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A Casa do cão

Trata-se de uma construção de pedras erguida na localidade dos Picos,


próximo à sede da cidade (cerca de dois km de distância). Muito misteriosa,
sobretudo, pelos detalhes, é composta por grandes blocos de pedra
cuidadosamente encaixados. Blocos esses, em sua maioria, em formato de
paralelepípedos. Os tamanhos tem variações, assim como as formas, mas os
encaixes foram visivelmente bem planejados e executados.
Tais características, torna-a ainda mais intrigante, pois seus construtores
trabalhavam (cortavam) as pedras para obter os formatos que desejavam para a
construção.
Uma espécie de fortaleza erguida no topo de um morro. Como costuma se
falar por aqui: “Na ponta de um Serrote”.
Alguns dos mistérios são sua datação, o modelo da construção e as
tecnologias envolvidas para erguê-la.
Os primeiros registros de sua existência são do século XIX. Observada nesse
período já em estado de abandono há muitos anos. Essa construção difere do
modelo de moradias feitas pelos índios Tapuia, grupo indígena que habitou a região
nordeste do Ceará há alguns séculos. Microrregião onde está localizada Senador
Sá. Assemelha-se às construções dos povos Incas. Rica civilização encontrada
pelos espanhóis na América Central e por eles, praticamente, destruída.
Intrigante também é o fato de, numa época em que não se contavam com
recursos tecnológicos modernos, grandes blocos de pedra serem precisamente
encaixados no alto dum morro. O que remonta a um misterioso trabalho em equipe.
Pelos mistérios que envolve, essa construção é objeto de pesquisas
acadêmicas há várias décadas.
Provavelmente, por não conseguirem explicação para os mistérios dessa
construção, a população a atribuiu a uma “obra do cão”, por isso ficou conhecida
pelos populares da cidade como “Casa do Cão”.

Kelvia Freire

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