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MINISTÉRIO DA PREVJD~Nr:IA SOCIA~
SECRETARIA DE PREVtOENC14 COMPLEMENTAR
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COORDENAÇÃO TÉCNICO-ADMINISTRA 'TlVA

FAX: (061) 224-6280 f 2:2a~6799


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Esplanada dos Ministériol Bloco"F" . Sala 640 BRAStUA/DF
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Telefones: (61) 317-5284/311-504(j /317-5095

DESTINATÁRIO:

NÚMERO DO FAX: -3. ~.t - 9b 5:' . DATA: J </ /.f2.2-Jaws-

NÚM:ERO DE PÁGINAS. INCLUSIVE ESTA:-el.ól. NÚMERO DO DOCUMENTO: 62:

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Pat'et;er n° 02l200S/DA1URISPC
Data do Pa~er: 23 de fevereiro de 2005
Assunto: Regime jurídico de previdência complc:rnentar das entidades que
compõem o chamado Sistema "8"

ENTIDADES FECHADAS DE PREVIDÊNCIA COMPLE"MENTAR


ADJ\.1D'nSTRAÇÃO DE PLANOS DE BENEfíaos
PATROCINADOS PELAS ENTI}2.APES QUE COMPÕEM O
CHAMADO SISTEMA "S" LSUBMISSÃO AO LIMITE
CONSTITUCIONAL DE PARIDADE CONTR1BUTIVA(ART. 202,
§ )° DA CONSTITUIÇÃO), EM QlJE PESE A INQUESTlONÁVEL
PERSONALIDADE ruRÍDlCA DE DIREITO PRIVADO DOS
PATROCINADORES, DIANTE DA CONCORRÊNCIA, PARA O
FINANCIAMENTO DESTES PATROCINADORES. DE RECEtTAS
TRIBUfÁRIAS ADV1NDAS DE CONTRIBUIÇÕES PREVISTAS
NO ART. 149 DA CONSTITUIÇÃO C01\liPATIB1LIDADECOM A
FINALIDADE DE CONTROLE DE RECURSOS PÚBLICOS QUE
PRESIDE A REGRA CONSTITUCIONAL EXAMINADA.

Seohor Diretor,

o Departamento de Fis(:atizaçAo.por meio da ConsuJta Técnica n°


OJ/SPC/CGT/SP)de 2 de agooto de 2004, efetua consultHa este Departamento de Análise e
Orientação Jurid,c~ acett:&do regime ,juridíco aplicável em relação às entidades que
integmm o denominado "Sistema S".

2. Na Consulta Tecníc3 supramencionada.,noticia-se o posi~iOftamento


do T...bunal de COlltu da União quanto à apli~8bilidade do ar1igo 202, § 3" da
Constítuiçio Federal em fa~e dos sen-iço5 sociais aut6oomos, estabelecendo que estas
entidades dn-em observar a regna da p.ridnde entre as contribuiç6es da
patrocinado... e dos participantes.

3. O Tribunal de Contas da.União -TeU, no Acórdão n° 559/2003 dft28


Câmara, cujo conteúdo deu origem à consHJtado DEFIS, assim fuodamenta a aplicação do
limite de paridade em rela.yãoàs entídades do "Sistema S'"

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".""'RNClA SOCIAL
MINI5"ltRI;:J I)f< PRE\I\D~''I<.lA 50CIAL

18.33% a partir de fevereiro de 1997 (fls. 20 a 23 - Volume 11),


percentJ.a/. sQbre o qual será calculado ()montante da contribuição,
~sr.a/PQr 5f.1avez, depende da 1ftovimemaçLfo mensal de pe~sQal da
pan-ocinadora (admissões, desligamentos, adesões, aposentadorias,
ete).

OCQrt'€ qUR.o (:USto do participap10 do SENAl em 1996 e/eVQfI~Se


consideravelmente em der:n,.~nda tantQ do.., reajustc$ salariais
concf.!didos no primeirQ semestre, o que acarretou elevação no valor
dos benitficiO.'~ concedidos e, conseqüenreJnente, um aumento na
contribuição do SENAJ, como também devido ao incentivo às
aposemQdorias informalmente implantado no SENAl.

o DecretQ 93.597/86, alzerado pelo Decreto 94.648/87, estabelece


nQal1. 3°:

Arf. 3 .. No criaçãQ dI! novas entidades fichadas de previdénda


privada, a partici}KJçl1o de pe.';soajuridica patrocinadora referida
no A.n. 1 nOo será superior a 2/3 (dois terços) dQ C&l.ftQ total dQS
plano$ de beneficios, nem a 7% ($e~ por cento) dajQlha de $Qlárlo
de rodos os empregados da empresa patrocinadora. '

Dessa forma. deve j'er promovida a audiénciQ do responsável pela


participação do SENAl, como potroánador da Prrnndus, em
percentuai$ $uperlore.'f aos estabelecido.~ "o art 3Q do Decreto
93.597/86, all~rado pelr;JDecreto 94,648/87.

s. DenU'o desta mesma linha, o Tribunal de ContaS da União assím se


manifestou no Acóro50 n° 62/2001, proferido em Sessão Plenária, e, mais recentemente - e
com InIlJor precisão, çomo se podeni observar -, no Acórdão 237V2003, da Primel1"a
Câmara, tendo gído relatar o Ministro Lincoln Magalhães da Rocha:

Acórdlõ n° 621200}:

...c) Observar. por analogia do ar!. )<>do Decreto ", 93.597/86,


alterado pe/() Decreto n. 94.648/87, os limites máximos vigentes na
administração pública federal no tocante à contribuição do Órgão
para a Pl'evisc - Sociedade de PNn.;dência CQmplementar da
Sistema Federação das Indústrias do I:~tado de Sema Catanna, de
7% sobl'e a folha de pagamento, O". a relaçãQ de :2/1
(SesclEmpregados) - TC OQ7.342/1999-3 - volume prlncipal- fls.
355/356 - !/Ubitern4.2.}.
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6OC'UU.
SOCIo'IL

(..) A Emenda ConsrílUdona/"Q 20/1998 introduziu dísciplinamento


que fira, de f()rma objetiva, oS limite$ de repasse para as entidades
fechadas de pre\1.dirlcia privada, esrendendo sua aplicabilidade à,ç
empresas privadas permissionárlas oU concessionárias de serviços
púbJicQs-
J8. Cem o advento da Lei Complementar nÓ108/01, disciplínando as
math'ias a que Se referem os §§ 3~ 40, 50 e 60do mencionado artigo
202, tnquestiQnavelmente os serviços sociais Q",IJnomos, como
pessoas juridiças de direito privado pre$tadQras de serviço pÚblico,
estão sob a égide dos citados dispositivos legais, e portanto,
obrigados a adequar as suas comribu;ç8cs às enridcuJes de
previdência pt'ivada aos limites de paridade fixados. "

4. De referido ac6fdão cC)nsu, o posicionamento que o Tribunal de


Contas da.União já possuía em relação à matéria, antes do advento da u,Í Complementar n°
108, de 2001, pelo meio do quat a Corte de Contas determinava às entidades do Sistema
"S" a observância dos limites impostos pelo Decreto n" 93 597, de ] 986, diploma que
di$punha sobre as oontribuições para fonnação e manutenção das entidades fechadas de
previdência privada feitas pelas autarquias, empresas públicas, sociedades de economia
mista e fundações sob supervisio ministerial. Sob este diapasão, há que se conf~rir o teo{
da decís.ão Do386/2000, proferida peta Segunda Câmam do Tribunal de Contas ch\União:

i)previndus - Ass()(:iação de Previdbtcia Complementar, é uma


entidade fechada de Previdência Privada, estabelecida sob a forma
ele asstX,.1uyau ,.-tvil, ~'t!mflns lur.:rutlvus, ç(J~'ltmldu ~Ju F~ât!raçaQ
das Indústrias do F.$tado do Rio de Janeiro, pelo Serviço Nacional
de Aprendi:agem Industrial ~Departame"'o Regional do Estado do
Rio de Janetro, peJo Serviço Social dt:~Indústria ~Deparlam€nto
Regional do Estado do Río de Janeiro, peJo Sebrae- ServiçQ de
Apoio a.JMicro e Pequena.f Empresas do Estado do Rio de Janeiro,
além da própria Pl'evindus, conforme enunciado no artigo pri",ei,.o
do e,çtatutt) da Entidade.

Medianre Contrato de Ade$ão Firmado em outubro de 1994. o


SENAl passou a mtegrar a Previndu.f na condiçãQ de patr()Cinadora.

o Plano de Custeio da PrevíndU$, cuja participaçdo de cada


patrQcinadoraé aprovada pelo Conselho de Adminisrraçãoda
Entidade, teve o percentual aplicadQ .'robre os salários de

participaçãodO$."'pregado5participantesOltelUd: 8,26%Ã
#- 22/ 23
3-02;12:21

CTt.\!SPC PACiE 21
, (13/14/2005 1'3:B1 51224lS7'39

""..".NCIA SOt:IAL
MINISi"fRl0 DA t'Rf,\I1D~,\J(1A S(X\.&.t

públicos' (como é o caso justamente da regra c:om1itucional de paridade, como já se


destaco..).

59. Sob este tema. convém mais uma vez ilustrar esta análise com os
ensinamentos da Professora Maria Sylvía. que de maneira precisa Situa o serviço social
autônomo na condição de enbdade pública! I:

i/Outros. também te6ricQs da Rt!forma dQ Estado, sem descartar a


erpressãQ lerçf!iro se fOr. incluem tais e"tidadn entr~ 11.5 púbUcas
n4() estala;',' entende-se que públic:as, porque prestam Dt'i'vidadede
intere$se pÚblico; é ndQ C$tatais, porque não imegram a
Administração Pública, lhreta ou indí1"t:ta.(.)

Talvez por iS50 essas entidades nllo sejam cQnsideradas integrantes


da Administraçiio Indireta. No entanto, pelo flllo de 4dmilllstruem
verbtl$ deco"emes de COfItrlbuíções parafl$Ctlú e gOZArem de UM4
sérli! de priviUgW$ próprios dos ent~ púb~, esMo sujeit4s a
IU)ntUU sDnl!lhantes ;U da AdltlÚfl$trllç6Q Príblil::4, sob vários
aspeClos, em especial no qUé? di:: respeito à observlincia dos
principiQ$ da IicilDção, à exigêncja de prvcesso seletivo para
selt;!ção de pess(){1/, à pl'esração de contas, à equiparaçãQ dos SellS
empregados OQSservidQres públicos para fin.s criminais (arf. 317 do
Código Pena~) e:paro fim; de impY'Qbidadeadministrativa (Lei n"
8.429, de 2-6-92). 'I

60. Desta maneÍJae com base nos fundamentos acima expostos>conclui-


se que a$ entidade6 do "Sistema S" devem ser enquadradas. ao menospara fins exch4Sivo$
de aplicação dQma~ria aqui debatida,.no conceito de "outras entidades públicas" previsto
no artigo 202. § 30da Constituição Federal.

6J. Portanto, levando-se em conta uma interpretayão sistemátic:a das


nonnas do regime juridico administrativo aplicáveis em face do serviço social autônomo,
cujo fundamento pata a aplicação destas normas é basicamente o furode o "Sístema S" SOl:
mantido, em grande parte, diretamente por recUr50S públicos, quais sejam, tributos
an-ecadados especificamente para o custeio dos serviços prestados pelas entidades que
compõem este sistema. as referidas entidades, quando na oondíção de patJocinadoras de
entidades fechadas de previdência complementar, estio obrigadas a ob.ervar a regra de

" Ob. Cit., p. 414 e416.

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paridade estabel~jda ..o arti:o 202, § 3(1da Constituiçio Fedenl e no artigo 6°, § 1°
da Lei Complemeotar n° 108, de 29 de Maio de 2001.

62. Ante o expostO, utificamos o entendimento pootua. deste


Departamento, constante da .AnáliseJuridica nl>350/2003/DAJURlSPC, no sentido de
que as entidades do "Sistema S" dtWerão 8e sujeitar ao limite de paridade, observando
apeJ'iàsque tal oonclusão decorreria não especificamente do fato de deverem tais entídades
ser equipa.radasa empresas concessionárias ou pennissionárias de serviços públicos, tT1as
sim diretamente em função da extensão, pelo art 202, § 3° da Con~tituição,daquele limite
de parida.d~a "outras entidades pi#bT;ca,'F"diversas daquela que integram a administração
pública direta ou indireta.

63 Por conseqüência, e diante do que dispõe o artigo 'r, X:W,da Lei n°


9.784, de 1999, as enridades deverào rever os respectivos planos de custeio. -' .

64. À consideração superior para apreciação e, no caso de aprovação do


presente parecer, encaminhamento ao Exmo Sr. Secr~e Previdência Complementar
pal3. ulterior aprovação.

ce
Uralror Feder.d
Assessor Jurídico

De acordo.
Ao Exmo. Sr. Secretário de Previdência CompJ

Diretor d

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