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Desemprego em Portugal

e a sua evolução

AS21
Integração
Ana Mendes
Prof. Lucília Cardoso
Índice
Introdução....................................................................................................................................5
Parte I...........................................................................................................................................7
Desemprego em Portugal e a sua evolução.................................................................................7
Fatores que levam ao aumento de Desemprego.....................................................................8
Áreas de atividade com mais saídas profissionais e salários mais altos...................................9
Qual a melhor profissão para trabalhar em Portugal?.........................................................9
Áreas de atividade com maior empregabilidade em Portugal..............................................9
Salários mais altos..............................................................................................................13
Efeitos da tecnologia no mundo do emprego........................................................................14
Países mais procurados para trabalhar..................................................................................15
1. Suíça...........................................................................................................................15
2. Dinamarca.................................................................................................................15
3. Canadá.......................................................................................................................16
4. Alemanha..................................................................................................................17
5. Noruega.....................................................................................................................18
6. Austrália....................................................................................................................19
7. Áustria.......................................................................................................................20
8. Reino Unido..............................................................................................................21
9. Irlanda.......................................................................................................................21
10. Holanda.................................................................................................................22
Parte II........................................................................................................................................23
Empreendedorismo....................................................................................................................23
Definição de empreendedorismo...........................................................................................23
O que é ser empreendedor?..................................................................................................23
Como criar o próprio negócio? (passo a passo)......................................................................24
1. Plano de negócios.......................................................................................................24
2. Público-alvo................................................................................................................24
3. Investimento no marketing........................................................................................25
4. Apostar no diferencial competitivo e compreender o mercado.................................25
5. Controlar os processos...............................................................................................26
6. Realizar parcerias estratégicas...................................................................................26
7. Definir os produtos ou serviços......................................................................................26
8. Questões burocráticas...................................................................................................27

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Programas existentes para dar apoio na criação de uma empresa........................................28
1. Crédito Bancário.........................................................................................................28
2. Microcrédito...............................................................................................................28
3. Apoios IEFP.................................................................................................................28
4. Apoios Públicos..........................................................................................................29
5. Capital de Risco..........................................................................................................29
6. Business Angels..........................................................................................................29
7. Crowdfunding.............................................................................................................29
Ideia de negócio.....................................................................................................................30
Parte III.......................................................................................................................................32
Formação contínua....................................................................................................................32
Importância............................................................................................................................32
Obrigação da empresa em facultar formação aos trabalhadores..........................................33
Quais são os principais objetivos da formação profissional dada aos trabalhadores?...........34
Em que áreas se deve focar a formação?...............................................................................36
Quantas horas de formação a empresa é obrigada a dar a cada colaborador?.....................36
As horas de formação em falta podem transformar-se em crédito de horas?.......................37
Caso o contrato seja cessado e o trabalhador tenha horas de formação em atraso, quais são
os seus direitos?.....................................................................................................................37
Parte IV.......................................................................................................................................38
Processo de recrutamento.........................................................................................................38
Recrutamento interno e externo............................................................................................39
Recrutamento interno........................................................................................................39
Recrutamento externo.......................................................................................................41
Meios usados para recrutamento..........................................................................................42
3 anúncios na área de Técnico Auxiliar de Saúde...................................................................43
Seleção de pessoal para o emprego...........................................................................................44
Definição............................................................................................................................44
Fases do processo de seleção de pessoal...........................................................................45
Testes aplicados no processo de seleção...........................................................................47
Testes comuns a diferentes cargos....................................................................................50
Tipos de entrevistas...........................................................................................................51
Fase de integração dos selecionados.................................................................................54
Parte V........................................................................................................................................56
Carta de candidatura..............................................................................................................56
Carta de resposta...................................................................................................................57

3
Currículo.................................................................................................................................58
Conclusão...................................................................................................................................60
Webgrafia...................................................................................................................................62

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Introdução

O desemprego manifesta-se de forma diferente dependendo da sua localização geográfica, as


regiões, os países e as atividades económicas, políticas e sociais. É um dos principais problemas
económicos da atualidade devido à sua importância na sociedade, sobretudo em situações em
que é inexistente, assim, representa a insegurança e instabilidade na população.

É uma realidade que as sociedades atualmente têm para resolver, o desemprego. É a parte
mais visível das transformações globais que se operam num mundo do trabalho cada vez mais
globalizado. O forte crescimento do investimento direto estrangeiro, da mobilidade geográfica
e consequentemente o aumento da atividade de empresas transnacionais, não significa que a
mundialização integra de forma homogénea os homens e os territórios. Assiste-se
recentemente ao desenvolvimento de fortes especializações concorrentes, de polarizações, de
segregações e de rejeição a escalas mundial, nacional e regional, bem visíveis e superiormente
toleradas.

As empresas, hoje deslocalizam não só a produção, mas também os conhecimentos que


anteriormente mantinham nos seus países, ou seja, as empresas além de deslocarem as suas
fábricas para países com menores custos de produção, deslocam também os seus quadros
técnicos. Nesses países "pode-se encontrar cada vez mais mão-de-obra qualificada graças aos
progressos de educação e da formação", a forte qualificação dos assalariados e menor custo
do trabalho.

A globalização, para Mateus (2010), é entendida como uma "integração em profundidade" à


escala mundial, não só dos mercados, como das próprias economias, instituições e
comportamentos. Passa pela divulgação e difusão de Tecnologias de Informação e
Comunicação (TIC) que originou, em especial ao longo das últimas duas décadas, a formação
de uma nova "geografia" competitiva na economia mundial, a qual contempla a entrada de
economias desenvolvidas na economia do conhecimento. Estas medidas beneficiam
essencialmente os países desenvolvidos aos quais pertencem as multinacionais deslocalizadas,
mas beneficiam também os grandes países emergentes.

Assim, em Portugal, na Europa e em todos os países cuja mão-de-obra vai ficando mais
dispendiosa, fruto de desenvolvimento social e económico dos respetivos países, a expressão -
deslocalização para Bouba-Olga (2006) - não é mais do que uma estratégia que consiste no
encerramento, por vezes de forma progressiva, de unidades de produção industriais
implantadas num determinado território acompanhado pela sua abertura num outro local.

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Assistimos atualmente, segundo Bouba-Olga (2006), à desindustrialização nos países mais
desenvolvidos, através da deslocalização de unidades de produção como forma de facilitar o
acesso a novos mercados. Estas deslocalizações têm custos e efeitos inevitáveis ao nível social
e financeiro nos países europeus levando a que muitos trabalhadores percam os seus postos
de trabalho. Por isso, não causa surpresa saber que, segundo a International Labour Office 2,
50% do aumento total de desemprego mundial entre 2007 e 2010 seja proveniente de
economias desenvolvidas e da União Europeia (UE), ainda que

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Parte I
Desemprego em Portugal e a sua evolução

Figura 1 - Taxa de Desemprego em Portugal (dados da Pordata)

Na Figura 1 pode-se observar a evolução da taxa de desemprego em Portugal nas últimas


3 décadas de ambos os sexos.
O pico de desemprego em Portugal deu-se entre 2012 e 2013, sendo constantemente
o sexo feminino o sexo que se encontra em maior percentagem de desemprego em
relação ao sexo masculina e à média de ambos os sexos.
Nota: Após o pico de desemprego este tem vindo a diminuir ao longo dos anos,
mantendo-se estável desde 2018.

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Fatores que levam ao aumento de Desemprego

Taxa de desemprego é mais significativa em Portugal devido á/ao:

 Saída massiva do nosso país de pessoas em idade ativa;

 Recuo da população ativa com o ensino superior;

 Perda do esforço de formação ao nível do ensino superior;

 Diminuição de novas contratações;

 Não renovação de contratos a termo;

 Incerteza da política nacional;

 Conflitos internacionais;

 Concorrência de empresas estrangeiras;

 Desenvolvimento tecnológico;

 Globalização;

 Terceirização;

 Desindustrialização;

 Excesso de concentração da renda;

 Métodos modernos de gestão (como a reengenharia e o downsizing);

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Áreas de atividade com mais saídas profissionais e salários mais altos

Alguns setores se destacam como profissões mais bem pagas em Portugal, como
Tecnologia da Informação, Engenharia, Medicina e Direito. Além disso, é importante
saber que os salários podem variar muito de acordo com a cidade portuguesa.

Qual a melhor profissão para trabalhar em Portugal?

A área de Tecnologia da Informação é o setor com maior saída de trabalho em


Portugal. Assim como no restante Europa, profissionais qualificados e experientes são
bastante requisitados pelas empresas de TI e multinacionais de tecnologia que atuam
em Portugal.

Áreas de atividade com maior empregabilidade em Portugal

Estas são as 8 áreas de atividade com maior empregabilidade em Portugal, a partir da


informação extraída do portal InfoCursos (Dados e Estatísticas de Cursos Superiores).
Este portal é gerido pela Direção-Geral de Estatísticas da Educação e Ciência, com o
apoio da Direção-Geral do Ensino Superior.

Todos os anos, publica uma lista de cursos com mais empregabilidade, tendo por base
o número de recém-diplomados inscritos nos centros de emprego do Instituto de
Emprego e Formação Profissional (IEFP).

A par desta informação, está apresentado também o valor do salário médio de cada
área profissional, de acordo com os dados fornecidos pela Brighter Future. Este é um
programa da Fundação José Neves que faz o tratamento dos dados fornecidos pelo
Gabinete de Estudos e Planeamento, Ministério do Trabalho, Solidariedade e
Segurança Social (GEP/MTSSS).

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1. Enfermagem

O curso de Enfermagem encontra-se no topo dos que têm maior empregabilidade,


com uma taxa de desemprego à volta dos 0%. O foco deste curso reside,
essencialmente, na prestação de cuidados a pacientes e em técnicas de assistência
hospitalar e pré-hospitalar.

Trata-se de uma profissão que requere um bom equilíbrio emocional para lidar com
pessoas em situações de extrema fragilidade. O salário médio (bruto) em Portugal
ronda os 1.596 euros.

2. Engenharia informática

O curso de Engenharia Informática também está em alta, estando geralmente


associado a disciplinas mais técnicas, como matemática ou linguagens de
programação. Nesta profissão, é possível desenvolver aplicações, prestar apoio
técnico, e trabalhar com hardware e software.

Exige raciocínio lógico e uma excelente capacidade de concentração, organização e


disciplina. Trata-se de uma boa opção para quem deseja um emprego estável e de
futuro, com um salário mensal a rondar os 2.040 euros.

3. Gestão

O curso de Gestão encontra-se no top três dos cursos com maior empregabilidade em
Portugal. Os gestores são os profissionais responsáveis pelas decisões e estratégias de
uma empresa, de forma a alcançar os objetivos da organização.

O profissional deverá ter uma grande capacidade analítica, proatividade e resiliência,


dados os desafios e responsabilidades que esta função exige. O salário médio ronda os
2.622 euros.

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4. Arquitetura

Com um salário médio de 1.359 euros e reduzida taxa de desemprego, o curso de


Arquitetura integra a lista com maior empregabilidade. O profissional desta área
projeta, planeia e esboça estruturas que integram os espaços urbanos, tornando-os
únicos e confortáveis para os habitantes.

Entrar na carreira requer foco, persistência, criatividade, sensibilidade urbanística, de


forma a poderes conceber projetos que satisfaçam as exigências estéticas e técnicas.

5. Medicina

Impacto na sociedade e salário médio de 3.341 euros. Estas são algumas das principais
características do curso de Medicina, que todos os anos cativa centenas de estudantes.

Esta área é uma das mais prestigiadas do ponto de vista social, sendo bem remunerada
e muito procurada. Como as vagas no ensino superior são, habitualmente, escassas, a
empregabilidade é elevada. Ainda que a competência técnica seja essencial, a empatia
e a capacidade de relação é igualmente importante.

6. Ortóptica

Este curso forma profissionais na área da saúde, especializados em avaliar e tratar


distúrbios visuais, principalmente aqueles relacionados à movimentação dos olhos e à
coordenação binocular. A ortóptica combina conhecimentos de oftalmologia,
neurologia e fisioterapia, permitindo que os profissionais da área trabalhem para
melhorar a visão e a qualidade de vida de pacientes com problemas oculares
específicos.

À semelhança de Medicina, este curso exige uma boa capacidade empática para lidar
com as especificidades das relações humanas em períodos de maior vulnerabilidade. O
salário? Cerca de 1.382 euros por mês.

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7. Psicologia

O curso de Psicologia encontra-se em sétimo lugar no ranking dos cursos com maior
empregabilidade, com um salário médio de 1.344 euros. O Psicólogo é essencial para a
saúde mental da sociedade em geral, uma vez que qualquer pessoa, em determinado
momento de vida, pode passar por fragilidades emocionais. O seu papel é prevenir,
diagnosticar e tratar nestes momentos difíceis.

Esta área requer uma elevada capacidade de raciocínio, sendo especialmente


importantes o controlo emocional, sensibilidade, imparcialidade e empatia.

8. Educação Básica

O curso de Educação Básica prepara os profissionais para a primeira e mais próxima


relação que um professor estabelece com os alunos. Na infância e primeiras
aprendizagens, o professor tem como missão descobrir e desenvolver os talentos se
cada criança.

Por isso, deves ser versado em várias áreas, desde a matemática e raciocínio lógico, às
artes e criatividade, além do relacionamento interpessoal e desporto. Pelo facto de ser
uma profissão ligada à infância, requer grande disponibilidade interna, generosidade,
dedicação e senso de justiça.

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Salários mais altos

Engenheiro – diretor-geral de indústria: 170 mil euros por ano;

Varejista – diretor-geral do setor financeiro: 160 mil euros por ano;

Advogado – diretor jurídico de empresa ou consultoria: 160 mil euros por ano;

Turismólogo – diretor-geral de operações: 140 mil euros por ano;

Serviços compartilhados – diretor: 140 mil euros por ano;

Médico – diretor médico de hospital: 130 mil euros por ano;

Advogado sócio de escritório: 120 mil euros por ano;

Marketing – diretor na área varejista: 120 mil euros por ano;

Engenheiro – diretor-geral de construção: 110 mil euros por ano;

TI – diretor de Tecnologia da Informação: 100 mil euros por ano.

Estes salários são os valores máximos que podem ser atingidos nestas categorias e
aplicam-se a profissionais sênior, com anos de experiência.

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Efeitos da tecnologia no mundo do emprego

A economia dos países, a ciência, o mercado de trabalho e os empregos sempre


estiveram em constantes mudanças. Mas parece que hoje, quando vivenciamos essas
transformações, elas acontecem mais rapidamente. Neste começo de século, um
maior acesso às novas tecnologias, à inteligência artificial e o surgimento de mundos
virtuais que geram possibilidades ainda pouco exploradas, como o metaverso,
reforçam essa sensação de urgência, de que o tempo está a acelerar
exponencialmente e exige cada vez mais de todos nós.

De facto, as novidades transformam os negócios, o trabalho, a educação, o dia a dia. E


como acompanhar este ritmo e atender estas novas exigências?

Pode haver múltiplas respostas, mas é bom lembrar que a evolução se dá em etapas e
ciclos, unindo habilidades humanas de várias áreas e épocas. Parte do que vivemos
hoje, muitas vezes já foi previsto há anos. Ou seja, é essencial estar atento aos
conceitos fundamentais e também às tendências, não nos acomodarmos com o
diploma em mãos e lembrar que o aprendizado é um processo contínuo. O profissional
"do futuro" é o profissional de hoje que está disposto a atualizar constantemente a sua
aprendizagem e compartilhar o seu conhecimento adiante.

Figura 2 - Tecnologia

As novas tecnologias movimentam o mercado de trabalho, mudam perfis profissionais


e criam atividades, enquanto outras tornam-se obsoletas, como as que podem ser
substituídas por robôs ou outras ferramentas tecnológicas.

Ganhará espaço quem estiver aberto à inovação e à atualização em múltiplas


disciplinas. Novas profissões já estão a surgir e o mercado valoriza profissionais com
determinação e iniciativa, dotados de pensamento analítico e capacidade para resolver
problemas, independentes para tomar decisões, mas, ao mesmo tempo, colaborativos
no trabalho em equipa.

Pode parecer difícil. Às vezes podemos ter a sensação de que a tecnologia vai “roubar
os nossos empregos", o que não é de todo errado. Mas, se de um lado a tecnologia
substitui atividades, por outro lado surgem novas forma de trabalho. Temos de estar
atentos e abertos ao que vem por aí e por isso a educação e principalmente o ciclo
“desaprender e aprender a aprender” serão cada dia mais fundamentais,
especialmente num país como o nosso, onde a procura por novas competências não
necessariamente coincidirá com o preparo profissional da nossa população.

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Países mais procurados para trabalhar

1. Suíça

A Suíça é um dos países onde se ganhar mais dinheiro. Ele oferece uma ótima
qualidade de vida para seus moradores.

Além disso, quem for trabalhar por lá terá altos salários e um alto Índice de
Desenvolvimento Humano (IDH).

Entre as melhores cidades para morar, destacam-se:

 Basileia;

 Genebra;

 Zurique;

 Berna;

No entanto, é importante ressaltar que apesar de Zurique estar na lista das principais
cidades em qualidade de vida, o seu custo de vida também é alto.

Diante disso, é necessário verificar os preços dos alugueres, já que pode ser mais
vantajoso morar numa cidade mais afastada para economizar.

2. Dinamarca

A Dinamarca também é um dos melhores lugares para trabalhar fora de Portugal, ou


seja, é outro excelente país para ganhar dinheiro a trabalhar.

Por lá a população costuma usar bastante as bicicletas para se locomoverem,


priorizam os alimentos orgânicos e possui uma moradia funcional.

Na mentalidade dos dinamarqueses as pessoas que optam por morar na Dinamarca


têm de ter tempo não só para o trabalho, mas também para as atividades pessoais.

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Além disso, o país oferece boas remunerações para a maioria das profissões, dando
oportunidade a todos.

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3. Canadá

O Canadá possui belas paisagens e também é um ótimo país para se morar. Além de
contar com uma excelente política para abrigar os estrangeiros, a sua infraestrutura é
admirável.

O país possui um dos maiores IDH do mundo, por esse motivo, quem vive por lá não
tem do que se queixar.

Os dados provam isso - Nos últimos anos, foram feitos mais de 500 mil pedidos de
residência temporária. Isso pela qualidade de vida do país, baseada em serviços de
qualidade, como segurança, saúde e educação.

Figura 3 - Bandeira do Canadá

Além disso, a corrupção no Canadá é bastante baixa, os salários são justos e o salário
mínimo é bem atrativo, cerca de 15 dólares canadenses (CAD) por hora trabalhada.

Com relação às ofertas de serviços públicos, estas são vantajosas: residentes


permanentes têm assistência médica e ensino médio gratuitos e alto nível de
segurança.

A baixa poluição do ar e uma mentalidade digital forte também ajudam a tornar o


Canadá um país perfeito tanto para morar quanto para trabalhar.

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4. Alemanha

A Alemanha, por sua vez, costuma pagar um salário acima da média para todas
as profissões, além disso conta com a menor taxa de desemprego da Europa.
Profissionais que dominam o idioma alemão têm mais chances de serem contratados.

O país europeu é uma das maiores potências da União Europeia e conta com uma
economia extremamente forte e possui indústrias farmacêuticas, químicas e
automotivas, que oferecem oportunidades em diversas áreas.

Entre as melhores cidades para morar na Alemanha, são:

 Berlim;

 Lübeck;

 Freiburg;

 Colônia;

 Dresden;

 Hamburgo;

 Munique;

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5. Noruega

A Noruega possui ótimas condições de trabalho, sendo considerada um dos melhores


países para trabalhar. Embora o imposto sobre o salário seja alto por lá, o país oferece
ótimos salários, segurança, infraestrutura, saúde e uma qualidade de vida perfeita.

O país nórdico possui uma população de apenas 5,8 milhões de habitantes e a sua
capital é Oslo.

Figura 4 - Noruega

Morar e trabalhar na Noruega é um sonho de muitos indivíduos. Como já mencionado,


no quesito segurança, o país está entre os primeiros do ranking, além de baixo índice
de desemprego, ótimos salários e excelentes políticas da licença-maternidade e
paternidade.

Uma das formas mais simples de começar a trabalhar na Noruega é por meio de uma
indicação ou ser selecionado por alguma empresa no país.

No entanto, se é pretendido trabalhar por lá, é necessário falar inglês e norueguês


para ter chances maiores de conquistar uma vaga de emprego.

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6. Austrália

É facto que o continente europeu é o que possui os melhores países para trabalhar e
ganhar dinheiro. Entretanto, a Austrália é o primeiro país fora da Europa da lista, que
oferece boas condições de trabalho e moradia para a população.

Existem algumas maneiras de trabalhar na Austrália, no entanto, a mais recomendada


é a conciliação entre o estudo e o trabalho. Desta forma, pode-se ganhar o próprio
salário, aprender o idioma e ainda conseguir o visto, que é necessário para morar no
país.

Figura 5 - Austrália

Para trabalhar na Austrália, é preciso o Tax File Number (TFN), é o número de registo
fiscal. De todo modo, é um documento extremamente importante, pois sem ele você
não será possível conseguir um emprego formal no país.

Este documento será solicitado pelo empregador no ato da contratação. Além disso, é
por meio do TFN que os impostos do salário e o fundo de garantia sofrerão os devidos
descontos.

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7. Áustria

A Áustria também é um importante país da europa, onde muitas empresas e


organizações globais estão localizadas. Isso torna o país um excelente local para quem
está á procura de uma oportunidade de trabalho no exterior.

Entretanto, alguns detalhes devem ser considerados, como as principais indústrias que
existem por lá, o tipo de oportunidades de emprego disponíveis e os locais das
principais empresas que usam o inglês como idioma de trabalho.

Figura 6 - Áustria

Por estar entre os países mais ricos do mundo, os salários nunca ficam abaixo de 1.500
euros por mês. Além disso, a Áustria oferece uma boa qualidade de vida, com taxas de
criminalidade quase inexistentes.

O idioma falado é o alemão, por esse motivo, apenas o inglês não é totalmente
suficiente para se comunicar no dia a dia.

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8. Reino Unido

Embora tenha mudado a sua política de imigração depois do Brexit (saída do Reino
Unido da União Europeia), o Reino Unido continua a ser um dos melhores países para
trabalhar e ganhar dinheiro no estrangeiro.

Entre as melhores cidades para morar, podemos destacar:

 Londres;
 Leeds;
 Birmingham;

Figura 7 - Reino Unido

9. Irlanda

As pastagens e os prados verdes deslumbrantes da Irlanda atraem não apenas turistas


para passeio, mas também para conseguir emprego.

A Irlanda é considerada um dos melhores e mais fáceis países para quem deseja morar
e trabalhar no exterior.

Para os jovens, o país certamente é muito atraente, especialmente pela sua cultura
pub (lugares onde se pode beber todo o tipo de bebida, ouvir boa música irlandesa e
dançar).

Apesar da taxa de desemprego ser relativamente alta comparada com outros países
europeus, existem indústrias em pleno desenvolvimento e que precisam de mão de
obra qualificada, incluindo a estrangeira.

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10.Holanda

Conseguir um emprego e morar na Holanda ou nos Países Baixos é um sonho de


muitas pessoas, principalmente dos jovens. Por lá, as chances de conseguir um bom
emprego são ótimas para alguns profissionais.

Não há falta de mão de obra significativa na Holanda. No entanto, especialmente para


candidatos mais jovens com diplomas universitários ou altas qualificações
profissionais, as chances de conseguir uma oportunidade são maiores.

As melhores oportunidades de empregos ficam por conta da indústria de alimentos,


fabricação de caminhões e eletrodomésticos, química e refinação de petróleo. Além
disso, a Holanda também possui instalações consideráveis de armazenamento de gás
natural.

Figura 8 - Holanda

O setor de serviços é muito relevante para o país: os portos mundiais de Amsterdão e


Rotterdam, os provedores de serviços financeiros Fortis, ING e AEGON e o Aeroporto
Schiphol, estão entre as maiores empresas de serviços da Europa.

Além disso, a Holanda ocupa a terceira posição no ranking dos maiores exportadores
de produtos agrícolas, ficando somente atrás dos Estados Unidos e da França.

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Parte II
Empreendedorismo

Definição de empreendedorismo

O empreendedorismo é um processo de identificar oportunidades de negócio,


desenvolver ideias inovadoras e criar um novo empreendimento. O seu objetivo é criar
valor econômico, social e ambiental, através da criação de produtos, serviços ou
soluções que atendam às necessidades do mercado e gerem lucro e impacto positivo.

O conhecimento da formação e gestão de empresas floresceu no último século com


foco na gestão e estratégia de gestão.

O empreendedorismo tornou-se assim uma atividade que contribui para o


desenvolvimento do país de várias formas. A veia empreendedora das pessoas que
querem desenvolver projetos, abrir empresas, gerar renda para si mesmo e para os
seus funcionários.

O que é ser empreendedor?

Empreendedor é aquele que toma a iniciativa de empreender, de ter um negócio


próprio. É aquele que sabe identificar as oportunidades e transformá-las em uma
organização lucrativa.

O empreendedor é aquele indivíduo que é criativo, inovador, arrojado, que estabelece


estratégias que vão delinear o seu futuro. É aquele que sabe determinar quais e como
os seus produtos ou serviços serão colocados no mercado. É o que estabelece metas,
que inicia projetos, que controla resultados, que visualiza e busca o sucesso de seu
empreendimento.

Ser empreendedor de sucesso é acreditar na sua capacidade de liderança, é estar


motivado, ter capacidade de planear para longo prazo e maximizar o seu desempenho
no curto prazo. O bom empreendedor é aquele que analisa, identifica, define, decide e
monitora o desempenho do seu negócio. É aquele que descobre armadilhas e que
implementa novos rumos em busca de resultados eficazes.

24
Como criar o próprio negócio? (passo a passo)

1. Plano de negócios

O plano de negócios é o primeiro passo a ser dado para se criar um negócio. O


processo, que pode parecer complexo à primeira vista, torna-se mais fácil quando se
pesquisa bastante, fazemos boas leituras sobre o assunto, conta com softwares ou
com a própria franqueadora, se for esse o caso.

Traçar um plano significa definir onde a empresa almeja chegar e qual o caminho
seguirá para realizar os objetivos e as metas. Quando as metas são planeadas e as
estratégias são definidas com antecedência, o gestor evita perder dinheiro ao começar
um negócio do zero.

2. Público-alvo

O plano de negócios da empresa está alinhado ao conhecimento do público-alvo ao


qual a marca servirá. Isso ajuda a escolher o melhor ponto da cidade para montar a
loja e a montar estratégias de marketing condizentes com target (o cliente ideal).

Para conhecer o público-alvo, é necessária a ida ao campo com pesquisas e pedir para
as pessoas daquela localidade responderem a questões que contribuam para
desmistificá-lo.

Ao pesquisar o cliente ideal, o empreendedor deve saber a faixa etária estimada, a


localidade em que esse público se concentra, o tíquete-médio gasto pelo target e as
suas problemáticas. O seu posicionamento no mercado torna-se mais sólido e
eficiente.

Pode parecer estranho falar em “problemas” do consumidor, no entanto quando ele


adentra uma loja, está atrás do produto ou serviço capaz de solucionar a sua
necessidade. É importante saber o que o público-alvo necessita.

25
3. Investimento no marketing

O marketing não serve apenas para divulgar os seus produtos depois da loja já estar
aberta. Ele também é responsável por agregar novos clientes para conhecer o negócio.

O objetivo do marketing é também o de angariar esses consumidores potenciais, os


chamados prospects, atraindo-os para conhecer os produtos e os serviços, assim chega
o momento de trabalhar, para conduzi-los pelo chamado funil de vendas.

O pipeline, ou funil, é o caminho que a empresa deve planear seguir com o


consumidor, levando-o desde o primeiro interesse pela loja até a fidelização desse
cliente.

Um exemplo de marketing com baixo investimento é criar um blog para falar dos
assuntos que em que se é especialista.

4. Apostar no diferencial competitivo e compreender o mercado

O diferencial competitivo de uma marca é aquilo que a diferencia das concorrentes. O


fator competitivo da empresa envolve a noção de valor e preço.

O preço é aquele número objetivo, indicado na etiqueta, que mostra o quanto o


cliente precisa desembolsar por um produto ou serviço. Já o valor tem caráter
subjetivo, e depende da perceção do próprio cliente.

O que faz o consumidor pagar mais caro num produto de uma marca conhecida,
mesmo diante de uma opção mais barata e de qualidades semelhantes à do primeiro
produto? A resposta é o valor.

Agregar valor deve ser o objetivo da organização desde a abertura. Quem


quer começar um negócio do zero deve estar disposto a investir nos seus diferenciais
competitivos para sair á frente num mercado cada dia mais acirrado.

O atendimento é um diferencial que salta aos olhos do consumidor! Investir na


qualificação da equipa de colaboradores, incluindo os treinamentos constantes.
Manter um registo dos clientes também ajuda no processo.

26
5. Controlar os processos

Reunir dados e manter registos de nada adianta se o gestor não os utiliza na sua
função. Não se deve deixar de avaliar o desempenho da equipa de colaboradores e
mensurar o sucesso de cada estratégia aplicada.

Todo processo precisa de ser bem gerido e avaliado após o seu desempenho. Para
otimizar a precisão das análises, o empreendedor que aceita o desafio de começar o
seu negócio do zero precisa contar com o respaldo da tecnologia.

6. Realizar parcerias estratégicas

A sociedade é uma alternativa comum e bastante utilizada. Geralmente, uma pessoa


entra com o recurso e outra com a ideia ou a execução do projeto.

Saber escolher bem os sócios ou os parceiros do negócio é importante. Os envolvidos


no projeto devem ter expectativas e objetivos alinhados. Definir responsabilidades
também é fundamental para evitar problemas no futuro.

7. Definir os produtos ou serviços

É o momento de desenhar a solução para o problema identificado. Para que uma


empresa tenha sucesso, é preciso oferecer aquilo que realmente possa resolver os
problemas dos consumidores.

Por exemplo, um problema pode ser a dificuldade dos empreendedores em


implementar estratégias mais eficientes para enfrentar a crise que alterou o hábito de
compra dos consumidores, fazendo com que eles comprem menos. Com isso, uma
oportunidade de negócio é oferecer consultas no marketing para as empresas.

Portanto, o ponto-chave dos negócios é o marketing digital, em que podem ser


ofertados serviços de produção de conteúdo para a web de acordo com o perfil do
consumidor online ou a criação de campanhas publicitárias criativas e impactantes.

27
8. Questões burocráticas

Muitas pessoas ignoram as questões burocráticas, mas não dá para começar um


negócio sem conhecer os aspetos legais que regem o comércio e a publicidade, seja na
cidade ou na internet.

Por exemplo, se o indivíduo for trabalhar como cuidador de cães, deve saber quais são
as raças que devem ser levadas para passear e que devem usar as focinheiras.

Também precisam entender o que as leis obrigam á cerca do recolhimento e o


descarte das fezes dos animais.

28
Programas existentes para dar apoio na criação de uma empresa

1. Crédito Bancário

O empréstimo numa instituição bancária é provavelmente um dos tipos de


financiamento para empresas mais convencional. Para obter a melhor oferta de
crédito é necessário analisar as taxas de juro e as respetivas comissões. Também é
possível recorrer ao sistema privado de Garantia Mútua, desenvolvido especificamente
para situações em que as empresas não têm garantias suficientes para aceder a crédito
bancário.

2. Microcrédito

O microcrédito é a solução ideal para obter financiamento mesmo sem rendimentos


ou garantias. Especialmente desenhado para desempregados, jovens empreendedores
à procura do primeiro emprego e trabalhadores em regime precário. O montante
máximo de financiamento é de 15 mil euros.

3. Apoios IEFP

O Instituto do Emprego e Formação Profissional disponibiliza diversos apoios para abrir


uma empresa, pensados para desempregados, jovens à procura do primeiro emprego
ou trabalhadores independentes e inscritos no centro de emprego:

 Pagamento do subsídio de desemprego de uma só vez;


 Acesso a linha de crédito Microinvest (financiamento até 20 mil euros);
 Acesso a linha de crédito INVEST+ (financiamento até 100 mil euros);
 Apoio técnico na elaboração do projeto empresarial;

29
4. Apoios Públicos

Existem diversos apoios do Estado para criação de novas empresas:

 Portugal 2020 - Candidaturas a fundos estruturais da União Europeia;


 Programa Finicia - Iniciativa do IAPMEI (Instituto de Apoio às Pequenas e
Médias Empresas e ao Investimento);

5. Capital de Risco

As instituições especializadas em capital de risco investem em empresas emergentes,


exigindo uma participação na empresa. Apostam essencialmente em startups, com
elevado potencial de crescimento e grande rentabilidade.

6. Business Angels

São empreendedores que mentoriam e investem em negócios em fase embrionária,


ficando com uma posição minoritária na empresa.

7. Crowdfunding

O financiamento coletivo é uma forma eficaz de financiar o início de um novo negócio.


Para isso, apenas é necessário aceder a uma plataforma online de crowdfunding e criar
uma campanha com a ideia de negócio, estabelecendo uma meta de financiamento.

30
Ideia de negócio

A.M.
Health
(Anonymous Mental Health)

Esta ideia de negócio consiste na criação de uma aplicação direcionada à área da


Saúde Mental.

Tem como objetivo permitir que os utilizadores desta App possam desabafar em
anonimato com psicólogos contratados para o desenvolvimento desta atividade, ou,
poderia ser vendida a um Hospital, de modo a promover um melhor desenvolvimento
e acompanhamento dos seus utentes. Os utilizadores teriam de se inscrever com o seu
número de telefone de modo a permitir uma intervenção mais adequada em casos
extremos.

A seguinte tabela demonstra a planificação

31
Atividades chave
 Criação da App;

 Divulgação da App em convívios ou


Parceiros espaços com referências;

 Hospitais;
 Parcerias;

 Profissionais na área da Saúde Mental;

 Profissionais na área da Informática e

Design;

Segmentos de clientes
 Equipas inovadoras;
Oferta de valor  Equipas que necessitam de
 Promover mais estabilidade emocional auxílio na área da Saúde Mental;
aos utilizadores;

 Permitir a procura de ajuda em modo


Relacionamento
anônimo;
com o cliente
 Intervenção positiva na vida emocional
 Convívios;
e mental dos utilizadores;

 Reuniões;

Fontes de receita
Estrutura de custos  Venda da App;

 Salários;

 Material informático;

 Estabelecimento;

32
Parte III
Formação contínua

Importância

A Formação Contínua é um conceito de aprendizagem que consiste na ideia da


constante qualificação do indivíduo, seja no âmbito acadêmico, profissional ou
pessoal. Em suma, a formação contínua seria a confirmação de que nunca é
tarde para aprender ou que há sempre algo a ser aprendido.

É consensual que o investimento na educação e formação das pessoas é


fundamental, independentemente dos ciclos econômicos. A empregabilidade
encontra-se estreitamente associada ao nível de qualificação, competências e
conhecimentos que os indivíduos adquirem, bem como às oportunidades e
capacidades disponíveis para essa aquisição. Os indivíduos com habilitações de
níveis mais baixos encontram-se mais vulneráveis às fragilidades do mercado
laboral. Assim, torna-se essencial o investimento no conhecimento para ampliar
o portfólio das suas competências.

Quando se refere à formação continuada do trabalhador, são enfatizados os


seguintes aspetos: a formação, a profissão e as competências que cabem ao
profissional. O profissional que está sempre em busca de uma formação
contínua, bem como a evolução das suas competências, tende a ampliar o seu
campo de trabalho. Há tempos atrás, um profissional poderia trabalhar numa
empresa e passar a sua vida toda sem aprender nada de novo, faria apenas o
que aprendeu no início da sua carreira. Com a chegada das novas tecnologias,
eles têm que mudar para se adequarem às novas exigências do mercado de
trabalho.

33
Obrigação da empresa em facultar formação aos trabalhadores

Segundo o Código do Trabalho, todas as empresas são obrigadas a dar formação


profissional contínua a todos os seus trabalhadores.

Este é um encargo que as empresas devem contemplar no seu orçamento anual.


Embora seja uma despesa que pode pesar a nível financeiro, uma formação de
qualidade torna os colaboradores desta mais qualificados.

Além disso, a formação adequada aumenta as competências dos trabalhadores para


desempenharem as suas funções ou até para desempenharem outra atividade dentro
da empresa.

Por isso, é aconselhável olhar para este tipo de encargo como um investimento nos
seus trabalhadores, que poderá refletir-se no sucesso da empresa.

No entanto, de forma a assegurar o cumprimento de todas as obrigações legais que


constam no Código do Trabalho, de seguida, está apresentado um resumo sobre os
principais fatores a ter em consideração para assegurar os direitos dos colaboradores.

34
Quais são os principais objetivos da formação profissional dada aos
trabalhadores?

A formação profissional contínua que as empresas devem garantir aos seus


trabalhadores tem como principais objetivos:

 Promover e desenvolver, de forma adequada, a qualificação de cada


trabalhador. Este desenvolvimento deve ter em conta que irá melhorar a
empregabilidade, produtividade e competitividade da sua empresa;

 Reconhecer e valorizar as qualificações adquiridas pelos trabalhadores nas


formações profissionais ao longo do tempo;

Assim, cabe ao empregador assegurar que cada trabalhador tem direito á formação
profissional contínua. E esta tem de cumprir o número mínimo de horas anuais
estabelecidos na lei.

No entanto, não tem de ser obrigatoriamente a empresa a conceder estas ações de


formação. O empregador pode criar planos de formação, mas também pode conceder
tempo aos seus trabalhadores para frequentarem formações fora da empresa.

Caso a formação seja dada pela empresa, esta precisa organizar a formação,
estruturando planos anuais ou plurianuais de formação.

35
Além dos objetivos referidos, a formação profissional que é dada aos trabalhadores
também tem outros propósitos, como:

 Qualificar os jovens que ingressam no mercado de trabalho que não disponham


dessa qualificação;

 Promover a qualificação ou reconversão profissional dos trabalhadores que


estão em risco de desemprego;

 Reabilitar profissionalmente um trabalhador com deficiência, principalmente se


a sua incapacidade resultar de um acidente de trabalho;

 Integrar socialmente e profissionalmente trabalhadores que pertençam a


grupos que tenham dificuldade de inserção no mercado de trabalho e na
sociedade;

 Assegurar a formação contínua aos trabalhadores da empresa;

36
Em que áreas se deve focar a formação?

Por norma, a área de formação contínua deve coincidir ou estar relacionada com a
atividade prestada pelo trabalhador. No entanto, esta pode ser escolhida pelo
trabalhador, caso haja acordo com a entidade empregadora, ou determinada pela
empresa.

Quando a área de formação é escolhida pelo trabalhador, esta deve ser relacionada
com a atividade prestada ou respeitar as áreas de tecnologias de informação,
comunicação, segurança e saúde no trabalho ou uma língua estrangeira.

Quantas horas de formação a empresa é obrigada a dar a cada colaborador?

Por cada ano, um trabalhador tem direito a um mínimo de 40 horas de formação


contínua. No entanto, caso o trabalhador seja contratado a termo por um período
igual ou superior a três meses, o número mínimo de horas deve ser proporcional à
duração do seu contrato.

No caso de um trabalhador-estudante, as horas de dispensa de trabalho para


frequência de aulas, prestação de provas de avaliação, processo de reconhecimento,
validação e certificação de competências também conta como horas de formação
profissional.

Além destas regras, o empregador deve assegurar, em cada ano, a formação contínua
a pelo menos 10% dos trabalhadores da empresa. No entanto, de acordo com o CT: “o
empregador pode antecipar até dois anos ou, desde que o plano de formação o
preveja, diferir por igual período, a efetivação da formação anual obrigatória de 40
horas, imputando-se a formação realizada ao cumprimento da obrigação mais antiga”.

Contudo, este período de antecipação é de 5 anos no caso de um processo de


reconhecimento, validação e certificação de competências, mas também de formação
que confira dupla certificação.

A formação contínua pode ser sempre adaptada por convenção coletiva, desde que
tenha em conta as caraterísticas do setor da atividade profissional, a própria
qualificação dos trabalhadores bem como a dimensão da empresa.

É ainda preciso referir que a formação profissional quando não é desenvolvida pela
empresa, só pode ser realizada por uma entidade formadora certificada para este
efeito, por um estabelecimento de ensino, reconhecido pelo ministério competente,
que possa emitir certificados e possua registo na Caderneta Individual de
Competências, de acordo com o regime jurídico do Sistema Nacional de Qualificações.

37
As horas de formação em falta podem transformar-se em crédito de horas?

Sim. Caso as 40 horas de formação não sejam asseguradas pela empresa nos dois anos
seguintes ao vencimento, estas transformam-se em crédito de horas igual ao número
para formação por iniciativa do trabalhador.

O crédito de horas para formação refere-se ao período normal de trabalho e dá direito


a retribuição, contando ainda como tempo de serviço efetivo.

Caso o trabalhador pretenda, pode utilizar o crédito de horas para frequentar ações de
formação, desde que comunique ao empregador a sua intenção com uma
antecedência mínima de 10 dias.

Além disso, deve ter em conta que por instrumento de regulamentação coletiva de
trabalho ou por um acordo individual, poderá ser estabelecido um subsídio para pagar
os custos da formação do trabalhador. Contudo, este montante não pode ultrapassar o
valor da retribuição do período de crédito de horas utilizado.

Se o trabalhador acumular crédito de horas, a formação realizada diz respeito ao


crédito vencido há mais tempo. No entanto, o crédito de horas para formação que não
seja utilizado passados três anos da sua constituição, é cessado.

Caso o contrato seja cessado e o trabalhador tenha horas de formação em atraso,


quais são os seus direitos?

No caso de cessar contrato com um trabalhador a quem não concedeu o mínimo anual
de horas de formação ou que tenha um crédito de horas para formação, a empresa
tem de pagar uma retribuição correspondente ao período em falta ou ao crédito de
horas acumulado até à data de cessação do contrato.

38
Parte IV
Processo de recrutamento

Para Araújo e Garcia (2009) o recrutamento é um processo de identificação e atração


de um grupo de candidatos, dos quais serão selecionados alguns para serem
contratados.
Baylão e Rocha (2014) referem outras duas definições importantes e que se
complementam, são as seguintes:

 O recrutamento refere-se ao processo que decorre entre a


decisão de preencher um cargo vago e o agrupamento dos
candidatos que preenchem o perfil da função e reúnem condições
para ingressar na empresa (Câmara et al., 2003);

 Recrutamento é um processo que visa atrair pessoas com


potencial e qualificação para ocupar cargos dentro da
organização;

É um sistema de informação, que a organização utiliza, divulga e oferece ao mercado


de profissionais oportunidades de empregos que querem preencher. Para obter
eficácia, o recrutamento deve obter um número suficiente de candidatos para se
obterem processo de seleção adequado (Chiavenato, 2000 cit. in Baylão, 2014).
O recrutamento é reunir, convocar, alistar pessoas para um determinado fim. É
arrebanhar ou reunir elementos para uma comunidade, grupo social, partido ou
movimentos. A área de recrutamento de uma empresa faz exatamente isso: reúne,
convoca e alista pessoas para um determinado cargo ou função a ser desenvolvida na
organização (Caxito, 2012).
O recrutamento, enquanto subsistema de recursos humanos, pretende atingir três
objetivos essenciais, segundo Sousa et al. (2006):

 Elaborar meios que permitam à empresa recrutar candidatos competentes;

 Fornecer à empresa RH com menor custo possível;

 Colocar cada candidato na função que melhor lhe convém a si e à empresa,


para que cada um utilize, de forma adequada, as suas aptidões, formação,
competências e motivação;

39
Recrutamento interno e externo

Perante a necessidade de recrutar um trabalhador para uma determinada vaga, a


empresa tem duas opções, ou recorre aos seus colaboradores, por via de promoções e
transferências (recrutamento interno), ou procura um candidato no mercado de
trabalho, ou seja, fora da empresa (recrutamento externo).

Recrutamento interno

O recrutamento interno é um processo de seleção feito dentro da própria empresa,


por recurso aos trabalhadores já contratados. Permite reter e manter motivados os
colaboradores, podendo ocorrer por via de promoções ou de transferência de
trabalhadores entre departamentos.

Vantagens e desvantagens

A grande vantagem do recrutamento interno é o conhecimento prévio do perfil do


candidato. A empresa já possui, à partida, dados sobre o trabalhador que são difíceis
de obter ou de mensurar, como sendo a qualidade do seu trabalho, o nível de
produtividade, a sua eficiência ou o relacionamento que estabelece com os seus
colegas de equipa.

40
Recrutamento externo

Há recrutamento externo quando uma empresa procura satisfazer a sua necessidade


de colaboradores através da procura de candidatos no mercado de trabalho, ou seja,
fora da empresa.

Vantagens e desvantagens

O recrutamento externo permite atingir um maior número de candidatos e introduzir


sangue novo na empresa. Contudo, é um processo exigente e dispendioso, que não
termina com a seleção do candidato. É, ainda, necessário sensibilizá-lo para os valores
e missão da empresa, integrá-lo numa equipa e dar-lhe formação.

41
Meios usados para recrutamento

Num processo de recrutamento externo, há muitas fontes possíveis de candidatos. De


entre as mais usuais, podemos referir as seguintes:

Agências de emprego

Serviços especializados que, através de meios próprios, sob a direção da empresa


interessada, selecionam o candidato.

Escolas e faculdades

Recorre-se a esta fonte de recrutamento quando se pretende recrutar uma


pessoa jovem, sem experiência, mas cheio de ambição.

Familiares e amigos dos trabalhadores atuais

Algumas empresas divulgam as vagas internamente, para que sejam os seus


funcionários a identificar e referenciar, de entre o seu grupo de familiares e amigos,
pessoas da sua confiança para integrar determinada posição.

Antigos empregados

O recurso a ex-funcionários pode ser vantajoso caso tenham um bom historial na


empresa. Por outro lado, pode envolver ressentimento e desconfiança por parte de
colegas e chefias.

Anúncios

A publicação de anúncios em jornais, redes sociais e sites de emprego é o método mais


comum de divulgação de uma vaga.

Base de dados de candidatos

Muitas empresas mantêm um registo dos candidatos não admitidos. Assim, caso surja
uma nova vaga adequada ao seu perfil, a empresa entre em contacto com o candidato.

42
3 anúncios na área de Técnico Auxiliar de Saúde

43
Seleção de pessoal para o emprego

Definição

A seleção de pessoal é um processo necessário para que as empresas se possam


manter nos seus planos de consolidação e de crescimento do negócio.

Diz-se isso porque o capital humano é dos mais importantes nas empresas. E,
exatamente por isso, é preciso o cuidado de selecionar profissionais com
características que vão além dos seus conhecimentos técnicos.

Na prática, existe uma série de características que fazem com que um profissional
esteja, de facto, apto a exercer os mais diversos cargos na corporação. Especialmente
se se considerar que hoje em dia as empresas estão à procura de colaboradores mais
versáteis e inovadores.

44
Fases do processo de seleção de pessoal

1. Criação da vaga

Embora não haja nenhum padrão nas fases do processo de seleção, é indiscutível
considerar que sem uma necessidade de contratação, é impossível iniciar esse
processo.

Por isso, o primeiro passo é identificar cada uma dessas necessidades de maneira clara
para poder tê-las como base na descrição do perfil da vaga, a duração e as tarefas a
serem realizadas pelo candidato. Se esse perfil for elaborado da forma mais detalhada
possível, tempo e inconvenientes futuros serão poupados pelo descumprimento dos
termos acordados.

2. Abertura da vaga

Relativo ao primeiro passo, a vaga é aberta e, simultaneamente, inicia-se a busca pelo


candidato ideal.

Para esta fase, cada empresa costuma optar pela metodologia da sua preferência, seja
por meio de canais de comunicação em massa, como redes sociais ou por meio do seu
próprio site, para evitar a receção de múltiplos currículos e não prolongar esse
processo.

No entanto, surgem cada vez mais novas tendências de seleção de pessoal que podem
adaptar-se ao que a empresa e o funcionário desejam.

3. Pré-seleção de candidatos

Uma vez publicada a oferta de emprego e os seus respetivos interessados, é necessário


que o departamento de recursos humanos selecione os candidatos que atendem à
maior quantidade de requisitos solicitados. Para preencher a vaga, da mesma forma,
os candidatos que não atenderem aos requisitos solicitados serão descartados.

No caso de perfis digitais, esta etapa pode levar muito tempo e esforço, o que poucas
vezes as empresas possuem. Para isso, foram criadas fontes de recrutamento externo,
que são de grande ajuda para empresas que procuram modernizar os seus processos
de seleção.

45
4. Primeiro filtro

Geralmente, o número de filtros nos processos de seleção depende do tamanho da


empresa ou da posição para a qual está a ser realizado o processo. Se a empresa está
em crescimento, é recomendado estabelecer bases sólidas ao contratar a equipa. Tem
de ter ainda em consideração os valores da empresa e os objetivos desta de longo
prazo.

Além disso, sob responsabilidade do departamento de recursos humanos, podem ser


realizados testes de aptidão, ligações de teste, exames de idiomas, etc… Tudo isso,
independentemente do tamanho da empresa e em função das futuras tarefas a serem
desempenhadas pelo funcionário, em relação ao que pode ser evidenciado no
currículo do candidato.

5. Entrevista

Uma vez aprovados os filtros solicitados pelo departamento responsável, procede-se a


uma entrevista que definirá o futuro do candidato na empresa.

No caso de perfis especializados na área digital, como a Inteligência Artificial, será


necessário aprovar previamente um teste técnico que não é comum em processos de
seleção tradicionais. Após a aprovação satisfatória, ocorre o encontro virtual ou
presencial com o candidato.

Geralmente, estas entrevistas são conduzidas pelo gerente direto ou por uma pessoa
altamente qualificada para tomar uma decisão sobre a qualificação de um candidato
para ser aceite ou rejeitado pela empresa.

É importante nesta fase levar em consideração aspetos como as habilidades


interpessoais do candidato, entendidas como habilidades pessoais que lhe permitirão
relacionar-se com os outros e que permitirão que o gerente conheça um pouco mais as
intenções deste, assim que ele se incorporar à empresa. Isso permitirá uma
comunicação mais fácil com o entrevistado e, por sua vez, levará à tomada da decisão
correta.

46
6. Contratação

Com a contratação, as fases do processo de seleção são finalizadas. Uma vez que os
filtros e a entrevista foram bem-sucedidos, abre-se um último processo, o de
incorporação à empresa.

Só é necessário comunicar ao candidato a decisão tomada e que ele aceite as


condições acordadas. Cada detalhe é determinado de acordo com a área trabalhista e
legal da empresa e cada contrato é determinado de acordo com a vaga contratada.

Testes aplicados no processo de seleção

Teste situacional

Os testes situacionais simulam situações do dia a dia para analisar habilidades,


competências e características dos candidatos. O objetivo é avaliar, por meio de
simulações e tarefas, as reações e os instintos do possível colaborador, observando
diferentes aspetos.

O teste situacional também avalia iniciativa, proatividade, reação a situações de


pressão e respeito a hierarquias. Este teste pode ser aplicado por meio da simulação
de atividades, da entrevista situacional e de atividades em grupo.

Teste de QI

O teste de QI já foi um dos mais utilizados nos processos de recrutamento e seleção e


ainda pode ser muito útil nos dias de hoje. A sigla significa “quociente de inteligência”,
e as questões são focadas na capacidade de raciocínio lógico dos candidatos.

Posteriormente, a classificação é feita conforme os resultados representados por um


número. Portanto, o teste de QI serve para entender se o candidato é capaz de suprir
as necessidades do cargo, sobretudo em vagas que demandam um bom trabalho com
códigos e cálculos.

47
Inventário de sintomas de stress

É comum que alguns cargos no mercado de trabalho atual exponham o profissional a


situações de stress. Nesses casos, o Inventário de sintomas de stress é uma avaliação
interessante para o processo de recrutamento e seleção.

Ele possibilita compreender as condições de saúde psicológica de um indivíduo, o que


pode fazer toda a diferença para o desempenho no trabalho. Um exemplo de teste de
stress é fazer perguntas stressantes (relacionadas à realidade de um cargo) para o
candidato responder em pouco tempo.

Os resultados indicam a presença ou não de alguns sintomas relacionados ao stress,


como ansiedade e nervosismo. Isso é importante, porque colaboradores muito
stressados podem ser menos produtivos, trazer problemas para a organização, além
de não atingirem a performance esperada para o cargo.

Teste de conhecimento específicos

Os testes de conhecimentos específicos são uma ferramenta essencial no processo de


seleção, pois permitem que os recrutadores avaliem os candidatos de forma objetiva e
precisa. Esses testes são elaborados para avaliar o conhecimento e a competência dos
candidatos em áreas específicas, como português instrumental, matemática financeira,
habilidades avançadas em Excel, linguagem de programação, e assim por diante.

Os testes de conhecimentos específicos são importantes por dois motivos principais:

 Eles permitem que os recrutadores identifiquem os candidatos que atendem


aos requisitos mínimos da vaga. Isso é fundamental para garantir que os
candidatos tenham as habilidades e o conhecimento necessário para o cargo.

 Eles ajudam os recrutadores a comparar os candidatos de forma justa. Os


testes de conhecimentos específicos fornecem uma base comum para avaliar
os candidatos, o que torna mais fácil comparar seus resultados.

Os testes de conhecimentos específicos são uma ferramenta valiosa para recrutadores


que procuram encontrar os melhores candidatos para as vagas disponíveis. Eles são
uma forma objetiva e precisa de avaliar os candidatos, o que ajuda os recrutadores a
tomar decisões mais informadas.

48
Teste palográfico

O teste palográfico é um teste de personalidade que mede características


comportamentais por meio de técnicas gráficas. O candidato recebe uma folha de
papel com um modelo de traços paralelos e deve copiá-los. A avaliação do teste é feita
por um psicólogo, que analisa os traços desenhados pelo candidato.

As características que são avaliadas no teste palográfico incluem:

Tamanho: traços muito estreitos ou muito amplos podem indicar timidez ou


extroversão;

Espaçamento: traços muito espaçados ou muito próximos podem indicar introversão


ou extroversão;

Inclinação: traços inclinados para cima podem indicar otimismo, enquanto traços
inclinados para baixo podem indicar pessimismo;

Regularidade: traços irregulares podem indicar instabilidade emocional;

Direção: traços crescentes podem indicar ambição, enquanto traços decrescentes


podem indicar conformismo;

O teste palográfico é um instrumento complementar aos outros métodos de avaliação


utilizados em processos seletivos. Ele pode ser útil para fornecer insights sobre a
personalidade do candidato, mas não deve ser considerado como o único fator
determinante para a contratação.

Outros testes são:

 Teste não verbal de inteligência;


 Teste IFP (Inventário Fatorial de Personalidade);
 Teste AC (Atenção Concentrada);
 Teste de administração do tempo;
 Teste de raciocínio lógico;
 Teste de Zulliger;

49
Testes comuns a diferentes cargos

Existem ainda outros exames e atividades que podem ser aplicados durante o recrutamento de
profissionais para diferentes cargos e servem para realizar uma contratação mais assertiva.

Habilidade de escrita

O teste de habilidades de escrita é interessante para qualquer cargo, já que ela está presente
na troca de e-mails, notas e relatórios. A seleção de pessoas com habilidade de escrita é
importante para não haver falhas na comunicação, fortalecendo a credibilidade e autoridade
do negócio.

Talento para apresentações

Outro bom exemplo é o talento para fazer apresentações, principalmente em cargos que
exigem maior interação com clientes, fornecedores e liderança. É uma boa maneira de
determinar se o profissional consegue passar todos os dados que precisa para a sua posição na
empresa.

Aptidão social

Por falar nisso, o teste de aptidão social avalia a habilidade de se relacionar bem com colegas
de trabalho, clientes e demais colaboradores, o que é importante para o clima organizacional
positivo.

50
Tipos de entrevistas

1. Entrevista estruturada

É aquela que possui um roteiro pré-definido de quais perguntas e como serão feitas. Ou seja,
as mesmas perguntas são feitas a todos os candidatos e, geralmente são realizadas por meio
de questionários que possibilitam ao candidato responder somente sim ou não.

Por sua objetividade, a entrevista estruturada pode ser feita não só presencialmente mas,
também, por meio do telefone ou internet.

Porém, como desvantagem, este método não permite o aprofundamento dos assuntos
tratados. Desta forma, a entrevista estruturada geralmente é utilizada no início do processo
seletivo como uma primeira triagem dos candidatos.

2. Entrevista não-estruturada

A entrevista não-estruturada tem maior autonomia por parte do recrutador, que tem a
liberdade de deixar as informações sobre o candidato fluírem em uma conversa mais
descontraída.

Por ter um formato “conversa”, cabe ao recrutador não deixar perder o foco da entrevista e
deixar de obter as informações necessárias sobre o candidato.

Sem perguntas pré determinadas, o recrutador pode definir alguns temas a serem abordados
como, formação acadêmica, experiências e interesses profissionais, objetivos pessoais, etc…

Esses assuntos devem ser abordados de forma aberta, deixando o candidato mais à vontade
para se expressar.

3. Entrevista semiestruturada

Atualmente muito utilizada em processos seletivos, a entrevista semiestruturada é uma


mesclagem entre os dois primeiros métodos citados.

Este método consiste em perguntas pré-definidas, porém, com maior espaço para mudar o
roteiro de acordo com o avanço da entrevista.

Ou seja, a entrevista semiestruturada resume-se a uma conversa com um roteiro determinado


previamente, mas, com uma maior flexibilidade de abordar diferentes assuntos tanto por
parte do recrutador, como por parte do entrevistado.

51
4. Entrevista Técnica

A entrevista técnica tem como objetivo observar o conhecimento e as habilidades do


candidato em determinado assunto, diferenciando-o dos outros.

Geralmente ela é conduzida por um colaborador da mesma área e pode ser aplicada por meio
de testes ou dinâmicas, dentre outras formas.

5. Entrevista em grupo

Este método possibilita que o recrutador avalie vários candidatos ao mesmo tempo e,
geralmente é utilizada em processos seletivos que possuem muitos candidatos por vaga.

A entrevista em grupo funciona como uma “peneira” numa conversa com vários candidatos
simultaneamente. Desta forma, é possível, de forma imediata, diferenciar um concorrente do
outro, e os profissionais que se destacam dos restantes.

6. Entrevista por vídeo

Num mundo dominado pela tecnologia, este método tem sido muito utilizado atualmente. A
entrevista por vídeo é muito prática pois, não é necessário haver um deslocamento por parte
do entrevistado.

Além da comodidade deste método e da redução de custos, a entrevista por vídeo também
possibilita que candidatos que estejam em locais distantes da empresa também participem no
processo seletivo.

Este método pode ser realizado numa conversa ao vivo, ou por meio de gravações, nos quais o
recrutador define as perguntas e estabelece um tempo para que o profissional possa
responder.

Se a forma escolhida for a conversa, é preciso que tanto o recrutador, quanto o entrevistado,
escolham um momento e um lugar tranquilo, sem ruídos e interferências de terceiros, para
que o diálogo não seja prejudicado.

É necessário também, uma boa conexão de internet para que a entrevista por vídeo seja
realizada com sucesso.

52
7. Entrevista-desafio

O facto é de que a utilização de games em processos seletivos podem revelar talentos e


habilidades, além de revelar comportamentos e ações que podem ocorrer em situações no
mundo físico.

Este método resume-se a criar situações que exijam raciocínio lógico, comportamentos,
competências e habilidades que o recrutador espera do candidato.

Desta forma, a entrevista-desafio exige um maior planeamento e, por isso, aplicá-las em


dinâmica de grupo pode facilitar o trabalho do recrutador.

8. Entrevista por competências

Este é um outro modelo muito utilizado em processos seletivos, atualmente. Na entrevista por
competências, o recrutador pede ao candidato que apresente algumas situações reais por que
já passou e mostre de que forma ele se comportou nesses momentos e resolveu esses
desafios.

Para utilizar este método, é necessário preparar com antecedência situações nas quais as
competências, habilidades e atitudes necessárias ao cargo sejam avaliadas.

53
Fase de integração dos selecionados

Preparação

A integração de um novo funcionário requer planeamento. Portanto, é necessário planear a


agenda, preparar o seu local e equipa de trabalho e preparar toda a documentação necessária
para a sua integração total. Informar todos os funcionários sobre a nova contratação e sobre o
trabalho que fará dentro da empresa, isso dará ao novo funcionário um sentido de
importância, porque ele irá sentir que a sua chegada era realmente esperada.

Receção

No primeiro dia, o gerente poderia agendar um horário para apresentá-lo a todos e informar o
funcionário de que ele é bem-vindo e que se sinta um membro da equipa:

 Tour guiado e completo do escritório;


 Apresentá-lo aos colegas e mencionar o grupo de pessoas com quem o funcionário
colaborará;
 Compartilhar informações essenciais sobre a dinâmica da equipa;
 Planear uma reunião informal, por exemplo durante o almoço, para conversar como
ele está a sair-se no primeiro dia de trabalho;

Manter as expectativas claras

A partir da primeira semana, é importante estabelecer expectativas claras para obter os


resultados desejados:

 Conversar com o novo funcionário sobre seus deveres e responsabilidades;


 Definir o que é esperado como empresa em termos de habilidades e atitudes;
 Informar e disponibilizar as políticas e procedimentos da empresa;
 Informar sobre as suas obrigações com a empresa e vice-versa;

54
Acompanhamento

Mesmo depois do funcionário estar instalado corretamente, a integração não termina. É


importante garantir que ele assimile bem as suas tarefas e saiba como as suas funções
contribuem para o desempenho geral da organização. Também leva tempo para reter
informações sobre o processo de orientação, é importante perguntar se tudo está a ir bem
e se ele se sente confortável no novo papel.

Uma maneira de obter feedback dos usuários no processo de integração é por meio de
uma pesquisa de indução de emprego na qual se pergunta aos funcionários a opinião
deles, especialmente nas suas primeiras semanas ou meses de trabalho.

Os novos funcionários podem-se sentir um pouco sobrecarregados, já que tudo ao seu


redor é novo.

55
Parte V

Carta de candidatura

56
Carta de resposta

57
Currículo

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Conclusão

A evolução do desemprego em Portugal é a consequência da perda de competitividade, ou


seja, da diminuição da atividade económica e por inerência da diminuição de empregos. O
quadro de crise económica e financeira em que Portugal se encontra desde 2001, tem no
desemprego um problema de destaque, gerador de interesse que culmina em debate
político e social, tal é o número de desempregados em Portugal, cujos problemas se
refletem ao nível económico, político e social.

O desemprego, em termos absolutos, é mais evidente principalmente nos grandes


aglomerados populacionais para onde durante toda a década de 90 e início desta década
afluiu mão-de-obra disponível e que agora, perante a atual conjuntura, se viram
despojados dos seus contextos de trabalho. Este é um cenário partilhado por toda a
Europa. Sem grandes argumentos competitivos, muitas empresas nacionais não
suportaram a situação vivida, outras foram obrigadas a empreender profundas
reestruturações, ou mesmo forçadas a deslocalizarem-se, ocasionando redução de postos
de trabalho e consequente aumento de desemprego.

Neste trabalho o que nós pretendemos fazer foi determinar a evolução do desemprego
sem os efeitos sazonais.

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Apurado o efeito de sazonalidade em todos os concelhos de Portugal Continental, foi
possível verificar a harmonização da informação estatística nos concelhos com maior
número de desempregados e em que o desemprego não seja gerado sazonalmente.
Verificamos que nos concelhos vocacionados para atividades como o turismo balnear,
como é o caso de Albufeira, que é um dos concelhos mais expugnado pelo crescimento do
desemprego, mesmo tendo uma época do ano em que esse desemprego se reduz, o certo
é que ele continua a aumentar ainda mais depois desse período.

Após todo o processo de filtragem do efeito de sazonalidade, foi possível fazer uma análise
comparativa com a série de dados obtidos antes do apuramento e filtragem do efeito de
sazonalidade. Assim, foi-nos possível verificar que, de facto o desemprego tem vindo a
aumentar desde 2001, que teve um período em que, na maioria dos concelhos esse
crescimento abrandou e o mesmo regrediu entre os anos 2005 e início de 2008, mas
depois voltou a aumentar de forma quase vertiginosa na maioria dos concelhos.

Verificamos que em alguns concelhos, principalmente nos pequenos concelhos


alentejanos do interior, que a diferença entre os períodos de maior desemprego e os
períodos com maior ocupação profissional não permitem estabelecer séries muito
regulares após o apuramento da sazonalidade. A razão para tal apuramento prendesse
com o facto de apresentarem taxas de desemprego reduzidas, que em muitos destes
concelhos contrariam a propensão nacional para o aumento do desemprego. Poderá
dever-se este facto a diversos fatores: diminuição da população residente, envelhecimento
da população, êxodo da população por dificuldades de emprego e/ou más acessibilidades
ou ainda o não registo de desempregados nos Centros de Emprego, dado o caráter sazonal
da sua atividade profissional.

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Webgrafia

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