Compreender o espaço público atual requer um determinado esforço, assim realizar uma retomada histórica das concepções acerca da temática subsidia o entendimento sobre o novo papel exercido, como auxilia, em especial, a compreensão de algumas de suas manifestações específicas como, por exemplo, as praças e parques urbanos que apresentam particular interesse.
Compreender o espaço público atual requer um determinado esforço, assim realizar uma retomada histórica das concepções acerca da temática subsidia o entendimento sobre o novo papel exercido, como auxilia, em especial, a compreensão de algumas de suas manifestações específicas como, por exemplo, as praças e parques urbanos que apresentam particular interesse.
Compreender o espaço público atual requer um determinado esforço, assim realizar uma retomada histórica das concepções acerca da temática subsidia o entendimento sobre o novo papel exercido, como auxilia, em especial, a compreensão de algumas de suas manifestações específicas como, por exemplo, as praças e parques urbanos que apresentam particular interesse.
determinado esforço, assim realizar uma retomada histórica das concepções acerca da temática subsidia o entendimento sobre o novo papel exercido, como auxilia, em especial, a compreensão de algumas de suas manifestações específicas como, por exemplo, as praças e parques urbanos que apresentam particular interesse. Na concepção de Arendt (1958), o espaço público é fundamental para a manutenção da vida humana e onde ocorre as três atividades da vida activa: o labor, o trabalho e a ação. Para o pleno entendimento do espaço público deve-se ir além de sua dimensão física, necessita entender a esfera pública. Nesse sentido, Arendt destaca dois fenômenos correlacionados para explicar a esfera pública, “em primeiro lugar, que tudo o que vem a público pode ser visto e ouvido por todos e tem maior divulgação possível [...]. Em segundo lugar, o termo público significa o próprio mundo, na medida em que é comum a todos nós e diferente do lugar que nos cabe dentre dele” (1958, p. 59-63). Ou seja, o espaço público é o reflexo da esfera pública, local de participação democrática e debate político. Para os gregos o espaço público se materializava na ágora, local onde “os cidadãos livres exerciam a política, por meio da ação e do discurso, a palavra era compartilhada, e decisões eram estabelecidas, a vida pública manifestava-se nesse espaços” (CALDEIRA, 2007, p.17). É preciso ressaltar que para os gregos “a vida pública estava reservada aos cidadãos, ou seja, restrita aos homens livres – e ao dizer homens nos referimos mesmo somente ao sexo masculino” (MIÑO, 2017, p. 181). Portanto, apesar das concepções entre público e privado serem distintas e bem definidas, o espaço público não era acessível a todos, pois apenas os “homens livres” poderiam participar daquele determinado espaço. Na sequência histórica, são nos primeiros aglomerados urbanos da Idade Média que a relação entre público e privado se torna mais complexa, uma vez que houve “a transferência de todas as atividades humanas para a esfera privada e o ajustamento de todas as relações humanas segundo o molde familiar [...]” (ARENDT, 1958, p. 44). Em ambos os entendimentos, a esfera pública foi afetada pela privada e isto reconfigurou os espaços públicos atuais. Nesse sentido, o espaço público na cidade moderna não se realiza de forma plena, pois “o econômico e o político pressionam a vida social, no sentido de ela se dobrar à vida privada, num mundo tecnológico e economicamente desenvolvido, mas que passa a ser a negação de um processo de humanização da cidade e/ou da sociedade urbana” (LOBODA, 2008, p. 80). Por fim, os apontamentos levantados demonstram como as relações sociais vigentes em diferentes períodos históricos modificaram de forma direta o sentido, o conteúdo e as características fundamentais do espaço público. Para mais, o atrelamento entre público e privado também se alterou no decorrer do tempo.