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APOSTILA 2° Bim - 2° ANO - 2022
A REVOLUÇÃO INDUSTRIAL
1) O que foi a Revolução Industrial
➢ Uma idéia conceitual
• Um prolongado processo de transformações na área
produtiva que afeta a sociedade como um todo e transfere
a supremacia do capital comercial para o industrial.
➢ A transformação
• A transformação não foi apenas a introdução de máquinas
na produção e a substituição da forma de forma de
energia. Houve também uma mudança no campo
econômico, político e social.
2) Artesanato, manufatura, maquinofatura
➢ Artesanato
• A primeira forma de produção, onde o artesão possuía os
meios de produção independentes: instalações,
ferramentas e matéria-prima. Sozinho, em família ou em
Corporações de Ofício, realizava todas as etapas de
produção, desde a preparação da matéria prima até o
acabamento final.
➢ Manufatura
• Foi um resultado da ampliação do consumo, onde o
artesão recebia do comerciante a matéria-prima e,
trabalhando em suas casas, recebia salário. As ferramentas
em geral era do artesão e de movimentos manuais como
os teares. Posteriormente, o comerciante foi reunindo
ferramentas e artesãos em pequenas fábricas, dividindo o
processo produtivo, onde o trabalhador não controlava
mais os meios de produção.
➢ Maquinofatura
• Foi a separação definitiva do dos meios de produção do
trabalho. O trabalhador perde seu poder criativo, pois só
realizava apenas um etapa da produção se tornando
alienado. Seu ritmo de trabalho estava submetido ao
regime da máquina.
3) O pioneirismo inglês
➢ Condições para a Revolução Industrial
• Para iniciar a Revolução Industrial, um país precisa reunir
algumas condições para iniciar o processo. Na metade do
Século XVIII, a Inglaterra reunia estas qualidades
propiciando o seu pioneirismo.
➢ O Capital
• A Inglaterra conseguiu uma acumulação primitiva de
capital através inicialmente de sua rede de corsários e
posteriormente através do tráfico de escravos, comércio
colonial e principalmente de tratados vantajosos como o
de Methuen de 1703 com Portugal, que levou grande parte
do ouro de Minas Gerais para cobrir o déficit.
➢ A Mão-de-obra
• Vem dos artesãos que não conseguem mais sobreviver
com a sua produção devido o aumento da concorrência,
vem expulsa da região rural devido a autorização dos
cercamentos, onde as terras públicas e de uso coletivo
passou a ser usado para a criação de ovelhas para a
produção de lã para as manufaturas.
➢ As Máquinas
• Foi introduzida no processo produtivo no século XVIII, sendo
o grande símbolo da Revolução Industrial. As invenções
surgiram na Inglaterra a partir das necessidades da produção.
➢ Os Mercados
• Era a própria razão da existência de suas manufaturas e
comércio, aumentado conforme sua população ia crescendo e
o número de colônias se tornava cada vez maior (Ex: Guerra
7 anos, Canadá, Índia e Flórida). Além de se lançar às
colônias dos outros, como no caso do comércio no Rio da
Prata feito através de Portugal.
➢ As Matéria-primas
• Conseguido através do comércio colonial como o Algodão
dos EUA e matéria-prima da Índia. Em seu território a
Inglaterra também possuía jazidas de carvão e ferro
necessário para sua industrialização.
4) Mecanização da produção
➢ Início da Revolução Industrial
• Pouco se comenta mas a revolução industrial começou no
campo, uma vez que se necessitava do curso dos rios para
movimentar as máquinas movido por força hidráulica.
• O processo de mecanização começou na indústria têxtil do
algodão, fiação e tecelagem. As invenções foram resultados
de problemas concretos colocados para homens práticos,
nascendo dentro das necessidades sociais.
➢ Lançadeira Volante (1733)
• Criado por John Kay, foi adaptado aos velhos teares manuais.
Faziam tecidos maiores que a largura dos braços do artesão,
aumentando a capacidade de tecer, o que fez faltar fios, que
era feita na roca de fiar acionada com um pedal.
➢ Spinning Jenny (1767)
• Criado por James Hargreaves, tinha uma roca com vários
fusos e permitia a um só artesão fiar de 8 a 80 fios de uma só
vez, mas os fios eram muito finos e quebradiços.
➢ Water Frame (1769)
• Criado por Richard Arkwright, esta fiadeira era econômica
por ser movido a água, mas seus fios eram muito grossos.
➢ Mule (1779)
• A spinning jenny e a water frame foram combinadas por
Samuel Crompton em uma única máquina, cujos fios eram
finos e resistentes., aumentando a capacidade de produção e
criando um novo desequilíbrio na produção.
➢ Máquina a vapor (1781/82)
• Aperfeiçoada com a introdução do motor rotativo por James
Watt, foi introduzida como forma de energia nas máquinas,
substituindo por completo outras formas de energia (humana,
dos rios, etc) e dando mobilidade as fábricas.
➢ Tear a Vapor (1785)
• Criado por Edmond Cartwright, o tear mecânico reequilibrou
a relação entre fiação e tecelagem dando um novo impulso a
Revolução Industrial.
5) Os períodos da Revolução Industrial
➢ De 1750 a 1850
• Chamado também de 1° Revolução Industrial, tem como
palco principal a Inglaterra, preponderando a produção de
bens de consumo, a energia a vapor a partir do carvão mineral
e a utilização do ferro.
➢ De 1850 a 1900
• Período de difusão da Revolução Industrial pelo mundo, onde
intensificou-se a concorrência. Também chamado de 2°
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Revolução Industrial devido a substituição do ferro pelo
o aço e por surgir novas fontes de energia como a
hidroelétrica e os derivados do petróleo, nascendo o motor
a explosão.
➢ De 1900 aos dias atuais
• Surgiu conglomerados industriais, produção em série e
consumo de massas. Houve aperfeiçoamento das técnicas
de produção, avanço da indústria química e eletrônica, da
engenharia genética e da mecatrônica.
6) Implicações sociais da Industrialização
➢ Lei do pobres
• No início da Revolução Industrial, devido a necessidade
de mão-de-obra, a antiga lei dos pobres, criada para ajudá-
los, foi reeditada e passou a não permitir mendigos e
vagabundos na rua, que eram presos ou enviados para as
fábricas.
➢ Concentração fabril
• Desenvolve os centros urbanos abrigando enorme massa
de trabalhadores. Posteriormente surgem áreas industriais
como a de Manchester, no Norte da Inglaterra.
➢ Condições de trabalho
• Os trabalhadores se submetiam a ao ritmo das máquinas,
vivendo em alojamentos com péssimas condições de
higiene, sem garantias contra acidentes de trabalho e
sofrendo concorrência com trabalho infantil e feminino.
➢ Desqualificação do trabalho
• A mecanização tornava desqualificado a mão-de-obra que
tendia a reduzir os salários. Além da baixa de rendimentos
havia o desemprego gerado por paradas nas fábricas. Os
trabalhadores procuravam fugir dos problemas através da
bebida.
7) Primeiras organizações e movimento dos trabalhadores
➢ Trade Unions
• Antecessor dos futuros sindicatos, surgiu a partir de
associações de trabalhadores mais especializados como os
penteadores de lãs. Posteriormente as associações
começaram a ter um caráter reivindicatório, obtendo-se de
forma gradual a proibição do trabalho infantil, limitação
ao trabalho feminino e o direito de greve.
➢ Movimento Ludista
• Foi uma reação espontânea devido a fome e as condições
de vida causada pelos baixos salários. Os trabalhadores e
seu líder, Ned Ludmann, invadiam as fábricas e
quebravam as máquinas, achando que elas causavam o
mal social.
➢ Movimento Cartista
• Em 1838 os operários fizeram um petição exigindo, entre
outras, coisas melhores salários e direito de voto. Estas
reivindicações estavam em uma carta enviada ao
Parlamento Inglês. Era através de cartas que o movimento
difundia as suas reivindicações. Devido os interesses da
burguesia industrial que controlava o parlamento,
conseguiram apenas algumas modificações.
A REVOLUÇÃO FRANCESA
1) Introdução
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➢ As revoluções burguesas
• A Revolução Inglesa e a Independência dos EUA ajudaram
na luta contra a política e do Antigo Regime, porém a
Revolução Francesa foi considerada um marco na história
devido também as suas especificidades.
➢ Os modelos sociais
• Segundo o autor Erick Hobsbawn, “se a economia do mundo
no século XIX foi formado principalmente sob a influência da
Revolução Industrial britânica, a sua política e ideologia
foram formadas fundamentalmente pela Revolução
Francesa”.
2) A França antes da Revolução
➢ A Sociedade
• Era uma sociedade de estamentos sendo esta resquício da
sociedade medieval.
❖ 1° Estado
 Participava o alto clero (em geral bispos e abades) e o
baixo clero (em geral padres). Não pagava impostos. O
baixo clero porém estava mais próximo da população.
❖ 2° Estado
 Composta pela nobreza que também não pagava imposto.
Estava dividida em nobreza cortesã (vivia de pensões
reais e tinha cargos políticos), a nobreza provincial (vivia
em seus castelos no campo, vivendo ainda da servidão) e
a nobreza de toga (burguês que comprava cargos
políticos e administrativos).
❖ 3° Estado
 Era o grupo que pagava impostos, não tinha privilégios e
nem leis especiais e nem direitos políticos. Composta
pela população urbana (alta burguesia: banqueiros,
exportadores, etc., que ainda se beneficiava do Antigo
Regime; média burguesia: grandes lojistas, prof.
liberais, etc.; pequena burguesia: pequenos
comerciantes, artesãos; os sans-culottes: artesãos,
aprendizes, operários), e pela população do campo, sendo
80% do povo francês (servos: que ainda vivia no antigo
regime feudal; camponeses: livres e semi-livres).
➢ A Economia
• Ainda atrasada, convivendo com elementos do capitalismo
comercial e do feudalismo.
• Continuava a existir no campo a servidão e os camponeses
livres e semi-livres tinha que pagar antigos impostos feudais.
• A indústria pouco desenvolvida e ainda a existência de
algumas alfândegas internas dentro de regiões controladas por
senhores e bispos.
➢ A Filosofia
• O iluminismo que se desenvolve ao longo do século XVIII
tem a França como um dos seus principais berços, e é ela que
vai dar a base ideológica para a Revolução.
3) Os passos que levaram a Revolução
➢ A crise econômica
• As poucas opções e as divergências para resolver a crise
econômica na França, foi o estopim para a Revolução.
❖ O déficit do Estado
 A arrecadação de impostos não cobria as pensões e
salários que o Estado pagava a nobres e funcionários,
tendo o mesmo que recorrer sempre a empréstimos.
❖ Apoio a Ind. dos EUA
 A velha disputa com os ingleses acabou fazendo a França
apoiar os colonos dos EUA a partir de 1778, o que trouxe
mais gastos para os cofres públicos.
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❖ O tratado com a Inglaterra
 A incipiente indústria francesa sofreu uma forte crise
a partir de 1786 devido, apesar das antigas diferenças,
um tratado comercial com a Inglaterra, onde os
produtos agrícolas franceses plena tinham liberdade
de entrar na Inglaterra em troca da entrada dos
produtos industrializados desta no território francês.
❖ O inverno de 1788
 O inverno rigoroso de 1788 trouxe uma grande seca,
afetando a agricultura e causando grande escassez. Os
preços dos alimentos subiram e gerou grande fome
entre a população mais pobre, esta já descontente com
o rei.
➢ Os ministros do rei
• Tentando buscar uma solução para a crise econômica, o
rei vai nomear alguns ministros
❖ Turgot
• Ministro entre 1774 e 1776, tentou remediar a
situação porém anunciou que a única solução seria
que todos os estados (clero, nobreza,
povo/burguesia) deveriam pagar impostos. Devido a
pressões da nobreza o rei o demitiu.
❖ Necker
• Homem de confiança do rei, chegou a mesma
conclusão de Turgot e também acabou sendo
demitido.
❖ Calonne
• Propôs ao rei que consultasse diretamente a nobreza
sobre o assunto. O rei então convocou em 1787 a
Assembléia dos Notáveis, onde o ministro propõe que
todos deveriam pagar imposto, não aceito pela
nobreza.
❖ Novamente Necker
• Sem muitas saídas, o rei readmite Necker. Com a
conivência dos nobres propõe ao rei a convocar a
Assembléia dos Estados Gerais, que não se reunia
deste 1614. Haviam alguns objetivos nesta
convocação como por exemplo a do Terceiro Estado
pagar mais impostos, já que a nobreza se negava a
pagar.
➢ A “revolução aristocrática”
• Provocada a partir das propostas feitas na Assembléia dos
Notáveis. A nobreza se revolta em um ato de indisciplina
para com o rei, provocando também revoltas e protestos
nas províncias, fazendo o rei recuar nestas propostas.
4) As fases da Revolução
4.1) A revolução burguesa – A era das instituições (1789/92)
➢ Assembléia dos Estados Gerais
• Antes do começar as reuniões o 3° Estado queriam mais
deputados, pois representavam a maior parte da
população. Cada Estado tinham aproximadamente 300
deputados, ficando que o 1° e 2° Estado juntos ficavam
com 600.
• O inicio das reuniões foi em 5 de maio de 1789, e o rei
proclamou que estavam ali para resolver problemas
econômicos.
• O rei anunciou que a votação seria por Estado e não
individual. O 3° Estado não aceitou sabendo que assim
perderiam. De forma individual poderiam vencer, pois
tinham o apoio de membros do 1° e do 2° Estado.
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• Não houve acordo e no dia 17 de junho o 3° Estado se
declarou em Assembléia Nacional.
• No dia 20 de junho o rei fechou a sala de reuniões, mas os
deputados se reuniram na sala de jogo de Péla, fazendo o
famoso Juramento do Jogo de Péla (ficariam em Assembléia
permanente até a França ter uma Constituição).
• Finalmente em 9 de julho se reuniu a Assembléia Nacional
Constituinte. Isto derrubava o poder do rei, que reúne tropas
para dissolvê-los. O clima na França e, principalmente, em
Paris era de revolta. Os constituintes apelam para o povo.
• Iniciam as revoltas populares e em 14 de julho o povo toma a
Bastilha, um antigo forte que servia ao monarca de cadeia
para presos políticos.
• No campo iniciam revoltas de servos e camponeses contra os
senhores, invadindo seus castelos e destruindo de matando
todos. Este clima de revolta na França é que gerou em todas
as classes o famoso Grande Medo.
• Para controlar a situação a Assembléia decide abolir a
servidão no campo e aprova em 26 de agosto a Declaração
dos Direitos do Homem e do Cidadão, servindo de base
ideológica para a futura Constituição.
• Em 1790 foi aprovada a Constituição Civil do Clero, onde a
igreja fica atrelada ao Estado, sendo este inclusive
responsável pelo pagamento de salário dos padres. Surgiu
uma divisão no clero devido a não aceitação deste código.
➢ Monarquia Constitucional
• A Assembléia não conseguia controlar o caos social e
econômico. A nobreza liberal e a alta burguesia queria manter
a figura do rei no poder. Dificultando as coisas Luiz XVI
tentou fugir da França em 20 junho de 1791, mas foi preso.
• Em 3 setembro de 1791 ficou pronta a Constituição de cunho
liberal, igualdade jurídica, liberdade econômica, separação de
Estado e Igreja, etc. A França se tornava uma monarquia
parlamentar.
➢ Os “partidos” no Parlamento
• Na Assembléia havia uma divisão de idéias e interesses, que
se espelhava nas disposições das cadeiras.
 Na Direita
• Os Girondinos – Representantes da alta burguesia,
apoiado pela nobreza liberal e a favor de acordo com o
rei.
 No Centro
• Planície ou Pântano – Representante de liberais e
burguesia mais moderada, se inclinava ora para esquerda,
ora para a direita, de acordo com os seus interesses.
 Na Esquerda
• Os Montanheses ou Jacobinos – Grupo mais radical
representantes da pequena burguesia e da população
 Na Extrema Esquerda
• Os Raivosos – Grupo extremamente radical, que
propunha mudanças drásticas
➢ A situação externa
• Muitos nobres fugiram da França e, recorrendo a outros
Estados absolutistas, conspiravam conta a Revolução.
• A 1° Coligação contra a França foi a partir da união entre
Áustria e Prússia, além dos emigrados franceses. A guerra
teve início em abril de 1792, com o exército austro-prussiano
invadindo a França.
➢ A proclamação da República
• Internamente a manutenção da monarquia desagradou grande
parte da população. O caos econômico ajuda a inflamar as
manifestações populares. Com a guerra a situação ficou sem
controle.
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• A nobreza acusada de apoiar a invasão estrangeira foi
perseguida, ficando o fato conhecido como massacre de
setembro
• Em 20 de setembro de 1972 o exército austro-prussiano
foi abatido pelo exército francês em Valmy. Neste mesmo
dia a República foi proclamada e o rei foi preso como
traidor.
4.2) O governo da Convenção – A era das antecipações
(1792/95)
➢ O governo da República
• A Convenção seria eleita para governar a França. Teve o
controle dos Girondinos, que tinha maioria no parlamento.
• Os girondinos defenderam o rei, mas a decisão vitoriosa
foi a dos jacobinos. Luiz XVI foi executado na guilhotina.
• O primeiro ano da República foi chamado ano I, e os
meses receberam novos nomes (Brumário, Frimário,
Nivoso, etc.)
• O governo dos girondinos fazem reformas moderadas,
causando insatisfação popular. Os jacobinos começam a
ganhar força apoiados pelos sans-culotes.
• Foram fundados uma série de instituições como o Comitê
da Salvação Pública para assegurar as vitórias da
Revolução
• A crise interna aumenta quando a região da Vendéia se
levanta num movimento contra revolucionário. Entre
maio de junho de 1793 o povo se rebela em Paris. Os
jacobinos acusam o governo da Convenção e expulsam os
deputados girondinos do poder.
➢ O Terror Jacobino
• Os jacobinos passaram a governar a Convenção sob a
liderança de Robespierre e Sant-Just. Foi aprovada uma
nova Constituição em 1793, de caráter mais democrático,
porém o estado de guerra civil não os permitiu colocá-la
em vigor.
• Foram criadas leis que beneficiavam a classe mais pobre
da França (ex: lei do Máximo Preço), mas afetava a
grande parte da burguesia e a nobreza que permaneceu na
França, provocando uma onda contra-revolucionária.
• Uma onda de terror se espalhou por Paris, onde o Tribunal
Revolucionário enviava vários acusados para a guilhotina.
• Robespierre, teve em seu governo alguns êxitos, mas
começou a perseguir toda e qualquer oposição, inclusive
aliados como Danton, líder dos indulgentes e Herbert.
Esta sua política enfraqueceu o seu poder e a dos
jacobinos.
➢ Reação Temidoriana - O golpe do 9 Termidor
• Os burgueses da planície conspiravam contra os
jacobinos. Dia 27 de julho de 1794 (9 do Termidor – pelo
novo calendário) ao iniciar uma reunião da Convenção,
Robespierre foi preso junto com seus partidários.
• O “partido” da planície, que liderava o golpe, assumiu o
poder e condenou Robespierre a guilhotina.
4.3) O governo do Diretório – A era das Consolidações
(1795/99)
➢ Os ricos no poder
• Foi tomada uma série de medidas anti-revolucionárias e
anuladas as leis e decisões do governo dos jacobinos
• Foi preparada em 1795 uma nova Constituição, sendo o
governo exercido por um Diretório composto de 5
membros
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• A massa foi afastada do movimento e os jacobinos recuaram
diante da repressão e seus clubes foram fechados
• O comércio foi liberado e fazia-se um governo voltado para
os ricos, gerando insatisfação na população
• Sucederam-se tentativas de golpes e conspirações, inclusive
de elementos monarquistas tentando restaurar este poder
➢ A Conjuração dos Iguais
• Dentre o movimento mais famoso foi a conspiração de 1796
feito pelos jacobinos do Clube de Atenas, que tinha como
líder Graco Babeuf.
• Havia uma proposta de governo popular com algumas idéias
comunistas, pregando Babeuf a felicidade comum.
➢ A política Externa do Diretório
• Já surge neste momento uma política expansionista, com
objetivo de conquistar regiões da Alemanha e da Itália. O
militar encarregado desta missão foi o jovem Napoleão
Bonaparte, que teve êxito em sua jornada.
• Napoleão é enviado ao Egito dentro desta mesma política,
mas as finanças do governo do Diretório iam de mal a pior
• As conquistas de Napoleão começam a se perder quando os
Estados europeus se unem na 2° Coligação contra a França.
• Os jacobinos começam novamente a aparecer na política e a
situação de tumulto a assolar a França.
➢ Golpe do 18 Brumário ( 9 de novembro)
• A burguesia exigia um governo forte para aniquilar os anseios
dos jacobinos e dos monarquistas.
• No dia 10 de Novembro (18 do Brumário), Napoleão,
retornado do Egito, dissolveu o Diretório em conspiração com
dois diretores. Foi formado então um Consulado com os três
membros golpistas para governar a França.
5) O significado da Revolução
➢ O que foi?
• Foi a luta pela qual a burguesia se apresentou como classe
revolucionária, de cujo a vitória significou o aniquilamento
do Antigo Regime, ou seja, do Absolutismo e do
Mercantilismo, afirmando os valores liberais capitalistas.
➢ Influências
• Juntamente com as idéias iluministas, irá influenciar as futura
revoltas coloniais, liberais, etc., como por exemplo os
movimentos no Brasil (Minas Gerais e Bahia) e no Haiti.
PERÍODO NAPOLEÔNICO
1) Ascensão de Napoleão Bonaparte
➢ Origem
• Nasceu em Ajaccio no ano de 1769, na ilha de Córsega, de
uma família de pequena nobreza arruinada. Foi educado na
escola militar de Briene, na França.
➢ Carreira
• Em 1793, ainda na Revolução Francesa, o porto de Toulon no
sul da França estava nas mãos dos ingleses. Sendo assistente
do general Dogommier, o capitão Napoleão Bonaparte fez um
plano e expulsou os ingleses, se tornando general com 24
anos.
• Em 1795 consegue abafar em Paris uma revolta dos realistas
contra o Diretório, sendo nomeado comandante dos exércitos
do interior.
• Em 1797 ganhou as campanhas na Itália lutando contra a
Áustria, dominando grande parte do território italiano, além
da Bélgica e Lombardia.
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• Em 1798 é enviado para o Egito pelo Diretório para
combater a Inglaterra, mas perde as batalhas para o
Almirante Nelson, conseguindo fugir de volta para
França, onde deu um golpe de Estado.
• Napoleão não tinha muitas preocupações ideológicas,
estava mais preocupado em galgar o poder. As tropas que
assumiu estavam desorganizadas e mal disciplinadas.
Colocou ordem no exército e prometeu melhorias com as
vitórias, incentivando a tropa.
2) O golpe do 18 Brumário
➢ Situação na França
• A Segunda Coligação contra a França se formou em 1798
e estava conseguindo derrotar o exército francês.
• O governo do Diretório estava cheio de problemas
financeiros e não conseguia conter as agitações e
descontentamentos.
➢ O 18 Brumário
• Em novembro (Brumário para o novo calendário) de
1799, Napoleão dissolveu a Assembléia dos Anciões,
reunida para discutir os problemas.
• Junto com dois ex-menbros do Diretório, o abade Sieyès
e o general Roger Ducos, Napoleão implanta o Consulado
para governar a França.
3) O Consulado de Napoleão (1799/1804)
➢ Constituição de 1799
• Esta nova Constituição foi submetida a plebiscito e
tornava Napoleão o primeiro Cônsul. Apesar de incluir o
voto universal, constar de um Tribunal, um Conselho de
Estado, um corpo Legislativo e um Senado, o poder era
exercido por Napoleão.
➢ Paz de Amiens (1802)
• A primeira tarefa foi eliminar o perigo externo. Lutou
contra a Segunda Coligação que tinha a Áustria, Rússia e
Inglaterra no comando. A Rússia se retirou a partir de
intrigas diplomáticas de Napoleão. Venceu a Áustria em
a Inglaterra aceitou trégua.
➢ Economia
• Reorganizou e centralizou a administração do Estado;
criou um corpo de funcionários para arrecadar impostos;
criou o Banco de França que exercia o controle de emissão
papel moeda para controla a inflação. O desenvolvimento
econômico ganhou impulso com a criação da Sociedade
Nacional de Fomento a Indústria. Iniciou obras como
abertura de canais, reconstrução de portos, construção de
estradas, etc., terminando algumas no período do Império.
➢ Sociedade
• Criou escolas e organizou o ensino secundário para
instruir funcionários para o Estado; criou o Código Civil
em 1804 que garantia igualdade perante a lei, o direito a
propriedade, ratificou as reformas agrárias, porém proíbe
greve e sindicatos.
• Fez acordo com a Igreja de modo que o Estado não
interfere no culto; o Cônsul indica os bispos (porque
naquela época bispo tinha influência política); O governo
aprova as bulas papais e o clero vira assalariado do
governo.
➢ O Cônsul virou Imperador
• As medidas do Código Civil atendiam os anseios da
burguesia e agradava a população do campo que lhe
davam apoio, o que já tinha do exército. Depois de
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aprovada por plebiscito, promulgou a Constituição que lhe
dava o título de Imperador.
• Consagrado imperador pelo papa na Catedral de Notre-Dame
(Paris), este título não retornava com o regime monárquico,
pois as instituições continuavam burguesas e a sua obra
continuava a ter um cunho nitidamente burguês.
4) O Império (1804/1814)
➢ Política
• Napoleão passou a tomar medidas de centralização do poder,
suprimiu assembléias, Tribunal e Corpos Legislativos
perderam funções; a imprensa passou a ser censurada; as
liberdades políticas e individuais passaram a serem
desrespeitadas.
➢ Sociedade
• Interveio na educação alternando os programas de História e
Filosofia na Universidade, alegando ser perigosas para o
Império. Atuou na catequese religiosa onde as crianças
deveriam aprender obedecer a Deus e ao Imperador.
➢ A Política Externa
• A França necessitava dominar os mercados consumidores
europeus e consolidar sua revolução interna. Chegou a
conclusão de que só era possível se fosse disseminado as
instituições burguesas pelo resto da Europa, o que significava
a destruição dos regimes aristocráticos monárquicos
europeus.
• Por onde passava destruía a velha ordem divulgava seu
Código Civil, implantava novas Constituições e modernizava
as estruturas econômicas.
➢ As Alianças Externas contra o Império
• As coligações contra Napoleão eram obras diplomáticas a
partir da liderança inglesa. O exemplo da Revolução Francesa
não agradava a Inglaterra liberal e era temido pelos reinos
absolutistas europeus, o que colocava estes regimes lado a
lado contra a França.
➢ A Terceira Coligação
• Esta coligação se formou em 1803 tendo a Inglaterra e a
Rússia, tendo Áustria aderido em 1804. A Espanha se opôs se
colocando do lado da França. Em 1805 a marinha franco-
espanhola foi dizimada pelos ingleses na batalha de Trafalgar
sob o comando do Almirante Nelson. Em terra Napoleão
venceu as tropas russas e austríacas em Austerlitz e Ulm.
➢ A Quarta Coligação
• Napoleão suprimiu em 1806 o que restava do antigo SIRG e
criava a Confederação do Reno constituída por 16 Estados
alemães. Formou-se então esta coligação tendo Inglaterra,
Prússia e Rússia. A Prússia foi derrotada em Iena e os russos
derrotados em 1807em Eylau e Friedland. A Rússia assinou o
Tratado de Tilsit, se tornando aliado dos franceses.
➢ O Bloqueio Continental
• Napoleão já dominava direta ou indiretamente grande parte
da Europa, porém a Inglaterra continuava intacta. Se na terra
Napoleão vencia, no mar a Inglaterra dominava. Napoleão
então mudou a estratégia e promulgou em Berlim o Bloqueio
Continental em 1808, proibindo os países europeus de
comercializarem com a Inglaterra.
• D. João VI sofreu pressões francesas e inglesas, e sendo esta
última a mais forte, optou por mudar de Portugal com a
família real para o Brasil prejudicando o Bloqueio
Continental. Os franceses então invadem Portugal,
dominando também a Espanha que estava pelo caminho. A
partir daí a Inglaterra se volta toda para o comércio
ultramarino.
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➢ A Quinta Coligação
• O bloqueio desagradou os Estados europeus que fizeram
contrabando. Inglaterra e Áustria formam esta nova
coligação em 1809, mas os austríacos foram vencidos em
Wargram, na Áustria.
➢ A Campanha da Rússia
• Os russos foram prejudicados com o Bloqueio Continental
e em 1812 romperam o acordo com a França. Napoleão
decide pela invasão da Rússia e vence a batalha de
Moscou. Porém a forte resistência com a estratégia da
“Terra Arrasada” e o inverno russo acabou arrasando o
exército francês que se retira da Rússia.
➢ A Sexta Coligação
• Incentivada pelo enfraquecimento do exército de
Napoleão, Rússia, Inglaterra, Prússia e Áustria formam
esta nova coligação e vencem Napoleão na Batalha de
Leipzig. Paris foi tomada e Napoleão desterrado para a
ilha de Elba.
6) Governo dos Cem Dias
➢ Retorno dos Bourbons
• Luís XVIII, irmão do rei degolado Luís XVI, assume o
trono francês com ajuda das forças da coligação.
Restaurado a monarquia os emigrados (parte da nobreza e
clero que fugiu) voltou para a França.
• Este período de retorno ficou conhecido como Terror
Branco devido perseguições, massacres, confiscos, etc.,
que os emigrados fizeram ao retornar ao poder, causando
grande descontentamento na França.
➢ Napoleão volta a Paris
• Acompanhando de longe as agitações na França,
Napoleão conseguiu fugir da ilha de Elba em 1815 e
assumiu sua tropa pessoal com mil homens. Luís XVIII
enviou uma tropa para prender Napoleão, mas ele a
convenceu de que ainda era o Imperador e a mesma se
juntou aos soldados do general. Luís XVIII fugiu para a
Bélgica e Napoleão entrou em Paris.
➢ Sétima Coligação
Napoleão governou a França por mais cem dias. Os aliados se
reuniram novamente nesta última coligação contra Napoleão que
foi vencido na famosa batalha de Waterloo, na Bélgica. O
Imperador foi preso e enviado a ilha de Santa Helena (no meio do
Oceano Atlântico) onde morreu em 1821
INDEPENDÊNCIA DA AMÉRICA LATINA
1) Introdução
É importante observar que a independência da América Latina é
um prolongado processo de transformações que o mundo vinha
sofrendo com o advento da Revolução Industrial e,
consequentemente, com a passagem da fase mercantilista para a
fase liberal do capitalismo.
2) Fatores que levaram a luta de independência
A crise do Antigo Sistema Colonial (ASC)
A crise do Antigo sistema colonial foi essencial para a
independência das colônias americanas e se deu a partir
dos seguintes fatores:
• A influência das ideias iluministas, dentre
elas o liberalismo, difundidas nas colônias.
• A influência da Independência dos Estados Unidos,
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que servia como exemplo.
• A influência da Revolução Francesa de 1789 que difunde
as ideias liberais.
• A Revolução Industrial que priorizava o mercado livre e a
mão de obra assalariada.
• O desenvolvimento das colônias e da burguesia.
• Contradições internas na colônia.
A população era formada por brancos, índios, mestiços e negros. A
maioria era a população indígena e mestiça (maior caso era o de
branco+índio). A população negra se concentrava nas Antilhas e
América Central.
A população branca era a elite da colônia, sendo divididas em
Chapetones (brancos nascidos na Espanha) e Criollos (filhos de
espanhóis brancos nascidos na colônia).
Os Chapetones monopolizavam o poder político, dominando os
altos cargos administrativos, no clero e nas patentes militares. Os
Criollos, impedidos de ocupar os altos cargos, eram a elite
econômica e intelectual da colônia.
Esta contradição entre a estrutura política dominada pelos
Chapetones (defensores do monopólio metropolitano) e a estrutura
econômica dominada pelos Criollos (partidários do liberalismo),
também foi fator importante no processo de independência.
O desequilíbrio político europeu
As invasões napoleônicas desequilibraram as forças europeias,
afetando também as metrópoles Ibéricas.
O exército napoleônico desestruturou a máquina administrativa e
repressiva espanhola.
A Independência do Haiti (1793)
Foi o segundo país na América ficar independente se tornando
outro exemplo, apesar da elite branca não a ver com bons olhos.
Isto se deve pelo fato de ter sido uma insurreição da população
escrava, pois destruíram a elite branca para tornar o Haiti livre.
4) Revoltas antecessoras das de independência
Objetivos
Estas revoltas foram separatistas com exceção da revolta liderada
pelo índio Tupac Amaru no Peru, que não teve um caráter
explicitamente separatista, apesar de alguns historiadores julgá-la
como tal.
Revolta de Francisco Miranda na Venezuela (1749)
O criollo Francisco Miranda liderou vários levantes na Venezuela
chegando a proclamar a independência, porém sua revolta excluía
a participação popular. Sua rebelião foi logo sufocada.
Revolta de Tupac Amaru no Peru (1780)
Este líder indígena, descendente do último imperador Inca,
reivindicava o título de Inca e uma liderança junto a seu povo.
Cansado de ver a exploração de seu povo, lutava por melhores
condições de vida e para que as leis coloniais fossem, pelo menos,
cumprida. Não havia um caráter de independência em seus
discursos e cartas. Foi a maior rebelião colonial até então.
Revolta dos padres Hidalgo e Morelos no México (1811 e 1813) A
tentativa de independência liderada pelo padre Hidalgo no México
teve a participação popular, e queria uma condição melhor para a
população. Sua rebelião não era bem vista pela elite e foi sufocada e
seu líder morto.
Fatores para o fracasso destas primeiras tentativas A
não participação popular em alguns movimentos.
Divergências políticas entre a elite liberal x elite conservadora. As
lutas foram locais facilitando a repressão espanhola, o que seria
difícil se o movimento fosse em todo o continente.
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5) O processo de independência
As juntas governamentais
Quando Napoleão invadiu a Espanha e destronou Fernando VII,
se formaram juntas governamentais nos diversos vice-reinos da
colônia espanhola, que jurou fidelidade ao rei deposto. Na
Espanha também surgiram juntas para fazer resistência.
As juntas governamentais da colônia se aproveitaram do vácuo
deixado pela Espanha e aboliram algumas barreiras do
colonialismo espanhol. Começou a haver, de certo modo, um
governo local mais independente na colônia.
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Deste vice-reino surgiram três países: Argentina, Paraguai e
Uruguai.
Argentina: San Martin lutou contra os espanhóis na Argentina,
onde o vice-rei foi deposto em 1810 formando-se uma junta
provisória. As lutas internas continuaram até 1816, no Congresso
de Tucumã, se proclamou as Províncias Unidas do Rio da Prata.
Paraguai: Libertou-se sem guerras em 1811 por movimento
liderado por Yegros e José Francia.
Uruguai: Invadido pelo Brasil em 1816 pelo governo de D. João
VI, só se tornou independente em 1828.

Fim das guerras napoleônicas Conferência do Panamá

Com o fim das guerras napoleônicas e a volta do equilíbrio
europeu, a metrópole espanhola quis colocar as coisas no lugar,
mas encontrou uma forte oposição da elite Criolla.
Novos apoios para as lutas de independência
A Inglaterra apoiou interessada nos mercados da América
Espanhola, motivo de sua saída da Santa Aliança.
Os EUA, partir da doutrina Monroe (A América para os
americanos), ameaçou atacar qualquer intervenção estrangeira.
Elite Criolla resolveu trazer a participação popular nesta nova
tentativa de independência.
José de San Martin
Líder militar com um exército de guerrilheiros chamados
montoneiros partiu do Sul, lutando contra as tropas espanholas.
Simón Bolívar
Outro líder que partindo do Norte foi libertando os antigos Vice-
reinos e capitanias, também lutando contra os espanhóis.
Encontro de Bolívar e San Martin
San Martin e Simón Bolívar se encontraram no Peru em 1821,
porém, devido a divergências entre os dois chefes, San Martin
deixou a luta e a liderança passou para Bolívar.
Simón Bolívar convocou os líderes dos países recém-
independentes para formar uma confederação pan-americana,
porém esta não foi bem sucedida, terminando o sonho de Bolívar
em criar a grande nação Americana.
Bolívar antevia que a independência política não traria
independência econômica para a América Latina.
6) Consequências do processo de independência
Fragmentação da América Espanhola
Alguns motivos foram capitais para não permitirem a construção
de uma nação única na antiga América Espanhola.
Os interesses das oligarquias locais, conhecidos como caudilhos,
não aceitaram abri mão do poder local conquistado.
Não interessava a Inglaterra e aos Estados Unidos um Estado Forte
e centralizado, o que também dificultaria as transações comerciais.
Não havia uma integração nem política e nem econômica das
regiões, que já eram divididas desde a época colonial,
A permanência da antiga estrutura socioeconômica
A independência política não acompanhou uma revolução social
ou econômica, sobrevivendo as velhas estruturas sociais da
colônia, e mantendo o estado de fornecedora de matéria-prima para
o mercado externo como política econômica.

Vice-Reino de Nova Espanha

Deste vice-reino surgiu o México. O General espanhol Itúrbide
mudou de lado e conseguiu livrar o México das forças
espanholas em 1822. Declarou-se imperador com nome de
Agostinho I. Em 1823 foi obrigado a abdicar e foi fuzilado. O
México tornava-se uma república federativa.
Capitania Geral da Guatemala
Esta Capitania tomava grande parte da América Central e segui
o mesmo exemplo de independência do México.
Vice-Reino de Nova Granada
Deste vice-reino surgiram três países: Venezuela, Colômbia e
Equador.
Venezuela: Foi totalmente liberta em 1813 por Simón Bolívar.
Colômbia: Em 1819 Bolívar venceu os espanhóis na Colômbia,
que foi unida à Venezuela, mas se separou em 1829.
Equador: Bolívar e Sucre libertaram o Equador em 1822.
Vice-Reino do Peru
Deste vice-reino surgiram três países: Chile, Peru e Bolívia.
Chile: Liderado por O’Higins e apoiado por San Martin,
iniciou a luta em 1808 e libertou o Chile em 1817, sendo
presidente deste país.
Peru: Liberto em 1821 por San Martin que contou com apoio
das tropas mercenárias de Lord Cochrane, que venceu os
espanhóis no mar.
Bolívia: O índio Sucre, chefe militar considerado lugar-
tenente do chefe Bolívar, seguiu para a Bolívia e libertou esta
a região do domínio espanhol, separando do Peru.
Vice-Reino do Prata