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PDV
AULA 5
CONTEXTUALIZANDO
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hábitos de compra do cliente para que ele converta seus desejos em compra real
do produto.
O planejamento de VM deve constantemente estar atualizado, pois a
oferta de novidades aciona novos desejos e consequentemente aumenta o
número de clientes e de vendas. Entretanto, os custos de implementação do
projeto também devem estar de acordo com o lucro pretendido com a venda do
produto, buscando sempre, obviamente, a redução destes.
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As lojas de departamento surgiram em 1852, ocupando grandes
dimensões em centros urbanos e apresentando imensa variedade de
mercadorias. Havia espaço paras as pessoas caminharem entre os ambientes
montados especialmente para demostrar os produtos, sendo regularmente
remontados, favorecendo novas visitas dos clientes para conhecer os produtos
recém-chegados. A novidade rapidamente tomou as ruas da Europa e dos EUA,
inaugurando uma nova fase no comércio varejista e influenciando diretamente o
hábito e o consumo da população, que passa a ter o costume de sair de casa
para ver vitrines.
O nascimento das lojas de departamento alterou o sistema de
apresentação de produtos, mas não se pode dizer que havia um planejamento e
uma preocupação em oferecer uma experiência única ao cliente. Isso somente
ocorreu por meio do empreendimento do estadunidense Harry Gordon Selfridge,
com a Selfridge Co., loja de departamento inaugurada em 1909, em Londres, e
em operação até hoje. Selfridge implementou estratégias de exposição de
produtos para facilitar o toque e a experimentação das mercadorias, até então
impossíveis, aumentando assim o desejo de compra.
Como forma de estabelecer uma comunicação ativa com seus clientes,
aproveitava os acontecimentos da atualidade da cidade como tema das suas
vitrines e exposições, e constantemente convidava personalidades para
exibições no interior da loja, como o aviador Louis Blériot (que permaneceu na
loja entretendo os clientes ao lado de seu avião, após um pouso forçado em um
campo aberto perto de Kent, depois de atravessar o Canal da Mancha), a
bailarina Anna Pavlova e o escritor Sir Arthur Conan Doyle, criador de Sherlock
Holmes.
Selfridge vazia questão de que as imensas vitrines apresentassem os
melhores produtos e que suas luzes ficassem acesas à noite, enquanto a loja
ficava fechada, para que o público ainda pudesse apreciá-las enquanto voltava
para casa a pé do teatro.
Saiba mais
Tamanha foi a revolução causada por Harry Gordon Selfridge que o canal
ITV estreou na Inglaterra, em 2013, a série Mr. Selfridge, destacando seu
aspecto vanguardista. Assista a um trailer da primeira temporada. Disponível em:
<https://www.youtube.com/watch?v=_BN428RgMC8>. Acesso em> 1 jun. 2021.
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A maneira de vender e de expor os produtos utilizados pela Selfridge Co.
influenciaram lojas ao redor de todo o mundo, e até hoje é referência no quesito
originalidade e inovação. Veja na Figura 2 como foi montada uma vitrine com o
tema Natal e Ano Novo, em 2015. A disposição dos manequins, o uso de
iluminação e o arranjo dos produtos fazem suas vitrines serem verdadeiras obras
de arte.
Figura 2 – Vitrine da loja Selfridges Co. para o Natal e Ano Novo de 2015.
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TEMA 3 – VITRINES: TEMAS E ESQUEMAS
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Decidir sobre o esquema que será utilizado para trabalhar um tema na
vitrine pode ser especialmente desafiador quando existe limitação no orçamento.
Por isso, o projeto das estruturas fixas e a aquisição dos objetos necessários
para expor os produtos devem ser muito bem planejados. Deve-se considerar
itens que podem ser personalizados facilmente, por exemplo, spots articuláveis,
móveis neutros, uso de adesivos removíveis, painéis móveis etc.
Em determinados segmentos varejistas, identifica-se forte tendência no
uso de telas, som e mídias interativas em vitrines. O consumidor pode, inclusive,
utilizar aplicativos em seu smartphone para localizar um produto em uma loja ou
conhecer mais sobre ele, simplesmente apontando-o com a sua câmera.
Com o uso da tecnologia interativa, o consumidor tem um outro tipo de
experiência, com maiores possibilidades de personalização e de entretenimento.
Saiba mais
Recomendamos conhecer um exemplo interessante de aplicação de
vitrine interativa em um projeto da Ainz&Tulpe, em que o uso da tecnologia
resolveu um problema de comunicação e aumentou as vendas. Disponível em:
<https://inspirad.com.br/vitrine-interativa-facilita-a-compra-de-maquiagem-no-
japao/>. Acesso em: 1 jun. 2021.
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Basicamente, as técnicas de exposição de produtos utilizados pelos
profissionais de Visual Merchandising seguem os mesmos princípios do design
gráfico. Tendo em mente que o objetivo do VM é criar um ambiente visualmente
agradável e que tenha uma lógica para os clientes, o primeiro passo é descobrir
quais seriam as necessidades desses clientes ao entrarem na loja e entender
como funciona o seu raciocínio de compra. A disposição do mobiliário na loja
determina como será a circulação de pessoas no espaço, podendo aumentar as
possibilidades de visualização e o contato com os produtos.
O segundo passo é conhecer, pelo departamento de compras, os
produtos que serão comercializados e qual seria a melhor forma de apresentá-
los. Esse dado deve ser cruzado com as informações sobre as necessidades do
cliente, abordadas anteriormente. Ao compreender e atender essas
necessidades por meio da formatação física do ponto de venda e da correta
apresentação dos itens, o lojista obterá a atenção do cliente, sua satisfação e o
investimento em VM retornará no aumento do faturamento da loja.
Como todo projeto de design, o Visual Merchandising também requer
atenção a alguns princípios, que devem ser levados em conta ao projetar a
exposição de produtos. Veremos os mais relevantes a seguir.
4.1 Visibilidade
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Figura 3 – Campo de visão humano
4.2 Simplicidade
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4.3 Ritmo
4.4 Contraste
5.2 Encartes
5.3 Cartazes
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Figura 4 – Sacola promocional
TROCANDO IDEIAS
• acessibilidade;
• custo-benefício;
• sigilo e integridade de dados.
NA PRÁTICA
FINALIZANDO
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REFERÊNCIAS
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