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DIVULGAÇÃO

Doenças fúngicas das plantas TÉCNICA


medicinais, aromáticas e condimentares – parte aérea. 31

DOENÇAS FÚNGICAS DAS PLANTAS MEDICINAIS,


AROMÁTICAS E CONDIMENTARES – PARTE AÉREA

O.M.R. Russomanno; P.C. Kruppa

Instituto Biológico, Centro de Pesquisa e Desenvolvimento de Sanidade Vegetal, Av. Cons. Rodrigues Alves,
1252, CEP 04014-002, São Paulo, SP, Brasil. E-mail: russomano@biologico.sp.gov.br

RESUMO

O presente trabalho traz informações sobre os fungos causadores de doenças na parte aérea
de plantas medicinais, condimentares e aromáticas, incluindo as medidas de controle a serem
adotadas para cada tipo de doença.

PALAVRAS-CHAVE: Fungos fitopatogênicos, doenças fúngicas, plantas medicinais, aromáticas


e condimentares, métodos de controle.

ABSTRACT

FUNGI DISEASES ON MEDICINAL, AROMATIC AND SPICE PLANTS. This paper brings
informations about fungi diseases on aerial parts of medicinal, aromatic and spice plants,
including the control methods for each disease.

KEY WORDS: Phytopathogenic fungi; fungi diseases; medicinal, aromatic and spice plants; control
methods.

As plantas medicinais, condimentares e aromáti- da prematura de folhas, flores e frutos ou a má forma-


cas tiveram, recentemente, um aumento no seu cultivo ção de frutos e sementes, reduzindo o rendimento e a
e comercialização, tanto pelas inúmeras pesquisas qualidade da produção. Plantas, quando severamen-
que demonstram seus efeitos fitoterápicos, como pelo te atacadas nos estádios iniciais de crescimento, po-
emprego de algumas delas na culinária, proporcio- dem morrer.
nando aroma e sabor agradáveis aos alimentos. Com É grande o número de gêneros de fungos que
isso, tornou-se inevitável o surgimento de problemas causam manchas foliares, porém, podem-se destacar
fitossanitários relacionados a doenças fúngicas. Es- Alternaria, Colletotrichum e Cercospora, como os de
ses patógenos, além de ocasionarem perdas na pro- maiores ocorrências. São parasitas facultativos que,
dução agrícola, podem, ainda, provocar alterações na fase saprofítica, sobrevivem em restos de cultura,
nos compostos químicos da planta e reduzir suas na matéria orgânica do solo, em sementes, em hospe-
propriedades terapêuticas. deiros alternativos ou na própria planta, no caso de
Entre as ocorrências de doenças fúngicas da parte hospedeiros perenes.
aérea (caule, ramo, folha, inflorescência, flor, fruto e As manchas foliares se manifestam, geralmente,
semente) em plantas medicinais, condimentares e em condições de clima quente e úmido, sendo a umi-
aromáticas, no Brasil, destacam-se as manchas foliares dade o fator mais importante. Em condições de umi-
e ferrugens, seguindo-se os oídios e míldios. dade adequada, a doença pode ocorrer dentro de uma
ampla faixa de temperatura.
Manchas foliares As ocorrências mais frequentes de doenças que
provocam manchas em plantas medicinais, condi-
Os sintomas das manchas e crestamentos foliares mentares e aromáticas são as seguintes:
se manifestam pela destruição do tecido vegetal, de- - Antracnose (Colletotrichum spp.) - em agrião-do-
vido à formação de lesões de diferentes tamanhos, norte (Spilanthes acmella), assa-peixe (Vernonia
formas e colorações, que variam conforme o patógeno polyanthes), babosa (Aloe vera) (Fig. 1), capuchinha
e o hospedeiro envolvidos. Os fungos causadores de (Tropaeolum majus) (Fig. 2), carqueja (Baccharis trimera)
manchas reduzem a capacidade fotossintética da (Fig. 3), chá-preto (Camellia sinensis), coentro
planta, resultando em menor desenvolvimento (Coriandrum sativum), cupuaçu (Theobroma
vegetativo. Como consequências, podem ocorrer que- grandiflorum), erva-mate (Ilex paraguariensis), graviola

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(Annona muricata), guaco (Mikania spp.) (Fig. 4), - Mancha de alternaria (Alternaria spp.) - em aneto
guaraná (Paullinia cupana), insulina-vegetal (Cissus (Anethum graveolens), confrei (Symphytum peregrinam),
verticillata) (Fig. 5), maracujá (Passiflora spp.), erva-cidreira-de-arbusto (Lippia alba), erva-de-santa-
pariparoba (Pothomorphe umbellata) (Fig. 6), pimenta- maria (Chenopodium ambrosioides), estramônio (Datura
do-reino (Piper nigrum) e urucum (Bixa orellana); stramonium), fazendeiro (Galinsoga parviflora), funcho
- Cercosporiose (Cercospora spp. e Pseudocercospora (Foeniculum vulgare), gergelim (Sesamum indicum), horte-
spp.) - em alcachofra (Cynara scolymus), alfavaca- lã (Mentha spp.), mamona (Ricinus communis), maracujá
cheiro-de-anis (Ocimum selloi) (Fig. 7), calêndula (Passiflora spp.), maria-pretinha (Solanum americanum),
(Calendula officinalis), coentro (Coriandrum sativum), picão (Bidens pilosa), pimenta (Capsicum sp.), salsa
cajueiro-do-campo (Anacardium humile), erva-cidreira- (Petroselinum spp.) e tanchagem (Plantago spp.).
de-arbusto (Lippia alba), erva-mate (Ilex paraguariensis),
estragão (Artemisia dracunculus), fedegoso (Cassia Ferrugens
occidentalis), gengibre (Zingiber officinale), gergelim
(Sesamum indicum), hortelã (Mentha spp.), joá-de-ca- A planta atacada pela ferrugem apresenta lesões
pote (Physalis angulata), losna (Artemisia absinthium), amareladas, de aspectos ferruginosos, recobertos por
malva-rosa (Althea rosea), mamona (Ricinus communis), uma densa camada pulverulenta. Os sintomas mani-
manjericão (Ocimum basilicum) (Fig. 8), manjericão- festam-se na face superior da folha com o aparecimen-
anão (Ocimum minimum) (Fig. 9), maria-pretinha to de manchas amareladas e formação de pústulas na
(Solanum americanum), pimenta (Capsicum sp.), pimen- face inferior. Esses sintomas podem ocorrer também
ta-longa (Piper hispidinervium), salsa (Petroselinum em ramos novos, colmos, flores e frutos em início de
spp.), trombeteiro (Datura suaveolens) e urucum (Bixa desenvolvimento. As manchas, com o decorrer do
orellana); tempo, podem se tornar necróticas.

Fig. 1 – Antracnose (Colletotrichum sp.) em babosa (Aloe Fig. 2 – Antracnose (Colletotrichum sp.) em capuchinha
vera). (Tropaeolum majus).

Fig. 3 – Antracnose (Colletotrichum sp.) em carqueja Fig. 4 – Antracnose (Colletotrichum sp.) em guaco (Mikania
(Baccharis trimera). spp.).

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Fig. 5 – Antracnose (Colletotrichum sp.) em insulina-vege- Fig. 6 – Antracnose (Colletotrichum sp.) em pariparoba
tal (Cissus verticillata). (Pothomorphe umbellata).

Fig. 7 – Cercosporiose (Pseudocercospora ocimicola) em Fig. 8 – Cercosporiose (Pseudocercospora ocimicola) em


alfavava-cheiro-de-anis (Ocimum selloi). manjericão (Ocimum basilicum).

Fig. 9 – Cercosporiose (Pseudocercospora ocimicola) em Fig. 10 – Ferrugem (Puccinia sp.) em capim-limão


manjericão-anão (Ocimum minimum). (Cymbopogon citratus).

A ferrugem afeta o processo fotossintético da plan- severos causam a morte de plantas jovens, enfraque-
ta devido à destruição da área foliar, decorrente da cimento de plantas adultas e, consequentemente, re-
formação de pústulas e da queda de folhas provocada dução na produção de frutos e sementes.
pelo fungo. Também podem ocorrer necrose de brota- Os patógenos responsáveis pelas ferrugens são
ções e queda prematura de flores e frutos. Ataques fungos basidiomicetos pertencentes à ordem

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Uredinales, com espécies dos gêneros Puccinia, - Puccinia spp. em acariçoba (Hydrocotyle umbellata),
Uromyces, Uredo, Phakopsora e Coleosporium, ocorren- agrião-do-norte (Spilanthes acmella), alcachofra (Cynara
do em plantas medicinais, condimentares e aromáti- scolymus), arnica-paulista (Porophyllum ruderale), assa-
cas no Brasil. São parasitas obrigatórios, necessitan- peixe (Vemonia polyanthes), capim-limão (Cymbopogon
do do hospedeiro para o seu desenvolvimento e, citratus) (Fig. 10), cordão-de-frade (Leonotis nepetifolia),
devido a sua especialização em relação à planta erva-cidreira (Melissa officinalis), erva-cidreira-de-ar-
atacada, geralmente não possuem hospedeiros alter- busto (Lippia alba) (Fig. 11), hortelã (Mentha piperita),
nativos e nem apresentam fase saprofítica em seu hortelã-japonesa (Mentha arvensis), hortelãzinho
ciclo vital. (Mentha spicata), malva (Malva spp.), malva-rosa
As ferrugens estão distribuídas nas regiões tempe- (Althaea rosea), maracujá (Passiflora edulis), pimenta
radas e tropicais. As condições climáticas que favore- (Capsicum sp.), sálvia (Salvia spp.) e trevo (Oxalis
cem o desenvolvimento da doença no país são alta oxyptera);
umidade relativa e temperaturas amenas. - Uredo spp. em fumo-bravo (Elephantopus mollis),
Os fungos que causam ferrugens são os seguintes: quebra-pedra (Phyllanthus spp.) e sálvia (Salvia
- Coleosporium tussilaginis em calêndula (Calendula spp.);
officinalis); - Uromyces spp. em estévia (Stevia rebaudiana), ginseng-
- Phakopsora spp. em gengibre (Zingiber officinale) e brasileiro (Pfaffia glomerata), leiteira (Euphorbia
quebra-pedra (Phyllanthus spp.); pilulifera) e tanchagem-maior (Plantago major).

Fig. 12 – Oídio (Oidium asteris-punicei) em hortelã-pimenta


(Mentha piperita).

Fig. 11 – Ferrugem (Puccinia lantanae) em erva-cidreira- Fig. 13 – Oídio (Oidium sp.) em manjericão (Ocimum
de-arbusto (Lippia alba). gratissimum).

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Os fungos causadores de oídio são os seguintes:


- Erysiphe spp. em alcachofra (Cynara scolymus) e
hortelã-japonesa (Mentha arvensis);
- Oidiopsis spp. em alcachofra (Cynara scolymus) e
arruda (Ruta graveolens);
- Oidium spp. em alecrim (Rosmarinus officinalis),
buchinha (Luffa operculata), falso-jaborandi (Piper
aduncum), fedegoso (Cassia occidentalis), hortelã-pi-
menta (Mentha piperita) (Fig. 12), leiteira (Euphorbia
pilulifera), manjericão (Ocimum gratissimum) (Fig. 13),
mussabê (Cleome spinosa), picão (Bidens pilosa), que-
bra-pedra (Euphorbia brasiliensis) e urucum (Bixa
orellana);
- Sphaerotheca fuliginea em gergelim (Sesamum indicum).

Míldios

As doenças conhecidas por míldios são caracteri-


zadas pelo aparecimento de bolor pulverulento
esbranquiçado, posteriormente acinzentado que, ge-
ralmente, aparece na superfície inferior da folha. Afe-
ta as folhas, reduzindo a capacidade fotossintética,
retarda o desenvolvimento da planta, provoca a que-
da de flores, folhas e frutos e causa a morte de ramos
novos e pecíolos, implicando em danos à produção.
Fig. 14 – Míldio (Peronospora sp.) em manjericão (Ocimum Os fungos que causam os míldios pertencem à
basilicum). família Peronosporaceae e as ocorrências mais im-
portantes para as condições brasileiras são encontra-
das nos gêneros Peronospora e Bremia. São parasitas
Oídios obrigatórios e necessitam da planta para sobreviver.
O míldio ocorre, preferencialmente, em regiões de
Os sintomas dos oídios caracterizam-se pelo apa- temperatura amena e alta umidade. Locais sujeitos a
recimento de um bolor pulverulento, de coloração neblina e presença de orvalho favorecem o desenvolvi-
branca ou levemente cinza, principalmente na face mento da doença. Assim, plantas suscetíveis instala-
superior das folhas, mas pode, também, ocorrer em das em regiões serranas ou em áreas de baixada podem
ramos jovens, flores e frutos novos. sofrer danos em função da doença. Nas regiões de
O efeito prejudicial da doença, devido à diminui- clima temperado, o patógeno consegue sobreviver por
ção da área fotossintética, se manifesta pela redução meio de estruturas de resistência presentes em restos de
no desenvolvimento e produção da planta. Ataques cultura, plantas voluntárias ou hospedeiros alternati-
severos podem provocar retorcimento, subdesenvol- vos. Nas regiões de clima tropical ou subtropical, o
vimento, queda de folhas, morte de ramos novos, patógeno sobrevive em hospedeiros alternativos, em
queda de flores e frutos, subdesenvolvimento e defor- plantas voluntárias ou hospedeiro perene.
mação de frutos jovens. Os fungos causadores de míldio são os seguintes:
Os oídios são fungos da família Erysiphaceae e os - Peronospora sp. em erva-de-santa-maria (Chenopodium
gêneros mais comumente associados às plantas me- ambrosioides) e manjericão (Ocimum spp.) (Fig. 14);
dicinais, condimentares e aromáticas no Brasil são - Bremia lactucae em alcachofra (Cynara scolymus).
Erysiphe e Sphaerotheca. A fase imperfeita ou assexuada
destes fungos corresponde ao gênero Oidium, que é o Disseminação
principal responsável pela ocorrência da doença em
nossas condições. São parasitas obrigatórios e, por- A disseminação das doenças da parte aérea ocor-
tanto, dependem do hospedeiro para a sua sobrevi- re, principalmente, pelo vento, água, insetos e semen-
vência, crescimento e reprodução. Sobrevivem em tes contaminadas. O vento e as sementes contaminadas
plantas perenes, voluntárias ou em ervas daninhas e são responsáveis pela dispersão a longas distâncias,
espécies silvestres. Nas nossas condições, a doença é enquanto a água, na forma de respingos, tem papel
favorecida em locais ou períodos quentes (20-25º C) e importante na disseminação dos esporos nas folhas
secos. e plantas vizinhas.

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Controle de, pode colaborar na redução dos danos causados


pelas doenças.
Em função da produtividade, o controle de doen- Ainda, outras medidas de controle como a
ças de plantas de interesse econômico envolve fatores desinfestação de ferramentas utilizadas nas opera-
como clima, solo, variedade, adubação, tratos cultu- ções de tratos culturais e o controle de insetos vetores
rais, pragas, erva-daninha etc. Sem o devido controle, e de nematoides, que auxiliam a dispersão e penetra-
as doenças de plantas podem ocasionar prejuízos à ção dos patógenos, devem ser empregadas. Em al-
agricultura nacional. guns casos, a inundação da área infestada pelo
O controle das doenças fúngicas da parte aérea de patógeno ou a aração profunda, visando enterrar os
plantas medicinais, condimentares e aromáticas deve restos de cultura, pode dar bons resultados.
ser feito, preferencialmente, pelo emprego de varieda- Obviamente, a utilização dessas medidas está
des resistentes e pelo uso de sementes, mudas e mate- condicionada a determinados fatores, como custo de
rial propagativo livres de fungos, em locais sem ocor- operação, eficiência do controle, viabilidade de exe-
rência de doenças. O emprego de sementes sadias e de cução e natureza do hospedeiro e do patógeno envol-
alto vigor evita a introdução de patógenos nos cantei- vidos.
ros, viveiros e no campo e, quando semeadas a uma O Laboratório de Micologia Fitopatológica, do
profundidade adequada, possibilitam a rápida emer- Centro de Pesquisa e Desenvolvimento de Sanida-
gência e crescimento da planta, permanecendo por de Vegetal do Instituto Biológico, vem realizando
menos tempo suscetíveis aos patógenos. diagnósticos de fungos em sementes e em plantas
Quando não existirem variedades resistentes, a medicinais, condimentares e aromáticas. Algu-
utilização de técnicas culturais de controle pode co- mas das doenças descritas foram detectadas em
laborar na redução dos danos causados pelas doen- materiais procedentes de diversas regiões do Bra-
ças. Nesse aspecto, o uso de fungicidas deve ser sil e enviadas por produtores na forma de consul-
evitado, devido ao impacto que causam ao ambiente tas. Os pesquisadores desse laboratório estão, tam-
e à saúde humana, pela poluição de seus resíduos bém desenvolvendo pesquisas visando ao controle
químicos. Além disso, não há informação suficiente alternativo de doenças fúngicas das plantas medi-
do efeito do fungicida no metabolismo dos princípios cinais, condimentares e aromáticas, através do
ativos, terapêuticos e condimentares e nem da presen- emprego de extratos vegetais e seus respectivos
ça de resíduos tóxicos nos extratos usados para fins óleos essenciais.
medicinais e culinários.
Atualmente, novas estratégias de controle de do-
enças na agricultura têm-se voltado ao uso de méto- BIBLIOGRAFIA
dos menos agressivos ao ambiente. O controle bioló-
gico, utilizando organismos antagônicos como AGRIOS, G.N. Plant Pathology. 4.ed. San Diego:
Trichoderma ou simbiontes como as micorrizas, apli- Academic Press, 1997. 635p.
cados no solo, em sementes ou material propagativo,
podem constituir-se em medidas para o controle de BEDENDO, I.P. Grupos de doenças. In: BERGAMIN
patógenos. A utilização de extratos vegetais brutos ou FILHO, A.; KIMATI, H.; AMORIM, L. (Ed.). Manual de
fitopatologia. Princípios e conceitos. 3.ed. São Paulo:
óleos essenciais também se mostra promissora no
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hospedeiras ao patógeno, a eliminação de restos Ruta graveolens in Brazil caused by Oidiopsis haplophylli.
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nio, torna a planta menos predisposta ao ataque plantas medicinais. Fitopatologia Brasileira, v.29, n.5,
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alta densidade de plantas no viveiro e no campo,
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nativas e exóticas. 2 ed. Nova Odessa: Instituto
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eliminação da fonte de inóculo do fungo; o plantio E.; URBEN, A.F.; CASTRO, C. Fungos em plantas no
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