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Matéria: Direção de Fotografia 2.

Professor: Rodolfo Ancona Lopez


Tópico 19: “Profundidade de Campo e sua Utilização Estética.”
Textos de apoio: “Film Lighting”/ Kris Malkiewicz. “Matters of Light and Depht”/
Ross Lowell.

Definição teórica de Profundidade de Campo:


Profundidade de Campo é a quantidade de profundidade de assunto
presente a cada lado do principal plano de foco, medida na direção da câmera e
na sua direção oposta através do eixo da objetiva, que aparecem aceitavelmente
definidos na imagem.

Profundidade de Campo e Profundidade de Foco:


Os limites próximos e distantes da Profundidade de Campo indicam o
espaço anterior e posterior ao Principal Plano de Foco (PPF) que aparecerá
perfeitamente focado na imagem. Este espaço, fora e adiante da objetiva, é
chamado de Profundidade de Campo, e diz-se estar localizado no espaço do
objeto.
Por trás da objetiva, dentro da câmera, há uma ulterior combinação de raios
de luz ao redor do plano da imagem (e do filme). Aqui há também limites
próximos e distantes, controlados em parte pela abertura do diafragma e
afetando a qualidade e a precisão da imagem, porém de outra forma. Este efeito
ocorre no que é chamado o espaço da imagem, e é conhecido como
Profundidade de Foco.
Profundidade de Foco está principalmente relacionada com o quão preciso
e de acordo o plano do filme (a superfície de filme, como o filme está
posicionado na janela da câmera) está relacionado com a imagem projetada.
Como este é primordialmente um problema de construção das câmeras e está
relativamente pouco ligado ao modo de se usar a câmera, não será um assunto
que merecerá maiores reflexões aqui. Contudo, deve-se estar cientes da
existência de dois diferentes planos e de duas diferentes áreas de profundidade
na formação da imagem, e de como eles se diferem.

Os limites da Profundidade de Campo não estão definidos acuradamente


na imagem. Os assuntos que estiverem fora dos limites próximo e distante,
aparecerão na imagem relativamente indefinidos. Conforme os assuntos
estiverem mais distantes na parte exterior destes limites, em ambas as direções,
eles aparecerão mais indefinidos. O grau de indefinição aumenta, na mesma
relação que aumenta a distância dos assuntos com os limites da Profundidade
de Campo.
O uso estético da Profundidade de Campo:
Baixa Profundidade de Campo pode ser usada para isolar visualmente um
assunto, mostrando-o perfeitamente focado contra um fundo ou um primeiro
plano totalmente desfocado. Por outro lado, pode-se preferir ter uma longa
Profundidade de Campo. Ela pode ser tão longa, a ponto de todos os planos que
estiverem enquadrados na imagem aparecerem igualmente focados. Isto
geralmente é possível quando o assunto enquadrado não inicia muito próximo
da objetiva.
O uso consciente e apropriado da Profundidade de Campo é uma das
ferramentas mais ricas e expressivas que o diretor e o diretor de fotografia têm
em mãos durante a filmagem para estabelecerem a estética e a gramática da
narrativa do filme. Podemos dizer que a escolha dos enquadramentos e o uso
da profundidade de campo, significam a primeira edição realizada na estória
do filme, antes mesmo do negativo ser revelado. Da mesma forma que os
enquadramentos estabelecem uma escolha do que deve e o que não deve ser
visto, a profundidade de campo direcionará a atenção do espectador para pontos
determinados em detrimento de outros.
A variação focal num mesmo enquadramento com uso de uma
profundidade de campo bastante curta, tem o peso dramático equivalente a um
corte (ou seria uma fusão?) de um enquadramento para outro. E, na verdade,
não é uma coisa nem outra. Este é um recurso estético com efeito próprio,
possível graças ao uso da profundidade de campo.

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