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ANÁLISE DO AMBIENTE INSTITUCIONAL NA SUINOCULTURA BRASILEIRA:


o caso do Oeste Paranaense

Valdir Antonio Galante (Doutorando em Desenvolvimento Regional e


Agronegócio/Unioeste/Toledo. <vgalante@hotmail.com>)
Bárbara Françoise Cardoso (Doutoranda em Desenvolvimento Regional e
Agronegócio/Unioeste/Toledo. <barbarafcardoso@gmail.com>)
Weimar Freire da Rocha Jr (Docente da pós-graduação em Desenvolvimento
Regional e Agronegócio/Unioeste/Toledo. <wrochajr2000@gmail.com>)
Rodrigo Antonio Paradella (Acadêmico de graduação em
Economia/Unioeste/Toledo. <ro_rap10@hotmail.com>)

EJES TEMÁTICOS:
3- Recursos naturales, medioambiente y desarrollo rural. Sostenibilidad del
desarrollo agrario. Agroecología.

RESUMO
O trabalho procurou analisar o ambiente institucional da suinocultura e os fatores
que impedem maior utilização do biogás a partir dos dejetos suínos para geração
de energia e renda, e redução do impacto ambiental. O trabalho usou o suporte
teórico da Nova Economia Institucional. Para tal, utilizou como metodologia a
estatística descritiva e comparativa. A pesquisa mostrou a existência de vários
estrangulamentos no processo de produção do biogás, desde o número
insuficiente de animais para a viabilização até a comercialização das Receitas
Certificadas de Emissões por meio do Mecanismo de Desenvolvimento Limpo.
Observou-se que o maior problema é a escala de produção, sendo que seria
necessária uma planta produtiva maior do que a média observada entre os
produtores, já que a maioria das propriedades é de pequeno porte, não possuindo
estrutura financeira suficiente para tal investimento. Também a baixa adesão à
produção de energia a partir do biogás está ligada aos altos custos de
implantação do negócio que será comercializado em um mercado de alto risco.
Finalizando, outro aspecto relevante é o valor cobrado pelas certificadoras para
intermediar a compra e venda de créditos de carbono.

Palavras-Chave: Suinocultura, Biogás, Nova Economia Institucional, MDL.

1. INTRODUÇÃO

A suinocultura tem papel relevante no agronegócio brasileiro. Atualmente o


Brasil é o quarto maior produtor de carne suína do mundo, com 3.227 mil
toneladas (equivalente carcaça), perdendo apenas para a China (49.500 mil t),
União Europeia (22.530 mil t) e Estados Unidos da América (10.278 mil t).
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Também é o quarto maior exportador de carne suína em 2011, com 582 mil t,
ficando atrás dos Estados Unidos (2.246 mil t), União Europeia (2.000 mil t) e
Canadá (1.660 t) (ABIPECS, 2013). Em todo o território brasileiro mais de 730 mil
pessoas estão diretamente ligadas à suinocultura, sendo que esta atividade foi
responsável pela renda de mais de 2,7 milhões de pessoas, além de possibilitar o
aumento de divisas com as exportações da carne suína (GONÇALVES;
PALMEIRA, 2006).
Nos últimos anos, a produção tem apresentado considerável aumento, já
as exportações vêm oscilando e tem diminuído em decorrência da valorização do
real, das mudanças de procedimentos nos mercados e pelas crises externas. Isso
faz com que o mercado interno encontre-se em fase de fortalecimento, uma vez
que as vendas domésticas se tornem uma opção atrativa em relação às
exportações, tendo atingindo, em 2011, o nível de consumo per capita de 15,1 kg
(ABIPECS, 2011). Na região Sul do país se encontra o maior plantel de suínos,
correspondendo a 47,85% do rebanho nacional (cerca de 18.643.470 cabeças), e
onde o setor industrial associado à atividade está mais avançado (ABIPECS,
2011). A suinocultura se destaca nos aspectos econômicos e sociais, pela
geração de renda e trabalho, mas apresentas desafios relevantes como o passivo
ambiental resultante desta atividade, a qual agride significativamente os
mananciais e bacias hidrográficas onde se desenvolve esta atividade, uma vez
que o processo e produção e criação de animais exigem que o plantel seja
confinado e fique próximo a uma fonte de água, a qual é degrada pela atividade.
(ASSIS; MURATORI, 2007).
De acordo com Oliveira (2005), o tipo de produção é classificado em: (1)
unidade produtora de leitões (UPL) – formada pela maternidade e creche, cujos
animais permanecem desde o nascimento até atingirem média de 25 kg; (2)
unidade de criação e terminação (UCT) – fase de engorda dos suínos com peso
compreendido em média de 25 Kg a 100 kg; e (3) unidade de ciclo completo
(UCC) – no qual ocorrem tadas as fases de produção, desde o nascimento dos
leitões, passando para o crescimento e engorda até a saída para o abate.
A população de suínos em uma UCT gera por dia, em média, 7 litros de
dejetos por unidade animal. Dados estes também confirmados por Lindemeyer
(2008), que encontrou em suas pesquisas que uma UCT gera por dia, em média
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de 6 a 8 litros de dejetos. Em uma UPL, segundo Rathunde (2009), são gerados,


em média, 5,49 litros de dejetos por animal (média ponderada entre matrizes,
reprodutores e leitões).
Essa produção intensiva na suinocultura vem causando problemas
ambientais, principalmente no que diz respeito à poluição dos recursos hídricos e
do ar, afetando todo o ecossistema e prejudicando diretamente a biodiversidade
necessária à vida. Esse fator trouxe a necessidade da criação da legislação
específica de modo a minimizar esses efeitos nocivos e proteger o meio
ambiente, tendo em vista a preservação do planeta para as futuras gerações
(BURATO, 2009).
Há meios de se reduzir o problema em questão. O melhoramento das
instalações e as novas tecnologias ajudam a controlar o montante de dejetos. A
diminuição das perdas no sistema hidráulico e o controle da alimentação nos
barracões interferem consideravelmente no volume destes dejetos. Porém, tais
ações às vezes implicam em custos. Para que isso impacte menos negativamente
na propriedade é importante que essas operações gerem receitas, amenizando a
operação e/ou criando novas atividades produtivas. (BLEY JUNIOR, 2006)
Uma solução possível e economicamente viável para este problema seria a
produção de biogás. O biogás é um combustível gasoso semelhante ao gás
natural e que pode ser utilizado para geração de energia elétrica, térmica ou
mecânica. A matéria-prima usada na produção de biogás no caso da suinocultura
é o esterco suíno, e sua formação ocorre por digestão anaeróbica, no interior de
biodigestores.
A utilização do biogás como insumo em outras atividades da propriedade
reduz custos de produção por permitir remuneração adicional, como no caso da
geração de energia elétrica. Esta energia pode ser consumida na propriedade ou
vendida para a concessionária de energia local. Simultaneamente, a sua queima
e, consequentemente, redução do metano (CH4) presente no biogás também
pode ser comercializada como créditos de carbono, por reduzir a quantidade
deste poluente da natureza. Ademais, estas destinações dos dejetos estão em
conformidade com a legislação ambiental, reduzindo o risco de penalidades que
podem ser impostas ao produtor em caso de má gestão dos resíduos. (BURATO,
2009; KUNZ, 2005)
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A transformação do dejeto em energia renovável pelas propriedades rurais,


além de evitar a poluição das bacias hidrográficas, também contribui para a
redução dos seus custos de produção, gerando renda que agrega valor às
propriedades com as vendas de créditos de carbono geradas a partir da redução
da emissão de poluentes.
Apesar das vantagens da adoção dessa prática, as propriedades que a
utilizam ainda são exceções. As explicações para os problemas encontrados vão
do simples mecanismo de oferta e demanda do mercado até o descaso das
autoridades, passando pela falta de informação da população e da falta de
recursos financeiros para o investimento inicial.
Esse cenário sustenta a argumentação deste trabalho. Para tanto, é
indispensável conhecer como estão se delineando as leis que normatizam o setor,
uma vez conhecida a importância das instituições e sua interferência no
comportamento dos agentes econômicos.
A metodologia utilizada neste trabalho está lastreada no uso dos métodos
estatístico descritivo e o comparativo, nos quais, o conhecimento obtido resulta do
cruzamento de dados e informações de modo a observar a evolução do assunto
com o passar do tempo. (GIL, 1996; MARCONI e LAKATOS, 1999, GIL, 2000)
O material utilizado neste trabalho com características bibliográficas são
livros, revistas, teses, artigos e material eletrônico, disponível na internet,
resoluções e Leis que tratam sobre o processo e o produto biogás. Análise de
Leis, processos e resoluções irão compor a pesquisa documental
Este trabalho está estruturado em cinco seções, incluindo esta breve
introdução. Na segunda seção encontra-se o referencial relativo à nova economia
institucional. Na terceira temos a discussão dos dados secundários. Na quarta
estão apresentadas as considerações finais e, finalmente, as referências
bibliográficas.

2. REFERENCIAL TEÓRICO: NOVA ECONOMIA INSTITUCIONAL

Conforme Coase (1998), os economistas deveriam utilizar várias


ferramentas para entender o sistema econômico, como por exemplo, o sistema
político, legal e outros. Adam Smith foi o primeiro a dizer que a evolução do
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sistema econômico dependia da especialização (divisão do trabalho), mas essa


divisão só é possível se existir troca e para existirem trocas é necessário que haja
baixos custos de transação. Assim, os baixos custos de transação dependem das
instituições existentes no país, ou seja, dependem do sistema político, legal,
educacional, cultural dentre outros (COASE, 1998, NORTH, 1994).
O Ambiente Institucional é todo aparato, legal ou não, que influencia ou, de
acordo com alguns autores, determina as transações. Assim, além das leis,
também fazem parte do Ambiente Institucional os costumes, códigos de conduta
entre outros fatores que não necessariamente estejam escritos, mas que façam
parte da vida de uma determinada comunidade, país etc., de acordo com North:

Institutions are the humanly devised constraints that structure political,


economic and social interaction. They consist of both informal constraints
(sanctions, taboos, customs, traditions, and codes of conduct), and
formal rules (constitutions, laws, property rights) (NORTH, 1994, p 97).

O ambiente institucional ou as instituições são os responsáveis pelo


surgimento das organizações, nas palavras de North: “The organizations that
come into existence will reflect the opportunities provided by the institutional
matrix” (NORTH, 1994, p. 361). Ou seja, o ambiente institucional vai determinar
que tipo de organização, que irá existir em determinada sociedade. Para o autor,
o papel das instituições é o de reduzir as incertezas para garantir a interação
econômica entre os indivíduos, logo, as instituições são endógenas.
Mijiyaia (2006) realizou estudo, utilizando o procedimento metodológico
econométrico (o modelo Probit), para identificar os impactos das instituições no
crescimento econômico sustentável em 123 países, sendo 85 em
desenvolvimento e 38 desenvolvidos. Os resultados encontrados indicaram que
uma melhora no índice das instituições político-econômicas 1 afeta positivamente e
significativamente a probabilidade de crescimento sustentável.
No entanto, ao se analisar o efeito simultâneo entre as variáveis:
democracia, regulação das atividades econômicas e instituições dos direitos de
propriedade, apenas a variável regulação das atividades econômicas aparece
como significativa. Reforçando que as instituições que regulam as atividades

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Este índice é uma proxy para o nível geral de qualidade institucional e mede o efeito combinado
de instituições políticas e econômicas.
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econômicas realmente são mais importantes na determinação do crescimento


econômico no longo prazo.
O que o Protocolo de Quioto veio regulamentar é, de acordo com a teoria
econômica, a transformação de uma externalidade negativa em positiva. As
economias mundiais buscam eficiência, crescimento econômico, porém, isso leva
a externalidades que, pela falta de uma boa definição dos direitos de propriedade,
acabam não sendo resolvidas, que leva a prejuízos a todos os agentes
econômicos. O fato das externalidades negativas geradas pelo crescimento
econômico mundial tornarem-se uma ameaça à vida no planeta Terra, promove a
busca para sua solução. Para que o Protocolo de Quioto entrasse em vigor foi
necessário um período de discussões a fim de definir suas regras.
De acordo com a visão de Coase (1988) no seu artigo The Problem of
Social Cost, na ausência de custos de transação, a distribuição inicial dos direitos
de propriedade não é importante, já que os agentes econômicos farão a troca de
propriedade sem custos, contudo, os custos de transação existem. Assim os
problemas causados pelas externalidades só emergem devido a falta de uma
especificação dos direitos de propriedade.
Seguindo nessa linha, a NEI pode explicar uma possível solução ao
problema da externalidade negativa. Isso pelas instituições que sejam capazes de
definir direitos de propriedade e regras claras. Não obstante, para poder aplicar as
questões do ambiente institucional é necessário explicitar antes as questões do
ambiente organizacional, verificar os pressupostos das transações
(WILLIAMSON, 1989).
Para North (1994), se os custos de se executar contratos fossem baixos,
não se importaria se as regras do jogo (ambiente institucional) são justas ou não.
Como na prática os custos de se revisar e executar contratos são relevantes,
emerge então a preocupação por parte dos agentes em julgar se as regras do
jogo são justas ou não. Levando isso para o objeto de estudo proposto, pergunta-
se: as regras para uma empresa entrar no mercado de carbono, no Brasil, estão
claras? Em última instância a maneira como os direitos de propriedade das
externalidades estão distribuídos é justo?
No caso do Protocolo de Quioto, observa-se a busca pela definição das
regras do jogo para uma falha de mercado (externalidade negativa) do
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crescimento econômico, de modo a se tentar definir os direitos de propriedade


sobre essa falha e regulamentar esse mercado. E o ambiente institucional do
MDL, proposto pelo Protocolo de Quioto, pode representar um incentivo à entrada
de novos projetos no mercado de carbono ou ainda pode representar um entrave.
Para North (1994), a eficiência de um mercado depende das instituições. E
a manutenção dessa eficiência no tempo depende do nível de flexibilidade das
instituições e sua capacidade de adaptação perante as novas oportunidades, que
são representadas também pela tecnologia, pois sendo flexíveis, em última
instância promovem inovações. Enfim, as instituições em seu papel de regras do
jogo é que devem propiciar o surgimento das organizações necessárias ao
crescimento e desenvolvimento econômico.
Por isso a grande dificuldade dos países em entrarem num acordo
referente ao Protocolo de Quioto, que foi uma inovação para tentar resolver um
problema antigo, e para se definir as regras do funcionamento desse mercado
cada país tentou influenciar as regras do jogo pensando no seu benefício próprio.
A instituição do MDL no Protocolo de Quioto, conforme dito anteriormente, foi uma
sugestão do Brasil que viu nesse Mecanismo uma oportunidade de participar
desse mercado.
Segundo Gala (2003), a diferença observada hoje em dia entre países
pobres e países ricos se deve muito mais às diferenças institucionais entre eles
do que a falta de acesso a tecnologias. O autor afirma que os países não são
mais ou menos desenvolvidos por causa do seu acesso a tecnologias, como se
pode imaginar a priori, e sim devido a diferenças institucionais, esse tipo de
afirmação se sustenta no proposto da NEI em relação à relevância das
instituições para o ambiente econômico.
De acordo com North (1994) as mudanças institucionais partem dos
agentes políticos ou econômicos, ou seja, daqueles que tem algum poder de
decisão. E as opções de mudança adotadas dependem de suas percepções e a
direção da mudança depende do curso adotado. A tendência é que as
organizações que pertencem a uma determinada matriz institucional corroborem
para a perpetuação da estrutura vigente, pois essas organizações são
“beneficiadas” por essa matriz institucional.
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A mudança institucional então serviria para melhorar o desempenho


econômico, sendo que, essa mudança vai depender dos agentes políticos e para
que ou para quem eles irão legislar. Para North (1994), os agentes políticos
votariam na tentativa de resguardar os interesses dos seus eleitores. Porém nem
sempre isso acontece, normalmente devido à assimetria de informação e a
racionalidade limitada dos agentes. “As economias de abrangência,
complementaridades e externalidades complexas da matriz institucional tornam as
mudanças institucionais fundamentalmente gradativas e dependentes da trajetória
adotada” (NORTH, 1994, p. 19). Assim de acordo com a NEI, o não entendimento
perfeito por parte dos legisladores do que a sociedade realmente deseja, devido à
racionalidade limitada, faz com que as mudanças institucionais importantes para a
sociedade acabem não ocorrendo, ou ocorrendo de maneira lenta.
Aoki (2007, p. 01) questiona: “But, if institutions are nothing more than
codified laws, fiats, organizations, and other such deliberate human devices, why
can’t badly performing economies design (emulate) ‘good’ institutions and
implement them?”
Na concepção de Toyoshima (1999) essa simples transferência de
instituições ineficientes para instituições eficientes, uma vez descoberta quais
seriam estas, não ocorre devido a dois pontos fundamentais da Nova Economia
Institucional, que são path dependence e lock in. Simplificando esses conceitos,
eles diriam que existindo uma estrutura de instituições, ainda que não seja a mais
eficiente, ela tende a perdurar, pois é a que está funcionando no momento. Elas
poderão passar por mudanças, mas essas mudanças tendem a ser gradativas e
dependentes das instituições já existentes, ou seja, do caminho já escolhido,
conforme também afirmou North (1994).
De acordo com Didier (2006), baseado em estudo empírico realizado para
a Costa Rica, mesmo quando ocorre uma mudança exógena no ambiente
institucional, os modelos mentais dos agentes, existentes antes dessa mudança,
ainda podem persistir.
Além disso, também é importante frisar que as instituições podem ser
formais e informais, e que as informais são muito mais difíceis de ser modificadas,
pois são construídas com nuances de uma população, de uma região, costumes
passados de geração a geração, assim as regras formais podem ser modificadas
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de modo mais rápido, mas isso não significa que elas de fato passarão a vigorar.
De acordo com Roland (2004) as instituições informais são de mudança lenta
enquanto as formais tendem a ser mais rápidas. A direção das mudanças
institucionais depende das interações entre instituições e organizações.
Para o surgimento do mercado de carbono foi necessária a criação de
regras. Nesse trabalho busca-se investigar se essas regras estão claras e se elas
incentivam as empresas brasileiras a participarem desse mercado.

3. RESULTADOS E DISCUSSÃO

A suinocultura é constantemente relacionada à poluição que causa ao meio


ambiente devido ao alto volume de dejetos que produz. O modelo de produção
atual concentra grande número de animais em áreas reduzidas (KUNZ et al.,
2005) e apesar das melhorias constantemente desenvolvidas no manejo, o
aumento da concentração de dejetos em uma menor área se torna desfavorável
(NORONHA, 2009). O descaso humano pode fazer com que ocorram vazamentos
e infiltração no solo, que, de acordo com a classe de risco ambiental da terra local
tem maior probabilidade de contaminação. De acordo com BLEY JR (2006, p.
104), as classes se dividem em I – sem risco ambiental aparente; II – risco
ambiental baixo; III – risco ambiental médio; IV – risco ambiental alto; e V – risco
ambiental muito alto.
O descumprimento das normas de aplicação dos dejetos na lavoura bem
como a quantidade e período correto de acordo com a classe de risco pode
concentrar nutrientes e contaminar o solo que, com a ajuda da chuva, são
carreados para as nascentes d’água e para os córregos. Esse é um risco comum
nas propriedades que utilizam dejetos como fertilizante com vista à agregação.
Outro elemento importante é que grande parte das propriedades suinocultoras
encontram-se próximas às bacias hidrográficas e podem se tornar grandes fontes
de poluição se não manejadas adequadamente. De acordo com ASSIS e
MURATORI (2007, p. 43),

A preocupação com a poluição do ambiente e, de maneira especial, com


os recursos hídricos, tornou a destinação de dejetos de suínos uma
ameaça à sobrevivência e expansão da atividade suinícola, tendo em
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vista que o aumento da produção não veio acompanhado de medidas no


sentido de minimizar os prejuízos causados ao meio ambiente.

No manejo de suínos são necessários aproximadamente 5.250 litros de


água para se produzir um quilograma de carne. Em função da presença das
unidades produtivas de suínos estarem próximos dos cursos de água, falhas de
manejo podem poluí-los e acelerar o processo de eutrofização (RATHUNDE,
2009). “A eutrofização é o crescimento excessivo das plantas aquáticas [...] a
níveis tais que sejam considerados como causadores de interferências com os
usos desejáveis” (BLEY JR, 2006 p. 24). É um processo que ocorre quando a
água recebe quantidades elevadas de nutrientes como fósforo, nitrogênio e
potássio (principais componentes do dejeto suíno), o que possibilita a reprodução
das plantas aquáticas. A ação antrópica é uma das principais causas da
aceleração deste processo (RATHUNDE, 2009). Logo, faz-se necessário um
tratamento que permita que esses dejetos sejam reaproveitados de forma a
minimizar seus impactos no meio ambiente.

3.1 Medidas mitigadoras: produção do biogás, conversão em eletricidade e


comercialização de créditos de carbono

Dentre as ações para reduzir o passivo ambiental, riscos legais e a busca


por obter receitas adicionais com a suinocultura, a produção de biogás é uma
alterativa viável que reduz a emissão de poluentes.
A composição típica do biogás é de 60% de metano (CH 4), 35% de dióxido
de carbono, e os 5% restantes são formados por uma mistura de diversos gases,
como hidrogênio, nitrogênio, amônia, ácido sulfídrico, monóxido de carbono,
aminas voláteis e oxigênio. O metano quando queimado se converte em dióxido
de carbono, reduzindo substancialmente o agravamento do efeito estufa, uma vez
que, quando lançado sozinho no meio ambiente, o metano possui um potencial de
efeito estufa 21 vezes maior que o do dióxido de carbono.
As Reduções Certificadas das Emissões (RCE), obtidas com projetos de
Desenvolvimento Limpo previstos pelo Protocolo de Quioto e analisadas pelas
empresas de assessoria a associados a ele, não são fixas e não podem ser
garantidas. Elas flutuam devido a inúmeros fatores, como o número de projetos
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para gerá-las e, uma vez emitidas, a oferta e a procura que guiam sua
comercialização no mercado financeiro (RATHUNDE, 2009).
Nas propriedades, a produção de biogás dá-se pelo uso de biodigestores
que “consistem, basicamente, em uma câmara fechada onde a biomassa – o
volume de esterco suíno produzido – é fermentada anaerobicamente, isto é, sem
a presença do ar atmosférico, produzindo biogás e biofertilizante” (GASPAR, 2003
p. 3). O biodigestor funciona como um reator que degrada materiais orgânicos
complexos e produz compostos simples como metano (CH 4) e dióxido de carbono
(CO2) (RATHUNDE, 2009). A maioria dos biodigestores é composta basicamente
por um tanque para abrigar os dejetos, o qual é vedado com lona impermeável
capaz de conter o gás resultante da fermentação, que se transforma em um
gasômetro, de onde o gás é canalizado até o local de sua utilização.
Na sequência, pode ser utilizado como combustível para a movimentação
de geradores ou simplesmente para sua queima e transformação em créditos de
carbono, bem como pode ser convertido em energia e utilizado na propriedade,
reduzindo assim parte dos custos de produção com aquisição de energia elétrica.
Outra alternativa ao uso da eletricidade produzida a partir do biogás é a
venda à concessionária de energia local. Contudo, neste caso, a venda se dá a
um preço reduzido, uma vez que a concessionária não paga ao produtor os
impostos que lhe são cobrados na condição de consumidor. Esse fator aumenta a
necessidade de escala de produção ou o tempo de recuperação do investimento,
interferindo na decisão do produtor.
De acordo com a ANEEL – Agencia Nacional de Energia elétrica, de cada
R$ 100 cobrados na conta de luz, R$ 33,45 são destinados a pagamento de
encargos e tributos, R$ 35,23 com transmissão e distribuição e R$ 31,33 com a
compra de energia. (ANEEL, 2008).
Ou seja, quando se paga pela conta de energia mensal uma parcela
relevante são tributos. Por sua vez, quando a produção de energia da propriedade
for vendida à concessionária local, esse valor (dos tributos) evidentemente não
será pago ao produtor, apenas o custo efetivo da energia. Por conta disso,
quando a geração é toda utilizada sem a necessidade de venda à concessionária,
o valor correspondente tributos se torna um ganho ao proprietário se comparado
ao custo que teria em comprá-la. LINDEMEYER (2009, p. 83)
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A energia elétrica gerada na Granja é utilizada para consumo próprio,


não sendo comercializada. Portanto, a receita auferida pelo projeto é
decorrente da economia de energia elétrica, que deixa de ser comprada
[...] (da concessionária de energia). [...] Assim, não cabe incidência de
impostos, pois o lucro auferido é nada mais que o fluxo de caixa
preservado, que deixou de transferido da granja para a concessionária.

Porém, a produção do biogás ainda possui barreiras que desestimulam


principalmente os pequenos suinocultores. Além do alto investimento necessário
para a implantação do biodigestor na propriedade, existem os investimentos em
captação, armazenagem, transporte e distribuição, os quais nem sempre estão à
disposição do pequeno e médio produtor (NORONHA, 2009). Neste caso, faz-se
necessário o desenvolvimento de medidas que buscam mitigar os efeitos
ambientais dos resíduos suinícolas. Por sua vez o biofertilizante poderá ser
utilizado na agricultura como substituto aos fertilizantes industrializados
(NORONHA, 2009).
O biofertilizante é utilizado como fonte de reposição de nutrientes do solo e
possui uma relação custo-benefício viável por possuir custos irrisórios ao produtor
rural. Quando comparado ao adubo químico utilizado na lavoura, o biofertilizante
reduz significativamente os gastos na produção. Ao ser utilizado, deve-se
observar a dosagem e a época de aplicação, visto que a capacidade do solo de
absorver o nitrogênio varia de um local para o outro. Concentrações muito altas
podem contaminar fontes mais próximas de água potável, provocando efeitos
ambientais negativos em toda a região (NORONHA, 2009).
Quando se trata da adoção de uma nova fonte de energia, no caso, o
biogás produzido no meio agropecuário pelos dejetos da suinocultura, o aspecto
financeiro é o mais relevante para o projeto (LINDEMEYER, 2008). Os custos
relativamente altos em atividades inovadoras são o principal motivo da
inviabilização do negócio.
Qualquer tipo de investimento só é rentável se o percentual de retorno
sobre o capital é justificável, com nível seguro de risco. No caso dos implementos
necessários na construção de biodigestores e de todo o processo de produção do
biogás ocorre o inverso: tanto os custos como os riscos são grandes e projetos de
pequeno porte não se tornam economicamente viáveis (ZATI, 2008).
Alguns investimentos só se justificam quando realizados em larga escala, o
que não é tão fácil de alcançar. “Em muitos casos, a impossibilidade de se criar
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uma escala de produção para a geração de energia em um mercado local e os


riscos vinculados às tecnologias utilizadas inibem o interesse de potenciais
investidores” (RATHUNDE, 2009).
Desse modo, a quantidade de biogás produzido que posteriormente pode
ser convertido em outras formas de energia (térmica, elétrica, mecânica etc.) está
diretamente relacionada com a quantidade de suínos existentes na propriedade,
sendo necessário haver uma escala de produção para que se viabilizem
investimentos. De acordo com Lindemeyer (2008), é necessária uma escala de no
mínimo 500 suínos para que isso ocorra. Com números semelhantes, Rathunde
(2009) considera de 436 a 467 suínos em uma Unidade Produtora de Leitões e
376 a 403 em uma Unidade de Criação e Terminação.
Outro fato interessante é que embora o processo de biodigestão a partir
dos dejetos da suinocultura confira algum ganho, tanto ambientais com respeito à
melhoria da qualidade de vida com menos poluição, quanto econômicos aos
países em desenvolvimento, este sistema não é muito difundido. Duas possíveis
explicações para o problema são os custos de implantação já citados (num
primeiro momento), e os consideráveis custos envolvendo a depreciação rápida
do maquinário ao longo do tempo.
Grande parte das propriedades suinocultoras do Brasil se encontram nas
mãos dos pequenos criadores rurais, que na maioria das vezes não investem no
destino adequado dos dejetos por não possuírem capital o suficiente nem força
para sustentar o ‘payback’ – “tempo necessário para que os fluxos de caixa
positivos cubram os fluxos de caixa negativos do projeto” (RATHUNDE, 2009 p.
77).
Com respeito à depreciação, a presença de vapor d’água, dióxido de
carbono (CO2) e gases corrosivos no biogás in natura como o ácido sulfídrico
(H2S) comprometem os componentes de metal dos motores à combustão,
geradores e encanamentos utilizados no processo (LINDEMEYER, 2008). Em um
grupo gerador movido a biogás é imprescindível a utilização de filtros de limpeza,
caso contrário, a corrosão das partes metálicas reduzem significativamente a vida
útil do projeto.
Outro fator importante diz respeito à composição do biogás depender
diretamente da temperatura da região. Regiões que possuem temperaturas
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elevadas o ano todo tem um potencial de geração muito maior e trazem muito
mais resultados do que aquelas em que a temperatura cai consideravelmente no
inverno (RATHUNDE, 2009). A digestão anaeróbia “em processos termofílicos
geram até 41% mais de biogás que os processos mesofílicos e 144 % a mais que
os processo psicrofílicos” (REICHERT, 2005), o que faz com que nesses locais
onde é mais quente os produtores se sobressaiam quando comparados a
localidades de clima mais frio.
Por sua vez, alguns fatores com relação ao registro e à comercialização
dos créditos de carbono também desestimulam os produtores a utilizarem a
produção de biogás nas propriedades. Acerca disso RATHUNDE aduz:

No que diz respeito aos créditos de carbono, eles só podem ser


requisitados por empresas de consultoria autorizadas pelo IPCC. O valor
dos créditos é definido por critérios de mercado e do volume de projetos
existentes e publicado pelo IPCC. Entretanto, o percentual deste valor
destinado aos produtores varia em função das negociações feitas com a
empresa de consultoria contratada, que retém um percentual dos
créditos. Este percentual tem variado de 25 a 40%, dependendo da
negociação e do montante total de RCE – reduções certificadas de
emissões. Em geral, quanto maior for a RCE, menor é o percentual
cobrado pela consultoria.
Um outro dado importante, é que estas empresas de consultoria
autorizada só aceitam contratos para projetos com valor mínimo de
10.000 tCO2 equivalente/ano. Isso significa que projetos cuja estimativa
seja menor do que este montante terão chance muito reduzida de
conseguir negociar com estas empresas que fazem a intermediação, ao
menos por enquanto (RATHUNDE, 2009 p. 91).

Um grande fator também diz respeito à indefinição tributária. De acordo


com LINDEMEYER (2008, p. 96),

Outro ponto, este mais atinente aos créditos de carbono, é a tributação.


A indefinição hoje existente sobre a classificação fiscal das RCE´s gera
insegurança jurídica, o que implica em maiores custos, o que afasta
investidores em virtude da ameaça à rentabilidade do negócio. A Receita
Federal ainda não prestou esclareceu esta questão.

O alto valor cobrado pelo serviço de assessoria – de 25 a 40% – como


citado acima é uma taxa bem alta e faz com que os lucros sejam diminuídos,
também tende a desestimular a atenção de potenciais investidores. Se tratando
da quantidade de toneladas de CO2 necessárias para que haja a
comercialização, com base em estimativas de BARTHOLOMEU et al., (2007) tem-
se que são emitidos, em média, 1,07 t CO2/animal/ano que faz com que sejam
necessários 9.345 animais para que se consiga atingir as 10000 toneladas de
15

CO2 no ano. Isso mostra que a escala para se atingir o contrato mínimo é
essencial.
Recentemente foram iniciadas tentativas de reunir a produção de biogás de
vários pequenos produtores de suínos em uma central, denominada Condomínio
de Agroenergia. (ITAIPU BINACIONAL, 2013). Essa possibilidade pode superar
algumas barreiras ligadas à escala mínima de produção e acesso à assistência
técnica. Também poderão ficar mais factíveis o acesso ao mercado de créditos de
carbono, eventualmente com paramentos proporcionalmente menores aos
intermediadores.

CONSIDERAÇÕES FINAIS

O presente texto buscou levantar as razões que impedem o uso mais


disseminado do biogás para produção de eletricidade, biofertilizante e a venda de
créditos de carbono.
Conclui-se que a baixa adesão à produção de energia a partir do biogás
decorre de um conjunto de fatores relacionados a questões institucionais e de
mercado. Mesmo existindo elementos de amparo legal, mercado para consumo
da energia, quer seja na propriedade, quer seja pela venda à concessionária de
energia e tecnologia disponível, não foi observado grande expansão na
implementação de projetos nesse sentido nas propriedades com exploração da
produção de suínos.
Como a atividade é desenvolvida em grande parcela por produtores de
pequeno porte, o atingimento de escala mínima para viabilizar o projeto tem sido
recorrente. Caso não sejam utilizados processos de purificação do biogás, a vida
útil dos equipamentos é reduzida substancialmente.
Por conta da expressiva carga tributária diluída no comércio da energia, a
venda às concessionárias também encontra dificuldades, uma vez que a receita
obtida com a venda para consumo de energia fora da propriedade alonga o tempo
de recuperação dos investimentos.
Também a comercialização de créditos de carbono, encontra limitações,
uma vez que somente pode ser intermediado por empresas autorizadas, que
cobram percentuais altos pela prestação dos serviços.
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O desenvolvimento de práticas de exploração da produção de biogás,


energia elétrica e comercialização de créditos de carbono de modo associativo,
onde diversos produtores se ligam a uma central de captação poderá alterar esse
quadro. Nesse sentido, trabalhos futuros poderão detectar os resultados dessa
nova modalidade.

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