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Trabalho de Geografia
Docente:
Maio de 2022
Argentina Will
Atija Manuel`
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Escola Secundária Marcelino Dos Santos
Nampula
Maio de 2022
Índice
Introdução........................................................................................................................................4
Objectivos........................................................................................................................................4
As águas subterrâneas......................................................................................................................5
Ciclo da Água..................................................................................................................................6
As principais características............................................................................................................7
Vantagens e importância..................................................................................................................8
Conclusão......................................................................................................................................15
Bibliografia....................................................................................................................................16
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Introdução
O presente trabalho tem como o tema águas subterrâneas, As águas subterrâneas resultam das
chuvas e dos rios quando ocorrem sobre as rochas muito permeáveis (calcário). No interior da
Terra a água continua a descer até encontrar uma rocha impermeável no subsolo. Atingida essa
camada, a água concentra-se em forma de lençol ou uma toalha de água e pode construir um rio.
Estas águas representam uma importante fatia da água doce do planeta e estão presentes,
principalmente, nos aquíferos. As águas subterrâneas podem-se movimentar para a superfície da
crusta terrestre sob forma de cascata ou de nascente.
Objectivos
Objectivo geral
Objectivos específicos
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As águas subterrâneas
Águas subterrâneas é uma parte da água da chuva que se infiltra no subsolo do planeta Terra,
localizando-se, principalmente, em espaços vazios entre as rochas até uma profundidade de 12 à
15 km.
As águas subterrâneas resultam das chuvas e dos rios quando ocorrem sobre as rochas muito
permeáveis (calcário). No interior da Terra a água continua a descer até encontrar uma rocha
impermeável no subsolo. Atingida essa camada, a água concentra-se em forma de lençol ou uma
toalha de água e pode construir um rio.
Estas águas representam uma importante fatia da água doce do planeta e estão presentes,
principalmente, nos aquíferos. As águas subterrâneas podem-se movimentar para a superfície da
crusta terrestre sob forma de cascata ou de nascente.
Quando as reservas de água são maiores que a quantidade de rios, por exemplo, estas conseguem
suprir, de forma satisfatória, diversas regiões, como cidades e estados. Sendo assim, o tamanho
das reservas subterrâneas hídricas depende do nível de infiltração da água no subsolo.
Neste caso, a infiltração da água ocorre de formas diferentes dependendo de fatores, como:
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iii. Presença de vegetação: favorece a infiltração e o abastecimento das reservas de água,
pois deixa o solo em melhor forma para receber a água, bem como auxilia na velocidade
com o que a água é escoada para o subsolo.
iv. Velocidade de queda da chuva: quando ocorrem chuvas intensas é normal que a
quantidade de água se infiltre com mais facilidade e rapidez no solo, já que o nível de
escoamento da água é mais elevado.
Em todos os casos, a água que se infiltra no subsolo ocorre nas zonas saturadas de água,
formando o que chamamos de aquíferos. No Brasil, existem dois grandes aquíferos, o Guarani
(engloba as regiões Centro-Oeste, Sudeste e Sul) e o Alter do Chão (localizado na região Norte).
Apesar de aparentemente a Terra dispor de uma enorme quantidade de água, quase 97% estão
represadas nos mares e oceanos e cerca de 2% congeladas nas regiões polares. Apenas 1% da
água doce está efetivamente disponível para o consumo humano, uso agrícola e industrial. Ela se
encontra em córregos, rios e lagos constituindo os recursos hídricos superficiais, assim como nos
interstícios do solo e subsolo, formando os recursos hídricos subterrâneos. Estes últimos
representam cerca de 97% do total de água doce existente no planeta Terra.
Ciclo da Água
A movimentação constante da água na Terra passando pelos estados líquido, sólido e gasoso, dos
oceanos para a atmosfera, desta para a terra, sobre a superfície terrestre ou no subsolo, e o
retorno para os oceanos, recebe a denominação de Ciclo Hidrológico.
O ciclo se inicia quando o sol aquece e evapora a água dos oceanos, rios, lagos e solos. O vapor
d’água sobe e junta-se formando as nuvens. Estas, por determinadas condições atmosféricas,
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condensam-se e precipitam-se em forma de chuva, granizo ou neve. Quando chove sobre os
continentes, parte da água é retida pela vegetação e acaba evaporando novamente para a
atmosfera. Outra parte escoa diretamente para os rios e lagos, retornando assim aos oceanos ou
infiltra-se no solo.
A parte da água infiltrada é retida pelas raízes das plantas e acaba evaporando através da
capilaridade do solo ou através da transpiração desses vegetais; outra parte da água move-se para
as camadas mais profundas, por efeito da gravidade, até chegar a chamada zona de saturação.
Nessa região do sub-solo todos os poros da formação sedimentar, as fissuras das rochas, enfim os
espaços vazios são preenchidos com água, constituindo aquilo que se denomina de Água
Subterrânea.
Como todos os demais recursos, a água subterrânea deve ser conservada e utilizada
adequadamente, para assegurar uma disponibilidade no futuro. Por isso, o planejamento feito por
técnicos especializados é imprescindível.
As principais características
Quase a totalidade das águas subterrâneas é doce e, portanto, própria para o consumo humano.
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Em muitos locais a extracção das águas subterrâneas é complexa, em função da profundidade do
aquífero ou da presença de rochas muito duras. Em muitos locais podem possuir grandes
quantidades de minerais.
Vantagens e importância
Dentre as principais vantagens em se utilizar os reservatórios de água está a qualidade da água.
Isso porque, ao se infiltrar no solo, a água passa por intensos processos de purificação e
filtragem, além de sofrer com a ação de processos físico-químicos, bem como biológicos.
Por conta destes processos, a água se torna própria para o consumo humano, sendo utilizada em
diversos municípios brasileiros. Outra vantagem na utilização da água subterrânea é a quantidade
de reservas espalhadas por todo o Brasil.
Com isso, o transporte de água se torna mais ágil e sem custos, por exemplo. Além disso, por
conta da localização das águas subterrâneas, dificilmente os reservatórios são atingidos por
agentes poluidores.
Portanto, as águas subterrâneas, além de todas as vantagens, representam uma das mais
importantes formas de se preservar os recursos hídricos na natureza. Preservar as reservas
garante que crises hídricas possam ser enfrentadas de forma mais amena, já que as reservas estão
presentes em diversos locais do Brasil.
Em muitas regiões afastadas dos grandes centros urbanos, em que não há presença de água
encanada (refere-se, no contexto de saneamento básico, na distribuição de água, geralmente
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potável, por meio de tubagem e encanamentos), é extraída do subsolo através de poços
artesianos, tornando-se assim uma boa opção para o consumo.
A quantidade de água subterrânea pode chegar até 60 milhões de km3, mas a sua ocorrência em
grandes profundidades pode impossibilitar seu uso. a quantidade passível de ser captada estaria a
menos de 4.000 metros de profundidade, compreendendo cerca de 10 milhões de km3 que,
estaria assim distribuída: 65.000 km3 constituindo a umidade do solo; 4,2 milhões de km3 desde
a zona não-saturada até 750 m de profundidade, e 5,3 milhões de km3 de 750 m até 4.000 m de
profundidade, constituindo o manancial subterrâneo.
Além do que, o volume de água que pode ser armazenada pelas rochas e materiais sólidos em
geral depende da porosidade do material de armazenamento, que pode ser de 45% da ligação de
seus poros ou da quantidade e tamanho das aberturas e fissuras existentes. (IGM, 2001)
Nem todos os materiais formados geologicamente têm qualidade hidrodinâmicas que permitem a
extração economicamente viável de água subterrânea que atendem as médias e grandes vazões
pontuais. As vazões no Brasil que já foram obtidas por poços, variam de 1 m3=h até mais de
1.000 m3=h (FUNDAJ, 2003).
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radioativo, retirada de sólidos em suspensão, pH em meio poroso no estado de neutralização,
entre outros) e bacteriológicos (Suspensão de microrganismos por causa da falta de nutrientes e
oxigênio que os possibilitem) que atuando sobre a água, alteram as suas características
anteriormente adquiridas, tornando-a em especial mais adequada ao consumo humano.
As águas subterrâneas apresentam algumas propriedades que tornam o seu uso mais vantajoso
em relação ao das águas dos rios: são filtradas e purificadas naturalmente através da percolação,
determinando excelente qualidade e dispensando tratamentos prévios; não ocupam espaço em
superfície; sofrem menor influência nas variações climáticas; são passíveis de extracção perto do
local de uso; possuem temperatura constante; têm maior quantidade de reservas; necessitam de
custos menores como fonte de água; as suas reservas e captações não ocupam área superficial;
apresentam grande protecção contra agentes poluidores; o uso do recurso aumenta a reserva e
melhora a qualidade; possibilitam a implantação de projectos de abastecimento à medida da
necessidade.
Nesse quesito, as águas subterrâneas facilitam a distribuição sectorizada, visto que a distância
dos poços até o reservatório ou caixa de água é, em geral, de pequena extensão;
Usos: Além dos diversos usos das águas subterrâneas (por exemplo, abastecimento,
indústria, agricultura, entre outros), aquelas que apresentam temperaturas elevadas
podem ser exploradas economicamente em actividades relacionadas com o turismo
termal e na indústria;
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Custos: O valor de perfuração dos poços, assim como os prazos de execução, são em
geral, menores que os necessários para as obras de captação e transporte de águas de
superfície, destaca-se também a facilidade da perfuração de poços que permite o
planejamento da implantação gradual do sistema de abastecimento à medida que
cresce a demanda, e os custos de manutenção e operação são inferiores. Além disso,
não há custo de armazenamento primário, como nas barragens e açudes, e não requer
a desapropriação de grandes áreas;
Meio ambiente: Os impactos ambientais devido as instalações para o aproveitamento
das águas subterrâneas são consideravelmente pequenos, uma vez que instalados e
operados adequadamente, ficam restritos a área de captação (poço tubular). Para
efeito de comparação têm-se os impactos causados pelas barragens, que envolvem
grandes áreas e alteram o equilíbrio dos ecossistemas.
Por outro lado, devido seus aspectos, as águas subterrâneas exigem certos cuidados:
A renovação (recarga) das águas extraídas dos aquíferos nem sempre ocorre na mesma
velocidade de sua retirada, podendo provocar a superexplotação ou sua exaustão. Nesse
sentido, a exploração das águas subterrâneas exige um monitoramento constante dos
volumes extraídos;
Por estarem muitas vezes em grandes profundidades, as águas subterrâneas são mais
difíceis de serem avaliadas, exigindo metodologias complexas;
A baixa circulação da água nas fraturas (aquíferos fissurais), principalmente em locais
com alto índice de evaporação, pode provocar a salinização (aumento do teor de sal) do
aquífero;
Ao explorar os aquíferos de forma inadequada, principalmente em áreas carbonáticas,
pode causar subsidência (afundamentos) de terrenos;
Em caso de poluição ou contaminação os custos e a complexidade técnica de recuperação
(processo de despoluição e minimização dos impactos negativos) podem ser
extremamente elevados, demandado longos períodos.
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Poluição das águas subterrâneas
Semelhantes às águas superficiais, as águas subterrâneas podem enfrentar problemas
relacionados à poluição, que pode ser relativo à contaminação do solo por produtos químicos de
origem agrícola (pesticidas), industrial (chumbo e outros metais pesados) e residencial (esgoto
doméstico). Estes poluentes podem penetrar na terra e contaminar as águas subterrâneas
deixando-as impróprias para o consumo. Uma vez poluídas, estas águas subterrâneas podem
conduzir estes poluentes para os rios e lagos com os quais possuem contato (ABAS, 2007).
Lençol artesiano aquele que está confinado entre duas camadas impermeáveis de crosta terrestre
(rocha) e submetido a uma pressão superior a pressão atmosférica local. Esta norma se aplica a
todos os tipos de poços perfurados em rochas de características físicas as mais diversas.
Os poços são mais comuns porque normalmente o lençol freático tem grande variação de nível
entre as precipitações, ou seja, durante os períodos de estiagem, sendo necessário escavações
mais profundas para garantia da permanência da vazão de captação. Sendo as camadas
permeáveis de espessuras consideráveis, podendo em algumas situações haver a necessidade do
emprego de captores radiais partindo da parte mais profunda do poço para que este tenha
rendimento mais efetivo. Os tipos de poços empregados na captação de água do lençol freático
são o raso comum, e o amazonas.
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O poço raso, popularmente chamado de cacimba ou cacimbão, é um poço construído com
escavação do terreno, em geral na forma cilíndrica, com revestimento de alvenaria ou com peças
pré-moldadas (tubulões), com diâmetro da ordem de um a quatro metros por cinco a vinte de
profundidade em média, a depender da posição do lençol freático. A parte inferior, em contato
com o lençol deve ser de pedra arrumada, de alvenaria furada ou de peças cilíndricas pré-
moldadas furadas quando for o caso. Dependendo da estabilidade do local, o fundo do poço pode
exigir o não revestimento.
O poço amazonas é uma variável do escavado, próprio de áreas onde o terreno é muito instável
por excesso de água no solo (areias movediças). Seu método construtivo é que o caracteriza, pois
sua construção precisa ser executada por pessoas especializadas, empregando peças pré-
fabricadas à medida que a escavação vai desenvolvendo-se. Sua denominação deve-se ao fato de
ser muito comum na região amazônica em função de que os terrenos terem este comportamento,
principalmente nas épocas de enchentes. São poços para pequenas vazões, destinados a
abastecerem pequenas comunidades. Dependendo da vazão solicitada e da capacidade do lençol
abastecedor os poços freáticos podem ser classificados da seguinte maneira:
Poço tubular profundo, também conhecido como poço artesiano, é aquele cuja perfuração é feita
por meio de máquinas perfuratrizes à percussão, rotativas e rotopneumáticas. Possui alguns
centímetros de abertura (no máximo 50 cm), revestido com canos de ferro ou de plástico.
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Poço artesiano: similar ao poço convencional, um poço artesiano recebe essa
denominação quando as águas fluem naturalmente do solo, num aquífero confinado, sem
a necessidade de bombeamento. É um poço tubular profundo, cuja pressão da água é
suficiente para permitir a subida da água à superfície, necessitando a instalação de
equipamento na boca do tubo para controlar a saída da água.
Poço semi-artesiano: Poço tubular profundo cuja pressão da água não é suficiente para a
sua subida à superfície, necessitando instalação de equipamento no interior do poço para
efetuar o bombeamento da água.
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Conclusão
As águas subterrâneas apresentam algumas propriedades que tornam o seu uso mais vantajoso
em relação ao das águas dos rios: são filtradas e purificadas naturalmente através da percolação,
determinando excelente qualidade e dispensando tratamentos prévios; não ocupam espaço em
superfície; sofrem menor influência nas variações climáticas; são passíveis de extracção perto do
local de uso; possuem temperatura constante; têm maior quantidade de reservas; necessitam de
custos menores como fonte de água; as suas reservas e captações não ocupam área superficial;
apresentam grande protecção contra agentes poluidores; o uso do recurso aumenta a reserva e
melhora a qualidade; possibilitam a implantação de projectos de abastecimento à medida da
necessidade.
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Bibliografia
Atlas Geográfico Vol. 1, 2ª edição. 1980, Ministério de Educação. Maputo
BARCA, Alberto da e SANTOS, Tirso dos. Livro de Geografia da 10ª Classe, s/d. 3ª Edição
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