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Quinta-feira, 13 de Agosto de
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1WO
- -
Número 32

DO. amontoa pipa publloaglo no Bolsllni ASSINATURAS os iiedi<ioi de imainatiiri ou n s i m e n apuiuw


do Bolalha Of rio1 iisvsm 8sr d i r l p i d ~ .b Adml-
Ol(ei.l. dwsm mar anvladn o orlplnal a dupll. Provlncla Meirdpols Eatrin- nixfracao da I m p r e n i i N ~ e l a n a l .
e UILrum~r miro
A N O N C I O S
d a . d i v l d u n i n r i iitisntiradai pela antId.de
ltimaitr. . .. 100600 150100 200800
mponslvai. P Ileprrtiçio Provin ie.1 d o i Ysr-
2:"';; : 2% ~~~f~~ ... ...... ...
~ o i u n a s estreitas. por l l n h i
Coliinnn laraan. por linha
...
... ... 4860
tiW0

Asar .
v l w de A d m i ~ i i a l r > ~ Civil.
~ Y L~ ~blicb~Io.
~io s fim da auto-
Blxado em 800$00 a aiainntura inunl p a r i
os Y s r v i ~ mPIbllios desta Provliicia.
A8 repeilcõae das pubiiraçh. t&
de 60 por renlo.
um ducoiitri

*.

2."S U P L E M E N T O
SUMARIO H& apenas que introdmir no seu texto as altera-
- ções exigidas pelas condições particulares e pela or-
gânica judiciária daa provlncias ultramarinas.
MINISTEHIO DO ULTRAMAR
Neetas termos:
P o r t a n." 87/70: Ouvido o Conselho Ultramarino;
Torna extenaivo aa ultramar, com as alteraiões cons- Usando da faculdade conferida pelo n." iii da base
tantes da prenente portaria, o C6digo de Processo da hi orgânica do Ultramar portugu&:
do Trabalho. aprovado pelo Decreto-Lei n.0 45 497.
Manda o Governo & República Portuguera, pelo
Ministro do Ultramar. o seguinte:
Torna extensivo a todas as províncias ultramarlnsr.
com alteraiões e exceptuadaa as partes N a VI, 1.0 tornado extensivo ao ultramar, com altera-
o C6dlgo daa Custas Judlclain do Trabalho, apro- ções, o Código de Processo do Trabalho, aprovbdo
vado pelo Decreto-Lei n.. 46 608. pelo Decreto-Lei n." 45 497, de 30 de Dezembro de
1963,para entrar em vigor no dia 1de Setembro de
1970.
- .. . ~

2.0 As nuas referências ao Código de Proceslo Ci-


M i h W 3 ~ I O SDO ULTRAMAR vil reportam-se ao texto vigente no ultramsr.
3.0 Não terá aplicagão aos processos pendentes,
Diregão-Geral de Justiça quando essa aplicação imponha profundas alterações
de estrutura, afecte gravemente a trsmitaçiio ou
prejudique a economia processual, e a sua redacção,
com as alterações integradas no próprio texto, 6 a
Pelo Portaria nO. 10 698,de 6 de Julho de 1944,foi seguinte :
mandado aplicar ao ultramar o Decreto-Lei nO .
31 464, de 12 de Agosto de 1941,que aprovou o Cb- C6D160 M PROCESSO W TRABALHO
digo de Processo nos Tribunais do Trabalho, então
em vigor na metrópole.
Entretanto, o Decreto-Lei n." 45 497, de 30 de De-
rmbro de 1963,aprovou para a metrópole um novo
W g o de R o c e m do Trsbdho, que se moetra maiii
Artigo 1." -
1. O procesio do trabalho n r á re-
gulado pelo premta Cddigo.
Cdaquado & efsativaçáo da justiça do trabalho. 2. No Conaelho Ultramarino, n a tribunais admi-
Sendo aasim, e tendo ainda em atençáo a conve- nistrativos das províncias de governo-geral r nom
niência de disciplinar uniformemente, em todo o ter- tribunais municlpsis do trabalho, o prooesu, mguiri
rltdrio nacional, o direito processual do trabalho, ter- os termos previstos na respectiva legiol<içb em tudo
na-= necesdrio aplicar ao ultramar o Cddigo de R.o- quanto nllo sstiwr eepsatilmento &pato neite
WMO do Trabalho em vigor na metr6poie. diploma.
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S- 8." 8UPLEMENTO AO BOLETIM OFICIAL DA GUZNl? N.' Jd

3. Nos casos omissw recorrer-se-&, sucessiva- paradeiro seja conhecido e, por edital, com dii-
mente : de publicação de anúncios, os restantes, para, no
prazo de dez dias, intervirem na acção.
a) A legislação processual comum, civil ou pe- Art. 6.0 - 1. Um organismo corporativo 6 porte
nal, que directamente os previna; legítima como autor:
b ) A regulamentação dos casos anãlogos pre- a ) Quando tenham sido exercidas, por u m a enti-
vistos neste Código; dade patronal, represálias contra um traldhador
C ) A regulamentação dos casos análogos pre- por actos praticados no exercicio de cargo corpora-
vistos na legislação processual comum, ci- tivo nesse organismo;
vil ou penal; b ) Quando, por virtude da publicação de conven-
d ) Aos princípios gerais do direito processual ção colectiva de trabalho, uma entidade patronal te-
do trabalho; nha diminuído os direitos dos trabalhadores pelo
e ) Aos principios gerais de direito processual mesmo organismo representados.
comum. 2. O exercicio do direito de acção pelo organismo,
em substituição de um trabalhador determinado, 6
As normas subsidihrias não se aplicarão quando condicionado por uma declaração escrita deste de
forem incompatíveis com a indole do processo re- que n5o pretende accionar pessoalmente. Neste caso
gulado neste Código. o trabalhador não poder4 intervir no processo.

LIVRO I CAPITULO In

Do processo civil Representaçálo e patrocfnio jodicklo

TITULO I Art. 7.0 São representados pelo Ministério Pá-


blico:
Da acção a ) O Estado, os organismos corporativos, aa au-
CAPITULO I tarquias locais, as instituições de previdência e de
abono de familia. incluindo as suas federacões e os
k u s fundos, bem como o fundo~deacção social no
trabalho, em todos os processos em que sejam partes;
Art. 2." - 1. Os maiores de 14 anos podem estar
por si em juizo como autores.
b ) Os hospitais e as instituições de assistência,
nas acções referidas na alínea c) do artigo 14." e
correspondentes execuções, desde que umas e outras
2. 0 s menores de 14 anos serão representados pelo se dirijam contra entidades patronais ou segura-
agente do Ministério Público, quando este verificar doras.
que o representante legal do menor não acautela
judicialmente os seus interesses. Art. 8." Os agentes do Ministério Público exercem
3. Se o menor perfizer os 14 anos na pendência da o patrocínio oficial, quando a lei o determine ou as
causa e requerer para passar a intervir directamente partes o solicitem:
na acção, cessa a representação que vinha sendo exer- a ) Dos trabalhadores e seus familiares;
cida. b ) Das pessoas que, por determinação do tribunal,
Art. 3 . O A mulher casada pode estar por si em houverem prestado os serviços ou efectuados os for-
juizo como autora, independentemente de autoriza- necimentos a que se refere a alinea c ) do artigo 14.O
ção marital. Art. 9." - 1. O agente do Ministério Público deve
Art. 4.O Quando se pretenda obter sentença sus- recusar o seu patrocínio a pretensões que repute
ceptivel de ser executada sobre bens comuns ou sobre infundadas ou manifestamente injustas e pode re-
bens próprios do c8njuge que não interveio no con- cusá-lo quando verifique a possibilidade de o autor
trato de trabalho, deve a acção ser proposta contra recorrer aos serviços do contencioso do organismo
ambos os c8njuges. corporativo que o representa.
2. Quando o agente do Ministério Público junto
do tribunal do trabalho recuse o seu patrochio, nos
termos do número anterior, notificar4 a recuse ao
Legltimkla.de das partes interessado, que pode reclamar, dentro de vinte dias,
-
oara o orocurador da Reofiblica. aue, ouvido o aeu
Art. 6.0 - 1. Se o trabalho for prestado por um aelegadô, decidirá.
grupo de pessoas, pode qualquer delas fazer valer a 3. Quando o agente do Ministério Publico junto do
nua quota-parte do interesse, embora este tenha sido tribunal municioal do trabalho recuse o seu ~atro-
colectivamente fixado. chio, nos tem& do n." 1 deste artigo, Par4 c&
2. Sendo a acção intentada por um ou alguns dos a recusa de despacho fundamentado, lavrado no ex-
trabalhadores e tendo o interesse sido colectiva- pediente respectivo, que remeter&, no prazo de tr(k
fixado, caber4 ao substituto legal do agente dias, ao agente do Minist6rio Público junto do tri-
""E"
do 1 inistério Público a defesa dos interesses dos
outros trabalhadorei componentes do grupo.
bunal do trabalho, para confirmsçáo.
4. Não correr4 o prazo da propositura da acgáo.
3. Para anoemirar a leatimidade dos autores. nem o da prescrição, desde a notificaçüo da recues do
.entes identificar50 os out& interessados, e, antes Ministério Público at6 & notificaçáo ao interenoado
de ordenada a citação do réu, serão notificados, por da decisáo proferida pelo respectivo superior hierár-
carta registada com aviso de recepção, aqueles cujo quico.
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i8 'DH AGOSTO DB 1970 ---


3

Art. 10.O Se houver conflito de interesees entre veis com o fim de se eximirem ao cumprimento de
pmons ou entidades que devam ser patrocinadas pelo obrigações resultantes da aplicapáo da legislação
Ministério Público, o seu agente em exercicio junto corporativa, do trabalho ou da previdgncia;
do tribunal reswctivo defenderá os trabalhadores ou e) As questões emergentes da prestação de ser-
mas tamilias firante o Estado ou outras entidades; viços, por técnicos ou mandatários judiciais, em pro-
o Estado, perante as outras entidades; os organis- cessos da competência dos tribunais do trabalho;
mos corporativos, instituições de previdência e de f) As questões emergentes de trabalho autónomo.
abono de familia, perante as autarquias locais. quando este não seja prestado por empresários ou
Art. 1 1 . O Constituido mandatário judicial, cessa o por profissionais livres nessas qualidades;
dever de o agente do Ministério Público assumir o g ) As questões emergentes de contratos de apren-
patrocínio judiciário ou termina o patrocinio que dizagem e de tirocínio;
setiver a ser exercido, sem prejuizo da sua interven- h ) As questões entre trabalhadores ao serviço da
pão como parte acess6ria. mesma entidade a respeito de direitos e obrigações:
Em que as vários trabalhadores participem)
1.O

TITULO I1 nessa qualidade;


2." Que resultem de actos praticados em comum
Da competência e das garantias da imparcialidade na execução das suas relações de trabalho;
3." Que resultem de acto ilícito de um deles prati-
cado na execução de serviço e por motivo deste, res-
salvada a competência dos tribunais criminaia quanto
à responsabilidade civil conexa com a criminal;
Art. 12.O Na competência internacional dos tribu- i) As questões entre instituições de previdgncia ou
nais do trabalho portugueses estão incluídos os casos de abono de família e os seus beneficilrrios ou contri-
em que a acção pode ser proposta em Portugal, se- buintes, quando respeitem a direitos, poderes ou obri-
gundo as regras de competência territorial estabele- gações legais, regulamentares ou estatut&rios de
cidas neste Código, ou de ser portugu&so trabalha- umas ou outros;
dor, se o contrato tiver sido celebrado em território j ) As questões entre organismos corporativos e os
tiacional. sócios ou pessoas representadas por eles ou afectadas
Art. 13.0 - 1. Não podem ser invocados perante por decisões dos mesmos organismos, quando res-
tribunais portugueses os pactos ou cláusulas que lhes peitem a direitos, poderes ou obrigações legais, re-
retirem competência internacional atribuida ou co- gulamentares ou estatuários, de uns ou outros, com
nhecida pela lei portuguesa. ressalva da compet&nciadas juntm disciplinares das
2. Para a revisão e confirmação em Portugal de corporações e dos conselhos superiores disciplinares
sentenças de tribunais estrangeiros sobre matéria das ordens;
abrangida por este Código são competentes os Tri- 2 ) Os processos destinados 8. convocação das as-
bunais Administrativos de Angola e de Moçambique sembleias gerais ou órgãos equivalentes e h liqui-
ou a 1.' subsecção da secção do contencioso do Con- dação e partilha dos bens de instituições de previ-
selho Ultramarino, consoante a execução deva ter dência ou de organismos corporativos, quando não
lugar em qualquer daquelas duas provinciaa uitra- houver disposição legal em contrftrio;
marinas ou em províncias de governo simples. m) As questões entre instituições de previdência
ou de organismos corporativos a respeito da exis-
tência, extensão ou qualidade de poderes ou deveres
legais, regulamentares ou estatutários de um deles
Da competência interna que afectem o outro;
n) As providências executivas previstas no titulo
V do livro I deste Código;
o) As demais questões que por lei especial lhes
sejam atribuídas.
Art. 14.0 São da competência dos tribunais do tra- a)Art. do -1. Nas
e g ) 15.0 causas abrangidas
anterior são pelas alineaa
o compro-
k.lkn
a) As questões emergentes de relações de traba- misso arbitral pelo qual se convencione que certo Ii-
lho subordinado, e bem aaaim das relações que te- tígio seja decidido por uma comissão corporativa B
nham sido estabelecidas com vista B celebração de qual a lei atribui competênoia para intervir na res-
contratos de trabalho, sem prejuízo da compet&ncia pectiva conciliação e as cláusuias compromissórias
das autoridades marítimas; em que o mesmo se convencione quanto à generali-
b ) As questões emergentes de acidentes de tra- dade doa litígios emergentes dos contratos indivi:
balho e doenças profissionais; duais de trabalho em que sejam incluídas. Nestes
c ) As auestões emergentes da prestacão de aer- casos a causa será julgada nos termos de processo
-
...
L
.
%-
viçoe clinieos, de enfermagem oÜ hospitalares, de
fornecimento de medicamentos, aparelhos de prótese 2, Nas Causas abrangidas pelas restantes alíneas
e de oFtowdia ou dé auaiaauer outmg servicoa ou % artigo anterior-.6 aplicável o artigo 1610.~do Cd
~~

prestaçõe~efectuados Ôu pagas em beneficio-de vi- digo de Processo Civil.


timaa de acidentes de trabalho ou doenças profiaaio- 3. Valer& como compromisao arbitra1 a declaração
naia: feita por ambas as partes perante a combsiio cor-
d)' As acções destinadas a anular os actos e con- poratfva no sentido de que esta julgue o respectivo
trstos celebrados por quaisquer entidades respons&- litígio.
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eEcçX0 n rer em viagem ou durante ela se verificar a doença.


será ainda competente o tribunal da matrícula ou &
Competência em razão do valor primeira localidade em território nacional a que o b
gar o barco ou aeronave.
-
Art. 16.0 1. Os tribunais do trabalho são compe-
tentes, independentemente do valor da causa, quando
Art. 22.0 As acções a que se referem as alínssr c),
d ) e e) do artigo 14." serão propostas no tribunal que
não haja tribunais inferiores, e para conhecer das for competente para a causa a que respeitem e oar-
questaes que excedam o valor marcado como limite reráo por apenso ao processo, se o houver.
& competência destes, quando os haja. Art. 23.0- 1. Nos processos de liquidação e par-
tilha dos bens de instituições de previdância ou oic
2. Os tribunais municipais do trabalho conhecem
das causas que a lei submete A sua jurisdição, atb ao ganimon corporativos, ou noutros em que aejn re-
limite do valor expressamente designado. querida uma dessas instituições ou organiemoi, 6
competente o tribunal da respectiva sede.
moção nr 2. Se o processo se destinar a declarar um direito
ou a efectivar uma obrigação da instituição ou or-
Cowtêncla em raúo da hkrarauk ganismo para com o beneficiário ou sócio, será tam-
bém competente o tribunal do domicílio do autor.
Art. 24.0 - 1. A competéncia territorial dos tri-
Art. 17.0 Além da sua compet6ncia como tribunais bunais do trabalho para as execuções determinar-se-&
de 1: inatâncla, os tribunais do trabalho conhecem pelo disposto nos artigos 90." e seguintes do Código
dos recursos e das causas que por lei sejam da sua de Processo Civil, na parte aplichvel.
competência, e nomeadamente : 2. Podem ser intentadas no juizo do domicílio do
pais do trabalho;
-
a ) Doa recursos interpostos dos tribunais munici- requerente as execuçóes baseadas em título diverso
de sentença.
b ) Dos conflitos de competencia entre tribunais Art. 25.0 São nulos os pactos ou cláusulas pelw
munici~aisdo trabalho da área da sua iurisdicão. quais se pretenda excluir a competência territorisl
~ r t-18:
. Os tribunais administrativoa rias provin- atribuída pelos artigos anteriores.
cias de governo-geral e o Conselho Ultramarino co-
nhecem dos recursos e das causas que por lei sejam CAPITULO m
da sua competbcia.
Da e~k11880da compet8ncia
Art. 26.0 O disposto no artigo 97.0 do Código de
Processo Civil é aplickvel &s questões de natureza
civil, comercial, criminal ou administrativa, excep
-
Art. 19.O 1. As acções devem ser propostas no
tribunal do domicílio do réu, sem prejuízo do disposto
tuadas as questões sobre o estado das pessoas em
que a sentença a proferir seja constitutiva.
nos artigos seguintes. Art. 27.0 - 1. São ainda da compet6ncia do tri-
2. As entidades patronais ou seguradoras, bem bunal do trabalho:
como as instituições de previdência ou de abono de a) As questões entre sujeitos de uma relação jurí-
família, consideram-se também domiciliadas no lu- dica de trabalho ou entre um desses sujeitos e ter-
gar onde tenham sucursal, agência, filial ou delega- ceiros, quando emergentes de relações conexas com
ção. a relação de trabalho, por acessoriedade, por comple-
3. As entidades seguradoras reputam-se ainda do- mentaridade ou por dependência;
miciliadas nas localidades onde haja tribunais do b ) As questões reconvencionais que com a acção
trabalho. tenham as relações de conexão referidas no número
Art. 20." - 1. As acções emergentes de contrato anterior, salvo no caso de compensação judicihri~
de trabalho intentadas pelo trabalhador contra a en- em que é dispensada a conexão.
tidade patronal podem ser propostas no tribunal do 2. Nos casos previstos na alínea a) do número
-
lugar da restac cão do trabalho ou do domicílio do
aGor.
anterior o tribunal s6 tem competencia quando o pe-
dido se cumule com outro para o qual ele seja direc-
tamente competente.
2. Sendo o trabalho prestado, com carhcter normal,
em mais de um lugar, podem as acções referidas no CAP1TULO N
número anterior ser intentadas no tribunal de qual-
quer desses lugares. Dai, garanti- da imparaialldade
-
Art. 21." 1. As acções emergentes de acidente
de trabalho e dwnps. profissional devem ser propas- Art. 28.0 O pedido de escusa referido no artigo
taa no tribunal do lugar onde o acidente ocorreu ou 126.0 do C6digo de Procesao Civil ser& decidido:
onde o doanta trabalhou pela Iiltiia vez em serviço a) Do juiz municipal do trabalho, pelo juiz do tra-
msceptivel de originar a doença. balho:
2. Será também competente o tribunal do domicí- b ) Do juiz do trabalho, pelo presidente do tribunal
lio do sinistrado ou doente, se a participação ai for administrativo, nas províncias de governo-geral, ou
iprewntada ou w ele o requerer até A fase conten- pelo presidente da 1.' subseccgio da secção do contem
ciosa do processo. cioso do Conaelho Ultramarino, quanto aos daa p m
3. As partioipqões exigidas por lei devem aer diri- vínciae de Roverno simples;
@das ao tribunal do local onde o acidente ocorreu. C ) Dos juizes dos tribunais admlnlstrativca, da
4. Se o sinbtndo ou doente for inscrito marítimo secçáo do contencioso do Conselho Ultramarino e da
ou tripulante de qualquer aeronave e o acidente ocor- sua :1 subsecçáo, pelos mpectivos presldentw.
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18 DE AGOSTO DE 1970 5

calidade, a carta for devolvida ou o aviso de recep-


ção não vier assinado pelo próprio representado ou
Do processo patrocinado, proceder-se-a a sua notificação pessoal.
3. Feita a notificação nos termos dos números ,
CAPíTULO I antecedentes, será a decisão Rhal nstificada ao re-
Da distribuição presentante ou patrono oficioso, independentemente
de despacho.
Art. 29.0 Na distribuição haverá a s seguintes es- 4. Os prazos para apresentação de quaisquer rei
querimentos contam-se a partir da notificação do
pécies: representante ou patrono.
1.' Acçóes de processo ordinário; Art. 34." - 1. As citações e notificações que não
2." Acções de processo sumário; possam ou não devam ser feitas por via postal e
3.' Acções de processo sumarissimo; quaisquer outras diligências, quando tenham de ser
4.- Processos emergentes de acidentes de trabalho; efectuadas em comarca diferente daquela em que o
6." Processos emergentes de doenças profissionais; tribunal da causa tem a sua sede, serão solicitadas
6.' Processos especiais do contencioso das insti- ao tribunal do trabalho que tenha sede nessa co-
tuições de previdência; marca ou, não o havendo, ao respectivo tribunal de
7.8 Controvérsia de natureza corporativa sem ca- comarca ou julgado municipal, dentro da esfera da
rhcter penal ; sua competência, ou A autoridade administrativa ou
8." Requerimentos ou comunicações oficiais para policial territorialmente competente.
intervenção arbitral; 2. Na falta de tribunal do trabalho com sede na
9: Execuções não fundadas em sentença; comarca, as citações e notificações serão, em princí-
10." Cartas precatórias ou rogatórias para inqui- pio, requisitadas A autoridade administrativa ou po-
rição de testemunhas; licial.
11." Outras cartas precatórias ou rogatórias que
não sejam para simples notificação ou citação; CAPITULO III
- outros -papéis
12." Quaisquer
sificados.
- ou processos não clas-
Art. 30.0 As participações e demais papéis que se
destinam a servir de base a processos das espécies Art. 35.0- 1. A iniciativa e o impulso processuais
4." e 5: serão apresentados obrigati>r:amente à o a-. incumbem aos interessados ou a quem for permitido
gente do Ministério Público de turno, que, em caso dc por este Código.
urgência, ordenará, com precedência da distribuição, 2. As partes têm o dever de, conscientemente, não
as diligências convenientes. formular pedidos ilegais, não articular factos contrá-
rios & verdade nem requerer diligências meramente
dilatórias, sob pena de multa, sem prejuízo de outras
sanções previstas na lei.
Das citações e notificações 3. O juiz tem o poder e o dever de realizar ou or-
denar oficiosamente as diligências que considere ne-
Art. 31.0 - 1. A citação das pessoas colectivas cessárias para o apuramento da verdade e para a rea-
poderá fazer-se por meio de carta registada com lização da justiça quanto aos factos de que lhe é lícito
aviso de recepção, que terá o valor da citação pessoal, conhecer.
se houver distribuição domiciliária na localidade. Art. 36." Os processos emergentes de acidentes de
2. Quando a ré, pessoa colectiva, não conteste nem trabalho e doenças profissionais correm oficiosa-
compareça em juízo, o juíz deverá certificar-se de mente, salvas as excepções prescritas neste Código.
que a carta foi recebida na respectiva sede. Nas acções desta natureza a instância inicia-se com
3. A indicação dolosa de falsa sede da pessoa co- o recebimento da participação.
lectiva sujeita o autor As sanções previstas para o Art. 37.0 - 1. As partes e os seus representantes
litigante de má fé. são obrigados a comparecer e a prestar esclareci-
Art. 32.0- 1. Em processo pendente a notificação mentos em qualquer altura do processo, sempre que
de parte não revel será feita ao respectivo mandatá- a lei o determine ou o juíz o considere necessário.
rio, que para esse efeito indicar4 um domicilio, ou ao 2. O depoimento de parte só pode ser prestado nos
agente do Ministério Público, quando exerça o patro- termos do Código de Processo Civil.
cínio, ou A parte, quando litigue por si. Art. 38.0 O juiz deve, até & audiência de discussão
2. A notificação será também feita A parte quando e julgamento:
a lei o exija ou quando se destine a obter a sua com- a) Determinar que intervenham no processo os
parencia pessoal em juizo. representantes legais de autor ou réu, quando veri-
3. As notificações previstas neste artigo, assim ficar alguma incapacidade, relativamente a um ou a
como a s notificações a terceiros, serão feitas, sem- outro;
pre que possivel, por carta registada com aviso de b ) Mandar intervir na acção, nos termos dos ar-
recepção, aplicando-se o n.O 2 do artigo 257.0 do Có- tigos 351." e seguintes do Código de Processo Civil,
digo de Processo Civil, a não ser que possam ser efec- qualquer pessoa cuja intervenção julgue necessária
tuadas no próprio tribunal. para assegurar a legitimidade das partes;
Art. 33.0 - 1. No caso de representação ou patro- c ) Convidar a s partes a completar e a corrigir os
cínio oficioso, a decisão final será notificada ao re- articulados, quando no decurao do processo reco-
presentado ou patrocinado por carta registada com nheça que deixaram de ser articulados factos que
aviso de recepção, endereçada para o seu domicílio, podem interessar B decisão da causa e sem prejuizo
se houver distribuição domiciliária na localidade. de tais factos ficarem sujeitos &sregras gerais sobre
2. Se não houver distribuição domicilihria na lo- contraditoriedade e prova.
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6 -- h
6 . O SUPL(EMENTO AO BOLETIM OFICIAL D A OiUINl? '." --
32

Art. 39.0 - 1. O autor deve cumular na petição 2. Para os efeitos do número anterior, o cartório
inicial todos os pedidos que até à data da propositura informará os magistrados das acções que se encon-
da acção possa deduzir contra o réu e para os quais trem em condições de poderem ser apensadas.
o tribunal seja competente em razão da matéria, Art. 46." A falta de exibição de documento com-
desde que lhe8 corresponda a mesma espécie de pro-
Ce880.
2. O autor não é obrigado a cumular os pedidos
provativo do compromisso das leis fiscais, por psrte
do autor, 86 determina a suspensão da instância fin-
dos os articulados.
1
quando em relação a um ou alguns pretenda apenas
fazer valer uma quota-parte de um interesse colecti-
vamente fixado, salvo se em relação a todos os pe-
didas os co-interessados forem os mesmos. Também Das espkiee e formas de procemo
não é obrigatória a cumulação quando em relação a
algum ou alguns dos pedidos haja co-réus, salvo se Art. 47.0 Quanto à espécie, o processo é declara-
em todos os pedidos os co-réus forem os mesmos. tivo ou executivo. O processo declarativo pode aer
3. Não podem ser invocados em juizo direitos que comum ou especial.
não tenham sido deduzidoa nos termos dos números Art. 48.0- 1. Quanto à forma, o processo comum
anteriores, salvo se a violação desses direitos consti- é ordinário, sumário ou sumarissimo.
tuir delito definitivamente julgado, se eles resulta- 2. Se o valor da causa exceder a alçada dos tribu-
rem de acidente de trabalho ou doença profissional nais do trabalho, empregar-se-á o processo ordinhrio;
ou se o juiz considerar justificada a sua não inclusão se a não exceder, empregar-se-á o processo sumário,
na petição inicial. excepto se o valor não exceder 10 000$,caso em que o
-
Art. 40." 1. I3 permitido ao autor aditar novos
pedidos e causas de pedir nos termos dos números
processo adequado é o sumarissimo.
Art. 49.0 O processo executivo tem formas dife-
seguintes. rentes, conforme se baseie em sentença de condena-
2. Se durante o processo, até à audiência de discus- ção em quantia certa ou noutro titulo.
são e julgamento, ocorrerem factos que permitam ao
autor deduzir contra o &u novos pedidos, pode ser TITULO N
aditada a petição inicial, desde que a todos os pedidos
corresponda a mesma espécie de processo, não im- Do processo de declaração
pedindo o aditamento a diferença que provier iinica-
mente da forma.
3. O autor pode ainda deduzir contra o réu novos
pedidos, nos termos do ntmero anterior, embora es- Do processo ordin&rio
ses pedidos se reportem a factos ocorridos antes da
propositura da acção, desde que justifique a impos-
sibilidade da sua inclusão na petição inicial.
4. Nas hipóteses previstas nos niimeros anteriores, Da tentativa de conclllaçiio
ser4 o réu notificado para responder tanto à maté-
ria do aditamento como à sua admissibilidade. Art. 50."- 1. Nenhuma acção respcitante a ques-
Art. 41.0- 1. A instfincia não pode ser modifi- tão previstas nas alíneas a), e ) , f), g ) e h ) do artigo
cada por sucessão entre vivos da parte trabalhadora. 14.0terá seguimento sem que o autor prove que se
2. Só 6 reconhecida no processo, quanto à trans- realizou tentativa prévia de conciliação.
missão entre vivos do direito litigioso contra o traba- 2. A tentativa de conciliaçáo 8erh realizada pe-
lhador, a substituição resultante de transmissão glo- rante a respectiva comissão corporativa ou, caso de
bal do estabelecimento. Esta substituição não neces- esta não existir, perante o agente do Ministério Pii-
sita de acordo da parte contrhria. blico junto do tribunal competente para a acção.
Art. 42.0 - 1. A reconvenção 6 admissivel quando 3. O pedido de intervenção da comissão corpora-
o pedido do réu emerge do facto jurídico que serve tiva ou do agente do Ministério Público interromperá
de fundamento à accão e no caso referido na alínea a) o prazo de caducidade ou da prescrição, mas, não
do n.O 1 do artigo 27." havendo acordo, aquele voltar4 a correr trinta dias
2. Não é admissivel a reconvenção quando ao pe- depois da data em que a diligência tiver lugar ou
dido do réu corresponda uma espécie de processo di- daquele em que o autor for notificado da impossibili-
ferente da que corresponde ao pedido do autor; dade de realização da tentativa de conciliaçáo.
quando a diferença for iinicamente de forma, 6 admis- 4. A tentativa de conciliação realizada perante o
nível a reconvenção. agente do Ministério Público constará de um auto e
3. A reconvenção deve ser deduzida na contesta- ter4 os mesmos efeitos que a realizada perante as
çHo, mas pode 86-10 posteriormente nas circunstân- comissões corporativas.
cias e termos do n.O 2 do artigo 40." Art. 51.0- 1. A tentativa de conciliação feita em
Art. 43.O A desissncia e a transacçáo e6 podem jufeo realiza-se obrigatbnamente quando p r e d t a
realizar-se em audiencia de conciliaçáo. neste Código e facultativamente em qualquer outro
Art. 44.0 Cumulando-se pedidos nos termos do ar- estado do processo, desde que as partes conjunta-
tigo SQ.", podem as partes desistir ou transigir ape- mente o reaueiram ou o juiz o j u l ~ eoportuno, mas
nas quanto a algum ou alguns deles. as partes náo podem ser convocadas exclusivamente
Art. 46.0 - 1. A a~enSa!$o de acções nos termos para esse fim mais do que uma vez.
do artigo 275.0do Código de Processo Civil poderá 2. A tentativa de conciliaçáo será presidida pelo
também ser ordenada oficiossmente ou requerida agente do Ministério Público e a ela 86 poderão as-
pelo agente do Wnist6rio Público, ainda que este niIo sistir, além dos funcionários do tribunal, air partes e
represente, patrocine ou assista qualquer das partes. seus mandatários.
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8 2." SUPL(EMENTO AO BOLETIM


-- OFICIAL
. ..
D A GUINB h'.' SS

Art. 65.0 Feita a chamada das pessoas que tenham Art. 69." O juiz deve condenar em quantidade su-
sido convocadas, o agente do Ministério Público ten- perior ao pedido ou em objecto diverso dele quando
tará conciliar as partes. Se o não conseguir, será isso resulte de aplicação, h matéria especificada ou
aberta a audiência. Desde que esteja constituído o quesitada ou aos factos de que possa servir-se nos
tribunal, a audiencia s6 poderá ser adiada, e por uma termos do artigo 514.0 do Código de Processo Civil,
vez, se houver acordo das partes e fundamento legal. de preceitos inderrogáveia de leis ou convenções co-
-
Art. 66.0 1. Se não houver motivo para a d i r a
discussão, observar-se-á a ordem seguinte:
lectivas.
Art. 70." Sempre que a acção tenha por objecto O
o) Prestação doa depoimentos de-parte; cumprimento de uma obrigação pecuniária, o juiz
b ) Exibicão de reoroducões cinematomáficas ou deverá orientá-la por forma que na sentença, quando
de registos-fonográfi&, pÕdendo o juiz-determinar venha a ser condenatária, lhe seja possível fixar em
que ela se faça apenas com assistencia das partes, quantia certa a importância devida.
dos seus advogados e das pessoas cuja presença se Art. 71.0 Com a notificação da sentença condena-
mostre conveniente; tória em quantia certa, a parte condenada será ad-
c) Esclarecimentos dados pelos peritos, quando a vertida de que deve juntar ao processo documento
estes sejam pedidos; comprovativo da extinção da dívida, nos termos e
d ) Inquirição das testemunhas; para os efeitos do artigo 87."
e) Se no decurso da produção de prova surgirem Art. 72." - 1. A arguição da nulidade da sentença
factos, embora não articulados, que o juiz considere será feita no requerimento da interposição de recurso,
indispensáveis para a boa decisão da causa, deve so- mas, quando da sentença não caiba recurso ou não
bre eles formular quesitos novos, desde que sobre a se pretenda recorrer, poderá ser feita em requeri-
respectiva matéria tenha incidido contradição; mento dirigido ao juiz que proferiu a sentença.
f) Finda a produção das provas será dada a pa- 2. A competência para decidir sobre a arguição
lavra, por uma s6 vez e por tempo não excedente a pertence ao tribunal superior ou ao juiz, conforme
uma hora, primeiro ao advogado do autor e depois o caso, mas o juiz poderá sempre suprir a nulidade
do advogado ao réu, para discussão da matéria de antes da subida do recurso.
facto e do aspecto jurídico da causa; Art. 73." - 1. Na hipótese prevista no artigo 6.",
g ) Encerrados os debates, pode ainda o juiz for- a sentença constitui caso julgado em relação a todos
mular quesitos novos que resultem da discussão da os trabalhadores.
causa, mas 86 sobre a matéria articulada. 2. Na hip6tese prevista no artigo 6.", a sentença
2. A discussão do aspecto jurídico da causa ser4 constitui caso julgado em relação ao trabalhador que
sempre oral. renunciou B intervenção no processo.
3. O tribunal pode, em qualquer altura antes dos
debates, durante eles ou depois de findos, ouvir o
técnico designado nos termos do artigo 649.O do CÓ-
digo de Processo Civil. Dos recursos
Art. 67." - 1. A falta ou insuficiencia da especi-
ficação dos fundamentos que foram decisivos para a Art. 74.0 As decisões dos tribunais da jurisdição
convicção do julgador, prevista no n." 2 do artigo do trabalho podem ser impugnadas por meio de re-
653.0 do Código de Proceaao Civil, s6 poderá ser ob- curso, segundo as regras de competência em razão
jecto de reclamação imediatamente ap6s o exame a da hierarquia.
que se refere o n: 4 do mesmo artigo. Art. 75." Os recursos são ordinários e extraor-
2. Só é admissivel recurso do despacho que decidir dinários: são ordinários a apelação, o agravo e o re-
esta reclamação no caso de ter havido falta absoluta curso para o tribunal pleno; são extraordinários a
de motivação. revisão e a oposição de terceiro.
Art. 76.0 - 1. O prazo para a interposição do re-
curso de agravo é de dez dias.
2. O prazo para a interposição do recurso de ape-
Da sentença lação é de vinte dias.
Art. 77.O - 1. O requerimento de interposição de
Art. 68." - 1. A sentenca* será -proferida no prazo
- recurso deverá conter a alegação do recorrente, além
de quinze dias. da identificação da decisão recorrida, especificando,
2. Se a simplicidade das questões de direito o jus-
tificar. a sentenca ooderá ser imediatamente lavrada
- dela a que o recurso se res-
se for caso disso,. a parte
tringe.
por escrito ou ditads para a acta. 2. O recorrido disporá de prazo i&al ao da inter-
3. No caso do número anterior, o juiz responderá posição do recurso e contado desde a notificação
aos quesitos, fazendo uma breve apreciação das ra- desta para apresentar a sua alegação.
zões que foram decisivas para o seu convencimento, 3. Na alegação poderá o recorrido impugnar a ad-
e formular4 a decisão indicando sucintamente os fun- missibilidade ou a tempestividade do recurso, bem
damentos de direito. como a legitimidade do recorrente.
4. No caso previsto no nO
. 2 deste artigo. depois de Art. 78." - 1. O juiz mandará subir o recurso desde
proferida a decisiío, ir4 o processo com vista ao Mi- que a decisão seja recorrivel, o recurso tenha sido
nistério Público para se pronunciar sobre a m&fé dos interposto tempestivamente, o recorrente seja legí-
litigantes ou promover procedimento disciplinar con- timo e tenha sido dado cumprimento B legislaç80 so-
tra oe funcfonários judiciais que no decorrer do pro- bre custas.
cesso se tenham mostrado negligentes. Se nada dfs- 2. Se o juiz não mandar subir o recurso ou retiver
ser, o proceaso seguirá seus termos, independente- um recurso que deva subir imediatamente, o recor-
mente de despacho do juiz. rente poderá reclamar.
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S. Recebida a reclamação, será mandada ouvir a 2. Se o autor faitar e não justificar a falta, nem
parts contrária, salvo se tiver sido impugnada ùnica- se fizer representar por mandatário judicial, o réu
mente a admissibilidade do recurso. será absolvido da instância, se o requerer; se o autor
4. O juia pode satisfazer a reclamação e mandar apenas se fizer representar por mandatário judicial,
o recurso, nos termos normais; não satisfazendo
a reclama~ão,o processo subirá dentro de cinco dias,
a contar da resposta da parte contrária, ao tribunal
consideram-se provados os factos que forem alegados
pelo réu e que forem pessoais do autor.
3. Se o réu faltar, não justificar a falta e não se
I
Buperior, cujo presidente decidirá a questão dentro fizer representar por mandatário judicial, será con-
& quarenta e oito horas. denado no pedido, excepto se tiver provado por do-
S. Decidida a admissibilidade ou tempestividade cumento suficiente que a obrigação nHo existe; se
do recurso, seguirh este os seus termos normais sem apenas se fizer representar por mandatário judicial.
voltar h 1.' instância, salvo se se tratar de recurso consideram-se provados os factos alegados pelo au-
que pela sua natureza ou oportunidade não deva su- tor que forem pessoais do r&.
bir Imediatamente. 4. Se ambas as partes faltarem injustificadamente
Art. 79: - 1. A apelação tem efeito meramente e não se fizerem representar por mandatário judicial,
devolutivo, aem necesaidade de declaração. O apelante aplicar-se-á o disposto na primeira parte do número
poderá obter o efeito suspensivo se, no prazo de trinta anterior.
dias, a partir da notificação da sentença, prestar 5. O disposto nos números anteriores não impede
caução da importhncia em que foi condenado, por a conciliação por intermédio dos mandatários judi-
meio de depósito efectivo no tribunal ou nos estabele- ciais munidos dos necessários poderes.
cimentos onde por força da lei vigente se fazem os Art. 84.0 - 1. Aberta a audiência, se as partea
de 6sitos judiciais, ou por meio de fiança bancária. se não conciliarem, o juiz inquirirá as testemunhas,
%. Tem efeito suspensivo o agravo que suba ime- que não podem exceder cinco por cada parte, e, fa-
diatamente. cultada a cada um dos advogados uma breve alega-
Art. 80.. - 1. Sobem imediatamente nos próprios ção, proferirá sentença verbal.
autos os agravos interpostos: 2. A sentepça só poderá deixar de ser imediata-
a) De qualquer decisão que ponha termo ao pro- mente ditada para a acta se a complexidade das quea-
cm3nO ; tões de direito o justificar, mas nesse caso o juiz
b ) Da decisão que julgue o tribunal absolutamente deixará consignados na acta da audiência os factos
incompetente ; que considera provados e lavrará a sentença no prazo
o) Da decisão final dos incidentes de intervenção de três dias.
de terceiros e de habilitação; 3. Se ao juiz parecer indispens&vel,para boa deci-
d ) Da decisão que ordene ou negue a suspensão da são da causa. aue se roced da a alrnima diligencia,
instáncia. suspenderá o 'juigamerko na altura que repute mais
2. Sbbem também imediatamente os agravos cuja conveniente e marcará logo dia para a diligência, que
retenção os tornaria absolutamente inúteis. não pode efectuar-se por meio de carta, devendo o
3. 0-agravo do despacho proferido sobre reclama- julgamento concluir-se dentro de quinze dias. Qual-
ções contra o questionário sobe com o primeiro re- quer arbitramento é feito por um único perito.
curso que, depois de ele interposto, haja que subir 4. Os depoimentos prestados em audiência de dia-
imediatamente. cussão e julgamento s6 serão reduzidos a escrito
quando a causa exceda a alçada do tribunal por onde
corra.
Do processo sumário
Art. 81.O- 1. Apresentada a petição, o juiz des-
pachá-1a-b dentro de quarenta e oito horas.
Do processo sumarlssimo

2. Se o juiz não indeferir a petição ou não convidar Art. 85.0 - 1. As comissões corporativas enviarão
o autor a completbla ou a corrigi-la, proferirá des- ao tribunal do trabalho, logo que os autores o requei-
pacho designando dia para julgamento, observado ram, os processos de valor não superior a 10 000% que
h prazo não inferior a vinte nem superior a trinta perante elas tenham corrido para efeito de concilia-
dias, e mandará citar o réu para, no prazo de oito ção sem ter sido conseguida.
&e, contestar, sob pena de ser condenado no pedido.
-
Art. 82.O 1. Com os articulados serão oferecidos
oii documento8 e as testemunhas e requeridas quais-
2. As comissões corporativas, para os efeitos do
número anterior, deverão observar, na parte aplicá-
vel, as regras de instmção prescritas neste Código
qasr outras dilig8ncias de prova. quanto ao processo sumhrio, e das respectivas actas
2. As testemunhas são apresentadas pelas partes constarão, resumidamente, a pretensão do autor e o8
na audiencia, sem necessidade de notificação. eeus fundamentos, a defesa do réu, o relato daa pmvaa
9. Se, pelo estado de dependencia económica de produzidas por ambas as partes e os factor que r
&tenninada testemunha em relação a qualquer das comisaão considere provados, especificando em rela-
r s, se tomar difícil a m a comparência, pode o
i.ordenar que seja notificada.
4. A expediç6o de carta precatória dmente será
ç6o a cada facto w fundamentos da nua convicção.
3. Recebido o processo, o juia, aem prejuízo da
faculdade conferida pelo nO. 3 do artigo 84.",a p m
autorizada se o juiz se convencer de que a rpresen- ciarb todos os elementos constantes dos autos e jul-
tagHo da testemunha pela parte é econbmlcamente gar&conforme for de direito.
incomportável. 4. Se o autor o requerer, a interveng80 âa comia-
Art. 83.'- 1. Autor e réu devem comparecer pes-
~ c l m e n t eno dia marcado para o julgamento.
e60 corporativa limitar-se-& B tentativa de concilia-
ção nos termos e para os eieitas d a aPtigc4 80.' 6
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;EMENTO AO BOLETIM OFICIAL DA G-U--


INd N.O W

seguintes. A subsequente acção judicial seguir& os b ) Opor-se o credor, expressamente e por escrito,
termos do proceaao sumário. a que o devedor seja executado, sendo o direito dO
credor renunci4vel:
5. Se o juiz verificar no processo qualquer irre-
gularidade que possa prejudicar a justa decisão da c ) Haver prèviarnente o devedor nomeado bem A
causa, mand&-10-8 baixar & comissão corporativa penhora, livres e desembaraçados, de valor suPicient.4
para que a irregularidade seja corrigida. para se obter o pagamento da divida e das custas.
2. Tratando-se de sentença proferida por tribunal
TITULO v arbitral, o processo será conservado na secretaria
do mesmo tribunal durante o prazo a que se refere
Do processo de execução o n." 1 deste artigo; passado este prazo, se não se
tiver verificado nenhuma das hipóteses contempladar
C,wxTuLO I nas alineas a ) e b ) do mesmo número, será remetido
ao tribunal do trabalho para ai seguir os seus termoa
Do titulo executivo 3. A execução só se considera iniciada para todos
os efeitos com a nomeação de bens h penhora ou com
Art. 86.0 Podem servir de base & execuçgio nos os requerimentos previstos no nO . 2 do artigo 88..
tribunais do trabalho : Art. 88.0- 1. O autor tem o prazo de oito dias,
o ) As senten as condenatórias proferidas por tri- prorrogável pelo juiz, para apresentar a lista doe
'i
bunais do traba ho, permanentes ou arbitraia; bens que nomeia & penhora.
b Os autos de conciliação; 2. Quando o autor não consiga identificar bens do
devedor de valor suficiente para liquidar a divida e
c ) Os documentos previstos nas alíneas b ) e c ) do as custas, mas esteja convencido de que existem,
artigo 46." do Código de Processo Civil, quando se- pode, dentro do prazo fixado no niimero anterior,
jam exequiveis nos termos do mesmo Fódigo e ver- requerer ao tribunal que proceda &snecessbrias ave-
sem sobre matéria da compet&ncia dos tribunais do riguações. Para estas averiguações podem os tri-
trabalho ; bunais do trabalho recorrer ãs informações de qual-
quer autoridade ou repartição.
d ) As certidões de contas hospitalares reapeitantes
a deapeesa com a observação, internamente ou tra- 3. Os bens nomeados serão penhorados imediata-
tamento das vitimas de acidentes de trabalho ou de mente, sem se esperar pelo resultado da investigação
doenças profissionais, quando vierem acompanhadas referida no número anterior.
de termo de responsabilidade assinado pelo execu- 4. Tratando-se de direitos irrenunci&veis,se o au-
tado ; tor não fizer a nomeação de bens no prazo fixado,
e) As certidões comprovativas da falta de paga- o tribunal, oficiosamente, observar4 o disposto no
mento de quotas respeitantes a seis meses, pelo me- n.O 2. Se não forem encontrados bens, o processo
nos, ou & totalidade da divida, quando ela disser res- arquivar-se-&,sem prejuízo de poder continuar logo
peito a menor periodo de tempo, de jóias, multas ou que sejam conhecidos, no caso de ainda não ter decor-
outras importâncias cujo pagamento seja imposto rido o prazo de prescrição.
por aplicação de disposição legal, regulamentar ou 5. Tratando-se de direitos renunci&veis,se o autor
estatutária, ou por deliberação v4lida dos corpos ge- não nomear bens & penhora ou não fizer uso da fa-
rentes das instituiçóes de previdência, dos organis- culdade prevista no n." 2, o processo arquivar-se-á e
mos corporativos, das juntas disciplinares das cor- a execução s6 seguir4 a requerimento do autor, com
poraçóes e dos conselhos superiores disciplinares das observância do disposto no artigo 95."
ordens ;
6. Se a condenação se referir a direitos renunciá-
f ) Todos oa demaia titulos a que a lei especial atri- veis e a direitos irrenunci&veis,observar-se-&quanto
bua força executiva nos tribunais do trabalho. a uns e a outros o disposto no n." 4.
Art. 89.0 - 1. O despacho que ordenar a penhora
ser4 notificado ao executado.
2. No prazo de cinco dias, a contar desta nofffi-
caçáo, o executado pode deduzir oposição, alegando
quaisquer circunstâncias que infirmem a penhm
-
Art. 8 7 . O 1. Decorrido um m&ssobre o trânaito
em julgado de sentença de condenação em quantia
ou algum dos fundamentos da oposição A execução
baseada em sentença previstos no Código de Processo
certa, ou no prazo que nesta, por motivo justificado, Civil.
for fixado pelo juiz, o cartório, sem precedhncia de 3. Desta oposição será notificado o exequente, que
despacho, notificará o autor para nomear & penhora poder4 responder no mesmo prazo; se o entender
oe bens do devedor necessários para solver a divida necessário, o iuiz prodecer4 a diligências p ~ b a t 6 r i a i
e as custas, salvo tendo-se verificado uma das seguin- sum&rias,após o que conhecerá da oposiçgio.
ten hipóteses:
4. Com a oposição e resposta serão oferecidoe 08
a) Ter o devedor junto ao proaeaso documento meios de prova.
comprovrtivo da extinçgio da divida ou do pagamento
da primeira prestação, quando se trate de condena- 5. A dedução da oposição não mapende a eurca-
çBo em presta&s sucesiiivaa; çHo, salvo se for prestada caução.
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1s DE AGOETO DE 1970 1i

6. Observar-se-ão seguidamente os termos do pro- T1TULO VI


ocaso de execução regulados no Código de Processo
Civil, sem prejuízo do disposto no artigo 96: Dos processos especiais
Art. 90."Na execução movida apenas contra um
rlm conjuges pelo titular de direito resultante de
acidente de trabalho ou doença profissional aplicar-
C A ~ L IO
I
- p á o disposto nos n."' 2, 3 e 4 do artigo 825." do Dos processos emergentes de de
Código de Processo Civil. e doenças profissionais
Art. 91." - 1. 56 será lícito penhorar bens que
eritejam penhorados já em outra execução quando moçXo I
oo devedor se não conheçam outros bens de valor
nificientes para liquidar o crédito do exequente e as Do processo para efectivaçáo de direitos
ouatas. resultantes de acidentes de trabalho ou doenças proflsslonals
2. Tendo recaído sobre os mesmos bens mais que
uma penhora, observar-se-á o disposto nos artigos suss~cçãoI
.eguintes.
Art. 92.O - 1. Sendo as duas penhoras ordenadas Fase concüiat6rb
r tribunais do trabalho, o tribunal que ordenou a
L ma comunicará oficiosamente o facto ao outro
tiibunsl.
D M ~ OI

Disposições preliminares
2. O tribunal que receber a comunicação
I venda dos bens penhorados, de cujo produto serão
deduzidas as custas referentes ao processo que nele Art. 97.0 O processo inicia-se por uma fase con-
corre. Pelo excedente não será, porém. pago o exe- ciliatória dirigida pelo Ministério Público e ter4 por
quente sem se receber dos tribunais que ordenaram base participação do acidente ou doença profissional.
as outras penhoras nota da extinção das respectivas A&. 98.0 - 1. ~ ~ ~a participaç~o,
~ b i dse for ~ caso
execuções ou do remanescente do crédito verificado de ,,fie, o ~i~i~~6.i~ ~ ú b lrequisitar&
i ~ ~ a
e das custas. salvo se a considerar desnecessária e não for reque-
3. Recebida a nota referida na Parte final do nú- rida pelos interessados, e ordenará as dilig6ncias in-
mero anterior, o remanescente do crédito ou das cus- dispensáveis ao conhecimento dos beneficifwios legais
tas será pago juntamente com o crédito deduzido na dos sinistrados ou doentes e A obtenção das provas
execução que corre no tribunal onde foi feita a venda, de parentesco. Instmido o processo com a certidão
d a d a m e n t e . se necessário. de óbito, o relat6rio da aut6psia, se tiver sido efec-
Art. 93.0 Sendo aa penhoras ordenadas por tribu- tuada, e certidões comprovativas do parentesco dos
na16 de ordem diferente, aplica-se o disposto no ar- beneficiários com a vitima, o Ministério Público mar-
tigo 871." do Código de Pmesso Civil. cará dia para a tentativa de conciliação, se não tiver
Art, 94,. Nas execuçhs de wor nao superior sido junto o acordo extrajudicial previsto na lei.
10 000$ 6 dispensada a publicação de anúncios. Tendo sido junto o acordo, o Ministério Público mar-
cará dia para declarações dos beneficiários, e se estas
confirmaram as bases daquele, submet8-104 A homo-
C ~ m O
logação do juiz, sem prejuízo do disposto no ar-
tigo 111.0
Das exwuçóes bsaeedas noutros títulori
2. Não se conseguindo determinar quaisquer titu-
lares de direitos, proceder-se-& A citação edital; se
95." - execu@s baseadas em di- nenhum comparecer, arquivar-se-á o processo, O ar-
verso de sentença de condenação em quantia certa quivamento será.provisórjo até
aplicam-se as normas do processo de execução nos do prmo
tribunais comuns Para pagamento de quantia c e h , de prescrição do direito e durante esse preso o pro-
entrega de coisa certa, ou prestação de facto, con- cesso poderá ser pela compar&ncia de algum
titular.
forme o caso, mas sempre na forma sumária.
2. O processo de embargos de Art. 99." No caso de ter resultado do acidente ou
a forma sumária prescrita neste Código. da doença profissional incapacidade permanente, o
Ministério Público marcará logo dia para exame m b
S. Quando a acção executiva se destine ao paga- dico seguido de tentativa de conciliação, guardado
mento da quantia certa ou Venha a converter-se em um prazo não inferior a dez dias a partir da entrada
aeauçãio com essa finalidade, aplicar-se-lhe-4 o dis- da participação quando eata não vier acompanhada
posto nos artigori 88.0 e seguintes. de acordo. Se com a participação for junto acordo
Ai.t. 96." - 1. a aplickvel no processo de execução OU sendo este apresentado num dos dez dias seguin-
o disposto no artigo 185.0 tes, o Ministério Público diapensar4 a tentativa de
conciliação. Se, porém, o exame, as declarações do
A autOriza~Ho juiz, que s6 poder' ser conte- sinistrado que nesse acto deve tomar e as dilidncias
dida atk B venda ou A ad.@dicW!%odos bem penhora- a que pmceder não confirmarem as bases em que 6
dosi -penderá a instância e a remessa mesmo acordo foi elaborado, designar4 dia para ten-
%o processo B canta. tativa de conciliação. Em caso de urg8ncfa na reali?
3. Efectuado o psgümento de todas a s prestações, zaç8o do exame, proceder-se-& a este imediatamente,
o julg julgar& extinta a execução e m dependhcia de designando-se a tentativa de concilfaçllo por forma
requerimento. a respeitar o preso atráe referido.
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. Art. 100." - 1. Se o sinistrado ou doente &nda Art. 104.0- 1. No auto de exame médico o perita
não estiver curado quando for recebida a patiicipa- indicar6 sempre o resultado da sua 0bt%3~a~ã0 e de
ção e estiver sem o tratamento adequado ou aem interrogatório do sinistrado ou doente e, em face dwb
receber a indemnização devida por incapacidade tem- tes elementos e dos constantes do rocesso, consig-
porária, o Ministério Piiblico ordenará imediata-
mente exame médico seguido de tentativa de con-
$
nará a lesão ou doença, a natureza a incapacidade s
grau de desvaloriza~ãocorrespondente, ainda que
ciliação, nos termos do artigo 107.0O mesmo ae ob- eob reaerva de confirmação ou alteração do seu pa-
servará no caso de o sinistrado ou doente se não recer e diagnóstico após a obtenção de outro8 ela-
conformar com a alta, a natureza da incapacidade mentos clínicos, laboratoriais ou radiológicos.
o6 o grau de desvalorizaçho par incapacidade tempo- 2. Sempre que o perito do tribunal não se comi*
rária que lhe tenha sido atribuído, ou ainda se esta rar habilitado a completar o exame com um laudo
se prolongar por mais de seis meses. Para oa efeitos concludente, fixará proviabriamente o grau de dea-
deste número, a entidade responsável deverá partici- valorização que possa definir a incapacidade do si-
par, no prazo de oito dias, todos os casos de incapa- nistrado; se o exame não se efectuar dentro de quin-
cidade temporária que ultrapassem seis meses. ze dias, o Ministério Público tentará, com base nesw
2. Nos processos de indemnização por acidente de laudo, a conciliaqão para os efeitos do artigo 111.*
trabalho ou por doença profissional em que o sinis- 3. Se o exame não for imediatamente seguido da
trado ou doente, quando vier a juizo, se declarar cu- tentativa de conciliaç&o,o Ministbrio Público, i i d o
rado sem d e s v a l o r i ~ ã oe a enas reclamar a indem- aquele, tomarb declarações ao sinistrado sobre as cir-
nização devida por incapaci& deitemporária ou qual- cunstâncias em que ocorreu o acidente e mais e l a
quer quantia a que neceasliriamente tiver direito, po- mentos necessários B realização daquela tentativa
derá ser dispensado o exame medico. ou B confirmaç&odo acordo extrajudicial que tiver
Art. 101." Com a notificação para a tentativa de sido apresentado.
conciliaçfio aerá entregue cópia da participação Bs
-
entidades que não forem participantes.
Art. 102." 1. O Ministério Público deve assegu-
rar-se, pelos necessários meios de investigação, da Da tentativa de conclllaçíLo
veracidade dos elementos constantes do processo e
das declarações das partes, para os efeitos dos ar- Art. 105.0- 1. A tentat'va de conciliaqão serão
tigos 106." e 111.0 chamados, alem do sinistrado ou doa seus beneficiá-
2. Quando do acidente ou doença profissional te- rios legais, as entidades patronais ou seguradoras,
nha resultado a morte ou uma incapacidade grave, conforme os elementos constantes da participação.
nos casos em que o sinistrado ou doente não estiver
a ser tratado, e ainda se houver motivos para pres- 2. Se das declarações prestadas nos autos da tenta-
sumir que o acidente ou doença ou as suas conse- tiva de conciliação resultar a necessidade de convo-
quências resultaram da falta de observância das con- cação de outras entidades, o Ministério Público mar-
dições de higiene ou segurança no trabalho, ou aquele cará para nova diligência um dos dez dias seguintes.
foi dolorosamente ocasionado, pode o Ministério Pú- 3. A presença do sinistrado, doente ou beneficiário
blico, até ao inicio da fase coitenciosa do processo, poderá ser dispeneada em casos manifestamente jus-
re uisitar aos serviços da Inspecção do Trabalho in- tificados de dificuldade de comparência; a sua repw-
1.
qu rito urgente e sumário sobre as circunstâncias em
que ocorreu o acidente ou foi contraída a doença,
sentação pertencerá ao substituto legal do age& do
Ministério Público.
sem prejuízo da compet&nciaatribuída a outras en- Art. 106.0Na tentativa de conciliação, o Miiist€-
tidades para efectuarem esses inqubritos. rio Público tentar&realizar acordo acerca das indem-
nizações devidas, de harmcinia com os direitos consig-
nados na legislação em vigor e tomando por base os
elementos fornecidos pelo processo, designadamente
Do exame médko o resultado do exame médico e as circunstâncias que
- possam influir na capacidade geral de ganho do ai-
Art. 103." -1. O exame médico ser& presidido
pelo agente do Ministério Piiblico e realizado por um
nistrado ou doente.
Art. 107." Se o grau de incapacidade f i a d o tiver
perito. carácter provisório ou temporário, o acordo ter8
2. Quando um exame exigir elementos auxiliares também, na parte que se lhe refere, validade provisó-
de diagnóstico ou conhecimento de alguma especia- ria e o Miniaterio Público rectificar4 as indemniza-
lidade clínica, eerão requisitados esses elementos ou ções, segundo o resultado dos exames ulteriores, no-
o parecer de especialistas aos serviços de saúde da tificando dessas rectificações as entidades responsá-
Ores do tribunal, mas se estes não estiverem habili- veis. As rectificaçóes consideram-se como faxendo
tados a fornecê-los, em tempo oportuno, serão requi- parte do acordo.
sitados a estabelecimentos ou serviços adequados ou
a médicoa especialistas; ae os não houver na área do Se no 6ltimo exame vier a su atrjbuida A iacapa-
tribunal, o Ministério Pfiblico solicitará ao agente do cidade a natureza de permanente, nalisrr-ao-& nova
Miniatkria Público de outro tribunal do trabalho a tentativa de conciliação e eeguir-se-ão os demais ter-
obtençilo desaee elementos e pareceres. mos do processo.
3. O exame .erS secreto e o Miniatkrio Público po- Art. 108.. Das rutm do acordo constrráo, além &
der6 formular quesitos m p r e que o seu resultado identificação completa das parten, a i n d w f o rr
&e ofereça dlividas. O resultado do exame aerá logo
iiotiilcado ao sinintrado e tu guroar convouadaa para
cisa dos direitos e obrigações que Ihes não atribu oi,
e ainda a descricião pormenorlzade do acidente ou
L
a tentativa de conci-. doença e dos fundamentos de facto que ienem de
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Pòoressuposto aos mesmos direitos e obrigações, por


r n a a habilitar o juiz com os elementos necessários
apreciação do acordo.
2. Se o beneficiário discordar da decisão da res-
pectiva instituição, seguir-se-á o disposto na subsec-
çáo seguinte.
Art. 1 0 9 . c l . Se se frustar a tentativa de concilia-
çüo, no respectivo auto serão consignados os pontos
wbre os quais tenha havido acordo, referindo-se ex-
pressamente se houve ou não acordo acerca da exis-
t&ncia e caracterização do acidente ou doença, da re- Fase coiiienciosa
iaçáo de causalidade entre a lesão ou doença e o aci-
dente, do ordenado ou salário do sinistrado ou doente,
da entidade responsável e do grau de incapacidade Disposiçõee gerais
atribuido.
2. A parte que se recuse a tomar posição sobre
cada um destes pontos, estando já habilitada a f a d - Art. 115." A fase contenciosa ter& por base petição
-10. ser&,a final, condenada como litigante de má fé. inicial em que o autor:
3. Tratando-ae de doença profissional, constarão a) Formular& o pedido, expondo os seus funda-
do auto a data aproximada do primeiro diagnbstico mentos ;
clfnico da doença e a indicação dos serviços em que b) Requerer&, se for caso disso, a fixação de inca-
o sinistrado trabalhou durante o prazo de imputabili- pacidade para o trabalho ou a determinação da enti-
dade previsto na lei, anteriormente àquela data, e do dade responsável.
tempo de trabalho ao serviço de cada entidade. Se Art. 116.0 Nesta fase o processo poderá, conforme
tiverem intervindo várias seguradoras, cada uma de- os casos, desdobrar-se em três partes:
las declarar4 obrigatòriamente qual o periodo de vi- a) Processo principal;
gência dos respectivos contratos de seguros. b) Apenso para fixação da incapacidade para o
Art. 110." Não se realizando acordo, o Ministério trabalho;
Público colherá logo os elementos necessários à pro- c) Apenso para determinação da entidade respon- .
poaitura da acção. sável.
Art. 117." - 1. Não se tendo realizado acordo ou
não tendo sido este homologado e não se verificando
a hip6tese prevista no artigo 113.", o Ministério Pú-
blico, sem prejuízo do disposto nos artigos 9." e 11.0,
Do acordo das indemnizwões assumirá imediatamente a patrocínio do sinistrado
ou dos beneficiários legais e, dentro de quinze dias,
Art. 111." - 1. Celebrado o acordo, será este sub- apresentará petição inicial.
metido ao juiz, que o homologará se verificar a sua 2. Se se verificar insuficiência nos elementos de
conformidade com os elementos fornecidos pelos au- facto necessários & propositura da acção, o Minis-
tos, com as normas legais, regulamentares ou con- tério Público requererá que o prazo seja prorrogado
vencionais e com a tabela de desvalorizações. por igual período de tempo e ordenará a s diligências
2. Se tiver sido junto acordo extrajudicial e o Mi- necessárias à obtenção desses elementos.
nistério Público o considerar em conformidade com o 3. Se o sinistrado ou doente ou os beneficihrios
resultado dos exames, com os restantes elementos legais se recusarem a fornecer esses elementos e em
fornecidos pelo processo e com as informações com- diligências posteriores se verificar que a recusa de-
plementares que repute necessárias, submetê-lo-4 & rivou do facto de ter havido um acordo particular
homologação do juiz acompanhado do seu parecer; sobre a indemnização do acidente ou doença, o Mi-
se essa conformidade se não verificar, o Ministério nistério Público promoverá que seja condenada como
Público promoverá imediatamente tentativa de con- litigante de má fé a entidade com quem tenha sido
ciliação,'nos termos do artigo anterior. feito o acordo.
Art. 112." 1. O acordo produzirá efeitos desde 4. Findo o prazo referido no n.O 1 ou a sua pror-
a data da sua celebração. rogação nos termos do n." 2, ser4 o processo concluso
2. Se o acordo não for homologado, o Ministério ao juiz, que considerará suspensa a instância, sem
Piiblico tentará imediatamente a celebração de novo prejuízo de o Ministério Público dever propor a acção
acordo para substituir aquele cuja homologação foi logo que para tal tenha reunido os elementos neces-
recusada. sários.
3. A não homologação do acordo será notificada 5. Nos casos de reclamação a que se refere o n." 2
8i partes, mas o acordo continuará a produzir efei- do artigo 114.", o Ministério Público requisitar4 o
tos atk à homologação daquele que o vier substituir processo organizado na respectiva instituição.
ou, na falta deste, até à sentença final. Art. 118." - 1. Nos processos de acidentes de tra-
Art. 113.O Se as entidades responsáveis reconhece- balho ou de doenças profissionais, o valor da causa
rem a s obrigações legais correspondentes aos ele- será igual ao das reservas matemhticas para garan-
mentos de facto verificados através do processo e o tia das respectivas pensões. Tratando-se de indemni-
sinistrado ou doente ou os respectivos beneficihrios zações por incapacidade temporhria, o valor ser&
legais se limitarem à recusa do que lhe é devido, cinco vezes o valor anual da indemnizaçáo; tratan-
o Ministério Público promoverá que o juiz, fixado o do-se de pensões tempor4rias ou de indemnizações
valor B causa, profira a sentença. vencidas, o valor da causa ser4 igual ao da soma de
Art. 114.0- 1. O disposto nesta subsecção náo se todas as prestações.
apliaar4 aos casos de doença profissional da respon- 2. Em qualquer altura, poder& o juiz alterar o
sabilidade de instituições corporativas de previden- valor fixado conforme os elementos que o processo
cia. fornecer,
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14 2." SUPLEMENTO AO BOLETIM OFICIAL D A GUINB N."..8Z


..

DIVISÃO n juiz fixará a pensão ou indemnização provisória a


pagar por essa entidade, se não for então condenada
Da fixação da pensáo ou indemnização provis6ria definitivamente.
2. Se a pensão ou indemnização provisória já fi-
xada estivêr a cargo de outra entidide, o juiz deter-
Art. 119."- 1. Se houver acordo acerca da exis- minará que a entidade responsável indemnize aquela
tência e caracterização do acidente como acidente que até ai suportou as pensões, indemnizações e
de trabalho ou da doença como doença profissional, demais encargos, com juros de mora.
o juiz, se o autor o requerer, fixará provisòriamente Art. 122."- 1. Da decisão que fixar a pensão ou
a pensão ou indemnização que for devida pela morte indemnização provisória não há recurso, mas o res-
ou pela incapacidade atribuída no exame médico, com pons&velpode reclamar com o fundamento de se não
base na última remuneração auferida pelo sinistrado verificarem as condições da sua atribuição. Da pen-
ou doente, se outra não tiver sido reconhecida na são ou indemnização fixada nos termos do artigo
tentativa de conciliação. 120.O poderá, além disso, a instituição corporativa
2. Se o grau de incapacidade fixado tiver carácter de previdência reclamar com o fundamento de o
provisório, o juiz rectificará a pensão ou indemniza- sinistrado ou os beneficiários não terem dela neces-
ção logo que seja conhecido o resultado final do sidade.
exame médico que defina a incapacidade. 2. A pensão ou indemnização provisória pode ser
3. Se ainda não estiver decidido o litígio sobre a executada imediatamente e dispensa sempre a pres-
transferência da responsabilidade, a pensão ou in- tação de caução.
demnização ficará a cargo da seguradora cuja apólice Art. 123." 1. O juiz poderá determinar em qual-
abranja a data do acidente ou do diagnóstico clínico quer altura do processo que a entidade que anterior-
da doença. Se não tiver sido junta apólice, a pensão mente tiver custeado o tratamento do sinistrado ou
será paga pela entidade patronal, salvo se esta ainda doente continue a suportar esse encargo quando
não estiver determinada, caso em que se aplicará o aquele o pedir em requerimento fundamentado e o
disposto nos n."' 2 e 3 do artigo seguinte. juiz entender que o pedido é fundado 8. face dos exa-
4. Se não for possível determinar a última remu- mes e outros elementos constantes do processo e dili-
neração auferida pelo sinistrado ou doente, o juiz gências que repute necessárias, sem prejuízo do dis-
tomará por base uma remuneração que não ultra- posto no n." 5 do artigo 119."
passe o mínimo que presumlvelmente deva ser re- 2. A decisão do juiz em nada afecta qualquer daa
conhecido como base para o cálculo da pensão. questões por decidir.
5. Se o sinistrado ou doente ainda necessitar de
tratamento, o juiz determinará que ele seja custeado
pela entidade a cargo de quem ficar a pensão pro-
visória. Do processo principal
Art. 120.0- 1. Quando houver desacordo sobre a
existência ou caracterização do acidente como aci- Art. 124.0 No processo principal decidir-se-ão as
dente de trabalho ou da doença como doença pro- questões sobre a existência e a caracterização do
fissional, o juiz, a requerimento da parte interessada acidente ou doença, as relações de causalidade entre
e com base no inquérito referido no n." 2 do artigo as lesões e o acidente oii a doença, a determinação
102.0,fixará uma pensão ou indemnização provisória do salário e todas as demais que, por força dos arti-
nos termos do artigo anterior, se considerar essa gos 115." e 116.",não devam ser decididas nos apen-
pensão necessária ao sinistrado ou aos beneficiários sos. No mesmo processo será fixada a pensão pro-
e se do acidente tiver resultado a morte ou uma in- visória, quando requerida.
capacidade grave e o processo seguir a forma ordi- Este processo corre nos autos em que se processou
nária, ou ainda no caso previsto na primeira parte a fase conciliatória.
do n.O 1 do artigo 100." Art. 125.0 -1. Quando com o processo principal
2. A pensão ou indemnização provisória e os en- estiver a correr um apenso a determinação da enti-
cargos com o tratamento do sinistrado ou doente dade responsável, e até ao transito em julgado do
serão adiantados ou garantidos pela instituição cor- despacho que decidir a questão, serão citadas no
porativa de previdencia existente na província, se processo tanto as entidades patronais como as ae-
não forem suportados por outra entidade. guradoras, e todas poderão intervir simultâneamente.
3. Pode, no entanto, o juiz condenar imediatamente 2. Os actos processuais praticados, no caso do
na pensão ou indemnização provisória a entidade que número anterior, por uma das entidades rés apro-
considerar responsável, se os autos fornecerem ele- veitam As outras, mas, na parte em que derem ori-
mentos bastantes para o juiz se convencer de que o gem a quaisquer obrigações ou as reconhecerem, são
desacordo na tentativa de conciliação teve por fim próprios da entidade que os praticou, sem prejuízo
furtar-se à condenação provisória. Se no julgamento do que no respectivo diploma se dispuser quanto a
se confirmar essa convicção, o juiz condenará o réu custas.
como litigante de má fé. 3. Decidida a responsabilidade, o processo princi-
4. Logo que seja proferida sentença condenatória pal seguirá até final com a intervenção das entida-
no processo principal e esteja definida a entidade des responsáveis, aplicando-se o disposto no niunero
responsável, o juiz independentemente da pendência anterior quanto h matéria processual de interesse
de outras questões, transferir& para esta o paga- comum.
mento da pensão ou indemnização e demais encargos 4. São lícitos os acordos pelos quais a entidade
e condená-la-á a reembolsar todas as importilncias patronal e a entidade seguradora atribuam a uma
adiantadas. delas a intervenção no processo a partir da citação
-
Art. 121.0 1. Logo que esteja findo o processo
principal e determinada a entidade responsável, o
da Última, e sem prejuízo da questáo da transfedn-
cia da responsabilidade.
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5. O acordo previsto no número anterior será eficaz Art. 131." Nas acções que sigam a forma do pro-
tanto no que beneficie como no que prejudique a s cesso sumário é sempre permitida a inquirição de
partes. testemunhas por carta precatória.
6 . As sentenças e despachos proferidos antes de Art. 132." - 1. Os peritos médicos comparecerão
ter sido julgada a questão da determinação da enti- na audiência de discussão e julgamento quando o
dade responsável constituem caso julgado contra juiz o determinar.
todas a s entidades, indepei~dentemente de alguma 2. Se os peritos médicos residirem fora da área da
não ter intervindo. jurisdição do tribunal só serão mandados notificar
Art. 128." - 1. O réu será citado, se não houver para comparecerem na audiência de discussão e jul-
motivo para indeferimento iiminar e a petição inicial gamento quando o juiz, em despacho fundamentado,
estiver em termos de ser recebida, sendo-lhe entregue o julgar indispensável para se determinar a desvalo-
cópia da petição. rização resultante do acidente de trabalho ou doença
2. Seguidamente o réu ter&,para contestar, o prazo profissional.
de dez dias, a contar da citação ou da última citação, Art. 133." - 1. Findo o processo principal, o juiz
havendo vários réus. julgará a s questões nele debatidas, mas, se estiverem
Art. 127.0 Na contestação, além de invocar todos ainda a correr processos apensos, aguardará a sua
os fundamentos da sua defesa, poderá o réu: conclusão para proferir a sentença final.
a Requerer a fixação de incapacidade nos mes- 2. Na sentença final, o juiz considerará definitiva-
mos termos que o autor; mente assentes a s questões que não tenham sido
b ) Nomear a acção outra pessoa que sustente ser discutidas na fase contenciosa, integrará as decisões
o eventual responsável, e que será citada para con- proferidas no processo principal e apensos, cujas par-
testar, nos termos do artigo anterisr, abrindo-se, tes decisórias deverá reproduzir, e fixará também
seguidamente, um apenso para a determinação da juros de mora pelas indemnizações e pensões em
entidade responsável. atraso.
Art. 128." - 1. A falta de contestação de todos Art. 134.0 - 1. A não comparência das partes a
os réus citados tem como consequência a sua conde- diligências para que tenham sido notificadas e a falta
nação solidária no pedido, salvo se o juiz entender de cumprimento de qualquer determinação do tri-
dever usar da faculdade que lhe concede o artigo 69.", bunal serão punidas com multa, salvo se A infracção
para o que poderá ordenar as diligências que julgue corresponder outra sanção.
necessárias. 2. A falta de participação da incapacidade tem-
2. A contestação de algum dos réus aproveita porária, exigida pelo presente diploma, será punida
igualmente a todos. com a multa de 100$ a 500$ e igual quantia para
Art. 129." - 1. Juntas a s contestações ou findo o Cofre.
o prazo para a sua apresentação, será o processo Art. 135." - 1. Quando deva ser prestada caução
concluso ao juiz, que proferirá despacho saneador ou constituída reserva matemática, enviar-se-á A
em que considerará assentes a s questões sobre que inspecção provincial de crédito e seguros. ou, na sua
tenha havido acordo na tentativa de conciliação e falta, à repartição que detenha a sua competéncia
onde ordenará desdobramento do processo, conforme um exemplar do acordo, com a nota de ter sido ho-
o que lhe tiver sido requerido. >~., mologado, ou a certidão narrativa da decisão que
2. A partir do despacho saneador seguir-se-ão os condenar no pagamento da pensão, da qual conste
termos do processo comum, salvo o disposto nos ar- o teor da sua parte dispositiva, e, em todos o s casos,
tigos subsequentes. as certidões necessárias aos respectivos cálculos.
Art. 130." - 1. Para o efeito do desdobramento 2. Se a obrigação de pagamento de pensão vier a
previsto no artigo 116." observar-se-á o seguinte: cessar ou for modificada, enviar-se-á A inspecção
a ) Se huuver questões a decidir no processo prin- provincial de crédito e seguros certidão da decisão
cipal, qualquer das outras questões correrá por que declarar prescrito ou extinto o direito ii pensão
apenso ; ou que conceder revisão dela, ou certidão do termo
de pagamento do capital, ou um exemplar do acordo
b ) Se não houver questões a decidir no processo extrajudicial de remição, com nota de ter sido homo-
principal, correrá neste a questão da fixação da in- logado.
capacidade para trabalho e, por apenso, a determina-
ção da entidade responsável;
c) Se houver uma Única questão a decidir, esta
correrá no processo principal, sem prejuízo da forma Do rpenso de fixa950 de incapacidade para o trabalho
processual que lhe é própria.
2. O juiz poderá também ordenar que corra, em Art. 136.0- 1. A parte que não se conformar com
separado, se o entender convcnicnte, qualquer inci- o resultado do exame realizado na fase conciliatória
dente; se o não fizer, este correrá nos autos do pro- do processo, ou no caso previsto no n." 2 do ar-
cesso principal ou do apenso a que rcnpeitar. tigo 114.", requerá na petição inicial ou na contesta-
3. Se o grau de incapacidade fixado tiver carácter ção exame por junta médica. O requerimento deverá
provisório, os termos necessários à determinação da ser fundamentado ou vir acompanhado dos respec-
incapacidade continuarão a correr no processo prin- tivos quesitos.
cipal e, se houver outras questões a decidir, o juiz 2. O exame, com a intervenção de trés peritos,
ordenará que corram por apenso. -
realizar-se-á com a urzência vossivel e será vresidido
4. Sempre que a simultaneidade na movimentação pelo juiz.
dos processos e seus apensos seja incompatível com Se na fase conciliatória o exame tiver exigido pa-
a sua apensação, poderá o juiz determinar . que para receres especializados, na junta m6dica intervirão,
esse efeito estes sejam desapensados. pelo menos, dois médicos especialistas.
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Art. 146." - 1. Quando a remição puder ser con- minatório e o juiz poderá oficiosamente ordenar exa-
cedida a pedido de uma só das partes e ela a reque- mes médicos ou outras diligências necessárias.
rer, ou se, no caso do artigo anterior, a parte reque- Art. 152." - 1. Quando o direito a pensão caducar
rida não se opuser, o juiz, ouvido o Ministério Pú- por maioridade especial, morte ou segundas núpcias,
blico e efectuadas, se necessário, quaisquer diligên- a entidade responsável requererá que seja declarada
cias sumárias, decidirá por despacho fundamentado, a caducidade juntando os documentos necessários.
admitindo ou recusando a remição. 2. Em caso de morte o processo irá com vista ao
2. O Ministério Público deve esclarecer-se sobre Ministério Público, que, se assim o entender, averi-
a aplicação do capital da remição e o juiz deve recu- guará se a morte foi consequência da lesão ou doença
sá-la sempre que julgue provável que dessa aplicação que deu direito 8 pensão, e nos outros casos o juiz
não resulte qualquer proveito efectivo. ouvir& a parte contrária, se o julgar conveniente.
3. A remição, depois de recusada, só poderá ser 3. Depois de verificar pela documentação junta e
pedida de novo passado um ano e só será concedida pelas diligências que entenda ordenar que não há pen-
quando se provar não subsistir o motivo que funda- sões nem indemnizações a satisfazer, o juiz decidirá
mentou a recusa. sem mais formalidades.
4. Quando o juiz admitir a remição, o cartório
procederá imediatamente ao cálculo do capital que
o pensionista tenha direito a receber.
Art. 147." O artigo anterior aplica-se à homologa- Do processo para efectlvac,ão de dire'tos de terceiros
ção pelo juiz da remição feita extrajudicialmente. conexos com acidentes de trabalho ou doença proflsslonais
Art. 148." - 1. Se tiver sido autorizada a cons-
tituição de renda vitalícia ou a aquisição de imóveis, Art. 153.0 - 1. O processo em que se solicite a
será notificado o responsável para depositar, por efectivação de direitos conexos com o acidente de
termo no processo, o capital da remição. trabalho ou a doença profissional sofrido por outrem
2. O agente do Ministério Público, como patrono seguirá os termos do processo, comum, por apenso
oficioso do sinistrado ou doente, promoverá as dili- ao processo resultante do acidente ou doença, se o
gências necessárias para a criação do certificado de houver.
renda vitalicia ou para a celebração da escritura dos 2. As decisões transitadas em julgado que tenham
imóveis e poderá satisfazer por conta do depósito as por objecto a qualificação do sinistrado ou doença
despesas que normalmente incumbem ao comprador. como acidente de trabalho ou doença profissional ou
O mesmo magistrado intervirá na escritura de com- a determinação da entidade responsável têm valor de
pra e venda e nesse acto entregará ao vendedor o res- caso julgado para estes processos.
pectivo preço e promoverá seguidamente o compe-
tente registo de transmissão e averbamento à descri- CAPITULO I1
ção predial.
3. Na proposta para a constituição de renda vita- Dos processos do coiitencioso das instituiçõee
licia, a assinatura do sinistrado ou doente pode ser de previdência e organismos corporativos
substituida pela do agente do Ministério Público, sob
o selo branco do tribunal, e, quando aquele for casado,
é dispensada a autorização do respectivo cônjuge.
Art. 149." A entrega ao pensionista do capital da Disposição geral
remição ou de parte dele será feita por termo nos au-
tos, sob a presidência do agente do Ministério Pú- Art. 154." Os processos de contencioso das insti-
blico, mesmo que a remição tenha sido celebrada por tuições de previdência e organismos corporativos se-
acordo extrajudicial. guirão a forma sumária, se outra especial não estiver
prevista neste Código.

Do processo para declaragáo de extinçáo de dire'tos Da convocação de assembleia geral


resultantes de acidenies de trabalho ou doença profissional
Art. 155.O - 1. O requerimento de convocação de
Art. 150.0- 1. As acções para declaração de pres- assembleia geral ou órgão equivalente de uma insti-
crição de direito a pensões ou para declaração de tuição de previdência ou de um organismo corpora-
perda de direito a indemnizações serão processadas tivo será acompanhado dos documentos necessários
segunda os termos do processo sumário, salvo o dis- para prova da legitimidade dos requerentes e da ve-
posto nos artigos seguintes. rificação das condições legais ou estatutárias do re-
2. Estas acções correrão por apenso ao processo querimento.
a que disserem respeito, se o houver. 2. O juiz, se pela documentação apresentada reco-
3. A extinção ou perda de direitos a pensões ou nhecer ao pedido fundamento, mandar& que a enti-
indemnização só poderão ser declaradas no processo dade competente, segundo a lei e os estatutos, convo-
regulado nesta secção. que a assembleia ou justifique, no prazo de dez dias,
Art. 151." Sendo a acção fundada em alguns dos a recusa de convocação.
factos previstos nas alineas a), b ) , c) e e) do ar- 3. Não sendo convocada a assembleia, nem apre-
tigo 259.O do W g o do Trabalho Rural ou em dispo- sentada justificação que seia admitida pelo juiz, d a
siçóes legais idênticas, ou, ainda, no faoto de o sinis terminará este que a assembleia se realize, proceden-
trado, doente ou seus beneficiários deixarem de resi- do-se atrav6s do tribunal, mas h custa do organismo,
dir em território português, o processo não ser& co- à s formalidades da convocação.
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rEiMENT0
.- --
AO BOLETIM -.OFICIAL DA GUINB N.' 88
- --

4. O juiz f i a r á a data e o local de reunião, podendo tenda dever juntar; no requerimento serão solicitadas
determinar que o local seja diferente do designado todas a s diligências de prova.
noa estatutos; poderá ainda nomear a pessoa que Art. 162.0 - 1. A instituição ou organismo será
prasidir8 A asaembleia. citada para responder no prazo de dez dias, devendo
juntar o processo disciplinar e podendo requerer di-
ligências de prova.
2. O envio do processo disciplinar ao tribunal do
hnpugnação das deliberações de assembleias gerais trabalho é obrigatório, embora a instituição ou orga-
nismo não responda ao requerimento.
Art. 156."- 1. As deliberações de assembleias
gerais ou órgãos equivalentes de instituições de pre-
Art. 163."- 1. Sem prejuízo do disposto no n." 3
do artigo 35.", não podem ser repetidas diligencias de
vid6ncia ou organismos corporativos viciados por prova já efectuadas no processo disciplinar.
violação da lei, quer de fundo, quer de forma, ou vio- 2. O juiz anulará o processo disciplinar quando o
lação dos estatutos, podem ser declaradas inválidas arguido não tenha sido ouvido ou não tenham sido
em acção intentada por quem tenha interesse legí efectuadas no processo diligências requeridas pelo
timo. arguido que o juiz repute essenciais.
2. A acção deve ser intentada no prazo de vinte 3. Se o juiz verificar que houve erro de direito na
dias, a contar da data em que o interessado teve co- aplicacão da pena, alterará em conformidade a deci-
nhecimento da deliberação, mas antes de passados s i o disciplina>; se considerar que houve erro de facto,
cinco anos sobre esta. Se, porém, a acção tiver por anulará a decisão e ordenará oue ela seia substituída
fim a impugnação de deliberações relativas a eleição por outra que tome em consideração Xs factos pro-
de corpos gerentes, o prazo será de quinze dias e con- vados.
tar-se-á sempre a partir da data da sessão em que 4. Da sentença confirmatória da decisão discipli-
tenham sido tomadas essas deliberações. nar não há recurso.
3. A petição inicial da acção será acompanhada de 5. Na sentença que revogue ou altere a decisão
documento comprovativo do teor da deliberação ou, disciplinar serao especificados os seus fundamentos
não sendo isso possível, do oferecimento da prova que de facto e de dirgito e dela cabe recurso desde que a
o requerente possuir a esse respeito. pena disciplinar tenha sido ou seja de suspensão ou
Art. 157.O - 1. O juiz mandará citar o réu e or- superior.
denará que este apresente documento comprovativo 6. No julgamenw destes recursos pelos tribunais
do teor da deliberação quando tal documento não superiores será observado o disposto na legislação
tenha sido junto com a petição, podendo requisitar aplicável a estes tribunais.
também qualquer outro documento que entenda ne-
cessário.
2. O réu poderá contestar no prazo de oito dias e,
embora não conteste, deverá enviar ao tribunal os Da liquidação e partilha dos bens
documentos referidos no número anterior. de inst:tuic9es de previdincia e o~gan:smoscorporativos
Art. 158."- 1. Com os articulados serão requeri-
das quaisquer diligências de prova. Art. 164." A liquidação e a partilha dos bens de
2. A partir da contestação, ou findo o prazo para instituições de previdência ou de organismos corpo-
a sua apresentação, seguir-se-ão os termos do pro- rativos efectuar-se-ão como estiver determinado na
cesso sumário, com exclusão da tentativa de conci- lei e nos estatutos, mas, quanto a estes, sempre com
liação. observância do disposto nos artigos seguintes.
3. O recurso da sentença tem efeito suspensivo. Art. 165."- 1. A entrada em liquidação de uma
Art. 159." Se na petição inicial o autor requerer instituição de previdência ou organismo corporativo
a suspensão da deliberação impugnada, demons- será sempre participada ao tribunal pela última di-
trando que da sua execução pode resultar dano apre- recção, ou pelo presidente da mesa da assembleia
ciável, o juiz poderá ordenar tal suspensão nesse mo- geral ou órgão equivalente, no prazo de trinta dias,
mento ou após a contestação. a contar do acto que tenha determinado a dissolução
Art. 160." Nos casos em que, de acto de qualquer ou da notificação da extinção decretada pelo Go-
outro órgão gerente ou directivo de instituição de verno.
previdencia ou de organismo corporativo, não possa 2. Não sendo feita a participação referida no nú-
ger interposto recurso para outro órgão administra- mero anterior, poderão fazê-la os serviços oficiais
tivo ou corporativo, a declaração de invalidade desse competentes.
acto será pedida através de processo regulado nesta 3. Quando a lei ou os estatutos determinarem a
secção. transferência global do património para outra ou ou-
tras instituições ou organismos, competirá A última
direcção, havendo-a, efectuar essa transferencia.
Art. 166."- 1. Compete ao juiz nomear, exonerar
Das reclamações de declsões disciplinares e substituir os liquidatários, excepto no caso previsto
no n." 3 do artigo anterior.
Art. 161."- 1. O arguido em processo disciplinar 2. Recebida a participação, o processo irá com
que pretenda reclamar da respectiva decisão apre- vista ao agente do Ministério Público, que promoverá
sentará no tribunal do trabalho o seu requerimento. a nomeação de três liquidatários, escolhidos pela
no prazo de quinze dias, contados da notificação da forma indicada nos estatutos. Se estes nada diapu-
decisão. serem, o Ministbrio Piiblico indicará liquidatários
2. O requerimento será instruido com a notifica- idóneos, dando preferencia aos sócios ou beneficihrios
çHo da decisão e os documentos que o requerente en- da instituição.
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3. AtB B nomeação dos liquidatários, os cor$w,ge-


rentes anteriores devem conservar os bens e ireitoa
-
Art. 172." 1. Se não for passivel apurar QW
sejam as pessoas que, segundo os estatutos, tem dl-
e satisfazer as o b r i g w s que se forem vencendo. reito h partilha do aaldo, feita a nomeaçtio de liquí-
Art. 167.0 - 1. Os liquidatários nomeados, que datárioe, seguir-se-ão os termos aplic8veia do pro-
deverão prestar o competente juramento, receberão, cesso especial de liquidação em beneficio do Estado
por termo, os bens e direitos, incluindo livros e docu- regulados no C6digo de Processo CAvil.
mentos, e procederão, no prazo que lhes for fixade 2. Se ninguém aparecer a habilitar-se, ou quando
pelo juiz, B alienação de bens e direitos e B satisfaçaç80' na habilitação deca-rem todos as requerentes, uma vez
de obrigações, de modo a reduzir o património a uma terminada a liquidação, será o saldo mandado pôr i
massa de bens de natureza adequada B forma de ordem do Instituto do Trabalho, PrevidBncia e Acção
partilha prescrita na-lei ou nos estatutos. Social ou, na sua falta, h repartição provincial incum-
2. O juiz poderá estabelecer para a actividade doo bida das funções especificas do Instituto, pora oa
liquidat&rios os condicionamentos que julgue conve- fim da lei.
nientes, entendendo-se, na falta deles, que os liquida- Art. 173."Em tudo o que não vai revisto neatr
Wios podem, sem autorização judicial, alienar quais-
quer bens ou direitos e satisfazer todas as obrigaçóes
f
secçáo deverá observar-se, na parte ap ichvel, o pr<r
cesso especial de liquidação em beneficio de s6ciar
- .
Ggalmente constituídas. regulado no Código de Processo Civil.
Art. 168.0- 1. Os liauidatários. antes da art ti lha.
a~resentacãoas conta; dos aeus'actos e -Proporão - LIVRO I1
a-forma Aquela.
2. As contas da liquidação e o projecto da partilha D o processo pend
ficarão Datentes d elo prazo de vinte dias. A Dorta do
tribunaie da última aide da instituição ou organismo TITULO I
serão afixados editais anunciando a possibilidade de
reclamação, durante aquele razo, por qualquer in- Da acção
teressado. O Ministério piiblco poder4 tambbm re-
clamar no mesmo prazo.
3. Havendo reclamação, o juiz ouvirá sobre ele 'os
liquidatários e depois o Ministério Público, se não Da &o penal
for reclamante e, haja ou não reclamação, poderá
requisitar ao Instituto do Trabalho, Previdancia e Art. 174." A acção penal 6 piiblica.
Acção Social ou, na sua falta, h repartição provincial Art. 175." Podem exercer a acção penal, além do
incumbida das funções específicas do Instituto, pa- Ministbrio Público:
recer ou diligências indispensáveis ao julgamento das a) Os organismos do Estado com compet&nciapara
contas dos liquidatáribs. a fiscalização de certas actividades ou para a exe
Art. 169.O - 1. As contas da liquidação e da par- cução de regulamentos especiais quanta Bs infrac-
tilha serão sempre julgados pelo tribunal, sem pre- ções verificadas no exercício dessas actividades ou
juízo da sua prévia apreciação por outras entidades, contra esses regulamentos;
quando assim for previsto na lei ou nos estatutos. b ) As entidades a que, por lei especial, for dada
2. A sentença dever4 conter os nomes dos liqui- competência para levantar autos que façam f6 em
datários, as datas do começo e fim da liquidação, a juízo.
importância do passivo pago e do saldo apurado e, Art. 176." Podem intervir como assistentes em pm-
depois do trânsito em julgado, será comunicada por cesso penal do trabalho os ofendidos, considerando-se
teor ao Instituto do Trabalho, Previdência e Acção como tais os titulares dos interesses que a lei penal
Social ou, na sua falta, h repartição provincial incum- especialmente quis proteger com a incriminação, e os
bida das funções especificas do Instituto. organismos corporativos nos mesmos casos em que
Art. 170.0 - 1. Efectuada a partilha, dela pres- têm legitimidade para a acção cível, seguindo o ar-
tigo nO
. 1,deste C6digo.
tarão contas os liquidathrios, e a aprovação destas
extinguir4 as suas funções. -
Art. 177." 1. A acção penal respeitante a qual-
quer infracção da competência dos tribunais do tra-
2. Não sendo aprovadas as contas da liquidação balho extingue-se, por prescrição, desde que não seja
ou da partilha, o agente do Ministbrio Público promo- exercida dentro do prazo de um ano, a contar da data
ver4 as diligências que julgue adequadas, incluindo a em que a infracção sé consumou.
substituição dos liquidatários. 2. O levantamento de auto de noticia que faça f6
Art. 171."- 1. O juia poder4 determinar que to- em juizo 6 acto interruptor da prescrição da acção
dos ou alguns dos liquidatários se mantenham em penal.
funções por um prazo não superior a três anos, con- Art. 178." Sendo o infractor gerente, director, ad-
tados desde a aprovação das contas da partilha, ape- ministrador ou por qualquer forme reprenantante de
nas para efeito de representarem a instituiçgo ou o uma pessoa colectiva, responder4 esta pelo paga-
organismo, em jufio ou fora dele, ou ainda para mento da multa solidBriamente com aquela.
efectivarem direitoa ou satisfazerem obrigações de
que e6 haja conhecimento depofs de efectuada a par-
tilhd ou euja subsist8ncla o juiz tenha entendido niío
dever impedir a mesma partilha. Da ao* penal em p m e d w cível
2. 8e durante o período referido no número an-
terior não terminar Jgum proceano em que a insti- -
Art. 170." 1. Nos dois dias seguinter b enttadr
em juizo de qualquer pCtiçKo civel niio patrocfpada
t u i @ ~ou organismo seja part8, o li uidakirio acnti-
8
nuar8 se aum f u n ç h ~ai4 ao termo ele. pelo agente do MinistMo Wblico 881% uma du o6pW
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20
-
a: BUPL,EMENTO AO BOLETIM OFICIAL D A GUINB N.' -
-- --
38

'desta apresentada pelo cartório Aquele magistrado, satisfará essas obrigações dentro do prazo estabele-
a fim de este exercer a a q ã o penal, se for caso disso. cido para a multa, salvo o disposto no artigo seguinte.
2. Finda a inatrução, se houver lugar a ela, a ac- 2. O montante das importâncias
- em divida ser&
çáo penal @r&a p e ~ m d aB acção cívei, ae ainda não incluído na conta.
tiver sido iniciada a audihcia de discussão e julga- -
Art. 185." 1. Quando a infracção for constituida
pela falta de pagamento de contribuições a institul-
mento.
3. O autor da acção civel s6 é assistente na acção 'cões de previdência ou de abono de família, poderá o
penal quando expressamente o requerer. juiz, a requerimento do arguido, autorizar que o pa-
4. As provas produzidas na acção civel não são gamento da quantia devida seja feito em prestações
rewtidas na accão- penal,
- mas devem ser considera- mensais, até ao máximo de vinte e quatro.
dai nesta. 2. Não se aplicará o disposto no número anterior
5. Haverá uma 66 audiência de discussão e iulea-
- -- se o arguido:
mento, na qual, quando for caso disso, a pro~ução a) Tiver sido anteriormente condenado por infrac-
de prova com interesse exclusivamente penal se se- ção idêntica, salvo acordo da entidade credora;
guir& à produção de prova com interesse exclusiva- b ) NÍio tiver efectuado o depósito da multa e das
mente clvel ou de interesse comum. custas sm que tiver sido condenado.
6. A sentença será única, mas dividir-se-á em duas 3. O pagamento das prestações ser&feito directa
partes. na segunda das quais o juiz decidirá a ques- mente à entidade credora.
tão penal, devendo respeitar as decisões, em matéria 4. A falta de pagamento de qualquer das presta-
de facto, proferidas na acção civel. Se a sentença não ções ou de contribuições posteriores devidas A mesma
for logo proferida, o juiz deixar&consignados na acta entidade determinará o vencimento imediato das
os factos pertinentes à. acção penal que considere prestações restantes.
provados. 5. Vencida a última prestação, irão m autos com
7. O recurso da parte penal da sentença será apen- vista ao Ministério Público, após o que serão arqui-
sado ao recurso da parte civil, se o houver, e, neste vados se nada. for promovido.
caso, regular-se-á, no que for aplicável, pelo disposto Art. 186." - 1. No caso de condenação por falta
nos artigos 76." e seguintes deste Código. de remessa de folhas de férias a instituição de pre-
Art. 180." A desistência de pedido e a transacção vidência ou de abono de família, o juiz ordenará a
na acção civel, sem oposição do Ministério Público, apresentação daquelas folhas ou de documento com-
nos termos do artigo 52.0, n." 1, deste Código, pro- provativo da sua entrega A instituição.
duzem o efeito referido no artigo 31." do Código de 2. A falta de cumprimento do determinado pelo
Processo Penal. tribunal será punida com multa de 100$ a 1000$,
aplicável no próprio processo e convertivel em prisão.
3. Se dentro do prazo do pagamento desta multa
não forem apresentadas as folhas de férias ou docu-
Da acçSio vive1 em processo penal mento comprovativo da sua entrega, o infractor será
preso por três meses, sem prejuízo do pagamento da
Art. 181." - 1. Não tendo sido proposta acção multa.
civel, a obrigação cujo incumprimento constituiria A prisão cessar& logo que se mostre cumprida a
a infracção será pedida no respectivo processo penal. determinação do tribunal.
2. Exceptuam-se do disposto no número anterior: 4. A entidade patronal ou o seu representante le-
a) As acções civeis emergentes de acidentes de gal deverão ser, no acto da notificação do despacho do
trabalho e doenças profissionais; juiz, advertidos da cominação em que incorrem se
b) Os casos em que a acção penal se extinguir an- ihe não derem cumprimento.
tes do julgamento; O despacho ser& notificado ainda no caso de jul-
c) Os casos em que o agente do Minist6rio Público gamento h revelia.
náo tiver exercido a acção penal dentro de três me- Quando se tratar de uma pessoa colectiva, a efec-
ses a contar da denúncia; tivação do disposto no n." 3 ter& lugar na pessoa do
d ) Os casos em que o processo penal estiver sem director, administrador ou gerente que tiver sido
andamento dumnte três meses. notificado.
Art. 182."- 1. O Ministério Público deverá for-
mular o pedido de indemnização de perdas e danos TITULO 11
quando a ela tenham direito pessoas que lhe pertença
patrocinar ou representar. Da competência
2. O juiz, no caso de condenação e embora isso
não lhe tenha sido requerido, arbitrará a indemniza- Art. 187." Compete aos tribunais do trabalho co-
çáo que corresponder, nos termoe dos preceitos apli- nhecer e julgar em matéria penal:
cáveis, ao direito violado. a) As transgressões de normas legais e convencio-
3. O juiz conhecer& da indemnização, quando pe- nais reguladoras das relações de trabalho;
dida, embora o réu seja absolvido da infracção de b) As transgressões de normas legais ou regula-
que é acusado. mentares sobre encerramento dos estabelecimentos
Art. 183.0A acusação penal interrompe a pres- comerciais ou industriais. ainda que sem pessoal ao
crição de obrigações pecuniárias cujo incumprimento, serviço ;
por parte do arguido, constitua a infracção que for C ) As transgressões de normas legais ou regula-
mentares sobre higiene, salubridade e condições de
-
objecto da acusação.
h*. 184.0 1. Sempre que haja lugar à aplicação
de multas por infracçóes constituidas pela fklta de
segurança dos locais de trabalho;
d ) As transgressões de preceito6 legais reiatfvos
w p r i t n e n t o de obrigaç&e pecunihrias, o argufdo a acidentes de trabalho e doenças pmfissionais;
-

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18 DE AG08TO D& 1070 22

e) As transgressões de disposições legais ou regu- Art. 192." - 1. Os depoimentos prestados em au-


Lamentares mferentes a instituições de previdhcia; diencia não serão reduzidos a escrito.
f ) As transgressões de disposições legais ou regu- 2. Quando as partes não tiverem prescindido de
lamentares de natureza corporativa, quer também de recurso, serão indicados na sentença os factos con-
carácter social, quer económico, salvo n a parte que siderados provados.
envolvam responsabilidade disciplinar da competên- Art. 193.O As multas relativas A6 transgressóea
aia de outras entidades; referidas nas aiíneaa e), f) e g) do artigo 187." não
g) Aa demais infracções cujo conhecimento Ihes são convertíveis em prisão, salvo se lei especial o
seja atribuído por lei especial. determinar.
Art. 194." Além dos casos previstos nos artigw
T1TULO III 555.O do Código de Processo Penal e 47." do Decretw
Lei n." 35 007,de 13 de Outubro de 1945,é. admim,-
DO processo vel recurso de decisões posteriores A sentença.
CAPITULO I
LIVRO I11
Da distribuição
Da fixação de interpretações
Art. 188.0Para efeitos de distribuição, As espécies
de natureza cível previstas no artigo 29." acrescem, Art. 195.0 - 1. Verifica-se conflito de jurispm-
em matéria penal, as seguintes: dencia para os efeitos deste livro quando uma de-
cisão definitiva do Conselho Ultramarino ou dos
13.' Autos ou pallicipações de transgressão Tribunais Administrativos de Angola e de MoCam-
de legais Ou convencionais bique contenha solução oposta, relativamente A mes-
das relações de trabalho; ma questão fundamental de direito, A de outra deci-
14: Autos ou participações de transgressão são proferida nos últimos tres anos e no dominio ds
de legais Ou 'Obre
mesma legislação pelo tribunal de que se recorre ou
ramento dos estabelecimentos industriais ou co- de hierarquia superior.
merciais ; por
2. A resolução deste conflito é. da competgncia da
15.' ~ u t o sou participações de trans~ressão secção do contencioso do Conselho Ultramarino.
das legais Ou 'Obre hi- 3. Para os efeitos do número anterior, os agentes
giene, salubridade e condições de segurança dos do Ministério Público junto dos tribunais do traba-
locais de trabalho; lho devem comunicar ao agente do Ministério Pliblico
16." Autos ou participações de transgressão junto da secção do contencioso do Conselho Ultrama-
das disposições respeitantes a acidentes de rino as decisões de que tenham co&e-
balho e doenças profissionais; cimento.
17.' Autos ou participações de transgressão 196.0 O recunio para fixacão de interpreta.
daa disposições referentes a instituições de pre- os previstos no Regimento do Con-
videncia ; selho Ultramarino.
18." Autos ou participações de transgressão A&. 197.0A decisão proferida nesteprooedimento
As leis e regulamentos corporativos; será imediatamente publicada nos Boletina Oficiaia
Autos Ou não previstos nos das províncias ultramarinas e nos Boletim dos ins-
números anteriores. titutos do trabalho, previdencia e acção social e a
CAP~TULO I1 sua doutrina terá força obrigatória geral.
Da Instrnçiio e juig&mento Ministério do Ultramar, 2 de Fevereiro de 1970.
O Ministro do Ultramar, Joaquim Mmeim da BiZva
-
Art. 189.0 Nos autos de noticia levantados pela Cunha.
Inspecção do Trabalho ou outras autoridades e nas
participações a eles legalmente equiparadas é dis- Para ser publlcada nos aBoleMua 0pini.w de toda8 ai
pensada a indicação de testemunhas. provlncias ultramarinas - J. da 8Uua c d a .
Art. 190.0- 1. Sem prejuizo do disposto no ar- . aérie, de a-S-9701
(Diário do Gwsrno n.0 S7, 1
tigo 185.0,não ser&admitido o pagamento de multas
enquanto o arguido não provar a satisfação das obri-
gações correspondentes.
btiuido-se de indemnizações devidas a trabalha- P o r h h n." 88/70
dores, o seu pagamento 86 pode ser feito no processo.
2. Se do processo não constarem ainda os elemen- Considerando o novo texto do CSdigo de Processo
to8 ne~eSSári0üpara determinação do montante da do Trabalho, é conveniente tornar ao ultra-
indemnização devida, deverá ser satisfeito, para os mar o C6digo das Custas Judiciais do Trabalho, apm-
efeitos do n." 1 deste artigo, o que for indicado pelo vnrio pelo Decreto-Lei n." 45 698, de 30 de Abril de
-dor, que para isao aerá ouvido em declarações. 1964.
3. A indicação doloss pelo credor de quantia ex-
cessiva faz caducar o direito A indemnização. Nestes termos:
Art. 191.0 & admitida, em qualquer faee do pro- Ouvido o Conselho Ultramarino;
cesso, a inquirição de testemunhas por carta preca-
Mria desde que se reconheça a sua imperiosa neces- Usando da faculdade conferida pelo n.8 IiI da base
sidade. LXXXIIE da Lei Orgânica do Uitmmr Porhtgda:

.-- .-- . -- - - ---- - -


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P1
- 8.' SUPLBMENTO AO BOLETIM OFICIAL D A GUINB N . O-$8

Manda o Governo da República Portuguesa, pelo CAPTTULO ii


wniotro do Ultramar, o seguinte:
Vaior dos processos
1." & tomado extensivo a todas as provincias ul-
tramarinas, com alterações e exceptuadas as parte@ Art. 4.0 - 1. A determinação do valor dos pr-
JV a VI, O Código das Custas Judiciais do Trabalho sos para efeitos de custas faz-ae de harmonia com 8
aprovado pelo Decreto-Lei n." 45 698, de 30 de ~ b r i i preceituado no Código das Custas Judiciais, com
de 1964. ressalva do que no artigo 118.0 do Código de Pro-
2.0 Em tudo o que nele se não prevê e não seja in cesso do Trabalho se estabelece quanto ao valor doi
compativel com as suas disposições, aplicar-se-&sub- emergentes de acidente de trabalho e doença profis-
aidiãriamente o Wdigo- das Custas Judiciais do U1- sional.
tramar. 2. As acções e recursos a que se referem as sec-
3." Entrar&em vigor no dia 1 de Setembro de 1970 ções I, 11, 111 e IV do capitulo I1 do titulo VI do C6-
e a sua redacção, com as alterações referidas no n." 1." digo de Processo do Trabalho consideram-se sempre
desta portaria incluidas no próprio texto, é a se- de valor igual B alçada do tribunal do trabalho.
guinte:
C6DIGO DAS CUSTAS JUDICIAIS M) TRABALHO
Imposto de justiça
PARTE I
Custa do processo civil
Imposto de justiça nos traunais arbltrais
Disposições gerais Art. 6.0O imposto de justiça nos processos pe-
rante oe tribunais arbitrais é iguai ao fixado no ar-
tigo seguinte, salvo se, como tribunal arbitral, fun-
Artigo 1.0- 1. Os processos civeis, salvo os ex- cioxiar alguma comissão corporativa, nos termos do
cepcionalmente isentos por lei, estão sujeitos a custas. artigo 15.0do Código de Processo do Trabalho. Nesse
2. As custas compreendem o imposto de justiça, caso, observar-se-á o que estiver determinado no res-
o imposto do selo e os encargos. pectivo regulamento.
3. As custas não podem ser objecto de transacção
diversa da realizada acerca do pedido e, em caso de
desist€ncia, depois de contestada a acção, são devidas
na proporção de metade por ambas as partes. Imposto de justica nos tribunais municipais e de CaniaKa
Art. 2." São isentos de custas nos processos em
que i n t e ~ e n h a mou sejam parte: Art. 6.0- 1. As taxas do imposto de justiça apli-
c&veis nos processos civeis, incluindo os recuraos
a) As entidades referidas no artigo :2 do C6- de revisão e de oposição de terceiro, são os seguintes:
digo das Custas Judiciais;
b ) Os sinistrados, os portadores de doença pro- A ) Nos tribunais municipais de 2.' classe:
fissional e os seus beneficikrios legais, no$
termos das leis do trabalho, quando se Uma quantia única, fixada a final, se-
proponham fazer valer ou manter direitos gundo o prudente arbitrio do juiz, en-
derivados do acidente ou da doença; tre 100$ e 600$, de acordo com a im-
C) O8 trabalhadores rurais referidos no artigo
porthcia e complexidade da causa e o
comportamento durante ela do respon-
3.0 do C6digo do Trabalho Rural; s4vel;
d ) As instituições de previdência compreendidas
na base iii da Lei n." 2115,de 18 de Junho B ) Noa tribunais municipais de :1 classe e no8
de 1967, suas uniões, federações ou insti- de comarca :
tutos e as caixas de abono de familia;
Acções de valor at6 1000$ -10 por cento;
e ) O Fundo de Acção Social do Trabalho; Sobre o acrescido e atb 50 000s - 8 por
f) As ordens e suas delegações, os sindicatos cento;
nacionais, s u a s secções, federações e
uniões;
Sobre o acrescido e atd 100 000$
cento;
-
6 por
g ) Quais uer outras entidades por lei especial- Sobre o acrescido e al6m de 100 000s - as
't,
men isentas. taxas estabelecidas na alínea B ) do ar-
Art. S.'- 1. Nos processos de liquidaçHo e par-
tilha dos bens das instituições de previdencia e or-
tigo 1 6 . O do Código des Custas Judiciais
do Ultramar.
ganismoe corporativos não haver4 lugar ao paga- 2. As acções com processo sumarissimo enquadr4-
mento de custas, sendo apenas devidos os encargos veis na alínea B ) do número anterior ficam sujeita#
relativo8 B remuneração dos liquidatários ou peritos, da taxari af previstas, reduzidas a metade, e se tive-
ao custo da publicaçHo de anilncios, despesas com rem teminado antes do julgsmento, reduzidas a '/,.
e m a i a r t e i e g r ~ ae verbete estatistico. Ad. 7.0 O imposto de justiça, aalvo o que no BF
R. Oa encsrffari referido8 ho ndmero anterior sertio tigo precedente se dispõe quanto ao processo numa-
nuportados pelo patrim6nio liquidando. rfssimo, 6 reduzido:
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13 DE AGOSTO DE 1970 , -

a) A nas acções que terminem antes de pro- 80s indicados no artigo 116."0 Código de
ferido despacho que ordene a citação do Processo do Trabalho;
r6u ; b ) Nas acções destinadas à efectivação dos di-
b ) A metade, nas acções que terminem depois reitos de terceiros conexos com acidentes
do despacho que ordene a citação do réu, de trabalho ou doenças profissionais aerá
mas antes do despacho saneador, quanto devida a taxa do imposto do artigo 6." com
ao processo ordinário, e antes da designa- incidbncia sobre o valor do pedido;
- -
- de dia oara "iuleamento.
cão no sumário: C ) Nas acções para declaração de extinçáo de
direitos reiultantes de acidentes de traba-
c ) z/r, nas acções que terminem com o despacho
saneador ou depois de este proferido, mas lho ou doença profissional, 150$ a 1100%;
antes de ser designado dia para julgamento, d ) Por cada acordo ou conciliação homologado
no processo ordinário, e até ao dia para na fase conciliatória em que se estabelece
ele designado, no sumário. o direito q e n s õ e s , indemnizações ou de-
mais quant~as que acessòriamente Ihes
Art. 8." - 1. Nas execuções, incluindo as instau- acresçam ou que nos restantes casos ponha
radas por custas e quantias a estas equiparadas em . termo ao processo e, bem assim, se este
terminar por aplicação do disposto no ar-
divida, quer no tribunal do trabalho, quer no tribunal
de recurso, o imposto 6 igual a metade do fixado tigo 113.O do Código de Processo do Tra-
no artigo 6." para as acções do mesmo valor. balho, 75$;
2. Se à execução for deduzida oposição, aplicam-se e ) Na prestação voluntária de cauçâo, incluindo
a todo o processo, incluindo a oposição, as taxas do a tmnsfesncia da responsabilidade para
imposto fixado no artigo 6.' entidade seguradora, depois de definida
3. Quando a oposição se não refira a toda a quan- aquela e no levantamento da mesma, 150%;
tia exequenda, o imposto é calculado, quanto à parte f ) No incidente de revisão de incapacidade, 75$
em relação à qual tenha havido oposição, de harmonia a 450$;
com o preceituado no n." 2, e, segundo o disposto no g ) No incidente de remissão de pensões, 3 por
n." 1. na oarte restante. cento do capital remido.
A&. 9.; Nas vendas judiciais, adjudicações e re-
mições de bens imobiliários e mobiliários, observar- 2. Ao imposto referido nas alíneas a ) e b ) do n." 1
-se-á o disposto, respectivamente, nos artigos 26." e é aplicável o preceituado no artigo 7O .
27." do Código das Custas Judiciais do Ultramar, 3. Nos incidentes de remissão, quando esta for
mas o imposto, quanto ao primeiro, é calculado de obrigatória ou requerida pelo responsável e não hou-
harmonia com as taxas do artigo 6." do presente di- ver acordo da parte contrária, ou ainda quando nHo
ploma. for autorizada, o imposto não será superior a 50%.
Art. 10." - 1. Nos depósitos e levantamentos de 4. O imposto, nos casos previstos nas alíneas a ) ,
valor superior a 200$, efectuados em processos de C ) , d ) , e ) , f ) e g) , é sempre devido pela entidade res-
qualquer natureza e salvo o que na alínea e) do ar- ponsável, salvo se, tendo a remissão ou revisão sido
tigo 15." deste diploma se dispõe, o imposto será igual requerida iinicamente pelo pensionista, aquela for
a I/, do correspondente &a acções do mesmo valor; julgada inadmissível e esta lhe for desfavor&vel.
nos de quantias inferiores a 200$, porém, apenas são 5. Se ao autor for reconhecido o direito a pendo
devidos os selos e encargos. ou indemnização diferente da tomada em considera-
2. As custas referidas no número precedente não ção na fixação do valor da causa, será este, para
podem em qualquer caso exceder 15 por cento das efeito de custas, rectificado após a decisão daquela
quantias a levantar ou a depositar. e segundo os seus elementos, para, de harmonia com
Art. 11." Nas reclamações de decisões disciplina- ele, ser calculado o imposto de justiça.
res a que se referem os artigos 161." e seguintes do Art. 16." 1. As entidades legalmente obrigadas
(%digo de Processo do Trabalho, o imposto é fixado a participar as acidentes ou doenças profisaionaia
pelo tribunal entre 100$ e 2000$. cujo risco corra de sua conta pagarão, quando não
Art. 12.O O imposto de justiça, nas acções previs- estejam isentas de custas, a taxa de 1% por cada
tas no artigo 154." do Código de Processo do Traba participação de acidente de trabalho ou de doença
lho que sigam os termos de processo comum, é cal- profissional incluída nos mapas de acidentes ou doen-
culado de harmonia com as taxas do artigo 6.0 ças profissionais participados.
Art. 13." Nas acções destinadas a convocação de 2. O pagamento é feito por estampilhas fiscais
assembleias gerais ou de órgãos equivalentes, o im- apostas e inutilizadas no exemplar dos mapas desti-
posto de justiça é fixado entre 100$ e 1000$. nados ao tribunal, sem o que eles não serão recebidos.
Art. 14.O Nas acções de irnpugnação de delibera- Art. 17.O O imposto de justiça devido nos proces-
ções de assembleias gerais ou de órgãos equivalentes, sos especiais não expressamente previstos neste di-
aplica-se o imposto de justiça de 200$ a 3000$. ploma será de '/. do correspondente a uma acção do
Art. 15."- 1. Nos processos emergentes de aci-
dente de trabalho ou doença profissional, são devidas
mesmo valor.
Art. 18." - 1. Em qualquer recurso ordinhrio que
as seguintes taxas de imposto de justiça: não chegue a subir ao tribunal superior, nos actos e
incidentes processados por apenso e nos que tiverem
a ) Nas acções destinadas & efectivação dos di- lugar antes de iniciado ou depois de findo o processo
reitos dos sinistrados, dos doentes ou dos a que digam respeito, nos de falsidade, habilitaç$o
beneficiários legais nos termos das leis do e liquidação, quer instaurados na pendhcia da ac-
trabalho, as fixadas no artigo 6.0 incidindo ção, quer posteriormente, o imposto de justiça 6 igual
sobre o valor do processo e acrescidas da a '/, do devido a final no processo, sem prejuízo do
taxa de 10 por cento por cada um dos apen- disposto no artigo 25.0
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AMENTO AO BOLETIM OFICIAL DA GUINd N.O 38


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2. O imposto referido no número anterior é redu- 2. Nas cartas rogatórias recebidas para a s dili-
sido a 4/8 quanto aos actos ou incidentes se findarem gências indicadas no número anterior observar-se-&
antes do seu termo normal e pode quanto a eles ser o regime de reciprocidade, e se, no pais de origem, a s
elevado até metade do devido numa acção de igual rogatórias recebidas de Portugal estiverem sujeitas a
valor, se a sua complexidade o justificar. custas, pagarão imposto a fixar entre 100% e IMO$.
Art. 19." Não são, em regra, passíveis de imposto 3. Nas cartas recebidas para citações, notificações
de justiça os actos ou incidentes não abrangidos pelo ou afixações de editais, apenas são devidos os en-
artigo anterior e não previstos neste diploma, mas o cargos, ressalvando, porém, o regime de reciprocidade
tribunal pode tributá-los a titulo excepcional, aten- quanto & sua isenção.
dendo ao carácter anómalo que apresentem e aos Art. 24."- 1. São isentos de imposto os adiamen-
princípios que regem a condenação em custas, dentro, tos ordenados por motivos respeitantes ao próprio
todavia, dos limites referidos naquela disposição. tribunal, devendo, porém, os motivos constar espe-
Art. 20." No processo de excepção de incompetên- cificada e claramente da acta, auto ou termo.
cia relativa observar-se-á, quanto ao imposto de jus- 2. Nos outros adiamentos é devido l/s do imposto
tiça, o seguinte: aplicável a final no processo, que ficará a cargo da
parte que o tenha requerido, daquela em relação &
q) Se a excepção improceder, o réu paga o que qual ocorra o facto que determine o adiamento ou
for fixado entre I / , , e 1/4 do correspondente da que dê motivo a que a parte contrária o requeira
ao processo em que for deduzida; ou ainda da que assuma posição que implique a
b ) Se a excepção proceder, não h& lugar a im- determinação do adiamento pelo tribunal.
posto, salvo na hipótese do artigo 113.0do 3. O imposto é logo liquidado e pago pelo respon-
Código de Processo Civil, em que é devido sável no prazo de cinco dias, sob pena de imediata
o máximo do imposto indicado na allnea
anterior. execução.
4. O imposto devido pelos adiamentos ocorridos no
Art. 21.0Nenhum imposto é devido pelo requeri- tribunal deprecado, em cuja fixação se observará o
mento de prossecução de processo parado mais de preceituado no n." 2, é liquidado e pago no tribunal
dois meses por culpa das partes e por tal motivo con- deprecante, nos termos do número anterior, logo que
tado; mas o processo não poder6 prosseguir sem que a deprecada seja junta ao processo.
sejam pagas a s custas contadas, que, todavia, serão Art. 25." - 1. O imposto de justiça. salvo o que
levadas em consideração na conta final do processo. no n.O 2 se dispõe, não pode ser inferior Bs seguintes
Art. 22."- 1. Nas cartas precatórias e comunica- importâncias :
ções equivalentes expedidas para diligências que não a) Em qualquer processo - 75$;
sejam simples citações, notificações ou afixações de b ) Nas cartas precatórias ou comunicações equi-
editais, observar-se-á, quanto a imposto de justiça, valentes abrangidas pelo artigo 22."- 45$.
o seguinte :
2. Nas acções com processo comum que sigam a
I ) Quando cumpridas pelos tribunais de traba- forma sumaríssima, nos incidentes de remissão obri-
lho, não é devido imposto; gatória de pensões e nas vendas, arrematações ou
II) Quando dirigidas aos tribunais comuns, o remissões de bens, o imposto de justiça, devido no
imposto variará, conforme a extensão do tribunal não pode ser inferior a 30$.
serviço efectuado, entre % e I/,, do devido Art. 26." Atendendo ao grau de capacidade econó-
a final no processo. mica do responsável pelas custas, ao seu comporta-
mento no processo, & especial complexidade deste e &
Porém, se: proporção entre o valor do pedido e o da procedem
a) A diligência não chegar a realizar-se; cia, pode o imposto de justiça, ressalvados os mini-
b A carta ou comunicacão -
. não puder ser cum- mos fixados no artigo anterior, ser reduzido até M)
prida; ou por cento ou elevado at6 ao dobro do que normal-
c ,) Tiver emanado de accão sumaríssima de va-
-
mente corresponde ao processo, acto ou incidente,
lor não superior a i000$ e seus incidentes, podendo ainda o juiz, a requerimento do autor, isentá-
de processos emergentes de acidente de -10 do imposto de justiça sempre que tenha obtido
trabalho ou doença profissional, na fase vencimento, pelo menos, em metade do pedido.
conciliatória, ou de incidentes de remissão Art. 27." - 1. As custas, nas acções declarativas
obrigatória de pensões, não há lugar a im- ou executivas, nos processos especiais e nos inci-
posto de justiça. dentes, não podem exceder 75 por cento do respec-
tivo valor, fazendo-se o rateio, nos termos gerais,
2. Quando, sendo devido imposto, este não tenha sempre que o exceda.
sido fixado no tribunal deprecado, será o mesmo cal- 2. O disposto no número anterior não tem aplica-
culado pelo mínimo. ção &S execuções de valor não superior a 3000$.
Art. 23."-1. As cartas rogatórias expedidas para
diligências que não sejam simples citações, notifi-
caçóes ou afixações de editais, não estão sujeitas a Imposto de Justlça nos trlbunals de recurso
imposto de justiça, mas, se forem requeridas por
quem não esteja isento de custas, não serão passadas Art. 28." - 1. Nos tribunais de recurso do con-
aem que geja feito dep6sito da importilncia necessária tencioso do trabalho e previd8ncia social é aplicável
h sua tradução, quando exigida, e do custo provável a tabela das custas do Conselho Ultramarino.
do seu cumprimento no pais de destino, segundo a 2. Na subsecção da secção do contencioso do Con-
informação prèviamente obtida da respectiva repre- selho Ultramarino e nos tribunais administrativos
sentação diplomática em Portugal. das provinciaa de governo-geral, se o recurso nBo
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