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Brazilian Journal of Development 14277

ISSN: 2525-8761

O associativismo rural como alternativa de representatividade em


Piracanjuba/Goiás

The associativity rural representation as alternative in


Piracanjuba/Goiás
DOI:10.34117/bjdv9n4-119

Recebimento dos originais: 24/03/2023


Aceitação para publicação: 24/04/2023

Ramariz Faleiro de Amorim


Mestrando do Programa de Pós-Graduação Stricto Sensu em Meio Ambiente e
Sociedade
Instituição: Universidade Estadual de Goiás (UEG) - Câmpus Morrinhos
Endereço: R. Quatorze, 625, Jd. América, Morrinhos - GO, CEP: 75650-000
E-mail: ramarizamorim@gmail.com

Magda Valéria da Silva


Especialista em Geografia
Instituição: Universidade Estadual de Goiás (UEG) - Câmpus Morrinhos
Endereço: R. Quatorze, 625, Jd. América, Morrinhos - GO, CEP: 75650-000
E-mail: magdaufgcatalao@yahoo.com.br

RESUMO
Este artigo objetiva apresentar o associativismo rural como uma realidade difundida entre
muitos agricultores rurais no município de Piracanjuba, Goiás. No Brasil por razões
diversas cada vez mais o associativismo se consolida como uma prática de organização
no campo, dentre elas: o papel das políticas públicas para o campo; a busca pela
sobrevivência e pela geração de renda. A participação destes agricultores, pequenos e
médios, em associações, cooperativas e sindicatos torna-se uma alternativa frente o
desigual e contraditório processo de acumulação capitalista. Metodologicamente o texto
se estrutura em três etapas: a primeira refere-se à discussão teórica sobre o associativismo
rural e seus fundamentos; a segunda etapa apresenta resultados parciais do associativismo
rural difundido neste município, com destaque para a Associação de Moradores da Areia
e; por fim, a terceira refere-se às considerações finais sobre o associativismo rural e sua
importância neste município. Contudo, as reflexões apresentadas visam abrir novos
caminhos para pesquisas sobre o associativismo rural como alternativa de
representatividade dos agricultores, principalmente os familiares, no município de
Piracanjuba.

Palavras-chave: associativismo rural, políticas públicas, agricultores.

ABSTRACT
This article presents the rural associations as a reality widespread among many rural
farmers in the municipality of Piracanjuba, Goiás in Brazil for several reasons more and
more associations established itself as a practical organization in the field, such as: the
role of public policies to the field; the search for survival and income generation. The
participation of these farmers, small and medium, associations, cooperatives and trade
unions becomes an alternative front uneven and contradictory process of capitalist

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accumulation. Methodologically the text is structured in three stages: the first refers to
theoretical discussion on rural associations and their foundations; the second stage
presents results of the rural associations widespread in this city, especially the Residents
Association of Sand and; Finally, the third refers to the final considerations on rural
associations and their importance in this county. However, the reflections presented aim
to open new avenues for research on rural associations as an alternative representation of
farmers, particularly family in the municipality of Piracanjuba.

Keywords: rural associations, public policy, farmers.

1 INTRODUÇÃO
O presente artigo tem como objetivo principal apresentar o associativismo rural
como uma prática social difundida entre muitos agricultores familiares no município de
Piracanjuba, Goiás, que imbuídos de uma realidade perversa no campo, se organizam
coletivamente em busca de direitos e superação das condições de reprodução
socioeconômica.
Dessa maneira, no Brasil por razões diversas cada vez mais o associativismo rural
se consolida como uma prática de organização social e coletiva no campo. Dentre as
razões que induzem a união entre agricultores familiares tem-se: busca pelo acesso as
políticas públicas para o campo e luta pela sobrevivência e geração de renda na
propriedade. Assim, a participação dos agricultores rurais, pequenos e médios, em
associações, cooperativas e até sindicatos tem se tornado uma prática alternativa
recorrente, diante do imperativo da acumulação capitalista, que expropria e exclui aqueles
que não tem condições econômicas e infraestruturais para atuar no segmento produtivo.
A discussão teórico-conceitual sobre associativismo rural respalda-se em alguns
referenciais, tais como: Guimarães (2010), Sabourin (1999), Beserra (2013) e outros
mais. Nas análises sobre o município de Piracanjuba destacam-se: Silva e Estevam
(2013), Silva e Rezende (2010) e coleta de informações documentais sobre a Associação
dos Moradores da Areia, dentre outras.
Metodologicamente este texto se estrutura em três etapas distintas e articuladas
cientificamente: a primeira refere-se a reflexões teóricas sobre o associativismo,
associativismo rural e seus fundamentos, obtidas através de leituras realizadas na
disciplina Ambiente, Sociedade e Tecnologia que integra o Programa de Pós-Graduação
em Ambiente e Sociedade da UEG/Câmpus Morrinhos em 2014; a segunda etapa
apresenta as associações de moradores e/ou trabalhadores rurais de Piracanjuba focando

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na representatividade da Associação dos Moradores da Comunidade Areia e outras e; a


terceira traz considerações sobre o associativismo rural e sua difusão neste município.
Desse modo, as reflexões apresentadas neste artigo visam abrir novos caminhos
para pesquisas sobre o associativismo rural como alternativa de representatividade dos
agricultores familiares no município de Piracanjuba.

2 O ASSOCIATIVISMO RURAL: CONCEPÇÃO TEÓRICA


As diversas formas de produção estão organizadas em diferentes regiões do globo,
como fonte geradora de riquezas e também de conflitos. Diante das resistências, os
segmentos sociais excluídos ou com geração de riqueza limitada constituíram
experiências singulares. Cuja reação as limitações impostas pelo sistema capitalista,
pauta-se na reação e procura em identificar e constituir formas alternativas de organização
do trabalho, da produção e da vida de maneira a propiciar melhorias nas suas condições
de existência.
É neste percurso de lutas, resistências e busca de alternativas que alguns
segmentos da sociedade se organizam coletivamente, e apresentam:

[...] Em suas singulares civilizações homens e mulheres mantiveram uma


conduta comum: organizar-se para viver coletivamente, seguindo normas e
desenvolvendo suas relações sociais, produtivas e culturais tanto dentro do seu
próprio território como com as outras nações do planeta (BRASIL, 2008, p. 8).

Dessa maneira, o associativismo torna-se para um segmento social ou comunidade


um instrumento de fortalecimento reivindicatório, de conquistas de direitos, de
participação democrática e de acesso às políticas públicas. Ainda o

[...] associativismo: indica a quantidade de produtores associados a sindicatos,


cooperativas e outras entidades de classe. A associação possibilita a resolução
dos problemas de forma coletiva, ampliando as possibilidades de sucesso e de
conquista de direitos. (GUIMARÃES, 2010, p. 128).

Segundo a Fundação Banco do Brasil (2009) o associativismo é um instrumento


vital para que uma comunidade saia do anonimato e passe a ter maior expressão social,
política, ambiental e econômica. Assim o associativismo torna-se um meio de associação
em que a comunidade se fortalece e tem maiores chances de alcançar seus os objetivos
comuns.
O associativismo vai além da associação em busca da reprodução do capital e
geração de renda, ele em suas diversas formas de manifestação e organização por meio

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das associações reafirma o elo de sociabilidade humana, ou seja, "As associações somam
serviços, atividades e conhecimentos na busca de um mesmo conjunto de interesses e
podem ser formais, legalmente organizadas, ou informais, sem valor legal". (CIELO,
2009, p. 1).
O associativismo pode ser organizado também de maneira informal, via ajuda
mútua estabelecidas nas relações da comunidade, conforme afirma Sabourin, (1999, p. 2)
“O funcionamento das organizações informais vem do reconhecimento pelo grupo local
de regras transmitidas de uma geração a outra e garantidas pela autoridade dos chefes de
família”.
Portanto, considerando que o foco deste texto que é o associativismo rural,
principalmente aquele que se constitui a partir de ações coletivas de agricultores
familiares, ater-se-á na sequência sobre as concepções deste tipo de associativismo e
como os agricultores se organizam em prol de suas demandas.
Tendo em vista que as possibilidades das formas do associativismo se divide em
dois tipos: formal e informal, cabe dizer que o informal perfaz-se em ações temporárias,
organizadas por grupos sociais e realizadas de forma colaborativa entre os participantes
deste grupo social, as atividades envolve laços comunitários e de solidariedade entre os
envolvidos; já o associativismo formal se dá em torno de organizações sociais e civis que
possuem suas atividades legalizadas juridicamente (PAIS, 2009).
Dessa maneira, uma das práticas comum do associativismo informal no campo,
ocorre por meio da realização de mutirão e de troca de dias de serviço. O mutirão é
promovido eventualmente, a convite do interessado ou por iniciativa de liderança da
comunidade objetivando a realização de diversas formas de trabalho não remunerado.
Assim,

O termo mutirão pode designar dois tipos de ajuda mútua: uma tema ver com
os bens comuns e coletivos (construção ou manutenção de estradas, escolas,
barragens, cisternas); a outra com os convites de trabalho em benefício de uma
família, geralmente, para trabalhos pesados (desmatar uma parcela, fazer uma
cerca, construir uma casa [...] (SABOURIN, 1999, p.3, destaque do autor).

O mutirão além de atender as necessidades de força de trabalho de uma família, a


atividade configura-se em um evento cultural que perpetua aos longos do tempo nas
comunidades rurais e envolve trabalho, lazer, religião, laços culturais e identidade
cultural, pois geralmente, ao fim das atividades de labor, realiza-se um momento festivo
da comunidade.

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Por força da influência cultural na interação da relação campo-cidade, a prática do


mutirão também foi difundida pontualmente nas áreas urbanas, mantendo a sua tradição
de eventos comunitários, inclusive, absorvido e utilizada pelo setor público para envolver
a comunidade na solução de serviços públicos deficitários no espaço urbano.
O associativismo, constitui-se em um conjunto de ideias ou doutrina. De acordo
com BRASIL (2008), o dito associativismo formal envolve organizações sociais e civis
com atividades legalizadas juridicamente, sendo composto por três tipos de organizações:
a associação, a cooperativa e o sindicato, que apresentam os seguintes indicativos:
1. Associação- sociedade civil sem fins lucrativos;
2. Cooperativa-sociedade civil/comercial sem fins lucrativos;
3. Sindicato-sociedade civil/sindical sem fins lucrativos.
Da mesma forma que o associativismo se divide em segmentos, este também
apresenta alguns princípios fundamentais que orientam os três tipos de organizações civis
associativistas supracitadas:

1- Princípio da adesão voluntária e livre [...]; 2-Princípio da gestão democrática


pelos sócios[...]; 3- Princípio da participação econômica dos sócios[...]; 4-
Princípio da autonomia de independência[...]; 5- Princípio da educação,
formação e informação[...]; 6- Princípio da interação[...]; 7-Interesse pela
comunidade[...] (AMARAL, 2012, p. 6-7).

Conforme os princípios elencados, nas últimas décadas do século XX e décadas


iniciais do XXI, um conjunto de fatores tem contribuído para o fortalecimento do
associativismo formal, bem como o surgimento de associações de diversas naturezas, que
operam em diferentes ramos de atividades.
Esses fatores passaram a ser impulsionados nos anos finais do século XX pela
redemocratização e pelos princípios democráticos da Constituição de 1988 que deu novas
perspectivas de organização as associações, atribuindo novos papéis na atuação,
estabeleceu o rompimento com o autoritarismo institucional e a conquista da participação
democrática na gestão pública na elaboração, execução e monitoramento das políticas
públicas, por meio dos conselhos paritários e das Organizações Não
Governamentais(ONGs), contribuindo com

O expressivo crescimento do número de associações civis no país entre 1996


e 2002 (157%) não pode ser explicado por um fator único, mas sim com base
em vários fatores e contextos históricos e políticos que permearam a sociedade
civil brasileira nesse período. (GANANÇA, 2006, p. 117).

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Tal contexto adentra o século XXI e o processo de criação de organizações civis


formais continuam em evidência, atingindo vários segmentos da sociedade: saúde,
educação, trabalhadores, serviços, comércio, empresários entre outros.
É no contexto das transformações socioespaciais no campo brasileiro promovidas
pela mecanização da agricultura, chegada de novas e modernas tecnologias e a produção
voltada para exportação, que muitos trabalhadores rurais deixaram o campo em direção
às cidades, originado um intenso processo de urbanização. Os produtores rurais
resistentes a esse processo moderno de produção agrícola, principalmente os médios e
pequenos, imbuídos da necessidade de se unirem em prol de objetivos comuns, criam
cada vez mais associações e cooperativas em busca de construir laços solidários e
econômicos a fim de superar as dificuldades enfrentadas em termos social, espacial e
econômico na questão agrária, que se perfaz de forma desigual e contraditória.
Dessa forma, o associativismo rural tem como representação principal as
cooperativas e associações de produtores agrícolas e cada vez mais tem ganhado
notoriedade no campo brasileiro, com estaque para as áreas de Cerrado, onde o processo
de exclusão dos pequenos produtores foi acirrado.
Para Beserra (2013, p. 8-9):

O associativismo rural é, sem dúvida, um processo que se instala na realidade


social brasileira sob múltiplas determinações e instrumentaliza os mecanismos
que concretizam as demandas sociais da agricultura familiar na busca de
autonomia no processo de produção e no desenvolvimento local.

Assim, a união de agricultores familiares em torno de associações e cooperativas


torna-se uma alternativa viável e possível de superar as desigualdades imposta pela
reprodução do capital no campo.
O associativismo rural tem sido uma alternativa adotada pelos produtores rurais
em busca da sustentabilidade, principalmente nas pequenas propriedades, pois o sistema
de cooperação e estratégias colaborativas torna-se uma saída para superar as dificuldades
de manutenção da propriedade, permanência no campo, assim como uma maior inserção
no mercado, sendo também uma possibilidade de aumento da renda familiar.
É importante dizer, que a possibilidade de pequenos agricultores se unirem e
formarem associações tem culminado com práticas solidárias com o fim de resolver
problemas comuns, buscar alternativas de produção e comercialização dos produtos
agropecuários produzidos nestas propriedades.
Além disso, o associativismo rural tem possibilitado

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A união dos pequenos produtores em associações torna possível a aquisição de


insumos, máquinas e equipamentos com menores preços e melhores prazos de
pagamento, bem como reúne esforços em torno de benefícios comuns como o
compartilhamento do custo da assistência técnica, tecnologias e capacitação
profissional (KUNZLER; BULGACOV, 2011, p.1370).

Essa união é importante, pois é uma estratégia que contribui para uma maior
inserção dos produtos agrícolas no mercado, como é o caso de Rio Verde, Goiás em que
a expansão da produção agrícola e processo de agroindustrialização permitiram a atuação
de associações e cooperativas de pequenos produtores agrícolas.
Muitos produtores se uniram e fundaram associações e cooperativas a fim de
organizar o processo de produção agrícola e assim conseguir serem fornecedores das
agroindústrias sediadas neste município, conforme afirma Guimarães (2010, p. 134):

Uma característica importante de Rio Verde é o associativismo, assim os


sindicatos e cooperativas de produtores tiveram forte atuação na expansão da
agricultura e na agroindustrialização, por meio de mobilizações políticas, da
qualificação dos produtores e da mão de obra, criando as bases necessárias para
a instalação da Perdigão e das demais empresas prestadoras de serviço em
torno dela.

Ao analisar o associativismo, especialmente o rural, deve-se atentar que ele está


inserido em uma realidade estrutural contraditória e desigual do sistema capitalista, que
mesmo a condição associativa não elimina os impactos do sistema nas relações de
produção e sociais, conforme afirma Beserra (2013, p. 8):

Entende-se que a análise das contradições na vivência associativa implica sua


apreensão na totalidade da vida social. Ou seja, a partir da produção e
reprodução das relações sociais. [...] Trata-se, portanto, de uma experiência
gerada na questão agrária, por ela determinada e, ao mesmo tempo, uma das
estratégias encontradas pelo pequeno produtor para seu enfrentamento no
contexto das relações sociais no campo.

Ressalta-se que em muitas situações a organização dos produtores agrícolas em


associações/cooperativas é induzida pelo Estado via políticas públicas, como é o caso do
Programa Nacional de Fortalecimento da Agricultura Familiar (PRONAF) e suas versões,
do Programa de Aquisição de Alimentos (PAA) e Programa Nacional de Alimentação
Escolar (PNAE).
Essas políticas públicas, se por um lado contribui para a diminuição da pobreza
rural, incentiva a produção familiar, dá alternativas de sobrevivência diante da
diversidade da estrutura e questão agrária brasileira, mas por outro, aliena os pequenos
produtores as condições políticas e ideológicas do governo ou partidárias, presentes no

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processo orgânico do associativismo rural, conforme afirma Beserra (2013, p. 9): "A
discussão coloca em evidência o significado estratégico das associações para a
sustentabilidade das propostas do governo, aparecendo como suporte necessário nos
programas de combate à pobreza rural".
Contudo, é preciso destacar que a prática do associativismo rural não perfaz
homogeneamente no território nacional, alguns grupos sociais presentes em algumas
regiões agrícolas, devido as condições políticas e de acesso à informações conseguem se
organizarem melhor. Nessa condição, o município de Piracanjuba, Goiás possui uma
eminência para a organização associativa, notadamente de agricultores familiares,
conforme tratar-se-á na sequência.

3 CONHECENDO O ASSOCIATIVISMO RURAL EM PIRACANJUBA/GOIÁS


O município de Piracanjuba, está localizado na microrregião Meia Ponte e integra
a mesorregião Sul Goiano, a população estimada em 2014 é de 24.768 habitantes (IMB,
2015).
A vocação produtiva do município é agropecuária, conforme mostra o Produto
Interno Bruto (PIB) em 2012, cuja arrecadação foi de R$ 155.348,68 milhões, contra R$
46.347,01 da indústria, que juntos movimenta e contribui para que o setor de serviços
tivesse uma contribuição com R$ 206.646,31 milhões (IMB, 2015).
Em termos de produção agrícola em Piracanjuba, a soja o produto de destaque,
cuja colheita em 2013 atingiu 159.500 toneladas e a produção leiteira alcançou 147.490
milhões de litros de leite, cujo efetivo de vacas ordenhadas são de 86.000 mil cabeças
(IMB, 2015).
Nesse sentido, o município de Piracanjuba, possui uma vocação produtiva na
maioria das propriedades rurais ligadas a agropecuária, sobretudo, a pecuária leiteira,
como analise de Silva e Estevam (2013, p. 66) “Segundo o Censo Agropecuário de 2006
do IBGE, mais da metade das 1.947 propriedades rurais de Piracanjuba (1.052
estabelecimentos) produzem leite, empregando, em média, um funcionário permanente”.
Tendo em vista essa condição, é preciso dizer que os avanços produtivos,
promovidos pela inserção de investimentos em tecnologia e ciência na agropecuária
propiciaram um aumento na produção de grãos e de leite, elevando assim a geração de
riqueza no campo, apesar de segundo Silva e Rezende (2010, p. 8) que “Prevalecem em
Piracanjuba, segundo o Censo Rural 2006, as propriedades menores que 100 ha (76%)

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[...]”. Essa realidade, da presença da pequena propriedade e da produção leiteira criam


condições sine qua non para a realidade no campo e dos pequenos produtores rurais.
Seguindo a lógica desse quadro econômico do município de Piracanjuba é
apresentado seu panorama nos estudos de Silva e Estevam (2013, p. 71-72), “A pecuária
leiteira é responsável por 23,22% do Produto Interno Bruto [...] e gera renda para mais de
duas mil famílias das 8.461 famílias do município [...]”.
Dessa forma, existe um gargalo entre a riqueza gerada na pecuária leiteira, a renda
do produtor e a geração de emprego no setor e a saída do campo dos produtores deste
município que migram para os centros urbanos ou até para o exterior em busca de
melhores oportunidades, tal situação não tem contribuído com melhorias na qualidade de
vida no campo e nem no aumento de empregos gerados.
Todavia, ressalta-se que esses gargalos atingem principalmente os jovens, pois

O padrão produtivo adotado não contribui para expandir os postos de trabalho


e elevar sua qualidade, nem para elevar significativamente o valor da renda do
trabalho, mantendo inalterado o processo de evasão do município, em especial
por parte dos jovens (SILVA; ESTEVAM, 2013, p. 74).

A migração campo-cidade atinge especialmente os jovens, promovendo um


esvaziamento da família camponesa, em muitos casos dificultando inclusive a
manutenção da propriedade e das atividades laborais.
Uma das medidas de enfrentamento desta situação adversa pelos pequenos e
médios produtores rurais de Piracanjuba, ocorre por meio do associativismo rural,
representando em suas modalidade formais e informais.
Este município que apresenta um considerável processo de organização social em
entidades sem fins lucrativos entre os setores e segmentos da sociedade local, conforme
apresenta o quadro 1.
As 50 entidades sem fins lucrativos (associações, cooperativas e sindicatos)
existentes neste município estão distribuídas conforme os diversos setores ou grupos
sociais de atuação, sendo: 01 Habitação; 02 Saúde; 03 Cultura e recreação; 04 Educação
e pesquisa; 05 Assistência social; 06 Religião; 07 Partidos políticos, sindicatos,
associações; 08 Meio ambiente e proteção animal; 09 Desenvolvimento e defesa de
direitos e outras 10 instituições privadas sem fins lucrativos. Do total das 50 entidades,
13 são de associações de moradores ou produtores rurais1. (IBGE, 2015).

1
Associação dos Moradores da Serra Negra e Região (AMSENE); Associação dos Moradores do Vale do
Rochedinho (AMOVAR); Associação dos Produtores da região São Mateus (ASMAT); Associação dos

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Quadro 1 - Entidades sem fins lucrativos em Piracanjuba/GO - 2010.


Descrição Quantidade
Número de unidades locais das entidades sem fins lucrativos 50 unidades
Pessoal ocupado assalariado em 31/12 das entidades sem fins lucrativos 56 pessoas
Salários e outras remunerações das entidades sem fins lucrativos R$ 493.000,00
Salário médio mensal das entidades sem fins lucrativos 1,51 salários mínimos
Número de unidades locais das fundações privadas e associações sem 26 unidades
fins lucrativos

Pessoal ocupado assalariado em 31/12 das fundações privadas e


associações sem fins lucrativos 33 Pessoas

Salários e outras remunerações das fundações privadas e associações sem R$ 354.000,00


fins lucrativos

Salário médio mensal das fundações privadas e associações sem fins 1,7 salários mínimos
lucrativos
Fonte: IBGE (2015) Org. AMORIM, R. F. de. 2015.

Todavia, o associativismo rural em Piracanjuba organizou-se na forma de


associações de moradores e/ou de produtores rurais, estando espalhadas nas diversas
regiões/comunidades rurais presente no território deste município. Um fato interessante
é que luta histórica deste tipo de associação tem contribuído para a fundação de escolas
municipais localizadas nas comunidades rurais deste município.
Ainda, nota-se que a presença dessas associações tornam-se importantes para a
comunidade a qual representa, pois: 1 ) - contribui para com a democratização da
educação no campo; 2) - estão localizadas próxima à as unidades escolares rurais
acompanhando o processo educativo local; 3) - atuam na intermediação do atendimento
das reivindicações das necessidades da comunidade representativa e; 4) - atuam
efetivamente na realização de eventos festivos, culturais, religiosos, profissionais,
esportivos, etc.
Uma das primeiras associação de moradores da zona rural do município de
Piracanjuba foi criada sob a liderança do jornalista Odair José Alves, cognominado
“passarinho”, denominada de Associação dos Moradores da Areia (AMAR). A AMAR
foi constituída em 09 de maio de 1988, como sociedade civil de direito privado, sem fins
lucrativos, exclusivamente para prestação de serviços sócio-comunitários aos moradores
das fazendas/comunidades rurais Areia, Duas Pontes, Cerradão, Vereda, Quebra Anzol e

Produtores Rurais da Cachoeira (APRUC); Associação dos Irrigantes de Piracanjuba; Associação de


Produtores do Vale do Roda Cuia; Associação de Pequenos Produtores Rurais de Piracanjuba (APROPIR);
Associação dos Projeto do Assentamento Boa Esperança de Piracanjuba (ASPABESP); Associação de
Moradores do Centro Estulânia (AMOVACE); Associação de Moradores da Vereda (AMOVER);
Associação dos Moradores do Floresta (ASMOFE); Associação dos Moradores da Maiada e Regiões e
Associação dos Produtores e da Feira do Produtor Rural de Piracanjuba. (EMPRESAS DO BRASIL, 2015).

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adjacências, cujas regiões estão situadas nos municípios de Piracanjuba, Bela Vista de
Goiás e Hidrolândia.
A AMAR inicia suas atividades em 1988 com apenas 20 associados, cuja sede
provisória localizava-se junto a venda do Barracão (pertencente ao senhor João Beraba),
na fazenda Areia, mas em 1989 constrói sua sede definitiva.
A AMAR recebeu a doação de um terreno, concedido pelo senhor Maurício
Barbosa com área total de 9.009,95 m², sendo 6.759,95 m², no qual deveria ser construída
sua sede definitiva. Em1989, por meio de mutirão - um tipo de associativismo informal -
envolvendo os associados e a comunidade representativa, construíram a sonhada sede
definitiva.
Da área desse terreno, 1.050 m² fora reservado à Prefeitura Municipal de
Piracanjuba para a construção de uma escola, também construída em regime de mutirão,
cuja denominação é Escola Municipal de Educação Básica Urbano Pedro Guimarães2. O
restante do terreno, 1.200 m² foi destinado para a instalação pela TELEGOIÁS de uma
torre telefônica destinada para uso da AMAR e da comunidade local (MAPA DA
FAZENDA AREIA, 1994).
Os objetivos que fundamentam essa associação são de caráter reivindicatórios da
coletividade que a compõe, dentre eles destacam-se: 1) defesa dos interesses coletivos
dos moradores; 2) busca por meios legais da promoção do bem social; 3) reivindicação
junto aos órgãos competentes melhoria para os moradores; 4) promoção de atividades
culturais, esportivas, sociais e recreativas para os moradores e seus dependentes; 5)
prestação de assistência médico-odontológico e educacional gratuita (GOIÁS, 1988, p.
14).
Atualmente, a AMAR conta com sede própria e está em pleno funcionamento,
possuindo 120 associados. Tem desempenhado papel importante através da prestação de
relevantes serviços comunitários aos seus associados e a comunidade em geral nas suas
diversas áreas de atuação. Conforme informações contidas no Jornal da AMAR (1992)
dentre os serviços prestados, destacam-se os mais importantes:

Obtenção de financiamento em 1992 no valor CR$ 1,2 bilhão junto ao


Fundo Constitucional do Centro-Oeste (FCO), através do Banco do Brasil,
agência de Piracanjuba; com custo de financeiro de 50% da TRD
(correção monetária) e juros de 6% ao ano; os recursos foram aplicados
na compra de máquinas, equipamentos e 480 vacas leiteiras girolando e
50 holandesas de pura origem (PO), o financiamento foi repassado para

2
Objeto de estudo deste pós-graduando junto ao Programa de Pós-Graduação em Ambiente e Sociedade-
UEG/Câmpus Morrinhos.

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45 pequenos produtores associados a AMAR; 2) A AMAR reuniu-se com


o governador em dezembro de 1991 para reivindicar a pavimentação
asfáltica da GO-405 (atual GO-167) que liga Piracanjuba a Bela Vista de
Goiás passando pela região da Areia, tal pleito foi exitoso; 3) A referida
associação conseguiu em 1992 junto a Centrais Elétricas de Goiás (CELG)
a implantação de mais de 20 quilômetros de rede de eletrificação rural para
as regiões da Areia, Recantilado e Quebra-Anzol no município de
Piracanjuba, beneficiando mais de 60 famílias a maioria de pequenos
produtores rurais; 4) Cerca de 200 associados foram atendidos pela sua
patrulha agrícola na safra de 1992, patrulha doada a AMAR pelo
Ministério da Agricultura; 5) AEmpresa de Assistência Técnica e
Extensão Rural do Estado de Goiás (EMATER/GO) concedeu à
associaçãoa título de empréstimo, em regime de comodato, dois botijões
para a inseminação artificial de vacas leiteiras; 6) A AMAR realizou
gestões junto às empresas de laticínio que operam em Goiás no sentido de
instalar um posto de recepção de leite para a comunidade.

Nota-se que a ação do Estado mediante as políticas públicas disponíveis para o


campo, especialmente as dirigidas os pequenos produtores rurais tiveram papéis incisivos
nas ações tomadas pela AMAR em prol da comunidade que representa. Essas ações
envolveram fomentos federais (FCO, EMATER-GO, Ministério da Agricultura),
estaduais (Consórcio Rodoviário Intermunicipal S.A. - CRISA, atual Agência Goiana de
Obras e Transportes - AGETOP e CELG) e medidas junto as cooperativas de laticínios
locais (Cooperativa Agropecuária Mista de Piracanjuba - COAPIL).
Além desses serviços prestados, a AMAR tem continuado sua atuação nos
serviços comunitários, com direcionamentos diversos, conforme necessidade dos
associados, dentre as ações mais recentes destacam-se: em 2013 realizado atividades de
formação política e social junto a comunidade local; parcerias diversas com a Escola
Municipal de Educação Básica Urbano Pedro Guimarães.
Cabe ressaltar que em Piracanjuba também está presente outros tipos de
associativismo que são os sindicatos e cooperativas, que tem como missão defender os
interesses das classes que representam, no entanto, detalhamento das ações desenvolvidos
por estas entidades sem fins lucrativos serão abordados em outra oportunidade.
É preciso considerar a importância do associativismo rural na organização de
ações que leve o desenvolvimento das comunidades rurais, e consequentemente melhores
condições de acesso aos bens e serviços públicos. O caso da AMAR é exemplar nesse
sentido, pois a associação através de ações coletivas, angariou recursos financeiros
importantes para a produção leiteira local, assim como outras ações que viabilizaram e
ainda contribuem para a produção agrícola dos agricultores da comunidade.

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4 CONSIDERAÇÕES FINAIS
Constata-se que o associativismo é uma realidade difundida no município de
Piracanjuba, por razões diversas cada vez mais se consolida como prática de organização
coletiva no campo, caso comprovado pela existência das 14 associações representativas
de produtores agrícolas.
A AMAR, associação pesquisada, denota a importância do associativismo rural
na organização coletiva e na adoção de medidas e ações voltadas para beneficiar a
comunidade que representa. O papel da AMAR em Piracanjuba mostra que a união entre
os produtores via associações específicas constitui-se em uma alternativa de
sobrevivência e de geração de renda aos produtores rurais, em especial dos pequenos e
médios, frente a avassaladora sede de acumulação do capitalismo, que entre os seus
desdobramentos, expropria e exclui aqueles que não tem perfil econômico para atuar no
segmento produtivo conforme as exigências de elevados investimentos em tecnologia,
implementos e insumos.
Dessa forma, o associativismo rural torna-se de um lado, uma alternativa em busca
de superar parte dessas dificuldade e da exclusão estrutural do processo de produção no
campo, mas por outro, é um mecanismo que tem contribuído de forma expressiva às
comunidade camponesas em conseguir representatividade legítima e por meio dela
reivindicarem e ter acesso aos serviços públicos e as políticas públicas assegurando
direitos de cidadania, benefícios que lhes são negados no exercício da ação
individualizada.
No Brasil e em especial no estado de Goiás necessita, assim como seus
municípios, dado a vocação econômica, de ações estatais mais contundente de forma a
instituir políticas públicas com interface nos três níveis de governo para a difusão do
associativismo rural, como alternativa de melhorar as condições de vida e de produção
no campo, haja visto a desigual distribuição de renda, o persistente alto índice de pobreza
e a elevada taxa de analfabetismo entre os agricultores rurais.
Dessa forma, viabilizar a intensificação do associativismo como instrumento de
inclusão social e não como prática assistencialista e clientelista dos ditos programas de
distribuição de renda implantados no e para o campo. No combate da pobreza no campo
o Estado necessita instituir políticas públicas de formação profissional e de geração de
renda por meio do estímulo ao empreendedorismo ligado a vocação regional produtiva.
Portanto, o presente artigo almejou apontar a importância do associativismo rural
para a sociedade campesina, através de ações coletivas respaldadas por associações, cujas

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ações legais e jurídicas representam os anseios e demanda de uma coletividade, dessa


forma, a busca de superação das dificuldades de sobrevivência no campo diante dos
gargalos de produção, trabalho e sociabilização que fazem parte da questão agrária
brasileira tornam-se mais eficazes e exitosas.

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