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Introducao

O presente trabalho aborda sobre associativismo rural como instrumento de desenvolvimento do


setor agrícola e pecuário, levou a uma situação de crise económica, política e ambiental,
representada, por exemplo, pela degradação dos recursos naturais como o assoreamento e
contaminação dos recursos hídricos e os processos erosivos; pelo empobrecimento da população
do meio rural, pelo êxodo rural e pelo crescente aumento dos custos de produção. Esse processo
de desenvolvimento foi perfeitamente assimilado pela extensão rural que, nesse contexto
histórico de “modernização”, exercia suas funções de difusão e transferência de tecnologia, de
acordo com as práticas difusionistas, adoptadas em razão da Teoria da Difusão de Inovações sem
as devidas considerações com o espaço e o público trabalhado. Associativismo entende se como
forma de organização que tem como finalidade conseguir benefícios comuns para seus
associados por meio de acções colectivas para melhorar a situação das crises acima mencionados
com a adopção realização de potencialidades sociais, culturais e económicas da sociedade, em
perfeita sintonia com o seu entorno ambiental.

Objectivos
Associativismo rural

Associativismo entende se como forma de organização que tem como finalidade conseguir
benefícios comuns para seus associados por meio de acções colectivas.

Um tipo de organização associativa e associação, ela pode ser formada por um grupo de duas ou
mais pessoas que se organizam para defender seus interesses comuns sem fins lucrativos e com
personalidade jurídica.

O associativismo é o fruto da luta pela sobrevivência e pela melhoria das condições de vida nas
comunidades todo o património da associação é constituída pelos associados ou membros, logo
as associações não possuem fins lucrativos.

Nas comunidades a participação, a solidariedade, a cooperação em torno dos objectivos comuns,


tem sido fundamental para assegurar melhores condições de vida.

Essa prática, mais do que uma forma de organização é uma constituição e uma conquista social.

O associativismo no meio rural constitui em alternativas necessárias que viabilizam as


actividades económicas, possibilitando aos trabalhadores e pequenos proprietários um caminho
efectivo para participar no do mercado em melhores condições de concorrência.

Os pequenos produtores que apresentam dificuldades para obter um bom desempenho


económico, têm na formação de associações um mecanismo que lhe garante melhor desempenho
para competir no mercado

A união dos produtores ou criadores em associações torna possível a aquisição de insumos e


equipamentos com menores preços e melhores prazos de pagamento.

Princípios de associativismo

 Princípio de adesão voluntária e livre


 Principio da gestão Demográfica dos sócios,
 Princípio da participação económica dos sócios,
 Princípio de Autonomia e Independência
 Princípio da Educação, Formação e Informação
 Principio de Interacção e
 Princípio de Interesse pela comunidade.

Tipos de associativismo

Critérios para criação de movimentos sociais

As teorias dos Processos de criacao de movimentos sociais se desenvolveram para relacionar


macrofatores históricos na explicação do surgimento dos movimentos, em resposta às críticas
recebidas pelo paradigma predominante na academia.

Também buscaram lidar com as supostas lacunas das teorias dos Movimentos Sociais (NMS),
que se concentravam nas análises macro estruturais que impulsionaram a emergência dos
movimentos sociais e suas bases de solidariedade e afirmação identitária no contexto de
mudanças das sociedades. (FOWERAKER, 1995).

Impactos dos movimentos sociais

Os movimentos sociais nas políticas públicas ou no ciclo de políticas públicas, embora não seja o
único tipo de efeito político possível. As consequências dos movimentos sociais foram primeiro
analisadas em termos de “sucesso” e “fracasso”
Gamson (1990 [1975]) definiu sucesso como um conjunto de resultados que inclui a aceitação
dos desafiantes pelos oponentes como interlocutores válidos, a sua “inclusão” ou ocupação de
posições no estado e o ganho em políticas.

Porém, de acordo com Amenta et al. (2002, 2010) o padrão “sucesso” limita a consideração dos
efeitos possíveis. Amenta et al. (2010, p. 14.4) assinalam que “os desafiantes podem não
conseguir alcançar o seu programa estabelecido e ser considerados derrotados, mas, ainda assim,
ganhar novas vantagens substanciais para a sua clientela”.

Tipos de movimentos sociais

De forma resumida, toda a multiplicidade de manifestações (ações coletivas) pode ser agrupada
em torno dos seguintes aspectos:

Diversidade e direitos: Movimentos de género

Em particular pesquisam sobre os diversos movimentos de mulheres (camponesas, indígenas, negras,


ligados à questão religiosa.), envolvendo distintos temas: saúde, violência, direitos reprodutivos,
discriminação, trabalho entre outros; manifestações sóciopolítico-culturais em favor do reconhecimento
da diversidade sexual e de seus direitos. A visibilidade dessas manifestações e êxito de conquistas de
direitos individuais, que acabam por produzir conquistas gerais.

Movimentos identitários e culturais como os geracionais

Destacando-se os jovens e seus movimentos culturais — expressos, por exemplo, na música, via
Hip Hop, Rap, grupos de cinema, entre outras formas a terceira idade e meninos e meninas de
rua;

Movimentos sociais temáticos

Como o de saúde; na última década houve um crescente interesse e desenvolvimento de


pesquisas sobre associativismo, redes e sociabilidade inscritas na vida cotidiana e também há
uma valorização das redes primárias e do papel da família na proteção, ajuda e no cuidado que
desenvolvem na comunidade. (MARTINS; FONTES, 2004; SCHERRE-WARREN, 2001).

Nesse item, diversidade e direitos, há que se incluir a presença de movimentos religiosos, sua
relação com outros movimentos sociais, e movimentos identitários construídos a partir de
interesses específicos do campo religioso.

Lutas por habitabilidade, trabalho e equipamentos e serviços colectivos:

Ações em torno de demandas por habitação, terra, trabalho, equipamentos e serviços coletivos
têm uma longa tradição, tanto na área urbana como na área rural. Na primeira, temos, por
exemplo, associações de moradores, sociedades de amigos de bairro e conselhos comunitários,
sem teto.

Na área rural, por sua vez, os canais tradicionais para a conquista de demandas foram
especialmente os sindicatos e sua estrutura articulada em nível estadual e nacional e movimentos
específicos e articulações como a Via Campesina. Multiplicaram-se as formas de agregação e de
interesses — redes de centros comunitários, creches, centros culturais, oficinas para jovens,
escolas para qualificação de trabalhadores no setor de serviços, pequenas cooperativas de
produção e comercialização, entre outras. são agrupamentos bastante diferentes do movimento
tradicional das associações de bairros ou sociedade amigos de bairros.( Gohn 2003, p. 23).
Globalização e antiglobalização:

O processo de globalização, sob a égide neoliberal que propunha um modelo socioeconômico


que se pretendia infalível, teceu um contexto que fez emergir distintas manifestações de
contestação. Entre essas manifestações coletivas articulou-se o movimento antiglobalização,
distinto de movimentos precedentes e das ações de grupos revolucionários ou fundamentalistas,
estes também crescentes nesse contexto (GOHN, 2003, p. 33).

Antiglobalização inaugurou uma nova gramática no repertório das demandas e dos conflitos
sociais, inserindo seu ideário e o debate sobre o capitalismo e os processos de globalização com
seus efeitos no aprofundamento das desigualdades sociais e econômicas bem como seus efeitos
destrutivos em relação ao meio ambiente. Uma expressão desse movimento é o Fórum Social.

Associação vs cooperativa

Associações agrícolas existentes em chongoene

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