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INICIATIVA:
“O gênio é composto de 2% de talento e 98% de
perseverança e aplicação.”
Ludwig Van Beethoven,
compositor alemão
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O marketing no ponto de venda é uma O marketing no ponto de venda substitui
técnica básica na gestão dos negócios a apresentação passiva do produto
de consumo de massa e de todos ou serviço por uma apresentação
aqueles que têm pontos de venda. É ativa, mencionando tudo o que pode
um conjunto de técnicas orientadas torná-lo mais atraente: localização,
ao local onde a venda acontece, com o fracionamento, embalagem, exibição,
intuito de incentivar a compra por parte instalação etc.
dos clientes potenciais, de maneira
que seja mais rentável tanto para o Finalmente, é importante ter clareza de
fornecedor como para o distribuidor, que o objetivo ou a meta do marketing
permitindo ao mesmo tempo satisfazer no ponto de venda não é apenas
as necessidades do consumidor por apresentar melhor os produtos, mas
meio da apresentação apropriada de gerar maior rentabilidade do local onde
produtos. a venda acontece e também facilitar
a introdução de novos produtos no
O termo merchandising (marketing em mercado.
ponto de venda), que vem do inglês
merchandise (mercadoria), faz referência
ao conjunto de técnicas diretas ou
indiretas que ajudam a dar saída ao
produto no local de venda.
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1. O QUE É O MARKETING NO PONTO DE VENDA?
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“Há tantas realidades como pontos de vista. Uma coisa não
é apenas o que vemos com os olhos”
José Ortega y Gasset,
filósofo espanhol
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2. PRINCÍPIOS DE MARKETING NO PONTO
DE VENDA
A LOJA COM BALCÕES
Há algumas décadas, os balcões nas lojas -Enfrentar uma barreira
predominavam no comércio. Algumas psicológica ou invisível entre
características desse tipo de relação ele e o vendedor apesar da
comercial, como, por exemplo, nos clássicos familiaridade entre eles
armazéns da esquina, eram as seguintes:
O cliente não podia apreciar toda a
variedade em oferta.
Familiaridade do “vendedor” com os
clientes, que eram bem conhecidos,
Uma grande parte dos produtos não era
assim como a sua família, costumes e
exibida, mas armazenada no interior da
preferências.
loja.
A proximidade física do estabelecimento
com a residência da maioria dos clientes.
A loja era o ponto de encontro social
do bairro ou comunidade e, em alguns
A confiança, que permitia inclusive
casos, até mesmo o ponto de referência.
que se vendesse a crédito (fiado).
Usava-se a caderneta para marcar as
compras e o acerto era feito semanal
ou mensalmente.
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LOJA DE AUTOATENDIMENTO
A aparição e proliferação das lojas de As características principais do
autoatendimento fez com que as lojas autoatendimento são as seguintes:
de bairro fossem aos poucos sendo
eliminadas. Seja porque muitos proprietários O cliente tem acesso livre aos produtos:
abandonaram a venda no balcão e mudaram pode tocá-los, comparar marcas,
para venda de autoatendimento, seja tamanhos, sabores, preços, composição
porque não conseguiram concorrer com etc.
lojas que ofereciam uma maior quantidade
de produtos a baixo custo. O cliente pode escolher livremente o
produto que vai comprar.
Com o passar do tempo, foi comprovado
que a transformação da loja convencional Aumenta a variedade de produtos.
com balcão, para a loja de autoatendimento
era mais produtiva em termos de vendas O cliente pode apreciar a totalidade
e benefícios, embora precisasse de um dos produtos oferecidos.
investimento maior em mobiliário, inventário
e espaço físico. As lojas de autoatendimento têm como base
os seis princípios do marketing no ponto de
Vamos ver por que: venda que indicam a maneira específica de
operação do ponto de venda:
Na loja de autosserviço, o cliente entra em
Rentabilidade
contato com 100% dos produtos exibidos.
As vendas por impulso acontecem com
Localização
maior facilidade quando os clientes têm
oportunidade de comparar preços, fórmulas,
Impacto
tamanhos, gostos, entre outras coisas, e
podem decidir quais produtos colocar
Disponibilidade
no carrinho. As vendas não planejadas
acontecem numa maior proporção e
Preço
produzem maiores ganhos no ponto de
venda. Contudo, a disposição dos produtos
Estabilidade
em estantes e a oferta de produtos (variedade,
preços, aparência etc.) que a loja oferece
devem ser consideradas detalhadamente, a
fim de gerar resultados positivos.
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RENTABILIDADE LOCALIZAÇÃO
Os esforços que se realizam no marketing Há três recomendações importantes para a
do ponto de venda, como uso de materiais, localização:
tempo e outros, devem ser aproveitados de
maneira que causem o melhor efeito nas a) Achar o melhor local dentro da loja, que
vendas. depende do tipo de produto e o espaço
disponível:
Deve-se distribuir o espaço na estante • Na altura dos olhos
(gôndolas) para que cada produto gere • Perto das balanças
receita e, portanto, lucro, que é medido de • Perto do caixa
acordo com a relação entre os produtos • Na parte frontal dos balcões
exibidos, sua rotatividade e a quantidade de • Em áreas com maior fluxo de clientes
espaço que ocupam.
b) Evitar sempre situações desfavoráveis:
• Locais com pouca iluminação
• Proximidade de produtos com cheiro
forte quando as mercadorias não
forem do mesmo tipo
Indicar com clareza os espaços nas Não pôr o material POP diretamente no
estantes para distinguir cada produto. produto.
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PREÇO ESTABILIDADE
Esse elemento, que pode ser crítico para a Esse fator trata basicamente da acomodação
aceitação do produto e do estabelecimento da mercadoria de maneira que ela esteja
comercial escolhido, deve ser gerenciado sempre equilibrada, estável, visível e
com atenção, considerando-se o seguinte: segura e também que dê segurança para
os clientes. É a estabilidade que vai garantir
O preço é o principal fator na decisão de que o produto exposto acima não danifique
compra. o que está abaixo e que cada um possa ser
retirado sem que os demais produtos caiam
A exibição dos preços deve ser clara, ou desmoronem.
sem evidências de manipulação ou
alteração.
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“O melhor casamento seria aquele que une a mulher cega
com o homem surdo.”
Michel de Montaigne,
jurista e escritor francês
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3. O MARKETING NO PONTO DE VENDA E SUA
MELHOR COMBINAÇÃO
É no ponto de venda que surge a decisão final do que o cliente vai adquirir. Por isso a im-
portância da estratégia a ser desenvolvida, aproveitando-se a capacidade e a percepção
dos sentidos humanos para a promoção do produto. Assim, cada sentido tem um valor de
influência sobre o produto:
Visão: 55%
Audição: 18%
Olfato: 12%
Tato: 10%
Gosto: 5%
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“O merchandising é algo vivo, mutante e surpreendente.”
Alain Wellhoff,
consultor e fundador do Instituto
Francês de Merchandising
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4. GESTÃO DE ESTANTES (PRATELEIRAS)
4.1 APRESENTAÇÃO HORIZONTAL
E VERTICAL
HORIZONTAL VERTICAL
Quando um cliente está diante de um É a apresentação do produto numa gôndola,
produto, sua percepção visual está ocupando mais de um nível ou prateleira.
limitada pela área de captação da visão. Com esse tipo de exibição, superam-se os
Portanto, com a exibição horizontal dos problemas da disposição horizontal dos
produtos, a percepção destes em relação ao produtos.
comprimento da apresentação será menor. A
afirmação acima é reforçada pelo argumento Esse tipo de exibição, por ser equivalente
de que o indivíduo é um ser acomodado, que ao campo de visão do cliente, permite a
tende a realizar o esforço mínimo. presença de mais marcas e, portanto, facilita
a comparação entre produtos.
De acordo com isso, o cliente não vai fazer
o esforço de observar toda a apresentação
horizontal de 3 ou 4 metros, da esquerda à
direita (movimento de leitura) abrangendo a
totalidade da exibição.
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4.2. PRINCÍPIOS DE GESTÃO DE GÔNDOLAS
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POR QUÊ?
Há níveis na gôndola que são privilegiados em relação à visão (nível dos olhos).
Considerando que o movimento da vista é de esquerda para a direita em vez de de
cima para baixo, a posição vertical das marcas permite que todas sejam visualizadas
facilmente. Dessa forma é melhorada a visibilidade de toda a variedade de marcas
e o consumidor pode tomar a melhor decisão.
Mantenha uma imagem organizada, limpa e atraente da gôndola
para o cliente
2,30m
Nivel 2: mãos, de 1 a 1,5 m 0,5
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“As obras de arte dividem-se em duas categorias: as de
que eu gosto e as de que eu não gosto. Não conheço outro
critério.”
Antón Pavlovich Tchekhov,
escritor russo, considerado um dos
maiores contistas de todos os tempos
5. VENDA DE PRODUTOS SEGUNDO A
DISPOSIÇÃO DAS CATEGORIAS
5.1 O QUE É A GESTÃO POR CATEGORIA DE
PRODUTOS?
É um processo que considera cada uma das categorias ou linhas de produtos
como unidades de negócio, a fim de serem mais atrativas para os clientes e,
dessa forma, melhorarem os resultados de vendas, uma vez que procuram
entregar mais valor ao cliente.
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5.2 VANTAGENS DE TRABALHAR NA
GESTÃO DE CATEGORIA DE PRODUTOS
A definição de categoria consiste em Vamos ver o processo para definir uma
determinar os produtos que conformam categoria, tendo como exemplo a linha de
uma categoria e sua segmentação, produtos para crianças.
considerando as necessidades do cliente.
Alimentação
Vestuário
Saúde
Estimulação – recreação
Higiene
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PASSO 3: HIERARQUIZAR AS DECISÕES DO CLIENTE
Relaciona-se diretamente com a hierarquia de decisões de compra do cliente. Nessa etapa,
pode-se subdividir uma categoria em: usuário final, fórmula/ingrediente, sabor, forma, uso
final, tipo de embalagem, tamanho, preço.
alimentação
colônias
higiene grande
produtos xampu
para acessóri os
para bebês
pequeno
crianças
acessórios
para
amamentação
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6. ADMINISTRAÇÃO DE ESPAÇOS (LAYOUT)
O layout é a distribuição (disposição) das diferentes instalações dentro da
loja, por exemplo:
Caixas
Gôndolas
Vitrines
Corredores
Serviços anexos
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6.1. ZONAS FRIAS E ZONAS QUENTES
Compreender o conceito de zona “fria” e zona “quente” é muito simples,
Consiste em identificar quais são as áreas mais procuradas pelos clientes.
Independente do tamanho do negócio, sempre há locais que são mais
visitadas pelo cliente, e a eles se dá o nome de zonas quentes.
Ao contrário, as áreas que são visitadas com pouca frequência são conhecidas
como zonas frias.
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7. A IMAGEM DO SEU NEGÓCIO
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MATERIAL DE SUPORTE (POP) NO LOCAL DE VENDA
O material de apoio ao ponto de PDV (ponto de venda) pode animar ou dar uma
impressão diferente da exibição dos produtos, utilizando diferentes elementos, com a
finalidade de captar a atenção do cliente e conseguir concretizar a compra.
Quadros
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LIMPEZA NO ESTABELECIMENTO
O cliente: prefere um local limpo, sem lixo aparente, sem paredes nem janelas sujas,
com estantes e produtos livres de poeira e pessoas limpas atendendo.
O proprietário da loja: como pessoa responsável pelo local de venda, deve pensar
seriamente na higiene. Deve manter tanto o local como o equipamento em ótimas
condições, sem se esquecer dos produtos, e prevenir a presença de roedores e insetos.
Todo dia deve ser feita a limpeza geral do local, a verificação do material e dos produtos.
Limpeza de janelas
Limpeza do mobiliário
Lavagem do chão
Limpeza de estantes
Arrumação do estabelecimento
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8. ATIVIDADE
Responda “Sim” ou “Não” às questões propostas. Elas permitem avaliar a gestão
do marketing no ponto de venda do seu negócio. Lembre-se de que não existem
respostas certas ou erradas.
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2018