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AULA 4
CONTEXTUALIZANDO
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Segundo Kotler (2012, p. 357), “Um sistema de produto é um grupo de itens diferentes, porém
relacionados, que funcionam de maneira compatível. Por exemplo, o extenso sistema de
produtos do iPod inclui fones de ouvido, cabos e suportes, braçadeiras, capas protetoras,
carregadores de bateria e veiculares e alto- -falantes. Um mix de produtos (também conhecido
como sortimento de produtos) é o conjunto de todos os produtos e itens que uma empresa põe
à venda”.
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estar atendo às diversas apresentações da hierarquia do produto. Essa é uma
classificação desenvolvida por Philip Kotler (2012) para determinar em uma
escala qual é o grau de satisfação de uma necessidade, “partindo da
necessidade mais básica até itens mais específicos que suprem essas
necessidades”.
Por exemplo: um sabonete líquido pode ser vendido em frascos de 150
ml, 300 ml (tamanho família) e refil de 300 ml (stand-up pouch). Kotler (2012)
define essas possíveis variações do mesmo produto como tipo de produtos.
O grupo formado pelos sabonetes líquidos e sabonetes em barras da
mesma marca é chamado de linha de produtos: eles atendem o mesmo público-
alvo, estão mais ou menos na mesma faixa de preço e desempenham funções
similares.
Já o conjunto de produtos com os mesmos atributos e coerência funcional
é denominado classe de produtos. Seguindo o exemplo anterior, junta-se a essa
linha de produtos de sabonetes o álcool em gel e os lenços umedecidos. Esses
produtos atenderão uma necessidade mais abrangente do consumidor, que é
fazer a higiene pessoal, no caso.
Observe, na Figura 1, o comportamento dos elementos gráficos e da
marca nas diferentes embalagens de produtos da mesma classe: Temos
sabonete líquido para mãos, shampoo, creme para o corpo, entre outros. Cada
item foi desenvolvido considerando o padrão do grupo.
Créditos: DENISMART/Shutterstock.
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Com base nessa perspectiva, pode-se entender que o conjunto de
embalagens de uma classe de produtos deve seguir uma mesma linguagem
visual para ser mais facilmente reconhecido pelo cliente, não esquecendo,
entretanto, de atender aos requisitos particulares de cada item, como tipo de
embalagem, material e tamanho.
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TEMA 3 – DESIGN DE RÓTULOS
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Observe, na figura a seguir, como os diferentes formatos de rótulos para
frascos de conserva com tamanhos, recortes e cores particulares integram o
conteúdo dos frascos ao seu design.
Créditos: AS PHOTOSTUDIO/Shutterstock.
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Um design inovador em embalagens pode ser desenvolvido com base na
observação de demandas trazidas pelos vários agentes da cadeia de valor. O
primeiro agente e mais recorrente em solicitações em inovação é a própria
indústria. Normalmente, os objetivos apontam para a redução de custos de
produção, uso de novas matérias-primas e de maquinário.
As necessidades também podem ser trazidas pelo comércio, como por
exemplo, aumento de proteção, da segurança e da durabilidade; ou ainda pelo
público consumidor, que está mais atento às questões de sustentabilidade
ambiental, exige volumes de produto diferenciados e mais adequados ao seu
estilo de vida, e tem mais conhecimento das inovações de produtos ao redor do
mundo.
A inovação sempre foi um motor para melhorar a competitividade no ponto
de venda, mas hoje é considerada um recurso obrigatório para manter a empresa
na cabeça e no coração dos consumidores. Para tanto, é necessário efetuar
pesquisas constantes para identificar necessidades e oportunidades de
mercado, levar esses dados à equipe de desenvolvimento de produtos e analisá-
los com profundidade. A partir desse ponto, uma nova estratégia será
implementada, para que se projete uma adequação ao produto existente ou para
criar produtos novos.
Nesta aula, daremos enfoque às inovações relacionadas a pesquisas
junto ao consumidor, e como é possível trabalhar dados de mercado para se
atingir essa meta.
Primeiramente, é necessário que profissionais relacionados ao
desenvolvimento de embalagens percebam e entendam as diferenças existentes
entre os grupos de seus consumidores ou dos seus consumidores em potencial.
A essa prática, chamamos de segmentação de mercado. Por ela, podemos
apontar as características mais importantes dos consumidores e agrupá-los por
sua proximidade: suas tendências de consumo, seu comportamento, seus
valores, desejos e sonhos. Assim, consegue-se traçar dentro do mercado vários
perfis de consumo que vão balizar a criação de produtos e suas embalagens.
Essas características analisadas podem ser: a faixa etária, o estilo de
vida, a região onde moram e trabalham, se vivem sozinhos ou em família, com
o que trabalham, qual a renda, os seus valores, etc.
Cada segmento identificado pelo cruzamento de características é
chamado de nicho de mercado. Por exemplo, casais jovens que moram na
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cidade, trabalham de dia e estudam à noite, sem tempo de preparar uma refeição
em casa, mas que valorizam comida caseira e saudável.
Pelo estudo do comportamento, desejos e necessidades dos nichos de
mercado, encontram-se informações importantes que devem constar no briefing
da criação das embalagens, pois interferem diretamente na criação de inovações
na forma de apresentar o produto, na decisão de materiais para embalagem, no
design gráfico, etc.
Com base no exemplo de nicho de mercado citado, a equipe de marketing
de uma empresa de bebidas precisaria buscar respostas a perguntas como:
“qual bebida atenderia melhor às expectativas desse público específico? Qual é
quantidade ideal para consumo? Qual seria a frequência de consumo e de
compra? Quem decide a compra? Como seria desenvolvida sua embalagem?
Como seria sua apresentação na gôndola?”. As respostas são informações
essenciais para o detalhamento do briefing do projeto.
A aplicação do conceito de segmentação de mercado associado à
inovação no desenvolvimento do design de embalagens é uma prática recorrente
nas empresas, justamente por promover diferenciação no atendimento das
demandas específicas de seus clientes, satisfazendo-as cada vez mais.
Saiba mais
O site Clube da Embalagem constantemente traz novidades sobre os
lançamentos nacionais, apresentando inúmeros casos inovadores para
enriquecer ainda mais seus estudos. Leia mais em:
<https://www.clubedaembalagem.com.br/noticias/>.
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(presenciais ou digitais) que pressionam por meio de incentivos ou boicotes às
marcas e produtos que se adequam ou não às exigências ambientais.
Segundo Peltier e Saporta (2009), o maior desafio da concepção
ambientalmente sustentável está em projetar embalagens que minimizem os
impactos ambientais dos processos mais críticos das fases de produção e de
logística. Veja, na figura a seguir, como os autores organizam o ciclo de Vida da
Embalagem:
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as práticas mais relevantes já aplicadas e bem avaliadas ao longo dos últimos
anos.
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As soluções na etapa de preenchimento de embalagens estão voltadas
para gestão otimizada de maquinário, da organização das etapas de produção e
na escolha de materiais para as embalagens, para evitar perdas por quebra ou
avarias.
Saiba mais
Um exemplo interessante de projeto que por meio de um novo design
formal de embalagem e da escolha de novos materiais otimizou o transporte e a
estocagem do produto é o projeto para tubo de creme dental desenvolvido por
Sang Min Yu e Wong Sang Lee. Veja mais em
<https://www.yankodesign.com/2011/07/15/get-more-out-of-your-toothpaste-
tube/>.
Saiba mais
Veja um dos casos premiados pela CES Innovation Awards, evento de
tecnologia organizado pela Consumer Technology Association (CTA) em 2020:
<https://www.samsung-ecopackage.com/>.
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identificação das partes pela simbologia internacional de identificação do
material.
Destacam-se ainda no setor social as ações envolvendo grupos de
coletores e separadores de material reciclado, os investimentos em educação
para o consumo e conscientização das novas gerações.
Concluímos, aqui, que há inúmeras possibilidades de inovações voltadas
a todas as etapas do ciclo de vida da embalagem. Manifesta-se, no entanto, uma
preocupação maior com as questões ambientais, que atualmente se mostram
prioritárias para governos e mercado consumidor emergente, fomentando
implementação de atividades mais adequadas às empresas de produtos ou
serviços.
TROCANDO IDEIAS
NA PRÁTICA
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• Prepare esse material para apresentação. Você também pode inseri-lo no
seu portfólio, se desejar.
FINALIZANDO
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REFERÊNCIAS
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