante global a
faturar ao cliente é dividido pelo período estimado de duração do projeto, sendo imputado o
rendimento ao exercício no proporcional do período decorrido desde o seu início. Assim, caso
o rendimento a reconhecer segundo este método seja superior ao montante já reconhecido
como rendimento através da emissão da fatura, o diferencial é reconhecido como rendimento
do exercício, por contrapartida da rubrica de “Devedores por acréscimos de rendimentos”. Caso
o rendimento a reconhecer segundo este método seja inferior ao montante já reconhecido, o
diferencial é diferido, por contrapartida da rubrica de “Rendimentos a reconhecer”.
4. Receitas próprias não faturáveis

O reconhecimento do rendimento ocorre somente com o depósito da receita, com a exceção das
propinas de formação inicial, do Mestrado de 2º Ciclo e de Doutoramento que são reconhecidas
como rendimento de acordo com o regime do acréscimo. As propinas relativas aos restantes
cursos de Pós-graduação são apenas reconhecidas quando recebidas.
5. Subsídios não provenientes do Orçamento do Estado

Referem-se aos Fundos Estruturais para o Ensino e Formação no âmbito do Quadro
Comunitário de Apoio, subsídios da União Europeia, subsídios da Fundação Ciência e
Tecnologia e subsídios de outros organismos públicos e privados. Os subsídios recebidos
destinados a financiar despesas correntes são registados como rendimento do exercício
(“Transferências e Subsídios Correntes Obtidos”) na parte correspondente aos gastos incorridos
durante o exercício, independentemente do momento do recebimento dos mesmos, registando-
-se no passivo (“Rendimentos a Reconhecer”) os adiantamentos. Os subsídios recebidos para
financiar despesas de capital são diferidos no balanço na rubrica de “Transferências e subsídios
de capital” no Património Líquido, sendo transferidos para rendimentos, através da rubrica de
“Outros Rendimentos e Ganhos”, em proporção idêntica aos encargos anuais com a depreciação
dos bens subsidiados.
179
6. Orçamento do Estado e Investimentos do Plano
O plafond do Orçamento de Estado atribuído para despesas correntes é reconhecido como
rendimento do exercício (“Transferências e Subsídios Correntes Obtidos”) no momento da sua
entrada, por débito da conta do ativo “Depósitos à ordem do Tesouro”.
A parcela do Orçamento de Estado destinada a despesas de capital é diferida no balanço na
rubrica de “Transferências e subsídios de capital” no Património Líquido, sendo transferida para
rendimentos através da rubrica de “Outros Rendimentos e Ganhos”, em proporção idêntica aos
encargos anuais com a depreciação dos bens subsidiados.
j) Reconhecimento de gastos e perdas

O Grupo regista os seus gastos de acordo com o regime do acréscimo, segundo o qual os gastos são
reconhecidos à medida que são incorridos, independentemente do momento em que são pagos.
k) Subsídios recebidos no âmbito de projetos de Investigação e Desenvolvimento,

liderados pela Universidade, em cooperação com outras Instituições
Sempre que o Grupo atue como entidade líder em projetos de Investigação e Desenvolvimento
em cooperação com outras Instituições, é de sua responsabilidade o pagamento a essas mesmas
Instituições dos subsídios atribuídos pelas entidades financiadoras, na quota-parte que estas têm
no projeto. Em todas as circunstâncias em que o Grupo atue como entidade responsável pelo
pagamento a terceiros de subsídios recebidos de outras entidades, essas operações, enquanto de
pura intermediação, apenas têm reflexo em rubricas de balanço.
l) Imparidades para créditos de cobrança duvidosa

A imparidade para créditos de cobrança duvidosa é calculada tendo por base os riscos previstos
de cobranças no final de cada ano. A partir do ano de 2010, face aos valores registados e para um
período de mora superior a 210 dias, foram criadas imparidades para as dívidas dos organismos
do Estado.
m) Enquadramento fiscal
A Universidade goza de isenção parcial do Imposto sobre o Rendimento das Pessoas Coletivas
(IRC), uma vez que se encontra sujeita a este imposto apenas por via da retenção na fonte
relativamente aos seus rendimentos de aplicação de capitais, não estando obrigada a entregar
a declaração anual de rendimentos. As entidades UNAVE, Grupunave, IDAD e LIQ são sujei-
tos passivos de IRC de acordo com o disposto no Código do Imposto sobre o Rendimento das
Pessoas Coletivas.
2.3. Julgamentos e estimativas

A preparação de demonstrações financeiras exige que a gestão do Grupo Público efetue julgamen-
tos e estimativas que afetam os montantes de rendimentos, gastos, ativos, passivos e divulgações à
data de relato, pelo que as presentes demonstrações financeiras incluem rubricas que resultam de
estimativas e julgamentos utilizados na aplicação das políticas contabilísticas do Grupo Público.
180
As estimativas acima referidas são determinadas pelos julgamentos da gestão do Grupo
Público, os quais se baseiam na melhor informação e conhecimento de eventos presentes, e nas
ações que o Grupo Público considera poder vir a desenvolver no futuro.
É considerado que as escolhas efetuadas são as apropriadas e que as demonstrações finan-
ceiras consolidadas apresentam, de forma adequada, a posição financeira do Grupo Público e o
resultado das suas transações em todos os aspetos considerados materialmente relevantes.
O uso de estimativas e de pressupostos representa um risco em originar ajustamentos nos
períodos futuros. As estimativas mais significativas refletidas nas demonstrações financeiras
consolidadas incluem:
i. Análises de imparidade em contas a receber (Nota 18.2);
ii. Vida útil dos ativos fixos tangíveis e intangíveis (Notas 3 e 5);
iii. Reconhecimento do rendimento dos projetos de investigação e dos contratos e protocolos
de acordo com o regime do acréscimo (Nota 18.7); e
iv. Registo de imparidades, provisões e divulgações de passivos e ativos contingentes (Nota 15).
2.4. Principais pressupostos relativos ao futuro

Os acontecimentos ocorridos após a data do balanço, mas antes da data de aprovação das
demonstrações financeiras consolidadas pelo Conselho Geral da Universidade e desde que
proporcionem informação adicional sobre condições que existiam à data do balanço, são refleti-
dos nas demonstrações financeiras consolidadas do período. Os eventos ocorridos após a data do
balanço que sejam indicativos de condições que surgiram após a data do balanço (“acontecimen-
tos que não dão lugar a ajustamentos”) são divulgados no anexo às demonstrações financeiras
consolidadas, se forem considerados materiais.
Na decorrência do anúncio do procedimento por negociação, para venda de imóvel do domínio
privado da Universidade de Aveiro, autorizado por despacho, datado de 29.09.2020, do Senhor
Reitor da Universidade de Aveiro, Prof. Doutor Paulo Jorge dos Santos Gonçalves Ferreira, nos
termos da pertinente legislação aplicável, tendo a decisão de promover o procedimento fundamento
na deliberação tomada em reunião do Conselho de Curadores da Universidade de Aveiro, de 30
de abril de 2020 (Deliberação n.º 47/CONC/2020), procedimento que foi publicitado através do
anúncio do procedimento n.º 1/2020, correspondente ao imóvel descrito como antigas instala-
ções da Clínica de Santa Joana, inscrito na matriz predial urbana com o n.º 2714 M e descrito na
Conservatória de Registo Predial de Aveiro, da extinta freguesia da Glória, com n.º 1686/19960207
– M, localizado na Rua Sebastião, n.º 123, União das Freguesias de Glória e Vera Cruz, concelho
de Aveiro, foi autorizada a adjudicação por despacho, datado de 15.04.2021, do Senhor Reitor da
Universidade de Aveiro, à entidade Dias Úteis, Lda., pelo montante de um milhão de euros.
No decurso do período de 2021 tem vindo a ser reportado, a nível nacional e internacional, um
crescente número de casos de infeção das populações com o vírus SARS-CoV-2, tendo diversos
governos, autoridades e agentes económicos, implementado um conjunto de iniciativas com
impacto na mobilidade das populações e na economia global. Os efeitos da disseminação do
vírus estão a ser analisados pelas autoridades competentes, estando a ser implementadas diversas
iniciativas com repercussão na situação atual. Face à natureza das medidas já implementadas e
181
eventuais futuras iniciativas, prevê-se que a economia nacional seja afetada significativamente
pela pandemia, antevendo-se um cenário de lenta recuperação económica com o gradual controlo
da pandemia, com a vacinação em larga escala e com a disponibilização de mecanismos de apoio
resultantes de medidas de política económica.
O Grupo está a acompanhar em permanência a evolução da pandemia através dos órgãos
competentes, procurando minimizar os possíveis riscos associados à pandemia e, na sequência das
recomendações da Direção-Geral da Saúde (DGS) e da Organização Mundial de Saúde (OMS),
esta instituição implementou planos de contingência com o objetivo de garantir a segurança dos
seus colaboradores, estudantes e da comunidade em geral.
No entanto, sem prejuízo da elevada incerteza associada ao atual cenário e a uma eventual e
rápida evolução da pandemia, é, possível que este impacto seja significativamente mais pequeno
do que o receado graças à vacinação em massa sem que seja possível estimar, com razoável grau
de confiança, os eventuais efeitos negativos sobre a atividade e a rentabilidade da instituição, os
quais, a existirem, é nossa convicção que não colocarão em causa a continuidade das suas ativi-
dades, mantendo-se exato o pressuposto da continuidade utilizado na preparação das demons-
trações financeiras do período findo em 31 de dezembro de 2020. Assim, apesar de este facto
não ter qualquer reconhecimento nas presentes demonstrações financeiras, importa divulgar na
presente nota o facto de não ser possível mensurar com absoluta fiabilidade o(s) impacto(s) desta
pandemia no período económico de 2021.
Nota 3. Ativos intangíveis

3.1. Ativos intangíveis – variação das depreciações e perdas por imparidades acumuladas
Durante o período findo em 31 de dezembro de 2020 e 31 de dezembro de 2019 os movimentos

ocorridos na quantia escriturada dos ativos intangíveis, bem como nas respetivas depreciações
acumuladas e perdas por imparidade acumuladas, foram os seguintes:
Início do período Final do período

Rubricas 31/12/2019 31/12/2020
Amortizações
Depreciações
acumuladas
acumuladas
acumuladas
acumuladas
escriturada
escriturada
imparidade
imparidade
Perdas por
Perdas por
Quantia
Quantia
Quantia
Quantia
bruta
bruta
Ativos intangíveis
Ativos intangíveis
– – – – – – – –
de domínio público
Goodwill – – – – – – – –
Projetos de desenvolvimento – – – – – – – –
Programas de computador
3.214.649 (2.618.571) – 596.079 3.790.773 (2.818.528) – 3.214.649
e sistemas de informação
Propriedade industrial
1.099.490 (980.615) – 118.875 1.210.725 (1.098.689) – 1.099.490
e intelectual
Outros – – – – – – – –
Ativos intangíveis em curso – – – – – – – –
Total 4.314.140 (3.599.186) – 714.954 5.001.499 (3.917.218) – 1.084.281
182
3.2. Ativos intangíveis – quantia escriturada e variações do período
Quantia Quantia
Rubricas escriturada Variações do período escriturada
inicial final
Revalorizações
Transferências
Depreciações
Diminuições
imparidade
Perdas por
Diferenças
Reversões
cambiais
Adições
Ativos intangíveis
Ativos intangíveis
– – – – – – – – – –
de domínio público
Goodwill – – – – – – – – – –
Projetos de desenvolvimento – – – – – – – – – –
Programas de computador
596.079 578.389 – – – – (202.223) – – 972.245
e sistemas de informação
Propriedade industrial
118.875 111.236 – – – – (118.075) – – 112.036
e intelectual
Outros – – – – – – – – – –
Ativos intangíveis em curso – – – – – – – – – –
Total 714.954 689.625 – – – – (320.298) – – 1.084.281
Nota 5. Ativos fixos tangíveis

5.1. Ativos fixos tangíveis – variação das depreciações e perdas por imparidade acumuladas
Durante o período findo em 31 de dezembro de 2020 e 31 de dezembro de 2019 os movimentos

ocorridos na quantia escriturada dos ativos fixos tangíveis, bem como nas respetivas depreciações
acumuladas e perdas por imparidade acumuladas, foram os seguintes:
Rubricas Início do período Final do período

Quantia Bruta
Quantia bruta
Depreciações
Depreciações
acumuladas
acumuladas
acumuladas
acumuladas
escriturada
escriturada
imparidade
imparidade
Perdas por
Perdas por
Quantia
Quantia
Bens de domínio público,

património histórico, .
artístico e cultural
Obras de arte 846.110 – – 846.110 846.110 – – 846.110
846.110 – – 846.110 846.110 – – 846.110

Outros ativos fixos
tangíveis
Terrenos e recursos naturais 6.413.904 – – 6.413.904 6.413.871 – 6.413.871
Edifícios e outras
181.941.260 (70.042.850) – 111.898.410 182.880.655 (73.746.158) – 109.134.497
construções
Equipamento básico 119.929.160 (109.269.939) – 10.659.221 125.248.738 (115.475.855) – 9.772.883
Equipamento de transporte 1.226.137 (981.199) – 244.940 1.516.088 (1.176.877) – 339.211
183
(cont.)
Rubricas Início do período Final do período
Quantia Bruta
Quantia bruta
Depreciações
Depreciações
acumuladas
acumuladas
acumuladas
acumuladas
escriturada
escriturada
imparidade
imparidade
Perdas por
Perdas por
Quantia
Quantia
Equipamento administrativo 8.868.898 (8.710.340) – 158.558 9.125.900 (8.932.759) – 193.141
Outros 4.271.263 (3.612.944) – 658.320 4.616.305 (3.911.581) – 704.724

Ativos fixos tangíveis
52.305 – – 52.305 69.317 – – 69.317
em curso
322.702.927 (192.617.272) – 130.085.657 329.870.874 (203.243.230) – 126.627.644
Total 323.549.037 (192.617.272) – 130.931.767 330.716.984 (203.243.230) 0 127.473.754
5.2. Ativos fixos tangíveis – quantia escriturada e variações do período
Quantia Quantia
Rubricas escriturada Variações do período escriturada
inicial final
Revalorizações
Transferências
Depreciações
Diminuições
imparidade
Perdas por
Diferenças
Reversões
cambiais
Adições
Bens de domínio público,

património histórico,
artístico e cultural
Obras de arte 846.110 – – – – – – – – 846.110
846.110 – – – – – – – – 846.110
Outros ativos fixos
tangíveis
Terrenos e recursos naturais 6.413.904 – – – – – – – (33) 6.413.871
Edifícios e outras
111.898.410 161.181 778.215 – – – (3.703.309) – 109.134.497
construções
Equipamento básico 10.659.219 5.905.305 – – – – (6.791.188) – (453) 9.772.883
Equipamento de transporte 244.939 289.951 – – – – (195.679) – 339.211
Equipamento administrativo 158.558 339.995 – – – – (305.305) – (107) 193.141
Outros 658.322 356.748 – – – – (309.489) – (857) 704.724

Ativos fixos tangíveis
52.305 798.363 (781.351) – – – .-. – – 69.317
em curso
130.085.657 7.851.543 (3.136) – – – (11.304.970) – (1.450) 126.627.644
Total 130.931.767 7.851.543 (3.136) – – – (11.304.970) – (1.450) 127.473.754
Terrenos e Recursos Naturais

Esta rubrica inclui, fundamentalmente, os terrenos onde estão implantados os edifícios da Reitoria,
Departamentos, Serviços, Escolas, Residências, Unidades, o agregado industrial conhecido por
“Moagem de Aveiro”, o ISCA-UA e ainda algumas marinhas adquiridas pela Universidade.
184
Designação Valor
Terrenos – custo de aquisição 4.042.091
Marinhas – custo de aquisição 197.736
Reavaliação (Ver Nota 18.1) 2.174.044
Total 6.413.871
Edifícios e outras construções

Inclui, fundamentalmente, os edifícios da Reitoria, Departamentos, Escolas, Residências,
Unidades, Serviços, Laboratórios, o agregado industrial “Moagem de Aveiro”, o ECOMARE, o
ISCA-UA, Residências, Cantinas e arranjos exteriores.
Designação Valor
Edifícios – custo histórico 167.894.977
Reavaliação (Ver Nota 18.1) 14.985.678
Total 182.880.655
Equipamento básico e administrativo

Inclui, fundamentalmente, o mobiliário da Reitoria, Departamentos, Escolas, Institutos, Serviços,
Unidades, Residências, Cantinas e ainda os livros da Biblioteca, equipamentos informáticos e
equipamentos de laboratório.
Compreende, ainda, o equipamento e material de suporte essencial ao desenvolvimento das
atividades dos SASUA, com os quais são realizadas as diversas prestações de serviços.
Imobilizado em curso
As imobilizações em curso em 31 de dezembro de 2020 incluem:
Designação Valor
Construção do Edifício das Ressonâncias Magnéticas Nucleares 23.787
Remodelação do Departamento de Economia, Gestão, Engenharia Industrial e Turismo 11.125
Construção de novas Residências de Estudantes no Campus do Crasto 10.804
Requalificação do Edifício A do ISCA 10.486
Projeto de Integração Paisagística dos Campi 7.940
Adiantamentos por conta de investimentos 2.733
Reabilitação do Edifício do Departamento de Geociências 2.442
Total 69.317
185
Nota 9. Imparidade de ativos
Em 31 de dezembro de 2020 e 31 de dezembro de 2019 encontravam-se constituídas perdas

por imparidade acumuladas para dívidas de clientes de cobrança duvidosa, nos montantes de
1.925.864 e 1.924.518 euros, respetivamente (ver Nota 18.2). A imparidade constituída permite
fazer face ao risco de incobrabilidade associado.
Os movimentos ocorridos nas rubricas de imparidades acumuladas analisam-se como segue:
Designação Saldo inicial Aumentos Reduções Regularizações Saldo final
Imparidade em Empréstimos
17.385 – – – 17.385
Concedidos
Imparidade de Clientes
1.924.518 126.222 (110.294) -14.582. 1.925.864
(ver Nota 18.2)
Imparidade de Inventários 17.630 1.014 – – 18.644
Imparidade de Investimentos
160.864 442 (201) – 161.105
Financeiros (ver Nota 22)
Total 2.120.397 127.678 (110.495) -14.582. 2.122.998
Nota 10. Inventários

O valor do Inventário a 31 de dezembro de 2020 tem o seguinte detalhe:
Designação Quantia Bruta Imparidade Acumulada Quantia Recuperável
Mercadorias 189.784 18.644 171.140

Matérias-primas, subsidiárias
56.461 – 56.461
e de consumo
Total 246.245 18.644 227.601
O valor de Inventários é resultante dos seguintes movimentos:
Quantia Bruta Compras Perdas por Quantia Bruta

Designação Escriturada Gastos
Líquidas Imparidade Escriturada Final
Inicial
Mercadorias 182.583 63.036 55.835 – 189.784
56.685 493.823 494.047 – 56.461
e de consumo
Total 239.268 556.859 549.882 – 246.245
186
O valor inscrito na rubrica de “Custo das Mercadorias Vendidas e das Matérias Consumidas”
demonstra-se como se segue:
Designação Mercadorias Total
e de consumo
Existências iniciais (valor bruto) 182.583 56.685 239.268
Compras 63.036 493.823 556.859
Regularização de existências – – –
Existências finais (valor bruto) (189.784) (56.461) (246.245)
Gasto do período 55.835 494.047 549.882
Nota 13. Rendimento de transações com contraprestação
As rubricas de vendas e prestação de serviços analisa-se como segue:
Designação 31/12/2020 31/12/2019
Vendas
28.961 51.440
Material didático 29.910 58.289
Refeições (Cantinas, Snack-Bar e Restaurante) 519.878 1.432.837
Produtos de cafetaria 108.782 272.037
Outros bens – 81
687.531 1.814.684
Prestações de Serviços
Serviços de Alojamento 976.431 1.242.395
Realização de análises 612.169 107.731
Outros serviços ao exterior:
Realização estudos 1.533.905 1.018.580
Projetos e assistência 384.057 317.910
Monitoria e docência 23.143 102.315
Serviços informáticos 56.841 54.414
Outras prestações de serviços 689.558 435.071
Fotocópias 933 1.445
Serviços de desporto 30.654 78.559
Serviços diversos 2.482.860 3.216.665
6.790.550 6.575.085
Total 7.478.081 8.389.769
187
A generalidade das vendas e das prestações de serviços acima referidas foi efetuada no
mercado interno.
As vendas de refeições à comunidade universitária (estudantes, funcionários docentes e não
docentes), em 2020, processaram-se, regra geral, através das seguintes formas:
· pagamento da refeição no próprio ato (aquando do consumo); ou
· compra antecipada de senhas de refeição, através das máquinas automáticas.
O reconhecimento do ganho relativo à compra antecipada de refeições ocorre no momento do

recebimento das importâncias arrecadadas nas diversas máquinas automáticas de vendas das
senhas, independentemente do momento em que se realiza a sua efetiva utilização.
Estudos, projetos e assistência

As rubricas de realização de estudos e de projetos e assistência referem-se à prestação de serviços
a empresas, no âmbito de trabalhos por estas solicitados, estudos de impacte ambiental, análises
laboratoriais, entre outros. O reconhecimento do rendimento é efetuado de acordo com o referido
na Nota 2.1 alínea (i).
A rubrica de Outros Rendimentos e Ganhos analisa-se como segue:
Designação 31/12/2020 31/12/2019
Aluguer de equipamento 850 1.097
Aluguer instalações 155.690 389.631
Royalties 23.076 6.446
Comissão editorial – livros 1.775 5.062
Não especificados 38.836 68.096
Outros rendimentos suplementares
Compensação água e luz 95.450 155.455
Compensação telefone 305 1.417
Compensação gás 2.633 5.848
Compensação portes de correio 1163 684
Reposições 151.963 88.428
Outros 498.870 387.562
Descontos de pronto pagamento obtidos 388 1.331
Rend. e gan. em entid. controladas, associadas e empreendimentos 924.132 298.473
Rendimentos e ganhos em investimentos não financeiros 65.068 89.829
Outros 9.334.176 9.189.901
Total 11.294.375 10.689.260
O valor relevado em “Outros” diz respeito, maioritariamente, à imputação de subsídios ao

investimento (Nota 2.1 alínea (i) pontos 5 e 6).
188
Nota 14. Rendimento de transações sem contraprestação
Os rendimentos de Transação sem Contraprestação podem analisar-se da seguinte forma:
Designação 31/12/2020 31/12/2019
Taxas
Emolumentos 524.562 530.488
1.º Ciclo (Licenciatura) 5.024.270 6.032.645
2.º Ciclo (Mestrado) 2.553.695 2.600.527
3.º Ciclo (Programas Doutorais) 1.972.157 1.882.501
Mestrado Integrado 2.558.345 3.094.073
Outras 787.293 868.523
Taxas de Matrícula, Melhorias de Notas e Outras 28.869 36.600
Impressos 271.025 277.166
Diversos 10.086 26.303
13.730.302 15.348.826
Multas e Outras Penalidades 10.284 31.994
Transferências
Estado
Orçamento de Estado 53.305.633 50.815.667
Estado – Outros 14.718 14.272
53.320.351 50.829.939
Outras
Serviços Autónomos
– Fundação para a Ciência e Tecnologia 14.274.267 17.709.375
– Agência para o Desenvolvimento e Coesão, I.P. 6.958.556 6.299.014
– Serviços autónomos – outros 4.257.474 2.826.680
25.490.297 26.835.069
Segurança Social 1.383.618 421.123
Administração local 10.000 314.822
Administração regional 1.500
União Europeia
– Projetos de Investigação 7.079.993 4.680.008
– Outras transferências 1.058.655 4.220
8.138.648 4.684.228
– Transferências de países terceiros 561.708 454.414
– Instituições Privadas 1.471.506 990.798
– Instituições de Crédito 548.384 578.242
– Famílias 4.293.109 7.326.368
– Transferências internas 95.219.121 92.435.003
Total 108.959.707 107.815.823
189
Propinas
O valor evidenciado nesta rubrica refere-se aos valores reconhecidos como rendimento do período
relativos a propinas. As propinas de Licenciaturas, Mestrados e de Doutoramentos são reconhe-
cidas como ganho de acordo com o regime do acréscimo, tendo-se iniciado pela primeira vez,
em 2019, o registo do rendimento das propinas de Doutoramentos de acordo com este regime.
As restantes propinas relativas a Pós-Graduação são apenas reconhecidas quando recebidas, de
acordo com o critério definido na Nota 2.1 alínea (i).
Estado
Corresponde ao plafond atribuído pelo Ministério da Ciência, Tecnologia e Ensino Superior e outros
subsídios à exploração provenientes do OE à UA, com a finalidade de financiar as suas despesas.
Outros Subsídios
Todos os outros subsídios à exploração, não provenientes do OE, referem-se fundamentalmente a
subsídios atribuídos às UI para projetos, por estas desenvolvidos, individualmente ou em parceria
com outras entidades, normalmente de duração plurianual, a subsídios atribuídos para atividades
específicas e, por último, a financiamento de investigadores. Estes subsídios são reconhecidos
como rendimento, de acordo com a política descrita na Nota 2.1 alínea (i).
Destacam-se entre outros os seguintes programas de financiamento bem como as respetivas
entidades de coordenação/acompanhamento:
· Programa Operacional COMPETE2020 – Programa Operacional Competitividade e
Internacionalização (Fundação para a Ciência e Tecnologia, Agência Nacional de Inovação,
S.A., Agência para a Modernização Administrativa IP)
· Programa de Investimentos e Despesas de Desenvolvimento da Administração Central
(Fundação para a Ciência e Tecnologia)
· Programa de Financiamento exclusivamente por Fundos Nacionais a Unidades de I&D e
a Projetos de IC&DT (Fundação para a Ciência e Tecnologia)
· Programa Operacional Regional do Centro/Centro2020 (Agência Nacional de Inovação
S.A., Comissão de Coordenação de Desenvolvimento Regional do Centro)
· Programa Operacional Regional do Norte/Norte2020 (Comissão de Coordenação de
Desenvolvimento Regional do Norte)
· Horizonte 2020 (Comissão Europeia)
· LIFE+ (Comissão Europeia)
· Erasmus Mais (Comissão Europeia, Agência Nacional Erasmus + Educação e Formação)
· Programas de Cooperação Territorial Europeia– Interreg SUDOE, Interreg Europe,
INTERREG V-B Espaço Atlântico, Interreg España-Portugal (Agência para o Desenvolvimento
e Coesão IP, Comissão de Coordenação de Desenvolvimento Regional do Norte, Comissão de
Coordenação de Desenvolvimento Regional do Centro)
· Programa Operacional Sustentabilidade e Eficiência no Uso de Recursos/POSEUR
(Autoridade de Gestão do POSEUR)
· Programa de Desenvolvimento Regional do Continente (Instituto de Financiamento da
Agricultura e Pescas IP)
190
· Programa Operacional MAR 2020 (Instituto de Financiamento da Agricultura e Pescas IP)
· Programa Operacional Capital Humano (Programa Operacional Capital Humano)
· NATO SPS (North Atlantic Treaty Organisation)
· Fundo Azul (Direção-Geral de Política do Mar)
· EUROPEAN MARITIME AND FISHERIES FUND (Comissão Europeia)
· COST Actions (Comissão Europeia)
· EEA Grants (Mecanismo Financeiro do Espaço Económico Europeu)
· West Africa Competitiveness Programme (MAVA – Fondation pour la Nature)
· Research Fund for Coal and Steel (Comissão Europeia)
Transferências internas
Corresponde ao saldo líquido da transferência contabilística de subsídios inicialmente classifi-
cados como “Subsídios ao investimento” para “Subsídios à exploração” e vice-versa. Esta rubrica
também é utilizada para eventuais acertos na especialização dos “Subsídios ao investimento” e
dos “Projetos de Investigação”.
Nota 15. Provisões, passivos contingentes e ativos contingentes
Em conformidade com o referido na Nota 2.1 alínea (f ), o Grupo só reconhece provisões quando
as mesmas forem fiavelmente mensuráveis e seja provável a existência de um exfluxo de meios
líquidos. Contudo, findo o ano de 2020, não existem quaisquer provisões constituídas.
No entanto, existem processos judiciais em curso, para os quais não foram reconhecidas provi-
sões, mas procede-se à sua divulgação, uma vez que se entende tratar-se de passivos contingentes:
Valor proposto
N.º de processo Descrição do litígio Posição atual da ação
da ação (€)
Ação intentada por um aluno da UA e candidato a atribuição

de apoios sociais, que viu a sua candidatura a bolsa de Foi proferida sentença que julgou a
estudo indeferida por falta de aproveitamento escolar. O aluno ação improcedente, por não provada
P. 813/13.3BEAVR 30.000
impugna a decisão de indeferimento, por entender que obteve e absolveu a Universidade de Aveiro
aproveitamento escolar e, nessa medida, deveria ter beneficiado de todos os pedidos.

de bolsa de estudo.
Ação intentada por uma funcionária, contra a Companhia de Foi marcada audiência de discussão
P. 481/14.4BEAVR Seguros Açoreana, S.A. e a UA, decorrente de danos sofridos 168.157 e julgamento para 15 de abril de
no exercício das funções profissionais. 2021.
Terminou a fase dos articulados.

Foi dispensada a audiência
Ação de declaração de nulidade de indeferimento de pedidos de
P. 34/16.3BEAVR 14.286 prévia. Aguarda-se a marcação
atribuição de bolsa de estudo, intentada por um aluno da UA.
de julgamento ou a prolação de
sentença.
Ação de anulação do ato de adjudicação proferido no âmbito
do procedimento de contratação pública para a prestação de Foi interposto recurso, para o
serviços de organização e funcionamento de serviços externos Tribunal Central Administrativo do
P. 1124/19.6BEPNF 53.338
de saúde no trabalho e realização de exames complementares Norte, que confirmou a sentença de
de diagnóstico (análises clínicas) aos trabalhadores da UA, 1ª Instância.
intentada por G.R.A.L. - Serviços Médicos Especializados, Lda.
191
(cont.)
Valor proposto
N.º de processo Descrição do litígio Posição atual da ação
da ação (€)
Ação de impugnação de actos administrativos, solicitando que A Universidade de Aveiro contestou

seja declarado nulo o despacho proferido pelo Sr. Reitor em a ação, tendo a contra-interessada
P.478/19.9BEVIS 02.10.2019, pelo qual homologou a lista final de ordenação do 30.000 apresentado também contestação,
concurso para Professor Coordenador na área de Ciências da aguardando-se a tramitação
Saúde. subsequente.
A Universidade de Aveiro contestou
Ação proposta por Joana Maria Cardoso Reis, peticionando o
o pedido, pugnando pela absolvição.
P. 2178/20.8T8AVR reconhecimento da existência de contrato de trabalho entre ela 12.625
O julgamento foi marcado para 14 de
e a UA, desde 03.01.2013.
abril de 2021 .
Nota 18. Instrumentos financeiros

18.1. Caixa e depósitos
A desagregação dos valores inscritos na rubrica de caixa e em depósitos bancários, a 31 de dezem-

bro de 2020 e a 31 de dezembro de 2019, tem a seguinte composição:
Designação 31/12/2020 31/12/2019
Caixa 19.101 14.439

Depósitos à Ordem
Depósitos à Ordem no Tesouro 2.087.714 5.996.114
Depósitos Bancários à Ordem 30.260.081 20.921.661
Depósitos a Prazo
Depósitos a Prazo no Tesouro .-. .-.
Depósitos Bancários a Prazo 526.264 601.264
Depósitos de Garantias e Cauções 458.288 863.213
Total 33.351.448 28.396.691
18.2. Clientes, contribuintes e utentes

Esta rubrica analisa-se como segue:
Designação 31/12/2020 31/12/2019
Montante Imparidade Montante Montante Imparidade Montante

Bruto Acumulada Líquido Bruto Acumulada Líquido
Clientes, Contribuintes e Utentes –
4.435.007 1.540.488 2.894.519 3.395.881 1.622.058 1.773.823
Nacionais
Clientes, Contribuintes e Utentes –
546.560 385.376 161.184 483.765 302.460 181.305
Estrangeiros
Clientes – Total 4.981.567 1.925.864 3.055.703 3.879.646 1.924.518 1.955.128
192
Os saldos a receber de clientes referem-se, fundamentalmente, a serviços prestados pelo Grupo
Público no âmbito das vendas e de contratos de prestação de serviços.
Os movimentos ocorridos na rubrica de “Perdas por imparidade acumuladas para clientes de
cobrança duvidosa”, em 2020, analisam-se como segue:
Designação 31/12/2020
Saldo inicial 1.924.518
Reforço 126.222
Reposição (110.294)
Regularizações (14.582)
Saldo final 1.925.864
18.3. Estado e outros entes públicos

Em 31 de dezembro de 2020 e em 31 de dezembro de 2019, as rubricas de “Estado e Outros Entes
Públicos” apresentavam a seguinte composição:
Designação 31/12/2020 31/12/2019
Ativo
Retenção de Impostos sobre Rendimentos 14.960 64.639
Imposto sobre o Valor Acrescentado (IVA) – –
Contrib. p/ Sistemas de Prot. Social e Subsistemas de Saúde 194 194
Outras Tributações 7.404 7.817

Total Ativo 22.558 72.650
Passivo
Retenção de Impostos sobre Rendimentos 38.564 19.982
Imposto sobre o Valor Acrescentado (IVA) 64.844 49.486
Contrib. p/ Sistemas de Prot. Social e Subsistemas de Saúde 49.227 48.029
Outras Tributações 4.534 16.369
Total Passivo 157.169 133.866
193
18.4. Outras contas a receber
Designação 31/12/2020 31/12/2019
Juros a receber e outros rendimentos financeiros 188 199
Outros acréscimos de rendimentos
Prestações de serviços 1.080 226.836
Contratos e protocolos 1.146.186 249.908
Especialização de propinas de formação inicial 433.652 276.974
Especialização de propinas de pós-graduação 1.250.294 676.772
Projetos de investigação 24.489.478 19.884.106
Alojamento a receber 1.480 1.140
Outros acréscimos de rendimentos 2.588.316 4.227.468
Cauções entregues a terceiros 22.433 23.399
Outros devedores 212.341 131.969
Total 30.145.448 25.698.771
18.5. Fornecedores
Designação 31/12/2020 31/12/2019
Fornecedores, Conta corrente 261.804 137.832
Fornecedores – Faturas em Receção e Conferência 4.797 4.477
266.601 142.309
Fornecedores de Investimentos – –
Total 266.601 142.309
O Balanço deverá refletir a situação de terceiros e disponibilidades antes da efetivação dos paga-
mentos, enquanto na execução orçamental, os mapas de fluxos de caixa e do controlo orçamental,
evidenciam a totalidade dos pagamentos do período.
Atendendo ao referido no n.º 3 do artigo 24.º do Decreto-lei n.º 84/2019 de 28 de junho,
que estabelece as disposições necessárias à execução do OE para 2019, a Universidade teve de
emitir os meios de pagamento até 30 de dezembro de 2020. Face ao exposto, pela extinção do
denominado “Período Complementar”, as contas a pagar a Fornecedores apresentam um saldo
bastante reduzido.
194
18.6. Outras contas a pagar e Credores por transferências e subsídios concedidos
Designação 31/12/2020 31/12/2019
Outras Contas a Pagar

Remunerações a Liquidar 11.442.000 10.956.146
Outros Acréscimos de Gastos
Seguros a Liquidar 3.024 55.411
Bolsas a Liquidar 89.836 13.046
Outros Acréscimos de Gastos 500.580 764.449
593.440 832.906
Pessoal – –
Fornecedores - Consignação 14.392 12.369
Credores diversos
PCI – Parque de Ciência e Inovação, SA 437.500 437.500
Garantias/Cauções (Forneced./Estudantes/Concessionários) 458.288 562.143
Direção Geral do Ensino Superior 3138 3411
Instituto de Telecomunicações – 153.749
Município de Águeda 530.000 –
Outros 65.545 47.572
1.494.471 1.204.375
Credores por Transferências e Subsídios Concedidos

Administração Pública 195.786 81.448
Outros
Nacionais 1.090.653 197.935
Estrangeiros 1.773.895 1.048.244

2.864.548 1.246.179
Total 16.604.637 14.333.423
A rubrica de “Credores Diversos” inclui um montante de 437,5 milhares de euros relativos ao

valor remanescente da participação no Capital Social da sociedade Parque de Ciência e Inovação,
S.A. (participação que totaliza 2,625 milhões de euros), subscrito pela UA, e ainda não realizado.
A rubrica “Direção Geral do Ensino Superior” (DGES) refere-se ao apuramento das verbas a
restituir à DGES por conta das reposições de bolsas de estudo, estipulado no Regulamento de
“Atribuição de Bolsas de Estudo a Estudantes do Ensino Superior” conforme o Despacho n.º
14474/2010, de 3 de setembro.
A rubrica “Município de Águeda” advém do Contrato de Comodato celebrado com esta enti-
dade para a execução das obras no Prédio da Universidade de Aveiro, designado por “Blocos
195
de Residências para Oficiais”, situado na Rua Comandante Pinho e Freitas em Águeda, para a
instalação de “Residências Universitárias” para a ESTGA. A Universidade de Aveiro ressarcirá
o Município de Águeda no montante equivalente às importâncias efetivamente despendidas,
através das receitas de hospedagem provenientes da exploração das “Residências Universitárias”.
Comparativamente com 2019, em 2020 não existe valor a pagar ao Instituto de Telecomunicações,
em 2020, refere-se ao financiamento, convenientemente protocolado, de investigação no desen-
volvimento de atividades de interesse comum, de cariz científico e tecnológico, pelo Instituto no
âmbito do Convénio celebrado em 20 de julho de 2006.
18.7. Diferimentos
Designação 31/12/2020 31/12/2019
Gastos a Reconhecer
Seguros Liquidados 31.955 127.620
Bolsas a Diferir 39.414 70.879
Outros Gastos Diferidos 520.654 429.164
592.023 627.663
Rendimentos a Reconhecer
Projetos de Investigação 9.405.491 8.145.351
Contratos e Protocolos 1.851.934 1.392.465
Alojamento a Reconhecer 3.053 9.504
Propinas do 1.º Ciclo (Licenciatura) 372.377 365.648
Propinas do 2.º Ciclo (Mestrado) 69.122 .-.
Propinas do 3.º Ciclo (Programas Doutorais) 74.353 79.966
Propinas de Mestrado Integrado 316.455 326.277
Outras Propinas 343 45.536
Outros rendimentos 2.642.782 14.203
Total 14.735.910 10.378.950
Projetos de investigação e desenvolvimento

As comparticipações recebidas para financiar projetos de investigação e desenvolvimento são
registadas de acordo com a política descrita na Nota 2.1 alínea (i) (k).
Os subsídios recebidos pelo Grupo Público no âmbito do desenvolvimento de projetos de inves-
tigação encontram-se sujeitos a diversos níveis de verificação e a exames a realizar pelas entidades
que os concederam. Assim, os montantes recebidos a título de subsídios e ainda não verificados
e examinados por aquelas entidades podem ser sujeitos a eventuais correções. O Grupo entende
que eventuais correções resultantes de revisões e/ou inspeções por parte das entidades compe-
196
tentes não terão um impacto significativo nas demonstrações financeiras consolidadas do Grupo
Público em 31 de dezembro de 2020.
Protocolos e contratos
O montante evidenciado em “Protocolos e Contratos” foi reconhecido com base no regime do
acréscimo de rendimentos, de acordo com o critério definido na Nota 2.1 alínea (i).
18.8. Transferências e subsídios concedidos

O valor inscrito na rubrica de “Transferências e Subsídios Concedidos”, em 2020, desdobra-se
da seguinte forma:
Designação 31/12/2020 31/12/2019
Bolsas de Estudo – –
Subsídios Alunos 77.181 143.166
Subsídios Correntes Concedidos 589.960 722.136
Total 667.141 865.302
Bolsas de estudo
Esta rubrica inclui a contabilização das bolsas de estudo atribuídas aos estudantes do Ensino
Superior Público ao abrigo do Regulamento de atribuição de bolsas de estudo, bem como a
contabilização doutros subsídios concedidos aos alunos não elegíveis no contexto do referido
Regulamento, mas que se enquadram no âmbito de Programas de apoio indireto, como sejam o
Fundo Social Ativo, Vale Social e Bolsa de Mérito, e que são integralmente suportados por receitas
próprias da UA – Serviços de Ação Social.
Decorrente da exigência ministerial para a adesão dos SASUA ao sistema central de gestão de
bolsas de estudo, suportado pela plataforma eletrónica da Direcção-Geral do Ensino Superior

(SICABE), a partir do ano letivo 2011/12, o procedimento de pagamento das bolsas de estudo
passou a ser processado diretamente pela DGES, mantendo-se ao nível dos SASUA toda a análise,
tratamento e gestão do processo individual do aluno. Face a esta alteração, não houve qualquer
registo na conta de Bolsas de estudo a 31 de dezembro de 2020.
197
18.9. Outros gastos e perdas
Esta rubrica decompõe-se como segue:
Designação 31/12/2020 31/12/2019
Impostos e Taxas 158.128 244.861

Gastos e perdas em investimentos não financeiros 560 7.845
Gast. e perd. em entidades c/ influên. significativa - aplicação do MEP 58.373 –
Gastos e perdas nos restantes investimentos financeiros 4.995 54
Outros
Correções relativas a períodos anteriores 24.213 463.748
Quotizações 145.772 164.850
Diferenças de câmbio desfavoráveis na atividade operacional 3.218 756
Outros não especificados 3.115,73 –
– Correntes
Bolsas 8.058.469 9.321.745
Seguro social voluntário 440.833 417.250
Subsídio refeição de bolseiros 1.547 –
Restituições 158.483 150.942
Subsídio de transporte – –
Outros Não especificados 217.591 220.030
Capital – 229.200
Total 9.275.297 11.221.281
A rubrica “Outros Gastos não Especificados” engloba, a 31 de dezembro de 2020, o montante de

8.058 milhares de euros, relativos a Bolsas de Investigação. A 31 de dezembro de 2019 esse valor
era de 9.322 milhares de euros.
18.10. Juros, rendimentos e gastos similares

As rubricas de Juros, Rendimentos e Gastos Similares decompõe-se como segue:
Designação 31/12/2020 31/12/2019
Juros e Gastos Similares Suportados

Juros Suportados 171 243
Outros Gastos e Perdas de Financiamento 97.232 86.113
Total de Gastos 97.403 86.355
Juros, Dividendos e Outros Rendimentos Similares
Juros Obtidos 3.544 5.477
Outros Rendimentos Similares – –
Total de Rendimentos 3.544 5.477
198
Nota 19. Benefícios dos empregados
Os Gastos com Pessoal analisam-se como se segue:
Designação 31/12/2020 31/12/2019
Remunerações Base do Pessoal
Contratado por Tempo Indeterminado 39.011.236 36.563.477
Contratado a Termo 15.337.959 15.159.452
Aguardando Aposentação – –
em Outra Situação 2.274.775 2.138.965
56.623.969 53.861.894
Outras Remunerações
Subsídio de Férias 5.127.181 5.168.351
Subsídio de Natal 4.738.190 4.510.342
Subsídio de Alimentação 2.050.086 1.936.238
Ajudas de Custo 198.841 662.296
Gratificações (673) 13.632
Transportes 99.678 337.560
Colaboração Técnica Especializada 103.142 64.445
Prestações Sociais Diretas – –
por Doença, Maternidade e Paternidade 16.468 104.461
Outras Remunerações Variáveis 605.051 1.038.272
12.937.965 13.835.597
Encargos sobre Remunerações 15.100.746 14.595.415
Outros Gastos com Pessoal 336.456 125.568
Total 84.999.136 82.418.474

O número do pessoal ao serviço do Grupo em 31 de dezembro de 2020 ascende a 2.217, dos quais
cerca de 1.020 correspondem a pessoal docente.
Os gastos com salários, apresentados pela Universidade, contemplam um acréscimo remu-
neratório, preconizado no Decreto-Lei n.º 10-B/2021, de 1 de fevereiro, que atualiza a Tabela
Remuneratória Única e o DL n.º 109-A/2020, de 31 de dezembro que fixa o valor da retribuição
mínima mensal garantida para 2021, tendo este decreto influência na estimativa com as Férias
e Subsídio de Férias do ano em análise. Verifica-se um incremento do número de funcionários,
o que impulsiona também o aumento dos gastos com pessoal no período.
199
Nota 22. Interesses em outras entidades
Em 31 de dezembro de 2020, as entidades nas quais o Grupo Público detém participações

financeiras e a respetiva informação financeira disponível, reportada àquela data, é a seguinte (o
primeiro quadro diz respeito às participações financeiras registadas pelo Método da Equivalência
Patrimonial, sendo o segundo quadro referente a participações registadas ao custo de aquisição
menos imparidades):
Reclassificação dos Resultados

Últimas Contas Disponíveis
Aplicação do MEP – Imputação
Aplicação do MEP – Imputação

financeiro no início do período
de outras variações do capital
Transitados das participações

financeiro no final do período
Valor líquido do investimento

período de relato anterior
Imparidade – Reversão /
do Resultado Líquido da
participada no final do
próprio da participada
contas disponíveis da
Reforço no Exercício
Aplicação do MEP –
Atualização de info.
Resultado Líquido
Capitais Próprios
face às últimas
% Participação
Designação
participada
Sede
Ativo
Ano
Participações
financeiras – MEP
Instituto de Aveiro 22,21% 930.178 2020 Sim 17.268.608 6.947.107 3.068.742 681.568 (68.793) 0 1.542.952 273.234
Telecomunicações
PCI – Parque
de Ciência e Ílhavo 35,00% 5.367.158 2020 Sim 21.683.060 15.093.240 (77.426) (27.099) (57.427) 0 5.282.635 25.239
Inovação, SA
TotaL 6.297.337 654.468 (126.220) 0 6.825.587 298.473


Valor bruto do investimento
Imparidade acumulada
do período de relato
no início do período
Outros movimentos
participada no final
Resultado Líquido
Capitais Próprios
face às últimas
% Participação
Designação
do período
anterior
Sede
Ativo
Ano
Outros ativos financeiros
Associação do
Parque de Ciência e Porto 2,94% 9.976 0 9.976 2020 Sim 8.347.346 8.082.930 (60.988) 0 0 9.976
Tecnologia do Porto
ABAP – Associação
Beira Atlântico Cantanhede 0,20% 5.000 1.229 3.771 2020 Sim 2.077.687 1.711.781 (120.659) (269) 0 3.502
Parque
CESAE – Centro de Pela publicação da Portaria 169/20, de 10/07,
Serviços e Apoio às Aveiro 0,95% 4.994 0 4.994 0 (4.994) 0
a UA saiu do Fundo Próprio.
Empresas
CENTI – Centro de
Nanotecnologia e Vila Nova de
Materiais Técnicos, Famalicão 4,76% 25.000 0 25.000 2020 Sim 21.619.270 5.972.596 210.848 0 0 25.000
Funcionais e
Inteligentes
InovaDomus –
Associação para o Aveiro 13,00% 195.912 169.030 26.883 2020 Sim 403.908 20.581 (344) (127) 0 26.755
Desenvolvimento da
Casa do Futuro
APCS – Associação
Plataforma para Cúria 5,78% 10.000 1.935 8.065 2020 Sim 153.260 145.467 2.948 201 0 8.266
a Construção
Sustentável
Associação
Pool.net – Marinha 0,93% 500 481 19 2020 Sim 102.870 1.115 (1.402) (9) 0 10
Portuguese Tooling Grande
Network
Associação Tice.pt Aveiro 4,04% 5.000 1.504 3.496 2019 Sim 375.017 85.612 534 (37) 0 3.459
RAIZ – Instituto de
Investigação da Eixo – Aveiro 1,00% 70.000 0 70.000 2019 Sim 16.503.855 9.615.140 (17.946) 0 0 70.000
Floresta e Papel
200
(cont.)


Valor bruto do investimento
Imparidade acumulada
financeiro no início do
financeiro no início do
do período de relato
no início do período
Outros movimentos
participada no final
Resultado Líquido
Capitais Próprios
face às últimas
% Participação
Designação
do período
anterior
período
período
Sede
Ativo
Ano
IDTour – Unique Aveiro 1,00% 3.000 0 3.000 2020 Sim 675.741 354.799 (213.820) 0 0 3.000
Solutions, Lda.
Relacre –
Associação de
Laboratórios Lisboa 1,00% 998 0 998 2020 Sim 1.159.864 898.699 (17.713) 0 0 998
Acreditados de
Portugal
FCR Portugal Porto 0,31% 21.675 0 21.675 2020 Sim 4.864.246 4.839.198 544.328 0 0 21.675
Ventures ACTECII
ForestWise
Laboratório
Colaborativo para a Vila Real 5,86% 10.000 6.562 3.439 2019 Não 195.864 58.656 (111.944) 0 0 3.439
Gestão Integrada da
Floresta e do Fogo
Colab4Food –
Laboratório
Colaborativo Moreira da 5,08% 3.000 0 3.000 2020 Sim 1.528.188 94.447 32.401 0 0 3.000
para a Inovação Maia
da Indústria
Agroalimentar
Associação
BIOREF – São Mamede 3,97%
Laboratório 2020 Sim 2.394.872 184.963 48.638 0 5.500 5.500
de Infesta
Colaborativo para
as Biorrefinarias
Associação
CECOLAB – Oliveira do
Collaborativ 5,26% Informação indisponível 5.000 5.000
Hospital
Laboratory Towards
Circular Economy
Fundo de
Compensação Aveiro n/a 502 502 110 612
Trabalho –
Grupunave
Fundo de
Compensação Águeda n/a 6.603 6.603 2.453 9.056
Trabalho – LIQ
Fundo de
Compensação Aveiro n/a 204 204 94 298
Trabalho – IDAD
Fundo de
Compensação Aveiro n/a 1.122 1.122 178 1.300
Trabalho – Unave
Total 375.986 180.741 195.247 (241) 8.341 203.346 Relatório de Gestão e Contas Grupo Universidade de Aveiro, 2020
Nota 23. Fornecimentos e serviços externos
Designação 31/12/2020 31/12/2019
Subcontratos e concessões de serviços 240.901 350.606
Trabalhos Especializados 2.637.681 2.543.095
Publicidade e Propaganda 245.350 166.900
Vigilância e Segurança 1.358.522 1.182.834
Honorários 927.203 762.917
201
(cont.)
Designação 31/12/2020 31/12/2019
Conservação e Reparação 1.298.703 1.857.553

Ferramentas e Utensílios 1.249.666 1.643.870
Livros e Documentação Técnica 2.389 4.726
Material de Escritório 75.092 145.633
Artigos para Oferta e de Publicidade e Divulgação 97.605 81.429
Material de Educação, Cultura e Recreio 9.825 12.526
Artigos de Higiene e Limpeza, Vestuário e Artigos Pessoais 460.632 156.460
Produtos Químicos e de Laboratórios 2.102.824 1.962.671
Outros Materiais Diversos de Consumo 917.181 1.249.597
Eletricidade 1.623.390 1.931.837
Combustíveis 108.464 154.239
Água 419.297 627.796
Outros Fluidos 240.503 328.324
Deslocações e Estadas 416.089 1.682.107
Transportes de Mercadorias e Outros Bens Vendidos 21.500 36.378
Rendas e Alugueres 259.682 362.886
Comunicação 84.749 104.159
Seguros 152.920 165.413
Royalties 592.853 423.366
Contencioso e Notariado 12.517 4.050
Despesas de Representação 47.313 221.805
Serviços de Limpeza, Higiene e Conforto 825.750 850.146
Outros Serviços 126.391 369.466
Total 16.554.992 19.382.792
Nota 24. Património
As rubricas do Património no final dos exercícios de 2020 e de 2019 têm o seguinte detalhe:
Designação 31/12/2020 31/12/2019
Património/Capital 17.029.103 16.989.833

Reservas 1.507.004 1.507.004
Resultados Transitados 31.102.807 31.553.970
Ajustamentos em Ativos Financeiros (61.975) (285.652)
Excedentes de Revalorização 17.205.450 17.205.451
Outras Variações no Património Líquido 100.305.735 103.012.312
Resultado Líquido do Período 3.899.013 (71.432)
Interesses que não controlam 230.295 212.777
Total 171.217.432 170.124.263
202
Património/Capital
Corresponde ao resultado da quantificação e valorização do património líquido inicial, efetuado
com referência à
data a partir da qual cada uma das Entidades incluídas no processo de consolidação adotou,
pela primeira vez,
um sistema de contabilidade patrimonial.
Resultados Transitados
Os movimentos mais significativos ocorridos na rubrica de resultados transitados incluem: (i) o
efeito da transição para o normativo contabilístico SNC-AP, conforme descrito na Nota 1.2; e (ii) o
movimento referente à aplicação do resultado líquido consolidado apurado no exercício anterior.
Excedentes de Revalorização
Conforme referido na Nota 2.1 alínea (a), os terrenos e os edifícios adquiridos pela Universidade até
31 de dezembro de 1997 foram reavaliados pela aplicação de coeficientes de atualização monetária
constantes da Portaria n.º 222/97, de 2 de abril, e da Portaria n.º 280/98 de 6 de maio, ao valor
bruto e ao valor das amortizações acumuladas, gerando as correspondentes reservas de reavaliação.
Relativamente aos SASUA, conforme referido na Nota 2.1 alínea (a), aquando da elaboração
do Balanço inicial foi efetuada uma avaliação aos imóveis cuja aquisição ou construção tivesse
ocorrido há mais de 5 anos, tendo por base a avaliação de um perito independente. Assim, o
valor registado nesta rubrica corresponde à diferença entre o valor de avaliação dos imóveis e o
correspondente valor líquido de aquisição (valor bruto de aquisição ou construção deduzido das
amortizações acumuladas calculadas com referência a 31 de dezembro de 2001).
Outras variações no património líquido

A contabilização dos Subsídios ao Investimento obedece aos critérios referidos na Nota 2.1 alínea
(i) pontos 5 e 6. A rubrica de “Outras variações no Património Líquido” analisa-se como segue:
Transferências e Subsídios
Designação Doações Total
de Capital
Ativos Ativos não Entidade Entidade

Depreciáveis Depreciáveis Cedente Beneficiária
Posição no início do período 102.295.769 279.931 (39.758) 476.370 103.012.312
Aumento por entrada de receita 16.671.807 – – – 16.671.807
Ganho reconhecido (9.374.306) – – – (9.374.306)
Outras diminuições (4.987) – – – (4.987)
Outros aumentos 13.002 – – 13.444 26.446
Regularizações (10.025.537) – – – (10.025.537)
Posição no fim do período 99.575.748 279.931 -39.758 489.814 100.305.735
203
Nota 25. Outras Informações para melhor compreensão
das Demonstrações Financeiras
25.1. Descrição das responsabilidades do Grupo por garantias prestadas
O Grupo tem garantias bancárias prestadas relativas a responsabilidades contratuais para os

seguintes clientes:
Entidade Nome Cliente Montante Ano de emissão
IDAD Lipor 5.990 2017
IDAD APA – Administração do Porto de Aveiro, SA 2.044 2019
LIQ Repsol Portuguesa SA 20.000 2017
Universidade de Aveiro APFF – Administração do Porto da Figueira da Foz, SA 2.850 2014
Universidade de Aveiro Instituto Superior Técnico 279 2014
Universidade de Aveiro APFF – Administração do Porto da Figueira da Foz, SA 3.500 2016
Universidade de Aveiro Agência Portuguesa do Ambiente 3.690 2018
Universidade de Aveiro Quercus 3.150 2019
204
Anexo 8. Certificação Legal de Contas do Fiscal Único
205
206
207
Anexo 9. Relatório e Parecer do Fiscal Único
208

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Relatório

Design e serviços de pré-impressão

Índice de figuras e gráficos.......................................................................................................................11

III. Recursos Humanos.............................................................................................................................135

IV. Recursos Financeiros..........................................................................................................................141

Tabela 1. Taxa de crescimento dos utilizadores do Portal da UA em 2020..................................................26

Uma UA mais humana, uma UA melhor.......................................................................................54

Relatório de Gestão e Contas Grupo Universidade de Aveiro, 2020

Figura 1. Solução técnica inerente ao novo Portal dos Indicadores da UA..................................................38

entre 2016 e 2020.......................................................................................................................93

A3ES: Agência de Avaliação e Acreditação do Ensino CNU: Campeonatos Nacionais Universitários

ACM: Alto Comissariado para as Migrações CSU: Centro de Saúde Universitário

ADR: Atividades Desportivas e de Recreação CTeSP: Curso Técnico Superior Profissional

AFUAv: Associação de Funcionários da Universidade DBI: Doctorate in Business Innovation

ANI: Agência Nacional de Inovação

APCER: Associação Portuguesa de Certificação

CHBV: Centro Hospitalar do Baixo Vouga

DGO: Direção-Geral do Orçamento

FADU: Federação Portuguesa de Desporto Universitário NAU: Núcleo de Alojamento Universitário

GUE: Gabinete Universidade-Empresas POC – Educação: Plano Oficial de Contabilidade Pública

IMFAHE: International Mentoring Foundation PT-UAr: Programa de Tutoria Residências

ISCA-UA: Instituto Superior de Contabilidade RCU: Registo Central de Utilizadores

SFA: Serviços e Fundos Autónomos

sGA: Serviços de Gestão Académica

sGRF: Serviços de Gestão de Recursos Financeiros

sGRH: Serviços de Gestão de Recursos Humanos

sGT: Serviços de Gestão Técnica

SIGEF: Sistema Integrado de Gestão Financeira

SIGQ_UA: Sistema Interno de Garantia da Qualidade da

SIGRH: Sistema Integrado de Gestão de Recursos Humanos

SGQ_PD: Subsistema para a Garantia da Qualidade

SGQ_UC: Subsistema para a Garantia da Qualidade

SNC-AP: Sistema de Normalização Contabilística

sTIC: Serviços de Tecnologias de Informação e Comunicação

TAG: Pessoal técnico, administrativo e de gestão

UA: Universidade de Aveiro

os seus efeitos e consequências.

Paulo Jorge Ferreira, Reitor

A área da Comunicação é de extrema importância para a UA e para qualquer organização.

O Portal da UA é um dos principais canais de comunicação da instituição. Anualmente cerca

no ensino, na investigação e na cooperação com a sociedade.

Utilizadores do Portal em 2020 Taxa crescimento

Utilizadores do Portal em 2020

O gráfico 1 apresenta a taxa de aquisição de tráfego (utilizadores e novos utilizadores) no

2018 2019 2020

Taxa de rejeição 52,04% 62,11% 49,97%

Presença da UA nas redes sociais

Tabela 3. Taxa de crescimento de seguidores nas redes sociais

Número de seguidores Taxa de crescimento

Facebook 105.613 15,9%

Instagram 27.429 26,7%

Twitter 13.634 12,9%

LinkedIn 71.474 10,8%

YouTube 3.020 55,3%

Relativamente à presença da UA nos diferentes meios de comunicação social, o esforço realizado

Tabela 4. A UA na comunicação social

Órgão de Ano Taxa de crescimento

Internet 5.169 -7,70%

Jornais nacionais 388 -24,51%

Jornais regionais 1.789 –

Revistas de consumidores 130 -21,21%

Revistas de negócios 82 -26,79%

Programas de TV nacionais 164 43,86%

Programas de rádio nacionais 122 35,56%