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JOÃO PESSOA – PB
2023
AMANDA BRAGA DE AROLA
CAROLYNE DIVA MACIEL COSTA
HEVELLYN SAMILLY SILVA DE LIMA FERREIRA
ISADORA MATIAS PEREIRA
MARIA FERNANDA MONTEIRO PEREIRA
JOÃO PESSOA – PB
2023
RESUMO
1. INTRODUÇÃO.....................................................................................................................5
3. CONDIÇÕES AGRONÔMICAS..........................................................................................7
4. FITOQUÍMICA...................................................................................................................10
5.1. Toxicologia......................................................................................................................15
5.2. Farmacologia...................................................................................................................16
6. TECNOLOGIA E CONTROLE..........................................................................................17
7. PESQUISA CLÍNICA.........................................................................................................21
8. CONCLUSÃO.....................................................................................................................23
REFERÊNCIAS........................................................................................................................24
1. INTRODUÇÃO
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2. NOMENCLATURA E DESCRIÇÃO BOTÂNICA
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3. CONDIÇÕES AGRONÔMICAS
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O crescimento da árvore ocorre de maneira lenta, alcançando produtividade máxima
de 5,50m3/ha/ano, com cortes para produção de madeiras tratadas ocorrendo aos 20 anos de
idade da planta (PAREYN et al., 2018). A madeira da aroeira possui elevada durabilidade,
sendo descrita como praticamente imputrescível, de difícil manuseio, mas de fácil polimento.
Por apresentar resistência à compressão, umidade e erosão, é bastante utilizada na construção
civil, especialmente em áreas rurais (PAREYN et al., 2018). A espécie possui uma elevada
tendência à bifurcação do tronco nos seus primeiros anos, sendo interessante a poda para o
favorecimento de um crescimento reto do tronco e consequentemente melhor aproveitamento
(GARRIDO; POGGIANI, 1979; SALOMÃO; LEITE, 1991).
A reprodução da aroeira pode ser feita por meio de sementes ou por produção de
estacas (PAREYN et al., 2018; RAMOS et al., 2017). As sementes devem ser colhidas de
frutos maduros e recomenda-se tratamento pré-germinativo para estimular a germinação,
devido a presença de dormência fisiológica (CARVALHO, 2014; PACHECO et al., 2006). As
sementes germinam em temperaturas entre 15 à 35 graus, sendo a faixa ótima entre 20 e 30
graus, e são fotoblásticas negativas preferenciais (SILVA; RODRIGUES; AGUIAR, 2002),
podendo ser armazenadas em ambiente seco por até dois anos (GOMES et al., 2018). O
processo de germinação geralmente começa dentro de um período de 4 à 40 dias após a
semeadura, com plantio defenitivo das mudas sendo realizado entre o sexto e oitavo mês
(PAREYN et al., 2018). A produção de um jardim clonal por meio de matrizes possibilita a
produção e seleção de miniestacas para reprodução clonal (RAMOS et al., 2017). Para a
produção de estacas, recomenda-se que, quando as mudas atingirem uma altura de 40-50
centímetros, sejam feitos cortes cerca de 12 centímetros abaixo do ápice, com objetivo
interromper o crescimento apical e estimular o surgimento de novas brotações, que serão
utilizadas como estacas (PAREYN et al., 2018). O cultivo de miniestacas sob sol pleno é
favorável ao cultivo em sombreamento parcial (RAMOS et al., 2017). Por ser uma espécie
dióica de razão sexual de aproximadamente 60% de plantas masculinas para 40% femininas
(DOMINGOS; SILVA, 2020), deve-se manejar a espécie de modo a favorecer o crescimento
de ambos os sexos para viabilizar a produção das sementes (PAREYN et al., 2018).
Casca de madeira parece ser um excelente substrato para o crescimento inicial das
plântulas de Myracodruon urundeuva, favorecendo produção foliar em relação ao número e
comprimento de folhas, além de maior altura da parte aérea e massa verde e seca,
provavelmente devido a alta disponibilidade de cálcio e magnésio desse substrato
(ANDRADE et al., 2013), sendo o tipo de solo fator determinante para o estabelecimento da
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espécie, considerada calcicola em alguns ambientes de afloramentos calcáreos do Brasil
central e comumente associada a solos com alto pH e ricos em calcio (LEITE, 2002). O
enriquecimento com matéria orgânica também favorece o crescimento inicial da planta
(ANDRADE et al., 2013; KRATKA; CORREIA, 2015).
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4. FITOQUÍMICA
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Figura 1. Estrutura do tri-O-galoil-1,5-anidro-glucitol.
Figura 2. Estrutura das Chalconas identificadas na fração acetato etilênica da casca de M. urundeuva. A)
urundeuvina A; B) urundeuvina B; C) urundeuvina C.
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Esses resultados, publicados no periódico J. Ethnopharmacol. em 2018, fornecem
informações importantes sobre as propriedades terapêuticas da Myracrodruon urundeuva e
seu potencial no tratamento de condições gastrointestinais e inflamatórias.
Diante dos dados analisados, a propriedade anti-inflamatória da Myracrodruon
urundeuva deixa de ser apenas conhecimento popular e abre margem para o desenvolvimento
de fitoterápicos. Embora já seja amplamente utilizado na medicina popular, a análise de suas
propriedades torna sua utilização mais específica e embasada cientificamente. Isso abre
caminho para a produção de medicamentos baseados na planta, contribuindo para a ampliação
das opções terapêuticas e garantindo uma utilização mais segura e eficaz.
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5. TOXICOLOGIA E FARMACOLOGIA PRÉ-CLÍNICA OU NÃO CLÍNICA
5.1. Toxicologia
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6. TECNOLOGIA E CONTROLE
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A decocção, por sua vez, envolve o processo de fervura da droga vegetal em água
potável por um tempo específico. Essa técnica é recomendada para ervas de consistência mais
rígida, que requerem altas temperaturas para liberar seus compostos bioativos. (OLIVEIRA et
al., 2020). No entanto, devido aos compostos voláteis presentes na aroeira (YURI et al.,
2022), não é recomendado o uso de altas temperaturas. Para extrair os compostos desses tipos
de plantas, é possível utilizar a técnica de extração em água fria, na qual uma quantidade
determinada de água filtrada é adicionada ao fragmento da planta, permitindo que repouse em
temperatura ambiente por um período de tempo. Dessa forma, os compostos podem ser
adequadamente liberados. (OLIVEIRA et al., 2020).
Diversos métodos analíticos têm sido utilizados para realizar análises quantitativas e
qualitativas de materiais vegetais (LEITE et al., 2017). As técnicas cromatográficas têm sido
amplamente utilizadas na análise de materiais vegetais devido à sua capacidade de separar os
constituintes complexos da amostra, possibilitando a quantificação e identificação precisa,
precisa e sensível do analito. (GONGA et al., 2003)
Por meio da técnica cromatográfica, é possível obter perfis cromatográficos dos
extratos vegetais, os quais servem como uma "impressão digital" ou fingerprint da amostra.
Esses perfis fornecem informações sobre a identidade fitoquímica da planta, revelando os
constituintes presentes. É esperado que os picos cromatográficos mantenham um padrão
qualitativo consistente quando os extratos são preparados nas mesmas condições. (GONGA et
al., 2003)
É necessário que aconteça um processo de validação que forneça evidências objetivas
de que os métodos e os sistemas são adequados para o uso pretendido (LEITE et al., 2017). A
validação do método deve ser realizada por meio de estudos experimentais para garantir que o
método atenda às exigências das aplicações analíticas e assegure a confiabilidade dos
resultados (BRASIL. Et al., 2003). A ANVISA (Agência Nacional de Vigilância Sanitária)
disponibiliza um guia para o processo de validação de métodos analíticos e bioanalíticos,
conforme estabelecido na Resolução ANVISA RE nº 899, de 29 de maio de 2003 (LEITE et
al., 2017).
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O processo de desenvolvimento farmacotécnico de plantas medicinais envolve várias
etapas que devem ser seguidas com rigor, garantindo a segurança do fitoterápico ao ser
disponibilizado ao público.
A princípio, é preciso fazer a escolha de um espécie botânica que apresente eficácia
comprovada, ou seja, a espécie vegetal deve apresentar comprovação de atividade
farmacológica que justifique sua utilização para fins medicinais. Além dessa característica,
outras qualidades se tornam relevantes à medida que essas espécies se tornam viáveis como
medicamentos. Uma das características importantes é a segurança da planta, ou seja, um alto
índice terapêutico (relação entre DE50/DL50), indicando baixa toxicidade da espécie.
(FONSECA et al., 2005)
Em seguida, após a escolha e seleção das espécies, a preparação e produção dos
fitoterápicos é iniciada. É necessário garantir o suprimento adequado dessa espécie em
quantidade suficiente para atender à demanda relacionada à produção do fitoterápico. Para
alcançar esse objetivo, é importante cultivar a espécie em uma extensão apropriada, tomando
os devidos cuidados inerentes ao cultivo de qualquer planta e evitando o uso de pesticidas ou
agrotóxicos na área de cultivo. (FONSECA et al., 2005). A obtenção de produtos
fitoterápicos requer conhecimentos e habilidades específicas em todas as etapas do ciclo de
produção de medicamentos. Esses conhecimentos e habilidades devem estar alinhados com os
conceitos atuais de qualidade, visando a produção de medicamentos adequados que atendam
às expectativas do produtor e do usuário, cumprindo os requisitos pré-estabelecidos para sua
finalidade específica (TOLEDO et al., 2003)
Conforme o tipo de matéria-prima, é necessário estabelecer os controles de qualidade
e adotar precauções adequadas para conservação e manipulação. (TOLEDO et al., 2003).
Múltiplos processos são realizados para a comprovação da qualidade de um fitoterápico,
como a avaliação da qualidade da droga, preparo intermediário, avaliações no produto final, e
avaliações para constatar o prazo de validade do medicamento. (FONSECA et al., 2005).
Tanto a execução adequada do processo de produção quanto a avaliação da qualidade
garantem que o produto final obtenha as características necessárias para seu uso no tratamento
de doenças (FONSECA et al., 2005).
Por fim, é preciso ser incorporado ao fitoterápicos uma forma farmacêutica.
(TOLEDO et al., 2003). A seleção da forma farmacêutica mais adequada para um produto
fitoterápico deve levar em consideração a eficácia e a segurança do componente ativo,
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garantindo sua qualidade. Além disso, deve facilitar a administração do medicamento por
meio da via de administração mais apropriada (TOLEDO et al., 2003).
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7. PESQUISA CLÍNICA
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8. CONCLUSÃO
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REFERÊNCIAS
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AROEIRA DO SERTÃO (Myracrodruon urundeuva Allemão) EM DIFERENTES
SUBSTRATOS. Revista Árvore, v. 39, n. 3, p. 551–559, jun. 2015.
CUNHA AO, Andrade LA, Bruno RLA, Silva JAL & Souza VC (2005) Efeitos
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de substratos e das dimensões dos recipientes na qualidade das mudas de Tabebuia
impetiginosa (Mart. Ex D.C.) Standl. Revista Árvore, 29:507-516
GONGA, F.; LIANG, Y. S.; XIEB, O. S.; CHAU, F. T. Information theory applied to
chromatographic fingerprint of herbal medicine for quality control. Journal of
Chromatography A, v. 1002, n.1, p. 25–40, 2003.
Aguiar Galvão WR, Braz Filho R, Canuto KM, Ribeiro PRV, Campos AR, Moreira
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ACOM, Silva SO, Mesquita Filho FA, S A A R S, Melo Junior JMA, Gonçalves NGG,
Fonseca SGC, Bandeira MAM. Gastroprotective and anti-inflammatory activities integrated
to chemical composition of Myracrodruon urundeuva Allemão - A conservationist proposal
for the species. J Ethnopharmacol. 2018 Aug 10;222:177-189. doi: 10.1016/j.jep.2018.04.024.
Epub 2018 Apr 22. PMID: 29689352.
Souza SM, Aquino LC, Milach AC Jr, Bandeira MA, Nobre ME, Viana GS.
Antiinflammatory and antiulcer properties of tannins from Myracrodruon urundeuva Allemão
(Anacardiaceae) in rodents. Phytother Res. 2007;21(3):220-225. doi:10.1002/ptr.2011
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