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TEMA DA SEMANA

16 de setembro de 2016

A deficiente educação financeira no Brasil

PROPOSTA

A partir da leitura dos textos motivadores seguintes e com base nos


conhecimentos construídos ao longo de sua formação, redija texto
dissertativo-argumentativo em norma padrão da língua portuguesa sobre
o tema: A deficiente educação financeira no Brasil. Apresente proposta
de intervenção, que respeite os direitos humanos. Selecione, organize e
relacione, de forma coerente e coesa, argumentos e fatos para defesa de
seu ponto de vista.
TEXTO 1
SÃO PAULO – O consumidor brasileiro não sabe lidar com o próprio dinheiro, segundo revela pesquisa divulgada nesta
quarta-feira (27) pelo SPC Brasil (Serviço de Proteção ao Crédito).
De acordo com o estudo, 85% da população faz compras sem planejamento e 74% não possui qualquer investimento
fixo, nem mesmo caderneta de poupança. Para o SPC Brasil, é necessário aumentar o nível de consciência financeira do
brasileiro, visto que a combinação de fatores como o atual cenário econômico nacional e social, alta empregabilidade,
aumento da renda média e amplo acesso ao crédito fez emergir uma nova classe média e consequentemente um novo
padrão de consumo.
“Daí surge a importância da educação financeira como forma de contribuir ativamente para aumentar o nível de
consciência financeira, reduzindo a inadimplência e possibilitando um mercado mais transparente e com vantagens
para todos que utilizam o crédito”, alerta a economista da instituição, Ana Paula Bastos.

COMPRAS

Quando analisado somente os hábitos de compra do consumidor brasileiro, o levantamento mostra que 54% realizam
compras sem planejamento esporadicamente, 24% frequentemente e 7% sempre. Apenas 15% dos entrevistados
disseram nunca fazer compras não planejadas.
Já quando envolvem fatores emocionais, quatro em cada dez entrevistados admitem fazer compras por impulso em
momentos de ansiedade, tristeza ou angústia, sendo a ansiedade por um evento que se aproxima (festas, jantares e
viagens, por exemplo) é o que mais motiva os consumidores das classes A e B que compram movidos por impulso; e a
baixa autoestima o que mais impacta os consumidores das classes C e D.
“Na busca pelo prazer imediato ou para exibir um estilo de vida que não condiz com a própria renda, o comprador se
alivia momentaneamente sem se importar com o futuro do próprio bolso”, diz Ana Paula.
Ainda observando o momento da compra, apesar do brasileiro ter um comportamento considerado maduro ao pedir
desconto nas compras à vista (hábito de 85% dos consumidores), na hora de fazer compras a prazo ainda há o que
aprender.
Isso porque, diz o estudo, a maior parcela dos consumidores (37%) só analisa se o valor mensal da parcela cabe no
bolso e não leva em consideração a taxa de juros embutida no financiamento. “Esse comportamento é ainda mais
marcante nas classes C e D porque são consumidores que estão aprendendo a lidar com o crédito e que têm costume
de fazer compras, principalmente as de maior valor, parceladas”, explica a economista.

SEM POUPANÇA
Outro ponto que mostra a imaturidade do brasileiro em relação às finanças é o fato de 74% dos entrevistados pelo
SPC admitirem não possuir qualquer tipo de investimento fixo como a caderneta de poupança.

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16 de setembro de 2016

“Apesar de a pesquisa apontar que 72% dos entrevistados se considerem aptos a fazer administração das finanças de
casa, o que se percebe é que o brasileiro não tem noções básicas de orçamento doméstico e não sabe lidar com o
próprio dinheiro”, afirma a especialista.
Em uma situação hipotética de perda total das fontes de rendimentos, 30% dos consumidores dizem que não
conseguiriam manter o atual padrão de vida nem por um mês, enquanto que 35% conseguiriam mantê-lo de um a três
meses.
Disponível em
http://www.infomoney.com.br/minhas-financas/economize-dinheiro/noticia/2688782/brasileiro-nao-sabe-lidar-com-p
roprio-dinheiro-diz-pesquisa

TEXTO 2

Educação financeira infantil é um tema que conquista cada vez mais importância para os pais. Abordar a questão com
as crianças é capacitá-la para entender o valor do dinheiro e fazer o melhor uso do recurso. Educação financeira não se
aprende de uma hora para outra. Por isso, quem deseja introduzir o tema com os filhos deve ter paciência, persistir e
sempre que possível abordar conceitos relacionados ao assunto.

Não faça da educação financeira infantil um tabu na sua casa

O primeiro passo para quem deseja introduzir a educação financeira infantil em casa é falar sobre dinheiro de forma
natural com as crianças. Quanto mais intimidade seus filhos tiverem com o tema, mais facilidade eles terão para lidar
com esta questão ao longo de suas vidas e mais preparados estarão para fazerem as melhores escolhas financeiras.
Explique conceitos básicos, como orçamento, salário, gastos, cartão de crédito, empréstimos, etc. e os ilustre de forma
prática para as crianças entenderem.

Introduza o sistema de mesada

A mesada é um instrumento que pode ser muito útil para a educação financeira infantil. Depois de conversar sobre as
crianças sobre dinheiro e conceitos relacionados a ele, defina uma mesada (ou, se preferir, “semanada”) e converse com
seus filhos que a responsabilidade por aquela verba é exclusivamente dele. Assim, as crianças começam a entender que
são responsáveis por suas escolhas financeiras e pela consequência delas.

Mostre a importância de controlar gastos

De posse do seu próprio dinheiro, é importante incentivar a criança a controlar seus gastos para o valor recebido como
mesada não acabar antes do tempo. Ajude seu filho mostrando como ele pode criar um orçamento pessoal, listando
em um caderninho as despesas que ele tem e fazendo a dedução do seu saldo financeiro. Muitos pais não sabem
exatamente qual o melhor valor de mesada. Alguns pontos devem ser levados em consideração para chegar a esta
quantia: a disponibilidade no orçamento familiar e a natureza dos gastos da criança, assim como o nível de
responsabilidade financeira que deseja transferir para ela.

Estimule o hábito de poupar

Além de usar a mesada para mostrar a importância de controlar gastos, use o recurso como instrumento para mostrar
para a criança como é positivo criar o hábito de poupar. Dê um cofre ou uma latinha para seu filho e explique para ele
que se todo mês ou semana ele guardar um pouco do que ganha de mesada em algum tempo ele pode comprar um
brinquedo que deseja muito ou uma roupa da moda.

Disponível em
https://blog.guiabolso.com.br/2015/01/22/educacao-financeira-infantil-saiba-ensinar-financas-para-os-filhos/

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16 de setembro de 2016

TEXTO 3
São Paulo – Retornos exorbitantes, livres de risco e em um curto espaço de tempo. Bom demais para ser verdade?
Consultores financeiros alertam: a tríade invariavelmente aponta para um esquema de pirâmide, golpe que ganhou
popularidade no século passado, mas continua fazendo vítimas pelo mundo afora. “Os mesmos elementos estão
sempre presentes: algo que começa do nada, com poucos aderentes, promessa de rentabilidade diferenciada e uma
figura central que patrocina o negócio”, afirma o economista Marcos Silvestre, autor do livro “12 meses para
enriquecer”.

É verdade que os primeiros participantes costumam sair no lucro. Isso acontece porque o dinheiro dos que entram na
base da pirâmide é usado para remunerar com generosidade os que desejam pular fora. Dessa forma, o negócio – seja
um intricado investimento em animais ou uma corrente na internet que promete retornos vultosos a partir de aportes
bem modestos – parece de fato funcionar. Envernizada pelo sucesso, a aplicação cai nas graças dos investidores, que
não raro convidam amigos e familiares a embarcar na mesma empreitada. Mas a partir do momento que a base deixa
de crescer, a pirâmide desmorona. Sem geração sustentável de caixa, a grande maioria dos participantes termina sem
qualquer dinheiro no bolso.

No Brasil, a Comissão de Valores Mobiliários já abriu 24 processos administrativos contra ofertas com características
de pirâmides de 2007 até agora. Mas o caminho é longo para quem espera reaver parte do dinheiro aplicado. A
reparação do prejuízo é determinada pelo poder judiciário, que pode ou não se apoiar na atuação da CVM (que impõe
apenas sanções administrativas) para abrir um novo processo. Melhor mesmo, recomenda Silvestre, é desconfiar de
toda e qualquer rentabilidade líquida superior a 1% ao mês que for apresentada como um retorno garantido. Conheça,
a seguir, seis esquemas de pirâmides que se tornaram famosos no Brasil e no mundo.

Disponível em
http://exame.abril.com.br/seu-dinheiro/noticias/6-golpes-financeiros-que-enganaram-milhares-de-investidores

ORIENTAÇÕES PARA A ELABORAÇÃO DO TEXTO SOBRE O PROJETO REDAÇÃO

Receberá nota zero, em qualquer das situações expressas a seguir, a redação que: O Projeto Redação cá está para ajudá-lo a
realizar o seu sonho. Acreditamos na
- Tiver até 7 (sete) linhas escritas, sendo considerada “insuficiente”. colaboração mútua como meio de evolução
- A redação que fugir ao tema ou que não atender ao tipo e nossa proposta é trabalhamos de forma a
dissertativo-argumentativo. orientar sua experiência com temas e
- Apresentar proposta de intervenção que desrespeite os direitos humanos. avaliações que sejam as mais próximas
possíveis do Enem.

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