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EIXO 4

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Conceitos de

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insalubridade e periculosidade:

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caracterização e controle
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CADERNO #7
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APROVA AFT
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Professora: Bruna Quadros


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@compliance.na.crise
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Segurança e Saúde no Trabalho


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Prezado
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Olá, futuro(a) AFT Aprovado(a)!


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Benvindo(a) de volta ao nosso curso Supremo + Aprova AFT =)


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Este é nosso 7º pdf do EIXO TEMÁTICO 4 - SEGURANÇA E SAÚDE DO TRABALHADOR E DA TRABALHADORA!


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Prof. Bruna Quadros aqui de novo!!! Em carne, osso, peruca e laquê! Tô aqui confiante que você está

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realmente LENDO todos os cadernos antes de assistir às videoaulas. E relendo para fixar o conteúdo, que foi extenso
e cheio de novidades até aqui.

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A boa notícia é que o item 7 do Eixo 4 do Edital não é tão estranho assim. Pelo contrário! Se você perguntar

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na rua o que as pessoas sabem sobre segurança e saúde no trabalho, a maioria vai citar a palavra “insalubridade” ou

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“periculosidade’. E, dessas, boa parte vai citar os famosos adicionais que compõem a remuneração do trabalhador e

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que você vai aprender lá no item 12 do Eixo 5!

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Confere aqui o que diz exatamente o item do edital:

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7. Conceitos de insalubridade e periculosidade: caracterização e controle

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O conceito que uma pessoa faz sobre o que seja insalubridade e periculosidade vai depender de sua formação,

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experiência profissional e interesse por questões de saúde e segurança no trabalho. O concurseiro do Bloco 4 do CNU

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(você!) tem que sair do básico, do senso comum, missão que vamos cumprir juntos neste caderno!

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7.1 Conceito de insalubridade

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Insalubre é o trabalho que prejudica a saúde do trabalhador. Será caracterizado conforme a legislação de cada

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país, sendo, via de regra, fruto de alguma avaliação técnica realizada por um profissional competente.

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No Brasil, a avaliação acaba sendo feita em um documento chamado Laudo Técnico das Condições Ambientais

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do Trabalho – LTCAT. Mais um acrônimo para nossa sopa de letrinhas de SST, né? A elaboração do LTCAT é comandada
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pela legislação previdenciária, mais especificamente pelo Regulamento da Previdência Social, aprovado pelo Decreto
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nº 3.048, de 6 de maio de 1999. Este regulamento estabelece as diretrizes para a avaliação das condições de trabalho
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para fins de concessão de APOSENTADORIA ESPECIAL aos trabalhadores que são expostos a agentes nocivos químicos,
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físicos, biológicos ou associação desses agentes, que prejudiquem a saúde ou a integridade física ao longo do tempo.
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7.1.1 Caracterização
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O Decreto é claro ao estabelecer que o empregador ou seu preposto deve comprovar a efetiva exposição do
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segurado (a pessoa que irá se aposentar sob o regime especial no futuro) a agentes químicos, físicos, biológicos e/ou
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da associação de agentes considerados para fins de concessão de aposentadoria especial. E somente “contam” os
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agentes que foram relacionados no Anexo IV daquele decreto. E, detalhe!, nada exclusivamente ergonômico ou
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relacionado a acidente consta naquele anexo. Então fique esperto para não esperar que saia insalubridade da toca da
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ergonomia, por exemplo. Nesse mato não há coelho!


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A comprovação da exposição deve estar ancorada/baseada em um laudo técnico expedido por médico do
trabalho ou engenheiro de segurança. A LTCAT, então, só pode ser elaborada/assinada por um desses dois
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profissionais!
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Este laudo deve conter, ainda, informações sobre a existência de tecnologia de proteção coletiva ou individual
e sobre a sua eficácia. É isso que, em última análise, vai ser crucial para que se conclua se a exposição se efetiva ou
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não, se ela se concretiza no mundo real, no corpo daquela pessoa: se o trabalhador está exposto efetivamente àquele
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agente avaliado!
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Como todo laudo, deverá ser CONCLUSIVO. Deverá haver conclusão indicando se a insalubridade foi ou não
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neutralizada com a adoção efetiva dos controles previstos. Ou seja: se os controles implementados são
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suficientemente eficazes, terá sido neutralizada a insalubridade; se não forem, estará caracterizada.
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E, veja: percebeu que só vamos poder concluir sobre a caracterização da insalubridade quando examinarmos
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os CONTROLES? E, adivinha só?! Não é que o examinador pediu expressamente sobre controles neste nosso item 7
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do edital? Vamos falar sobre eles loguinho, no item 7.1.1. Também abordaremos controles quando estudarmos o
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caderno #8, que vai tratar do item 8 do Edital.


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Professora: Bruna Quadros - SST


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Antes disso, vamos dar uma conferida no que diz o texto da NR-15, que é a Norma Regulamentadora que trata

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de “Atividades e operações insalubres”.

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De acordo com a NR-15, temos três grupos distintos de atividades/operações insalubres:

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1º) Aquelas onde se identifica exposição acima dos limites de tolerância.

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Para essas, exige-se AVALIAÇÃO QUANTITATIVA, que deve respeitar as metodologias estabelecidas. De

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acordo com o disposto no Decreto 3.048, a metodologia e os procedimentos de avaliação a serem empregados são

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aqueles estabelecidos pela Fundação Jorge Duprat Figueiredo de Segurança e Medicina do Trabalho – FUNDACENTRO
ou, em sua ausência, os estabelecidos ministerialmente.

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Avaliação quantitativa não é uma mediçãozinha qualquer! A metodologia vai indicar diversas regrinhas, como

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quantas amostras devem ser avaliadas, durante quanto tempo se colhe cada amostra e qual instrumento é admitido

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nessa avaliação.

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Enquadram-se nesse rol os agentes físicos ruído (contínuo ou intermitente, no Anexo nº 1, e de impacto, no

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Anexo nº 2), Calor (Anexo nº 3) e radiação (Anexo nº 5), bem como os agentes químicos que constam nos Anexo nº

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11 e nº 12 da NR-15.

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É importante que você saiba que o RUÍDO costuma se distribuir na jornada de forma desigual. A menos, é

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claro, que o trabalhador fique a jornada toda junto a uma mesma máquina e todo o entorno se mantenha

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rigorosamente igual, o que é quase impossível. Assim, se durante a jornada de trabalho ocorrerem dois ou mais
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períodos de exposição a ruído de diferentes níveis, devem ser considerados os seus efeitos combinados. Para chegar
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no valor que resulta dessa combinação, vamos somar as sucessivas doses para ver se, no fim do dia, a exposição ficou
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abaixo ou acima do tolerável. Se a soma das doses for superior a 1, foi excedido o limite de tolerância.
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⚠ ALERTA DE EXERCÍCIO! ⚠
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O examinador pode propor um exercício no qual ele te dá os tempos de cada exposição, juntamente com os
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valores, em dB, aferidos e te entrega a tabela de limites do Anexo nº 1.


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Digamos que, em uma jornada, o trabalhador João ficou exposto a 85dB de ruído por 2 horas, a 90 decibéis
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por 1 hora e a 100 dB por meia hora e ficou em atividade administrativa, sem exposição a ruído, pelo restante da
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jornada. Considere que não houve tentativa de eliminação ou neutralização de insalubridade por qualquer meio. Nesse
caso apresentado, há insalubridade?
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Para resolver, você terá que fazer a soma de todas as exposições, considerando para casa parcela, a divisão
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entre o tempo de efetiva exposição e a máxima exposição diária permissível para aquele nível de ruído.
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Nossa soma fica assim:


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Para 85dB – 2 horas de exposição efetiva – máxima de 8 horas – 2/8 = 0,25


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Para 90 dB – 1 hora de exposição efetiva – máxima de 4 horas – 1/4 = 0,25


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Para 100dB – 0,5 hora de exposição efetiva – máxima de 1 hora – 0,5/1 = 0,5
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Desprezível o ruído no restante da jornada = 0

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A soma deu 1! Redondo. E o que diz o Anexo? Que se a soma das frações exceder a unidade, a exposição estará

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acima do limite de tolerância. No caso, estamos exatamente no limite de tolerância. Qualquer tempinho a mais em

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quaisquer dos níveis de ruído e excederíamos a unidade!

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O examinador pode querer que você conheça essa fórmula, que a tenha decorado. Considero que seria um
desperdício de questão em um concurso tão concorrido e uma incoerência com o espírito do CNU. Mas uma coisa é

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inegável: o examinador quer saber se você sabe interpretar dados e tabelas. Espero que ele seja mais criativo para

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descobrir se você é bom nisso ou não!

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Para CALOR, vamos ter fórmulas também, sendo uma para ambientes internos ou para ambientes externos

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sem carga solar direta e outros para ambientes externos com carga solar direta.

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Para ambientes internos ou externos sem carga solar direta:

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IBUTG = 0,7 tbn + 0,3 tg

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Para ambientes externos com carga solar direta:

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IBUTG = 0,7 tbn + 0,2 tg + 0,1 tbs

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Sendo: tbn = temperatura de bulbo úmido natural em °C

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tg = temperatura de globo em °C
tbs = temperatura de bulbo seco (temperatura do ar) em °C
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Vale a pena decorar essa fórmula? Se o examinador não for coerente com a promessa do Governo para o CNU,
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sim! Se o examinador se comportar da velha forma, vai destacar a informação se há ou não carga solar direta ou se o
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ambiente é externo. Isso que vai te fazer usar uma fórmula ou outra!
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Quer saber o que esta sua professora aqui considera muuuuito mais útil? Que você saiba que a
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temperatura de bulbo seco é super relevante para entender o estresse térmico, uma vez que é a medida de representa
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a temperatura do ar, sendo uma medida direta do calor sensível do ambiente. Em outras palavras: mede o calor que
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você realmente pode sentir!


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O termômetro de globo mede se o sol está de rachar ou não rs Sabe aquele dia em que você pisa na rua e
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parece que tem um sol para cada um? Ou dois sóis pra cada um, se você estiver em Cuiabá ou Teresina? Quando a
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temperatura à sombra é infinitamente mais tolerável do que ao sol? Quem mede esse desconforto é o termômetro
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de globo. Em ambientes internos e sem carga solar direta o TG tende a ser mais baixo, isso vai reduzir o IBUTG dos
ambientes internos e dos externos sem carga solar direta. Por isso que o principal controle para calor é ABRIGO. Você
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vai ver controles bem legais para calor na seção 7.1.2, ok?
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Em locais desérticos, caracterizados por baixíssima umidade e altas temperaturas, o tbs vai ser alto e o tbn vai
ser mais baixo, em função da umidade relativa no ar. Em um local extremamente úmido, como a Amazônia na época
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do “inverno” (estação chuvosa que se concentra entre novembro e abril, época das cheias, caracterizada por alta
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umidade do ar), o tbn vai ser mais alto, porque a alta umidade do ar impede a evaporação).
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Nas atividades ou operações onde trabalhadores possam ser expostos a RADIAÇÕES IONIZANTES, os limites
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de tolerância, os princípios, as obrigações e controles básicos para a proteção do homem e do seu meio ambiente
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contra possíveis efeitos indevidos causados pela radiação ionizante, são os constantes da Norma CNEN-NN-3.01:
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"Diretrizes Básicas de Proteção Radiológica", de março de 2014, aprovada pela Resolução CNEN n.º 164/2014, ou
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daquela que venha a substituí-la. Assim, vamos ter a exposição a raios-X e raios-gama, a material radioativo, como os
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utilizados em aplicações médicas (radioterapia contra o câncer) ou em instalações nucleares, a aceleradores de


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partículas, entre outros.


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2º) Aquelas definidas qualitativamente (supostamente sem laudo)


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Aqui entram os agentes físicos pressão anormal (superior à atmosférica) e determinados agentes químicos, os

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quais são taxativamente expressos no Anexo nº 13 da NR-15, e a determinadas atividades com exposição a agentes
biológicos (anexo nº 14 da NR-15).

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O Anexo nº 13 traz a relação de péssimos agentes demoníacos (para associação/mnemônico = 13 é

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culturalmente considerado um número de azar, associado ao mal e às trevas) que eram super frequentes na indústria
ao tempo de publicação da NR-15 em 1978, como arsênico, cromo, chumbo, mercúrio, 4-4 - amino difenil (p-

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xenilamina), benzidina, betanaftilamina e 4 – nitrodifenil.

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Essas substâncias são tão “do mal”, que são fortemente reguladas hoje em dia em todo o mundo, a ponto de

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terem sido banidas em diversos países. No Mercosul, por exemplo, não se admite o uso de benzidina em produtos de

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higiene pessoal, cosméticos e perfumes (RDC mº 83 da Anvisa – não é necessário decorar isso, ok?). Moral da história:

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quem expõe seus trabalhadores aos agentes previstos no Anexo nº 13 está na idade da pedra (no tempo do Êpa!) ou

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produz algo muuuuuito específico que não pode prescindir daquela substância.

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De qualquer forma, vamos lembrar da hierarquia de controles que aprendemos lá no Caderno #2.

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E o que recomenda a boa técnica? Que a organização avalie o risco e,
identificando um agente desses relacionados no Anexo 13, avalie a

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possibilidade de eliminá-lo ou substituí-lo ANTES de propor controles

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coletivos ou individuais!
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Um exemplo de atividade bastante comum que ainda usa


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cromo é a galvanoplastia (que é um tratamento que se dá para que as


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superfícies fiquem brilhosas e não oxidem, não “enferrujem). Nesse tipo de indústria, onde o cromo é realmente
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necessário, vamos adotar as medidas seguintes na hierarquia de controles.


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Aqui temos exemplos de medidas de


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controle adotadas por uma organização que


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utilizava cromo onde todas as estratégias


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foram empregadas. No tanque de


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resfriamento (cooling), foi eliminado o cromo.


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No tanque de passivação, foi reduzida a


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concentração de cromo (absurdamente) e a


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temperatura de processo. Isso reduz as


emanações de cromo, reduzindo a exposição.
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Mas isso ainda não seria suficiente, uma vez que estamos falando de um agente reconhecidamente carcinogênico.
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Então, o que a gente faz??? Instala um sistema de ventilação e propõe um equipamento de proteção respiratória
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adequado. A tabela acima ilustrou o pôster de um trabalho que remeti para o principal congresso internacional na
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área de saúde do trabalhador, cujo resumo se encontra aqui: 911 Elimination, reduction, and control of hexavalent
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chromium respiratory exposure: a brazilian case | Occupational & Environmental Medicine (bmj.com)
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Mas continuemos!!!
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O Benzeno é um capítulo tão a parte na NR-15, que recebeu um “puxadinho” exclusivo no Anexo 13 em 1995.
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Antes desse ano, o benzeno requeria avaliação quantitativa, usando valores quase pré-históricos, que constavam já
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no Anexo nº 11 da NR-15 de 1978. E por que resolveram regular o benzeno a parte? O benzeno foi regulado
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separadamente na Norma Regulamentadora nº 15 (NR-15) em 1995 devido à sua alta toxicidade (dê uma revisada lá
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no Caderno #4 – Toxicologia para relembrar esse assunto!) e ao amplo reconhecimento dos riscos graves que essa
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substância representa para a saúde dos trabalhadores. O benzeno é um hidrocarboneto aromático conhecido por ser
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um carcinógeno humano, e mesmo em baixas concentrações pode desencadear uma variedade de efeitos adversos à

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saúde, incluindo leucemia (especialmente leucemia mieloide aguda), anemia aplástica, trombocitopenia, e outras
desordens sanguíneas.

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O Anexo nº 13-A da NR-15, que trata sobre benzeno, é cheio de detalhes, o que me impõe recomendar que

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você dedique um tempo para lê-lo. Observe que o item 2 contém o campo de aplicação, que são “todas as empresas
que produzem, transportam, armazenam, utilizam ou manipulam benzeno e suas misturas líquidas contendo 1% (um

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por cento) ou mais de volume e aquelas por elas contratadas”. O item 2.1 excetua as atividades relacionadas às

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atividades de armazenamento, transporte, distribuição, venda e uso de combustíveis derivados de petróleo. Então
não aplicamos esse anexo a frentistas de postos revendedores de combustível. O que, do ponto de vista

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remuneratório, não chega a ser um grande problema, já que esses trabalhadores fazem jus a outro adicional, o de

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periculosidade. Vamos falar sobre ele ainda neste caderno. Segura esse forninho, Giovana!

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Os Anexo nº 14 vai trazer a relação das atividades que envolvem agentes biológicos, cuja insalubridade é

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caracterizada pela avaliação qualitativa. Cada tipo de atividade vai gerar um enquadramento de grau de insalubridade:

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máximo ou médio. O grande inconveniente deste anexo é a intensa discussão doutrinária (o que os autores

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bambambãs dizem sobre o tema) e jurisprudencial (o que os magistrados decidem, o conteúdo de súmulas e

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Orientações Jurisprudenciais) em torno de termos, como “lixo urbano (coleta e industrialização)”. Para você ter uma

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ideia, foi necessário editar uma súmula para pacificar que tipo de coleta de lixo está sendo reconhecida como “coleta

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de lixo urbano”! A Súmula 448, II, do TST, dispõe que:

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II - A higienização de instalações sanitárias de uso público ou coletivo de grande circulação,
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e a respectiva coleta de lixo, por não se equiparar à limpeza em residências e escritórios,
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enseja o pagamento de adicional de insalubridade em grau máximo, incidindo o disposto no


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Anexo 14 da NR-15 da Portaria do MTE nº 3.214/78 quanto à coleta e industrialização de lixo


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urbano.
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Quanto ao adicional em grau máximo para “trabalho ou operações em contato permanente com pacientes em
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isolamento por doenças infecto-contagiosas, bem como objetos de seu uso, não previamente esterilizados”, a
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jurisprudência também suaviza o rigor semântico, isto é, os tribunais não levam tão ao pé da letra o que está escrito
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na NR-15. Assim, admitem que o contato seja habitual e intermitente, inclusive caso os pacientes não estejam em
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isolamento.
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Vamos exercitar a aplicação desse raciocínio num cenário relativamente recente? Em uma unidade de
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atendimento COVID-19 durante a pandemia, por exemplo, mesmo os profissionais da triagem e testagem faziam jus
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ao respectivo adicional, uma vez caracterizada a insalubridade pelo fato de que, na execução do seu trabalho, havia o
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risco de entrarem em contato com pacientes contaminados pelo vírus SARS-Cov2.


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3º) Comprovadas através de laudo de inspeção do local de trabalho


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Aqui entram as atividades previstas nos Anexos n.º 7, 8, 9 e 10 da NR-15. Aqui estão incluídos os agentes físicos
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radiações não ionizantes, vibrações, frio e umidade.


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Anexo nº 7 – Radiações não ionizantes


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São as radiações do tipo microondas, ultravioletas e laser. Mas não é qualquer microonda, viu?! Operar
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aparelhos como esse doméstico, onde a gente aquece e descongela coisas, não dá direito a adicional! É necessário um
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laudo para avaliar se há, de fato, uma condição insalubre no caso concreto. E essa caracterização necessariamente vai
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passar pela avaliação da suficiência (ou não) da proteção implementada. Se a proteção não for adequada e completa,
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danou-se!
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Pessoas que trabalham com lasers de alta potência, como em procedimentos médicos, manufatura e pesquisa,
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podem estar em risco se a exposição não for adequadamente controlada. A exposição direta ou indireta a feixes de
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laser pode causar danos aos olhos e à pele.


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Trabalhadores em indústrias que utilizam equipamentos de radiofrequência (RF) e micro-ondas, como em

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estações de rádio e TV, telecomunicações e fornos industriais de micro-ondas, podem estar sujeitos a níveis de
exposição que, se não forem devidamente controlados, podem levar a efeitos térmicos e não térmicos prejudiciais à

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saúde.

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Anexo nº 8 - Vibrações

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Vibrações podem ser de corpo inteiro ou de mãos e braços. Essas são as vibrações mais relevantes para a

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saúde ocupacional e o enquadramento como insalubre vai depender de QUANTIFICAÇÃO! Vou te explicar de uma

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forma que você nunca mais vai esquecer!

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Imagine que você está em um carro em uma estrada esburacada. Cada vez que o carro passa por um buraco,

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você sente um solavanco. Esses solavancos são basicamente o que chamamos de "vibração". A "aceleração resultante"

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é uma medida que indica a força desses solavancos. Quando falamos em "exposição normalizada", estamos ajustando

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essa medida para considerar quanto tempo você foi exposto a ela. Você concorda que aguentar solavancos fortes por

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1 minuto a gente até aguenta, mas conforme o tempo vai passando, a coisa muda de figura. Já pensou ficar pulando

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mais que pipoca dentro do carro por uma hora?

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O valor de 1,1 m/s² para vibração de corpo inteiro, como essa que recebemos no carro, é como se tivéssemos

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um limite para dizer: "Ok, até esse ponto, consideramos que a vibração não é prejudicial para uma exposição típica de

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trabalho". Se a vibração for mais forte que isso, pode começar a ser considerada prejudicial ou insalubre! Esse limite

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de tolerância de 1,1m/s² corresponde ao aumento de velocidade de cerca de 4km/h a cada 1 segundo.
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Para vibração, vamos considerar dois valores: o da aceleração resultante de exposição normalizada e valor de
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dose de vibração resultante. A principal diferença entre aren e VDVR reside no que cada medida representa e como é
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calculada:
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• aren foca na intensidade da vibração ajustada pela duração da exposição, fornecendo uma medida
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instantânea da exposição.
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• VDVR acumula a exposição à vibração ao longo do tempo, considerando tanto a magnitude quanto a
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duração da exposição, e é usada para avaliar o risco total de exposição durante um período específico (como um dia
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de trabalho)
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A aren é uma “foto” daquele instante, é como a medida instantânea de decibéis em um dado momento. A
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VDVR é o resumo daquele dia. Se você toma 3 comprimidos de paracetamol 500g no dia, sua dose diária naquele dia
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é de 1,5g de paracetamol. A VDVR é soma que indica quanto solavanco aquele corpo tomou em um dia. A VRVR vai
usar uma unidade de medida esquisita, uma vez que o expoente usado reflete a sensibilidade do corpo humano à
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vibração e foi determinado com base em estudos epidemiológicos e experimentais que mostraram uma relação não
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linear entre a exposição à vibração e os efeitos na saúde.


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Pense num motorista de um caminhão véio de


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guerra (a frota brasileira tem cerca de 20 anos!), com


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suspensão medonha, sem modernidades (como assento


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com dispositivos antivibração), todo durão, em uma


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estrada esburacada ou uma estrada de terra cheia de


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costelas (que é o nome popular para essas corrugações


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ou washboardings vistas aqui ao lado). Pense que esse


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veículo está trafegando em estradas péssimas assim


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durante quase toda sua jornada. Simplesmente não tem


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como a dose resultante nesse cenário hipotético não


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bater o limite de tolerância de 21m/s1,75 para vibração de


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corpo inteiro. Quando alta a dose de vibração de corpo


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inteiro, esse resumo da ópera do saculejo, vamos ter


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como consequências uma coluna detonada, redução do nível de vigília (dá um soninhoooo!) e até problemas visuais
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(fadiga, desconforto visual, dificuldade de foco, vista embaçada...). Bem ruim para quem depende da visão para

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manter a própria segurança, a da carga e a da via, né?

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Para mãos e braços, o limite de tolerância é de 5m/s². E veja! Marteletes

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pneumáticos (como este da foto ao lado) podem facilmente produzir aceleração

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normalizada de 10 a 20m/s²!

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Daí a necessidade de serem adotadas tecnologias mais modernas que

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não transfiram vibração para mãos e braços de operadores ou a importância de

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reduzir o tempo de jornada em atividades de exposição excessiva à vibração.

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Você percebe que pagar um adicionalzinho mequetrefe não vai reduzir em nada

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a chance de adoecimento osteomuscular do trabalhador? Luvas antivibração

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podem ajudar o ciclista de final de semana, mas não vão “segurar”/conter o

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adoecimento de um operador de martelete que trabalha só com isso 6 dias por

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semana na Construção Civil!

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Anexo nº 9 – Frio

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Diferentemente do calor, que é tratado no Anexo nº 3 e é avaliado quantitativamente por meio de aferições

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que demandam múltiplos equipamentos, o frio é avaliado qualitativamente! Basta que as atividades ou operações

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sejam executadas no interior de câmaras frigoríficas, ou em locais que apresentem condições similares, que exponham

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os trabalhadores ao frio, sem a proteção adequada, serão consideradas insalubres em decorrência de laudo de
inspeção realizada no local de trabalho. va
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O responsável pelo LTCAT (a propósito, você ainda lembra quem são os dois profissionais que podem fazer
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esse laudo, né? Corre no segundo parágrafo do 7.1.1, caso você tenha esquecido! Aliás, enquanto estuda, você está
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“autorizado” a esquecer, ok? Lumena autorizou! Não use seu tempo para se cobrar, se punir, se amaldiçoar, ficar se
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achando o verme do coc* do cavalo do bandido. Use sua energia para estudar com atenção e interesse e revisar o
0t

material para aumentar o sucesso da fixação dos conteúdos na sua cabeça, ok? Vai por mim!) tem a obrigação de
36

avaliar os controles implementados na organização, para verificar se são realmente suficientes e adequados.
11
20

Eu gosto de acampar, por exemplo. Tem saco de dormir para 20°C, 10°C, 0°C, -10°C... Se eu for para o Monte
16

Roraima (e eu fui, tá? ) com um saco de 10°C, vou passar frio à noite! Exceto em túneis de congelamento de
02

frigorífico, a maior parte das organizações fornece apenas vestimenta para o tronco, a famosa japona ou jaqueta
lho

térmica. Uma jaqueta, sozinha, às vezes não fornece o conforto térmico e a segurança sequer para o tronco, quanto
rva

mais para todo o organismo daquele indivíduo ali, o trabalhador assalariado!


ca

Nessa caracterização, o judiciário se detém bastante na análise da proteção adequada, dificilmente


a

comprovada, uma vez que apenas a vestimenta para proteção do tronco contra agentes térmicos, com Certificado de
ilv
as

Aprovação, não é suficiente para neutralizar o agente insalubre frio.


od

Ainda quanto ao frio, é importante destacar que a CLT estabelece um regime de trabalho e descanso
ag

diferenciado para quem trabalha no interior de câmaras frigoríficas ou movimentando mercadorias em ambientes
thi

frios. A NR-36, que trata de segurança e saúde no trabalho em estabelecimento de abate e processamento de carnes
60

(frigoríficos), contém mais disposições quanto ao frio e à pausa térmica.


3
11

Anexo nº 10 - Umidade
0
62

Lembra que lá no Caderno #2 abordei umidade e destaquei que, no passado, a Cesgranrio a considerava um
21

agente físico? Embora tecnicamente não seja, é possível que apareça assim na sua prova. Então, não seja mais realista
0

que o rei, combinado?


lho
va

E, vamos combinar: não importa a natureza da umidade, importa que deve ser avaliada! E o anexo nº 10 da
ar

NR-15 determina que a avaliação seja qualitativa. Assim, atividades e operações em locais alagados ou encharcados,
ac

com umidade excessiva, capazes de produzir danos à saúde dos trabalhadores serão consideradas insalubres!
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Situações em que a umidade pode ser um agente insalubre: trabalho em câmaras frias ou minas subterrâneas,

16
02
atividades de construção civil com elevada umidade do solo, lavanderias industriais, processamento de alimentos e
bebidas com formação de vapor excessivo.

lho
De novo: é necessário um laudo para dizer que é insalubre, ok?

rva
ca
Para as atividades que impliquem condições hiperbáricas (Anexo nº 6), exposição a determinados agentes
biológicos (Anexo nº 14) e agentes químicos que constam no Anexo n º 13 (aqueles demoníacos do tempo do êpa

va
sil
sobre os quais conversamos!), basta o reconhecimento da exposição, o enquadramento da atividade ao disposto nos

da
anexos.

go
No final do caderno vou colocar três esqueminhas para você lembrar dos anexos que são qualitativos e os que

hia
são quantitativos, ok?

0t
7.1.2 Controles

36
11
Ora, a EFETIVA exposição vai depender se há ou não uma barreira suficientemente competente e confiável

20
para reduzir a exposição a níveis toleráveis (quando falamos em avaliação quantitativa de agentes) ou eliminá-la (o

16
que seria o caso de agentes cuja insalubridade é determinada de forma qualitativa).

02
lho
O governo não recebe o LTCAT elaborado pelo engenheiro de segurança ou médico do trabalho, o LTCAT fica
arquivado na empresa, ok? Como, então, o governo fica sabendo se há (ou não) efetiva exposição a um ou mais

rva
agentes do Anexo IV do Decreto 3.048? Por meio da declaração que consta no PPP! E o que diabos é PPP, professora?

ca
va
PPP é o acrônimo/sigla para Perfil Profissiográfico Previdenciário. Ele é um quadro-resumo da vida laboral do
sil
trabalhador. A empresa deve fazer a primeira “carga” desse PPP no e-Social e ir atualizando sempre que houver
da

mudança relevante em quaisquer dos seus campos.


go
hia

Confere abaixo:
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ca
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Para nós, o mais importante é o campo 15, refere-se a “exposição a fatores de risco”. A legenda do 15.9, que
va
é esse campo grande antes do campo 16, é bastante interessante. Espero que você lembre do que discutimos lá no
sil

Caderno #2, quando tratamos de Higiene Ocupacional.


da
go

Se eu não tiver tudo “SIM” no 15.6, 15.7 e 15.9, o PPP se torna questionável. Vamos avaliar juntos. Se tem EPC
hia

eficaz, por que foram adotados EPIs? Ou o EPC não é suficientemente eficaz, o que exige o EPI como medida residual,
ou essa empresa gosta de gastar dinheiro e de gerar desconforto ao empregado, ou o profissional responsável pelo
0t
36

LTCAT não foi lá muito técnico ou rigoroso na produção dessas respostas. Que você acha mais provável? Faça sua
11

aposta!!!
20

A Instrução Normativa ainda contém uma tabela com instruções de preenchimento do PPP. A IN está aqui na
16

íntegra, caso você queira fazer uma leitura diagonal ou consultar. Vou colar aqui o trecho que se refere ao campo 15,
02

que é o que nos interessa, tá?


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Disso tudo, extraímos o que? Que não é a adoção de qualquer controle, de qualquer jeito, que vai garantir a
da

adequação da proteção fornecida e vai ter o condão de afastar a caracterização da insalubridade. É necessário
evidências de que a insalubridade foi neutralizada, que não há condição insalubre graças aos competentes e suficientes
go

cuidados implementados pela organização.


hia
0t

Lembre que a legislação do Brasil determina que a gestão dos riscos ocupacionais se oriente para a melhoria
36

contínua, para a redução dos níveis de risco. Se uma organização “paga” insalubridade há 20/30 anos, ou ela realmente
11

faz uso de uma substância excepcional, como o cromo, em uma atividade em que o cromo é imprescindível, como a
20

galvanoplastia, ou ela está parada no tempo! Alguma melhoria a gente tem que identificar, nem que seja no nível mais
16

inferior da pirâmide de controles, que é o EPI. E a gente cansa de ver organização que fornece EPI mal selecionado e
02

inservível à exposição. Isso é mais comum dos que você imagina para proteção das mãos e proteção respiratória! Vou
lho

fazer o link disso com os assuntos que constam na tabela abaixo:


rva
ca
a
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3 60
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0
lho

O CA é o Certificado de Aprovação de um EPI. Ele vai dizer para quais agentes esse EPI foi testado e aprovado.
va
ar

Se tenho um cenário de exposição a acetona, não posso fornecer luva de látex, porque o material da luva se
ac

degrada/estraga, e ela rompe/rasga, expondo a pele do trabalhador. Acetona demanda luvas com outros materiais,
ilv

como nitrilo, Neoprene ou PVC. Quem vai dizer o tipo de luva correta? A FISPQ/FDS da acetona. E o programa de
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gestão de riscos da organização, considerando a atividade na qual a acetona está sendo empregada, vai especificar o

16
02
material da luva naquele tipo de exposição. Lembre que a luva grossa atrapalha movimentos de pega fina e pinça, por
isso é imprescindível selecionar os EPIs sempre em consideração ao caso concreto. Quando isso não é feito pelo

lho
profissional com conhecimento técnico, adivinha quem vai decidir que luva usar e quando usar na hora do vamos ver?

rva
O peão! E ele não tem acesso às informações para formar um julgamento adequado e tomar esse tipo de decisão,

ca
concorda?

va
sil
Prometi que ia te falar sobre controles para calor, né?

da
Um dos principais controles ao nível individual é a hidratação. E é necessária uma medida administrativa para

go
isso: a disponibilização de água fresca e potável (ou líquidos isotônicos) e o incentivo à sua ingestão.

hia
Outra medida administrativa é a programação de trabalhos fisicamente mais pesados e extenuantes (que

0t
implicam um gasto energético maior) em períodos com condições térmicas mais amenas (geralmente quando o

36
termômetro de globo vai reduzir o IBUTG). Veja que o limite de tolerância em IBUTG é inversamente proporcional à

11
20
taxa metabólica de cada tipo de atividade. Um trabalho sentado pode ser executado a temperaturas mais elevadas do

16
que as que seriam intoleráveis a alguém que estivesse subindo uma rampa de 25° de inclinação com uma carga de

02
20kg nas costas. Concorda?

lho
O Anexo nº 3 da NR-09 contém estes três itens, que falam por si. Confere aí:

rva
4.2.1 As medidas corretivas visam reduzir a exposição ocupacional ao calor a valores abaixo do limite

ca
de exposição.
va
sil
4.2.2 Quando ultrapassados os limites de exposição estabelecidos no Quadro 2, devem ser adotadas
pela organização uma ou mais das seguintes medidas corretivas:
da
go

a) adequar os processos, as rotinas ou as operações de trabalho;


hia

b) alternar operações que gerem exposições a níveis mais elevados de calor com outras que não
0t

apresentem exposições ou impliquem exposições a menores níveis, resultando na redução da


36

exposição; e
11
20

c) disponibilizar acesso a locais, inclusive naturais, termicamente mais amenos, que possibilitem
16

pausas espontâneas, permitindo a recuperação térmica nas atividades realizadas em locais


02

abertos e distantes de quaisquer edificações ou estruturas naturais ou artificiais.


lho

4.2.2.1 Para os ambientes fechados ou com fontes artificiais de calor, além do subitem 4.2.2, a
rva

organização deve:
ca

a) adaptar os locais e postos de trabalho;


a
ilv

b) reduzir a temperatura ou a emissividade das fontes de calor;


as

c) utilizar barreiras para o calor radiante;


od
ag

d) adequar o sistema de ventilação do ar; e


thi

e) adequar a temperatura e a umidade relativa do ar.


60

Para radiação, o controle mais tradicional é o chumbo. O avental de chumbo (EPI do tipo vestimenta para
3
11

proteção do tronco contra radiação ionizante) talvez você, como paciente, já tenha visto em uma sala de raio-x. Além
0
62

dele, temos luvas para proteção das mãos contra radiação ionizante (EPI), as golas de chumbo (protetores de tireoide)
21

e óculos de proteção com chumbo (não é EPI, é radioproteção aprovada pela ANVISA!). Em revestimentos, aplica-se
0

em blindagem contra radiação em paredes, pisos, tetos, janelas e portas com em salas de raios X, salas de tomografia
lho

computadorizada e áreas de radiação industrial. Além de revestimentos e vestimentas com chumbo, outros controles
va

incluem dosímetros de extremidade (usados para medir a dose de radiação em mãos, pulsos, dedos e pés) e de corpo
ar

inteiro, que permitem a adoção de medidas administrativas, como limitação da dose e otimização de outras medidas
ac

de proteção.
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20
Vamos ver mais controles no Caderno #8, que vai tratar sobre proteção coletiva e individual no trabalho, ok?

16
02
Lembre que discutimos controles também no Caderno #2, Higiene Ocupacional.

lho
Já estamos na metade deste caderno. Vamos aprender agora sobre periculosidade?

rva
Segue o fluxo!

ca
va
7.2 Conceito de periculosidade

sil
Embora o conceito de risco e perigo possa ser associado a diversas atividades e operações, a lei de cada país

da
vai definir atividades e operações especialmente perigosas à vida e à segurança, como as que implicam acentuado

go
risco de morte e acidentes com grandes repercussões à saúde.

hia
Historicamente, o Brasil sempre reconheceu como perigosas as atividades e operações com contato

0t
36
permanente com inflamáveis e explosivos em condições de risco acentuado. Abaixo, o artigo atual da CLT que trata

11
de operações perigosas:

20
Art. 193. São consideradas atividades ou operações perigosas, na forma da regulamentação aprovada

16
pelo Ministério do Trabalho e Emprego, aquelas que, por sua natureza ou métodos de trabalho,

02
impliquem risco acentuado em virtude de exposição permanente do trabalhador a: (Redação dada

lho
pela Lei nº 12.740, de 2012)
I - inflamáveis, explosivos ou energia elétrica; (Incluído pela Lei nº 12.740, de 2012)

rva
II - roubos ou outras espécies de violência física nas atividades profissionais de segurança pessoal ou

ca
patrimonial. (Incluído pela Lei nº 12.740, de 2012)
va
III – colisões, atropelamentos ou outras espécies de acidentes ou violências nas atividades
sil
profissionais dos agentes das autoridades de trânsito. (Incluído pela Lei nº 14.684, de 2023)
(...)
da

§ 4o São também consideradas perigosas as atividades de trabalhador em motocicleta (Incluído pela


go

Lei nº 12.997, de 2014)


hia
0t
36

Anexos da NR-16
11
20

Anexo 1: atividades e operações perigosas com explosivos


16
02

Anexo 2: atividades e operações perigosas com inflamáveis


lho
rva
ca

Anexo 3: atividades e operações perigosas com exposição a roubos ou outras espécies


a

de violência física nas atividades profissionais de segurança pessoal ou patrimonial


ilv
as

Anexo 4: atividades e operações perigosas com energia elétrica


od
ag

Anexo 5: atividades perigosas em motocicletas (nulo, com sentença transitada em


thi

julgado)
3 60

Anexo *: atividades e operações perigosas com radiações ionizantes ou substâncias


11

radioativas
0
62
21

Anexo * foi incluído na norma por conta da publicação da Portaria GM n.518, de 04 de abril de 2003. Observe que as atividades
com radiações ionizantes não constam na CLT como perigosas!
0
lho

Ora, a NR-16 serve, portanto, para regular as circunstâncias em que tais atividades e operações serão
va

consideradas perigosas em nosso país. Infelizmente, quanto às atividades de trabalhador em motocicleta, o


ar

regulamento expedido pelo Ministério do Trabalho foi considerado nulo, em decisão judicial irrecorrível com efeitos
ac

ex tunc, isto é, retroagindo à data de expedição do ato. Dessa forma, é como se a Portaria MTE nº 1.565, de 13 de
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20
outubro de 2014 nunca tivesse existido! Neste momento, o Judiciário não tem base para a concessão do respectivo

16
02
adicional, que deixou de ser concedido na maior parte das organizações.

lho
O corpo da NR-16 determina que a periculosidade seja caracterizada pelo empregador, desde que aferida e

rva
determinada mediante laudo. E adivinha quem são os dois profissionais que podem elaborar esse laudo? Acertou, se

ca
apostou no médico do trabalho ou no engenheiro de segurança do trabalho!

va
Pense num motorista de veículo de passeio, com tanque de cerca de 55 litros, ou mesmo de um caminhão,

sil
cujo tanque tem de 300 a 500 litros de combustível. Esse motorista trabalha em um veículo que contém um tanque

da
de consumo, estando expressamente fora do escopo da NR-16. Agora pense em um motorista de carga perigosa que

go
faz o transporte de cerca de 50 mil litros de combustível da refinaria para o posto revendedor de combustíveis. A essa

hia
atividade vai se aplicar a NR-16! Fica bem clara a diferença entre um cenário e outro, né?

0t
Também não se aplica a NR-16 às operações de transporte de inflamáveis líquidos ou gasosos liquefeitos, em

36
quaisquer vasilhames e a granel em pequenas quantidades, até o limite de 200 (duzentos) litros para os inflamáveis

11
20
líquidos e 135 (cento e trinta e cinco) quilos para os inflamáveis gasosos liquefeitos. A norma afirma, ainda, que as

16
quantidades de inflamáveis, contidas nos tanques de consumo próprio dos veículos, não serão consideradas para

02
efeito desta Norma. Mesmo que o tanque seja bem grandão, não há que se falar em periculosidade.

lho
Ah, e isso se aplica não apenas aos tanques de combustíveis originais de fábrica, como também aos tanques

rva
suplementares, desde que certificados por órgão competente. Atualmente, a Resolução nº 181 do CONTRAN disciplina

ca
a instalação de múltiplos tanques e tanques suplementares. Se tiver gambiarra ou não tiver certificado/vistoria, esses
va
tanques adicionais não beneficiam o empregador, irregular, da caracterização da periculosidade, ok? Seria se
sil
aproveitar da própria torpeza!
da

Esta imagem é de uma embarcação apreendida


go

com 10 mil litros de gasolina. Provavelmente esse


hia

combustível seria destinado a atividades de garimpo na


0t

Amazônia legal. Ignore as repercussões criminais e


36

ambientais deste caso e se concentre na caracterização


11

da periculosidade.
20
16

Neste caso, podemos afirmar que a atividade


02

de transporte de combustíveis líquidos é perigosa?


lho

Resposta no final desta seção, antes do 7.2.2


rva

Controles!
ca

Se eu fosse examinador, exploraria a questão


a
ilv

de combustíveis, que é muito mais próxima do


as

imaginário do brasileiro médio, do que energia elétrica


od

e atividades profissionais de agentes de trânsito, por exemplo.


ag

Para nós, dados os altos índices de criminalidade, seria esperada uma questão de prova que abordasse “roubos
thi

ou outras espécies de violência física nas atividades profissionais de segurança pessoal ou patrimonial”. Isso é
60

disciplinado no Anexo nº 3 da NR-16, que qualifica quem são os profissionais abrangidos pela regulamentação. Diz a
3
11

NR-16:
0
62

2. São considerados profissionais de segurança pessoal ou patrimonial os trabalhadores que atendam


21

a uma das seguintes condições:


0
lho

a) empregados das empresas prestadoras de serviço nas atividades de segurança privada ou que
integrem serviço orgânico de segurança privada, devidamente registradas e autorizadas pelo
va

Ministério da Justiça, conforme lei 7102/1983 e suas alterações posteriores.


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b) empregados que exercem a atividade de segurança patrimonial ou pessoal em instalações

16
metroviárias, ferroviárias, portuárias, rodoviárias, aeroportuárias e de bens públicos, contratados

02
diretamente pela administração pública direta ou indireta

lho
Os empregadores que podem caracterizar a periculosidade são somente as empresas devidamente registradas

rva
no Ministério da Justiça, autorizadas a desempenhar atividades de segurança privada, seja em área fim, seja em área

ca
meio (serviço orgânico de segurança privada como um “setor” de uma organização cujas atividades econômicas

va
principal e secundárias sejam outras), obedecendo ao disposto na Lei 7.102/1983. Uma empresa que executa serviços

sil
de portaria e recepção, por exemplo, não poderia, a rigor, caracterizar periculosidade quanto a seus trabalhadores em

da
área fim, porque sua atividade, embora tenha diversos pontos de aproximação, não é de vigilância privada!

go
hia
Além das empresas que exercem atividades de vigilância privada, os empregados que exercem a atividade de

0t
segurança patrimonial ou pessoal em instalações metroviárias, ferroviárias, portuárias, rodoviárias, aeroportuárias e

36
de bens públicos, contratados diretamente pela administração pública direta ou indireta. Aqui no Rio Grande do Sul,

11
por exemplo, os seguranças da Trensurb, empresa pública federal de trens de superfície, e os seguranças orgânicos de

20
um museu municipal também estariam abrangidos por este texto.

16
O quadro abaixo descreve as atividades que esses trabalhadores devem desempenhar a fim de ser

02
caracterizada a periculosidade:

lho
rva
ca
va
sil
da
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02
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O examinador também pode cobrar algo sobre explosivos, incluindo informações extraídas no Anexo nº 1 da
3
11

NR-16. E seria legal se incluísse um texto de apoio sobre as 64 mortes ocorridas no Recôncavo Baiano em 1998, em
0
62

um acidente ampliado previsível onde a maior parte das vítimas eram mulheres e crianças negras. Em razão desse
21

incidente, em Santo Antônio de Jesus, o Brasil foi condenado pela Corte Interamericana de Direitos Humanos por
0

discriminação estrutural de raça, gênero e condições sociais, todas compreendidas como violações de direitos
lho

humanos. No caso concreto, o trabalho era executado na informalidade e na precariedade, em condições de


va

exploração.
ar
ac

Aquela Corte considerou que o Estado brasileiro tinha conhecimento de que eram realizadas atividades
ilv

perigosas na fábrica e não inspecionava nem fiscalizava o local, que apresentava graves irregularidades e alto risco e
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perigo iminente para a vida, integridade pessoal e saúde de todos os trabalhadores. Além das irregularidades citadas,

16
02
a fábrica era exploradora de trabalho infantil, o que violava os direitos ao trabalho e ao princípio da igualdade e não
discriminação. A fabricação de fogos de artifício era a principal e, na maioria dos casos, a única opção de trabalho para

lho
os habitantes do município, que não tinham outra alternativa a não ser aceitar um trabalho de alto risco, com baixo

rva
salário e sem medidas de segurança adequadas.

ca
Um exemplo clássico de enquadramento como perigoso é o trabalho executado dentro de área de risco, a qual

va
sil
é definida em razão da qualidade e da quantidade de explosivo armazenado no local. Segue o extrato de um julgado

da
nesta linha:

go
“Restou constatado que laborava em área de risco por todo o pacto laboral. Foi registrado

hia
que as salas e laboratórios onde a reclamante trabalhava se situavam a menos de 45 metros

0t
do local de carregamento e descarregamento de materiais explosivos, bem como do

36
almoxarifado e do depósito onde eram guardados (...) em sintonia com a Súmula nº 364 do

11
TST, bem como com o Anexo nº 1 da NR-16, fazendo jus a reclamante ao adicional de

20
periculosidade”

16
02
Também temos áreas de risco em atividades envolvendo inflamáveis, que estão descritas no item 3 do Anexo

lho
nº 2 da NR-16. Essas áreas são consideradas a partir de um raio com centro indicado ou em faixas, geralmente com

rva
distâncias de 3m, 7,5m, 15m e 30m. O Anexo também especifica as atividades, que contemplam desde operação em

ca
postos de serviço e bombas de abastecimento de inflamáveis líquidos, reabastecimento de aeronaves até transporte
e armazenagem de inflamáveis líquidos e gasosos liquefeitos e de vasilhamentes vazios não desgaseificados ou
va
sil
decantados. Assim, consideramos exposto em atividade perigosa o rapaz do caminhão do botijão de gás, o frentista
da

do posto, e diversos outros profissionais que desempenham atividades previstas no Anexo nº 2.


go

Embora o Anexo traga a definição do que seria cada uma das atividades nela mencionadas, há bastante
hia

discussão jurisprudencial sobre a caracterização da periculosidade. Um bom exemplo é o dos operadores de


0t

empilhadeira que realizam a troca de cilindros de GLP! As decisões mais recentes estão alinhadas à caracterização da
36

periculosidade e concessão do respectivo adicional, por considerar que há o ingresso em área de armazenamento, o
11

que estaria enquadrado na atividade de “Armazenagem de inflamáveis gasosos liquefeitos, em tanques ou


20

vasilhames”, assim compreendida, nos termos da norma, como “arrumação de vasilhames ou quaisquer outras
16

atividades executadas dentro do prédio de armazenamento de inflamáveis ou em recintos abertos e com vasilhames
02

cheios de inflamáveis ou vazios não desgaseificados ou decantados”.


lho

O Anexo nº 4 vai se dedicar às atividades e operações perigosas com energia elétrica. O legal do Anexo é que
rva

ele “pune” as organizações que não adotam as medidas de controle previstas na NR-10, em especial as contidas no
ca

título 10.2.8 Medidas de proteção coletivas. Vamos vê-las na seção 7.2.2 deste caderno!
a
ilv

O item 2 do Anexo nº 4 vai tratar de situações em que não se caracteriza a periculosidade. Veja:
as
od

2. Não é devido o pagamento do adicional nas seguintes situações:


a) nas atividades ou operações no sistema elétrico de consumo em instalações ou equipamentos
ag

elétricos desenergizados e liberados para o trabalho, sem possibilidade de energização acidental,


thi

conforme estabelece a NR-10;


60

b) nas atividades ou operações em instalações ou equipamentos elétricos alimentados por extra-baixa


3

tensão;
11

c) nas atividades ou operações elementares realizadas em baixa tensão, tais como o uso de
0
62

equipamentos elétricos energizados e os procedimentos de ligar e desligar circuitos elétricos, desde


que os materiais e equipamentos elétricos estejam em conformidade com as normas técnicas oficiais
21

estabelecidas pelos órgãos competentes e, na ausência ou omissão destas, as normas internacionais


0
lho

cabíveis.
va

Talvez você já tenha assistido, lá nas Aulas Bônus do Eixo 5, o vídeo em que abordo a NR-12 – Segurança em
ar
ac

Máquinas e Equipamentos. Aliás, em breve vou fazer uma aula mais curtinha, de reta final, abordando aquela NR, viu?
Mas aqui vai um resumo que considero importante neste momento. Geralmente controles remotos operam em extra-
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baixa tensão! É bem raro termos exposição ocupacional em atividades e equipamentos elétricos em extra-baixa.

16
02
Sistemas de iluminação de segurança e sistemas de iluminação LED são bons exemplos para a alínea “b” do item 2!

lho
A NR-12 determina, também, que os “botões” de acionamento das máquinas e equipamentos façam parte de

rva
um circuito de extra-baixa tensão, para evitar choques nos operadores e demais trabalhadores que interagem com a

ca
máquina. Assim, esses botões não fazem parte do circuito de elétrico que alimenta o motor da máquina, que pode ter
uma diferença de potencial de 120 a 480 V! Se a rede elétrica e a máquina estiverem aderentes às NR-10, 12 e às

va
sil
normas técnicas que regulam os temas eletricidade e máquinas, realmente não incide esse anexo da NR-16. Se não

da
houver conformidade, haverá caracterização.

go
O Anexo vai trazer toda a descrição das atividades no Sistema Elétrico de Potência - SEP que serão enquadradas

hia
como construção, operação e manutenção de redes de linhas aéreas ou subterrâneas de alta e baixa tensão

0t
integrantes do SEP, e também para usinas, unidades geradoras, subestações, cabinas de distribuição em operações

36
integrantes do SEP.

11
20
Durante muito tempo, houve discussão acerca da caracterização como perigosa das atividades exercidas por

16
cabistas, instaladores e reparadores de linhas e aparelhos de empresas de telecomunicações que, em suas atividades,

02
se expõem em condições de risco equivalente ao do trabalho exercido em contato ou proximidade com o sistema
elétrico de potência. Essa caracterização consta na Orientação Jurisprudencial nº 347 da Seção de Dissídios Individuais

lho
do TST.

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OJ SDI 1 nº 347.
va
ADICIONAL DE PERICULOSIDADE. SISTEMA ELÉTRICO DE POTÊNCIA. LEI Nº 7.369, DE 20.09.1985,
sil
REGULAMENTADA PELO DECRETO Nº 93.412, DE 14.10.1986. EXTENSÃO DO DIREITO AOS CABISTAS,
da

INSTALADORES E REPARADORES DE LINHAS E APARELHOS EM EMPRESA DE TELEFONIA (DJ


25.04.2007) É devido o adicional de periculosidade aos empregados cabistas, instaladores e
go

reparadores de linhas e aparelhos de empresas de telefonia, desde que, no exercício de suas


hia

funções, fiquem expostos a condições de risco equivalente ao do trabalho exercido em


0t

contato com sistema elétrico de potência.


36
11
20

Conveniente trazer, ainda, outras OJ que tratam do tema periculosidade e SEP:


16
02

OJ nº 324 do SBDI-1 - TST


lho

ADICIONAL DE PERICULOSIDADE. SISTEMA ELÉTRICO DE POTÊNCIA. DECRETO Nº 93.412/86, ART. 2º,


rva

§ 1º(DJ 09.12.2003)
ca

É assegurado o adicional de periculosidade apenas aos empregados que trabalham em sistema


a

elétrico de potência em condições de risco, ou que o façam com equipamentos e instalações elétricas
ilv

similares, que ofereçam risco equivalente, ainda que em unidade consumidora de energia elétrica
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Já que estamos falando em OJ, confira esta última, que trata do tema periculosidade e substâncias radioativas:
thi

345. ADICIONAL DE PERICULOSIDADE. RADIAÇÃO IONIZANTE OU


3 60

SUBSTÂNCIA RADIOATIVA. DEVIDO (DJ 22.06.2005)


11
0

A exposição do empregado à radiação ionizante ou à substância radioativa


62

enseja a percepção do adicional de periculosidade, pois a regulamentação


21

ministerial (Portarias do Ministério do Trabalho nºs 3.393, de 17.12.1987,


0

e 518, de 07.04.2003), ao reputar perigosa a atividade, reveste-se de


lho

plena eficácia, porquanto expedida por força de delegação legislativa


va

contida no art. 200, "caput", e inciso VI, da CLT. No período de 12.12.2002


ar

a 06.04.2003, enquanto vigeu a Portaria nº 496 do Ministério do Trabalho,


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o empregado faz jus ao adicional de insalubridade.


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Professora: Bruna Quadros - SST


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Agora sua parte é ler a NR-16. É sua a decisão: vale a pena confiar na ideia de que o examinador não será um

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conteudista sacana? Considerando que a NR-16 sequer foi citada no Eixo 4 do Edital, meu palpite é que não cobrará
detalhes, se concentrando na questão dos controles, que vamos ver agora! Mas eu sou apenas sua professora, não

lho
uma futuróloga renomada! La garantia não soy yo! Você é o candidato, adulto e responsável por suas escolhas

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estratégicas.

ca
Ah, a resposta à questão dos combustíveis na embarcação: Sim, é uma atividade perigosa, que escapa da

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sil
exceção do transporte de pequenas quantidades de inflamáveis líquidos, assim considerados quando não excedam

da
200 Litros, conforme previsto no item 16.6 da NR-16. A CESPE, atual CEBRASPE, já utilizou esse item em prova há
alguns anos.

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7.2.2 Controles

36
11
Os principais controles adotados que impedem a caracterização da periculosidade quanto a atividades

20
envolvendo explosivos, inflamáveis e eletricidade dizem respeito a controles administrativos: garantir a observância

16
da segregação de função (controle dos trabalhadores que se engajam em atividades que caracterizam a

02
periculosidade), da classificação de área, prioritariamente com a segregação e sinalização de áreas de risco, as quais

lho
são estabelecidas especialmente em razão da natureza e quantidade do agente perigoso e as distâncias normativas

rva
para classificação como área de risco, e a observância dos limites quanto às quantidades do agente perigoso!

ca
Assim, todos os trabalhadores que atuam na atividade de transporte de explosivos terão suas atividades
va
caracterizadas como insalubres. Assim todos que laboram ou permanecem em área de risco. Se um local armazena
sil

até 4500 kg de pólvoras químicas, artifícios pirotécnicos e produtos químicos, em uma faixa de terreno de 45 metros
da

teremos uma área classificada como “área de risco”, a qual deve ser sinalizada e ter controle de acesso. A NR-19, que
go

trata de explosivos, estabelece a necessidade de sinalização externa adequada e de permanente monitoramento


hia

eletrônico dos depósitos de explosivos (item 19.5.2). O item 18.5 do Anexo I da NR-19 determina que as organizações
0t

não permitam “a entrada de menores de 18 (dezoito) anos nos estabelecimentos de fabricação de fogos de artifício
36

ou outros artifícios pirotécnicos, exceto no setor de cartonagem, em que não haja contato com explosivos ou
11

inflamáveis e nos setores administrativos, desde que localizados fora da área de risco.”
20
16

Não fazem jus à periculosidade em razão da quantidade, por exemplo:


02

Trabalhadores expostos a extra-baixa tensão.


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Trabalhadores que transportem em qualquer vasilhame e a granel até 200 L de inflamáveis ou até 135 de
inflamáveis gasosos liquefeitos.
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Não fazem jus à periculosidade em razão do local de exercício de suas atividades:


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Aqueles que não executam atividades caracterizadas como perigosas e que estejam fora da área de risco
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estabelecida nos quadros dos anexos 1 e 2.


ag

Trabalhadores que atuem exclusivamente em zona livre, nos termos do Anexo II da NR-10 (que não está
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prevista em nosso edital, nem no Eixo 4, nem no Eixo 5), sem autorização para ingresso em zona controlada e zona de
60

risco.
3
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Não fazem jus à periculosidade em razão da atividade:


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Aqueles cujas atividades constam das exceções indicadas nos anexos da NR-16.
0
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Aqueles cujas atividades não estejam compreendidas nas atividades descritas nos Anexos da NR-16, como
profissionais expostos a roubos e outras espécies de violência física que não estejam engajados em atividades de
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segurança pessoal ou patrimonial, como porteiros de condomínio e cobradores de ônibus.


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Aqueles que realizam atividades ou operações em instalações ou equipamentos elétricos energizados em

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baixa tensão no sistema elétrico de consumo - SEC, onde haja pleno e efetivo cumprimento do item 10.2.8 e seus
subitens da NR10 - Segurança em Instalações e Serviços em Eletricidade (ver item 1, alínea “c” do Anexo 4 da NR-16)

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E agora me permito um parêntese: A-D-O-R-O esseitem do Anexo de Atividades e Operações Perigosas com

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Energia Elétrica! E o que a tripartite quis com essa alínea? Que o empregador fosse extra cauteloso quanto às medidas
de controle previstas na NR-10 para que não houvesse exposição descontrolada de seus empregados. Genial demais!!!

va
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É um senhor bafinho na nuca do empregador: ou ele faz tudo certinho, rastreável, impecável, como manda o figurino,

da
também conhecido como os itens 10.2.8 – Medidas Coletivas e seguintes da NR-10, ou arrisca tomar um tufo:
reclamatória, ACP ou autuação!

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Em resumo: os controles que afastam a caracterização da periculosidade são todos de ordem

0t
administrativa. Para elétrica em baixa tensão, englobam ainda os controles coletivos previstos na NR-10.

36
Diferentemente dos controles que afastam a insalubridade, que podem ser das três esferas, desde que realmente

11
neutralizem a insalubridade.

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Confira agora os mapas deste caderno de aula!

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Este é pra você ter o panorama geral (big picture) sobre insalubridade no Brasil:

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Figura 1 - Periculosidade no Brasil (resolvi te dar – literalmente - essa mãozinha, memorável que 5 caixinhas)
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Assim encerramos o item 7 do Eixo temático 4! Lembre que vamos falar mais sobre controles no próximo
36

caderno, o que abordará o item 8 do Eixo 4.


11

Tenho visto muitos outros materiais por aí que muito fora da proposta do CNU, que nasceu com a promessa
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de não valorizar decoreba, de priorizar o candidato que consegue articular diversos saberes e que será um servidor
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que dará seu melhor para atender às necessidades do Estado, do administrado e do cidadão. No caso do Bloco 4, para
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atender à política pública de garantia de trabalho digno, decente, seguro e saudável, honrando os trabalhadores e
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trabalhadoras e compreendendo que o país precisa de empresas sérias que adotem práticas sustentáveis e
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consentâneas com o mundo contemporâneo e globalizado.


ca

Toda essa lenga-lenga atual de Environmental, Social, & Governance - ESG precisa se materializar e deixar de
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ser mera lenga-lenga! Para isso, conto contigo nas fileiras da Auditoria-Fiscal do Trabalho. Mais do que tudo, meu
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sonho é converter alunos e alunas em amigos e amigas para quem meus atuais colegas olhem e digam: lá vai um
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aluno/aluna da Bruna, dá gosto de ver essa turma nova que veio para somar!!!
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Espero que você tenha compreendido a importância da caracterização da insalubridade e da periculosidade.


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E que tenha percebido que a adoção de controles competentes, sérios e bem planejados poderia reduzir MUITO o
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adoecimento relacionado ao trabalho e os acidentes de trabalho. Só vamos evoluir como nação quando tratarmos o
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trabalhador como ser humano, e não como mera massa para obtenção de lucro. Para que isso aconteça, dependemos
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de homens e mulheres (e pessoas não binárias também!) que consigam implementar SST em nossas organizações,
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precisamos de mais profissionalismo e produtividade. E precisamos de mais AFT. Em breve, teremos novos 900. Você
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será um deles?
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Espero que sim!!!


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Prof. Bruna Quadros


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