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25 DE AGOSTO - DUQUE DE CAXIAS E O DIA DO SOLDADO

Fonte: Portal Cravo

O Marechal-de-Exército Luiz Alves de Lima e Silva, o Duque


de Caxias, foi consagrado de direito Patrono do Exército
Brasileiro pelo Decreto nº 51929, de 13 de março de 1962. Em sua
homenagem, no dia de seu nascimento (25 de agosto), passou a ser
comemorado o Dia do Soldado.

O Duque de Caxias, patrono do Exército brasileiro, nasceu em


25 de agosto de 1803. Com pouco mais de 20 anos já era capitão e,
aos 40, marechal-de-campo. Entrou para a História como "o
pacificador". Sufocou muitas rebeliões contra o Império. Comandou
as forças brasileiras na Guerra do Paraguai, vencida pela aliança
Brasil-Argentina-Uruguai, em janeiro de 1869. Depois da guerra,
Lima e Silva foi elevado à condição de duque de Caxias — o mais
alto título de nobreza concedido pelo imperador.

Caxias prestou à Pátria mais de 60 anos de excepcionais e


relevantes serviços, como político e administrador de
contingência, como soldado de vocação e tradição a serviço da
Unidade, da Paz Social, da Integridade e da Soberania brasileiras.
Em todas as campanhas em que participou e/ou comandou, o respeito
à dignidade pelo inimigo deveria ser respeitado.

Pela sua capacidade de aglutinação, conseguiu conquistar e


trazer para a política do Império todos os que dela não estivessem
de acordo.

Ínclito cidadão, consagrado modelo de estadista, o eterno


herói da Pátria e ilustre maçom, se estivesse aqui presente,
haveria de querer dirigir-lhes esta mensagem.
Primeiro observaria o trabalho desenvolvido nas oficinas,
constante, intenso, anônimo, de suma importância para a sociedade
brasileira que você representa, e o exaltaria, maçom soldado, como
diversidade integrante e enriquecedora dessa universal sociedade.

Veria em você zeloso dirigente da família verde-oliva - essa


gente servidora e construidora da Pátria - exercido com

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responsabilidade e dignidade, colocando o bem-comum acima de
qualquer interesse pessoal.

Exultaria com o entusiasmo o zelo e a competência que


demonstra na execução de todas as tarefas solidárias com o esforço
nacional, obras essenciais ao progresso e ao crescimento do País.
E, vibrante e contente, exaltaria a mentalidade dos recursos
humanos instruídos, assistidos e empenhados em suas atividades,
na busca da moderna excelência gerencial.

Realçaria a moral e o respeito que alicerçam os


relacionamentos pessoais e institucionais. Incentivaria a
continuada prática das virtudes, a disciplina consciente, o zelo
pela hierarquia, o clima de confiança em seus dirigentes, a
fidelidade, a obediência, nunca servil, e a sadia camaradagem.

Teceria fundadas e positivas observações relativas ao papel


que você desempenha nos contingentes da sociedade, levando ao
mundo inteiro uma real, equilibrada e ponderável contribuição para
a paz.

Relembraria as glórias por ele alcançadas nos campos de


batalha e assinalaria, no presente, as positivas alterações no
quadro organizacional e no incremento da operacionalidade da
Ordem.

Emocionado, reconheceria a convivência amalgamada na


consideração e no respeito, na lealdade para com todos, na coragem
e na bravura. Reconheceria, ainda, expressivas características da
alma brasileira que lhe permitem enfrentar e superar, com
criatividade e otimismo, qualquer desconforto e sacrifício.

Presença Nacional permanente em todos os quadrantes e


fronteiras, demonstraria respeito e confiança na capacidade
decisória e administrativa dos diversos escalões que compõem e dão
consistência a uma prestigiada e atuante cadeia de comando.

Diria para não ficar hipnotizado pelo comodismo, não ceder


às rotinas alienantes, não temer o novo e ser consciente de que

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desafios não surgem ao acaso, porque são colocados, no caminho
vivencial de cada um, com um propósito maior.

O Ex-soberano Marechal Luís Alves de Lima e Silva agradeceria


a você, em nome de todos que o ajudaram, durante a difícil
conjuntura do Brasil no governo da Instituição, no hercúleo
trabalho pacificador de unir diferentes regiões do País, objetivo
alcançado, muitas vezes, sem desembainhar a vitoriosa Espada.

Incentivaria o diálogo franco, a palavra fraterna, os gestos


de equilíbrio e o propósito conciliador da Maçonaria, Instituição
que transmite às gerações que se sucedem valores éticos, morais e
patrióticos conformadores da cidadania.

Pedir-lhe-ia para continuar contribuindo com toda a energia,


do corpo e da alma, para o trabalho que realiza com dedicação e
notória inteligência, tudo fazendo para que a Ordem coesa,
moderna, adestrada e pronta para o combate esteja em
correspondência à estatura e à confiança que em você deposita a
sociedade brasileira.

Irmão Maçom, no instante em que Caxias se despede, leva no


rosto do veterano combatente o olhar brilhando de entusiasmo e o
paternal sorriso de apoio e confiança no seu anônimo trabalho.
Vibra ao vê-lo, invariavelmente, ajudando o irmão necessitado
quando, do "Braço Forte", estende a "Mão Amiga".

Sente-se realizado e feliz em ser o Patrono do Exército


Brasileiro, do soldado destemido, corajoso, competente e digno,
que se dedica ao cumprimento do dever constitucional, hoje, como
ontem, desejando com fervor a paz, disposto a cumprir o sagrado
juramento de doar, se preciso a própria vida em defesa da Pátria.

Quando perguntarem quem sois, respondei com firmeza, orgulho


e vibração: “-Sou soldado que luta em defesa da Maçonaria e da
sociedade.”

Aliás, soldados somos todos nós, que integramos essa


fantástica coletividade de maçons, sem qualquer preconceito, em

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convivência harmônica e produtiva, congraçando todas as raças,
religiões e classes sociais.

Nosso coração pulsa em sintonia com a alma brasileira.


Servimos à Pátria, incondicionalmente, com entusiasmo,
inteligência e abnegação. Mantemo-nos ao largo de paixões
políticas, da sede de poder e das cobiças vãs. Por livre escolha,
submetemo-nos às leis e regulamentos, na prática saudável da
hierarquia e indispensável da disciplina.

Valorizamos a autoridade legítima, sem subserviência, e


sublimamos os interesses pessoais, colocando o Brasil acima de
tudo.

Buscamos o constante aperfeiçoamento pessoal, no seio de uma


Instituição que luta obstinadamente para corresponder à estatura
político-estratégica do nosso País.

Ao longo da História, preservamos, expandimos e ajudamos a


prosperar a “Terra Brasilis” e, não raro, derramamos nosso sangue
ao defendê-la. Em todos os momentos da história, falamos e ouvimos
falar em Pátria.

Mais tarde, asseguramos nossa Independência. Preservamos e


defendemos o Império, mas, diante do apelo inevitável da História,
participamos ativamente da Proclamação da República.

Desbravamos sertões e participamos da construção de cidades


em todas as regiões brasileiras. Seguimos as pegadas de marcantes
exemplos de maçons de gloriosas tradições. Não transigimos jamais
quando se trata de honradez, lealdade e dignidade.

Somos Instituição nacional, permanente e invicta, quem a


sociedade brasileira admira e em quem confia nos momentos
difíceis.

Somos o “Braço Forte”, que ignora as dificuldades e se


prepara, com afinco e profissionalismo, seja para dissuadir
ameaças, seja para agir em força quando se esgotarem os meios
pacíficos.

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Somos, também, a “Mão Amiga”, presente em todos os rincões,
para colaborar com o desenvolvimento e para apoiar os irmãos
necessitados, nos momentos de crise e de calamidade.

Sou a Maçonaria que busca seguir os passos do Grande Maçom


que foi o Luiz Alves de Lima e Silva que a antes de partir para o
Oriente Eterno deixou-nos um legado de humildade e honradez,
desejando em seu testamento que não lhe fossem prestadas nenhuma
das honras militares de que tinha direito e que seu ataúde fosse
transportado por apenas meia dúzia de praças de bom comportamento.

Neste dia em que homenageamos os guardiães da Pátria,


reverenciamos também seu insigne patrono, que conosco militou pela
Maçonaria, em tempos em que os ideais políticos se digladiavam,
provocando cismas, e pela sua perspicácia e liderança conseguiu
pacificá-los em todo território nacional.

Nossas homenagens aos soldados e seu patrono, nosso Irmão Ex-


soberano, Luiz Alves de Lima e Silva – Duque de Caxias.

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