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UNIVERSIDADE DO ESTADO DO PARÁ

CENTRO DE CIÊNCIAS SOCIAIS E EDUCAÇÃO - CCSE


CURSO DE LICENCIATURA EM FILOSOFIA
NÚCLEO DE SÃO MIGUEL DO GUAMÁ - CAMPUS XI

Docente: Charleston Souza

Discente: Jailson Lima de Araújo Júnior

Resenha do texto Filosofía latinoamericana: momentos de su desarrollo de Pablo


Guadarrama González.

O autor Pablo Guadarrama, em seu texto discorre precisamente sobre o


desenvolvimento da filosofia da América Latina, desse modo, para que se tenha uma maior
compreensão, torna-se altamente necessário ser objetivo nesse primeiro momento, para tanto
deve-se elucidar à priori, sobre como o autor discorre acerca do desenvolvimento histórico da
filosofia latino-americana. Nesse sentido temos o velho e tradicional resumo de obra, para que
então se torne mais eficaz o entendimento a respeito do objetivo geral da obra.

Como se é de se esperar, temos em primeira instancia a pergunta pela autenticidade


de uma filosofia latino-americana, se a mesma é existente ou não, e ainda (caso a resposta seja
negativa) se existiu alguma que não seja a grega. Depois dessa questão Guadarrama adentra
na questão das antigas culturas (Ameríndios), dos povos pré-colombianos, nos remete a ideia
de uma pré-filosofia, baseada na ética, mitologia, espiritualidade. E por conseguinte tem-se a
colonização dos povos, o positivismo, o iluminismo, e assim sucessivamente até culminar em
uma filosofia da libertação. A grosso modo, a obra é caracterizada pelos altos e baixos desses
períodos que formam em si a filosofia latino-americana. Desse modo, entrar na obra em
maiores detalhes torna-se mais fácil e com menores dificuldades no que se refere ao contexto
histórico da mesma.

Seguindo o contexto da obra, parece que a maior parte dos investigadores estão de
acordo quando tratam da existência da filosofia latino-americana, já que é com exatidão que
pode-se afirmar que existem ideias filosóficas de qualidade a América Latina, e além do mas
as filosofias solidificadas não são de todo modo puras, visto que todas se nutrem de outras
medidas de pensamento. Alguns pensadores, dentro de suas correntes filosóficas, fogem do
contexto de sua época e se projetam para um determinado futuro, outros não chegam a tratar
daquilo que sua época aborda, tornando-se inautênticos para seu período. Partindo desse
pressuposto a filosofia não deve discorrer, apenas, por questões que se objetam na cultura, na
ética, na política, religião etc.

A filosofia da América Latina era voltada para um naturalismo antropológico, onde


se predominavam os pensamentos ameríndios, pensamento esse que constituiu também um
processo de emancipação mental de separação dos mecanismos que tratam de sub humanizar
o homem. Isso tem diálogo permanente com o pensamento de outras culturas, entre os que se
sobressaem naturalmente, a Europa por exemplo, mais não exclusivamente com ela. Por tal
motivo, resulta erroneamente considera-la como simples eco da mesma, como alguns
pretendem.

Dentro das culturas consolidadas da América pré-colombiana se apreciava o


desenvolvimento da estrutura socioeconômica tendente da sociedade de classes, que
pressupõe um conjunto de instituições jurídicas, políticas e religiosas, o homem desse mundo
pré-colombiano desempregou um rico tesouro de concepções pré-filosóficas, que por serem
desconhecidas e subestimadas, não poderão ser retiradas de suas raízes. Na maior parte desses
povos pré-colombianos, o homem era considerado como um ser do mundo natural, e parente
(de certa forma) de outros animais, tendo como base a sua semelhança.

É válido citar a interrupção de um pensamento autentico desses povos pela chegada


dos europeus. Tendo como referência que a filosofia seria uma concepção racional de mundo
em sua integridade, sem reduzir a modos de pensar de uma única cultura. Segundo o autor
pode-se afirmar que os povos da América antes da conquista da Europa, chegavam a níveis de
pensamento de qualidade, os chamados pensamentos pré-filosóficos. Porem na ausência de
um alfabeto, se tornaram limitadas as possibilidades de um pensamento filosófico lógico. No
entanto, mesmo com essa dificuldade as culturas da américa desenvolveram percepções
acerca de honra e respeito a vida, que chegaram a impressionar os europeus, o que não é de se
chocar, visto que eles se achavam superiores a esses povos.

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