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HIGIENE E PROFILAXIA

Enf° Prof° : ISABELLE SAMPAIO


HIGIENE

Higiene é um termo utilizado para designar


um conjunto de medidas e conhecimentos
recorrentes na promoção e manutenção da
saúde.
➢ O termo higiene tem
origem na palavra
grega hygies, que
significa sadio, tam
bém está
relacionado à deusa
da mitologia
grega Hígia.
Tal divindade era
considerada a
protetora da saúde
e do bem-estar
Orgânico.
A palavra higiene sempre esteve muito
relacionada à especificação da higiene
pessoal, ou seja, aos hábitos que promovem e
mantêm a saúde do indivíduo. Como a saúde
vai muito além do fato de não estar doente,
estando relacionada também ao bem-estar
físico, mental e social, atualmente, a
definição de higiene vai muito além, ganhando
novos adjetivos e significados e, assim,
vinculando-se também a um bem-estar maior.
HÁBITOS DE HIGIENE

Hábitos de higiene são cuidados que devem


ser tomados para garantir melhores
condições de saúde e bem-estar. Esses
cuidados podem estar relacionados ao
corpo, à mente ou até mesmo a ações que
beneficiam toda a comunidade. Dentre os
hábitos de higiene que devemos cultivar em
nosso dia a dia, podemos destacar :
 Tomar banho e escovar os dentes com regularidade;
 Manter as mãos e unhas sempre limpas;
 Manter roupas e calçados sempre limpos;
 Dormir e acordar sempre nos mesmos horários, buscando garantir
horas de sono, que promovam o descanso da mente;
 Manusear alimentos sempre com as mãos, limpas e em ambientes
limpos e adequados;
 Descartar o lixo em locais adequados etc.
Higiene é um termo associado à promoção e
manutenção da saúde em diversas esferas. Assim,
existem vários tipos de higiene, como:
➢ Higiene pessoal: cuidados e medidas tomadas
individualmente para a promoção e manutenção da
saúde;
➢ Higiene mental: cuidados e medidas que promovem e
auxiliam na manutenção da saúde mental. A saúde
mental, segundo a Organização Mundial de Saúde, pode
ser definida como “um estado de completo bem-estar
físico, mental e social”.
➢ Higiene corporal: cuidados e medidas tomadas em
relação ao corpo para a promoção e manutenção da
saúde. A higiene corporal envolve também a higiene bucal.
➢ Higiene coletiva: cuidados e medidas tomadas
buscando o bem comum.
➢ Higiene da alimentação: cuidados e medidas
tomadas em relação ao alimento, como quanto ao
seu manuseio, preparo e armazenamentos.
A IMPORTÂNCIA DA HIGIENE

➢ Afinal, qual é a importância da higiene para a


saúde? A limpeza correta e frequente do corpo é
essencial na prevenção de doenças transmitidas por
vermes, vírus, fungos e bactérias. Aliás, a higiene
do corpo humano também está relacionada com a
saúde mental.
O PAPEL DO TECNICO DE ENFERMAGEM
NO PROCESSO DE HIGIENIZAÇÃO

Os profissionais de enfermagem devem contribuir


no processo de higienização, nos casos de alta ou
óbito a retirada de materiais ou equipamentos
provenientes da assistência ao pacientes nos
quartos, enfermarias ou qualquer outra unidade,
antes de ser realizada a limpeza pelos
trabalhadores da higienização.
PROFILAXIA

 Profilaxia - Conjunto de medidas que têm por finalidade


prevenir ou atenuar as doenças, suas complicações e
consequências. O termo profilaxia é de origem grega e
significa precaução, e é também utilizado para designar
estudo de outras áreas do conhecimento.
O termo profilaxia diz respeito às medidas utilizadas na
prevenção de enfermidades, ou seja, às ações tomadas
para prevenir o surgimento de doenças em uma
população.
 A profilaxia está diretamente relacionada às condições e às
medidas de higiene.

 O simples ato de lavar uma fruta antes de comê-la ou manter as


mãos sempre limpas são consideradas medidas profiláticas, uma
vez que diminuem as chances de contaminação por vírus ou
bactérias.
As doenças são causadas por infecciosos, como os micro-
organismos, que podem estar presentes tanto nos alimentos,
quanto em nossas mãos ou mesmo nas superfícies nas quais
tocamos.

Dessa forma, os hábitos de higiene são fundamentais para


preservar a saúde desde as ações mais simples.

Há ainda outras medidas profiláticas, entre elas a vacina. Sua


aplicação é considerada uma das formas mais seguras e
eficazes quando o assunto é prevenção de doenças,
dificultando a disseminação de doenças facilmente
transmissíveis, como é o caso da gripe, sarampo e catapora.

Outras doenças importantes, como a poliomielite e a varíola


também são controladas com o calendário de vacinação em
dia desde os anos iniciais de vida.
Papel do técnico em enfermagem na profilaxia

O papel do técnico em enfermagem é fundamental nas


ações de profilaxia, visando a informação e a
conscientização da população sobre os hábitos saudáveis,
medidas de higiene e ações de saúde pública que protegem
a vida. Entre essas ações estão as campanhas de educação
sobre doenças e até mesmo os mutirões de vacinação, nos
quais o técnico em enfermagem tem papel fundamental
tanto na orientação da população quanto na aplicação das
doses.

Além disso, este profissional possui a capacidade de atuar


junto às equipes médicas no tratamento das enfermidades
ou mesmo com medidas profiláticas que visam os cuidados
com pacientes mais vulneráveis devido às suas condições
de saúde.
Profilaxia Pós-Exposição (PEP)
Chamada de profilaxia pós-exposição (PEP), esta medida é
fundamental em casos de urgência, como na prevenção de
hepatites virais, infecções sexualmente transmissíveis e do
Vírus da Imunodeficiência Humana (HIV).

A profilaxia nessas situações consiste na administração de


medicamentos específicos, que visam a redução do risco de
contaminação e deve ser adotada com caráter de emergência
em casos específicos, como violência sexual ou acidente
ocupacional (em situações de contato do profissional da saúde
com material biológico ou instrumentos perfurocortantes).
Como a PrEP funciona?
A PrEP é a combinação de dois medicamentos
(tenofovir + entricitabina) que bloqueiam alguns
“caminhos” que o HIV usa para infectar o
organismo.

Se você tomar PrEP diariamente, a medicação


pode impedir que o HIV se estabeleça e se
espalhe em seu corpo.

Mas ATENÇÃO: a PrEP só tem efeito se você


tomar o medicamento todos os dias. Caso
contrário, pode não haver concentração suficiente
das substâncias ativas em sua corrente
sanguínea para bloquear o vírus.
A PEP deve ser iniciada o mais rápido possível após a
situação de risco, sendo mais eficaz quando realizada
nas duas primeiras horas após a exposição.

Em casos extremos, é possível iniciar o tratamento até


72 horas após a ocorrência, sempre com o
acompanhamento de profissionais da saúde
preparados para tal.

A profilaxia, então, consiste em medidas que visam à


contenção da transmissão de doenças em uma
população, com ações de combate que consistem
desde a conscientização e orientação através de
campanhas e mutirões, higienização de alimentos e
mãos até a vacinação e medidas pós-exposição, em
situações emergenciais.
HIGIENE

A parte da medicina que estuda os meios


próprios para conservar a saúde, permitindo o
funcionamento normal do organismo e a
harmonização das relações entre o homem e o
meio no qual vive.

Dentre as condições desejáveis para uma


habitação higiênica, temos como necessário o
ar puro, isento de poeiras, gases tóxicos e de
germes tóxicos.

A iluminação solar e outra condição básica,


pois mata os micróbios.
Todos os cômodos devem ser rigorosamente
limpos diariamente, para isso é preciso uma
atenção especial com o lixo domestico, que não
deve ser acumulado.

Deve haver em todas as casas medidas que


visam proteger a saúde da população, chamado
de saneamento básico, os principais serviços
deste esta relacionado com: o abastecimento de
água, coleta de lixo, rede de esgotos entre
outros.

Quando falamos em higiene, falamos em um


conjunto de ações que visam proteger o
individuo ou toda população em geral.
HIGIENE CORPORAL

BANHO: ASPERSÃO, IMERSÃO E BANHO DE LEITO e


ABLUSÃO

A pele tem glândulas especiais que produzem suor, e outras que


produzem uma substância o sebo.

A falta de banho provoca o acumulo progressivo dessas


substâncias, que se somam às sujeiras exteriores (poeiras, terra,
areia, etc.).

A consequência de um banho mal tomado é o aparecimento de


vermelhidão na pele, além do odor desagradável, o risco de
aparecimento de piolhos e sarna, micoses, seborreia, infecções
urinárias e corrimento vaginal nas meninas
HIGIENE CORPORAL

BANHO DE/NO LEITO

O banho no leito é necessário para a higiene pessoal do


paciente acamado, seja em casa, clínica ou hospital,
quando ele têm limitações físicas para tomar o banho no
chuveiro. Geralmente, no hospital o banho de leito é
realizado pelo profissional de saúde (enfermeiro ou técnico
de enfermagem), mas em casa é muito comum que um
familiar (ou um cuidador) seja responsável por essa tarefa
diária.
Para estas pessoas que não tem experiência e o preparo
profissional adequado, listamos algumas dicas de como
realizar o banho no leito da forma correta e segura.
HIGIENE CORPORAL

BANHO DE/NO LEITO

Quando temos um paciente acamado, sem mobilidade


ou com nenhuma condição de segurança para sair do
leito até o chuveiro, o banho é realizado na própria
cama. Há vários tipos banho no leito e produtos, e hoje
vamos falar do banho com irrigação, realizado de
forma segura, completa e se aproxima da experiência
do chuveiro pois permite o uso de água corrente. Este
banho no leito úmido, é completo e se aproxima da
experiência de um banho normal, que nós estamos
acostumados, embora com um volume muito menor de
água.
HIGIENE CORPORAL

MATERIAIS PARA BANHO DE/NO LEITO


Passo a passo – Como realizar o banho no leito de
forma correta.

1.Comece pela cabeça. Ao lavar os cabelos, é necessário


que ela esteja posicionada na cabeceira da cama, para que
a água possa fluir direto para a bacia. Nesse caso, irrigar a
cabeça, passar o shampoo, massagear cabeça e fios, e em
seguida enxaguar. Se for usar condicionador, repetir o
processo. Secar bem a cabeça e enrolar em uma toalha,
para proceder com o banho.

2.Lavar o rosto, pescoço, orelhas, braços e mãos, parte


por parte, dobra por dobra, utilizando o algodão molhado
embebido em sabonete. Enxaguar com um algodão limpo
e secar, sempre parte por parte do corpo, sempre
cuidando para proteger com uma toalha seca, as partes já
limpas e secas.
3. Descendo, cuidamos da higiene do tronco – sendo
homem ou mulher – lavando bem embaixo das mamas,
axilas, tórax e abdômen. Com um algodão molhado,
irrigamos cada região, secando cuidadosamente logo
em seguida. Cobrimos com a toalha seca e seguimos
adiante.

4. A próxima etapa são os membros inferiores,


começando pela virilha e sem seguida, a dobra das
pernas e pés, dando atenção aos lugares mais
suscetíveis a acumular resíduos que podem causar
mal cheiro ou infecções. Novamente, após lavar cada
área com o algodão, devemos irrigar com o algodão
molhado em água limpa e em temperatura confortável.
Feito o enxágue, devemos secar cuidadosamente e
cobrir com toalhas limpas e secas.
5. Finalmente, realizamos a higiene íntima do paciente
lavando suas partes genitais. O procedimento varia,
mas essencialmente a preocupação em deixar esta
região por último é porquê o paciente pode urinar ou
evacuar durante o banho.
6. Tanto no paciente homem quanto na mulher, inicia-
se a limpeza pela área frontal. No homem, deve-se
abaixar um pouco a glande do pênis, limpando
cuidadosamente e observando se há a existência de
resíduo de pomada próximo à uretra. Se houver algum
resíduo, recomenda-se usar um pouco de óleo (de
amêndoas ou de girassol), normalmente já prescrito ao
paciente. Na mulher, o algodão é passado por fora dos
grandes lábios vaginais. Novamente, há que se ter
cuidado para não entrar em contato com a uretra, para
evitar infecções urinárias é hora de cuidar da parte
posterior.
Nesse momento, é necessário que o paciente seja
virado (decúbito lateral), para que toda a área posterior
do seu corpo possa ser higienizada. Novamente, evitar o
uso de pomadas e dar preferência ao óleo prescrito pelo
médico, para hidratar e evitar assaduras.

Finalmente, lavamos toda a parte posterior do paciente


(costas), encerrando com esta etapa o banho no leito.
Vista o paciente e em seguida, retorne a área do banho
ao seu estado original recolhendo os itens utilizados no
banho.

Lembre-se sempre que o banho é um conforto para o


paciente, e que não apenas ajuda na prevenção de
infecções da pele, como também pode contribuir para o
relaxamento e autoestima do seu paciente.
A LIMPEZA DAS MÃOS:
Técnica correta de lavar
as mãos
UNHAS:

Cortar as unhas e mantê-las sempre limpas são


medidas importantes para prevenir certas
doenças.

Quando a pessoa coloca a mão na boca, a


sujeira armazenada debaixo das unhas pode
dar origem a verminoses e outras doenças
intestinais.

Além disso, devemos valorizar os aspectos


estéticos relacionados à beleza das unhas.
CABELOS

Devem estar sempre lavados e penteados.

Devem ser cortados regularmente.

Nos cabelos acumulam-se poeiras e


gorduras que precisam ser eliminadas.

É sempre agradável observarmos cabelos


limpos, brilhantes, cheirosos e bem cortados.

Os cabelos grandes e sujos facilitam o


aparecimento e a multiplicação de piolhos.
VESTUÁRIO

A roupa e o calçado devem estar sempre limpos e serem


adequados ao tempo que faz: frescos no Verão, quentes no
Inverno e impermeáveis nos dias de chuva.

Devem ser cômodos e folgados.

Vestuário é importante para manter a temperatura corporal.

Não esqueças também de mudar diariamente as roupas


intimas.

Evita roupas justas.

Prefira roupas confeccionadas em algodão, principalmente as


meias e roupas íntimas.
HORAS DE SONO

O sono é a forma que o nosso organismo tem de


descansar.

O sono assegura o repouso do cérebro.

As horas de sono variam de pessoa para pessoa e são


diferentes conforme a idade.

Deitar e levantar sempre à mesma hora ajudam a criar


um ritmo de sono regular.

Uma pessoa deve dormir entre 8 a 9 horas por dia.


O tempo normal de sono varia de 6 a 8 horas, nos
adultos.

O sono deve vir naturalmente, sem esforço.

✓ Fazer do quarto um ambiente confortável, sem


iluminação excessiva e com temperatura
agradável.

✓ Tenta controlar os ruídos do quarto.

✓ Evita chá preto, café e refrigerantes, sobretudo à


noite.

✓ Deita-se na cama somente para dormir.

✓ Evita ver TV na cama.


DENTES:

Fazer a correta limpeza dos dentes a fim de evitar o


aparecimento de cáries e de mau hálito.

Quem não gosta de ter um sorriso bonito ? Quem não


sente mal-estar quando está junto de alguém com mau
hálito?
Uma boa “escovação” demora, no mínimo, três minutos
com movimentos verticais, horizontais e circulares.

Atenção: A escova de dente deve ser trocada a cada


três meses.

Usar fio dental pelo menos uma vez ao dia.


Quando falamos em higiene, não
podemos esquecer que tudo em
nossa volta precisa de cuidados
para se manter tudo limpo e
organizado só assim teremos uma
vida mais saudável.
O AMBIENTE HOSPITALAR

O principal objetivo de um hospital é a prestação


de serviços na área da saúde, com qualidade,
eficiência e eficácia.

Boas práticas em higiene hospitalar e técnicas


corretas de limpeza fazem parte dos princípios de
qualquer instituição de saúde para se evitar
contaminações e a disseminação de infecções.
Já que um hospital concentra milhares
microorganisms, bactérias e vírus nocivos á saúde
dos pacientes e também dos trabalhadores.

Qualificar a equipe profissional que atua nas áreas


aonde a higienização faz-se necessária em período
integral é um dos pilares para um atendimento de
qualidade, proporcionando segurança, conforto e
bem-estar ao paciente e aos colaboradores da
instituição.
A enfermagem é parte integrante deste processo e em
muitas instituições ela é a responsável pelo setor de
Higienização, estando à frente na tomada de decisões.

Através da higienização, proporciona-se aos clientes


internos e externos um ambiente limpo e esteticamente
organizado, livre de mau odor, visando conforto,
segurança e bem estar.
A utilização de boas práticas durante a execução dos
processos de limpeza, além de eliminar a sujidade visível e
reduzir a carga contaminaste das superfícies, evita a
disseminação de microrganismos através da adoção de
medidas de controle, preserva a saúde ocupacional e o
meio ambiente.

Há três tipos de limpezas: concorrente, terminal e


de manutenção.
A limpeza concorrente é aquela
realizada enquanto o paciente
encontra-se no apartamento, nas
dependências da instituição de saúde.

O funcionário retira o lixo e os resíduos


depositando-os em sacos plásticos,
recolhe a roupa suja para encaminhar à
lavanderia e recolhe outros materiais.
A limpeza terminal é realizada após a saída
do paciente, seja por alta, óbito ou
transferência. Este ato compreende a
limpeza de superfícies, sejam elas verticais
ou horizontais, e a desinfecção do
mobiliário.

A Limpeza de manutenção, que têm como


objetivo, manter o padrão da limpeza das
dependências, nos intervalos entre as limpezas
concorrentes ou terminais. Neste caso, deve-se
estar atento à reposição de materiais de higiene,
recolhimento de resíduos, manutenção das
superfícies limpas e secas etc.
As áreas são classificadas de acordo com
o risco potencial de transmissão de
infecções:

✓ Áreas críticas: são aquelas onde existe


um risco aumentado de infecções, onde
se realizam muitos procedimentos de
risco.

Ex: OS, UTI, CC, CO, locais onde se


encontram pacientes imunocomprometidos
etc.
✓ Áreas semicríticas: ocupadas por
pacientes com moléstias infecciosas de
baixa transmissibilidade e doenças não
infecciosas, ambulatórios, quartos ou
enfermarias de pacientes etc.

✓ Áreas não críticas: áreas não ocupadas


por pacientes e onde não se realizam
procedimentos de risco. Ex. áreas
administrativas
HISTÓRIA DO SANEAMENTO BÁSICO NO
BRASIL

Basicamente, inicia-se no Período Colonial,


momento em que a economia era dependente
da exploração intensiva de recursos naturais e
às monoculturas do pau-brasil, do açúcar, da
borracha e do café.
Com a vinda da família real, em 1808, a população
cresceu rapidamente, de 50.000 para 100.000 em
1822.

Em decorrência desse fato, aumentou-se a


demanda por abastecimento de água, o que
provocou o acúmulo de resíduos e dejetos no meio
ambiente.

Neste período, as ações do saneamento eram tidas


como soluções individuais.
O saneamento básico
no Brasil está aquém
de ser adequado. Isto
porque dados oficiais
mostram que mais da
metade da população
não conta com redes
para a coleta de
esgotos.
Além disso, mais de 80% dos resíduos gerados
são disseminados diretamente nos rios, sem
nenhum tipo de tratamento, a falta de
saneamento básico é a principal pedra no
caminho do Brasil e dos países em
desenvolvimento para atingir as Metas do
Milênio, estabelecida para 2015.
CRIAÇÃO DA LEI NACIONAL DE
SANEAMENTO BÁSICO NO BRASIL

No Brasil, o saneamento básico ingressou


efetivamente na agenda de preferência dentre as
políticas públicas do país.

A Lei 11.445 vem preencher uma lacuna na


legislação específica para o setor. Sancionada
em 5 de janeiro de 2007, estabelece as diretrizes
nacionais para o saneamento básico e para a
política federal de saneamento básico.
Com a finalidade de atrair mais investimentos
públicos e privados, e acelerar o acesso à água
e à coleta de esgoto no país, a Lei nº. 11.445/07
é definida como o marco regulatório do
Saneamento Básico no Brasil.

Estabelece a universalização dos serviços de


abastecimento de água, rede de esgoto e
drenagem de águas pluviais, além da coleta de
lixo para garantir a saúde da população
brasileira.
SAÚDE E SANEAMENTO BÁSICO

O conceito de Promoção de Saúde proposto pela


Organização Mundial de Saúde (OMS), desde a
Conferência de Ottawa, em 1986, é visto como o
princípio orientador das ações de saúde em todo
o mundo.

Assim sendo, parte do pressuposto de que um


dos mais importantes fatores determinantes da
saúde são as condições ambientais.
Saúde pública é a ciência e a arte de promover,
proteger e recuperar a saúde, por meio de medidas
de alcance coletivo e de motivação da população.

O saneamento básico é um dos principais indicadores


da qualidade de vida e do desenvolvimento
econômico e social de uma cidade. Todas as esferas,
são responsáveis pelo saneamento, são ações
essenciais para o bem-estar da população e têm forte
impacto sobre a vida do ser humano.
EFEITOS POSITIVOS DO SANEAMENTO
BÁSICO

✓ Melhoria da Saúde da População e redução dos


recursos aplicados no tratamento de doenças,
uma vez que grande parte delas está
relacionada com a falta de uma solução
adequada de esgoto sanitário;
✓ Diminuição dos custos de tratamento da água
para abastecimento.
✓ Melhoria do potencial produtivo das pessoas;
✓ Dinamização da economia e geração de
empregos;
✓ Eliminação da poluição estético-visual e
desenvolvimento do turismo;
✓ Conservação ambiental;
✓ Melhoria da imagem institucional;
✓ Valorização dos imóveis residenciais e comerciais;
✓ Viabilização da “abertura” de novos negócios nos
bairros beneficiados, que passam areunir requisitos
básicos para certos tipos de empreendimento;
✓ Crescimento de negócios já instalados;
✓ Crescimento da atividade de construção civil para
atender ao aumento da procura por
✓ imóveis residenciais e comerciais em um bairro
mais “saudável”;
✓ Criação de novos empregos a partir da dinamização
da construção civil, da abertura de novos negócios
ou do crescimento daqueles já existentes;
✓ Aumento da arrecadação municipal de tributos
DOENÇAS INFECCIOSAS RELACIONADAS
COM EXCRETAS (ESGOTOS)

São aquelas causadas por patogênicos (vírus,


bactérias, protozoários e helmintos) existentes
em excretas humanas, normalmente nas
fezes.
Grupos de Formas de Principais Formas de Prevenção
Doenças Transmissão Doenças
Relacionadas
Contato de pessoa para Poliomielite Melhorar as moradias e as
pessoa, quando não se Hepatite tipo A instalações sanitárias.
tem higiene pessoal e
Feco-orais Giardíase Implantar sistema de
doméstica adequada.
abastecimento de água.
Não Bacterianas Disenteria
Promover a educação Sanitária.
amebiana
Diarreia por vírus
Contato de pessoa para Febre tifóide Implantar sistema adequado e
pessoa, ingestão e Diarréias e disposição de esgotos melhorar
contato com alimentos as moradias e as instalações
disenterias
Feco-orais contaminados e contato sanitárias.
bacterianas,
Bacterianas com fontes de águas
como a cólera Implantar sistema de
contaminadas pelas
abastecimento de água.
fezes.
Promover a educação Sanitária.
Ingestão de alimentos Ascaridíase Construir e manter limpas as
contaminados e contato (lombriga) instalações sanitárias.
Helmintos da pele com o solo. Tricuríase Tratar os esgotos antes da
Transmitidos disposição no solo.
Ancilostomíase
pelo solo
(amarelão) Evitar contato direto da pele com
o solo (usar calçado).
Grupos de Formas de Principais Formas de Prevenção
Doenças Transmissão Doenças
Relacionadas
Construir instalações sanitárias
adequadas.
Tênias (solitárias) Ingestão de carne Teníase
Tratar os esgotos antes da
na carne de boi e mal cozida de
Cisticercose disposição no solo.
de Porco animais Infectados
Inspecionar a carne e te cuidados
na sua preparação.
Construir instalações sanitárias
adequadas.

Contato da pele Tratar os esgotos antes do


Helmintos
com água Esquistossomose lançamento em curso d’água.
associados à Água
contaminada Controlar os caramujos.
Evitar o contato com água
contaminada.
Combater os insetos
transmissores.
Procriação de
Insetos vetores Eliminar condições que possam
insetos em locais •Filariose
relacionados com favorecer criadouros.
contaminados (elefantíase)
as Fezes Evitar o contato com criadouros e
pelas Fezes
utilizar meios de proteção
individual.
LIXO HOSPITALAR E SUAS CONSEQUÊNCIAS
Os resíduos hospitalares sempre
constituíram um problema
bastante sério para os
administradores hospitalares, pois
a atividade hospitalar é por si só
uma geradora de resíduos,
inerente as diversas atividades
que se desenvolvem dentro
desses estabelecimentos, devido
ao grande volume de compras e
insumos que se fazem
necessários para fazer funcionar
essa complexa organização.
O correto gerenciamento dos resíduos de
serviço de saúde se faz necessário,
principalmente quanto à ideia ou
preocupação de segregação dos diferentes
tipos de resíduos.

O gerenciamento adequado tem como


finalidade, minimizar os efeitos adversos
causados pelos resíduos de serviço de
saúde do ponto de vista sanitário,
ambiental e ocupacional.
Por que tanto cuidado?

Riscos potenciais existentes nos resíduos


de saúde que podem colocarem risco a
Saúde Pública e ou o Meio Ambiente.
RESÍDUOS DE SERVIÇOS DE SAÚDE
Dentre os diferentes tipos de resíduos gerados em
áreas urbanas, os resíduos produzidos em serviços
de saúde, mesmo constituindo-se uma pequena
parcela em relação ao total dos resíduos sólidos
urbanos gerados (cerca de 2%), são particularmente
importantes pelo risco potencial que apresentam,
podendo ser fonte de microrganismos patogênicos,
cujo manuseio, tratamento e/ou descarte inadequado
pode acarretar a disseminação de doenças
infectocontagiosas, principalmente devido ao caráter
infectante de algumas de suas frações componentes,
além da existência eventual de quantidades tóxicas
que aumentam os riscos e os problemas associados a
esse tipo de resíduos.
Os resíduos sólidos que são produzidos em um
determinado hospital, de acordo com a sua fonte
geradora, podem ser classificados em diversos
tipos.

Entretanto a maioria do lixo hospitalar possui


características similares ao lixo domiciliar, sendo que
o que o diferencia é a pequena parcela que é
considerada patogênica, que é composta por: gaze,
algodão, agulhas, seringas descartáveis, pedaço de
tecido humano, placenta, sangue e também
resíduos que tenham em sua produção mantido
contato com pacientes portadores de doenças
infectocontagiosas, apenas 25% ou 30% do total do
lixo hospitalar podem ser considerados como
infectantes ou de risco biológico.
De acordo com a Resolução n° 358, de 29 de
Abril de 2005 do CONAMA, os
estabelecimentos prestadores de serviços de
assistência à saúde, são os responsáveis civil
administrativa e criminalmente pelos seus
resíduos, desde a geração até o destino final.

Devendo elaborar e implantar o Plano de


Gerenciamento de Resíduos de Serviços de
Saúde – PGRSS, de acordo com a legislação
vigente e as normas da Vigilância Sanitária.
Os maiores geradores de lixo hospitalar são os
estabelecimentos de assistência à saúde humana ou animal,
inclusive:
✓ Os serviços de assistência domiciliar e de trabalhos em campo;
✓ Laboratórios analíticos de produtos para a saúde;
✓ Necrotério, funerárias e serviços onde se realizam atividades
de embalsamamento;
✓ Serviços de medicina legal;
✓ Drogarias e farmácias inclusive as de manipulação;
✓ Estabelecimentos de ensino e pesquisa na área de saúde;
✓ Centros de controle de zoonoses;
✓ Distribuidores de produtos farmacêuticos, importadores,
distribuidores e produtores de materiais e controles para
diagnóstico in vitro;
✓ Unidades móveis de atendimento à saúde;
✓ Serviços de acupuntura, e serviços de tatuagem, entre outros
similares.
✓ Manuseio seguro

Essa operação envolve risco potencial de


acidente, principalmente para os
profissionais que atuam na coleta, no
transporte, no tratamento e na disposição
final dos resíduos.
Com o objetivo de proteger as áreas do corpo expostas ao
contato com os resíduos, os funcionários devem,
obrigatoriamente, usar Equipamento de Proteção Individual
– EPI, conforme previsto na NR-6 do Manual de Segurança
e Medicina do Trabalho, e também seguirem a NR-32, sobre
Segurança e Saúde no Trabalho em Serviços de Saúde.

Os trabalhadores devem ser imunizados em conformidade


com o Programa Nacional de Imunização – PNI, devendo
ser obedecido o calendário previsto nesse programa ou
naquele adotado pelo estabelecimento. Os exames devem
ser realizados de acordo com as Normas Reguladoras do
Ministério do Trabalho e Emprego. Os trabalhadores
imunizados devem realizar controle laboratorial sorológico
para a avaliação da resposta imunológica.
✓ Segregação na origem

Operação que deve ser feita no próprio ponto de geração e de


acordo com as características físicas, químicas, biológicas e
radiológicas do resíduo, estado físico (sólido e líquido) e forma
química.

Devem-se sempre observar as exigências de compatibilidade


química dos resíduos entre si para que acidentes sejam
evitados.
✓ Acondicionamento

É a colocação do resíduo em embalagens adequadas


para coleta, transporte, armazenamento e disposição
final seguros.

Deve ser de acordo com o tipo do resíduo e os limites


de enchimento devem ser obedecidos.
Os resíduos sólidos devem ser acondicionados
em saco plástico contido em recipiente (lixeira)
confeccionado com material lavável, resistente à
punctura, ruptura e vazamento, com tampa
provida de sistema de abertura sem contato
manual, com cantos arredondados e resistente
ao tombamento.
Os recipientes de acondicionamento
existentes nas salas de cirurgia e nas
salas de parto não necessitam de
tampa para vedação.
Os resíduos perfurocortantes e abrasivos
devem ser descartados em recipientes rígidos,
resistentes à punctura, ruptura e vazamento,
com tampa e devidamente identificados (NBR
13853/97 da ABNT).

Os resíduos líquidos devem ser


acondicionados em recipientes constituídos de
material compatível com o líquido armazenado,
resistentes, rígidos e estanques, com tampa
rosqueada e vedante.
✓ Identificação

Devem-se utilizar rótulos contendo


símbolos e expressões, para identificar
os recipientes de acondicionamento,
carros de transporte interno e externo,
salas e abrigos de resíduos (locais de
armazenamento).

A identificação deve obedecer os


seguintes critérios:
✓ Característica:
Indica a possível presença de agentes
biológicos;

✓ Identificação:
Rótulo de fundo branco, desenho e
contornos pretos, contendo o símbolo e a
inscrição de RESÍDUO INFECTANTE.

✓ Onde usar:
Recipientes de acondicionamento (sacos
plásticos, caixas de materiais perfurantes
e cortantes, etc.), carro de coleta interna,
contêineres e na porta do abrigo de
resíduos dos grupos A e E.
✓ Característica:
Indica a presença de radiação ionizante.

✓Identificação:
Rótulo amarelo com o símbolo
internacional de presença de radiação
ionizante- trifólio de cor púrpura em fundo
amarelo e a inscrição REJEITO
RADIOTATIVO.

✓ Onde usar:
Recipientes de acondicionamento (sacos
plásticos, caixas, frascos, etc.), carro de
coleta interna e os locais de
armazenamento para decaimento.
✓ Característica:
Indica a presença de materiais perfurantes,
cortantes ou abrasivos, que podem abrir
porta de entrada para agentes de risco.

✓ Identificação:
Rótulo de fundo branco, desenho e
contornos pretos, contendo o símbolo de
resíduo infectante e a inscrição RESÍDUO
PERFUROCORTANTE.

✓ Onde usar:
Recipientes de acondicionamento de
materiais perfurantes, cortantes e abrasivos;
carro de coleta interna; contêineres e na
porta do abrigo de resíduos dos grupos E, se
estes forem exclusivos.
✓ Tratamento interno

Consiste na aplicação de método, técnica ou


processo que modifique as características dos
riscos inerentes a cada tipo de resíduo, reduzindo
ou eliminando o risco de contaminação, de
acidentes ocupacionais ou de danos ao meio
ambiente.
✓ Coleta e transporte internos

A Coleta 1 consiste no recolhimento do resíduo


diretamente do ponto de geração e remoção para a sala
de resíduos, para o armazenamento temporário.

A Coleta 2 consiste no recolhimento do resíduo da sala


de resíduos e remoção para o abrigo de resíduos, para o
armazenamento externo.

O carro ou recipiente utilizado para o transporte interno


dos resíduos deve ser de uso exclusivo e específico
para cada grupo de resíduo. Deve ser constituído de
material rígido, lavável, impermeável, provido de tampa
articulada ao próprio corpo do equipamento, com cantos
e bordas arredondados e identificados com o símbolo
correspondente ao risco do resíduo nele contido.
Deve ser provido de rodas revestidas de material
que reduza o ruído. Os recipientes com mais de
400L de capacidade devem possuir válvula de
dreno no fundo.

O uso de recipientes desprovidos de rodas deve


observar os limites de carga permitidos para o
transporte pelos trabalhadores, conforme normas
reguladoras do Ministério do Trabalho e Emprego.

O roteiro deve ser previamente definido e ocorrer


em horários não coincidentes com a distribuição de
roupas, alimentos e medicamentos, períodos de
visita ou de maior fluxo de pessoas ou de
atividades.
✓ Armazenamento temporário

Trata-se da contenção temporária de resíduos em área


específica dentro do estabelecimento, durante o aguardo da
Coleta 2.

Se a sala for exclusiva para o armazenamento de resíduos,


deve ser identificada como “SALA DE RESÍDUOS”. Porém, ela
pode ser compartilhada com a Sala de Utilidades, desde que
esta disponha de área exclusiva de, no mínimo, 2m2 para
armazenar dois recipientes coletores. Os sacos devem
permanecer sempre dentro dos recipientes.

O armazenamento temporário poderá ser dispensado se a


distância entre o ponto de geração e o armazenamento
externo não for grande. Os aspectos construtivos devem
obedecer a RDC nº 306/2004, RDC nº 50/2002, RDC nº
307/2002 e RDC nº 189/2003 da ANVISA.
✓ Registros para controle dos resíduos especiais

É etapa que assegura o rastreamento dos resíduos


químicos perigosos e rejeitos radioativos, como
também dos materiais recicláveis e dos resíduos
orgânicos destinados para alimentação animal e
compostagem.

Os registros devem ser atualizados


sistematicamente, para fins de monitoramento dos
indicadores e fiscalização.

As planilhas devem ser específicas para cada tipo


de resíduo monitorado.
✓ Armazenamento externo

É a contenção temporária de resíduos em área


específica, denominada “ABRIGO DE
RESÍDUOS”, durante o aguardo da coleta externa,
para a destinação visando ao tratamento ou à
disposição final.

Deve ter identificação na porta e os sacos de


resíduos devem permanecer dentro dos
contêineres devidamente identificados.
ALGUNS ASPECTOS DO ABRIGO DE RESÍDUOS DO GRUPO A,
GRUPO D E GRUPO E

- Local de fácil acesso à coleta externa.


- Piso e paredes revestidos de material liso, impermeável, lavável e de
fácil higienização.
-Aberturas para ventilação de, no mínimo, 1/20 da área do piso e com
tela de proteção contra insetos.
- Porta com abertura para fora, tela de proteção contra roedores e vetores
e de largura compatível com os recipientes de coleta externa.
-Pontos de iluminação e de água, tomada elétrica, canaletas de
escoamento de águas servidas direcionadas para a rede de esgoto do
EAS e ralo sifonado com tampa que permita a sua vedação.
-Área coberta para higienização dos contêineres e equipamentos com
piso e paredes lisos, impermeáveis, laváveis; pontos de iluminação e
tomada elétrica; ponto de água, preferencialmente quente e sob pressão;
canaletas de escoamento de águas servidas direcionadas para a rede de
esgoto do EAS; e ralo sifonado provido de tampa que permita a sua
vedação.
✓ Coleta e transporte externos

Consiste no recolhimento dos resíduos do abrigo de resíduos e


na sua remoção para a destinação visando ao tratamento ou à
disposição final. Devem ser realizados de acordo com as
normas NBR 12810 e NBR 14652 da ABNT.

A empresa transportadora deve observar o Decreto Federal nº


96.044, de 18 de maio de 1988, e a Portaria Federal nº 204, de
20 de maio de 1997.

Os veículos e equipamentos devem portar documentos de


inspeção e capacitação atestando a adequação, emitidos pelo
Instituto de Pesos e Medidas ou entidade credenciada, e
atenderem ao disposto na norma NBR 7.500 da ABNT e
resoluções da ANTT (nº 420/2004, nº 701/2004 e nº 1644/2006).
✓ Tratamento externo

Cabe lembrar que os resíduos do grupo A, subgrupos A1 e A2


devem, obrigatoriamente, ser submetidos a tratamento interno
(intra-estabelecimento de saúde), não podendo ser removidos
para que este ocorra em ambiente externo ao serviço de
saúde.
As bolsas de sangue rejeitadas e vacinas de campanha de
vacinação e os resíduos de atenção à saúde de indivíduos ou
animais com suspeita ou certeza de contaminação com
microrganismos, com relevância epidemiológica e risco
importante, são exceções, pois têm a opção de poderem ser
encaminhadas para tratamento em ambiente externo ao
serviço de saúde gerador.

Os resíduos perigosos do grupo B necessitam de ser tratados


antes da disposição final, a fim de não causarem poluição e
danos ao meio ambiente e à saúde coletiva.
✓ Transbordo ou estações de transferência

Instalação recomendada quando é grande a


distância a ser percorrida pelos resíduos até
o ponto de disposição final, não havendo
beneficiamento algum ou tratamento do
resíduo nessa operação.
Disposição final

O aterramento em solo, em local licenciado (aterro sanitário


ou outro), após tratamento prévio, é técnica reconhecida e
permitida atualmente no Brasil (Resolução nº 358/2005 do
CONAMA), além de ser economicamente mais compatível
com a realidade econômica do país.

O aterro sanitário é executado segundo critérios e normas de


engenharia (escolha da área apropriada, impermeabilização
do fundo, sistemas de drenagem e tratamento de líquido
percolado e de gases, etc.), que visam atender aos padrões
de segurança e de preservação do meio ambiente. Ele é
apropriado para receber os resíduos sólidos urbanos e a
maior parte dos resíduos de serviços de saúde.
Para os municípios ou associados de
municípios com população urbana até
30.000 habitantes que não disponham de
aterro sanitário licenciado, a Resolução
CONAMA nº 358/2005 admite, de forma
excepcional e tecnicamente motivada e
com a devida aprovação do órgão de
meio ambiente, a disposição final em
solo, desde que a alternativa obedeça
aos critérios estabelecidos no anexo II da
resolução.

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