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RESUMO “LIÇÕES DE ARQUITETURA”

OBRA Indicação Bibliográfica:


HERTZBERGER.Herman. Lições de Arquitetura . Tradução Carlos
Eduardo Lima Machado. 2ª. ed. São Paulo: Martins Fontes, 1999.
Capítulo 1 a 5 .

Recensão:

HERTZBERGER.Herman é nascido em 6 de Julho de 1932 em Amsterdã

Holanda. Completou seus estudo de Arquitetura na Universidade de


Tecnologia

de Delft , em 1958 onde foi professor de 1970 – 1999. Hertzberger pode ser

considerado, junto com Aldo Van Eyck, como a influência por trás do

movimento estruturalista holandês dos anos 1960. He believed that the


architect's role was not to provide a complete solution, but to provide a
spatial framework to be eventually filled in by the users. Ele acreditava que
o papel

do arquiteto, não era o de fornecer uma solução completa, mas sim fornecer

uma estrutura espacial para, eventualmente, ser preenchida pelos próprios

usuários. Entre os melhores Hertzberger, os edifícios mais conhecidos são:

A escola Montessori de Delft (1966-70) ,prédio da administração para


seguro

Central Beheer e o edifício Companhia em Apedoorn (1970-72. Among


Hertzberger's best known buildings are the school in (1966-70) and the
administration building for the Insurance Company building in (1970-72).

Resumo:
O arquiteto Hertzberger aborda de uma forma simples as inter-relações do
público-privado, ambiente-indivíduo , também nos dá uma boa noção de
como muitas vezes nos mesmo marcamos nosso território com a nossa
distribuição de ambientes e como os arquitetos sutilmente distinguem estas
limitações com materiais de acabamento, sentido de circulação até com os
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Hertzberger mobiliários.
Capítulo 01
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Citações:
 “Os conceitos de “público” e “privado” podem ser
interpretados

como a tradução em termos espaciais de “coletivo” e


“individual”.

Num sentido mais absoluto, podemos dizer: pública é uma área

acessível a todos a qualquer momento; a responsabilidade por


sua
Capítulo 01
manutenção é assumida coletivamente. Privada é uma área cujo
-Pág.12
acesso é determinado por um pequeno grupo ou por uma pessoa,

que tem a responsabilidade de mantê-la”.

 Esta oposição extrema entre o público e privado, coletivo e o

Hertzberger individual, geral e o específico, o objetivo e subjetivo todo


Capítulo 01
Pág.12 comportamento na sociedade em geral é determinado por papeis

onde ocorre a afirmação daquilo que os outros identificam no

indivíduo.

 “É sempre uma questão de pessoas e grupos em inter-relação


Hertzberger
Capítulo 01 e compromisso mútuo, i.e., é sempre uma questão de
Pág.13 coletividade

e indivíduo, um em face do outro”.

 “Os conceitos de “público” e “privado” podem ser vistos e

compreendidos em termos relativos como uma série de


qualidades
Hertzberger
Capítulo 02
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Pág.14 especiais que, diferindo gradualmente, referem-se ao acesso, à

responsabilidade, à relação entre a propriedade privada e a

supervisão de unidades espaciais específicas”.

 “Uma área aberta, um quarto ou um espaço podem ser


concebidos

como um lugar mais ou menos privado ou como uma área


pública,
Hertzberger
Capítulo 02 dependendo do grau de acesso, da forma de supervisão, de quem
Pág.15 o

utiliza, de quem toma conta dele e de suas respectivas

responsabilidades. O seu quarto, por exemplo, é um espaça

privado em comparação com a sala de estar, cada sala de aula é

privada em comparação com o hall comunitário”.

Capítulo 02
Pág.15  “No mundo inteiro encontramos gradações de demarcações

territoriais, acompanhadas pela sensação de acesso. Às vezes a

grau de acesso é uma questão de legislação, mas, em geral, é

exclusivamente uma questão de convenção, que respeitada por

todos”.

Hertzberge  Muitos acessos ao público inibem convencionalmente o nosso


r Capítulo
02 Pág.16 acesso.Ex.:
*Pátios das universidades;

*Pátios de moradias como em Brasília

*Ruas fechadas como no Logo Sul Também em


Brasília
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 “Estes exemplos mostram como são inadequados os termos


Hertzberger público
Capítulo 02
Pág.16 e privado, enquanto as áreas chamadas semiprivadas ou

semipúblicas, que muitas vezes estão espremidas na zona

intermediária. Um outro exemplo de mistura do público com o

privado é a roupa pendurada para secar nas ruas estreitas de


Capítulo 02
Pág.17 cidades do Sul da Europa: uma expressão coletiva de simpatia
pela

lavagem de roupa de cada família, que fica pendurada numa


rede

de cabos que atravessa a rua de uma casa a outra”.


Capítulo 02
Pág.18

 “O uso de espaço público, como se fosse “privado”, fortalece a

demarcação por parte do usuário desta área aos olhos dos

outros.”

Hertzberge
r Capítulo  Temos como exemplo a biblioteca nacional de Paris onde a área
02 Pág.19 de

trabalho individual é diferenciada d de trabalho coletivo.esse

mesmo esquema se segue nos escritórios.

 Até mesmo o tipo de acesso define este conceito do acessível e

Hertzberge o não acessível, um exemplo são as divisórias em vidro , as


r Capítulo portas
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com visores em vidro, e mais estes vidros podem variar entre os

incolores e os leitosos para marcar mais ainda estes limites.


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 “Ao projetar cada espaço e segmento, temos consciência de


grau
Hertzberge
r Capítulo de relevância da demarcação territorial ... O grau de acesso de
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espaços e lugares fornece padrões para o projeto. A escolha de

motivos arquitetônicos, sua articulação ,forma e material são

determinados, em parte, pelo grau de acesso exigido por um

espaço.”
Capítulo 04
Pág.24

 “Ao marcar as gradações de acesso público às diferentes áreas


e

partes de um edifício em uma planta, obtemos um espécie de

mapa mostrando a “diferenciação territorial.””

 “ O caráter de cada área dependerá em grande parte de quem

determina o guarnecimento e o ordenamento do espaço, de quem


Hertzberge
r Capítulo está encarregado,de quem zela e de quem é ou se sente
04 Pág.24
responsável”

 Muitas vezes o que acontece é uma personalização de cada

espaço.Porém a forma de espaço tem que contribuir , e é


essencial

que a liberdade dê iniciativa pessoal à pessoa interessada e a

empresa também delegue esta autonomia .


Capítulo 04
Pág.26

 “É importante ter em mente que ,neste caso, um empenho tão


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excepcional para investir amor e cuidado no ambiente de


trabalho

só se tornou possível porque a responsabilidade de ordenamento


e

acabamento dos espaços foi deixada aos usuários, de maneira

muito explícita .. O grau de influência que os usuários podem

exercer, em casos extremos, sobre seu ambiente de trabalho ou


de
Hertzberger
Capítulo 05 moradia é claramente demonstrado nos ajustes feitos à
Pág.28 arquitetura

(faculdade de arquitetura do mit) os estudantes opuseram-se a


ter

de trabalhar em pranchetas arrumadas em filas longas e rígidas,

todas voltadas na mesma direção .”

 Nem sempre o que funciona em um ambiente pode não funcionar

Capítulo 05 em outro.Ambientes que requer uma certa liberdade de


Pág.28 movimento,

faz com o fixo, prenda,amarra , acaba impedindo a


personalização.

“A tradução dos conceitos de público e privado à luz da

responsabilidades diferenciadas torna mais fácil para o


Hertzberge arquiteto
r Capítulo
05 Pág.28 decidir onde devem ser tomadas medidas para que os

usuários/habitantes possam dar suas contribuições ao projeto do

ambiente e onde isto é menos relevante. Na organização de um

projeto em função de plantas baixas e de cortes, e também de

acordo com o princípio das instalações, podem-se criar a


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condições para maior senso de responsabilidade e

Hertzberge consequentemente, também um maior envolvimento no arranjo e


r Capítulo no
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mobiliamento de uma área. Deste modo os usuários tornam-se

moradores.”

Hertzberge  Na escola Montessari –Delft, as salas de aula foram concebidas


r Capítulo
05 Pág.31 como unidades, cada sala de aula tem seu próprio vestíbulo, seu

próprio banheiro, essa composição contribuiria para incutir o


senso

de responsabilidade nas crianças,tornando até mesmo os deveres

domésticos como parte do programa diário da escola.

 “O domínio de um grupo particular de pessoas deveria ser

respeitado tanto quanto possível pelos estranhos .Por esta razão,

há certos riscos ligados ao chamado uso multifuncional.Vamos

tomar como exemplo uma sala de aula; se é usada para outras

finalidades fora do horário escolar.”

 “Uma sala de aula, concebida como o domínio de um grupo,


pode

mostrar sua própria identidade ao resto da escola se for dada a

oportunidade de fazer uma exposição das coisas, com as quais o

grupo está especialmente envolvido.”

 “Nas ‘Escolas Apollo’ foram criados áreas semelhantes a


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alpendres para poderem servir como lugares de trabalhos

adequados onde se pode estudar sozinho sem estar na sal mas

também sem estar isolado”

Comentários:
O acesso aos trechos do livro despertaram consideravelmente o interesse em
conhecer mais sobre o livro e o autor , a linguagem clara e as ilustrações
consegue transmitir toda informação.

Ideação:
Seria bastante interessante um novo estudo sobre este material adentrando
mais ainda ao universo de Hertzberger .

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