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Fundação Centro de Ciências e Educação Superior a Distância do Estado do Rio de Janeiro

Centro de Educação Superior a Distância do Estado do Rio de Janeiro

AP1 – CÁLCULO IV – 2022-1

A T E N Ç Ã O
Neste gabarito, as seis questões foram escolhidas aleatoriamente do banco de questões. As demais
questões são resolvidas de forma análoga.

Questão 1 [1,5 ponto] Calcule a inte- y y = x =⇒ x = y


4
gral
10 D
ZZ
I= (x + 4y)−2 dx dy
D 3
y = x4 =⇒ x = 4y
onde D é a região limitada pelas retas 1
x
y = x, y = , y = 1 e y = 4. 1 4 16 x
4
Fig. 1: Região D, Questão 1.
Solução: A região D está ilustrada na
Fig. 1.
Descrição de D como uma região do tipo II:
D : 1 ≤ y ≤ 4 , y ≤ x ≤ 4y.
Assim,
Z 4" #4y
(x + 4y)−1
Z 4 Z 4y
10 −2 10
I = (x + 4y) dx dy = dy
3 1 y 3 1 −1 y
Z 4h Z 4 
10 −1 −1
i 10 1 1 dy
=− (8y) − (5y) dy = −
3 1 3 1 5 8 y
" #4
10 3 1 1 1 ln 2
= ln y = (ln 4 − ln 1) = ln 4 = ln 22 = .
3 40 1
4 4 4 2
Ou seja,
ln 2
I= .
2

Questão 2 [1,5 ponto] Determine o momento de massa em y


relação ao eixo y da lâmina que tem a forma da região
(  2 ) 1
2 1 1 1 2 2
D = (x, y) ∈ R ; + y ≤ , ≤ x ≤ 1, y ≥ 0
x−
2 4 2 D
52
se sua densidade é dada por δ(x, y) = 2 .
x + y2 1 1 x
2

Solução: O esboço da região D está representado na Fig. 2.


Pede-se calcular ZZ
52x Fig. 2: Região D, Questão 2.
ZZ
My = x δ(x, y) dx dy = 2 2
dx dy.
D D x +y
Passando para coordenadas polares, temos:
Cálculo IV AP1 2

52x 52 r cos θ
• dx dy = r dr dθ = 52 cos θ dr dθ.
x2
+y 2 r2
1 1 1
• x = =⇒ r cos θ = =⇒ r =
2 2 2 cos θ
1 2
 
1
• x− + y 2 = =⇒ x2 + y 2 = x =⇒ r2 = r cos θ =⇒ r = cos θ, para r , 0.
2 4
π 1
• Drθ : 0 ≤ θ ≤ , ≤ r ≤ cos θ.
4 2 cos θ
Logo,
ZZ Z π/4 Z cos θ
My = 52 cos θ dr dθ = 52 cos θ 1
dr dθ
Drθ 0 2 cos θ
Z π/4   Z π/4  
1 2 1
= 52 cos θ cos θ − dθ = 52 cos θ − dθ
0 2 cos θ 0 2
Z π/4   Z π/4
1 1 1
= 52 + cos 2θ − dθ = 26 cos 2θ dθ
0 2 2 2 0
" #π/4
π
= 13 sen 2θ = 13 sen = 13.
0
2
Ou seja,
My = 13.

Questão 3 [1,5 ponto] Seja W um sólido dentro do cilindro z



√ q 2 3
x2 + y 2 = 3, entre o cone z = 2 3 − x2 + y 2 e o plano z = 0.
12z
Ache a sua massa, se a densidade é dada por δ(x, y, z) = .
11
√ q W
Solução: De z = 2 3 − x2 + y 2 e x2 + y 2 = 3, temos
√ √ √
z = 2 3 − 3 = 3. Isto significa que o cilindro intercepta o

cone no plano z = 3, segundo a circunferência x2 + y 2 = 3.
Assim, temos o esboço de W representado na Fig. 3.
Pede-se calcular ZZZ

12
ZZZ
M= δ(x, y, z) dV = z dV . √ 3 y
3
W 11 W x
Em coordenadas cilı́ndricas, temos Fig. 3: Sólido W , Questão 3.
• z dV = z r dr dθ√
dz √
• Wrθz : 0 ≤ r ≤ 3 , 0 ≤ z ≤ 2 3 − r , 0 ≤ θ ≤ 2π.
Logo,
Z √3 Z 2 √3−r Z 2π
12 12
ZZZ
M = z r dr dθ dz = r z dθ dz dr
11 Wrθz √
11 0 0 0
Z √3 " #2 3−r Z √3  √
24π z2 12π 2
= r dr = r 2 3 − r dr
11 0 2 0
11 0
√ √ 3 # √3

"
12π
Z 3   12π 4 3 r r 4
= 12r − 4 3 r2 + r3 dr = 6r2 − +
11 0 11 3 4 0
 
12π 9 12π 33
= 18 − 12 + = · = 9π.
11 4 11 4

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Cálculo IV AP1 3

Ou seja,
M = 9π u.m.

Questão 4 [2,0 pontos] Seja W o sólido limitado pelas superfı́cies x2 +y 2 +z 2 = 3 e x2 +y 2 +z 2 =


2
12, cuja densidade em (x, y, z) é dada por δ(x, y, z) = .
3(x2 + y2 + z 2 )3/2
Calcule o momento de inércia em relação ao eixo z.
Solução: Pede-se calcular
2
ZZZ ZZZ
2 2
Iz = (x + y ) δ(x, y, z) dV = (x2 + y 2 ) dV .
W W 3(x2 + y2 + z 2 )3/2
Em coordenadas esféricas, temos:
2(x2 + y 2 ) 2ρ2 sen2 φ 2 2
• dV = · ρ sen φ dρ dφ dθ = ρ sen3 φ dρ dφ dθ.
3(x2 + y 2 + z 2 )3/2 3(ρ2 )3/2 3
√ √
• Wρφθ : 3 ≤ ρ ≤ 2 3 , 0 ≤ φ ≤ π , 0 ≤ θ ≤ 2π.
Logo,
Z 2 √3 Z π  Z 2π
2 2
ZZZ 
3 2
Iz = ρ sen φ dρ dφ dθ = √ ρ sen φ 1 − cos φ dθ dφ dρ
3 Wρφθ 3 3 0 0
" √
#2 3 " #π
cos3 φ
 
4π 2 2π 1 1
= ρ √
− cos φ + = (12 − 3) 1 − + 1 −
6 3
3 0
3 3 3
 
18π 2 4
= 2− = 6π · = 8π.
3 3 3
Ou seja,
Iz = 8π.

Questão 5 [1,5 ponto] Um fio tem a forma da porção da circunferência C : x2 + y 2 = 18, situada
x y
no segundo quadrante. Calcule a sua massa, sabendo que a densidade em (x, y) é δ(x, y) = + .
2 3
y
Solução: O esboço de C : x2 + y 2 = 18, com x ≤ 0 e y ≥ 0,
está representado na Fig. 4. Uma parametrização de C é dada √
18
por: C
√ √  π
C : ~r(t) = 18 cos t , 18 sen t , ≤ t ≤ π.
2
Temos: 
√ √ 
• ~r 0 (t) = − 18 sen t , 18 cos t
√ √ −

18 x
• k~r 0 (t)k = 18 sen2 t + 18 cos2 t = 18

• ds = k~r 0 (t)k dt = 18 dt Fig. 4: Curva C, Questão 5.
Z
Pede-se calcular M = δ(x, y) ds, onde
C
x y x y −3x + 2y
δ(x, y) = + =− + = , pois x ≤ 0 e y ≥ 0.
2 3 2 3 6
Logo,

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Cálculo IV AP1 4

Z
−3x + 2y 1
Z π  √ √  √
M = ds = −3 18 cos t + 2 18 sen t 18 dt
C 6 6 π/2
" #π
18 π
Z
= (−3 cos t + 2 sen t) dt = 3 − 3 sen t − 2 cos t
6 π/2 π/2

= 3 [(0 + 2) − (−3 − 0)] = 3(2 + 3) = 15.


Ou seja,
M = 15 u.m.

Questão 6 [2,0 pontos] Seja C parte da curva interseção das superfı́cies x2 + y 2 + z 2 = 4a2 e
x2 + y 2 = 3a2 , com a > 0, x ≤ 0, y ≤ 0 e z ≤ 0.
Determine o valor de a de modo que
xyz 1
Z
2
ds = √ .
C a 2 3
Solução: De x2 + y 2 + z 2 = 4a2 e x2 + y 2 = 3a2 , temos z 2 = a2 , donde z = −a pois z ≤ 0 e
a > 0.
Uma parametrização de C é dada por:
√ √  π
~r(t) = 3 a cos t , 3 a sen t , −a , ≤ t ≤ π.
2
Temos: 
√ √ 
• ~r 0 (t) = − 3 a sen t , 3 a cos t , 0
√ √
• k~r 0 (t)k = 3 a2 sen2 t + 3 a2 cos2 t = 3 a

• ds = k~r 0 (t)k dt = 3 a dt
Logo,
Z
xyz 1
Z π √ √ √
2
ds = 2 3 a cos t · 3 a sen t · (−a) 3 a dt
C a a π/2

 √ 3 √
"
sen2 t
Z π
2 2
=− 3 a cos t sen t dt = −3 3 a
π/2 2 π/2
√ √
3 3 a2 3 3 a2
=− (0 − 1) = .
2 2
xyz 1
Z
Como 2
ds = √ , temos:
C a 2 3
√ 2
3 3a 1 1 1 1
= √ =⇒ a2 = √ √ =⇒ a2 = =⇒ a = , pois a > 0.
2 2 3 3 3· 3 9 3
Assim,
1
a= .
3

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