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COLÉGIO VOO LIVRE DISCIPLINA

:1
PROFESSORA: LUSSANE BATISTA DE MELO FILOSOFIA
ANO: 6° ANO TURMA: “A”
ALUNO (A): ___________________________________________________
PLANALTINA-GO, _____ de _______________________________ de 2023.

O QUE É MEU E O QUE É DE TODOS?

INTRODUÇÃO
Toda cidade é formada por espaços públicos e espaços privados. Os espaços públicos
não pertencem a alguém em particular, sua posse pertence a todos, enquanto os privados são
individuais ou de pequenos grupos.
Teoricamente, todos têm os mesmos direitos de acesso aos espaços públicos. São espaços
de livre circulação, por exemplo, ruas e praças. São espaços de lazer e recreação, como pista de
skate ou alguns parques de diversões. São espaços de experiência estética, de contemplação de
obras de arte, como um monumento em praça pública ou mesmo um jardim público. Assim, o
espaço público é um espaço democrático onde há direitos e deveres que se aplicam a todos.
Por outro lado, o espaço privado é aquele no qual o poder de decisão de alguns é maior
em relação a como ele será utilizado por elas e pelas outras pessoas. Também como em teoria,
na sua própria casa, cada um pode impor determinadas regras, por exemplo, determinando as
pessoas que são responsáveis por aquele local. O espaço privado é o espaço da intimidade, da
posse, das escolhas individuais ou, em pequenos grupos, o espaço da família.
Quais são os principais pontos em comum e os pontos divergentes dessas duas formas de
pensar o espaço? Qual é o papel de cada um desses lugares na construção das mais diferentes
pessoas?
A partir de agora veremos algumas abordagens sobre os espaços público e privado e qual a
sua importância para as relações sociais.

1. A CIDADE: ESPAÇOS PÚBLICOS E PRIVADOS


1.1. AS CIDADES GREGAS: A VALORIZAÇÃO DA ESFERA PÚBLICA
Para compreendermos bem a distinção entre as esferas pública e privada, vamos retomar
à Antiguidade Grega, berço da filosofia ocidental e da Democracia. Os gregos compreendiam o
mundo privado (oikos, em grego) como o espaço da família, da casa. Para eles, os laços familiares
eram importantes na medida em que davam condições para a manutenção da vida humana. A
casa, local da perpetuação da espécie e da garantia de condições seguras para manter a vida, era
importante e imprescindível, mas não era o espaço da realização humana.
O espaço público era chamado de pólis, termo que pode ser superficialmente traduzido
por cidade. Porém, quando os gregos falavam em cidades (pólis) não faziam referência a uma
determinação territorial específica. Tratava-se, antes, de um espaço que abrigava pessoas com
interesses em comum e que compartilhavam a mesma língua. Isso permitia que a cidade fosse
uma junção da área rural e da área urbana - o que não acontece, por exemplo, com a cidade tal
como a concebemos atualmente.
.
Se na vida em casa (espaço privado) as decisões eram tomadas pelo árbitro do pai, chefe
de família, nas cidades-Estado, a democracia organizava a vida pública - o que implicava,
necessariamente, o consenso e o respeito das decisões pertinentes à cidade. Dois eram os
princípios básicos da vida democrática: a isonomia e a isegoria. Chamamos de isononia a
igualdade dos indivíduos frente às leis da cidade, e de isegoria a igualdade de discurso nas
assembleias, ou seja, igualdade de manifestar a opinião frente às decisões públicas. Nesse tipo
de organização, a participação do indivíduo na esfera pública transforma-o em um cidadão, ou
seja, em um elemento ativo dentro da cidade.

Figura 1. Representação da Acrópole ateniense.

Os cidadãos participavam da vida pública em espaços como assembleias, teatros e


ginásios. Nesses espaços, os indivíduos participavam ativamente da vida na cidade, escolhendo
os rumos de sua organização política e jurídica por meio do discurso e da atividade reflexiva. Essa
participação ativa era a principal responsável pelo sentimento de realização dos cidadãos gregos.
Assim, é por meio da palavra e da ação que se constitui o espaço público grego. Um dos
espaços públicos mais importantes era chamado de ágora. Nesse espaço, os cidadãos se reuniam
para as mais diversas atividades. Por sua intensa movimentação, a ágora foi se tornando o centro
da pólis, lugar onde as pessoas se encontravam para discutir os mais diversos assuntos. Ao redor
dela, vários prédios públicos foram construídos.
A política, termo muito conhecido no nosso vocabulário, tem suas raízes na esfera pública.
Os gregos usavam o termo politikos para designar todas as questões à pólis. Portanto, quando
falamos em esfera pública, não temos como desvencilha-la do âmbito político. Tudo aquilo que
era político, comum, era assunto político. Porém, a política não era uma tarefa destinada a
apenas um grupo de pessoas, que representavam as demais (como ocorre na democracia tal
como a conhecemos aqui no Brasil). Na Grécia Antiga, todos os cidadãos, tendo o poder de
participar da política, eram também políticos (ou seja, participantes diretos da vida pública).
1.2. A CIDADE MODERNA: A VALORIZAÇÃO DA ESFERA PRIVADA
A cidade moderna tal como a conhecemos hoje tem características muito diferentes
daquelas observadas na Grécia Antiga. Isso significa que a própria relação entre o espaço público
e o privado mudou.
Muitos pensadores discutiam esse tema. Um deles foi Hannah Arendt (1906-1975). Para
a filósofa, na modernidade, o caráter político do espaço público perde sua força na medida em
que, na esfera pública, passam a prevalecer os interesses privados. Isso traz consequências
negativas, pois cria, segundo Arendt, uma sociedade despolitizada. Nesse contexto, o Estado
assume a responsabilidade sobre as decisões que dizem respeito ao espaço público – o que
elimina a figura do cidadão como um indivíduo atuante na esfera pública. A política passa a ser,
portanto, uma profissão, destinada àqueles que se pretendem representantes da vida pública.
Assim, o cidadão ativo na Grécia Antiga dá lugar ao cidadão passivo da modernidade.

Figura 2. Hannah Arendt, filósofa política alemã que refletiu, entre outros temas, sobre a questão do público e
privado.

2. A PRIVATIZAÇÃO DO ESPAÇO PÚBLICO


Como já mencionamos, o espaço público é aquele destinado ao uso comum, ou seja, que
não pertence a alguém específico, mas a todos. Entretanto, na experiência cotidiana, vemos que
esse espaço nem sempre é utilizado para os fins a que foram destinados.
Um exemplo disso é a utilização de áreas de preservação ambiental para a construção de
condomínios fechados, cuja área construída atende apenas a um número pequeno de famílias.
O mesmo acontece com as ilhas particulares, adquiridas por indivíduos pertencentes às classes
mais abastadas da sociedade. Muitos famosos, por exemplo, tem o hábito de adquirirem ilhas
particulares por valores que podem ultrapassar 15 milhões de dólares, hábito que lhes confere
status social e notoriedade.
Sendo uma palavra com ampla abrangência, a privatização poder ser entendida como a
ação de um indivíduo ou de um grupo de indivíduos que toma posse de algo que é coletivo. Com
isso, cria-se uma forma de apartheid, de segregação, de exclusão, que acaba fortalecendo a
desigualdade social – representada, em termos arquitetônicos, pelos grandes muros que
separam esses espaços dos demais e pelo investimento em seguranças particulares e câmeras
de segurança.
Assim, diferentemente das cidades gregas, as cidades modernas vão perdendo suas
características de espaço público: um lugar de encontro, de convivência, de discussão de ideias,
de exercício da cidadania e da participação política acaba se tornando um lugar de passagem.
Isso fica claro com o aumento expressivo dos espaços de passagem, como ruas e calçadas, cuja
função é apenas de circulação, não de permanência.
A partir do século XX, com os crescentes processos de urbanização e industrialização, um
espaço passou a ser muito usado por diferentes camadas sociais: o shopping center. No Brasil, os
primeiros shoppings apareceram por volta de 1960, mas se popularizaram na década de 1980. A
princípio, tratava-se de espaços de passagem, utilizados apenas para compras, chamados, por
alguns pensadores, de “não lugar”. Aos poucos, esses espaços deixaram de ser considerados
espaços de passagem para se caracterizarem como espaços de socialização. Em decorrência da
degradação dos espaços públicos, a população passou a buscar esses espaços com o objetivo de
evitar o contato com as mazelas típicas da vida urbana (violência, degradação estrutural do
espaço urbano, barulho, etc.).

Figura 3. Alguns pensadores denominam os shoppings como “não lugar”, espaços de passagem no qual
não há sociabilidade.

Muitos estudiosos, como a socióloga Valquíria Martins, escreveu o livro Shopping Center:
a catedral das mercadorias, afirmam que o shopping center contribui para o declínio do espaço
público, pois, diante do descaso do poder público, ele passa a ocupar uma lacuna social –
transformando-se em uma mini-cidade, projetada para oferecer cultura, serviços, segurança, etc.
O acesso a essa mini-cidade é, entretanto, garantido a todos? Podemos considerar que o
shopping é um espaço público apenas por ser um espaço aberto?
Embora possamos pensar no shopping como um espaço público por ele ser um lugar de
“livre acesso”, esse tipo de espaço caracteriza-se como privado, pois pertence a um proprietário
– uma pessoa jurídica responsável pelo espaço, regulando horários de abertura e fechamento,
contratando funcionários, fornecendo segurança especializada, cuidando de questões
estruturais, etc. As normas que regem o funcionamento de um shopping são criadas pelo
proprietário. No entanto, tais normas devem levar em consideração as leis municipais, estaduais
e federais do país em que está inserido. Por isso, alguns classificam esse tipo de espaço como
público-privado, pois, embora seja um lugar de livre circulação, como uma praça ou parque
público, constitui-se como uma propriedade privada.
No Brasil, em janeiro de 2014, uma grande discussão sobre a questão da relação entre
público e privado em shopping aconteceu em decorrência dos “rolezinhos”. O termo “rolezinho”
tem sua origem na linguagem popular: “rolê”, que significa dar um passeio. Esse termo foi
utilizado para dar nome aos movimentos populares, marcados pela Internet para acontecer em
diversos shoppings do país, em protesto à repressão policial que aconteceu em um shopping em
Itaquera, São Paulo. O movimento, confundido com arrastão, se ancorava no direito de qualquer
pessoa de frequentar espaços como shopping, independentemente da classe social. Associações
comerciais, por sua vez, defenderam o direito de impedir a realização dos “rolezinhos”, com o
objetivo de garantir ordem e segurança dos demais frequentadores. A discussão abre espaço
para a reflexão sobre a desigualdade social que se manifesta, inclusive, em espaços como o
shopping. Se este reproduz artificialmente a vida na cidade, ele também reproduz suas mazelas,
como a desigualdade e a exclusão social.

3. OS ESPAÇOS PÚBLICOS E A VIDA URBANA


A forma como as cidades foram construídas e vêm sendo habitadas tem causado profundos
impactos ambientais e sociais. A falta de investimento e de políticas que ofereçam melhores
condições aos que vivem nas áreas rurais, assim como a ausência da valorização dos indivíduos
que trabalham no campo, tem causado um inchaço cada vez maior da área urbana, pois motiva
o êxodo rural.
De acordo om o relatório produzido pela Organização das Nações Unidas (ONU), 54% da
população mundial vive em áreas urbanas. A expectativa é de que até 2050 esse número amente
para 66%. Em São Paulo, por exemplo, a população da região metropolitana, com seus 38
municípios, chega a, aproximadamente, 19 milhões, de acordo com dados do IBGE (2010).
Nesse contexto de crescimento urbano, torna-se imprescindível a discussão acerca dos
impactos ambientais. Nas grandes cidades, os automóveis são responsáveis por mis de 50% das
emissões de poluentes, que geram grandes prejuízos ecológicos, ambientais, sociais e humanos.
Esses veículos realizam, em média, um trajeto de 6 a 7 km por dia, ou seja, um percurso curto.
A “cultura automotiva”, que privilegia o tráfego de carro e desprivilegia o tráfego de
pedestres, é um dos fatores que influenciam a qualidade de vida das pessoas que residem nos
grandes centros urbanos, contribuindo, entre outros fatores, para um espaço público estressante
e pouco convidativo.
Os problemas originados desse elevado aglomerado de pessoas, os quis estão associados à
má administração pública e à falta de planejamento, manifestam-se na distribuição desigual dos
bens básicos e primários da vida humana, como água e saneamento, alimentação, educação,
saúde, transportes e segurança. Esse fato coloca em questão a reflexão sobre um
desenvolvimento social e econômico que seja sustentável, além de instigar formas de se pensar
uma cidade mais leve e prazerosa de se viver.

3.1. O GRAFITE NA CULTURA URBANA


O grafite é uma expressão típica da cultura urbana, e os muros da cidade são o lugar de
exposição dos grafiteiros – que são considerados artistas urbanos que utilizam a cidade como
meio para causar reflexão e apreciação estética. Esse tipo de expressão cultural surgiu na década
de 1960, momento em que também surgiram as pichações – cuja função social ainda é polêmica
entre juristas, sociólogos e estudiosos da sociedade. Entretanto, ambos, pichação e grafite,
surgem como uma ação subversiva que dialoga com a cidade, questionando, entre outras coisas,
os problemas decorrentes o crescimento urbano desordenado. Por um lado, a pichação aparece
em uma dinâmica de confronto direto com as normas e leis vigentes, sendo associada, portanto,
a atos de vandalismo que possuem como único objetivo a degradação do espaço público. Por
outro lado, os grafites, com sua pretensão artística, pretendem interagir com a população
urbana, suscitando reflexões. Dessa forma, o grafite possibilita um novo olhar sobre a cidade,
que vai perdendo o aspecto cinzento e adquire luz e cores, promovendo, assim, a cidadania e
uma relação de apropriação do espaço público.

Figura 4. Exemplo de grafite, expressão típica da cultura urbana.

Na cidade, outras formas de arte dialogam com espaço e fazem parte do cotidiano da vida
urbana: por exemplo o rap, o hip hop e o funk.

3.2. A DEGRADAÇÃO AMBIENTAL


Desde 1970, vem crescendo a consciência de que estamos vivendo uma grave crise
ambiental que afeta toda a humanidade. A questão da degradação ambiental está diretamente
relacionada ao modelo de desenvolvimento que a nossa civilização adotou, o qual se baseia na
exploração ilimitada dos recursos naturais e no consumismo exagerado- consequência de uma
concepção que entende o ser humano como centro do Universo.
Nosso modelo de desenvolvimento faz uso de tecnologias que utilizam recursos naturais
e consomem energia sem a preocupação com os impactos no meio ambiente. Isso parece ficar
claro quando pensamos na energia gerada a partir de combustíveis fósseis, que polui mais e
causa mais impactos no planeta, embora existam alternativas menos poluentes, como as
energias eólica (do vento) e solar (do Sol), entre outras.
Grande parte dos recursos naturais explorados não é renovável, ou seja, é finita. O
petróleo, o carvão mineral, o ferro e a bauxita (minério de alumínio) são alguns dos muitos
exemplos de recursos naturais não renováveis.
Na sociedade contemporânea, as mercadorias ou os produtos para consumo são feitos
para que durem cada vez menos. Sempre aparece um novo modelo que substitui o anterior, o
qual deverá ser trocado, embora ainda esteja funcionando bem. Esse fenômeno é conhecido
como “obsolescência programada”. Ou seja, fabricar algo para que logo fique ultrapassado,
obsoleto. Como consequência desse fenômeno, aumenta-se o consumismo e o lixo eletrônico.
O principal problema relacionado ao lixo eletrônico está no destino que se dá a ele. Os
produtos eletrônicos costumam ser descartados juntamente com o lixo comum, indo para os
lixões a céu aberto ou para os aterros sanitários. No entanto, esse descarte é extremamente
perigoso, uma vez que esse material contém metais pesados, como chumbo, níquel e cádmio,
que são altamente perigosos para a vida no planeta.
Desse modo, as empresas fabricantes são obrigadas a receber, a recolher e dar o destino
adequado a esses materiais (computadores, celulares, etc.). Uma das melhores iniciativas partiu
da Universidade de São Paulo (USP), que criou o Centro de Descarte de Reuso de Resíduos de
Informática (Ceder). Essa iniciativa dá um grande passo em direção à sustentabilidade,
diminuindo o lixo eletrônico e exercendo a responsabilidade socioambiental.
Assim, a inteligência humana, por meio da Ciência e das tecnologias, tem a função de se
colocar a serviço do cuidado da biodiversidade. Muitos estudiosos têm discutido sobre a
necessidade de se criar um novo modelo de sociedade, de desenvolvimento, de economia, de
política e de cultura. Esse modelo deverá levar em consideração a biodiversidade, ou diversidade
biológica – que entende a vida como uma teia, na qual os seres vivos estão interligados e
participam de cadeias alimentares ou reprodutivas. Assim, esse modelo de desenvolvimento
deverá escolher cada vez mais os recursos renováveis e cuidar muito bem dessas fontes,
respeitando as condições para que esses recursos possam, de fato, se renovar.

4. A FRONTEIRA DO PÚBLICO E DO PRIVADO NO MUNDO VIRTUAL


O ser humano é um ser de comunicação, sempre buscando novas formas de estabelecer
relações com os outros. Na era digital, essas relações foram ressignificadas com o advento das
redes sociais, que assumiram um lugar importante na vida do homem moderno.
As redes sociais não são apenas espaços nos quais se busca diversão e entretenimento. Elas
são, hoje, a grande vitrine da humanidade, na qual vemos o que se busca e o que se vende. O
pensamento que predomina na maioria das pessoas que constituem as cidades não está voltado
para as políticas públicas ou para as graves questões ambientais e socias. Vivemos em uma
sociedade na qual se cultiva o intimismo, a imagem de si mesmo e a exposição da vida privada.
O sucesso de programas televisivos como o Big Brother ilustra essa realidade da banalização da
vida íntima.
Nesse novo contexto social, surgem as relações virtuais, possibilitadas pelas diversas redes
sociais existentes. Nessas redes, tornar-se amigo de alguém é tão fácil quanto bloquear uma
pessoa indesejada.
O fenômeno das redes sociais nos faz pensar em questões como “Será que é possível ter
dezenas ou centenas de amigos?”. Nesse contexto de dezenas, centenas e até milhares de
“amigos”, informações que pertencem ao mundo particular, subjetivo, privado são
compartilhadas com total falta de critérios. Desse modo, nesse mundo em que tudo pode ser
vendido e compartilhado, as pessoas acabam por perder um dos aspectos mais importantes nas
relações interpessoais: a intimidade.
No universo tecnológico, busca-se permanentemente a conexão, ou seja, estar na rede, jogar
online, conhecer novas pessoas, postar fotos, etc. Todas essas conquistas da era digital trazem,
também, grandes perigos potenciais. Tudo o que é feito, falado ou postado na rede pode ser
visto por qualquer pessoa em qualquer parte do mundo, sem que tenhamos o controle sobre o
que será feito desse material. Nesse sentido, muitos crimes nascem desse conteúdo.
No entanto, as redes sociais podem ser transformadas em ótimo instrumento a serviço da
educação e da comunicação. Para isso, é necessário abrir um amplo espaço para o diálogo
construtivo em busca das melhores orientações para uso racional ou inteligente dessas novas
tecnologias, as quais podem ser usadas tanto para fazer e cultivar amizades, compartilhar ideias
ou organizar movimentos políticos, quanto para destruir relações e disseminar ideias que
instigam o ódio.
O espaço virtual pode, também, auxiliar-nos no aperfeiçoamento das nossas condutas e da
aprendizagem de valores humanos e sociais importantes. Por isso, as redes sociais, bem como
outras ferramentas do mundo virtual, podem ser muito eficientes para conectar os indivíduos à
vida pública, tornando-os cidadãos ativos e politizados.

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