Você está na página 1de 12

DETERMINAÇÃO DAS PRESSÕES HORIZONTAIS E DE ATRITO NA

DESCARGA DE DIFERENTES TIPOS DE GRÃOS EM SILOS VERTICAIS

Anderson Luis Ataide Pereira Souza1


Cássia Mendonça dos Anjos2**

RESUMO

Os silos são estruturas de armazenamento utilizadas pela produção mundial agrícola, por
possuírem a capacidade de serem construídos com diversos materiais e estocarem diversas
classificações de grãos. Sendo assim, a análise dessas estruturas é uma etapa indispensável
para determinação dos esforços, por apresentarem complexo comportamento durante o seu
funcionamento e se tratar de uma edificação com alto investimento e participação em
indústrias. Para fins de estudo, foram utilizados os parâmetros que a norma europeia
Eurocode EN 1991 – 4 (2006) determina, devido à ausência de norma brasileira para projetos
de silos. Assim, a partir do uso das equações das pressões em paredes de silos de Jansen,
foi possível determinar as pressões horizontais e de atrito que os grãos de cevada, milho,
aveia, girassol, lentilha e trigo exerceram durante o carregamento e descarregamento na
extensão de todo o silo modelo. As equações mostraram que o dimensionamento das
estruturas de armazenamento, no carregamento e descarregamento, apresenta valores de
pressões diferentes ao uso de cada tipo de grão. A cevada e a lentilha apresentaram maior
diferença de valores, dentre todos os grãos utilizados. Desta forma, é possível destacar que
um modelo de silo que modifica apenas o volume não cumpre desempenho econômico e de
utilização.

Palavras-chave: Silos. Estruturas. Pressões horizontais.

Introdução

O Brasil, a cada ano, aumenta seu percentual nas produções agrícolas,


gerando a necessidade de uma estrutura organizacional para plantar, colher e
armazenar os produtos. Segundo o IBGE (2020), na safra 19/20, ocorreu aumento de
3,6% em relação à safra anterior, o que incita a interpretação de que a estimativa para
a próxima também é de aumento. Logo, a utilização de silos para conglomerar a
produção é uma alternativa que proporciona eficiência no funcionamento da rede
industrial.

1*
Graduando do Curso de Bacharelado em Engenharia Civil da UniFacisa – Centro Universitário. E-
mail: anderson.souza@maisunifacisa.com.br
2**
Professor Orientador. Docente do Curso de Bacharelado em Engenharia Civil da UniFacisa – Centro
Universitário. E-mail: cassia.anjos@maisunifacisa.com.br
Os silos são estruturas de armazenamento que podem ser constituídas por
vários materiais e estocarem diversos produtos. Nesse sentido, o estudo das pressões
existentes em suas paredes é um parâmetro que confere diversas informações para
o comportamento dos elementos durante o seu funcionamento, tendo em vista que a
estrutura sofre deformações diferentes, comparadas a fluídos, devido à dinâmica do
material de construção, descarregamento e carregamento dos insumos armazenados.
As normas brasileiras não possuem especificações para construção e operação
de silos, apenas determinações da estabilidade das estruturas em geral, enquanto a
norma europeia Eurocode apresenta as variáveis que devem ser analisadas em um
projeto de silos.
Diante desse contexto, o presente artigo apresenta o estudo das pressões
horizontais nas paredes do silo modelo escolhido, utilizando as equações de Jansen,
a fim de:
a) obter a determinação das pressões horizontais e de atrito em diversas cotas
do silo;
b) comparar as pressões horizontais e de atrito entre seis tipos de grãos;
c) proporcionar auxílio na análise estrutural para escolha ideal do silo referente a
cada grão;
d) verificar a determinação da influência das propriedades dos grãos nas paredes
do silo.

Metodologia

O silo utilizado para análise experimental foi o mesmo utilizado por Fank (2017),
o qual está situado no município de Entre Rios do Oeste, no estado do Paraná. Esse
foi fabricado e instalado pela indústria CONSILOS, possui dimensões de 18,42 m de
diâmetro interno e altura geral de 25,35 m, levando em consideração que 20,03 m
corresponde ao corpo e 5,32 m cobertura. De acordo com a Eurocode EN 1991 – 4
(2006), o silo é classificado como medianamente esbelto e classe 2 de confiabilidade.
O seu volume total corresponde a 5810 m3, com capacidade de armazenamento de
4357 t de grãos.
Sobre a carga e descarga, os processos são realizados com orifícios
concêntricos na parte superior e inferior. Na parte inferior, existe uma abertura central
medindo 42x42 cm e 4 aberturas auxiliares ao longo do diâmetro da base de 30x30
cm. O fundo é plano, constituído de concreto armado e as paredes laterais de chapas
corrugadas em aço de alta resistência (ZAR 345). Quanto às propriedades mecânicas
do aço, tem-se:

a) Módulo de elasticidade longitudinal (Es) = 210 GPa


b) Coeficiente de Poison (u) = 0,3
c) Tensão limite de escoamento (fy) = 345 Mpa;
d) Limite de resistência à tração (fu) = 430 Mpa.

Figura 1 – Detalhamento do silo

Fonte: Adaptado de Fank (2017).

As paredes verticais são constituídas por chapas metálicas, com ondas de


1,5” de comprimento e espessura de 1,55 mm, conforme representado na Figura 2
seguinte.
Figura 2 – Geometria da chapa metálica

Fonte: (FANK, 2017).

O silo modelo foi experimentado por Fank (2017), utilizando o milho como grão
de referência. Dos Anjos (2018) aplicou o critério de Von Mises, a fim de representar
a resultante das tensões, quanto à análise da ruptura, adquirindo valores de efeitos
que justificaram a possibilidade de utilização do silo em armazenamento dos grãos de
milho.
Inicialmente, foram aplicados os valores dos parâmetros dos produtos
armazenados e dimensões do silo na equação inicial de pressão horizontal (𝑝hf) e de
atrito 𝑝𝑤𝑓 de Jansen (1895) para cada tipo de grão contido na Tabela 1.

Tabela 1 - Propriedades dos materiais


Amostra C µ 𝛄ap 𝛄r ᴪ E ⱱ H
∅ (°)
(KPa) Aço Concreto (KN.m-3) (KN.m-3) (°) (KPa) (%)
Cevada 21.6- 0-10.72 0.13- 0.41-0.43 6.79 11.39 0- 9111 0.35- 11.92
28 0.21 4.9 0.36

Milho 19.5- 0-36.36 0.15- 0.50-0.56 7.50 12.63 0- 35733 0.30- 13.71
30.4 0.26 32.7 0.31

Aveia 21.0- 0-4.69 - - 5.64 10.22 0 4037 0.36- 10


24.8 0.41
Girassol 17.1- 0-36.76 0.21- 0.51-0.53 4.44 7.73 0- 4329 0.31- 6.34
30.9 0.22 9.7 0.33
Lentilha 20.9- 0-14.70 - - 8.69 12.86 0- 19886 0.32- 10.46
27.5 24.3 0.35
Trigo 19.7- 2.87- 0.14- 0.39-0.44 8.36 12.72 0- 19658 0.27- 11.15
24.6 16.38 0.24 23.1 0.37

Fonte: (MOYA et al., 2013, p. 192). (∅ - Ângulo de atrito interno, C – Coesão, µ - Coeficiente de atrito
com a parede, γap – Peso específico aparente, γr – Peso específico real, ᴪ - ângulo de dilatância, E –
módulo de Young, ⱱ - Coeficiente de Poisson, H – teor de umidade).
A tabela acima foi elaborada por Moya et al. (2013), tendo o milho como
referência e obedecendo à utilização dos limites impostos pelo quadro 1, foi
investigada a máxima pressão horizontal na parede. Por consequente, o coeficiente
de atrito foi utilizado no limite inferior, o parâmetro K superior e ângulo de atrito interno
inferior. Posteriormente, ocorreu o cálculo do parâmetro K, para obtenção da pressão
vertical (𝑝vf).

Quadro 1 - Limites superior e inferior das propriedades de fluxo dos produtos


Objetivo Coef. De atrito na Parâmetro K Ângulo de
parede atrito
interno
Máxima pressão horizontal na parede Inferior Superior Inferior
vertical
Máxima pressão de atrito na parede Superior Superior Inferior
vertical
Máxima pressão vertical Inferior Inferior Superior
Máxima pressão estática na tremonha Valor inferior para a Inferior Inferior
tremonha
Máxima pressão dinâmica na Valor inferior para a Superior Superior
tremonha tremonha
Fonte: (EN 1991 – 4: EUROCODE 1, 2006, p. 24).

Sabendo que o silo modelo está inserido na classe de confiabilidade 2, foram


considerados os valores de Ch igual a 1,15 e Cw igual a 1,1, como fatores
multiplicadores de sobrepressão das pressões iniciais, em convergência com as
equações de Jansen. Em seguida, foi multiplicado o Ch pela pressão inicial horizontal
(𝑝hf) e Cw por pressão de atrito (𝑝𝑤𝑓), adquirindo-se, respectivamente, a pressão
dinâmica horizontal (𝑝ℎ𝑑) e a pressão dinâmica de atrito (𝑝𝑤𝑑).
As pressões de carregamento e descarregamento exercidas pelos grãos de
cevada, milho, aveia, girassol, lentilha e trigo, foram verificadas em 22 cotas situadas
no corpo do silo, obtendo o gráfico individual que os efeitos causam nas paredes do
silo.

Resultados e discussões

Os grãos de milho e trigo apresentaram cerca de 16,0 KPa, quase o dobro dos
valores de pressões iniciais da aveia e girassol nas paredes do silo. Já a cevada
atingiu aproximadamente 14,0 KPa e a lentilha 11,2 KPa, resultados esses que
diferiram dos outros produtos já estudados, conforme demonstra a Figura 3.

Figura 3 – Gráfico das pressões horizontais de carregamento

Pressões horizontais de carregamento nas paredes do silo modelo


0
0,000 5,000 10,000 15,000 20,000

Milho - Referência
-5
Aveia
Profundidade - Z (m)

Cevada
-10
Girassol
Lentilha
-15
Trigo

-20

-25
Phf (KPa)

Fonte: Autoria própria (2021).

Observando o comportamento do gráfico, os produtos iniciam os esforços de


carregamento com efeitos de pressão similares, porém, no decorrer do
descarregamento, no meio do processo, tendem a divergir, expressando, ainda,
resultados diversos na cota final do silo, com exceção do grão de trigo que apresenta
pressões similares ao milho como produto de referência.
A pressão de carregamento da cevada e aveia aferiram diminuições de efeitos,
de acordo com a Tabela 2, enquanto o trigo proporcionou aumento de 2,3%,
comparados ao grão de referência.

Tabela 2: Comparação em percentual das pressões horizontais de carregamento dos grãos


Milho –
Aveia Cevada Girassol Lentilha Trigo
Profundidade (m) Referência
(KPa) (KPa) (KPa) (KPa) (KPa)
(KPa)
2,31 2,072 1,547 1,775 1,321 1,947 2,091

3,2244 2,862 2,104 2,456 1,814 2,649 2,889

4,1388 3,634 2,633 3,125 2,293 3,314 3,672

5,0532 4,390 3,135 3,782 2,756 3,946 4,438


5,9676 5,129 3,611 4,427 3,204 4,545 5,190

6,882 5,853 4,062 5,061 3,638 5,113 5,926

7,7964 6,561 4,490 5,684 4,059 5,653 6,647

8,7108 7,253 4,896 6,296 4,466 6,164 7,354

9,6252 7,931 5,281 6,897 4,860 6,649 8,047

10,5396 8,594 5,646 7,487 5,242 7,109 8,725

11,454 9,243 5,992 8,067 5,612 7,546 9,390

12,3684 9,878 6,321 8,637 5,970 7,960 10,042

13,2828 10,499 6,632 9,197 6,317 8,353 10,681

14,1972 11,107 6,928 9,746 6,653 8,726 11,306

15,1116 11,702 7,208 10,286 6,978 9,079 11,919

16,026 12,284 7,474 10,817 7,293 9,415 12,520

16,9404 12,854 7,727 11,338 7,598 9,733 13,109

17,8548 13,411 7,966 11,850 7,893 10,035 13,686

18,7692 13,956 8,193 12,353 8,179 10,321 14,251

19,6836 14,489 8,408 12,847 8,456 10,593 14,805

20,598 15,011 8,612 13,332 8,724 10,850 15,348

21,5124 15,522 8,806 13,809 8,984 11,095 15,880


Comparação com o
- -43,26 -11,03 -42,12 -28,52 +2,30
grão de referência (%)
Fonte: (Autoria própria, 2021).

Considerando que o cálculo da pressão de descarregamento é obtido através


de coeficientes multiplicadores das pressões iniciais, a Figura 4 apresenta números
esperados, tendo em vista que decorreu aumento de pressão dinâmica em todas as
situações comparada às pressões estáticas. A cevada e a lentilha, assim como na
primeira situação, demonstraram valores finais intermediários (16,0 KPa e 12,8 KPa),
diferentemente dos outros grãos: a semente de girassol e aveia próximo a 10 KPa,
milho e trigo cerca de 18 KPa.
Figura 4 – Gráfico das pressões horizontais de descarregamento

Pressões horizontais de descarga nas paredes do silo modelo


0
0,000 5,000 10,000 15,000 20,000

-5 Milho - Referência

Aveia
-10 Cevada
Profundidade - Z (m)

Girassol

-15 Lentilha

Trigo

-20

-25
Phd (KPa)

Fonte: Autoria própria (2021).

A lentilha, trigo e milho são os grãos com maiores pesos específicos. Além
disso, apenas o milho e o trigo apontaram maiores pressões horizontais no
carregamento e descarregamento do silo. Sendo assim, a lentilha ocupou a quarta
colocação em obtenção decrescente de efeitos das pressões, curvas de pressões
distintas, é provável que o ângulo de dilatância possua influência nos resultados
atingidos, já que a lentilha detém um ângulo de 24,3° e a cevada de 4,9°.

Tabela 3 - Propriedades dos materiais comparadas as pressões obtidas


Amostra em ordem 𝛄r (KN.m-3) ᴪ (°) Phf cota final Phd cota final
∅ (°)
decrescente de (KPa) (KPa)
maior massa
específica
Lentilha 20.9 12.86 24.3 11,095 12,7590

Trigo 19.7 12.72 23.1 15,880 18,2615

Milho 19.5 12.63 32.7 15,522 17,8504

Cevada 21.6 11.39 4.9 13,809 15,8799

Aveia 21.0 10.22 0 8,806 10,1265


Girassol 17.1 7.73 9.7 8,984 10,3311
Fonte: (Autoria própria). (∅ - Ângulo de atrito interno, γr – Peso específico real, ᴪ - ângulo de
dilatância,Phf – Pressão horizontal de carregamento, Phd – Pressão horizontal de descarga).

As pressões de atrito iniciais calculadas expressaram valores reduzidos


relacionadas aos outros tipos de efeitos nas paredes do silo. A Figura 5 mostra que a
lentilha obteve isoladamente maior valor de efeito de atrito (4,205 KPa), também
sendo válido ressaltar que, desde as cotas iniciais da estrutura, o produto apresentou
maior atrito, se comparado à cevada, ao trigo, ao girassol e à aveia, que iniciam com
pressões de atrito equivalentes e se dispersam no decorrer do enchimento do silo.

Figura 5 – Gráfico das pressões de atrito no carregamento

Pressões de atrito no carregamento do silo


0
0 1 2 3 4 5
Milho - Referência
-5
Aveia
Profundidade - Z (m)

Cevada
-10
Girassol

Lentilha
-15
Trigo

-20

-25
Pwf (KPa)

Fonte: Autoria própria (2021).

Assim como a pressão horizontal dinâmica é obtida pela multiplicação de um


fator, isso também acontece com a pressão de atrito na descarga. Dessa forma, o
comportamento do efeito de atrito dinâmico é semelhante ao de atrito no
carregamento, tendo em vista que apenas ocorre um acréscimo em todos os valores.
De acordo com a Figura 6, a cevada demonstrou menor valor (1,975 KPa) e a lentilha
o maior (4,625 KPa), sendo um resultado já esperado proporcionado pelos valores de
ângulo de atrito dos materiais. Quanto maior o ângulo de atrito, menor será a pressão
exercida pelo grão nas paredes do silo.
Figura 6 – Gráfico das pressões de atrito no descarregamento

Pressões de atrito na descarga do silo


0
0 1 2 3 4 5
-5
Profundidade - Z (m)

Milho - Referência
Aveia
-10
Cevada
-15 Girassol
Lentilha
-20 Trigo

-25
Pwd (KPa)

Fonte: Autoria própria (2021).

A Tabela 4 apresenta as comparações das pressões máximas encontradas


pelos efeitos gerados, conforme os grãos estudados, evidenciando que as pressões
de carga e descarga de atrito não são proporcionais aos valores das pressões
horizontais. Em termos de atrito, a lentilha e aveia ultrapassaram o grão de referência,
não obstante, as verificações de pressões horizontais estáticas e dinâmicas
proporcionaram números inferiores ao milho.

Tabela 4 - Valores das pressões máximas no silo


Amostra Pwf cota Pwd cota Phf cota Phd cota final
final (KPa) final (KPa) final (KPa) (KPa)
Milho – Referência 2,328 2,561 15,522 17,8504
Aveia 3,346 3,681 8,806 10,1265
Cevada 1,795 1,975 13,809 15,8799
Girassol 1,887 2,075 8,984 10,3311
Lentilha 4,205 4,625 11,095 12,7590
Trigo 2,223 2,445 15,880 18,2615
Fonte: (Autoria própria, 2021). (Pwf – Pressão de atrito no carregamento, Pwd – Pressão de atrito na
descarga, Phf – Pressão horizontal de carregamento, Phd – Pressão horizontal de descarga).

Conclusão

Nesta investigação, verificou-se que o modelo de silo estudado apresentou


variabilidade de pressões estáticas e dinâmicas, de acordo com aplicação dos tipos
de grãos, corroborando para que, em alguns produtos, a estrutura estivesse
superdimensionada. Não obstante, os grãos que apresentaram pressões estáticas
maiores também expressaram pressões dinâmicas maiores. Sendo assim, é possível
destacar que a aplicação de um mesmo tipo de silo para o armazenamento de
produtos distintos se torna inválida, tendo em vista que os materiais combinados com
outras classificações de silos e espécies de paredes podem apresentar melhor
aplicabilidade para a situação desejada, ocorrendo a presença de economia e
segurança na utilização das estruturas de armazenamento.
Diante disso, observa-se que, para o grão de trigo, o silo modelo necessita de
adaptações para garantir o desempenho ideal, visto que as pressões horizontais de
carga e descarga superam o grão de referência anteriormente verificado, enquanto
que, para os grãos de cevada, lentilha, aveia e girassol, a estrutura pode ser utilizada,
por apresentar reduções de efeitos de 11,03% até 43,26%.
Nesse sentido, vale o estudo sobre a variação que as pressões dos grãos
estudados podem causar em outros materiais e classificações de silos, também como
o tipo de base e fundações. Ainda pode ser possível a verificação dos efeitos de
tensões, deformações e momentos fletores, a fim de reunir maiores informações sobre
o silo modelo e os produtos armazenados utilizados no estudo, podendo, assim,
contribuir para elaboração de normas e comportamento das estruturas.

Referências:

DOS ANJOS, C. M. Simulação numérica das pressões exercidas pelos grãos


nas paredes dos silos verticais pelo método dos elementos finitos. Tese de
doutorado em...: Universidade Federal de Campina Grande, Campina Grande,
2018.

EUROPEAN COMMITTE OF STANDARDIZATION. EN 1993-4-1. Design of steel


structures – Part 1-6: strength and stability of shell structures. European Standard:
2007.

EUROPEAN COMMITTE OF STANDARDIZATION. EN 1991-4. Action on silos and


tanks. European Standard: 2002.

FANK, M. Z. Pressões em silos verticais: instrumentação de um protótipo e


análise numérica pelo método dos elementos finitos. Tese de doutorado em
Engenharia Agrícola. Universidade Federal de Campina Grande, Campina Grande,
2017.
IBGE – INSTITUTO BRASILEIRO DE GEOGRAFIA E
ESTATÍSTICA. Levantamento sistemático de produção agrícola. Rio de Janeiro:
IBGE, 2020.

JANSSEN, H. A. Versuche Uber Getreidedruck in Silozellen. Zeitschrift, Verein


Deutscher Ingeniure, v. 39, p.1045-1049, 1895.

MOYA, M; AGUADO, P. J.; AYUGA, F. Mechanical properties of some granular


materials used in silo design. International Agriphysics, n. 27, p. 181-193. 2013.

Você também pode gostar