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APOSTILA PEDAGÓGICA- PROJETO 4º ANO.

ESCOLA “Municipal Lindaura da Conceição Ribeiro” -2023


ARQUITETURA INDÍGENA

Entendendo a arquitetura indígena

Antes da chegada dos colonizadores portugueses em nosso país, os povos indígenas


que aqui habitavam já realizavam construções impressionantes. A arquitetura indígena
trazia técnicas consideradas avançadas para a época, além de serem verdadeiras
expressões artísticas.

Apesar de existirem variedades nas construções


dos diferentes povos indígenas, todas elas tinham
um fator em comum. Trata-se do uso de vegetais e
outros recursos naturais utilizados para a
fabricação e adorno das construções.
Geralmente, as casas dos
indígenas são construídas com
base em estruturas de madeira,
que são conectadas umas às
outras por meio de sistemas de
encaixe, e para fazer o
fechamento nas paredes e
telhados, são utilizadas folhas,
fibras e cipós, que formam as
palhas.

Essas comunidades geralmente têm entre 4 e 10 moradias, nas quais vivem até 400
pessoas, aproximadamente.
Nas aldeias, as construções são feitas de forma ortogonal, de modo que o centro
tem uma espécie de praça, uma área comum onde são realizadas cerimônias religiosas,
rituais, festividades etc. A essas obras é dado o nome de maloca

As malocas são
divididas pela
estrutura do telhado.
São formados
quadrados com um
tamanho médio de 6
x 6 metros, sendo que
cada um deles é
destinado para uma
família. De tal
maneira, as pessoas
moram todas juntas,
em comunidade,
dividindo a mesma
“casa”.
INTERIOR DAS MALOCAS:

Em outras aldeias existem as ocas, que são moradias menores, uma espécie de cabana,
em que as famílias moram separadamente. Assim
sendo, apesar de viverem em comunidade, cada
grupo familiar têm o seu próprio espaço, não
compartilhando o mesmo local, como acontece
com as aldeias que vivem em malocas.

Infelizmente, muitas dessas malocas encontram-se abandonadas e não receberam o


resgaste histórico que mereciam, como ocorre com obras de outros tipos de
arquitetura. A maior parte dos povos indígenas foi desaparecendo com o passar dos
anos, muito por conta das atividades de
catequização feitas pelos jesuítas e por
grupos católicos, que visavam converter os
povos em cristãos.
Elementos da cultura indígena presentes na arquitetura atual

A arquitetura atual pode ser muito influenciada pela cultura indígena e elementos que
podem ser vistos nas ocas e malocas. Isso vai desde o uso de técnicas de construção,
como é o caso das amarrações feitas com cipó e o uso de elementos naturais, até
desenhos de obras inspiradas nas construções tradicionais desenvolvidas pelos
indígenas.

A decoração também pode “beber da fonte” da arquitetura indígena, utilizando


elementos típicos dessa cultura para desenvolver ornamentos ou enfeites, que deem
um aspecto elegante ao ambiente, como os jardins verticais.

O Memorial Rondon é inspirado em uma maloca indígena (Foto: Governo do Mato


Grosso)

Além desses pequenos elementos, grandes obras também podem ser influenciadas na
arquitetura indígena. Exemplo disso pode ser visto no Memorial Rondon, espaço que
homenageia o Marechal Rondon, que se dedicou muito ao cuidado dos indígenas.

A obra teve início no ano de 1997, em Cuiabá, fazendo parte das comemorações dos
500 anos de descobrimento do Brasil. Idealizado pelo arquiteto José Afonso Botura
Portocarrero, a edificação tem o formato de uma maloca e tem todas as referências
encontradas nos povos indígenas.

A cultura e a arquitetura indígena fazem parte da história do nosso país e ainda


sobrevive em obras de muitos arquitetos. Por isso, você pode se inspirar nesses
elementos e desenvolver obras que resgatem componentes genuinamente brasileiros.
Certamente tudo ficará muito bonito e carregará um pouco da nossa história.

REGISTRE AQUI ALGUNS PONTOS IMPORTANTES QUE VOCÊ


APRENDEU NESSA AULA:

Eu aprendi que..._________________________________________________________

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ATIVIDADE 1:

SEU OBJETIVO AGORA É PESQUISAR EM JORNAIS, REVISTAS DE


RECORTE, IMAGENS DE MORADIAS INDÍGENAS, SEJAM OCAS,
MALOCAS E FIBRAS NATURAIS USADAS PARA ESSE TIPO DE
ARQUITETURA. Cole-as no seu caderno do Projeto.
ARQUITETURA AFRICANA NO BRASIL

Apesar de existirem poucos registros da arquitetura africana em nosso


país, percebemos que se trata de algo com um valor cultural grandioso.

VILA AFRICANA:

E ao contrário do que acontece com os povos indígenas, por exemplo, que têm
uma maior quantidade de registros e pesquisas acadêmicas acerca das contribuições
trazidas para a contemporaneidade.

Uma das explicações para a ausência de registros históricos é o preconceito


étnico. No Brasil, os povos africanos vieram escravizados e eram proibidos pelos
senhores de exercer qualquer manifestação de suas culturas.

Assim como não podiam realizar cultos religiosos para suas as entidades e falar
os seus idiomas, entre outras proibições, as pessoas escravizadas também não podiam
executar projetos arquitetônicos à sua maneira. Quando faziam, era escondido, e é por
isso que existem poucos registros, não apenas em nosso país, mas também em outros
nos quais ocorreu a escravidão.

Como foi o uso da Taipa no Brasil Colonial?

Não existe um registro oficial de quando a taipa começou a ser usada no Brasil.
Pesquisadores apontam que pode ter havido uma mistura entre técnicas indígenas,
africanas e portuguesas.

A Taipa foi muita usada na arquitetura colonial portuguesa no Brasil,


principalmente para a vedação interna das residências da época.

As senzalas e casas rurais eram predominantemente construídas com Taipa.


Taipa: habitação de negros escravizados

Apesar da associação direta da taipa


como casas mais simples, o método construtivo
também foi usado nas residências de senhores de
engenho entre os séculos XVI e XVII.

Casa de pau a
pique. Técnica
usando barro,
madeira e telhado
de palha.

Quilombos: Organização de
moradia dos africanos.
CASAS DE CANTARIA

Segundo o historiador marianense Diogo de Vasconcelos, as primeiras casas e


capelas dos arraiais mineiros eram feitas em taipa e cobertas por folhas. Logo,
porém, OS ESCRAVIZADOS trouxeram uma técnica
apurada de talhar a pedra e modificaram o estilo de
construção na nossa região. Este trabalho pode ser
visto nos degraus das escadas, pórticos, vergas e
cunhais, pias, colunas, janelas e em muitas peças
que decoraram os templos, prédios e as casas das
Minas do Ouro.

A Igreja do Rosário dos


Pretos de Natividade-TO
foi construída pelos
escravos toda em pedra
possui, com arcos da
entrada central em
grandes tijolos especiais
da época. Ficou
inacabada.Representa o
monumento símbolo da
raça negra e o trabalho
escravo da fase da
mineração

Construída pelos escravos, em pedra sabão, possui os arcos da entrada central


feitos com grandes tijolos especiais da época.
Muros de pedras: Serviam para dividir territórios nas grandes e pequenas
fazendas portuguesas. Feitos pelos africanos escravizados.

Ruas de pedras que muitas cidades históricas ainda preservam. Elas eram criadas
pela mão de obra escrava, no período da colonização portuguesa.

Metalurgia e herança africana


No meio de vários africanos vindo para trabalhar no Brasil, entre eles havia
trabalhadores especializados na metalurgia e
na marcenaria. Exemplos dessas técnicas são
as esculturas em bronze e ouro produzidas
por eles. Fabricavam utensílios e esculturas
de madeira muito bem! Eles contribuíram com
seu conhecimento na construção de casas,
igrejas, artesanatos, joalherias, portões,
ferramentas, etc.
ATIVIDADE 2:

SEU OBJETIVO AGORA É FAZER UMA LISTA DE MATERIAIS QUE


SÃO USADOS NA CONSTRUÇÕES E ARQUITETURA DAS CASAS DE
INFLUÊNCIA AFRICANA:

Os materiais usados nas casas e construções são...

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ARQUITETURA PORTUGUESA NO BRASIL

A arquitetura portuguesa está marcada em nosso país.


Ao percorrermos as ruas de cidades históricas ou
visitarmos igrejas de séculos passados, podemos
entender um pouco sobre as origens, os estilos e os
materiais portugueses, ao menos durante os séculos em
que fomos colonizados.

Apesar do descobrimento do Brasil ter sido em 1500, a arquitetura colonial brasileira


começou especificamente em 1530, com a criação das Capitanias Hereditárias.
O arquiteto Luís Dias foi o responsável pelo projeto da primeira capital do país,
Salvador, fundada em 1549.

Arquitetura colonial no Brasil: O marcante estilo barroco

A arquitetura colonial no Brasil recebeu forte influência da arquitetura barroca. Vale


lembrar que o que vemos no Brasil é um pouco diferente das obras barrocas
Europeias.

O estilo teve forte presença em países como Itália e França, mas chegou tardiamente
em Portugal. Esse fato fez com que a maior parte das obras no Brasil não
apresentassem algumas características como curvas em fachadas e plantas.

O estilo barroco se concentra na maior parte no interior das igrejas, em belos


retábulos talhados a ouro e com pintura e azulejaria típicas da arte de Portugal.

As maiorias das obras estão presentes em


cidades históricas como Ouro Preto, Tiradentes,
Olinda, Congonhas do Campo, Diamantina,
Recife, Rio de Janeiro e Mariana.
O barroco mineiro teve características próprias, sempre obedecendo à religiosidade
imposta pelo movimento de contrareforma da igreja na Arte.Entre as cidades que
mais receberam essa influência estão Ouro Preto e Mariana, em Minas Gerais.

Entre os exemplos do barroco mineiro estão a


Igreja de Nossa Senhora do Carmo, em São João
Del Rei, e a Igreja
de São Francisco
de Assis, em
Ouro Preto.

CASAS , FAZENDAS e cidades COLONIAIS

As casas costumavam ter de um a três pavimentos, varanda, colunas, beirais e telhas


de barro numa cobertura de várias águas para auxiliar no escoamento. As
paredes eram feitas de taipa de pilão, adobe ou pau a pique. Já nas casas mais
ricas, eram de pedra e barro ou tijolos.

A tradição mandava que as casas fossem pintadas de branco e que tenham portas e
janelas amarelas ou azuis, berrantes, para evitar a entrada dos maus espíritos
VIDA E OBRA DE ALEIJADINHO

AleijadinAleijadinho(1738-1814) foi um escultor,


entalhador, carpinteiro e arquiteto do Brasil colonial.

Ele é considerado o maior representante do barroco


mineiro, sendo conhecido por suas esculturas em
pedra-sabão, entalhes em madeira, altares e igrejas.
Antônio Francisco Lisboa, O Aleijadinho, nasceu na cidade
mineira de Vila Rica, atual Ouro Preto. Há controvérsias
sobre sua data de nascimento, mas a maioria dos
pesquisadores dizem que ele nasceu em 29 de agosto de
1738.

Filho do português Manuel Francisco Lisboa, mestre


de carpintaria, que chegou a Minas Gerais em 1728, e
de uma escravizada chamada Isabel.

Santuário do Bom Jesus de Matosinhos

Algumas obras escultóricas que produziu estão no Santuário do Bom Jesus de


Matosinhos, em Congonha do Campo. A planta do local imita o santuário de Bom
Jesus de Braga, em Portugal.

Aleijadinho estudou as primeiras


letras, latim e música com alguns
padres de Vila Rica. Aprendeu a
esculpir ainda criança, observando
o trabalho de seu pai que esculpiu
em madeira uma grande quantidade
de imagens religiosas.

Na segunda metade do século XVIII,


graças ao ouro, surgiram as ricas
construções em pedra e alvenaria.

Foi nessa época, quando Minas Gerais liderava o movimento artístico da colônia, que
Aleijadinho desenvolveu sua atividade de arquiteto e escultor.

Foi difícil obter o reconhecimento de seu talento, pois na época, não se perdoava a
condição de mestiço. Muitos de seus trabalhos foram feitos para confrarias e
irmandades de brancos. Entretanto, mesmo doente, ele não abandonou sua arte.
Assim, quando suas mãos se deformaram por completo, atou-as com uma correia de
couro para segurar o cinzel, o martelo e a régua.
Aleijadinho faleceu no dia 18 de novembro de 1814 em sua cidade natal. Seu corpo foi
sepultado na Matriz de Antônio Dias, junto ao altar da Confraria de Nossa Senhora da
Boa Morte.

ATIVIDADE 3:

SEU OBJETIVO AGORA É TENTAR FAZER UMA RELEITURA DE UMA


CASA ESTILO COLONIAL!

Fique atento aos detalhes, às cores usadas e a todas as características


presentes na casa. Capriche em seu desenho!

O casarão do século XIX, conhecido como Solar Baeta Neves, foi destruído após um deslizamento de
terra em Ouro Preto, na Região Central de Minas Gerais. O prefeito Angelo Oswaldo, informou que o
lugar foi a primeira construção de estilo neocolonial da cidade.

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