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GINÁSIO EXPERIMENTAL DE NOVAS TECNOLOGIAS EDUCACIONAIS GENTE

E.M.ANDRÉ URANI - DISCIPLINA: HISTÓRIA PROFESSOR: GILBERTO


AMORIM GRUPO: G2 - SEGMENTO: 7º ANO LABORATÓRIOS: 7C/ 7D
ATIVIDADE 04 – 15ª SEMANA
(31 DE MAIO A 04 DE JUNHO DE 2021) – 2º BIMESTRE 2021

GRÉCIA ANTIGA
Localização:
A Civilização Grega
desenvolveu-se na Península
Balcânica, situada no
continente europeu, conforme
orienta o mapa.
O litoral grego é
bastante entrecortado, o que
facilitou o surgimento de
muitos portos naturais. O
relevo é marcado por suas
montanhas. Na imagem,
podemos observar o topo da montanha mais alta da Grécia, Monte Olimpo. Na época, os
gregos acreditavam ser o lugar onde os deuses moravam.
Cronologia:
A história da Grécia é
geralmente dividida em 5 períodos:
 Pré-homérico: ocupação dos povos
Formadores.
 Homérico → formação do genos
(base familiar) - “Ilíada” e
“Odisseia”.
 Arcaico → formação da polis.
 Clássico → apogeu da cultura.
 Helenístico → decadência e
choque com os romanos e
macedônicos.

ECONOMIA
A economia grega era baseada no cultivo de oliveiras, trigo e vinhedos, conforme
suas possibilidades e condições geográficas. O relevo montanhoso era inicialmente um
obstáculo para as comunicações comerciais, superado pela habilidade nos mares.
A metrópole exportava azeite, vinho e perfumes em ânforas para toda a Península
Balcânica, além dos artigos de cerâmica. As colônias forneciam madeiras, peles, metais,
lãs e cereais.
Com o comércio marítimo, os gregos alcançaram grande desenvolvimento,
chegando até mesmo a cunhar moedas de metal.

POLÍTICA
Ao contrário do que temos hoje, a Grécia Antiga não chegou a formar um estado
unificado. Seu território era de fato ocupado por várias cidades autônomas: as polis,
cada uma delas com sua própria organização social, religiosa, política e econômica. As
principais cidades-estado foram Esparta, Atenas, Tebas e Corinto.
As polis eram formadas por:
- algumas vilas;
- áreas agrícolas;
- núcleo principal.
Era neste núcleo principal que ficavam a acrópole, a ágora e o asti (espécie de
mercado). Na imagem à direita, vemos a ágora da cidade de Tiro, que tinha a função de
praça central.
A acrópole era o centro religioso da polis, abrigando o templo principal. Também
poderia servir de fortaleza militar. A acrópole ateniense (retratada na imagem
abaixo) ficou conhecida pela construção o Partenon, templo em honra à deusa Atena.
No período pré-homérico, aqueus, jônios, eólios e dórios chegaram e se fixaram
na região, em ondas sucessivas, formando a base da cultura grega.
Durante muito tempo, as únicas informações sobre o período posterior à invasão
dos dórios, na Grécia Antiga, vinham dos poemas épicos Ilíada e Odisseia, atribuídos a
Homero, daí denominar-se esse período de Homérico.
Ainda no período homérico, a organização social passou a ser baseada no genos,
uma espécie de grande família, com propriedade comunal das terras. Entretanto, os
genos entraram em colapso devido ao aumento populacional e a poucas terras férteis
para o cultivo, o que gerou uma série de conflitos pelos direitos de usá-las.
Como consequência, a terra comunal foi, aos poucos, tornando-se propriedade
privada, o que acentuou desigualdades sociais. As mais férteis ficavam com os eupátridas
(parentes mais próximos dos líderes dos genos), formando uma espécie de aristocracia,
em torno de um monarca, um rei.
No fim do período homérico, a economia da região volta a crescer, o
desenvolvimento da navegação permitiu a colonização de terras distantes,
estabelecendo-se no Egito, no sul da Península Itálica, entre outras. Essa expansão
ajudou a incrementar as atividades comerciais, dando origem a uma intensa rede de
comércio.
No período Arcaico, algumas cidades gregas até então governadas por soberanos
aboliram a monarquia (“governo de um”), substituindo, por uma pequena elite governante,
a aristocracia.
Em Atenas, mais especificamente, houve uma reformulação completa das relações
sociais, dando surgimento à democracia (“governo da maioria”), marcada pela
participação do cidadão nos negócios públicos. Enquanto isso, Esparta destacava-se por
ser uma sociedade rigidamente estratificada e por seu espírito guerreiro.
Atenas e Esparta, cada uma em seu momento, conquistaram a hegemonia do
mundo grego, mas a rivalidade entre elas levou ao enfraquecimento mútuo diante das
investidas expansionistas de outros povos, como persas e macedônios, durante o período
Clássico.
Da mescla dos valores e do intercâmbio cultural e econômico desses povos, sob o
domínio de Alexandre, o Grande (ao lado), surgiu o helenismo.

A POLÍTICA EM ATENAS
Os atenienses experimentaram várias formas de organização política. São elas:
 Monarquia: um rei é chefe de guerra, juiz e sacerdote. Seu poder é limitado por um
Conselho de aristocratas (Areópago).
 Oligarquia: composta por nove Arcontes.
 Timocracia: formada pelos mais ricos e somente donos de terra podiam participar.
 Tirania: o chefe governava com poder ilimitado, sem perder de vista que devia
representar a vontade do povo. A nobreza perdeu o monopólio político que detinha.
 Democracia: participavam todos os cidadãos gregos.
A democracia ateniense era bem diferente da nossa! Mas quem era cidadão e
participava da democracia em Atenas?
Não eram todos os habitantes da polis ateniense!
Devemos ter em mente que, para os gregos, o cidadão era quem estava envolvido
com a defesa militar da cidade, ou seja, os guerreiros (que possuíssem terra e,
consequentemente, pudessem arcar com os seus equipamentos).
Mulheres, crianças, escravos e estrangeiros estavam excluídos, por diferentes
razões. Se comparada com a nossa vivência de democracia, percebemos que a
experiência grega limitava bastante. Outro aspecto diferente da democracia grega é que
era direta, enquanto a nossa é representativa.

SOCIEDADE
ATENAS:
A população estava dividida em cinco classes:
- eupátridas: eram os “bem nascidos”, donos das melhores terras;
- geomores: (georgóis) formada pelos pequenos proprietários de terras;
- demiurgos: eram os comerciantes e artesãos;
- metecos: constituída de estrangeiros, eram comerciantes livres, mas sem direitos civis
ou políticos;
- escravos: prisioneiros de guerra, sem direitos políticos. Em algumas polis poderiam
exercer todos os ofícios, menos política.

A EDUCAÇÃO E A MULHER ATENIENSE


A ideia de que o objetivo da educação é a preparação do cidadão, tão mencionada
na atualidade, nasceu em Atenas.
Para eles, o que dizia respeito à polis afetava toda a sociedade e seus membros,
por isso mesmo a educação priorizava a formação integral do indivíduo, com bom preparo
físico, psicológico e intelectual.
Inicialmente, apresentava 2 finalidades: o desenvolvimento do cidadão leal a sua
polis e a formação do homem com pleno domínio de si, equilibrado.
A condição da mulher em Atenas, assim como em toda a Grécia Antiga, era de
completa submissão ao mundo masculino, com exceção de Esparta. As mulheres eram
dominadas pelos homens, chegando mesmo a serem comparadas com a situação dos
escravos.
Em Atenas, as mulheres bem-nascidas viviam isoladas num aposento da casa. Para
eles, as mulheres tinham apenas uma função: a de gerar filhos, de preferência homens.

ESPARTA
A sociedade espartana era dividida em 3 camadas sociais distintas:
- espartanos (ou espartíatas): classe dominante; eram soldados profissionais. A única
atividade a que podiam se dedicar, além da guerra, era a política;
- periecos: camponeses, comerciantes e artesãos. Alguns possuíam terras e bens; tinham
certa autonomia. O casamento entre espartanos e periecos era proibido. Serviam no
exército em unidades à parte;
- hilotas: eram os servos; cultivavam a terra; iam muitas vezes à guerra, como escolta,
carregadores, criados. Para prevenir as constantes revoltas, os espartanos promoviam
matanças anuais de hilotas.
A educação e a mulher na sociedade espartana:
Em Esparta, a educação das crianças era tarefa do Estado e tinha como
finalidade a preparação do indivíduo para a guerra.
Aos 7 anos, os meninos espartanos já iniciavam sua educação, como veremos com
mais detalhes a seguir.
A educação feminina limitava-se a fazer das mulheres mães de crianças
saudáveis. As jovens praticavam ginástica e eram acostumadas a se mostrar nuas nas
festas.
Comparativamente, eram mais livres do que as atenienses, já que os maridos
passavam a maior parte do tempo nos quartéis.
Ao nascer, a criança era examinada pelos anciãos espartanos: se fosse sem
defeitos físicos, a criança devia viver; se não, era atirada do alto de um monte para que
não passasse sua inferioridade física a possíveis descendentes.
Até os 7 anos, a criança era cuidada pela mãe. Em seguida, era entregue ao
Estado, que as educava de acordo com os valores espartanos.
Aos 12 anos, tinha início a educação militar, sendo enviados para o campo onde
deviam sustentar-se por conta própria e dormiam ao ar livre. Aprendiam a roubar com
agilidade, pois se fossem pegos roubando seriam espancados até a morte, pela
inabilidade. Esta fase tinha por intuito fortalecer o físico e desenvolver habilidades
indispensáveis ao bom soldado.
Aos 17 anos, os rapazes eram submetidos a uma prova, a Kríptia: os jovens se
escondiam pelos campos munidos de punhais para degolar os escravos. Os que eram
aprovados neste teste tornavam- -se independentes, recebendo um lote de terra.
Em seguida, passavam a viver como soldados no quartel, sem poder casar-se até
completar 30 anos. Só a partir dos 30 anos podiam participar da Assembleia, casar e
deixar o cabelo crescer. Aos 60 anos se aposentavam do exército e podiam integrar o
Conselho dos Anciãos (Gerúsia).

RELIGIÃO NA GRÉCIA ANTIGA


Os gregos eram politeístas, isto é, acreditavam em vários deuses, assim como a
maioria  dos povos da Antiguidade. Mas, ao contrário dos outros povos, tinham uma
grande intimidade com seus deuses, pois acreditavam  que eles estavam a serviço das
pessoas.
           Os deuses gregos possuíam características humanas, defeitos e qualidades,
fraquezas e paixões. A diferença existente entre eles e os humanos é que os deuses
eram imortais.
Os gregos acreditavam na existência de 12 grandes divindades, (linkar com
mitologia grega) que se reunião em seus tronos no alto do Monte Olimpo, onde moravam.
O pai de todos os deuses era Zeus, casado com Hera. Apolo era o deus do Sol e protetor
das artes, Ares era o deus guerra, Posêidon, do mar. Afrodite era a deusa do amor, e
Palas Atena, da sabedoria, entre outros.
Geralmente, esses deuses e deusas eram associados a fenômenos naturais. A
arma de Zeus, por exemplo, era o raio – as tempestades seriam efeito de sua cólera. Por
sua vez, os terremotos, que eram comuns na Grécia, eram explicados pelo mau-humor de
Posêidon, que batia com seu tridente no fundo do mar.

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