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RA: 243671
HZ 160 A
Fichamento da aula 2
Texto lido: LÉVI-STRAUSS, Claude. “Raça e História” (itens 1-5, pp. 357-
374). In: Antropologia Estrutural Dois. São Paulo: Cosac Naify.
2013 [1973].
A3) Duas culturas da mesma raça podem variar tanto ou mais do que duas
culturas de raças diferentes.
b) Por fim, o autor atenta que não é produtivo provar errados os preconceitos
racistas se eles apenas se transferirem para o campo da cultura.
Nessa segunda etapa, Lévi-Strauss desenvolve sua ideia anterior. Afirma, dessa
forma, que toda cultura contemporânea é precedida por décadas de história, não
sendo possível acessá-las plenamente. Ele explicita as diversas formas das quais
culturas podem se diferenciar, e que essa diferença não é estática
Para concluir essa secção textual inclusa nesta aula, o autor considera de
antemão óbvios os progressos realizados pela humanidade em seus primórdios,
mas que estes não podem ser enumerados como etapas de um sentido único.
Dessa mesma forma, Claude argumenta que a cultura não é cumulativa como
uma escada, mas sim um dado, que, cada vez que lançado, pode dar origem a
inúmeras combinações distintas.
Texto lido: MORGAN, Lewis Henri. “A sociedade antiga” (pp. 41-65). In:
CASTRO, Celso (org.) Evolucionismo Cultural. Rio de Janeiro: Jorge Zahar Ed.,
2009[1877].
Prefácio (§§1-12)
a) Primeiramente, nessa secção, Morgan apresenta ideias que ele crê que
consigam esquematizar o desenvolvimento humano. São elas: invenções e
descobertas, subsistência, governo, linguagem, família, religião, vida
doméstica e arquitetura, e propriedade.
b) Após isso, o autor divide os estágios Selvageria e Barbárie em três períodos:
inicial, intermediário e superior; e propõe quesitos completamente arbitrários
de onde terminaria um e começaria o próximo, sendo até difícil de
compreender o motivo desses critérios, visto que o autor não apresenta
justificativas para acreditar que tal divisão proposta por ele é a correta.
Recapitulação (§§54-69)
Nesse segmento, o autor reúne em um gráfico as normas inventadas por ele para
a divisão entre períodos iniciais, intermediários e finais de cada era. Não
satisfeito, Morgan termina sua grosseira simplificação das sociedades humanas
diversas dando exemplos de sociedades que ele acredita estarem na selvageria e
na barbárie, diferentemente da sociedade “tão avançada e superior” dele.
Conclusões
Morgan faz questão de olhar para as outras culturas de maneira simplista, tendo
sempre a nação ariana como base (Eu) e analisando qualquer outra sociedade
(Outro) somente a partir de si, destacando seu etnocentrismo e, em outro plano,
egocentrismo.
Texto lido: ROUANET, Sergio Paulo. “O mito do bom selvagem” (pp 414-438).
In: NOVAES, Adauto (org.), A outra margem do ocidente. São Paulo:
Companhia das Letras, 1999.
Rouanet traz, neste texto, o mito do bom selvagem; que consiste na crença de
que pessoas indígenas são selvagens, sim, mas possuem caráter e morais
invejáveis ao homem europeu; e como ele apareceu ao longo dos séculos.
Inicialmente ele destaca o seu papel no começo da colonização. Dotados de
inocência, gentileza e coragem, os indígenas, de acordo com o mito, são
romantizados e vistos como exóticos. Para essa romantização, é empregado todo
tipo de artifício, desde a escusa à antropofagia, até a tolerância ao paganismo e à
sexualidade exacerbada. Para além da desculpa, os homens citados também
colocam como superior a cultura nativa, o que inspira poetas da época a
comporem odes homenageando essa caricatura do indígena manso. Assim,
Sergio Paulo nos mostra então que todas essas visões não constituem uma
análise genuína do Outro, mas sim uma negação do Eu.
Nessa secção, o autor nos apresenta à volta do mito do bom selvagem no século
XVIII, depois de seu sucesso no século XVI, dessa vez, ao invés de uma
admiração retrospectiva, o mito seria mais um modelo para o futuro. Rouanet
nos atenta que o selvagem nada tem de indígena, mas tudo tem de europeu,
reforçando a tese de negação do Eu.
Fichamento da aula 3
Texto lido: BOAS, Franz. “Raça e progresso” (pp. 67-86). In: CASTRO, Celso
(org.), Franz Boas – Antropologia Cultural. RJ: Jorge Zahar Ed., 2004.
Nesse momento textual, Boas cita outros fatores que contribuem para a mudança
de características de uma população, como clima e condições de vida. Também
nessa secção, ataca a ideia também de guerra como um “selecionador natural”
que seria necessário para o vigor da humanidade, pois esta, além de matar os
fortes, intensifica outras calamidades humanas. Franz também nos diz que é
mais simples apontar diferenças fenotípicas do que fisiológicas e psíquicas entre
indivíduos de raças diferentes, e que essas funções corporais biológicas se
devem em grande parte à influência do ambiente.
Fichamento da aula 5
Nesse texto, Sahlins critica a visão reificada de cultura como objeto, capaz de
desaparecer. Para isso, define cultura e afirma que deixar de estudar a cultura
devido ao passado desse estudo seria o que ele chama de “suicídio
epistemológico”. O autor desenvolve a ideia de que existiriam dois tipos de
críticas à cultura: a primeira delas envolve o pecado original antropológico
(colonialista), a segunda se dá pela noção de cultura reificada que se esvai
(pessimismo sentimental). Citando o povo Mendi, ele afirma que a sociedade
capitalista pode influenciar outras culturas, sem extingui-las. Ele desenvolve o
raciocínio de que a cultura é viva e passa por transformações, não sendo, assim,
possível dizer que ela irá desaparecer ou está desaparecendo.
Texto lido: GEERTZ, Clifford. 2001. “Os usos da diversidade” (pp. 68-85). In:
Nova luz sobre a antropologia. Rio de Janeiro: Jorge Zahar Ed..