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DIREITO DO TRABALHO

Embargo e Interdição (NR-03)

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RETA FINAL AFT
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SUMÁRIO
DIREITO DO TRABALHO ............................................................................................................................ 3

1. INTRODUÇÃO .......................................................................................................................................... 3
2. DEFINIÇÕES ............................................................................................................................................. 5
QUESTÕES PROPOSTAS ............................................................................................................................ 18

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DIREITO DO TRABALHO

TEMA DO DIA
NR-03 – Embargo e Interdição

1. INTRODUÇÃO

IMPORTANTE
A NR 3 é muito importante e tem grandes chances de cair na sua prova! Não basta a leitura da lei
esquematizada, então, vamos a algumas observações?

Pois bem, a referida NR foi originalmente publicada pela Portaria MTb nº 3.214/78,
estabelecendo procedimentos para embargo e interdição em caso de Grave e Iminente Risco (GIR)
à vida e à saúde dos trabalhadores, de forma a regulamentar o artigo 161 da CLT. A redação atual
foi dada pela Portaria SEPRT nº 1.068/2019 1.

Trata-se de uma norma geral, ou seja, regulamenta aspectos decorrentes da relação jurídica
prevista em Lei, sem estar condicionada a outros requisitos, como atividades, instalações,
equipamentos ou setores e atividades econômicos específicos (art. 117, I, Portaria MTP nº
672/2021).

A NR 3 estabelece as diretrizes para caracterização do grave risco iminente (GIR)2 e os


requisitos técnicos objetivos de embargo e interdição, regulamentando, assim, o art. 161 da CLT:

1
As informações sobre o histórico da NR 3 foram extraídas do sítio oficial do Ministério do Trabalho e
Emprego: BRASIL. Ministério do Trabalho e Emprego. Norma Regulamentadora nº 3 (NR 3): Embargo e
Interdição. Disponível em: https://www.gov.br/trabalho-e-emprego/pt-br/acesso-a-informacao/participacao-
social/conselhos-e-orgaos-colegiados/comissao-tripartite-partitaria-permanente/normas-
regulamentadora/normas-regulamentadoras-vigentes/norma-regulamentadora-no-3-nr-3. Acesso em: 12 ago.
2023.

2.Item 3.2.1, NR 3: Considera-se grave e iminente risco toda condição ou situação de trabalho que possa causar
acidente ou doença com lesão grave ao trabalhador.

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Art. 161, CLT: O Delegado Regional do Trabalho, à vista do laudo técnico do serviço
competente que demonstre grave e iminente risco para o trabalhador, poderá
interditar estabelecimento, setor de serviço, máquina ou equipamento, ou embargar
obra, indicando na decisão, tomada com a brevidade que a ocorrência exigir, as
providências que deverão ser adotadas para prevenção de infortúnios de trabalho.

Um aspecto interessante é que esta norma, assim com a NR 28 (Fiscalização e Penalidades)


podem ser alteradas sem observar os procedimentos de revisão previstos no Capítulo VII da Portaria
MTP n°672/2021, que abordamos no Capítulo III desta obra.

A norma infralegal, ainda, ajuda a concretizar o compromisso assumido pelo Brasil quando
da ratificação da Convenção nº 81 da OIT, concernente à inspeção do trabalho na indústria e no
comércio, especialmente o previsto no art 13 transcrito abaixo.

Art. 13, Convenção nº 81 da OIT:


1. Os inspetores de trabalho serão autorizados a providenciar medidas destinadas a
eliminar defeitos encontrados em uma instalação, uma organização ou em métodos
de trabalho que eles tenham motivos razoáveis para considerar como ameaça à
saúde ou a segurança dos trabalhadores.
2. A fim de estarem aptos a provocar essas medidas, os inspetores terão o direito,
ressalvado qualquer recurso judiciário ou administrativo que possa prever a
legislação nacional, de ordenar ou de fazer ordenar: que sejam feitas nas instalações,
dentro de um prazo fixo, as modificações necessárias a assegurar a aplicação estrita
das disposições legais concernentes à saúde e à segurança dos trabalhadores; que
sejam tomadas imediatamente medidas executivas no caso de perigo iminente para
a saúde e a segurança dos trabalhadores.
3. Se o procedimento fixado no parágrafo 2 não for compatível com a prática
administrativa e judiciária do Membro, os inspetores terão o direito de dirigir-se à
autoridade competente para que ela formule prescrições ou faça tomar medidas de
efeito executório imediato.

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Esta norma deve ser estudada com muita atenção, pois a exposição do trabalhador a situação de
grave e iminente risco é um indicativo de sujeição de trabalhador a condições análogas à escravo sob a forma
de sujeição da vítima a condições degradantes de trabalho. Vejamos o que diz a Instrução Normativa SIT nº
139/20183.

II - São indicadores de sujeição de trabalhador a condição degradante:

2.16 Trabalhador exposto a situação de risco grave e iminente;

2.17 Inexistência de medidas para eliminar ou neutralizar riscos quando a atividade, o meio
ambiente ou as condições de trabalho apresentarem riscos graves para a saúde e segurança
do trabalhador;

2. DEFINIÇÕES

A NR 3 define grave e iminente risco (GIR) como toda condição ou situação de trabalho que
possa causar acidente ou doença com lesão grave ao trabalhador 4. Qualquer atividade nesta
condição deveria ser paralisada imediatamente por iniciativa do trabalhador, informando seu
superior hierárquico5, ou ainda por iniciativa espontânea do empregador ao ser informado do risco.
Entretanto, é comum o desenvolvimento de atividades em condições de GIR sem qualquer
interrupção ou questionamento por parte dos empregados, cabendo à Inspeção do Trabalho fazer
a interdição ou embargo.

Item 28.2.1, NR 28: Quando o agente da inspeção do trabalho constatar situação de


grave e iminente risco à saúde e/ou integridade física do trabalhador, com base em
critérios técnicos, deverá propor de imediato à autoridade regional competente a
interdição do estabelecimento, setor de serviço, máquina ou equipamento, ou o
embargo parcial ou total da obra, determinando as medidas que deverão ser
adotadas para a correção das situações de risco.

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Brasil. Ministério do Trabalho. Secretaria de Inspeção do Trabalho. Instrução Normativa SIT nº 139, de 22 de
janeiro de 2018. Dispõe sobre a fiscalização para a erradicação de trabalho em condição análoga à de escravo e
dá outras providências. Diário Oficial da União, Brasília, DF, 24 jan. 2018. Edição 17, Seção 1, p. 7-8-52.
4 Item 3.2.1, NR 3;
5 Item 1.4.3, NR 1;
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INTERDIÇÃO X EMBARGO

A INTERDIÇÃO é a medida de urgência cabível quando for constatado uma condição ou


situação de trabalho que caracterize grave e iminente risco ao trabalho, implicando a paralisação
parcial ou total da atividade, da máquina ou equipamento, do setor de serviço ou do
estabelecimento6.

Por sua vez, o EMBARGO é a medida de urgência cabível quando for constatado uma
condição ou situação de trabalho que caracterize grave e iminente risco ao trabalho de uma obra,
implicando a sua paralisação parcial ou total.7 Considera-se obra todo e qualquer serviço de
engenharia de construção, montagem, instalação, manutenção ou reforma.

Ambos os instrumentos visam a proteção da integridade psicofisiológica do cidadão.

Vale ressaltar que o embargo e a interdição podem estar associados8, ou seja, em uma obra
é possível que uma ou mais máquina sejam interditadas e um setor da obra seja embargado.

Importante mencionar que o embargo e a interdição são medidas administrativas, de caráter


cautelar, cuja adoção tem o objetivo de evitar a ocorrência de acidente ou doença com lesão grave
ao trabalhador, não se tratando de medida punitiva às organizações 9. Assim, quando da paralisação,
o Auditor Fiscal do Trabalho (AFT) deve adotar o embargo ou a interdição na menor unidade onde
for constatada situação de grave e iminente risco10 e o alcance da medida deve ser limitado ao local
inspecionado11.

Por outro lado, o AFT deve lavrar os autos de infração por descumprimento das normas de
segurança e saúde no trabalho ou dos demais dispositivos da legislação trabalhista relacionados à

6 Itens 3.2.2 e 3.2.2.2, NR 3;


7
Itens 3.2.2 e 3.2.2.1, NR 3;
8 Item 3.2.2.3, NR 3;
9 https://www.gov.br/trabalho-e-emprego/pt-br/acesso-a-informacao/participacao-social/conselhos-e-orgaos-
colegiados/comissao-tripartite-partitaria-permanente/normas-regulamentadora/normas-regulamentadoras-
vigentes/norma-regulamentadora-no-3-nr-3;
10 item 3.2.2.3.1, NR 3;
11 Art. 83, Portaria 672/2021;
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situação fiscalizada, conforme previsto no art. 628, CLT.

Art. 628, CLT. Salvo o disposto nos arts. 627 e 627-A, a toda verificação em que o
Auditor-Fiscal do Trabalho concluir pela existência de violação de preceito legal deve
corresponder, sob pena de responsabilidade administrativa, a lavratura de auto de
infração.

3. CARACTERIZAÇÃO DO GRAVE E IMINENTE RISCO

A redação atual da NR 3, dada pela Portaria SEPRT n.º 1.068, de 23/09/19, buscou estabelecer
parâmetros claros para avaliar a “iminência” e “gravidade” do risco de uma condição ou situação de
trabalho, de forma a eliminar possíveis subjetividades na sua aplicação.

A NR 3 estabelece que o risco é a combinação das consequências de um evento e a probabilidade de


sua ocorrência. Ao avaliar o risco, o AFT deve considerar a consequência e a probabilidade separadamente.

A consequência pode ser definida como o resultado ou resultado potencial esperado de um evento.
De acordo com o perigo analisado, a consequência pode variar de nenhuma até a morte do trabalhador,
conforme tabela a seguir:

TABELA 3.1 da NR 3: Classificação das consequências

CONSEQUÊNCIA PRINCÍPIO GERAL

MORTE Pode levar a óbito imediato ou que venha a ocorrer


posteriormente.

SEVERA Pode prejudicar a integridade física e/ou a saúde, provocando


lesão ou sequela permanentes.

SIGNIFICATIVA Pode prejudicar a integridade física e/ou a saúde, provocando


lesão que implique em incapacidade temporária por prazo
superior a 15 (quinze) dias.

LEVE Pode prejudicar a integridade física e/ou a saúde, provocando


lesão que implique em incapacidade temporária por prazo igual
ou inferior a 15 (quinze) dias.

NENHUMA Nenhuma lesão ou efeito à saúde.

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Por sua vez, a probabilidade consiste na chance de o resultado ocorrer ou estar ocorrendo, ou seja,
de ocorrer o acidente ou adoecimento. A probabilidade pode variar de “rara” até “provável” conforme tabela
a seguir:

TABELA 3.2 da NR 3: Classificação das probabilidades

CLASSIFICAÇÃO DESCRIÇÃO

PROVÁVEL Medidas de prevenção inexistentes ou reconhecidamente


inadequadas.

Uma consequência é esperada, com grande probabilidade de


que aconteça ou se realize.

POSSÍVEL Medidas de prevenção apresentam desvios ou problemas


significativos. Não há garantias de que as medidas sejam
mantidas.

Uma consequência talvez aconteça, com possibilidade de que


se efetive, concebível.

REMOTA Medidas de prevenção adequadas, mas com pequenos desvios.


Ainda que em funcionamento, não há garantias de que sejam
mantidas sempre ou a longo prazo.

Uma consequência é pouco provável que aconteça, quase


improvável.

RARA Medidas de prevenção adequadas e com garantia de


continuidade desta situação.

Uma consequência não é esperada, não é comum sua


ocorrência, extraordinária.

A caracterização ou não de Grave e Iminente Risco (GIR) em uma condição ou situação de


trabalho deve ser feita em 3 (três) etapas 12.

Na primeira etapa, o AFT deve determinar o “risco atual” da situação encontrada que
consiste na classificação da consequência do acidente/doença ocupacional caso venha a ocorrer, e

12
Item 3.3.11, NR 3;
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da probabilidade da ocorrência do acidente/doença ocupacional em função das medidas de


prevenção existentes.

Na segunda etapa, o AFT deve estabelecer o ““risco de referência” da situação objetivo que
consiste na avaliação em tese da consequência e da probabilidade de ocorrência do
acidente/doença ocupacional, considerando a implementação das medidas de prevenção
necessárias. As condições ou situações de trabalho contempladas em normas regulamentadoras
consideram-se como situação objetivo13.

Na terceira etapa, o AFT deve determinar o “excesso de risco”, que representa o quanto o
risco atual (situação encontrada) está distante do risco de referência esperado após a adoção de
medidas de prevenção (situação objetivo). Para isso, deve-se utilizar a tabela 3.3 ou 3.4 da NR 03.

A Tabela 3.3 da NR 3 deve ser utilizada pelo AFT em caso de exposição individual ou de
reduzido número de potenciais vítimas expostas ao risco avaliado. De outra banda, a Tabela 3.4 da
NR 3 deve ser utilizada para a avaliação de situação em que a exposição ao risco pode resultar em
lesão ou adoecimento de diversas vítimas simultaneamente.

O excesso de risco obtido em ambas as tabelas podem ser os seguintes:

E EXTREMO

S SUBSTANCIAL

M MODERADO

P PEQUENO

N NENHUM

13
Item 3.3.12.1, NR 3;
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Não são passíveis de embargo ou interdição as situações com avaliação de excesso de risco moderado
(M), pequeno (P) ou nenhum (N)14.

Por outro lado, são passíveis de embargo ou interdição, a obra, a atividade, a máquina ou
equipamento, o setor de serviço, o estabelecimento, com a brevidade que a ocorrência exigir, sempre que o
AFT constatar a existência de excesso de risco extremo (E) 15.

No caso de excesso de risco substancial (S), o embargo e a interdição podem ser realizados pelo AFT
consideradas as circunstâncias do caso específico 16.

TABELA 3.3 da NR 3 - Tabela de excesso de risco: exposição individual ou reduzido número de


potenciais vítimas

14
Item 3.4.4, NR 3;
15
Item 3.4.1, NR 3;
16
Item 3.4.2, NR 3;
10
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TABELA 3.4 da NR 3- Tabela de excesso de risco: exposição ao risco pode resultar em lesão ou adoecimento de
diversas vítimas simultaneamente

Importa destacar que caso a situação encontrada seja passível de adequação imediata, o AFT poderá
determinar a adoção das medidas de controle dos riscos sem a necessidade de determinar o embargo ou a
interdição17.

Outro destaque importante é que a utilização dessa metodologia é dispensada nos casos em que a
própria NR estabelece que a condição é de grave e iminente risco. Este é o caso do item 13.3.1 da NR-1318.

Vamos exemplificar o uso da metodologia para a caracterização de uma condição de grave e iminente
risco utilizando com exemplo uma operação de corte de madeira em uma serra circular de bancada.

17 Item 3.4.3, NR 3;
18 13.3.1, NR 13 - As seguintes situações constituem condição de grave e iminente risco: a) operação de
equipamentos abrangidos por esta NR sem os dispositivos de segurança previstos nos subitens 13.4.1.2 “a”,
13.5.1.2 “a”, 13.6.1.2 e 13.7.2.1; b) atraso na inspeção de segurança periódica de caldeiras; c) ausência ou
bloqueio de dispositivos de segurança, sem a devida justificativa técnica, baseada em códigos, normas ou
procedimentos formais de operação do equipamento; d) ausência ou indisponibilidade operacional de
dispositivo de controle do nível de água na caldeira; e) operação de equipamento enquadrado nesta NR, cujo
relatório de inspeção ateste a sua inaptidão operacional; ou f) operação de caldeira em desacordo com o disposto
no item 13.4.3.3 desta NR.
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1ª etapa: Vamos avaliar o risco atual (situação encontrada). O equipamento está com o disco
de corte sem proteção o que caracteriza um perigo de acidente ao operador. Vamos considerar que
a consequência decorrente de um contato acidental do operador com o disco em movimento é
severa, pois pode causar a mutilação de dedos ou cortes com hemorragia intensa. Em seguida,
consideramos que a probabilidade de ocorrer esse contato acidental é provável, pois não há
medidas de prevenção implementadas, como uma coifa de proteção.

2ª etapa: Agora vamos avaliar o risco de referência (situação objetivo). Neste momento
devemos avaliar o risco considerando a medidas de prevenção que devem ser implementadas, no
caso, uma coifa de proteção. A consequência decorrente de um contato acidental do operador com
o disco em movimento ainda deve ser considerada severa, pois o perigo permanece. Entretanto, a
probabilidade de ocorrer o contato acidental passa a ser remota, pois a coifa tem a finalidade de
impedir que esse contato ocorra.

3ª etapa: Por fim, vamos determinar o excesso de risco comparando o risco atual com o risco
de referência ou remanescente. Para isso, utilizaremos a tabela 6.3 (tabela 3.3 da NR 3). Conforme
podemos ver na imagem abaixo, o excesso de risco obtido é substancial.

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2. COMPETÊNCIA

O art. 161, CLT atribui ao Delegado Regional do Trabalho, hoje Superintendente Regional do Trabalho,
a competência para determinar o embargo e a interdição, sempre fundamentado em laudo técnico emitido
por AFT.

Art. 161, CLT: O Delegado Regional do Trabalho, à vista do laudo técnico do serviço
competente que demonstre grave e iminente risco para o trabalhador, poderá
interditar estabelecimento, setor de serviço, máquina ou equipamento, ou embargar
obra, indicando na decisão, tomada com a brevidade que a ocorrência exigir, as
providências que deverão ser adotadas para prevenção de infortúnios de trabalho.
(...)
§ 5º - O Delegado Regional do Trabalho, independente de recurso, e após laudo
técnico do serviço competente, poderá levantar a interdição.

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Era prática comum esta competência ser delegada aos AFTs em exercício na circunscrição da
Superintendência Regional do Trabalho e Emprego, inclusive aos integrantes dos grupos móveis de
fiscalização. Entretanto, ocorreram alguns casos de suspensão de portarias de delegação em alguns estados
por questões políticas com a clara intenção de impedir a atuação dos AFTs. Esta situação fundamentou uma
Ação Civil Pública19 ajuizada pelo Ministério Público do Trabalho da 14ª Região, onde foi concedida liminar
autorizando os AFTs a ordenar a adoção de medidas de interdições e embargos, e o consequente
levantamento posterior dos mesmos.

A MP nº 905/2019, que vigorou até 20/04/2020 havia alterado a redação do art. 161 da CLT e
adequava o procedimento de embargo e interdição realizado pelos AFTs. Houve alteração para adequar a
terminologia da autoridade responsável pela interdição e embargo e modificação no prazo do recurso. No
entanto, por ausência de consenso entre os Senadores, o projeto de Conversão em lei não foi votado e a MP
eventualmente perdeu vigência.

Atualmente, o procedimento de embargo e interdição está previsto na Portaria MTP nº 672/2021,


cujo art. 80 autoriza os AFTs a realizem as interdições e embargos.

Art. 80 da Portaria MTP nº 672/2021: Os Auditores-Fiscais do Trabalho estão


autorizados, em todo o território nacional, a ordenar a adoção de medidas de
interdições e embargos, e seu consequente levantamento posterior, quando se
depararem com uma condição ou situação de risco iminente à vida, à saúde ou à
segurança dos trabalhadores.

Desta forma, quando o AFT constatar, em verificação física no local de trabalho, grave e iminente
risco que, nos termos da NR 03, justifique embargo ou interdição, deverá lavrar, com a urgência que o caso
requer, termo de embargo ou interdição acompanhado de relatório técnico em duas vias. O relatório técnico
deve conter20:

I - identificação do empregador com nome, inscrição no CNPJ ou CPF, código na CNAE e


endereço do estabelecimento em que será aplicada a medida;

II - endereço do empregador, caso a medida seja aplicada em obra, local de prestação de


serviço ou frente de trabalho realizada fora do estabelecimento;

19 Ação Civil Pública nº 0010450-12.2013.5.14.0008;


20 Art. 81, Portaria MTP nº 672/2021;
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III - identificação precisa do objeto da interdição ou embargo;

IV - descrição dos fatores de risco e indicação dos riscos a eles relacionados;

V - indicação clara e objetiva das medidas de proteção da segurança e saúde no trabalho


que deverão ser adotadas pelo empregador, identificando e fundamentando o risco atual
(situação encontrada), risco de referência (situação objetivo), e o excesso de risco,
conforme estabelecido na NR 3;

VI - assinatura e identificação do Auditor-Fiscal do Trabalho, contendo nome, cargo e


número da Carteira de Identidade Fiscal; e

VII - indicação da relação de documentos que devem ser apresentados pelo empregador,
quando houver a necessidade de comprovação das medidas de proteção por meio de
relatório, projeto, cálculo, laudo ou outro documento.

O embargo ou a interdição produzirão efeitos desde a ciência, pelo empregador, do termo


respectivo21. Na hipótese de recusa do empregador em assinar ou receber o termo de embargo ou interdição,
o AFT deverá consignar o fato no próprio termo, indicando a data, horário, local do ato, bem como o nome
do empregador ou preposto, caracterizando tal conduta como resistência à fiscalização, considerando-se o
empregador ciente a partir desse momento 22.

5. RECURSOS

A organização que sofreu o embargo ou interdição poderá apresentar recurso administrativo, no


prazo de 10 dias corridos contados do dia útil seguinte à ciência do administrado do ato, à Coordenação
Geral de Recursos da Secretaria de Inspeção do Trabalho, que poderá conceder o efeito suspensivo ao recurso
previsto no art. 161, § 3º, CLT23.

O recurso deverá ser protocolizado através do peticionamento eletrônico, por usuário externo do
Sistema Eletrônico de Informações24, selecionando o tipo de processo "Fiscalização do Trabalho: Termo de
Embargo/Interdição" e indicando a unidade da federação do local do embargo ou interdição.

21
Ibidem, Art. 87.
22
Ibidem, Art. 87, §1º.
23 Art. 96, Portaria MTP nº 672/2021;
24 https://sei.economia.gov.br/sei/controlador_externo.php?acao=usuario_externo_logar&id_orgao_acesso_externo=0
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6. LEVANTAMENTO DO EMBARGO OU INTERDIÇÃO

Cabe à organização requerer o levantamento do embargo ou da interdição a qualquer momento,


após adoção das medidas de proteção da segurança e saúde no trabalho indicadas no relatório técnico 25.

O requerimento deverá ser protocolizado através do peticionamento eletrônico, por usuário externo
do Sistema Eletrônico de Informações 26, selecionando o tipo de processo "Fiscalização do Trabalho: Termo
de Embargo/Interdição" e indicando a unidade da federação do local do embargo ou interdição. O
requerimento deverá conter o número do termo de embargo ou termo de interdição; a identificação da obra,
ou da atividade, máquina ou equipamento, setor do serviço, ou estabelecimento objeto do embargo ou da
interdição; e a descrição das providências e medidas adotadas.

Recebido o processo administrativo com pedido de levantamento de embargo ou interdição, ainda


que parcial, pela seção ou setor de fiscalização de segurança e saúde no trabalho da Superintendência
Regional do Trabalho, a chefia deverá providenciar nova inspeção para verificação da adoção das medidas
indicadas no relatório técnico27.

Esta nova fiscalização produzirá um novo relatório técnico que poderá concluir pela manutenção,
levantamento ou levantamento parcial do embargo ou da interdição.28

A organização poderá apresentar recurso contra o relatório técnico que decidiu pela manutenção ou
levantamento parcial do embargo ou da interdição.

7. DESCUMPRIMENTO DO EMBARGO OU DA INTERDIÇÃO

No caso de descumprimento do embargo ou da interdição, o AFT deverá comunicar o fato à autoridade


policial, bem como lavrar os autos de infração correspondentes e encaminhar relatório circunstanciado à
autoridade policial, ao Ministério Público Federal e ao Ministério Público do Trabalho 29.

25
Art. 89, Portaria MTP nº 672/2021;
26
https://sei.economia.gov.br/sei/controlador_externo.php?acao=usuario_externo_logar&id_orgao_acesso_exter
no=0
27
Ibidem, Art. 91.
28
Ibidem, Art. 92.
29
Ibidem, Art. 110.
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Neste caso, conforme art. 161, § 4º, da CLT, empregador responderá por desobediência, além das
medidas penais cabíveis, se, em consequência, resultarem danos a terceiros.

Art. 161, § 4º, CLT: responderá por desobediência, além das medidas penais cabíveis,
quem, após determinada a interdição ou embargo, ordenar ou permitir o
funcionamento do estabelecimento ou de um dos seus setores, a utilização de
máquina ou equipamento, ou o prosseguimento de obra, se, em consequência,
resultarem danos a terceiros.

Aqui, surge a discussão acerca do que seria a “desobediência” de que trata o art. 161, § 4º da CLT:

a) Há quem defenda se tratar do crime de desobediência, conforme art. 330 do Código Penal30, ou ainda
crime por expor a vida ou a saúde de outrem a perigo iminente, conforme o art. 132 do Código Penal31. Para
essa corrente, o crime de desobediência, por se tratar de um crime de mera conduta, não exige a ocorrência
de resultado naturalístico, ou seja, restará configurado crime ainda que o funcionamento irregular da do
estabelecimento interditado não cause danos a terceiros;

b) Por outro lado, corrente a qual nos filiamos, não se trata do crime de desobediência disciplinado no
art. 330 do Código Penal, já que o dispositivo celetista prevê expressamente a necessidade de que a conduta
do empregador cause danos a terceiros. Trata-se, assim, de um ilícito de natureza cível e administrativa,
sendo o empregador penalizado com sanções administrativas e responsabilizado a ressarcir o dano de
qualquer natureza que causa a terceiros. Além disso, o próprio § 4º prevê “além das medidas penais
cabíveis”, o que, ao nosso entender, exclui as chances de interpretar o termo “desobediência” como tipo
penal.

30
. Art. 330 do Código Penal: “Desobedecer a ordem legal de funcionário público: Pena – detenção, de
quinze dias a seis meses, e multa.

31
. Art. 132 do Código Penal: “Expor a vida ou a saúde de outrem a perigo direto e iminente: Pena –
detenção, de três meses a um ano, se o fato não constitui crime mais grave. Parágrafo único. A pena é aumentada
de um sexto a um terço se a exposição da vida ou da saúde de outrem a perigo decorre do transporte de pessoas
para a prestação de serviços em estabelecimentos de qualquer natureza, em desacordo com as normas legais.”

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8. INTERRUPÇÃO DOS CONTRATOS DE TRABALHO

Sendo hipóteses de paralisação da prestação de serviço por motivos alheios à vontade do


empregado, os períodos de inatividade por motivos de embargo ou interdição são hipóteses de interrupção
do contrato de trabalho, isso porque os riscos do empreendimento correm por conta do empregador,
conforme o princípio da alteridade. A interrupção do contrato de trabalho consiste na ausência provisória da
prestação de serviços, em que são devidos o pagamento de salário e a contagem do tempo. Cessa a obrigação
do empregado, mas persiste a obrigação da empresa.

Art. 161, § 6º, CLT: Durante a paralisação dos serviços, em decorrência da interdição
ou embargo, os empregados receberão os salários como se estivessem em efetivo
exercício.

QUESTÕES PROPOSTAS

01 - Ano: 2023 Banca: CESGRANRIO Órgão: Transpetro Prova: CESGRANRIO - 2023 - Transpetro - Técnico de
Segurança. Um auditor fiscal do trabalho recebeu uma denúncia da existência de risco grave e iminente em
uma obra. Ao chegar ao local, iniciou uma inspeção com o intuito de estabelecer o excesso de risco, de acordo
com a NR 3 – Embargo e Interdição.

Considerando-se a situação exposta e a NR 3, quantas etapas esse auditor deverá seguir para estabelecer o
excesso de risco?

Alternativas

A) Uma
B) Duas
C) Três
D) Quatro
E) Cinco

COMENTÁRIOS

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3.3.11 Para estabelecer o excesso de risco, o Auditor-Fiscal do Trabalho deve seguir as seguintes etapas:

a) primeira etapa: avaliar o risco atual (situação encontrada) decorrente das circunstâncias encontradas, levando
em consideração as medidas de controle existentes, ou seja, o nível total de risco que se observa ou se considera
existir na atividade, utilizando a classificação indicada nas colunas do lado esquerdo das Tabelas 3.3 ou 3.4;

b) segunda etapa: estabelecer o risco de referência (situação objetivo), ou seja, o nível de risco remanescente
quando da implementação das medidas de prevenção necessárias, utilizando a classificação nas linhas da parte
inferior das Tabelas 3.3 ou 3.4;

c) terceira etapa: determinar o excesso de risco por comparação entre o risco atual e o risco de referência,
localizando a interseção entre os dois riscos na tabela 3.3 ou 3.4.

GABARITO: C

02 - Ano: 2012 Banca: CESGRANRIO Órgão: Petrobras Prova: CESGRANRIO - 2012 - Petrobras - Técnico de
Enfermagem do Trabalho Júnior-2012. Diante da constatação de situação de trabalho que caracterize risco
grave e iminente ao trabalhador, será aplicado o embargo total ou parcial quando se tratar de:

A) obra
B) setor
C) estabelecimento
D) máquina
E) equipamento

COMENTÁRIOS

3.2.2.1 O EMBARGO implica a paralisação parcial ou total da OBRA.

3.2.2.2 A INTERDIÇÃO implica a paralisação parcial ou total da atividade, da máquina ou equipamento, do setor
de serviço ou do estabelecimento.

GABARITO: A

03 - Ano: 2018 Banca: CESGRANRIO Órgão: Petrobras Prova: CESGRANRIO - 2018 - Petrobras - Engenheiro
de Segurança Júnior. A garantia de estabelecimento de condições adequadas de segurança do trabalho é uma
atribuição do empregador, e os trabalhadores também precisam se adequar aos requisitos estabelecidos.
Entretanto, caso seja evidenciado que determinada condição de trabalho, em uma das unidades da empresa,
represente risco grave e eminente,

A) poderá haver a interdição ou embargo de todas as atividades da empresa em todas as suas unidades
no território nacional.
19
RETA FINAL AFT
DIREITO DO TRABALHO

B) durante a paralisação decorrente da imposição de interdição ou embargo, os empregados ficam sem


receber os respectivos salários, pois é reconhecido que a empresa não consegue gerar os recursos
necessários para tal.
C) a interdição ou embargo sempre ocorrerá de forma total, paralisando as atividades da empresa.
D) durante a vigência da interdição ou embargo, a empresa não poderá realizar quaisquer tipos de
atividades.
E) dependendo do motivo da interdição ou embargo, este pode implicar a paralisação total ou parcial da
unidade da empresa ou estabelecimento, setor de serviço, máquina ou equipamento.

COMENTÁRIOS

3.2.2.1 O embargo implica a paralisação parcial ou total da obra.


3.2.2.2 A interdição implica a paralisação parcial ou total da atividade, da máquina ou equipamento, do setor de
serviço ou do estabelecimento.

Dito isso, as alternativas A, C e D estão erradas.

161, § 4º, CLT: responderá por desobediência, além das medidas penais cabíveis, quem, após determinada a
interdição ou embargo, ordenar ou permitir o funcionamento do estabelecimento ou de um dos seus setores,
a utilização de máquina ou equipamento, ou o prosseguimento de obra, se, em consequência, resultarem danos
a terceiros.
Dito isso, a alternativa B está errada.

Note que a questão não visa fazer distinções técnicas entre embargo ou interdição, mas exigir do candidato uma
compreensão do alcance e dos desdobramentos desses. Logo, a alternativa E, embora não tenha a clareza que se
exige, pode ser considerada correta.

GABARITO: E

04 - Ano: 2023 Banca: CESGRANRIO Órgão: Transpetro Prova: CESGRANRIO - 2023 - Transpetro - Profissional
Transpetro de Nível Superior - Junior: Ênfase 20: Engenharia de Segurança
A NR 3 – Embargo e Interdição – estabelece as diretrizes para caracterização do grave e iminente risco e os
requisitos técnicos objetivos de embargo e interdição. Tal norma determina que são passíveis de embargo ou
interdição a obra, a atividade, a máquina ou equipamento, o setor de serviço, o estabelecimento, com a
brevidade que a ocorrência exigir, sempre que o auditor fiscal do trabalho constatar a existência de excesso
de risco:

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RETA FINAL AFT
DIREITO DO TRABALHO

A) extremo (E)
B) importante (I)
C) relevante (R)
D) severo (SE)
E) significativo (S)

COMENTÁRIOS

3.4.1 São passíveis de embargo ou interdição, a obra, a atividade, a máquina ou equipamento, o setor de serviço,
o estabelecimento, com a brevidade que a ocorrência exigir, SEMPRE que o Auditor-Fiscal do Trabalho constatar
a existência de excesso de RISCO EXTREMO (E).

3.4.2 São passíveis de embargo ou interdição, a obra, a atividade, a máquina ou equipamento, o setor de serviço,
o estabelecimento, com a brevidade que a ocorrência exigir, consideradas as circunstâncias do CASO ESPECÍFICO,
quando o Auditor-Fiscal do Trabalho constatar a existência de excesso de RISCO SUBSTANCIAL (S).

3.4.4 Não são passíveis de embargo ou interdição as situações com avaliação de excesso de risco moderado (M),
pequeno (P) ou nenhum (N).

GABARITO: A

05 - Ano: 2023 Banca: FGV Órgão: Câmara dos Deputados Prova: FGV - 2023 - Câmara dos Deputados -
Analista Legislativo - Médico - Área: Medicina do Trabalho – Tarde. Segundo a Norma Regulamentadora nº
03, que estabelece as diretrizes para caracterização do grave e iminente risco e os requisitos técnicos objetivos
de embargo e interdição, para estabelecer o excesso de risco, o Auditor-Fiscal do Trabalho deve, primeiro:

A) bloquear o acesso de pessoas à área de risco a ser avaliada.


B) registrar, por meio de foto ou gravação de vídeo, a área de risco a ser avaliada.
C) avaliar o risco atual (situação encontrada) decorrente das circunstâncias encontradas, levando em
consideração as medidas de controle existentes.
D) compor um grupo de pessoas expostas ao risco, a fim de formar um Grupo Homogêneo de Riscos,
com objetivo de coletar informações fidedignas.
E) avaliar, junto com o responsável pela segurança do trabalho na empresa, se as condições que
compõem o risco permitem intervenção imediata.

COMENTÁRIOS

Embargo e Interdição (NR 03, item 3.3.1):

Requisitos: Risco Grave e Iminente (Consequência + Probabilidade).

21
RETA FINAL AFT
DIREITO DO TRABALHO

Critérios p/Caracterização de Risco Grave e Iminente (NR 03, item 3.3.11):

a) Avaliar o risco atual (situação encontrada)

b) Avaliar o risco de referência (situação parâmetro)

c) Determinar o excesso de risco (comparar: risco atual x referência)

GABARITO: C

06 - 2023 Banca: FUNDATEC Órgão: IF-SC Prova: FUNDATEC - 2023 - IF-SC - Médico: Área (Medicina do
Trabalho). Acerca da NR 03 – Embargo e Interdição, analise as assertivas abaixo e assinale V, se verdadeiras,
ou F, se falsas.

( ) A imposição de embargo ou interdição elide a lavratura de autos de infração por serem caracterizadas como
medidas punitivas ao empregador, por descumprimento das normas de segurança e saúde no trabalho.

( ) Embargo e interdição são medidas de urgência adotadas a partir da constatação de condição ou situação
de trabalho que caracterize grave e iminente risco ao trabalhador.

( ) São passíveis de embargo ou interdição a obra, a atividade, a máquina ou o equipamento, o setor de serviço,
o estabelecimento, com a brevidade que a ocorrência exigir, sempre que o Auditor-Fiscal do Trabalho
constatar a existência de excesso de risco moderado.

A ordem correta de preenchimento dos parênteses, de cima para baixo, é:

Alternativas

A) V – V – V.

B) V – V – F.

C) V – F – F.

D) F – V – F.

E) F – F – V.

COMENTÁRIOS

F - 3.4.1.1 A imposição de embargo ou interdição NÃO ELIDE a lavratura de autos de infração por descumprimento
das normas de segurança e saúde no trabalho ou dos demais dispositivos da legislação trabalhista relacionados
à situação analisada.

V - 3.1.2 Embargo e interdição são medidas de urgência adotadas a partir da constatação de CONDIÇÃO ou
SITUAÇÃO de trabalho que caracterize GRAVE e IMINENTE risco ao trabalhador.

F - 3.4.2 São passíveis de embargo ou interdição, a obra, a atividade, a máquina ou equipamento, o setor de
serviço, o estabelecimento, com a brevidade que a ocorrência exigir, consideradas as circunstâncias do caso
específico, quando o Auditor-Fiscal do Trabalho constatar a existência de excesso de risco substancial (S).

GABARITO: D

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