INTER RESEARCH

20/05/2021

Inter Research: CriptoWorld Ed.1.21

A Revolução Cripto HASH11 R$ 40,75

Variação mês -23,26%

Damos início hoje ao nosso acompanhamento do mundo dos criptoativos.
Variação 2021 -23,26%
Teremos, além de relatórios sobre as principais criptomoedas no mundo, Variação UDM -23,26%

um Inter Guia de Criptos semanal, para auxiliar nas suas decisões sobre (em 20/05/21)

investimentos. Boa leitura! 4.000,0%

3.000,0% 3.058%
O investimento em criptoativos é para todo mundo? A pergunta parece
simples, mas com os altos e baixos vistos nos últimos meses, fica um 2.000,0%
2.184%

pouco mais complicado bater o martelo na hora de tomar uma decisão de

1.211%
investimentos. O ponto forte das criptomoedas, a falta de regulamentação, 1.000,0%
482%

acaba sendo também seu tendão de Aquiles. Isso porque elas acabam sendo 320%
0,0%

alvo de especulação, com comentários, como por exemplo, os de Elon Musk

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que inicialmente anunciou ao mercado a aceitação de criptomoedas como

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Binance Bitcoin Cardano Ethereum XRP
forma de pagamentos pela Tesla e, há poucos dias, voltou atrás na sua Fonte: Yahoo Finance, Banco Inter

Fonte: Bloomberg
posição. Algumas empresas têm entrado na onda cripto, passando a aceitar
este tipo de ativo como meio de pagamento, como o caso da Mastercard,
Gabriela Cortez Joubert, CNPI
reforçando sua importância no mercado. Entretanto, no contraponto, vemos gabriela.joubert@bancointer.com.br

governos federais atuando fortemente na refuta dos papéis. Com notícias Fernando Urbano
fernando.rocha@bancointer.com.br
contra e a favor, dia sim, dia não, investir em cripto pode ser aquela “pimenta”
no seu portfólio. Ficar de fora de um mercado disruptivo e com um futuro ainda
inimaginável talvez não seja a melhor opção, mas será preciso estômago e
uma boa dose de chá de camomila para manter os ânimos intactos.

Vale lembrar que no Brasil, a CVM não considera as criptomoedas valores

mobiliários e não existem corretoras autorizadas pelo Sistema Financeiro
Nacional a transacioná-las. No entanto, o investimento na classe é possível por
meio de fundos de investimento com estratégias de investimento no exterior.

No Inter, você pode investir através dos seguintes fundos e ETFs:

1. Vitreo Cripto Metals Blend FIC FIM;

2. Vitreo Criptomoedas FIC FIM IE (somente para investidores qualificados);
3. HASH11, ETF de criptomoedas da Hashdex;
4. Hashdex 20 Nasdaq Crypto Index FIC FIM (com alocação de 20% em
criptoativos e o restante em renda fixa);
5. Hashdex 40 Nasdaq Crypto Index FIC FIM (com alocação de 40%
em criptoativos e o restante em renda fixa – somente para investidor
qualificado)

Quer entender um pouco mais sobre o mundo dos criptoativos? Então dá

uma olhada nesse material que preparamos para você!
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A Revolução Cripto. Ao longo do último ano, uma das classes embora tenham evoluído, ainda operam com base no mesmo
de ativos que liderou os holofotes com performance de dar modelo de antigamente: por meio de intermediários.
inveja a muito segmento foi a de criptos. A título de exemplo,
o Bitcoin, a criptomoeda mais famosa por sua rápida e Para que o banco de um cliente efetue a transação para o banco
estratosférica valorização nos últimos anos, em 2020 teve de outro cliente, é necessário que os bancos “conversem”
seu valor de mercado avançando mais de 300%, chegando de forma a chegar à conclusão de que a transação é válida.
a aproximadamente R$ 4 trilhões, ou 95% do valor de todas Essa troca de informação entre os bancos se resume em
as empresas do Ibovespa juntas. Vale ressaltar que a moeda confirmação de dados. O primeiro banco prova para o outro,
representa parte considerável do valor de mercado das mais mostrando a base de dados que contenha informações
de 6.000 criptomoedas existentes hoje e que, em conjunto, confiáveis, que o seu cliente tem os recursos necessários para
têm valor de cerca de R$ 13 trilhões, ou três índices Bovespa. efetuar a transação. No entanto, a transação exemplificada
acontece milhares de vezes ao mesmo tempo com diversas
Mas, o que justifica esta valorização tão expressiva deste tipo contas/usuários diferentes gerando, portanto, a necessidade
de ativo em tão pouco tempo? Os defensores destes ativos de atualizar os vários bancos de dados de diversos bancos
afirmam que as criptomoedas têm uma capacidade disruptiva de forma síncrona. Por isso, transações mais complexas se
da escala da internet e argumentam que essas são capazes tornam morosas, dado que é necessário chegar a um ponto
de endereçar problemas das atuais moedas que até o século de concordância de saldo dos diversos clientes.
passado eram considerados impossíveis de se resolver.
Para resolver tal problema, as primeiras formulações de ideias
Valor de Mercado (R$ Bilhões)
10 maiores moedas por valor de mercado surgiram na década de 80. À época, o cerne da questão era
3.935
como realizar uma sincronização total das bases de dados
4.000

de forma simultânea, o que se notou impossível de ser

3.000 solucionado devido às limitações computacionais.

2.000 1.699
A entrada do Blockchain. Em outubro de 2008, época em que

1.000
a crise americana do subprime se alastrava e criava dúvidas
314 307 305 285 275
142 116 80 sobre o sistema financeiro, um programador, cujo pseudônimo
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era “Satoshi Nakamoto”, publicou um white paper intitulado
P

Bitcoin: A Peer-to-Peer Eletronic Cash System. Dois meses

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depois, o primeiro Bitcoin foi “minerado” e o sistema lançado.

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A ideia surgiu exatamente para tratar a forma análoga como a

Fonte: Coinmarket, Banco Inter; Data−base: 20/05/2021

moeda em geral era transacionada e quão arcaico o sistema

Entendendo a funcionalidade da moeda. Primeiramente, financeiro se mostrava. No centro da solução, estava a criação
vamos lembrar para que serve a moeda. Toda moeda tem duas de uma única base de dados descentralizada, acessível a
funções básicas: a primeira, intermediação, a segunda, reserva todos e durante qualquer dia ou hora e, por sua vez, sem
de valores. Assim, a moeda é assegurada e regulamentada controle centralizado por instituição, empresa ou governo.
pelo sistema financeiro de um país, por meio de seu Banco
Central. O Sistema Financeiro de um país serve para fiscalizar Contudo, garantir a veracidade e confiabilidade de valor desta
e executar todas as atividades de transações financeiras. base de dados e desta nova moeda era o principal desafio
Hoje, vivemos em um mundo tecnológico. No entanto, algumas do sistema. A grande sacada de Nakamoto foi a criação do
ferramentas do dia a dia não acompanharam com a mesma chamado blockchain.
velocidade os avanços da revolução tecnológica. Podemos
dizer que as transações financeiras funcionam como um claro O blockchain funciona como um processo tecnológico
exemplo disso, e mostra que nossos sistemas financeiros, governado por incentivos de criptografia. Primeiramente, ao

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contrário do meio tradicional de transacionar moedas, no
blockchain não há intermediário financeiro. Para isso, quando
determinado indivíduo deseja enviar uma criptomoeda para
outro, esse lança uma ordem e a transação fica no aguardo.
Nesse ponto, entram os mineradores (miners), programadores
responsáveis por agregar as transações em blocos e resolver
um problema de criptografia de forma a implementar a
transação no sistema. Uma vez que a solução do problema
matemático é encontrada, essa é implementada na rede, a
base de dados é atualizada e a transferência, até então em
aguardo, enviada.
Por sua vez, o sistema funciona com base em incentivos e,
por isso, toda vez que um miner resolve uma criptografia
que permite que um bloco de transações seja enviado, esse
recebe, no caso por exemplo do Bitcoin, 6,25 unidades da
moeda (ou aproximadamente R$ 1,67 milhões). Devido ao
considerável prêmio, diversos miners competem de forma a
tentar resolver os blocos, fazendo assim com que diversos
computadores “verifiquem” as transações dos clientes,
atualizando as bases de dados de forma simultânea. Ainda
no caso do Bitcoin, cerca de 40 mil computadores verificam
independentemente cada transação efetuada, garantindo a
segurança e confiabilidade do sistema.
A ideia de Nakamoto se provou com o tempo e trouxe a
possibilidade da entrada da moeda na era da internet. Após
11 anos de sua implementação, o Bitcoin, por exemplo, nunca
foi hackeado e já transacionou bilhões de dólares.
Quando irei comprar meu café com criptomoedas? Apesar
de ser uma grande revolução, o blockchain não foi construído
para mudar a forma como indivíduos fazem pequenas
transações nas suas rotinas. Até porque, ao comprar um café
com pix, dinheiro ou um cartão, você completa a transação
após segundos e tem maior probabilidade de reclamar da
qualidade do café do que do tempo que levou para pagá-lo.
Portanto, é improvável que nos próximos anos os pagamentos
rotineiros sejam feitos com criptomoedas.
Por outro lado, o surgimento do blockchain possibilita
uma revolução em três aspectos que tangem transações
financeiras. Primeiramente, a transferência de elevadas
quantias para outros países passa a ser extremamente rápida
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e menos custosa. A título de exemplo, em abril de 2020, uma
transação de US$ 1,1 bilhão foi feita em menos de 10 minutos
por uma taxa de US$ 0,68. Em segundo lugar, a tecnologia
possibilitou a retirada de intermediários financeiros. No mundo
financeiro tradicional, a validação de uma transação entre
duas partes é sempre feita por um terceiro. Exemplificando,
quando um PIX é feito, o seu banco faz esta intermediação,
validando a operação. Em contrapartida, no blockchain,
transações são fruto de uma concordância geral, onde uma
transferência é validada não por uma instituição, mas sim por
milhares de computadores. Isso somente é possível devido
a descentralização, característica marcante em diversas
criptomoedas. Consequentemente, um indivíduo que desejar
burlar o sistema, terá que hackear todos os computadores que
operam independentemente, o que se mostra extremamente
mais complicado do que “enganar” o software de uma única
instituição, tornando, portanto, o blockchain extremamente
seguro.
Por último, o blockchain permite contratos inteligentes.
Os chamados “smart contracts” são contratos digitais
autoexecutáveis que usam tecnologia para garantir que
os acordos firmados serão cumpridos. Por serem moedas
digitais, as criptos podem ser “programadas”. Exemplificando,
determinada pessoa pode programar uma transação se
determinada condição for cumprida ou após determinado
tempo. Se para uma negociação ser concluída todos devem
pagar, é possível planejar para que esta transferência
ocorra somente quando todos tiverem enviado a suas
ordens de transferência. Os contratos usam do conceito
de descentralização também, e as informações inseridas
e cláusulas são validadas nos códigos escritos na cadeia
de blocos. Depois, os computadores participantes da rede
avaliam a transação e, se a maioria concordar, o contrato
é considerado verificado e se torna imutável, dado que
seu algoritmo criptografado cria uma cadeia de registros,
impedindo a falsificação.
Por que existe mais de uma criptomoeda? Instagram,
Facebook, Twitter, Linkedin são algumas redes sociais e
cada uma dessas foca em um determinado público ou presta
um melhor serviço em determinada função. No mundo das
criptomoedas, o funcionamento é similar. Isso acontece
porque existe um trade-off no blockchain que faz com que os
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criadores de criptomoedas tenham que escolher entre mais Volat ilidade Diária Anualizada
Desvio Padrão Móvel de 1 Ano
segurança, mais programabilidade ou maior velocidade para
transações. 150,0%

Em relação a segurança, o Bitcoin entra na frente dos outros,

100,0%
devido aos milhares de computadores independentes
validando e possibilitando as transações e ao sistema
50,0%
descentralizado, ainda nunca hackeado. Além disso, o código
da moeda é extremamente simples e somente permite uma
gama bem limitada de ações, o que é mais um ponto favorável 0,0%

1
à segurança. Em contrapartida, o nível de programabilidade é

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baixo, não permitindo smart contracts mais complexos. Bitcoin Ethereum S&P
Fonte: Yahoo Finance, Banco Inter; Data−base: 20/05/2021

No que tange à programabilidade, o Ethereum se mostra
extremamente vantajoso. A moeda, que tem apenas 6 anos,
permite um leque amplo de ações e é ideal para smart
contracts, tendo assim um código mais complexo, porém
desfavorecendo a segurança.
Alguns acreditam que o valor da moeda é definido pela
ocupação do mercado endereçável a ela. Por exemplo, se o
Bitcoin for considerado uma reserva de valor e tiver um papel
similar ao do ouro, esse deve ter um valor em % do mercado
endereçável do ouro.

Já com respeito à velocidade, a XRP, a sétima maior
criptomoeda, é muito conveniente. Essa se diferencia pelo
seu grau de centralização. Enquanto o Ethereum e o Bitcoin
são ativos descentralizados, a XPR é mantida por apenas 36
nós (do inglês, nodes), dos quais seis são de apenas uma
companhia, controladora da maioria da oferta monetária. Por
ser mais centralizada, a moeda permite que as transações
sejam validadas em menos vezes, deixando-a, portanto, mais
rápida, porém menos segura. Portanto, a tendência é que
várias moedas continuem existindo e algumas se sobressaiam.
Qual o preço justo de uma criptomoeda? Quando analistas de
ativos mobiliários, por exemplo ações, calculam o valor justo
de um ativo ou ação, geralmente usam modelos de valuation,
como são conhecidos no mercado, podendo ser modelo por
fluxo de caixa descontado, múltiplos, etc. Para criptomoedas,
o funcionamento é um pouco diferente. A classe de ativos, que
surgiu há apenas 11 anos, ainda não tem modelos de valuation
bem definidos e há forte discordância em como chegar em
um preço alvo. Como consequência disso, a volatilidade
dessa classe permanece alta, característica negativa do
investimento.
Outra forma conhecida de precificar criptomoedas é
colocando-as em mesma classe queas redes. Uma forma
extremamente comum de precificar redes sociais consiste
de determinar o valor pelo quadrado do número de usuários.
Com isso, o crescimento do valor de mercado da rede acelera
conforme o crescimento de usuários da mesma. No entanto, a
abordagem é extremamente criticada para criptoativos, dado
que, diferentemente dos usuários de uma rede, usuários de
criptoativos não têm valor uniforme, tendo em vista que dois
usuários podem ter quantidades completamente diferentes
da moeda.
Existem outras formas menos utilizadas de se fazer o
valuation de uma criptomoeda, no entanto, também
apresentam problemas similares. De qualquer forma, fica
claro que o valor de uma criptmoeda é extremamente atrelado
à confiança que os indivíduos têm sobre ela. Os criptoativos
não se diferenciam somente pela qualidade do seu blockchain
ou pela sua velocidade, mas também por quantas pessoas
acreditam neles. A título de exemplo, é extremamente fácil
copiar a página do Facebook e criar uma nova rede social,
mas transformá-la em um novo Facebook é extremamente
difícil.

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Bitcoin: o “ouro digital”. Bitcoin, moeda pioneira entre os um hedge para inflação, especialmente em economias com
criptoativos, surgiu em 2008 e é conhecida como o ouro cenários hiperinflacionários.
digital. O apelido vem das suas características, próprias para Correlação M óvel de 1 Ano

que ela pudesse servir como reserva de valor.

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Bit coin (BTC)

Ret orno em US$ em 12 meses

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BTC vs. Ouro BTC vs. S&P BTC vs. IBOV
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Fonte: Bloomberg, Banco Inter

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Bit coin S&P

Font e: Yahoo Finance, Banco Int er; Dat a−base: 20/ 05/ 2021
Além disso, outra similaridade com o ouro é que o Bitcoin
traz a ideia de segurança muito forte consigo. No mundo das
Entre suas similaridades com o ouro, a oferta monetária rígida criptomoedas, a invenção de Nakamoto se mostra como a
é uma das mais relevantes. Atualmente, a oferta da moeda é mais segura, fruto da simplicidade e rigidez do seu código de
de 18,7 milhões de unidades e cerca de 880 novas unidades blockchain e da sua descentralização. O risco de manipulação
são produzidas todos os dias em função dos miners e a busca ou interferência acaba reduzido, uma vez que a criptografia é
de suas “comissões” de 6,25 unidades da moeda. No entanto, incluída no blockchain.
a cada 4 anos, no evento chamado “Halving”, a recompensa
por bloco minerado é reduzida pela metade. Dessa forma, Por outro lado, o Bitcoin também possui desvantagens. Como
estimasse que, em 2140, a oferta da moeda se torne fixa em mencionamos, devido ao seu foco em segurança, a moeda
21 milhões de unidades. Ademais, o limite de oferta monetária não apresenta a possibilidade de smart contracts, Além
somente poderá ser alterado se houver consenso entre todos disso, a moeda é extremamente criticada pela quantidade de
os participantes. No entanto, devido a forte descentralização energia e recursos que gasta para validar suas transações.
da moeda, a alteração se torna extremamente improvável. O sistema de mineração, conhecido como PoW (proof-of-
Ofert a M onet ária de Bit coin (M ilhões) work), consome cerca de 130TWh por ano apenas para o

20
Oferta Máxima (21 Milhões) Bitcoin, equivalente a energia gasta anualmente em um país
18,7
17,7 de 45 milhões de pessoas (Argentina, por exemplo), segundo
16,3
15 estudos da universidade de Cambridge. O debate em relação
14,1
ao meio ambiente vem ganhando muito espaço e moedas que
11,1
10 utilizam o PoS (proof-of-stake), no qual o validador, substituto
para o miner nesse método, só poderá validar a transação de
6,1
acordo com a quantidade de moedas que ele já detém, como
5

a Tezos, por exemplo.

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Fonte: Coinmetrics, Banco Inter

Além do Bitcoin, outras moedas também têm rigidez de oferta,

mas não apresentam descentralização tão forte, o que facilita
mudanças nas regras de oferta. Por esta razão, existem
aqueles que consideram uma criptomoeda como o Bitcoin,

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Consumo de Energia Anual (TW h) definida. Entretanto, assim como o Bitcoin vem reduzindo a
sua taxa de inflação consideravelmente ao longo dos últimos
Bit coin 130 anos. Na sua criação, em 2016, a moeda foi desenvolvida com
72 milhões de unidades e, hoje em dia, já conta 115 milhões.
A recente valorização do Ethereum é fruto dos intensos
Et hereum 26
avanços tecnológicos que a mesma vem trazendo.
Exemplificando, dentro de alguns anos, devemos ver o
lançamento do Ethereum 2.0, focado em PoS (proof-of-stake)
Tezos 0,00006
ao invés de PoW (proof-of-work), tendo a vantagem de reduzir

0 25 50 75
Font e: Universit y of Cambridge, Banco Int er
Ethereum: sinônimo de flexibilidade. Logo após o Bitcoin,
vemos a Ethereum na lista das maiores criptomoedas. Em
2020, a ETH apresentou uma valorização de 469%, e mais
233% agora em 2021. Consequentemente, ela vem ganhando
espaço e, atualmente, apresenta um valor de mercado de R$
1,7 trilhões, cerca de 44% do valor de mercado do Bitcoin.
Et hereum (ETH)
Retorno em US$ em 12 meses
100 125
drasticamente o consumo de energia para criação de novas
moedas. O novo método, que já vem sendo desenvolvido, é
baseado em participantes que colocam moedas de sua posse
como colateral na plataforma. As moedas utilizadas como
colateral são usadas para validar as novas transações feitas
e, consequentemente, rendem uns “juros” aos seus credores.
Portanto, o método, que utiliza de “validadores” ao invés
de mineradores, não tem o gasto de energia como no PoW,
mas sim de recursos. Com o lançamento da nova forma, o
yield esperado para um validador é de 7% a 8% ao ano, com
projeção de queda ao longo do tempo, entretanto.

1.600,0%

A guerra público-privada das criptomoedas. Apesar de

1.223,2%
1.200,0%
todo o caráter disruptivo do Bitcoin e outras criptomoedas,

800,0%
para todo o “novo”, existem os céticos. O principal argumento
dos avessos aos criptoativos é majoritariamente político:
400,0%
os bancos centrais jamais aceitariam perder o poder que
0,0% 38,5% atualmente tem sobre a moeda. Lembramos que, uma das
principais formas do governo de estimular a economia é
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através da política monetária e, caso outras criptomoedas

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Ethereum
Fonte: Yahoo Finance, Banco Inter; Data−base: 20/05/2021
Ao contrário do Bitcoin, o Ethereum não se assemelha tanto
ao ouro, mas aposta em flexibilidade. Assim como o primeiro,
esse também apresenta forte descentralização; no entanto,
possui um código de blockchain mais complexo sendo,
portanto, ideal para elaboração de contratos inteligentes
estruturados. A contrapartida: menor segurança. Por sua
vez, os contratos inteligentes vêm ganhando muito espaço.
Atualmente, cerca de 10,2 milhões unidades de Ethereum
estão “trancadas” em plataformas Defi (Descentralized
Finance) em smart contracts, um crescimento de 37% em
relação ao fim do ano passado.
Além disso, o Ethereum não apresenta oferta monetária
S&P
tomassem posição central na rotina dos indivíduos, os
Bancos Centrais teriam dificuldade para controlar ciclos
econômicos e injetar dinheiro na economia. Além disso, caso
o espaço corrente das moedas públicas fosse ocupado por
criptomoedas com rigidez de oferta, haveria problema de
deflação e possivelmente crescimento constante das taxas
básicas de juros da economia.
Assim, o Banco Central Europeu, segundo Christine Lagarde,
presidente da autarquia, não espera ter reservas de Bitcoin
ou outras criptomoedas tão cedo. Pelo contrário, a União
Europeia já anunciou querer ter uma moeda virtual até 2025.
Para mais, a China já aplicou seu piloto de criptomoedas
para 500 mil pessoas e EUA e Reino Unido já lançaram a
força tarefa para criar as suas também. Por sua vez, essas

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prometem inovar mais do que somente na digitalização. Com

as CBCCs, (Central Bank Cryptocurrencies) é esperado que
indivíduos não mais precisem ter contas bancárias em bancos
de varejo privados, mas sim contas no próprio banco central.
Dessa maneira, os depósitos não seriam mais garantidos por
bancos privados, mas pelo Estado. Segundo estimativas do
The Economist a digitalização das moedas estatais tornaria o
sistema financeiro acessível para mais 1,7 bilhão de pessoas,
atualmente à margem do bancarização.

O futuro é Cripto? Claramente, é difícil saber qual será a maior

criptomoeda, quais ainda devem crescer ou surgir e qual tem
o maior potencial disruptivo. Enquanto algumas focam mais
em segurança, outras permitem transações mais complexas
e ainda outras apresentam velocidade jamais antes vistas. No
entanto, não há dúvida do potencial da classe de ativos, no
âmbito estatal ou privado, de alterar a forma como transações
são efetuadas e como o sistema financeiro funciona.

Mas, nem tudo são flores. O Sistema Financeiro da maneira

como é estruturado hoje assegura não apenas o valor do
dinheiro no tempo, mas também a rastreabilidade destas
divisas, algo não contemplado pelos criptoativos. Programas
para prevenção de lavagem de dinheiro, evasão fiscal, só são
possíveis devido ao controle dos Bancos Centrais e de toda a
rede financeira mundial. Os valores transacionados via cripto
não passam por regulamentação e poderiam facilmente ser
usados para fins espúrios como financiamento do tráfico de
drogas, crimes de lavagem de dinheiro, dentre outros. Este é
apenas um dos desafios e questionamentos daqueles que são
contra a ampla aceitação deste tipo de ativo. Falaremos mais
sobre os riscos na próxima edição.

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Disclaimer
Este material foi preparado pelo Banco Inter S.A. e destina-se à informação de investidores, não constituindo oferta de com-
pra ou venda de títulos ou valores mobiliários. Os ativos discutidos neste relatório podem não ser adequados para todos os
investidores. Este material não leva em consideração os objetivos de investimento, a situação financeiras e as necessidades
específicas de qualquer investidor em particular. Aqueles que desejem adquirir ou negociar os ativos objeto de análise neste
material devem obter as informações pertinentes para formarem sua própria convicção sobre o investimento. As decisões de
investimento devem ser realizadas pelo próprio leitor. O investimento em títulos e valores mobiliários apresenta riscos para os
investidores, podendo resultar em significativas perdas patrimoniais. A rentabilidade obtida no passado não representa garan-
tia de resultados futuros.
As informações, opiniões e estimativas contidas no presente material foram obtidas de fontes consideradas confiáveis pelo
Banco Inter S.A. e foi preparado de maneira independente. Em que pese tenham sido tomadas todas as medidas razoáveis
para assegurar a veracidade das informações aqui contidas, nenhuma garantia é firmada pelo Banco Inter S.A. ou pelos ana-
listas do Banco Inter quanto à correção, precisão e integridade de tais informações, ou quanto ao fato de serem completas. As
informações, opiniões, estimativas e projeções contidas neste documento referem-se à data em que o presente material foi
disponibilizado e estão sujeitas a mudanças, não implicando necessariamente na obrigação de qualquer comunicação, atuali-
zação ou revisão do presente material.
O analista de valores mobiliários responsável por este relatório declara que as recomendações e análises refletem única e ex-
clusivamente as suas opiniões pessoais e que foram elaboradas de forma independente, inclusive em relação à pessoa jurídica
à qual está vinculado, podendo, inclusive, divergir com a de outros analistas do Banco Inter ou ainda com a de opinião de seus
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Nos termos da regulamentação em vigor, a área de research do Banco Inter é segregada de outras atividades que podem en-
sejar potenciais conflitos de interesses.
O Banco Inter S.A. e as demais empresas do Grupo Inter poderão, respeitadas as previsões regulamentares, vender e comprar
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(v) a sua remuneração e dos analistas de valores mobiliários envolvidos na elaboração do presente relatório é direta ou indi-
retamente, influenciada pelas receitas provenientes dos negócios e operações financeiras realizadas pelo Banco Inter.

Para maiores informações, é recomendável que os destinatários consultem a Instrução CVM 598, de 3 de maio de 2018,
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