Você está na página 1de 6

Fundação Centro de Ciências e Educação Superior a Distância do Estado do Rio de Janeiro

Centro de Educação Superior a Distância do Estado do Rio de Janeiro

Cálculo IV – AD1 – Tutor


ZZ √
Questão 1 [2,5 pts]: Calcule sen y 3 dxdy onde D é a região limitada por y = x, y = 2
D
e x = 0.

Solução: O esboço da região D está representado na figura a seguir.

2
D

4 x

Observemos que D é do tipo I e, também, do tipo II.

y y
sai em y = 2

2 2
D
D

entra em y = x sai em x = y 2
entra em x = 0
4 x 4 x


Descrevendo D como uma região do tipo I, temos as seguintes desigualdades D : √0 ≤ x ≤ 4 .
x≤y≤2
Logo: Z 4Z
ZZ 2
3
sen y dxdy = √
sen y 3 dydx .
D 0 x
Z
Como a função sen y 3 dy não é elementar então não conseguiremos calcular a integral nessa ordem.

0≤y≤2
Portanto, devemos descrever a região D como tipo II D : . Logo:
0 ≤ x ≤ y2
ZZ Z 2Z y2 Z 2 Z 2
3 3 3 2 1
sen y 3 3y 2 dy =

sen y dxdy = sen y dxdy = sen y · y dy =
D 0 0 0 3 0
i2
1 1
h
= − cos y 3 = (1 − cos 8) .
3 0 3
Cálculo IV AD1 – Tutor 2

Questão 2 [2,5 pts]:

a) Mostre que se D for a região triangular com vértices (0, 0), (1, 0) e (0, 1) então
ZZ Z 1
f (x + y) dA = uf (u) du .
D 0

b) Use o resultado do item (a) para calcular a integral


ZZ
ex+y dA .
D

Solução:
 x = u+v


u=x+y 2
a) Consideremos a seguinte mudança de variáveis ou cujo determinante
v =x−y  y = u−v
2
jacobiano é
∂x ∂x 1 1
∂(x, y) ∂u ∂v 2 2

1 1 1
J= = = =− − =−

∂(u, v) ∂y ∂y 1 1 4 4 2


2 2

∂u ∂v
donde
1
dA = |J| dudv = dudv .
2
O esboço da região D está representado na figura que se segue.

1
x+y =1

x=0

1 x
y=0

Para encontrar Duv notamos que as retas x + y = 1, x = 0 e y = 0 são levadas nas retas u = 1,
u = y e v = −y donde u = −v, u = x e v = y donde u = v, respectivamente. Então, o esboço da
região Duv está representado na figura que se segue.

Fundação CECIERJ Consórcio CEDERJ


Cálculo IV AD1 – Tutor 3

sai em v = u

Duv

1 u

entra em v = −u


0≤u≤1
Temos as desigualdades Duv : . Assim, pelo teorema da mudança de variáveis temos:
−u ≤ v ≤ u
ZZ ZZ Z 1Z u
1 1
f (x + y) dA = f (u) dudv = f (u) dvdu =
D Duv 2 2 0 −u
Z 1 Z 1 Z 1
1 1
h i
= f (u) u − (−u) du = f (u)2u du = uf (u) du
2 0 2 0 0

como querı́amos provar.

b) Consideremos f (x + y) = ex+y . Então, pelo item (a) temos:


ZZ Z 1 h i1 Z 1
x+y
 1
e dA = ue du = ueu −
u
eu du = (e − 0) − eu 0 = e − (e − 1) = 1 .
D 0 0 0

Questão 3 [2,5 pts]: Se uma lâmina de massa M tem momento de inércia I em relação a uma
reta L, então o raio de giração em relação a L é, por definição, o número d tal que I = M d2 . Esta
fórmula implica que o raio de giração é a distância da reta em que toda a massa se concentraria sem
alterar o momento de inércia da lâmina.

Considerando uma lâmina que tem a forma de um semidisco de raio a e densidade no ponto P
proporcional à distância do ponto ao diâmetro, calcule o raio de giração da lâmina em relação à reta
do diâmetro.

Solução: Escolhemos os eixos coordenados de tal forma que o semidisco seja D : x2 + y 2 ≤ a2 , com
y ≥ 0.

Então a densidade no ponto (x, y) é δ(x, y) = ky, onde k > 0 é uma constante de proporcionalidade.
Assim, a massa M é dada por
ZZ ZZ
M= δ(x, y) dA = k y dA .
D D

Como y = r sen θ e dA = rdrdθ então


ZZ ZZ
M =k r sen θ · r drdθ = k r2 sen θ drdθ
Drθ Drθ

Fundação CECIERJ Consórcio CEDERJ


Cálculo IV AD1 – Tutor 4

−a a x


0≤r≤a
onde Drθ : . Logo:
0≤θ≤π
Z π Z a Z π h 3 ia iπ
r ka3 2ka3
h
2
M =k sen θ r drdθ = k sen θ dθ = − cos θ = .
0 0 0 3 0 3 0 3

Como a reta do diâmetro é o eixo x, temos:


ZZ ZZ ZZ
2 3
I = Ix = y δ(x, y) dA = k y dA = k r3 sen3 θ · r drdθ =
D D Drθ
π a π
cos3 θ π
Z Z Z
ka5 ka5
h i
3 4
1 − cos2 θ sen θ dθ =

=k sen θ r drdθ = − cos θ + =
0 0 5 0 5 3 0

2ka5 1 4ka5
 
= 1− = .
5 3 15

Como I = M d2 então:
4ka5 2ka3 2
= d
15 3

2a2 2 a 10
donde d = ou d = .
5 5

Questão 4 [2,5 pts]: Seja o sólido W limitado pelos planos y = 0, z = 0, y + z = 4 e pelo cilindro
parabólico z = 4 − x2 .

ZZZ
a) Se f é uma função contı́nua, expresse f (x, y, z) dV como integral iterada na ordem
W
dydxdz.

b) Use uma integral tripla para calcular o volume W .

Solução: O esboço de W está representado na figura que se segue.

Fundação CECIERJ Consórcio CEDERJ


Cálculo IV AD1 – Tutor 5

x 4

Para expressar na ordem dydxdz, devemos projetar W sobre o plano xz e descrever a projeção como
região do tipo II.

4
entra em y = 0 z
sai em y = 4 − z z = 4 − x2 ⇒ x2 = 4 − z ⇒
4 √
⇒ x=± 4−z

entra em x = − 4 − z √
W sai em x = 4−z

Dxz

2 −2 2 x
x 4

Descrição de Dxz como região do tipo II

Temos que: (
0≤z≤4
Dxz : √ √ .
− 4−z ≤x≤ 4−z

Fundação CECIERJ Consórcio CEDERJ


Cálculo IV AD1 – Tutor 6

Variação de y em W

Considerando uma reta paralela ao eixo y, orientada como o eixo y, através de W , vemos que ela
entra em W em y = 0 e sai de W√ em y = 4 − z. √ Logo, 0 ≤ y ≤ 4 − z. Assim, as desigualdades
que definem W são 0 ≤ z ≤ 4, − 4 − z ≤ x ≤ 4 − z e 0 ≤ y ≤ 4 − z. Logo:
Z 4Z √
ZZZ 4−z Z 4−z
f (x, y, z) dV = √
f (x, y, z) dydxdz .
W 0 − 4−z 0

b) Temos que:
ZZZ ZZ Z 4−z ZZ
V (W ) = dV = dydxdz = (4 − z) dxdz .
W Dxz 0 Dxz
(
−2 ≤ x ≤ 2
Vamos descrever Dxz como tipo I, isto é, Dxz : . Então:
0 ≤ z ≤ 4 − x2
Z 2 Z 4−x2 Z 2 i4−x2
z2
h
V (W ) = (4 − z) dzdx = 4z − dx =
−2 0 −2 2 0
Z 2  2  Z 2 Z 2
2 4 − x2 32 − 8x2 − 16 + 8x2 − x4 1
16 − x4 dx =
 
= 4 4−x − dx = dx =
−2 2 −2 2 2 −2
5 i2
1 x 2 32 128
h  
= 16x − = 32 − = u.v.
2 5 −2 2 5 5

Fundação CECIERJ Consórcio CEDERJ

Você também pode gostar