Você está na página 1de 98

Nutrição do Cafeeiro, Macro e

Micronutrientes, Recomendações
e Racionalização
Engº. Agrº. Antônio Wander R. Garcia
Engº. Agrº. Alysson Vilela Fagundes
Aspectos relevantes e indispensáveis

1. Por que adubar?

2. Quantificação da demanda de nutrientes

3. Quantificar a disponibilidade dos nutrientes (análise)

4. Avaliação do potencial produtivo dos talhões

5. Recomendações de adubação

6. Demais pontos relevantes (M.O, Palha de Café e


Lavouras podadas)
Aspectos relevantes e indispensáveis

1. Por que adubar?


2. Quantificação da demanda de nutrientes

3. Quantificar a disponibilidade dos nutrientes (análise)

4. Avaliação do potencial produtivo dos talhões

5. Recomendações de adubação

6. Demais pontos relevantes (M.O, Palha de Café e


Lavouras podadas
Custo de Produção de café para a safra 2012/2013
Projeção média. Varginha – Julho/2012
Colheita

Colheita
R$/Saca Colheita Manual Semi-Mecanizada
40 296,00 214,00
30 334,00 258,00
20 383,00 321,00
10 557,00 454,00
600,00 - PE - 21 sacas/ha
Colheita Manual
Colheita Semi-Mecanizada - PE - 16 sacas/ha
500,00

400,00
Ponto de equilíbrio
preço R$ 380,00 / saca
R$
300,00

200,00

100,00

-
0 10 20 30 40
Sacas/beneficiadas/ha
Fonte: Fundação Procafé – Julho/2012
Participação dos insumos (calcário, fertilizantes e defensivos)
no Custo de Produção - estimativa safra 2012/2013.

Insumos Lucro Líquido / ha.*


Sacas/ha. %
Colheita Colheita semi
R$ / Saca R$ / ha manual mecanizada
10
69,93 699,00 12,50 (1.775,00) (740,00)

20
64,94 1.299,00 17,00 (60,00) 1.180,00

30
73,67 2.210,00 22,00 1.380,00 3.660,00

40
73,58 2.943,00 25,00 3.370,00 6.640,00

* Venda do café a R$ 380,00 / saca

Fonte: Fundação Procafé – Julho/2012


Resposta do cafeeiro em sacas beneficiadas/ha à calagem
e adubação em solos de campo-cerrado. Batatais - SP.

1 – Testemunha
2 - Adubação NPK
3 - Adubação NPK + Calagem
4 - Adubação NPK + Calagem +
Zn e B

Fonte: Lazzarini, Moraes, Cervelini, Toledo e Figueiredo


Lei do Mínimo : Liebig

A produtividade
das culturas é
limitada pelo
nutriente que
está deficiente,
mesmo que os
demais estejam
em quantidades
adequadas.
Aspectos relevantes e indispensáveis

1. Por que adubar?

2. Quantificação da demanda de nutrientes


3. Quantificar a disponibilidade dos nutrientes (análise)

4. Avaliação do potencial produtivo dos talhões

5. Recomendações de adubação

6. Demais pontos relevantes (M.O, Palha de Café e


Lavouras podadas
11 - NITROGÊNIO, FÓSFORO E POTÁSSIO
11.1- Demanda baseada em experimento de arranquio.
Extração de Nutrientes pelo Cafeeiro Mundo Novo. Varginha, MG.
1985.
Partes Peso Produção
Períodos do Seco Sacas Nutrientes
Formação Café Acumulado benef. g mg
(meses) (g) (g) /1000 cv N P2 O5 K2 O S Zn B Cu
Muda Veg. 10,4 - 0,24 0,03 0,20 - 0,09 0,23 0,03
Pós
Plantio Veg. 48 - 1,00 0,11 0,67 0,04 0,25 0,89 0,25
(0 – 6)
1o Ano Veg. 1.410 - 30,3 1,3 21,1 1,0 24 35 26
(7 – 18)
2o Ano Veg. 3.147 - 23,3 2,1 14,0 0,7 119 92 58
(19 – 30) Prod. 2.764 17,0 49,8 3,3 51,6 1,6 48 40 63
3O Ano Veg. 6.073 - 56,3 8,2 53,7 1,5 107 122 63
(31 – 42) Prod. 1.517 13,0 30,3 3,5 40,4 1,1 19 26 25
Veg. 10.688 - 111,1 11,7 89,7 3,2 250,3 250,1 147,2
Totais 4.281 30,0 80,1 6,8 92,0 2,7 67 66 108
Prod.
V+ P 14.969 30,0 191,2 18,5 181,7 5,9 317,3 316,1 255,2

Fonte: Correa, Garcia e Freire


Extração de Nutrientes pelo Cafeeiro Mundo Novo.
Varginha, MG. 1985.
1
1
0,9
0,8 0,67
0,7
0,6
MUDA
0,5
PÓS PLANTIO
0,4
0,24 0,2
0,3
0,2 0,11
0,1
0,03
0
N P K

40 30,3
1 ° ANO
30 21,1
20
10 1,3
0

N P K
Demanda Resumida

Necessidade do Nutriente

Demanda em Kg
Elemento
Vegetação Produção Total
N 3,60 2,60 6,2
P2O5 0,38 0,23 0,61
K2O 2,90 3,00 5,90
Aspectos relevantes e indispensáveis

1. Por que adubar?

2. Quantificação da demanda de nutrientes

3. Quantificar a disponibilidade dos


nutrientes (análise)
4. Avaliação do potencial produtivo dos talhões

5. Recomendações de adubação

6. Demais pontos relevantes (M.O, Palha de Café e


Lavouras podadas
Resultados:

Boro Foliar
AMOSTRAGEM pH P K Ca Mg V m MO Zn Fe Mn Cu B
DE SOLO (H20) mg/dm3 mg/dm3 Cmolc/dm3 % (%) % mg/dm3
Boro Solo
AMOSTRAGEM
PADRÃO
Proj. saia
5,0 8,1 72,0 1,4 0,32 28 17,2 3,41 9,4 34,2 8,4 7,7 0,74
planta
INCORRETA 1
30 cm fora saia
6,0 16,6 64,0 2,8 0,78 62 0,00 2,36 7,8 20,8 9,6 6,1 0,45

INCORRETA 2
Meio da rua
6,1 8,1 46,0 3,1 1,02 67 0,00 3,00 10,8 23,7 15,3 11,3 0,37

Implicação: Necessidade
Absorção de NPK de 2,5 T/ha
de calcário
Sem
necessidade
de calagem
Padrões para interpretação de análise de solo.
Elemento/ Método Padrões ou níveis nutricionais
Unidade
Baixo Médio Alto
pH (acidez) Água < 5,0 5,0-6,0 > 6,0
CaCl2 < 4,4 4,4-5,4 > 5,4
M. O. Bicromato Argiloso < 1,5 1,5-3,0 > 3,0
% dag/kg ou de Médio < 1,2 1,2-2,5 > 2,5
Sódio Arenoso < 1,0 1,0-2,0 > 2,0

P mg/dm3 Mehlich < 10 10-20 > 20


Resina < 25 25-50 > 50
K mg/dm3 Mehlich < 100 100-160 > 160
Cmol/dm3 Mehlich < 0,25 0,25-0,4 > 0,4
Ca Cmol/dm33 Mehlich < 1,5 1,5-3,0 > 3,0
K mg/dm Mehlich < 60 60-120 > 120
Mg Cmol/dm33
Cmol/dm Mehlich
Mehlich < 0,15
< 0,5 0,5-1,0
0,15-0,3 >
> 1,0
0,3
S mg/dm3 Fosfato Monocálcio <5 5-10 > 10

Zn mg/dm3 Mehlich < 1,5 1,5-3,0 > 3,0


B mg/dm3 Água quente < 0,5 0,5-1,0 > 1,0
Cu mg/dm3 Mehlich < 0,5 0,5-1,5 > 1,5
Fe mg/dm3 Mehlich < 10 10-30 > 30
Mn mg/dm3 Mehlich < 5,0 5,0-20,0 > 20
Al Cmol/dm3 Mehlich > 1,0 1,0-0,5 < 0,5
H+Al Cmol/dm3 SMP > 4,0 4,0-2,0 < 2,0
V% < 40 40-60 > 60

CTC 6-9 cmol/dm3 , profundidade de amostragem 0-20 cm.


Esquema de amostragem foliar

3º/4
º Par
Padrões para avaliação de resultados de análise foliar do cafeeiro.

Escala Nutricional
Nutrientes Deficientes
Limiar Adequada
(c/ sintomas)
N (%) < 2,5 3,0 3,0-3,5
P (%) < 0,05 0,12 0,12-0,15
K (%) < 1,2 1,8 1,8-2,3
Mg (%) < 0,2 0,35 0,35-0,50
Ca (%) < 0,5 1,0 1,0-1,5
S (%) < 0,05 0,15 0,15-0,20
Zn (ppm) < 7,0 10 10-20
B (ppm) < 30 40 40-80
Cu (ppm) < 4,0 10 10-50
Mn (ppm) < 30 50 50-200
Fe (ppm) <50 70 70-200
Mo (ppm) - 0,1 -
Amostra ph P K Ca Mg Al H + Al T Mg/T K/T Ca/T V m Zn Fe Mn Cu B
(H2O) (mg/dm3) (Cmolc/dm3) % % % % % (mg/dm3)
lavoura A 5,8 22,1 184.0 3,2 1,1 0 5.16 9.46 11.66 5 33,8 48,62 0 3.30 59.80 9.50 2.70 1.2

A análise clínica é
soberana à analítica.
Lavouras de baixo vigor
não podem ter um teor
adequado de nutrientes no
solo, assim como lavouras
de alto vigor não podem
ter um baixo teor de
nutrientes no solo.

Amostra ph P K Ca Mg Al H + Al T Mg/T K/T Ca/T V m Zn Fe Mn Cu B


(H2O) (mg/dm3) (Cmolc/dm3) % % % % % (mg/dm3)
lavoura A 4.90 4.07 94.00 0.72 0.22 0.80 7.16 8.34 2.66 2.88 8.60 14.14 30.42 1.30 54.40 5.50 1.60 0.17
Aspectos relevantes e indispensáveis

1. Por que adubar?

2. Quantificação da demanda de nutrientes

3. Quantificar a disponibilidade dos nutrientes (análise)

4. Avaliação do potencial produtivo dos


talhões
5. Recomendações de adubação

6. Demais pontos relevantes (M.O, Palha de Café e


Lavouras podadas
Conhecer o potencial produtivo de cada gleba
(histórico)

 Lavouras de boa produtividade


– Nutrição completa

 Lavouras de baixa produtividade


– Sair de maneira inteligente (aproveitar reserva de
nutrientes no solo)
Solo Pobre
Necessidade do Nutriente
=
(
Retirada para a
produção pendente
estimada
+ Retirada pela
vegetação para uma
safra almejada
)
Demanda em Kg
Elemento
Vegetação Produção Total
N 3,60 2,60 6,2
P2O5 0,38 0,23 0,61
K2O 2,90 3,00 5,90
Evolução do solo após as sucessivas
correções (1982 a 2011). Nepomuceno-MG

Cmolc/dm3 mg/dm3 Cmolc/dm3 %


Ano pH Ca Mg K P Zn B Al H + Al T V
1982 4,1 0,6 0,2 14 1 - - 0,9 2,9 3,75 14
1986 5,7 2,1 0,7 108 4 1,3 0,4 0,4 3,3 6,37 48
2011 6 3,5 0,9 112 22 8,0 0,9 0 2,1 7,19 65

Em 29 anos:

M.O. = acréscimo de 1,1%


CTC = 3,75 ... 7,19 Cmolc/dm3
Solo Corrigido
Necessidade do Nutriente

=
(
Retirada para a produção
pendente estimada - Disponibilidade do
nutriente no solo )
Demanda em Kg
Elemento
Vegetação Produção Total
N 3,60 2,60 6,2
P2O5 0,38 0,23 0,61
K2O 2,90 3,00 5,90
O cafeeiro recicla 100% de folhas
em 18 meses
Quantificação dos nutrientes N, P e K reciclados anualmente
pelas folhas do cafeeiro – 1,0ha

Kg/Ha
Toneladas
Espaçamento Local de Nutrientes Reciclados
folhas/ano N P K
3,6 x 0,5 a 1,0m Pirapora 7,4 222 8,9 125
4 x 0,5 a 1,0 m CEPEC 3,3 99 4,0 56
2 x 0,5 a 1,0m CEPEC 4,5 135 5,4 76
1 x 0,5 a 1,0m CEPEC 7,0 210 8,4 119
Média 5,5 166 6,7 94

Fonte: Matiello, Almeida e outros – 35º CBPC 2009.


Representatividade da ciclagem de folhas na recomendação de
adubação para uma produtividade de 30 sacas/ha
200 Kg/ha

180 Kg/ha
100 Kg/ha

Ciclagem de folhas
4 Kg/ha

56 Kg/ha
20 Kg/ha
Recomendação (30 sc/ha)

N P K
50% da 20% da 30% da
Recomendação Recomendação Recomendação
de N de P2O5 de K2O
Aspectos relevantes e indispensáveis

1. Por que adubar?

2. Quantificação da demanda de nutrientes

3. Quantificar a disponibilidade dos nutrientes (análise)

4. Avaliação do potencial produtivo dos talhões

5. Recomendações de adubação
6. Demais pontos relevantes (M.O, Palha de Café e
Lavouras podadas
Fixação amônia 82% N
N2 (ar) industrial H2 NH3

N indústria
N N2 -
(resíduo (resíduo
animal) vegetal)
estercos palhada N - adubo N2
Descargas

denitrificação
elétricas

NO2-
10 a 40 Kg/ha
Amônio NH4+
nitrificação Ou
N – orgânico
96% do N total Nitrato NO -
3
Mineralização

Imobilização
Leva de 3 a 8 semanas
Os microorganismos usam o N mineral e depois morrem e volta a ser N mineral
Forma de Nitrogênio dos fertilizantes

SULTATO DE AMÔMIO

H2SO4

NH4NO3 HNO3 NH3 CO2 URÉIA

H3PO4

MAP e/ou DAP


Com Nitrogênio Com Nitrogênio

Sem Nitrogênio
Produção média (sc/ha, em 6 safras) em cafeeiros combinados de
4 níveis de N e K2O (Solo Pobre).
Três Pontas-MG. Catuaí 2,0 x 1,0 m.

S Kg/ha/ano
O N/K2O Média
0 100 200 400
L
0 17,1 18,2 20,6 22,5 19,6 c
O
100 19,5 33,6 35,8 43,1 33,0 b

P 200 16,8 37,6 42,9 39,1 34,1 b

O 400 30,6 40 52,3 51,1 43,5 a


B Média 21,0 c 32,4 b 37,9 a 39,0 a 32,6
R K no solo
E 36 d 85 c 138 b 185 a 111
(mg/dm3)

Fonte: Viana et al. - Anais 14 CBPC, 1987. p. 170-4.


Doses de 20.05.20 por hectare e produtividades obtidas -1984/86
Mundo Novo 4 x 1,5m - Varginha - MG.
Produtividade do Cafeeiro Acaiá (10 anos) submetido a diferentes
níveis de adubação nitrogenada.
Média de 6 safras (1993 a 1998). Varginha-MG.
55,2
60 51,1
50,2 Sc/ha
S Sc/ha Sc/ha

O 50
L
40
O
30 19,8
R Sc/ha

I 20

C
10
O
0 testemunha 100 Kg/ha N 200 Kg/ha N 400 Kg/ha N

Matiello, J. B; Almeida, S. R; Ferreira, R. A. 24° CBPC


FERTILIZANTES NITROGENADOS DE LIBERAÇÃO MAIS
LENTA (CONTROLADA OU GRADATIVA)
 Grânulos recobertos com polímeros: Utilizam-se resinas que permitem
um tempo de solubilização extremamente longo, podendo, conforme o
caso ser controlado pelo fabricante.

 Ureia metileno: Polímero formado através da injeção de carbono na


molécula de ureia, insolúvel em água, hidrolisado pelos microorganismos
presentes no solo, liberando gradualmente o nitrogênio.

 Inibidores de Urease: utilizam-se produtos específicos que são


inibidores de Urease. Ex: Super N (Fertipar)

 Principais objetivos destes produtos:


• Redução nos processos de volatilização e lixiviação;
• Parcelamento na liberação do nitrogênio na solução do solo, mesmo
em reduzidos parcelamentos;
• Maior aproveitamento do N aplicado;
APLICAÇÃO DE 3,6 g N/ VASO
COM IRRIGAÇÃO APÓS A COBERTURA
Sem inibidor de urease Com inibidor de urease

TRATAMENTOS M. Seca (g) % N mobilizado (g) %


TESTEMUNHA 49,3 a 24,8 0,61 a 17,8%

URÉIA 198,7 b 100 3,43 b 100%

URÉIA + INIBIDOR DE UREASE 234,0 c 17,8 4,64 c 35,3%

Fonte: Garcia, A.L.A e outros


7,2 g URÉIA EM DOSE ÚNICA

2 dias após cobertura


7,2 g URÉIA+ inibidor EM DOSE ÚNICA

início 6 dias após


cobertura , morte
parcial das
plantas
Experimento: Doses e parcelamento de nitrogênio (Ureia e Super N)
Fazenda Experimental de Boa Esperança – 2007 a 2012.

Solo de cerrado - Dose média 200kg/ha.


Scs./Benef./ Ha. - 4 Safras Iniciais
Nº Aplicações
Ureia Super N Diferença

1 30,6 36,3 5,7

2 36,1 38,5 2,4

3 40 41,1 1,1

Média 45,5 38,6 3

Fonte: Fagundes, Garcia e Outros.


Doses de nitrogênio/ha. – Média das 4 safras iniciais
– 3 parcelamentos

Scs./Benef./Ha.
N - Kg/ha.
Ureia Super N
Testemunha 14,5 14,5
100 32 32,3
200 40 41,1
300 39,9 38,9

Fonte: Fagundes, Garcia e Outros.


Comportamento no solo
CO(NH2) 2 + H2O 2 NH3 + CO2

Destino da NH3:

A) Perda por volatização, B) Reage com H 2O


A equação tem efeito NH 3 + H 2O NH4 + OH
alcalinizante: (ph> 7,0) (ph < 7,0)

> pH volatização da NH3 NH 4 sofre nitrificação:


NH 4 + O2 NO 2 NO3
Condições que propiciam a
volatilização da amônia

 Alcalinidade (ph > 7,0);


 Temperatura elevada;
 Baixa capacidade de retenção de NH4+ ou seja baixa
CTC do solo. Ex: solos arenosos possuem baixa MO e baixa
CTC;
 Altas doses de ureia;
 Aplicação na superfície úmida que depois seca;
 Compactação do solo e acúmulo de água;
Potássio
• Alta exigência pelo cafeeiro.
• O uso excessivo tem causado desequilíbrios
com o magnésio
• Em anos de altas cargas, esse nutriente não
se mantém alto na folha na fase de granação
dos frutos.
Potássio
Cálculos para 1 ha a 20 cm de profundidade

1 Cmolc/dm3 solo = 39 mg de K+ = 47 mg K2O


1000mL = 1 litro = 390 mg de K+ = 470 mg K2O
1000L= 1 m3 = 390 g de K+ = 470 g K2O
1000m3 = 390 kg de K+ = 470 kg K2O
1 ha = 2000 m3 = 780 kg de K+ = 940 kg K2O

Análise de solo – 180 mg/dm3


180/390 = 0,46 Cmolc/dm3
1 Cmolc/dm3 = 940 Kg de K2O
Portanto 0,46 Cmolc/dm3 = 432 Kg de K2O em 1 ha a 20 cm
Catuaí 11 anos - FEV
20 cm
40 cm

2m
?
Sabendo que necessito de 5,9 Kg de K2O/saca
Retiro uma análise de solo
150 mg/dm3
Tenho de 0 a 40 cm de profundidade – 250 mg/dm3
250 mg/dm3 = 0,64 Cmolc/dm3
1 Cmolc/dm3 = 940 Kg de K2O
Retiro outra análise de solo 940 Kg x 0,64 = 602 Kg de K2O de 0 a 40 cm
100 mg/dm3 602/5,9 (Veg + Prod) = 101 sacas de café
Trincheira em lavoura de Acaiá com 15 anos de idade

150 cm de
profundidade

Fazenda Experimental de Varginha


Experimento 2 - Teores médios de K no solo e nas folhas e produção obtida em
cafeeiros cultivar Acaiá, em solos com baixa CTC (6,0 cmolc/dm3), sob diferentes doses
de potássio aplicadas. Varginha-MG, 2004.

K no solo Scs/benef./ha
Tratamento Maio de 2002 %K
Mg/dm3 % K/T Foliar Média 00-04
1. Sem adição K 67,0 2,3 1,5 b 56,1 a
2. 1,5% 77,7 3,6 1,6 b 50,1 a
3. 3,0 % 75,5 3,6 1,8 a 64,3 a
4. 6,0% 97,7 4,4 1,9 a 63,2 a
5. 12,0% 118,7 5,4 2,1 a 53,6 a
CV% - - 6,5 11,2
Médias seguidas por uma mesma letra na coluna, não diferem significativamente entre si pelo teste de Scott-Knott a 5% de probabilidade.

Fonte: A.W.R.Garcia; L.B.Japiassu; G.B.Frota in 30º CBPC. São Lourenço, MG. 2004
Potássio em diferentes áreas na Fazenda Experimental de Varginha

Fonte: Carvalho, CHS e outros


Quantidade de K2O em solos com CTC
diferente
Relações na CTC potencial
Teor de K2O
dos solos
Camada
SOLO SOLO
mg/dm3 Cmolc/dm3 KG K2O/ha % %
A B
0 a 20 180 0,46 432 6 7,7 % 12 3,8 %

20 a 40 120 0,3 282 6 5% 12 2,5 %

TOTAL 300 0,76 714 - 714 - 714

Importante: % de K não deve ser utilizada


para solos com diferentes valores de CTC.
Fósforo:

P.A P-Resíduo
Raiz

P-Animal

P-solido P-Labil

imobilização
P fase
P- não Mineral P-orgânico P-orgânico
(esterco,
lalabil ou M.O P-SOLUÇÃO (20 a 70% do P
composto)
total)

Solos tropicais I
Q
P-lixiviação

P-remoção
(erosão e sedimentos)
Fósforo:

• Grandes respostas na formação

• Muito utilizado nas adubação:


–Solos brasileiros são pobres
–Grande tendência de fixação
–Movimenta pouco no solo
Ministério da Agricultura,
Pecuária e do Abastecimento

Experimento de Espaçamento x Irrigação Suplementar


Fazenda experimental de Varginha

Espaçamento adensado sequeiro – 7000 pl/ha = 68,3 sacas/ha


Espaçamento adensado Irrigado – 7000 pl/ha = 86,3 sacas/ha
Espaçamento de renque sequeiro – 3500 pl/ha = 41,9 sacas/ha
Espaçamento de renque Irrigado – 3500 pl/ha = 55,0 sacas/ha

TEOR DE FÓSFORO: 5 a 11,9 mg/dm3 no período

Fonte: Paiva, R.N e outros


Ministério da Agricultura,
Pecuária e do Abastecimento

Produtividade x Teor de P2O5 no solo


ASA – Luminárias MG
Média de 4 safras (sequeiro)

Teores de P2O5 Número de Produtividade


Sacas/ha
Mg/dm3 glebas

10 a 50 7 46

51 a 100 4 41

+ 100 6 43
Fonte: Garcia, A.W.R.
Fósforo considerações:

• Influenciado pelo déficit hídrico


• Para elevar 1 mg/dm3 – aplicar 20 Kg/ha de
P2O5
• Baixas respostas na produtividade a curto
prazo.
• Ideal manter o solo acima de 10 mg/dm3.
• Não há necessidade de aplicações anuais.
• Pode ser aplicado em dose única e em
qualquer época do ano.
Enxofre:

• Análise de solo e folha mostram teores adequados;

• Experimentos realizados, na quase totalidade


ausência de resposta;

• Diversas fontes contêm enxofre: SS, ST, Gesso, SA,


Formulados, adubos foliares, alguns defensivos e as
Matérias Orgânicas;

• Deficiência: amarelecimento de extremidades.


Cálcio e Magnésio:

• São nutrientes facilmente repostos ao solo


(calcários).

• Mg – é o nutriente mais deficiente nas


amostras de solo e folha analisados pelo
laboratório da Fundação Procafé.

• Calcário sempre dolomítico.

• Mg – é o centro da molécula de clorofila.


Cálcio e Magnésio
Cálculos para 1 ha a 20 cm de profundidade
Cálculo da disponibilidade de nutrientes no solo:

CÁLCIO:
Ca = 40 mg + O = 16 mg = 56 mg de CaO
1 Cmolc/dm3 solo =
400kg de Ca + 160 kg de O ou 560kg de CaO

MAGNÉSIO:
Mg = 24mg + O = 16 mg = 40mg de MgO
1 Cmolc/dm3 solo =
240kg de Mg + 160 kg de O ou 400kg de MgO
T = 8,5 Cmolc/dm3
Aplicando 10 T/ha de Gesso = 3.000 Kg CaO
560 Kg/ha de CaO = 1 Cmolc/dm3 de Cálcio
Portanto: 10 T/ha de Gesso = 5,4 Cmolc/dm3 de Cálcio
63% CTC potencial do solo!

Para equilibra:
1,8 Cmolc/dm3 de Magnésio
400 Kg/ha de MgO = 1 Cmolc/dm3 de Magnésio
Seria necessário 720 Kg de MgO = 800 Kg de Magnesita
Caracterização do Ensaio:
Variedade: Catuaí IAC 62
Plantio: janeiro de 2007
Solo: Latossolo Vermelho
Tratamentos utilizados:

Tratamento Dose de Gesso Altas doses de Gesso


1 1 Ton/ha 0
2 2 Ton/ha 4,3 Ton/ha
3 3 Ton/ha 8,6 Ton/ha
4 4 Ton/ha 13 Ton/ha
5 5 Ton/ha 17 Ton/ha
6 6 Ton/ha 21,5 Ton/ha
7 0 26 Ton/ha

Foram realizadas correções para Mg Manejo adequado da Braquiária


Sulfato e Óxido de Magnésio
Experimento de Doses de Gesso - (sacas/ha)
Produtividade (sacas/ha)
Tratamentos
2009 2010 2011 2012 Média
Testemunha 21,4 66,6 13,6 68,0 42,4
1 ton/ha 12,0 70,7 17,2 54,4 38,6
2 ton/ha 12,9 63,0 14,1 70,7 40,2
3 ton/ha 16,3 64,6 24,9 47,6 38,4
4 ton/ha 12,6 70,3 21,8 54,4 39,8
5 ton/ha 14,3 67,8 27,7 68,0 44,5
6 ton/ha 14,7 66,2 20,4 74,8 44,0
Experimento de Altas Doses de Gesso - (sacas/ha)
Produtividade (sacas/ha)
Tratamentos
2009 2010 2011 2012 Média
Testemunha 12,2 71,3 12,2 72,1 42,0
1,5 Kg/m (4,3 ton/ha) 9,9 68,0 18,1 78,9 43,7
3 Kg/m (8,6 ton/ha) 8,4 71,7 9,1 58,5 36,9
4,5 Kg/m(12,9 ton/ha) 14,6 58,5 9,5 74,8 39,4
6 Kg/m(17,1 ton/ha) 7,5 61,2 9,9 77,5 39,1
7,5/m (21,4 ton/ha) 14,8 70,9 12,2 68,0 41,5
9 Kg/m (25,7 ton/ha) 15,0 66,7 8,62 81,6 43,0
Fonte: Fagundes, Garcia e Outros.
Ministério da Agricultura,
Pecuária e do Abastecimento

Relação entre pH do solo e disponibilidade de nutrientes

Fonte: Malavolta, Sarruge e Bittencourt.


Nutrição do Cafeeiro
Micronutrientes, Recomendações
e Racionalização
Engº. Agrº. Antônio Wander R. Garcia
Engº. Agrº. Alysson Vilela Fagundes
Quantidade em gramas de Micronutrientes
necessários para produção de uma saca de café
Nutriente 1 saca de café 30 sacas de café
Boro 4,4 132
Cobre 2,3 69
Manganês 3,7 111
Zinco 0,5 15

1,2 Kg Ácido Bórico (204 g B)


Recomendação 2,0 Kg Sulfato de Zinco (400 g Zn)
de Adubação 1,2 Kg Sulfato Manganoso (312 g Mn)
Foliar 2,0 Kg Cloreto de Potássio (840 g Cl)
2,0 Kg Hidróxido de Cobre (1000 g Cu)
1,2 Kg Ácido Bórico (204 g B)
Recomendação 2,0 Kg Sulfato de Zinco (400 g Zn)
de Adubação 1,2 Kg Sulfato Manganoso (312 g Mn)
Foliar 2,0 Kg Cloreto de Potássio (840 g Cl)
2,0 Kg Hidróxido de Cobre (1000 g Cu)

Produtividade
Tratamentos B Zn Cu Mn
média de 4 anos
Testemunha 45 c 8,3 b 11,3 b 140 39,0
Foliar com sais, dose normal 90 a 12,7 a 20,3 a 206 43,8
Foliar com sais, meia dose 92 a 12,0 a 17,3 a 202 47,4
Foliar com sais, 25% da dose 51 b 9,7 b 12,0 b 156 45,8
Foliar com sais, dose dobrada 70 b 17,7 a 19,0 a 267 48,2
Comercial A 73 b 13,0 a 19,0 a 219 49,5
Comercial B 68 b 10,0 b 14,3 b 204 45,6
Comercial C 80 a 13,3 a 20,6 a 203 43,7
Comercial D 58 b 10,7 b 12,0 b 191 39,6
média - - - -
Zinco:
Doses e modo de aplicação
Baixa mobilidade nos solos (suprimento foliar) 2 a 4 Foliares com 0,3 a
0,5% de Sulfato de Zinco
Plantio 1 a 2g de zinco/planta, solos com baixos teores
< 1,0mg/dm³.

Formação e produção 2 a 4 foliares/ano.

Teor de solo até 3,0 mg/dm³ - 3 a 4 foliares


3,0 a 5,0 mg/dm³ - 2 foliares
> 5,0 mg/dm³ - dispensa

Época outubro a abril.

Cloreto e nitrato de zinco maior absorção foliar.

Obs.: A aplicação foliar embora com teores altos, não causam perda de
produção.
Doses de zinco no solo, produção - 4 safras.
Três Pontas, 2002.
Scs/benef/ha ppm zinco
Tratamentos Sp I Sp II Solo
Folha Sp I Sp II
1. Testemunha 35,2 38,7 7,2 2,5 2,4
2. 5g Zn S04 36,6 41,1 7,6 8,9 4,8
3. 10g Zn S04 33,7 36,8 7,6 19,7 7,6
4. 20g Zn S04 40,1 41,0 7,2 11,9 13,3
5. 40g Zn S04 36,9 43,1 8,4 18,9 16,7
6. 13g Óxido e Zinco 38,6 43,1 8,0 11,9 13,8
7. Zn foliar (3 aplicações) 41,3 41,3 12,0 2,3 2,3
Média
Análise de variância não significativa para37,5
produções 41,6 8,2 10,9 8,7
Sp I - 2 aplicações no solo, Sp II – apenas no 1º ano

Fonte: Garcia, Guimarães e outros, 27º CBPC.


Boro:

Teor no solo adequado (> 0,6) – via foliar (0,5%)

Teor baixo no solo – 2 a 6 Kg/ha de B + foliar

No solo:

Avaliar o teor B da fonte a ser utilizada.

Realizar essa adubação no início do período chuvoso.

Não é necessário o parcelamento.

Aplicação em anos alternados (mantém o suprimento de


B por 18 meses).
Lavoura em formação / produção

Aplicações de Boro
Teor de B no solo
mg/dcm³
Solo Kg B/ha Foliar

< 0,6 2,0 a 6,0 3-4

0,6 – 1,0 - 2

> 1,0 - -

Plantio não recomendado.


Fontes e doses de Boro na correção de deficiência e na
produção do cafeeiro em Cássia, MG.

B foliar (scs/benef/ha)
Produção (scs
TRATAMENTOS
( ppm 1/83 1984 Índice
1. Testemunha 35 16,2 100

2 . Ác. Bórico foliar 0,7% 41 16,4 101

3. Ác. Bórico solo 5g/cv 60 18,6 115

4. Ác. Bórico solo 10g/cv 99 18,5 119

5. Ác. Bórico solo 15g/cv 115 31,5 194

6. Bórax solo 25g/cv 107 31,5 194

Fonte: Almeida e outros, 7º CBPC.


Efeito da aplicação de cálcio e boro na pré e pós
florada na produção de cafeeiro em seis safra
(sc/ha). Patrocínio - MG

Teores de Ca no solo
Tratamentos
Baixo Alto
Testemunha (sem Ca e B) 14,50 a 86,60 a
Aplicação de Ca 13,75 a 67,25 a
Aplicação de Ca + B 14,00 a 72,00 a
cv 28,57 30,63
Fonte: Guimarães e outros – EPAMIG, 26° CBPC.
Tratamentos utilizados no ensaio e produções de
café obtidas entre 2002 e 2005 - Varginha, MG.
Tratamentos 2002 2003 2004 2005 Média Média
Agrupada
1. Testemunha 49,3 90,2 31,3 75,7 52,3 a 52,3
2. Cálcio 15 dias antes da florada 38,6 91,3 16,3 94,1 49,7 a
3. Cálcio 15 dias depois da florada 39,9 97,7 15,4 92,3 49,2 a
50,7
4. Cálcio 15 dias antes e 15 dias depois 48,9 74,6 33,4 75,7 52,7 a
da florada
5. Boro 15 dias antes da florada 33,9 88,7 13,3 89,5 45,6 a
6. Boro 15 dias depois da florada 44,6 105,4 22,7 91,8 53,0 a 48,6

7. Boro 15 dias antes e 15 dias depois 44,5 65,6 30,4 67,0 47,2 a
8. Cálcio + Boro 15 dias antes da florada 47,1 105,3 26,2 83,1 52,1 a
9. Cálcio + Boro 15 dias depois da 48,4 93,9 25,7 86,3 53,5 a 49,8
florada
10. Cálcio + Boro 15 dias e 15 dias 36,9 81,0 16,3 78,0 43,7 a
depois
11. Cálcio + Boro + Zinco 15 dias antes e 40,7 69,5 22,7 81,3 48,2 a 48,2
15 dias pós-florada
Média 39,5 87,6 23,1 83,2 49,7
CV % 12,0
* Média seguida da mesma letra não diferenciam entre si, por Scott-Knott a 5% Fonte: AWRG e outros, 31º CBPC
Cobre:

Geralmente os teores são adequados devido ao efeito dos diversos


anos de controle de Ferrugem e/ou Cercosporiose.

Atenção especial em solo húmico, principalmente na formação.


O uso sistemático e quase obrigatório do cobre para ferrugem e cercospora
e etc, atende a demanda.
Efeito da correção da deficiência de cobre sobre a produtividade
em cafeeiros em solo húmico – Martins Soares-MG – 1999.

Teor de cobre Produção


Tratamentos foliar médio média
5 anos 5 safras
(scs/ha)
1. Sulf. cobre foliar, a 0,8% 24,4 56,5
2. Oxicl. cobre foliar, a 0,8% 29,0 58,6
3. Hidr. cobre foliar, a 0,8% 43,8 63,0
4. Sulf. cobre – 5 g/pl – solo 6 45,4
5. Oxicl. cobre – 5 g/pl – solo 4,5 40,7
6. Hidr. cobre – 5 g/pl – solo 4,6 45,1
7. Testemunha 3,4 39,0

Fonte: Matiello, Barros e Barbosa – Anais 25º CBPC, p. 186-7.


Manganês e ferro:

O uso de corretivos visando altas saturações de bases, bem


como, solos adensados e encharcados favorecem o
aparecimento das deficiências.

A correção deve ser feita preferencialmente via folha, com


sulfato manganoso e sulfato ferroso nas concentrações de 0,5 a
1,0%, em 2 a 4 foliares por ano.

Para o Manganês – Solos mais arenosos – suplementação via


solo com 10 a 50 Kg de Sulfato Manganoso /ha
Outros micros molibdênio, cobalto, Niquel.

Outras deficiências:

Paraguaçu – MG :

O material coletado por técnicos do


IBC e analisado por Malavolta, tinha
0,09 ppm Mo, sendo o normal 0,15
ppm.

Fonte: Malavolta e Aguirre (1977 5°


CBPC)
Avaliação da disponibilidade de micro nutrientes no solo –
Laboratório da Fundação Procafé ano 2011 – 16.000 análises

Teores mg/dm³ (ppm) % amostras


Elementos
deficientes
Nível adequado Nivel médio
Zn 3 3,61 47
B 0,6 0,4 80
Cu 1 2,29 14
Mn 10 25,45 26
Fe 20 60,2 0
Fonte: Laboratório Fundação Procafé – Paiva, A. C. R. S.
Aspectos relevantes e indispensáveis

1. Por que adubar?

2. Quantificação da demanda de nutrientes

3. Quantificar a disponibilidade dos nutrientes (análise)

4. Avaliação do potencial produtivo dos talhões

5. Recomendações de adubação

6. Demais pontos relevantes (Agricultura de


Precisão, M.O, Palha de Café e Lavouras
podadas)
Implementação da Agricultura de Precisão na cafeicultura
Oxido de Calcário Boro
20--05--10 20--05--20 Uréia MAP
Magnésio Dolomítico Gran
LAVOURA ÁREA T/ha T/ha T/ha T/ha T/ha Kg/ha T/ha N P K B Mn
A1 4,45 0,2 0,00 1 0,00 0 0 0 200 50 100 0 15

A2 Pontos 0 pH P K Ca Mg 0,50Al
7,89 Pontos pH P0,00 K Ca1 Mg 0,135 20 0 361 75 200 2 0
11 5,7
5.8 640,50 0.29
0,18 1,6
4.7 0,5
0.7 0,1
A3 12,44 0,2 0,5 1,00 0 20 0 300 75 250 2 20
22 5,4
5.7 10 0,25
11 0.3 1,2
3.6 0,4
0.5 0,5
A4 16,9 Pontos
0,15 pH P1,00 K Ca
0,5 Mg 1,00Al 0 20 0 300 75 250 2 20
33 5,2
6.1 6 0.31
13 0,15 0,9
5.3 0,3
1 0,4
A5 4,38 1
4 0 5,4
5,9
6.1 22
22 0,23
90,00 0.34
0,27 2,4
0,5
3,2
4.9 0,7
0,7
1 0,3
1,000 0 20 0 300 75 250 2 15

A6 17 2
5 0 5,2
5,7 65
51,00 0,24
0,2 2,8
2,8
1,5 0,7
0,5 0,000,4
0,1 0,135 20 0 361 75 150 2 15

B1 22,87 3
6 0,2 5,4
5,5 62
90,50 0,24
0,24 3,4
2,1
1,25 0,7
0,4 0,000,1
0,3 0 20 0 250 63 125 2 15
4
7 0,2 5,4
5,4 60
60,00 0,23
0,19 3,1
1,7 0,8
0,3 0,000,3
0,2 16
B2 8,83 1,25 0 30 0,2 270
5
125 3 10
5
80,15 5,5
5,3 57
40,00 0,21
0,21 3,3
1,1 0,8
0,2 0,000,2
0,3 16
B3 12,66 1,25 0 30 0,2 270 125 3 10
6
9 5
5,4 60
8 0,19
0,26 1,7
2 0,4
0,4 0,9 0,3
5

C1 3,58
7 0 5,9 732,00 0,37 0,5
4,8 1,1 1,000 0 20 0 300 75 250 2 10
10 5,4 4 0,16 2 0,5 0,2 13
C2 8 0 5,7 87 0,21 5,2 1,1
0,00 1,25
0,5 0,000,1 0 20 0,15
2,48 265 125 2 10
11 5,2 7 0,13 2 0,2 9

C3 12,19 9 0
12 5,4
5,6 43
41,00 0,18
0,08 3,1
0,5
2,1 0,6
0,6 1,000,3
0,1 0,135 20 0 361 75 250 2 15

C4 13,67 10 0
Média 5
5,4 232,00 0,16
7,4 0,19 2,3
1,9
0,75 0,4 0,75
0,45 0,7
0,23 0,135 20 0 361 75 225 2 10

C5 12,85
11 0 4,9 182,00 0,14 1,5
1
0,3 0,500,8 0,135 20 0 361 75 200 2 20

Totais 152,19
12 5,4 93 0,18 3,3 0,9 0,1
Média 5,4 55 0,22 3,1 0,71 0,35
Recomendação Agricultura de
Produto Variação
tradicional Precisão

Óxido de Magnésio 14 10 - 30%

Calcário Dolomítico 124 167 + 35%

Boro Gran 1 1 0%

20--05--10 145 150 + 3,5%

20--05--20 70 65 - 7%

uréia 8,5 8,5 0%

Cloreto de Potássio 0 45 Total

MAP 5 15 300%

Gesso 0 83 Total
Pontos pH P K Ca Mg Al
1 5,4 22 0,23 2,4 0,7 0,3
Área – A 3: 2 5,2 65 0,24 2,8 0,7 0,4
3 5,4 62 0,24 3,4 0,7 0,1
4 5,4 60 0,23 3,1 0,8 0,3
•12,4 ha 5 5,5 57 0,21 3,3 0,8 0,2
• Ca médio = 3,1 (1,5 a 5,2) 6 5 60 0,19 1,7 0,4 0,9
• Mg médio = 0,71 (0,3 a 1,1) 7
8
5,9
5,7
73
87
0,37
0,21
4,8
5,2
1,1
1,1
0
0,1
• Al médio = 0,35 (0 a 0,9) 9 5,4 43 0,18 3,1 0,6 0,3
10 5 23 0,16 2,3 0,4 0,7
11 4,9 18 0,14 1,5 0,3 0,8
12 5,4 93 0,18 3,3 0,9 0,1
Média 5,4 55 0,22 3,1 0,71 0,35

A 3 - Cálcio (Ca) A 3 - Magnésio (Mg)

4.01 - 5.20 cmol/dm³ Muito Alto 1.90 ha Acima 1.50 cmol/dm³ Muito Alto 0.00 ha
3.01 - 4.00 cmol/dm³ Alto 4.75 ha 1.01 - 1.50 cmol/dm³ Alto 1.47 ha
2.51 - 3.00 cmol/dm³ Médio 2.28 ha 0.81 - 1.00 cmol/dm³ Médio 1.19 ha
1.51 - 2.50 cmol/dm³ Baixo 3.36 ha 0.51 - 0.80 cmol/dm³ Baixo 7.16 ha
1.50 - 1.50 cmol/dm³ Muito Baixo 0.00 ha 0.30 - 0.50 cmol/dm³ Muito Baixo 2.47 ha
Área – A 3: Calagem

•12,4 ha
• Ca médio = 3,1 (1,5 a 5,2)
• Mg médio = 0,71 (0,3 a 1,1)
• Al médio = 0,35 (0 a 0,9)

2500 – 3800 kg/ha 3.47 ha


2000 – 2500 kg/ha 2.10 ha
1500 – 2000 kg/ha 2.07 ha
1000 – 1500 kg/ha 2.41 ha
500 – 1000 kg/ha 0.35 ha
0.01 – 500 kg/ha 0.17 ha
0.00 - 0.00 kg/ha 1.73 ha
100 a 200 de KCl
200 a 300 de KCl

100 a 200 de MgO

200 a 300 de MgO


Ministério da
Agricultura, Pecuária e do Abastecimento

Retorno da palha de café para a lavoura

Recomendação nutrientes da Recomendação após percentual


NUTRIENTE
30 scs/ha palha de 30 sacas aplicação da palha de economia

N (Kg/ha) 186 30 156 16%


P2O5 (Kg/ha) 18 3 15 17%

K2O
(Kg/ha)
177 60 117 34%
Ministério da Agricultura,
Pecuária e do Abastecimento

Produções observadas em sacas beneficiadas/ha por tratamento


Varginha - MG, 1983.
Sacas benef./ha
Tratamentos
1982 1983 Média Índice
1. Testemunha 16,3 b 24,0 20,2 b 100
2. NPK – Químico 36,4 a 30,3 33,4 a 166
3. P.C. total K – suplementação N e P 57,0 a 21,8 39,4 a 195
4. E.G. total P – suplementação N e K 37,7 a 42,2 40,0 a 198
5. E.C. 50% N e K –suplementação N, P e K 49,9 a 37,2 43,6 a 216
6. ½ P.C. (3) – suplementação N, P e K 21,1 b 53,3 37,2 a 185
7. ½ E.G. (4) – suplementação N, P e K 43,2 a 40,9 42,1 a 209
8. ½ E.C. (5) – suplementação N, P e K 19,4 b 68,7 44,0 a 218
9. Retorno P.C. –suplementação N, P e K 23,7 b 45,6 34,6 a 172
* NS **
Teste F 2,96 1,89 4,44 -
CV (%) 49,82 52,73 18,84 -
P.C. = Palha de Café E.G. = Esterco de Galinha E.C. = Esterco de Curral

Fonte: Garcia, A.W.R. e outros


Adubação e Tratamento
Fitossanitário:
Com Relação à adubação Considerar:
Quantidade de nutrientes no material podado
Nutrientes Recepa Decote Decote Decote Decote +
0,4m 1,00m 1,50m 2,00m Esqueletamento
1,50m
N kg/ha 320 294 162 80 261
P2O5 kg/ha 18 Equivalência:
15 10 5 16
K2O kg/ha 286 265 168 78 273
CaO kg/ha 1 tonelada139
149 de 25-00-2563 33 101
MgO kg/ha 30 33 16 8 26
100 Kg de Super Simples
S kg/ha 10 7 6 3 10
B g/ha 306 300 Kg de
339Calcário 163 83 268
Cu g/ha 229 219 121 51 191
Zn g/ha 174 152 74 28 121
Fonte: Garcia, Malavolta, Gonçalves e outros.
CONTATO

Antônio Wander
Alysson Fagundes

Fundação Procafé

35. 3214-1411
www.fundacaoprocafe.com.br
contato@fundacaoprocafe.com.br

Você também pode gostar