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Bom dia,
Meu nome é Ananda Azevedo. Estou aqui para apresentar o trabalho intitulado “ A relação do uso
de terapias de suporte com o perfil e o desfecho dos pacientes politraumatizados admitidos em uma
UTI adulto”. Esse trabalho foi elaborado em conjunto com outros acadêmicos de medicina da
Universidade estadual de Feira de Santana, orientado pelo Professor Lucio Couto.

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Quando falamos em terapias de suporte nessa apresentação, estamos considerando o uso ventilação
mecânica e aminas vasoativas.
A ventilação mecânica, principalmente quando utilizada por um tempo prolongado está relacionada
a inúmeras complicações, entre elas pneumonia, sepse e disfunção adicional de órgãos. Esses
agravos estão relacionados a um maior custo de internação e a um aumento de mortalidade.
Em relação aos vasopressores, a discussão na literatura é ampla sobre o seu papel como marcador
de gravidade apenas ou sendo responsável por exacerbar os desequilíbrios fisiológicos já presentes
no doente grave. Os estudos mais recentes demonstram o papel danoso do uso de vasopressores e a
sua associação com o aumento da mortalidade.

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O objetivo do nosso estudo foi avaliar o perfil e o desfecho de pacientes politraumatizados

admitidos em uma UTI adulto que necessitaram de ventilação e/ou aminas vasoativas nas primeiras
24 horas de internação.

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Nosso estudo foi retrospectivo, analisando dados coletados em um período de junho de 2016 a
março de 2017, através do Software Epimed Monitor, totalizando um n de 152 pacientes. Os
critérios de inclusão foram pacientes politraumatizados que utilizara ventilação mecânica E/OU
aminas vasoativas nas primeiras 24 horas de internação. Não foram utilizados critérios de exclusão.
A coleta e o uso dos dados foi cedida pela instituição.

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Quanto ao perfil desses pacientes podemos observar que eram em maioria homens, 84%, com idade
media de 36,5 anos e tempo de permanência médio de permanecia na UTI 10,7 dias e no hospital de
25,03 dias. . Desses pacientes 67% utilizaram apenas ventilação mecânica, 0,2% utilizaram apenas
aminas vasoativas e 31,8% dos pacientes utilizaram tanto aminas vasoativas quanto ventilação
mecânica.

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Aqui precisamos retomar um ponto chave da metodologia. Estamos avaliando duas variáveis e seu
relação na mortalidade, tanto isolada como em conjunto. Os pacientes que usaram apenas ventilação
mecânica, tiveram uma mortalidade de 23,53%. Entre aqueles que usaram aminas vasoativas não
houve mortalidade, mas vale ressaltar que o número de pacientes foi muito pequeno para que essa
variável alcançasse significância. Em relação aos pacientes que utilizaram ventilação mecânica e os
vasopressores, a mortalidade ficou em 22, 9%.

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Esse trabalho permitiu avaliar que os pacientes admitidos que necessitaram de ventilação mecânica
e ou de vasopressores eram em sua maioria homens, jovens. Esses pacientes tiverem um tempo de
internamento hospitalar significativamente maior do que os paciente politraumatizados que não
necessitaram dessa terapias, na média 3,7 dias a mais . O resultado disso, foi uma maior taxa de
mortalidade, tanto quando comparada a probabilidade de óbito ajustada para américa latina
calculada pelo SAPS 3 (19,48%), quanto em comparação aos pacientes de perfil semelhante que
não receberam esse tipo de suporte (19%)