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As Hélices Da Inovação
As Hélices Da Inovação
AS HÉLICES DA INOVAÇÃO:
interação universidade-empresa-
governo-sociedade no Brasil
Editora CRV
Curitiba – Brasil
2022
Copyright © da Editora CRV Ltda.
Editor-chefe: Railson Moura
Diagramação e Capa: Designers da Editora CRV
Imagem de Capa: Freepik
Revisão: Os Autores
H474
Bibliografia
ISBN Coleção Digital 978-65-251-3420-8
ISBN Coleção Físico 978-65-251-3425-3
ISBN Volume Digital 978-65-251-3424-6
ISBN Volume Físico 978-65-251-3423-9
DOI 10.24824/978652513423.9
2022
Foi feito o depósito legal conf. Lei 10.994 de 14/12/2004
Proibida a reprodução parcial ou total desta obra sem autorização da Editora CRV
Todos os direitos desta edição reservados pela: Editora CRV
Tel.: (41) 3039-6418 – E-mail: sac@editoracrv.com.br
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Conselho Editorial: Comitê Científico:
Aldira Guimarães Duarte Domínguez (UNB) Ana Maria Ferreira Menezes (UNEB)
Andréia da Silva Quintanilha Sousa (UNIR/UFRN) Ana Monteiro Costa (UPE)
Anselmo Alencar Colares (UFOPA) Anderson Catapan (UTFPR)
Antônio Pereira Gaio Júnior (UFRRJ) André Nunes (UnB)
Carlos Alberto Vilar Estêvão (UMINHO – PT) Antonio Isidro da Silva Filho (UNB)
Carlos Federico Dominguez Avila (Unieuro) Armando João Dalla Costa (UFPR)
Carmen Tereza Velanga (UNIR) Breno de Paula Andrade Cruz (UFRJ)
Celso Conti (UFSCar) Carlos Alberto Ramos (UNB)
Cesar Gerónimo Tello (Univer. Nacional Clailton Ataídes de Freitas (UFSM)
Editora CRV - Proibida a impressão e/ou comercialização
Este livro passou por avaliação e aprovação às cegas de dois ou mais pareceristas ad hoc.
Editora CRV - Proibida a impressão e/ou comercialização
SUMÁRIO
PREFÁCIO����������������������������������������������������������������������������������������������������� 11
Josep Miquel Piqué Huerta
APRESENTAÇÃO������������������������������������������������������������������������������������������ 13
Marcelo Gonçalves do Amaral
Editora CRV - Proibida a impressão e/ou comercialização
INTRODUÇÃO����������������������������������������������������������������������������������������������� 17
Os Organizadores
CAPÍTULO 1
REVISITANDO, REDESCOBRINDO E
REPENSANDO A TRIPLE HELIX����������������������������������������������������������������� 25
Marcelo Gonçalves do Amaral
CAPÍTULO 2
EVOLUÇÃO DA TRIPLE HELIX, MODELOS
DERIVADOS E OUTRAS ABSTRAÇÕES��������������������������������������������������� 63
Andréa Aparecida da Costa Mineiro
Marcelo Gonçalves do Amaral
CAPÍTULO 3
TRIPLE HELIX SOCIOECONÔMICA��������������������������������������������������������� 101
João Cardim Ferreira Lima
Ana Lúcia Vitale Torkomian
CAPÍTULO 4
A EVOLUÇÃO DA TRIPLE HELIX ENQUANTO TEMÁTICA
ACADÊMICA: uma análise bibliométrica����������������������������������������������������� 139
Marília Medeiros Schocair
Simone Vasconcelos Ribeiro Galina
Marcelo Gonçalves do Amaral
Alexandre A. Dias
CAPÍTULO 5
CARACTERÍSTICAS DA HÉLICE UNIVERSIDADE-EMPRESA
NO BRASIL: interações entre grupos de pesquisa
das universidades e empresas industriais���������������������������������������������������� 159
Andrei Mikhailov
Janaina Ruffoni
Graziele de Lacerda Morales
Igor Fink Glaser
Daniel Pedro Puffal
CAPÍTULO 6
INTERAÇÃO UNIVERSIDADE-EMPRESA: criação, difusão e
utilização do conhecimento acadêmico em contextos periféricos����������������� 187
Paulo Aparecido Tomaz
Bruno Brandão Fischer
CAPÍTULO 7
A EVOLUÇÃO DO PAPEL DA UNIVERSIDADE
E SUAS INTERAÇÕES NO SÉCULO XXI������������������������������������������������� 217
Juliana Ribeiro da Rosa
CAPÍTULO 8
DA TORRE DE MARFIM À UNIVERSIDADE EMPREENDEDORA:
uma revisão de literatura sobre a terceira missão acadêmica e o
protagonismo no desenvolvimento socioeconômico������������������������������������� 245
Juliana Godinho de Oliveira
Flávia Couto Ruback Rodrigues
CAPÍTULO 9
O PAPEL DA UNIVERSIDADE NOS ECOSSISTEMAS DE
INOVAÇÃO EM PAÍSES DESENVOLVIDOS E EMERGENTES������������� 267
Samuel Ferreira de Mello
Kadigia Faccin
Luciana Maines da Silva
CAPÍTULO 10
EVOLUÇÃO DA POLÍTICA DE INOVAÇÃO NO BRASIL: 2003 a 2021������293
Mariza Costa Almeida
Juan D. Rogers
CAPÍTULO 11
TRIPLE HELIX E MECANISMOS EMPREENDEDORES: o papel
das organizações intermediárias e das políticas públicas no Brasil������������� 325
Adriana Ferreira de Faria
Jeruza Haber Alves
Andressa Caroline de Battisti
CAPÍTULO 12
AS POSSIBILIDADES E OS LIMITES DA TRIPLE HELIX
COMO ALAVANCA DE DESENVOLVIMENTO REGIONAL
NO ESTADO DO RIO DE JANEIRO: uma análise baseada
nas especificidades dos Sistemas Regionais de Inovação��������������������������� 365
Guilherme de Oliveira Santos
Renata Lèbre La Rovere
CAPÍTULO 13
HÉLICE TRÍPLICE E CICLO DE VIDA STARTUP: evidências de
financiamentos dos atores da Hélice Tríplice no caso NexAtlas������������������� 395
Andréa Aparecida da Costa Mineiro
Luiz Guilherme Rodrigues Antunes
Juliana Caminha Noronha
Ana Raquel Calháu Pereira
CAPÍTULO 14
ECOSSISTEMA DE INOVAÇÃO NO NÍVEL LOCAL: uma avaliação
Editora CRV - Proibida a impressão e/ou comercialização
CAPÍTULO 15
AVALIAÇÃO DE PARQUES CIENTÍFICOS, TECNOLÓGICOS
E DE INOVAÇÃO BASEADA NAS RELAÇÕES ENTRE OS
ATORES DAS HÉLICES TRIPLA, QUÁDRUPLA E QUÍNTUPLA������������ 451
André Luis Furtado da Hora
Marcelo Gonçalves do Amaral
Marília Medeiros Schocair
CAPÍTULO 16
A REAL REPRESENTAÇÃO DA HÉLICE QUÁDRUPLA
EM AMBIENTES DE INOVAÇÃO: Coletivos e Pacto Alegre���������������������� 481
Andréa Aparecida da Costa Mineiro
Thais Assis de Souza
Cleber Carvalho de Castro
CAPÍTULO 17
TRANSFERÊNCIA DE TECNOLOGIA NO PROGRAMA DE
MELHORAMENTO GENÉTICO DA CANA-DE-AÇÚCAR DA
UNIVERSIDADE FEDERAL DO PARANÁ (UFPR): um estudo de caso�����505
Eduardo De-Carli
Andréa Paula Segatto
Ananda Silva Singh
diversidade de atores e aos tipos de interações que ocorrem no país, assim como
à necessidade premente de gerar inovações, à busca pela competitividade e ao
esforço para atingir o desenvolvimento econômico dentro de um contexto de
democracia, no qual a orquestração dos atores é um elemento central. Nesse
sentido, o modelo da Triple Helix ajudou acadêmicos, políticos e empresários a
compreenderem as nuances do desenvolvimento econômico daquela nova era do
conhecimento, com a aceleração do processo de inovação tecnológica e a emer-
gência de uma sociedade da informação que se configurava nos anos noventa.
Além das discussões sobre o grau de intervenção estatal na economia, o
volume de investimento público e privado em pesquisa e desenvolvimento, o
papel da universidade, a apropriação e a transferência de conhecimento e tec-
nologia, a emergência de novos atores, como incubadoras e parques tecnológi-
cos, entre tantos temas correlatos, o modelo da Triple Helix trouxe explicações
mais completas que os conceitos dos Triângulo de Sábado, do Laissez Faire e
dos sistemas de inovação, sejam estes últimos de cunho nacional ou regional/
local. Assim, o novo modelo rapidamente se disseminou no país tornando-se
dominante. Não é surpresa que diversos mecanismos, ambientes e ecossis-
temas de inovação usem e baseiem sua operação no modelo da Triple Helix.
Tenho proximidade com a discussão sobre o tema no Brasil há mais de
dez anos. Enquanto estive como CEO do Distrito da Inovação 22@Barce-
lona e como Presidente da International Association of Science Park (IASP),
sempre fui procurado por pessoas e entidades do Brasil que buscavam sorver
conhecimentos da nossa prática, na Espanha e em outros países, e aplicá-los
à realidade do país. Essa interação me permitiu vir diversas vezes ao país e
desenvolver colaborações com vários desses ecossistemas, conhecendo a
fundo seus atores e estruturas. Cito, como exemplo, meu envolvimento com
a iniciativa do Pacto Alegre, em Porto Alegre, no Rio Grande do Sul, onde
atores das três esferas desenham um novo modelo de desenvolvimento bot-
tom-up para a região metropolitana do Estado.
Mais recentemente, ao me tornar presidente da Triple Helix Association
(THA), essa interação com o Brasil foi reforçada. Vejo sempre nas conferên-
cias, seja da IASP ou da THA, uma grande presença de autores e praticantes
12
Conto essa estória antiga para dizer que, desde 2002 ou 2003, venho
falando para o José Manoel que precisamos fazer um livro sobre a Triple Helix
no Brasil, com autores locais e para o público local. Alguns anos depois, em
2009, quando estive envolvido com o International Triple Helix Institute, na
La Salle Campus Madrid, que foi o embrião da Triple Helix Association, nova-
mente a falta de um livro com essa perspectiva, de orientar os praticantes, me
ficou evidenciada. Mais adiante, entre 2014 e 2015, após alguns anos atuando
mais como um gestor acadêmico do que como um pesquisador e estando um
pouco afastado do movimento internacional, eu vi o interesse na temática
1 AMARAL, M. G.; MESSIAS, N. R. A evolução do movimento da triple helix: uma análise das comunicações
científicas por meio de técnica bibliométrica. International Journal of Innovation, v. 8, n. 2, p. 250-275, 2020.
2 ROSA, J. A. A.; MESSIAS, N. R.; AMARAL, M. G. The Triple Helix Movement: An Analysis of Academic
Communications In: XVI Triple Helix Conference, 2018, Manchester, 2018.
3 AMARAL, M. G.; MESSIAS, N. R.; CARRARO, E. R. Beyond a Bibliometric Analysis and Literature Review:
The Comprehension and Uses of Triple Helix Approach in Brazil. In: XIX Triple Helix Conference –
Innovation for a Sustainable World, São Paulo, 2021.
16
Por fim, tenho que reconhecer que o produto que estamos entregando
provavelmente não cobrirá todos os anseios e necessidades dos interessados
no tema, mas é uma publicação organizada com muita dedicação e atenção
para contribuir com a discussão sobre inovação e o tão esperado desenvolvi-
mento econômico e a prosperidade que nosso país tanto merece e anseia. Um
pequeno tijolo em uma obra inacabada e que precisa ser acelerada.
Uma obra desse porte é resultado do trabalho de muitas pessoas. Neste
sentido é importante aproveitar o espaço para agradecer. Inicialmente, a
FAPERJ pelo apoio financeiro; em seguida a Andrea e Adriana pela leitura
intermediárias e das políticas públicas no Brasil” e foi escrito por Adriana Fer-
reira de Faria, Jeruza Haber Alves e Andressa Caroline de Battisti, pesquisadoras
do Núcleo de Tecnologia de Gestão (NTG) da Universidade Federal de Viçosa
(UFV). Este capítulo trata dos mecanismos de apoio à inovação, principalmente
as organizações intermediárias como os parques tecnológicos e as incubadoras de
empresas. Esse capítulo também faz um esforço de revisar políticas e instrumentos.
A quarta e última parte desta obra apresenta experiências e casos aplica-
dos, em organizações, sistemas e ecossistemas de inovação no Brasil, visando
trazer ao leitor conhecimento sobre aplicações e análises na realidade nacional,
mais próxima do que aquela da literatura internacional que muitas vezes é
distante do cotidiano e de compreensão não tão evidente.
O capítulo inicial trata sobre “As possibilidades e os limites da Tri-
ple Helix como alavanca de desenvolvimento regional no Estado do Rio de
Janeiro: uma análise baseada nas especificidades dos Sistemas Regionais de
Inovação”. Ele discute possibilidades e limites da Triple Helix como instru-
mento analítico e operativo do desenvolvimento regional. Escrito por Gui-
lherme de Oliveira Santos e Renata Lèbre La Rovere, do Grupo de Economia
da Inovação, sediado no Instituto de Economia da Universidade Federal do
Rio de Janeiro (UFRJ), o capítulo aborda o sistema regional de inovação
do Estado do Rio Janeiro analisando as regiões Norte, Metropolitana e Sul
e como, apesar da presença dos atores institucionais, existem lacunas nas
estratégias e interações entre eles.
O décimo terceiro capítulo desta coletânea – “Hélice Tríplice e Ciclo de
Vida Startup: Evidências de Financiamentos dos Atores da Hélice Tríplice
no Caso NexAtlas” –, escrito pelas pesquisadoras da Universidade Federal
de Itajubá (UNIFEI) Andréa Aparecida da Costa Mineiro e Juliana Caminha
Noronha, o pesquisador da Luiz Guilherme Rodrigues Antunes, da Faculdade
de Economia e Administração da Universidade de São Paulo (USP) e da Fun-
dação Instituto de Pesquisas Contábeis, Atuariais e Financeiras (FIPECAFI),
e pela empreendedora Ana Raquel Calháu Pereira, enfoca uma parte relevante
das relações universidade-empresa-governo, que são as empresas spin-off
e startups. Nele os autores fazem um estudo sobre a evolução da empresa
22
Os Organizadores
Volta Redonda, Itajubá e Viçosa, 15 de julho de 2022
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CAPÍTULO 1
REVISITANDO, REDESCOBRINDO
E REPENSANDO A TRIPLE HELIX
Marcelo Gonçalves do Amaral
Editora CRV - Proibida a impressão e/ou comercialização
A primeira vez que o termo Triple Helix (3H) aparece na literatura com
aplicação na área de gestão foi em janeiro de 1995 em um trabalho científico
publicado no periódico da Associação Europeia de Estudos da Ciência e Tec-
nologia (European Association for Study of Science and Technology), chamado
EASST Review (ETZKOWITZ; LEYDESDORFF, 1995). Previamente ao campo
da gestão, existe uma ampla aplicação do termo nas áreas de química e saúde,
mas em nada relacionadas com a discussão de inovação contida neste livro. Os
autores Henry Etzkowitz e Loet Leydesdorff foram muito claros e objetivos
ao escreverem que se tratava de um modelo de inovação (Triple Helix model
of innovation). Isto é, uma construção teórica que permitia entender como a
inovação ocorre, não só em sua parte final, que é na empresa e no mercado, mas
o processo como um todo, desde a fonte do conhecimento científico.
O trabalho publicado em 1995 era mais um ensaio do que um artigo
científico convencional (com revisão de literatura, aplicação e análise), no
qual o modelo é apresentado ainda em suas linhas básicas. Entretanto, confi-
gura-se não só como o marco inicial, mas também como o resultado de uma
confluência de interesses e esforços intelectuais destes dois pesquisadores.
Nascido em 9 de julho de 1940, na cidade de Nova Iorque, Henry Etz-
kowitz possui graduação em História pela Universidade de Chicago (1962),
doutorado em Sociologia pela New School for Social Research (1969) e pós-
-doutorado pela Universidade de Columbia (1985). Entre 1969 e 2010, ocupou
cargos como docente na área de sociologia na Universidade de Washington, no
Purchase College (depois integrado na Universidade Estadual de Nova Iorque –
SUNY Stony Brook) e na Universidade de Newcastle. Além disso, foi professor e
pesquisador visitante em inúmeras instituições ao longo de sua carreira; fundador
e presidente da Triple Helix Association (entre 2009 e 2021) e, posteriormente,
do International Triple Helix Institute (ITHI), no qual ainda desenvolve ativi-
dades. Seus mais de 400 trabalhos publicados desde 1969 receberam mais de
60 mil citações (atingindo o índice H = 80 no Google Scholar).
Louis André (Loet) Leydesdorff, nascido em 21 de agosto de 1948, em
Jakarta (Índias Holandesas, atualmente Indonésia), é um sociólogo holandês,
ciberneticista e professor emérito da cadeira de Dinâmica de Comunicação
26
foi que ele parecia ser mais adequado para explicar a rápida transformação
da sociedade no fim do século XX. O processo de inovação, cada vez mais
presente e acelerado, era resultado da transformação das relações entre uni-
versidades, centros de pesquisa e empresas apoiadas pelo governo. Etzkowitz
descreve o processo como uma mudança da ciência sem fronteiras (science:
the endless frontier) de Vanevar Bush para uma “transição sem fim” (endless
transition) (ETZKOWITZ; LEYDESDORFF, 1998), que é postulada como
uma série de pequenas mudanças e coevoluções que ocorrem dentro de uma
das pás da hélice (FE, 2009). Essas rápidas transformações são percebidas em
economias mais desenvolvidas a partir da interação entre o complexo indus-
trial-militar com a indústria de bens de consumo associados à revolução da
microeletrônica e da internet. A produtividade e prosperidade, principalmente
dos Estados Unidos, cresceu de forma acelerada e contínua na década de
noventa do século XX em função da introdução de novas tecnologias. Mas o
mesmo efeito notou-se em economias como a alemã, a britânica e a japonesa.
Fe (2009) reforça essa noção ao afirmar, que no final do século passado,
os países mais industrializados começaram a intensificar a base de conheci-
mento de suas economias, especialmente em decorrência da mudança de para-
digma tecnológico possibilitada pelo desenvolvimento de novas tecnologias
de informação e comunicação. A inovação passa a ser o elemento que confere
vantagens competitivas às empresas e a investigação científica e tecnológica a
base para a criação de riqueza e para o desenvolvimento econômico (FAGER-
BERG; SRHOLEC; VERSPAGEN, 2009).
A questão principal dos estudiosos do tema desenvolvimento econômico
é compreender e explicar por que tais acelerações da produtividade acontecem
e mais do que isso aconselhar sobre como esse processo pode ser apoiado
ou gerido7. Modelos anteriores, como o Triangulo de Sábato (SÁBATO;
BOTANA, 1968), os Sistemas Nacional/Regional de Inovação (LUNDVALL,
1992; COOKE, 2001) e a Hélice Dupla (ETZKOWITZ, 2003a) eram mais
rígidos em seus desenhos e mais limitados na explicação do fenômeno daquela
7 Esse capítulo não vai explorar essa discussão visto que não é o foco da proposta.
28
Esse esforço permitiu que algumas ideias que pairavam há algum tempo
fossem devidamente tratadas, isto é, escritas, comparadas com a literatura semi-
nal e confrontadas com outras ideias e escritos. Este esforço tem sido realizado
também em função da elaboração dos editoriais do Triple Helix – A Journal
of University-Industry-Government Innovation and Entrepreneurship, do qual
estou como coeditor desde abril de 2021. Parte deste ensaio foi originalmente
elaborado para o editorial “The Triple Helix Model and the Future of Innovation:
A Reflection on the Triple Helix Research Agenda” (CAI; AMARAL, 2021) do
segundo número do volume oitavo, publicado em 2021. Algumas ideias que
11 Esse capítulo não vai tratar da discussão sobre o modo 1 e modo 2 de produção, o que será feito no próximo
capítulo. Recomenda-se a leitura de Moura (2011).
AS HÉLICES DA INOVAÇÃO: interação universidade-empresa-governo-sociedade no Brasil 33
12 A ideia do laissez-faire faz sentido para os economistas, pois está diretamente relacionada ao pensamento
clássico e liberal do século XIX.
AS HÉLICES DA INOVAÇÃO: interação universidade-empresa-governo-sociedade no Brasil 35
Figura 1 – Configurações da 3H
Government
Government
Government
University Industry
Industry University
Industry University
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15 Esses eventos foram o Workshop Rio Triple Helix e a Rio 2000 – Third International Triple Helix Conference,
já comentados na apresentação desta obra. A terceira conferência da 3H reuniu cerca de 400 participantes
de 38 países e teve massivo apoio de órgãos de governo (como a Financiadora de Estudos e Projetos –
FINEP e a Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior – CAPES) e empresariais (como
o Instituto Euvaldo Lodi, da Confederação Nacional da Indústria – IEL/CNI).
16 Esse capítulo não tem como objetivo fazer uma revisão dos conceitos de inovação. Para tal recomenda-se
Amaral, Renault e Pinto (2021), Kotsemir e Abroskin (2013) e Kotsemir e Meissner (2013).
AS HÉLICES DA INOVAÇÃO: interação universidade-empresa-governo-sociedade no Brasil 37
foi estruturado para atuar junto ao sindicato e aos produtores locais, visando
à busca pelo desenvolvimento que passava por questões técnicas e ambien-
tais. O Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial (SENAI), a Federação
das Indústrias do Rio de Janeiro (FIRJAN), onde eu trabalhava, o Instituto
Nacional de Tecnologia (INT), a Universidade do Norte Fluminense (UENF),
o Centro de Tecnologia Mineral (CETEM), representando a academia; e o
Departamento de Recursos Minerais (DRM-RJ), como órgão do governo do
Estado do Rio de Janeiro, eram as entidades que integravam o projeto. Na
RETECMIN, em vários momentos, eu tinha mais facilidade em me comunicar
com os parceiros sobre as atividades do projeto do que com a minha própria
instituição que, muitas vezes, tinha uma visão incompleta ou enviesada dos
fatos. Nitidamente, o arranjo produtivo local (APL) era o resultado de um
conjunto de interações entre estes atores17.
Um outro exemplo nessa linha é a criação da Fundação CERTI, que é o
resultado da interação entre os atores universidade-empresa-governo em Santa
Catarina. A fundação conta com atores das três esferas em seu conselho e no
financiamento das suas atividades, mas a questão não é somente de equilíbrio
em assentos em um conselho, mas de real interação. As empresas precisavam
de soluções, no âmbito de laboratórios e ensaios, que a Universidade Federal
de Santa Catarina (UFSC) não conseguiria resolver com a agilidade necessária
dentro de seu arcabouço jurídico-legal. O formato de fundação foi, então, o
adequado para abrigar um centro de serviços tecnológicos, inicialmente em
campos como metrologia e qualidade, para a indústria da região18.
Exemplos são muitos. Entretanto, muitas vezes acabam limitando a com-
preensão da 3H ao lado chamado neoinstitucional, onde temos atores e esferas
ou hélices participando de uma iniciativa. Claro que é importante que existam os
atores e que eles interajam, mas isto não explica como de fato eles o fazem. Neste
17 O projeto de reuso do pó de corte de pedra do APL de Santo Antônio de Pádua recebeu menção honrosa na etapa
nacional do Prêmio FINEP de Inovação, em 2005, e diversas outras premiações. Ver em: https://www.cetem.gov.br/
antigo/noticias/projeto-desenvolvido-pelo-cetem-em-santo-antonio-de-padua-conquista-duas-novas-premiacoes.
18 Mais detalhes no trabalho de Jônatan Zülow (2008) disponível em: https://repositorio.ufsc.br/xmlui/
handle/123456789/123457 e em https://www.ipea.gov.br/desafios/index.php?option=com_content&view=
article&id=1420:catid=28&Itemid=23
38
21 Para maior conhecimento sobre as universidades norte-americanas recomendamos a leitura do livro “The
Great American University”, de Jonathan R. Cole. Versão publicada em 2012 pela editora PublicAffairs.
40
22 É importante comentar que existem resistências à ideia de universidade empreendedora como aquela que
se submete aos interesses do capital e cuja agenda será definida de fora para dentro. Entendo que é uma
visão equivocada e superficial sobre o empreendedorismo. Vivemos em uma sociedade capitalista e, por
mais que se possa criticar o sistema econômico atual, a universidade, principalmente a que recebe recursos
públicos, deve estar orientada a resolver problemas da sociedade como um todo.
AS HÉLICES DA INOVAÇÃO: interação universidade-empresa-governo-sociedade no Brasil 41
23 Aqui se pode discutir o que seja implementar. Do ponto de vista dos estudos acadêmicos, a 3H é uma teoria
que pode ser utilizada. No contexto de gestores de políticas públicas e gestores empresariais, a questão é
um modelo operacional ou ferramenta que permita sua aplicação. Por exemplo, para o tema da inovação
aberta (Open Innovation) existe toda uma receita de como aplicá-lo nas empresas.
46
Brasil, nos últimos vinte anos, assim como aos projetos regionais europeus
(Regional Innovation Strategies). Muitos não foram bem-sucedidos, não por
falta de recursos, mas por problemas de governança. Não havia um modelo
gerencial detalhado com práticas de gestão de projetos orientados à inovação
e indicadores de desempenho minimamente comuns para se gerir e analisar
resultados e impactos destas iniciativas. Claro que modelos excessivamente
detalhados poderiam engessar a prática, mas a falta de um padrão também
não ajudou. Houve tentativas, mas também esbarraram na falta de realidade
dos burocratas e na baixa competência em gestão de projetos nas pontas.
prosperidade, mas que ainda pouco contribui para tal. Se não tem um “modo
de uso”, não é um modelo. Se não é replicável, não é uma teoria. Nesse
sentido, diversos autores tratam como uma abordagem ou metáfora (AMA-
RAL; FARIA; SCHOCAIR, 2020). Ainda nessa linha de raciocínio, existe um
amplo espaço para o desenvolvimento de ferramentas aplicadas e práticas. É
discutível, inclusive, se ela deve ser aplicável, apesar de ser inspiração para
ferramentas aplicadas, como o AMIEM, que permite avaliar ambientes de
inovação como parques tecnológicos (AMARAL, 2015).
REFERÊNCIAS
ALMEIDA, F. Systematic Review on Academic Entrepreneurship Indicators.
Entrepreneurship. Entrepreneurship, v. 9, n. 2, p. 7-22, 2021. DOI: http://
dx.doi.org/10.37708/ep.swu.v9i2.1.
CAI, Y.; ETZKOWITZ, H. Theorizing the Triple Helix model: Past, present,
and future. Triple Helix, v. 7, n. 2-3, p. 189-226, 2020. DOI: https://doi.
org/10.1163/21971927-bja10003.
ETZKOWITZ, H.; COMEZ, R. Z.; PARK, L.; ZHOU, C. Filling the Gaps:
The Role of Science Parks in Developing Venture Capital Systems. In: XXVI
IASP World Conference on Science and Technology Parks, 2009.
Fourth Triple Helix Conference, 2002. Science and Public Policy, v. 30, n. 1,
p. 55-61, 2003. DOI: https://doi.org/10.3152/147154303781780678.
p. 20-25, 1996a.
1. Introdução
24 Esse depoimento público dá a entender que no MIT só existiam relações universidade-empresa e vai em
direção oposta a outra fala bastante conhecida do autor, na qual ele afirma não ter inventado a 3H, mas sim
a encontrado nos arquivos do MIT. O que se pode afirmar, com base em Etzkowitz (2002), é que já existiam
relações de triple e quadruple helix integradas pelo MIT ao longo do século XX. Entretanto, os tipos de
relações na Universidade de Stanford foram mais complexos ou sofisticados (ETZKOWITZ, 2007).
AS HÉLICES DA INOVAÇÃO: interação universidade-empresa-governo-sociedade no Brasil 65
ção entre os atores das diferentes esferas pode ser descrita de forma estática
usando a ARS, o que permite entender as relações entre os diferentes atores
que operam dentro e entre as hélices, além de permitir a identificação do
fluxo de conhecimento, isto é, entender a forma como ele é produzido, difun-
dido e controlado (LEYDESDORFF; FRITSCH, 2006; LEYDESDORFF;
DOLFSMA; VAN DER PANNE, 2006).
Adicionalmente às teorias, existem outros modelos que embasam a inte-
ração universidade-empresa. Ottoboni (2011), partindo da classificação pro-
posta por Rothwell (1994), destaca que os principais modelos que enfatizam
o caráter sistêmico do processo de inovação podem ser representados pelo
Triângulo de Sábato e pelo Sistema Nacional de Inovação (SNI).
O modelo conhecido por Triângulo de Sábato, proposto pelos argentinos
Sábato e Botana (1968) foi elaborado para superar o subdesenvolvimento e
auxiliar na ascensão da América Latina através do desenvolvimento da ciência
e da tecnologia. Esse desenvolvimento só seria possível pelas interrelações de
três agentes: o governo, a infraestrutura tecnológica e a estrutura produtiva.
Tais interrelações podem ser de três tipos: 1) ações entre atores de um mesmo
vértice; 2) ações entre atores de diferentes vértices; e 3) ações entre atores de
qualquer dos vértices e um ator externo (SÁBATO; BOTANA, 1968).
O conceito de SNI, introduzido por Lundvall (1992), considera o con-
junto de agentes e instituições (grandes e pequenas firmas, públicas e privadas;
universidades e agências governamentais), articuladas com base em práticas
sociais, vinculadas à atividade inovadora, de cunho local, sendo as firmas
privadas o coração de todo o sistema (GRANT, 1996; CAMPOS, 2001).
Este sistema, de acordo com Edquist (2001), considera todos os importantes
fatores econômicos, sociais, políticos e organizacionais que influenciam o
desenvolvimento, a difusão e o uso de inovações.
Para Freeman (1995), apesar de Lundvall ser o primeiro autor a usar a
expressão “Sistema Nacional de Inovação”, em 1985, há que se admitir que a
ideia remonta a List, autor que primeiro reconheceu, em 1841, que a indústria
deve ser ligada a instituições formais de ciência e educação, conceito fundamen-
tal para os sistemas de inovação. List também reconheceu a interdependência
66
continuação
Abordagem Teórica Conceituação aliada a 3H
A ARS pode ser usada para medir e analisar propriedades estruturais de redes, como ligações,
recursos, vínculos informacionais, dentre outras formas de interação. A ARS consiste em um
método sociométrico de análise de um conjunto de atores e as relações estabelecidas entre eles
(WASSERMAN; FAUST, 1994). O objetivo é entender como a estrutura de uma rede fornece
Redes
oportunidades e/ou restrições para os atores de 3H, restringindo ou permitindo o acesso a
recursos, informações e comportamentos (SCOTT, 2013; ALHAJJ; ROKNE, 2014; EBERS,
2015; Steketee, MIYAOKA; SPIEGELMAN, 2015). No estudo, agrupou-se nessa categoria a
ARS, cooperação entre atores e redes de inovação.
O modelo de inovação da 3H representa um modelo básico para a aplicação do conhecimento
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Investment
Employment
Business
Sophistication
Investment Investment
Employment Employment
Business Business
Sophistication Sophistication
Sustainable
Sustainable
entrepreneurial
industry
university
Civil society
Transnational
consensus space
Sphere of
transnational
government
cooperation
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Sphere of Sphere of
transnational transnational
university industry
cooperation cooperation
Transnational Transnational
knowledge space innovation space
25 Esses comentários são encontrados nos autores Cooke (2005, p. 1130), Shinn (2002, p. 609) e Viale e
Pozzali (2010, p. 576) citados em Cai e Etzkowitz (2020, p. 8).
74
26 O argumento que esse modelo é o mais aceito se apoia no fato de que a União Europeia assumiu a
Quadruple Helix como modelo adequado no contexto social para disseminar as práticas de pesquisa e
inovação sustentável (responsible research and innovation – RRI) (EUROPEAN COMMISSION, 2016 apud
CAI; ETZKOWITZ, 2020).
76
para agregar valor ao contexto em que estão inseridos. Essa percepção aumenta
significativamente a variedade e a complexidade das relações entre os atores.
Nesse sentido, a sociedade pode atuar de distintas formas, como 1) pro-
moção da conexão entre atores da 3H, cidadãos e usuários (NORDBERG,
2015); 2) transformação da sociedade por meio de mudança no comporta-
mento do consumidor, padrões de produção, normas e valores (GRUNDEL;
DAHLSTROM, 2016); 3) fortalecimento regional atraindo novas entidades
para a região (KOLEHMAINEN et al., 2016); 4) atuação em colaboração
com os parceiros do ecossistema para ajudar a cocriar ecossistemas inovado-
6. A Quinta Hélice
Sustainability +
University / academy environment
(K generators)
Civil society +
media + culture
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Industry
(K users) Government
(regulator)
Fonte: Cai (2022) adaptado de Carayannis e Campbell 2021; Amaral, Faria e Schocair (2020).
27 Também conhecidas como metas do desenvolvimento sustentável das Organizações das Nações Unidas,
ou Sustainable Development Goals (SDGs), no original.
78
circulation of knowledge
inputinput output
opinion, satisfaction output
opinion, satisfaction and and new
participation of citizens
participation of citizens
newideas
ideas& &solutions,
solutions,
programmes
programmes& &laws laws
political system
output knowledge creation
output
a new quality of life political and legal capital
input
ininninnn rerereredudududucicicingcingngnging
high-skilled
tetetetete grerererereeeneennn ioionnn
gggg aatto
new
new green
green lifestyle
gegeeeled s
lifestyle
CO
vv ti
oovovvaaatiti
ge
red ²-E²-E²-E²-Emmmismisissiisis
le
human capital
ininnonovoa
an cccchchhhnhnnononoloololologoggg en
aaanandndnddd k lelelellessoss g
COCOCOCOEm
²-
uc sisionsionononssssions
tiooonnn
inn
leleleledddgdgw
kkknknnonoownowwwo
input
natural environment economic
economic system
system sustainable
values
values and
and ideas
ideas
output
output knowledge
knowledge creation
creation knowledge creation
green know-how natural
natural capital
capital economic
economic capital
capital
output
output
input high-quality
high-qualityeconomy
economy
protecting
protecting the environment
protecting environment &&new
newkind
kindofoffree
freemarket
marketeconomy
economy
&&new
newjobsjobsandandgrowth
growth
7. A Sexta Hélice
The Triple Helix twins create a mechanism for reproduction and trans-
formation: the yang one exemplifies cooperative arrangements among
Technology Population
Venture Capital Goal: Resources
High-Tech Firms Social
Development
Environment
Goal: Goal:
U-I-G Triple Helix for Economic Growth Sustainability
Innovative Development
sustentável propondo um modelo analítico (framework) que pode ser útil para
as discussões da evolução do modelo das hélices.
Universidade
Un
ive
rsida resa
de Emp
S
o
Govern
Governo
Ambiental
Un
ive
rsida
de
resa
TRIPLE HELIX Emp
S
l Ec
Socia on
ôm
ico
Ambiental
no
Ambiental
Gover
DS
S E
l c
Socia on
ôm
Social Econômico ico
nosso ver, ser incorporadas pela esfera governamental por meio de legislações.
O mesmo se pode pensar sobre questões relacionadas com o setor financeiro,
ambiental e tantas outras que já foram sugeridas como hélice.
O segundo exemplo sobre a múltipla compreensão de um fenômeno
pelos atores das diferentes hélices é o caso de um projeto de P&D realizado
pela universidade em parceria com a empresa e financiado pelo governo. Para
o governo, é uma despesa (do ponto de vista fiscal) que ele entende como
relevante para o futuro do sistema de C&T&I, alinhada com uma estratégia
para o tema (às vezes nem isso é), além de ser fomento ao sistema produtivo
9. As novas sínteses
Ao longo dos anos, criou-se uma certa oposição entre os modelos de três
hélices e os modelos de quatro e cinco hélices, talvez em função dos princi-
pais autores destas variantes (Elias Carayannis e David Campbell) não serem
integrantes do movimento da 3H nem da THA. Em publicações recentes,
estes pesquisadores, assim como Yuzhuo Cai (CAI, 2022), tentam criar pontes
entre os modelos e construir uma síntese. A proposta de uma teoria unificada
emergente, com base na arquitetura de hélices (Emerging Unified Theory of
Helical Architectures – EUTOHA), foi publicada em 2022 no Triple Helix
AS HÉLICES DA INOVAÇÃO: interação universidade-empresa-governo-sociedade no Brasil 85
REFERÊNCIAS
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sent, and future. Triple Helix, v. 7, p. 189-226, 2020. DOI: https://doi.
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s13132-011-0051-x.
Innovation System Project in the Baltic Sea Region. Journal of the Kno-
wledge Economy, v. 5, n. 1, p. 94-113, 2014. DOI: https://doi.org/10.1007/
s13132-012-0098-3.
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Open Innovation model: A case study based on international cooperation for
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logy Management, v. 35, p. 71-91, 2015. DOI: https://doi.org/10.1016/j.
1. Introdução
2. Método de pesquisa
continuação
Etapas Descrição
• Utilização do software StArt® para seleção dos artigos na revisão sistemática
• Utilização do software NVivo® para análise de conteúdo
Análise e síntese
• Organização dos dados: estatística descritiva dos artigos e análise de conteúdo
• Análise CIMO
Fonte: Elaboração própria (2021).
3. Resultados
4. Discussão
Esta seção apresenta a discussão com base na estrutura CIMO (Contex-
t-Interventions-Mechanisms-Outcomes). Na análise CIMO será discutido o
contexto das colaborações universidade-empresa, as intervenções, os resul-
tados e os mecanismos que levam aos resultados.
4.1 Contexto
4.2 Intervenções
4.3 Mecanismos
Desenvolvimento científico
Empregos
Impactos Sociais
Habilidades e qualificação
Compras
Impostos
Financeiros
Investimentos
Geração de renda
Governo
Sociais
Aumento de PIB e PIB per capita
Financeiros
5. Conclusões
tiva CIMO permitiu obter uma compreensão mais profunda acerca das
especificidades e peculiaridades das colaborações universidade-empresa
e dos resultados socioeconômicos gerados. A modificação dos contextos
em que as colaborações são realizadas pode criar um ambiente mais pro-
pício para o desenvolvimento socioeconômico baseado no conhecimento,
viabilizando novas políticas públicas e mecanismos para potencializar a
transferência de tecnologia.
REFERÊNCIAS
AHRWEILER, P.; PYKA, A.; GILBERT, N. A new model for univer-
sity‐industry links in knowledge‐based economies. Journal of Product
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p. 316-324, 2016. DOI: https://doi.org/10.5755/j01.ee.27.3.13799.
PERKMANN, M.; FINI, R.; ROSS, J. M.; SALTER, A.; SILVESTRI, C.;
TARTARI, V. Accounting for universities’ impact: Using augmented data to
measure academic engagement and commercialization by academic scien-
tists. Research Evaluation, v. 24, n. 4, p. 380-391, 2015. DOI: https://doi.
org/10.1093/reseval/rvv020.
130
SÁ, E.; CASAIS, B.; SILVA, J. Local development through rural entrepre-
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in northern Portugal. International Journal of Entrepreneurial Behavior
& Research, v. 25, n. 4, p. 698-716, 2018. DOI: https://doi.org/10.1108/
IJEBR-03-2018-0172.
SIZER, J. Research and the knowledge age. Tertiary Education & Mana-
gement, v. 7, n. 3, p. 227-242, 2001. DOI: https://doi.org/10.1080/1358388
3.2001.9967055.
WAKKEE, I.; VAN DER SIJDE, P.; VAUPELL, C.; GHUMAN, K. The uni-
versity’s role in sustainable development: Activating entrepreneurial scholars
as agents of change. Technological Forecasting and Social Change, v. 141,
p. 195-205, 2019. DOI: https://doi.org/10.1016/j.techfore.2018.10.013.
ANEXO A
Tabela A1 – Autores que participaram de mais de um artigo científico
Autor Artigos Anos
David Urbano 4 2013, 2016 (2) e 2019
Albert Link 3 2013 (2) e 2015
Christopher Hayter 3 2013 (2) e 2015
David Audretsch 3 2009, 2013 e 2019
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continuação
País Participação nos artigos Porcentagem (%)
Brasil 2 2,13
Dinamarca 2 2,13
México 2 2,13
Rússia 2 2,13
Taiwan 2 2,13
Argentina 1 1,06
China 1 1,06
Colômbia 1 1,06
ANEXO B
Figura A1 – Impactos econômicos das colaborações Universidade-Empresa
Investimento em infraestrutura
Infraestrutura
Compartilhamento de recursos e laboratórios
Aumento de produtividade
processos e serviços
Patentes e licenciamento
Excelência acadêmica
Aumento de salários
Sociais
Qualificação da força de trabalho
Financeiros Investimentos
Aumento de investimentos
Financiamento
1. Introdução
32 Para Sanchez (2008), a importância de estudos bibliométricos se dá especialmente pelos indicadores que
deles resultam e o quanto tais informações permitem a identificação de hábitos, tendências e comportamentos
do objeto analisado. Da Conceição Moreira et al. (2020) propuseram uma comparação entre distintas
ferramentas bibliométricas (VOSViewer, Biblioshiny, CiteSpace e Publish or Perish) a partir de critérios de
funcionalidade dos softwares organizados metodologicamente por eles. Como resultado, foi constatado que
o Biblioshiny possui “o maior conjunto de análise, atendendo a todos os critérios de comparação estipulados”
(p. 152). Ainda, complementam que o uso de um bom software em pesquisas bibliométricas possibilita maior
garantia da qualidade dos dados utilizados na pesquisa e, consequentemente, da pesquisa em si.
AS HÉLICES DA INOVAÇÃO: interação universidade-empresa-governo-sociedade no Brasil 141
3. Aspectos metodológicos
33 Visto que uma terminologia similar a esta também é utilizada na área médica.
34 Ressalta-se como limitação desta pesquisa a não inclusão de trabalhos publicados em revistas não
indexadas na WoS.
35 Esta é a formatação necessária para que o Bibliometrix R realize suas análises e cálculos bibliométricos.
36 De acordo com Aria e Cuccurullo (2017), o pacote denominado Bibliometrix R oferece um conjunto de
ferramentas estruturadas em linguagem R. Dessa forma, as análises são estruturadas a partir de algoritmos
estatísticos eficazes, o que garante ao pesquisador acesso a dados de alta qualidade.
144
4. Resultados
De acordo com as informações obtidas pelo Biblioshiny, nos últimos trinta
anos (1992-2022), os 1.125 trabalhos foram publicados em 415 diferentes fontes
acadêmicas (revistas, livros, anais de eventos, dentre outros), que se relacionam
com 37.217 referências bibliográficas citadas. Dos 1.125 trabalhos, identificou-se
que 92,6% dos trabalhos estão divididos entre artigos científicos publicados em
periódicos indexados (67,6%) e artigos publicados em anais de eventos (25,1%).
No que tange à análise de coautoria, foi constatado que a rede é composta
por 2.367 pesquisadores, representando um índice médio de colaboração
de 2,4 – que é obtido a partir da divisão entre o número total de artigos em
coautoria pela diferença entre o número total de documentos e documentos de
autoria única. Identificou-se, ainda, que apenas 187 pesquisadores possuem
publicações de autoria “solo”. Levando-se em conta a totalidade de trabalhos
e autores, sem exclusão, foi identificada uma média geral de 2,1 autores por
documento. A Tabela 1 apresenta o sumário descritivo dos dados analisados.
continua...
AS HÉLICES DA INOVAÇÃO: interação universidade-empresa-governo-sociedade no Brasil 145
continuação
Material editorial 20
Revisão de livros 5
Tipos de documentos – Correções 2
categorias WoS Revisão; acesso antecipado 2
Cartas 1
Novos itens 1
“Plus” * 1.088
Palavras-Chave
Dos autores 2.731
Número de autores 2.367
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25
LEYDESDORFF L 52
18
ETZKOWITZ H 42
14
PARK HW 24
8
MEYER M 10
CAI YZ
5
8
STRAND O
5
8
CARAYANNIS EG 4 7
4
IVANOVA I 7
6
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ZAWDIE G 7
5
Authors
ZHANG Y 7
4
GRIGOROUDIS E 6
1
KHAN GF 6
AGUILAR JMP
1
5
CHEN DZ
1
5
DEBACKERE K
5 5
DZISAH J 3 5
HUANG MH
1
5
KLOFSTEN M
3
5
MARQUES C
3 5
MASCARENHAS C 3 5
N. of Documents
desenvolvida, visto que dos vinte países mais citados, dezoito são desenvolvidos.
Observa-se que, além do Brasil – país de economia em desenvolvimento e que
possui 349 citações –, apenas a China aparece na listagem, com 1.157 citações.
O caso da China é particular, haja vista possuir renda média, o segundo maior
PIB global e apresentar desempenho econômico notável nas últimas décadas,
mas ainda ser classificado como uma economia em desenvolvimento.
39 Sendo o conceito de aparição não necessariamente uma citação. Nesse caso, o termo EUA foi identificado
6.228 vezes dentro do conjunto de dados analisados pelo Bibliometrix. Ou seja, esse país recebe maior
atenção por pesquisadores que não necessariamente nele vivem ou que nele possuem afiliações.
150
5. Conclusão
REFERÊNCIAS
AMARAL, M. G.; MESSIAS, N. R. A evolução do movimento da Triple
Helix: Uma análise das comunicações científicas por meio de técnica biblio-
métrica. International Journal of Innovation, v. 8, n. 2, p. 250-275, 2020.
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A Reflection on the Triple Helix Research Agenda. Triple Helix, v. 8, n. 2,
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CAI, Y.; ETZKOWITZ, H. Theorizing the Triple Helix model: Past, present,
and future. Triple Helix, v. 7, n. 2-3, p. 189-226, 2020. DOI: https://doi.
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CAI, Y.; LATTU, A. Triple Helix or Quadruple Helix: Which Model of Inno-
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org/10.1007/s11024-021-09453-6.
and Quintuple Helix and how do knowledge, innovation and the environment
relate to each other?: a proposed framework for a trans-disciplinary analysis of
sustainable development and social ecology. International Journal of Social
Ecology and Sustainable Development (IJSESD), v. 1, n. 1, p. 41-69, 2010.
Disponível em: https://doi.org/10.4018/jsesd.2010010105.
Andrei Mikhailov
Janaina Ruffoni
Graziele de Lacerda Morales
Igor Fink Glaser
Daniel Pedro Puffal
1. Introdução
42 Este trabalho se insere em dois projetos de pesquisa do Grupo de Pesquisa em Dinâmica Econômica da
Inovação (GDIN) da UNISINOS: a) projeto n. 19/2551-0000670-5 financiado pela Fundação de Amparo à
Pesquisa do Estado do Rio Grande do Sul (FAPERGS), pelo Edital FAPERGS/CAPES 06/2018 – Programa de
Internacionalização da Pós-Graduação; e b) e projeto 88881.153845/2017-01 intitulado Ecossistemas de Inovação:
Estudos sobre a Interação Universidade-Empresa, financiado pela CAPES pelo Edital CAPES-SIU/2017.
43 Agradecemos os comentários da Dra. Paola Schaeffer (Pós-Doutoranda no PPGA-UNISINOS) que
contribuíram para qualificar o estudo.
160
44 Ainda que nos últimos anos venha ocorrendo um processo de desindustrialização precoce no Brasil, o que
vem reduzindo a participação das empresas da indústria de transformação na formação do PIB nacional,
sabe-se, com base em literatura consolidada, que o setor industrial como um todo é fundamental para o
processo de crescimento econômico dos países.
45 Trata-se de uma base de dados oficial do CNPq composta por um conteúdo diversificado de informações
a respeito da atividade científica e tecnológica de grupos de pesquisa brasileiros formalmente registrados
e de áreas de conhecimento diversas. Os grupos de pesquisa são essencialmente de Universidades, mas
não somente, havendo também grupos de pesquisa de hospitais, institutos de pesquisa (ex. Embrapa)
e outras instituições.
162
2. Fundamentação teórica
46 Relevante observar que os dados do DGP-CNPq são fornecidos pelos líderes dos grupos de pesquisa
(alocados, maiormente, em universidades e institutos públicos de pesquisa). São esses líderes que informam
a respeito das interações que realizam com empresas e outros atores. As empresas não são respondentes
nessa base de dados.
AS HÉLICES DA INOVAÇÃO: interação universidade-empresa-governo-sociedade no Brasil 163
3. Procedimentos metodológicos
É importante adicionar também que o número de empresas que se enga-
jam em IUE apresentou crescimento sólido nas últimas duas décadas (FIS-
CHER et al., 2019). Enquanto em 2003 apenas 1,96% das empresas brasileiras
com perfil inovativo declararam ter participado da IUE, em 2008 este número
aumentou para 4,27% e 2014 para 7,20% respectivamente. (FISCHER et al.,
2019)48. Estudos recentes mostram que algumas das principais universidades
brasileiras estão no cerne dos sistemas de inovação locais, mas seu impacto
ocorre de maneira mais intensa a nível das cidades (SCHAEFFER et al., 2018).
Considerando que nas últimas duas décadas o país promoveu o surgi-
mento das universidades intensidade em pesquisa, e, portanto, gerou uma
ampla gama do novo conhecimento científico e tecnológico, há ainda muito
espaço para a tradução das políticas regulatórias nacionais em uma extensa
e produtiva IUE (FISCHER et al., 2019).
Os dados secundários utilizados neste estudo foram coletados do Censo
do Diretório de Grupos de Pesquisa do CNPq (DGP-CNPq) para o ano de
2016 (CNPq, 2022). Trata-se de uma base de dados preenchida pelo líder do
grupo de pesquisa formalmente cadastrado no CNPq. Há diversos estudos que
analisam a IUE no Brasil e utilizam essa base de dados. É comum encontrar
47 Os resultados da pesquisa feita no Brasil foram comparados com os dados de uma pesquisa semelhante
realizada nos Estados Unidos.
48 Estatísticas apontadas por Fischer et al. (2019) estão baseadas na compilação dos dados da PINTEC
nos anos de 2003, 2005, 2008, 2011 e 2014. PINTEC é a pesquisa de inovação brasileira realizada trie-
nalmente pelo IBGE – Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística. Para mais informações acesse aqui:
https://www.ibge.gov.br/estatisticas/multidominio/ciencia-tecnologia-e-inovacao/9141-pesquisa-de-inovacao.
html?=&t=o-que-e.
AS HÉLICES DA INOVAÇÃO: interação universidade-empresa-governo-sociedade no Brasil 165
49 É importante ressaltar que principalmente a ausência de registro das parcerias informais na base de
dados é também uma característica predominante nas bases de dados utilizadas em pesquisas nos países
desenvolvidos (APA et al., 2021).
50 Para mais informações ver Censos realizados – Plataforma Lattes – CNPq em https://lattes.cnpq.br/web/
dgp/censos-realizados.
51 Importante mencionar que após o Censo de 2010 o “Plano Tabular” foi descontinuado. Os dados estão
disponíveis no site para os anos posteriores, porém somente por meio de buscas específicas tanto nos “Censos”
quanto na “Base Corrente”. Essa forma de disponibilização gerou dificuldade para obtenção de toda a base de
dados de forma organizada. Com isso, aproveitamos para registrar aqui o nosso agradecimento à Professora
Doutora Márcia Rapini, que nos disponibilizou a base completa do Censo de 2016, obtida a partir de um esforço
realizado pela UFMG de desenvolvimento de algoritmos de busca e construção da base em planilha Excel.
52 Ao preencher os dados a respeito das interações que realizam, cada grupo de pesquisa pode indicar até
3 tipos de relacionamentos que representam as atividades desenvolvidas (considerando o total de 14 tipos
de relacionamentos definidos na tipologia do CNPq). Sendo assim, o número total de tipos de interações é
maior do que o número de combinações de tipos de interações em cada relacionamento (as combinações
podem ser formadas por até 3 tipos de relacionamentos). Entende-se que a análise das combinações das
interações permite compreender a totalidade das atividades desenvolvidas em cada relacionamento, então,
as “combinações das interações” também foram analisadas no trabalho.
53 Situação idêntica à observação feita na nota 51, ocorre para a informação referente ao “tipo de fluxo de
recursos” para cada interação informada.
166
3.2 Variáveis
54 É importante adicionar que conforme o DGP-CNPq os fluxos de recursos entre o grupo de pesquisa e a
empresa são denominados de “tipo de remuneração”.
168
4. Resultados
55 É importante atentar para o cálculo do número de interações no presente trabalho. Enquanto no trabalho de
Schaeffer et al. (2017) todas as interações apontadas no DGP-CNPq eram compiladas no cálculo do número
total das interações, no presente trabalho cada tipo de interação entre um dado grupo e uma dada empresa
foi contabilizado apenas uma vez, independentemente de quantas vezes esse tipo de interação aparecesse
dentro de uma combinação de interações. Assim, no presente trabalho, dentro de cada combinação de
interações cada tipo de interação era contado apenas como “presente” (1) ou “ausente” (0). A escolha do
uso dessa técnica de contagem no presente trabalho foi imposta pelas necessidades metodológicas do teste
da Tabela-Verdade, o qual quando é parte do método qualitativo-comparativo do tipo crisp-set (csQCA) só
pode ser rodado com variáveis binárias.
170
continuação
Número Média de
Número de % do
Nome da Instituição Região de empresas
Interações total
grupos por grupo
Universidade Federal do Rio de Janeiro Sudeste 100 3,51 50 0,70
Universidade Federal de Viçosa Sudeste 97 3,40 25 1,52
Universidade Federal do Paraná Sul 89 3,12% 33 1,48
Universidade Federal de Pernambuco Nordeste 79 2,77% 28 1,36
Instituto de Pesquisas Tecnológicas do Estado de
Sudeste 76 2,66% 11 5,91
São Paulo
56 Para uma discussão interessante a respeito dessa questão, ver Póvoa e Monsueto (2011, p. 11), que
destacam: “Em seu livro Capitalismo, Socialismo e Democracia de 1942, Joseph Schumpeter sugeriu,
172
sobretudo nos capítulos 7 e 8, que empresas maiores tendem a ser mais inovadoras e que a inovação está
relacionada a mercados mais concentrados, distanciando-se do ambiente de competição perfeita”. Os autores
também citam o estudo de Cohen e Levin (1989), que problematizam a síntese proposta.
AS HÉLICES DA INOVAÇÃO: interação universidade-empresa-governo-sociedade no Brasil 173
0 1 0 1 0 0 0 0 0 0 1 1 4,35
0 0 1 0 0 0 0 0 0 0 1 1 4,19
0 1 1 1 0 0 0 0 0 0 1 1 3,10
0 0 1 1 0 0 0 0 0 0 1 1 2,28
0 0 0 0 0 0 0 1 0 0 0 0 2,12
Total 10 combinações mais frequentes 83,45
Fonte: Elaborado pelos autores (2021) com base no Censo do DGP de 2016.
5. Discussão e conclusão
58 Ainda assim, é importante ressaltar que essa limitação, em termos de subdeclaração das interações, não é
exclusiva de estudos conduzidos em países emergentes. Apa et al. (2021) reiteram que interações informais,
em especial aquelas baseadas em relações pessoais entre pesquisadores e funcionários das empresas,
têm sido pouco exploradas pelos estudos. Um dos fatores que contribui para tal situação são os tipos
de interações estudadas pela literatura, as quais normalmente priorizam P&D colaborativo, transferência
de tecnologia, uso de recursos físicos da universidade por parte da empresa, formação de alianças etc.
(AL-TABBA; ANKRAH, 2015). Por sua vez, esse perfil de estudos decorre, ao menos em parte, do perfil das
bases de dados nacionais e internacionais disponíveis aos pesquisadores, as quais contêm dados sobre
interações baseadas em P&D ou transferência de tecnologia (ARANT et al., 2019; MELNYCHUK et al.,
2021; MIN; KIM; VONORTAS, 2020; SUZUKI, 2017).
178
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IJTM.2016.075162.
1. Introdução
ZHOU, 2017; HUYNH et al., 2017; OLCAY; BULU, 2016; RENNÓ et al., 2016).
Conforme apontado por Bonaccorsi (2017), é exigido um enorme esforço
das universidades para que os impactos de suas ações sejam percebidos a curto
prazo. Diante do exposto, verifica-se que a literatura no atual estado da arte
não consegue esclarecer todas as lacunas relacionadas à dinâmica da relação
universidade-empresa, bem como a real contribuição dessas interações para o
desenvolvimento de regiões economicamente periféricas, permeadas por baixa
capacidade de absorção de conhecimento e falta de dinamismo econômico.
Ademais, embora estejam emergindo estudos sobre os NIT no Brasil, essas
abordagens ainda se relacionam às regiões com maior densidade econômica e
em universidades com maior capacidade de liderar ecossistemas de inovação
(AMARANTE SEGUNDO, 2018; ARBIX; CONSONI, 2011; DIAS; PORTO,
2013, 2014; LUCENA; SPROESSER, 2015; MARTINS et al., 2017).
Portanto, com o intuito de suprir esse gap na literatura, a questão central
a ser endereçada neste capítulo pode ser definida da seguinte forma: Qual
é a efetiva capacidade dos Núcleos de Inovação Tecnológica (NITs) de
fortalecer a interação universidade-empresa em ecossistemas economi-
camente periféricos? Em busca de resposta a essa questão, foi proposto
um estudo de múltiplos casos nos Institutos Federais de Educação, Ciência
e Tecnologia (IF) situados em Minas Gerais, com o objetivo de descrever e
entender as contribuições dos NIT no processo de inovação das IES, bem
como a influência do contexto periférico na relação que se estabelece entre
eles (EISENHARDT, 1989; MORIN et al., 2005). Para a coleta de dados,
foram realizadas pesquisas bibliográficas e documentais. Foram, também,
realizadas entrevistas semiestruturadas com os coordenadores dos NIT dos
Institutos Federais (IF) localizados em Minas Gerais.
3. Procedimentos metodológicos
N T N T N T N T N T N T
Entrevistados
Coord. NIT 1 57 1 52 1 80 1 * 1 130 5 319
Ex-Coord. NIT - - 1 45 - - - - - - 1 45
Pesquisador (P) 2 94 3 127 1 * 1 66 2 120 9 407
Empresa (E) 2 30 2 76 1 72 1 41 1 31 7 250
Total 5 181 7 300 3 152 3 107 4 281 22 1021
N= número de entrevistados; T= tempo de duração da(s) entrevista(s) em
minutos; *Entrevistas concedidas por escrito (não gravadas)
Fonte: Elaborada pelos autores (2021).
No IF2, IF3 e IF5 os NIT foram criados entre em 2010 e nos demais,
2011. A institucionalização desses órgãos se deu logo após a criação dos Insti-
tutos Federais por meio da junção de algumas escolas técnicas nas respectivas
regiões. Os NIT nos cinco IF estão subordinados às Pró-Reitorias de Pesquisa,
Pós-Graduação e Inovação. A média de pedido de proteção de patentes dos
NIT está em torno de nove pedidos por unidade. Do total de pedidos de prote-
ção de patentes, apenas um NIT declarou ter feito um licenciamento. Quando
se trata dos pedidos de proteção de propriedade intelectual no geral, incluindo
registros de marcas e programas de computadores, esses últimos lideram com
ampla margem, representando aproximadamente 2/3 do total de pedidos.
Em relação à política de inovação enquanto documento, somente
três IF elaboraram esse instrumento. No mesmo sentido, estudos de Silva,
196
4. Resultados e discussão
A análise das condições organizacionais teve foco nas IES e nos NIT
para melhor compreender a capacidade dessas entidades de interagir e pro-
mover a interação, conforme preconiza o modelo HT. Essa abordagem está
de acordo com Dathein (2003), ao afirmar que as condições organizacionais e
institucionais, criadas de forma simultânea e interrelacionada, potencializam
as inovações tecnológicas. Nesse sentido, no âmbito das IES será feita uma
discussão a respeito das instalações e recursos disponíveis; atividades dos
NIT e sua legitimidade Institucional; a divergência de expectativa entre IES
e empresas; e, por fim, a limitação de recursos humanos nos NIT.
A existência de instalações adequadas e recursos são elementos críti-
cos ao se tratar de estrutura de pesquisa das IESs. Dessa forma, o acesso a
espaços como parques e polos tecnológicos, incubadora de empresas, espaços
maker e outros laboratórios internos são valorizados pelos pesquisadores e
empreendedores acadêmicos. Todavia, nem todas as IES têm a capacidade
de disponibilizar tais espaços. No caso dos IF, a pouca estrutura de pesquisa
existente se destina a fins didáticos, o que dificulta as parcerias com empresas.
AS HÉLICES DA INOVAÇÃO: interação universidade-empresa-governo-sociedade no Brasil 201
Isso para a empresa é muito ruim, porque você tem um cronograma, uma
expectativa, existe uma demanda do mercado, que naquele momento ali
você tem, por assim dizer, que explorar. A partir do momento que nós temos
esse tipo de lacuna dos pesquisadores, de suporte, nós temos atrasos na
entrega dos projetos e podemos perder inclusive o timing dessa inovação
(Entrevistado da Empresa E5).
4.3 Microcondicionantes
dos NIT, quais sejam: cultura de pesquisa básica, insegurança jurídica, limi-
tação de tempo dos pesquisadores para se dedicarem à pesquisa e pouca
habilidade para lidar com o mercado.
Em relação à cultura de pesquisa na instituição, observou-se que, enquanto
os instrumentos normativos determinam a pesquisa aplicada como prioridade
nos IF, muitos pesquisadores insistem no desenvolvimento da pesquisa básica,
as quais raramente dialogam com as demandas da região. Na percepção tanto
de pesquisadores quanto de coordenadores de NIT, há muita dificuldade para
o pesquisador fazer a pesquisa aplicada aderente às demandas locais, uma vez
Hoje nós estamos trabalhando mais com pesquisa básica e pesquisa des-
critiva. A gente tem que entender um fenômeno até fazer um panorama
desse fenômeno e explicar esse fenômeno. Mas, infelizmente, a gente não
está nem no momento ainda, que é conseguir fazer uma pesquisa prática
ou pesquisa-ação (PESQUISADOR).
tenham sucesso. Uma boa noção de mercado vai contribuir para a escolha da pes-
quisa a ser desenvolvida, para o estabelecimento das parcerias e para a valoração
da tecnologia. Essas mesmas dificuldades foram levantadas por Oliveira e Torko-
mian (2019), que apontaram a dificuldade em julgar o potencial comercial de uma
invenção, a falta de conhecimento sobre dinâmica de mercado e a falta de poder
de barganha como dificultadores no processo de interação Universidade-Empresa.
Além do exposto, é importante ressaltar que a motivação dos pesquisadores
influencia diretamente a relação da IES com o sistema produtivo. No entanto, a
motivação maior dos pesquisadores não está em ganhos financeiros, em proprie-
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5. Conclusões
O objetivo principal deste estudo consistiu em compreender a contribui-
ção dos NIT para a consolidação do modelo HT em ecossistemas periféricos. O
estudo teve como foco a interação universidade-empresa, em uma abordagem
tridimensional, analisando condições ecossistêmicas, organizacionais e micro-
condicionantes. Verificou-se que todas as três dimensões contêm elementos
que inibem a interação entre os atores em contextos periféricos.
Na dimensão ecossistêmica, observou-se que o baixo dinamismo econô-
mico, os baixos níveis de capacidade de absorção, a ausência de uma cultura
de inovação e a baixa densidade institucional são as principais limitações.
Na dimensão organizacional, problemas relacionados à escassez de recursos
de diversas ordens que sustentam uma estrutura de pesquisa como recursos
humanos, laboratórios e recursos financeiros são elementos críticos nesse
ambiente. Esses fatores podem estar associados ao fraco relacionamento entre
os IF pesquisados e o ambiente de inovação. Nessa mesma dimensão, os
NIT se apresentam com escassez de pessoal, falta de legitimidade, incom-
patibilidade de expectativa e os escassos resultados obtidos com o licen-
ciamento de tecnologia. No nível micro, os pesquisadores dos IF exercem
206
REFERÊNCIAS
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216
1. Introdução
3. Método
Scopus
(n= 270) n= 204 n= 198 n= 128
n= 176 n= 118 n= 60 n= 43
Web of Science
(n= 236) n= 188 n= 181 n= 106
4. Resultados
5. Discussões e contribuições
CATEGORIA
UNIVERSIDADE NO MODELO
UNIVERSIDADE EMPREENDEDORA
TEMPO
1800 1999 2001 2015
6. Considerações finais
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desenvolvimento socioeconômico
Juliana Godinho de Oliveira
Flávia Couto Ruback Rodrigues
1. Introdução
2. Fundamentação teórica
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Embora o conceito não seja único, diversos estudos e publicações têm apon-
tado direções para o estabelecimento de um modelo com características comuns.
Em termos gerais, as universidades empreendedoras buscam interação com
muitos atores, ensinam e apoiam o empreendedorismo e ficam do lado oposto
da universidade do tipo “torre de marfim” (ETZKOWITZ et al., 2019). Dessa
forma, essas instituições passam também a contribuir para a Inovação Aberta61.
Para melhor compreensão desses posicionamentos distintos é apresentado
61 Inovação aberta ou Open Innovation é um termo ou modelo criado por Henry Chesbrough (2003), que
afirma que, com a Inovação Aberta, é possível construir novas tecnologias e criar novos mercados, sendo os
relacionamentos com Universidades ou Institutos de Pesquisa uma das fontes externas de Inovação Aberta.
AS HÉLICES DA INOVAÇÃO: interação universidade-empresa-governo-sociedade no Brasil 251
Nessa mesma direção, Liu e Van der Sijde (2021) apresentam uma relação
de atividades desempenhadas por essas universidades empreendedoras, a saber:
3. Procedimentos de pesquisa
4. Resultados
5. Discussão
6. Conclusões
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264
1. Introdução
2. Método
Introduzido pela primeira vez no campo acadêmico nos anos 1990, o con-
ceito de ecossistema tem se mostrado presente na literatura gerencial sob diver-
sas perspectivas. Para Autio e Thomas (2014), o conceito descreve uma gama
de valores capazes de criar interações e relacionamentos entre conjuntos de
organizações que sejam interconectadas. O conceito é aplicável a uma variedade
de contextos outros que diferem de sua aplicação inicial em sistemas biológi-
cos. Por se tratar de uma metáfora ampla e versátil, sua capacidade de elucidar
interdependências entre organizações para a criação de valor atrai a atenção de
acadêmicos de diversas áreas do conhecimento (AUTIO; THOMAS, 2014).
Essa analogia com o ecossistema na área de gestão é introduzida nos
estudos de Moore (1993). Para o autor, nos estudos de gestão, esses aspectos
ecológicos se relacionam com a interdependência entre os diferentes atores
272
continuação
Países Emergentes Países Desenvolvidos
A universidade deve orquestrar, criar, bus- A universidade tem maior poder de atração,
car parcerias, desenvolver e mostrar a ne- devido à relação mais direta com as empresas;
cessidade, pois não possui tanta atração A universidade consegue ter mais inves-
de empresas; timentos internos e externos, de diversas
A universidade tem um foco mais voltado fontes (sponsors);
ao aspecto social; Diversas fontes de fomento à pesquisa;
Fontes de pesquisa são basicamente vin- Em grande parte, as universidades possuem
das de agentes governamentais; technology transfer offices (TTOs) que visam
A universidade não possui um departa- ligar seu conhecimento com as necessidades
da indústria;
4. Considerações finais
que, em alguns dos estudos analisados, a referência central não era a univer-
sidade como um todo, mas algumas de suas partes, como um laboratório, um
projeto ou um departamento específico.
Assim, temos na perspectiva dos “atores” a universidade como um ator
importante no ecossistema. Estudos demonstram que a instituição não é apenas
estudada como entidade, mas muitas vezes pelos seus membros e organiza-
ções internas (pesquisadores, professores, alunos, funcionários e líderes).
Ademais, têm grande papel na relação com os demais atores do ecossistema
– atores externos (indústria, governo, empresas privadas, incubadoras, parques
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Juan D. Rogers
1. Introdução
mular o investimento em novas áreas, para que suas opções não se limitassem
às commodities selecionadas de acordo com a importância relativa do aumento
das exportações ou da diminuição das importações, o impacto na produtivi-
dade e competitividade e prioridades de desenvolvimento social, como a saúde.
Mas ao satisfazer àqueles que criticavam o número limitado de setores sob a
primeira política, as políticas subsequentes perderam o foco em relação aos
projetos orientados a missões sob o PITCE que direcionavam o investimento
para áreas transformadoras.
O foco no aumento da inovação nas cadeias de valor consolidadas pode
produzir resultados econômicos em pouco tempo, mas estrategicamente, no
longo prazo, reafirma o padrão de setores estabelecidos, como commodities
e a exploração de recursos naturais. A longo prazo, redirecionar a produção
e a inovação para setores econômicos que fornecem processos, produtos e
serviços que sejam intensivos em conhecimento terá maior valor agregado.
Um exemplo disso é o conjunto de projetos aprovados em nanotecnologia
durante o primeiro período, visando a criar condições para acumular capaci-
dade por meio do apoio a treinamentos, bolsas de estudo e laboratórios. No
terceiro período, o objetivo foi inserir essa capacidade em setores específicos,
como agricultura, processamento de alimentos e petróleo e gás. A inovação
em novos setores foi de menor importância nos objetivos das políticas, no
entanto tem dado resultados, como na energia eólica, em que o Programa de
Incentivos a Fontes Alternativas de Energia (Proinfa) possibilitou a inovação
na indústria de turbinas eólicas e componentes do país (ABEEÓLICA, 2015).
Metas
Aumento de Capacidades
Número de Aumento Não Financeiras Capacidades Aprimoramento
Grupo de Instrumentos Oferta Demanda
Instrumentos dos Gastos Sistêmicas. para a Estrutura Discurso
em P&D Acesso a Complementaridade Inovação
Habilidades
Expertise
Padronização e normas 5
Prospecção tecnológica 1
0,20
5.4 Patentes
25921 25684
25601 25577
25000 23925
22810
20733 20178 19931
18830 19877
20000 18094
17445
15875
15000 14080 14389 14408
13192
12543 12661
10000
0
2000 2001 2002 2003 2004 2005 2006 2007 2008 2009 2010 2011 2012 2013 2014 2015 2016 2017 2018 2019
Residente Não-residente
700 672
600
524
500
428
400
400
316
300 278
222 234
205
189
200
144
99
100 56
42 49
0
2000 2001 2002 2003 2004 2005 2006 2007 2008 2009 2010 2011 2012 2013 2014
Número de Projetos
dos recursos deveriam ser destinados a setores incluídos no Plano Brasil Grande,
nas categorias estratégicas (petróleo e gás, energia alternativa e TIC) consideradas
prioritárias pelo governo federal, enquanto os outros 60% dos recursos foram
destinados a cinco temas apresentados pelos estados (FINEP, 2012a).
Esses incentivos de P&D tiveram um efeito positivo ao induzir investi-
mentos na maioria dos setores (DE NEGRI, 2009), enquanto Vieira (2014)
também sugere um impacto positivo, particularmente nas indústrias de alta
tecnologia. Os resultados das empresas exportadoras no período 2000-2008
indicam que a inovação e a diversificação levaram ao aumento da receita
e da participação no mercado externo (CIRERA; MARIN; MARKWALD,
2015). Alguns estudos em escala local foram realizados e indicaram aumento
no faturamento da empresa, pedidos de patentes, diversificação da produção
e exportação (CGEE 2009; FINEP, 2012b; SALLES-FILHO et al., 2011).
O Programa de Subvenção Econômica, executado pela FINEP, desde
2006, sofreu uma descontinuidade entre os anos de 2014 e 2019, quando
praticamente não houve investimento. Com a pandemia da COVID-19 novos
editais foram lançados a partir de 2020, voltados exclusivamente para criação
de produtos e processos necessários ao enfrentamento sanitário. No entanto,
mudanças no programa, com redução do tempo de execução, dos valores
para cada projeto e mudanças na contrapartida a ser fornecida pelas empre-
sas, levaram a geração de inovações incrementais, sendo insuficientes para
alavancar inovações de grande impacto (ZUCOLOTO; KOELLER, 2022).
1400
1298 1285
1166
1200
1000
889 891
814
761
800
657
600
479
401
370
400 331
231 245
167 177 190
200
65 69
0
2000 2001 2002 2003 2004 2005 2006 2007 2008 2009 2010 2011 2012 2013 2014 2015 2016 2017 2018 2019
Pedidos de Patentes
A escala ainda é muito pequena, dado que esses são números para todo
o sistema universitário nacional. Para referência, muitas universidades indi-
viduais nos Estados Unidos e algumas na Europa têm pesquisas de contratos
privados que valem mais do que esses números nacionais. No entanto, devido
ao histórico de baixa intensidade de inovação na indústria, as universidades
desconectadas das empresas privadas e a falta de experiência em colaborar em
ambos os lados, o mero surgimento dessas atividades e a tendência crescente
devem ser apreciados. Em todo caso, caminhando para o objetivo de aumen-
tar a inovação e desenvolver novos setores econômicos e tecnológicos com
316
7. Agradecimentos
REFERÊNCIAS
ABEEÓLICA. ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE ENERGIA EÓLICA. Dis-
ponível em: http://www.em.com.br. Acesso em: 31 dez. 2015.
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org/10.1057/jird.2012.31.
1. Inovar é preciso!
cimento científico, com cerca de 2,76% dos artigos publicados nos periódicos
científicos indexados na base Scopus, em 2020 (MCTI, 2021), ocupando a 14ª
posição em 202165. Porém, o percentual de citações de artigos brasileiros publi-
cados em periódicos científicos indexados pela Scopus em relação ao mundo,
caiu de 1,5%, em 2016, para 1,32% em 2020 (MCTI, 2021).
O país teve um aumento significativo de pesquisadores envolvidos em
P&D, em equivalência de tempo integral, passando de 51.604 para 179.989
entre 2000 e 2014, sendo cerca de 52% vinculados ao ensino superior, em
2000, e 71% em 2014. No ano 2000, havia 11.760 grupos de pesquisas e
27.662 doutores cadastrados no Diretório de Grupos de Pesquisa do CNPq;
em 2016, esse número aumentou para 37.460 grupos e 130.140 pesquisadores
doutores (MCTI, 2021). Entretanto, esses números contribuíram timidamente
para o avanço do país no que diz respeito à inovação tecnológica e o resultado
é justamente o contrário do se poderia esperar. O número de pedidos de paten-
tes depositados no Instituto Nacional da Propriedade Industrial (INPI) subiu de
20.854, em 2000, para apenas 27.091, em 2020 (MCTI, 2021). Infelizmente,
o país ocupa a 57ª posição no ranking mundial de inovação66, enquanto em
2011 estava na 47º posição67.
De forma análoga, haja vista a correlação entre tecnologia, inovação e
desenvolvimento econômico, o país despencou no ranking de competitividade.
Em 2018, o Fórum Econômico Mundial introduziu uma nova metodologia
enfatizando o papel do capital humano, inovação, resiliência e agilidade, não
64 STUDT, Tim. 2022 Global Funding Forecast: R&D variants cover more than the pandemic. R&D WORLD.
2022. Disponível em: https://www.rdworldonline.com/2022-global-funding-forecast-rd-variants-cover-more-
than-the-pandemic/. Acesso em: 27 maio 2022.
65 SCIMAGO JOURNAL & COUNTRY RANK. Country rankings. Disponível em: http://www.scimagojr.com/
countryrank.php?year=2016&order=it&ord=desc. Acesso em: 02 abr. 2022.
66 WORLD INTELLECTUAL PROPERTY ORGANIZATION. The Global Innovation Index 2021: Tracking
Innovation through the COVID-19 Crisis. Genebra: WIPO, 2021. 226 p. Disponível em: https://www.wipo.int/
edocs/pubdocs/en/wipo_pub_gii_2021.pdf. Acesso em: 27 maio 2022.
67 WORLD INTELLECTUAL PROPERTY ORGANIZATION. The Global Innovation Index 2011: accelerating
growth and development. Genebra: WIPO, 2011. 381 p. Disponível em: http://www.wipo.int/edocs/pubdocs/
en/economics/gii/gii_2011.pdf. Acesso em: 18 out. 2017.
328
68 WORLD ECONOMIC FORUM (WEF). The Global Competitiveness Report 2019. Genebra: WEF, 2019.
666 p. Disponível em: http://www3.weforum.org/docs/WEF_TheGlobalCompetitivenessReport2019.pdf.
Acesso em: 28 maio 2022.
69 WORLD ECONOMIC FORUM (WEF). The Global Competitiveness Report 2012-2013. Genebra: WEF,
2012. 529 p. Disponível em: http://www3.weforum.org/docs/WEF_GlobalCompetitivenessReport_2012-13.
pdf. Acesso em: 26 de jan. 2018.
AS HÉLICES DA INOVAÇÃO: interação universidade-empresa-governo-sociedade no Brasil 329
2017b; MCTIC; CDT, 2014; MCTIC; CDT, 2019; MCTI, 2015a; MCTI,
2015b; MCTI, 2016; FARIA et al., 2021).
É difícil uma formulação conceitual para parque tecnológico que seja
plenamente consensual (HANSSON; HUSTED; VESTERGAARD, 2005;
LECLUYSE; KNOCKAERT; SPITHOVEN, 2019; LINK; SCOTT, 2003b).
Existem diferentes tipologias (ANGLE TECHNOLOGY, 2003; PARRY, 2006)
e todas podem ser úteis a depender do objeto de análise. Em geral, um parque
é uma iniciativa com base imobiliária, planejada para incentivar a formação
e o crescimento de empresas de tecnologia e que tem uma função de ges-
tão ativamente envolvida na consecução desse objetivo, sendo essa uma das
principais diferenças entre os parques e outros tipos de aglomerações, como
clusters espontâneos (ALBAHARI et al., 2018).
Os modelos de parques são diversos: Parques Científicos (Science Park
– Reino Unido – “modelo britânico”, tamanho reduzido, fortes vínculos com a
universidade e pouca ênfase nas atividades de produção); Parques de Pesquisa
(University Research Park – EUA e Canadá) e Parques Tecnológicos (Technology
Park – França, Espanha, Itália e Portugal – “Modelo mediterrâneo”, tamanho
médio ou grande, com atividades de produção), além de outros conceitos seme-
lhantes, como Technopole, Business Park, Science City e Innovation Business
Park (VILÀ; PAGÈS, 2008). O principal fator que diferencia um parque de pes-
quisa de um parque tecnológico é a forte interação entre as empresas do parque
e as instituições de pesquisa afiliadas (AURP; BTPP, 2013).
O Quadro 1 apresenta definições e conceitos de parques. A definição de
parque (science park) mais citada na literatura (LECLUYSE; KNOCKAERT;
SPITHOVEN, 2019) é aquela dada pela United Kingdom Science Park Asso-
ciation (UKSPA):
décadas” (CASTELLS; HALL, 1994; FARIA et al., 2022). Por outro lado, os
parques devem ser avaliados para que se tornem mais responsáveis perante
a sociedade que investe neles e para entender, melhorar e medir os benefí-
cios que oferecem para universidades, laboratórios e empresas (NAS, 2009;
DABROWSKA, 2011; DABROWSK; FARIA, 2020).
A análise das publicações dos últimos trinta anos mostrou que o interesse
pelos parques tem aumentado com maior concentração na China e na Espanha,
na forma de estudos de caso; e no Reino Unido e nos Estados Unidos, devido
principalmente à disponibilidade de dados. Essa análise, no entanto, ainda
79 BRASIL. Portaria MCTIC Nº 6.762, de 17 de dezembro de 2019 – Programa Nacional de Apoio aos
Ambientes Inovadores – PNI. Disponível em: https://www.in.gov.br/web/dou/-/portaria-n-6.762-de-17-de-
dezembro-de-2019-234748537. Acesso em: 21 dez. 2019.
80 National Business Incubation Association (NBIA). Disponível em: https://www.inc.com/encyclopedia/national-
business-incubation-association-nbia.html. Acesso em: 25 jan. 2021.
344
jurídicas que não sejam considerados como participação em seu capital social,
a depender da modalidade escolhida pelas partes. O investidor que realizar o
aporte de capital sem ingressar no capital social não será considerado sócio
nem possuirá direito à gerência ou voto na administração da empresa investida.
Essa medida afasta a responsabilização do investidor, que não responderá por
qualquer dívida da startup, exceto em caso de conduta dolosa, ilícita ou de
má-fé por parte do investidor. A Lei ainda permite que as startups recebam
capital por meio de empresas que possuam obrigações de investimento em
P,D&I decorrentes de outorgas realizadas por agências reguladoras. A medida
permite que essas empresas aportem suas obrigações em Fundos Patrimo-
niais ou Fundos de Investimento em Participações (FIP) que invistam em
tais empresas ou, ainda, em programas, editais ou concursos destinados a
financiamento e aceleração de startups gerenciados por instituições públicas.
5. Considerações finais
REFERÊNCIAS
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Harvard Business Review, v. 84, n. 4, 2006.
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Paradigmes/article/viewFile/226082/307655.
1. Introdução
2. Referencial teórico
empreendedorismo no sistema.
3. Metodologia
87 Em 2016, último ano com dados disponíveis, a Região Metropolitana e o Município do Rio de Janeiro
representavam respectivamente em torno de 79,2% e 51,4% do PIB estadual (DATA VIVA, 2022).
88 Fundação Carlos Chagas Filho de Amparo à Pesquisa do Estado do Rio de Janeiro.
89 Agência Estadual de Fomento.
90 Federação das Indústrias do Estado do Rio de Janeiro.
91 Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas.
378
5.1 Governo
5.2 Universidade
5.3 Empresa
108 Em fevereiro de 2019 o Parque assumiu as operações do Polo de Biotecnologia da UFRJ (Bio-Rio), outro
ambiente de inovação bastante relevante para a Região Metropolitana.
AS HÉLICES DA INOVAÇÃO: interação universidade-empresa-governo-sociedade no Brasil 385
6. Discussão
As três regiões analisadas compartilham desafios e, ao mesmo tempo,
possuem especificidades que devem ser levadas em conta para pensar em
estratégias eficazes voltadas à promoção do desenvolvimento regional. Esse
processo passa, indubitavelmente, pela articulação dinâmica entre as três
hélices – governo, universidades e empresas. Contudo, para compreender
esse processo de forma adequada, deve-se considerar o ambiente institucional
que molda cada um dos Sistemas Regionais de Inovação em questão. Essa
integração de perspectivas, ainda pouco explorada na literatura, pode ser um
bom caminho para pensar em políticas de inovação em nível regional.
A Região Metropolitana possui um SRI denso organizacionalmente e
diversificado, porém fragmentado. As três hélices têm um peso relativamente
parecido na região, sendo que a infraestrutura de ciência e tecnologia é um
pouco mais robusta que a governança e o setor produtivo. A RMRJ também
possui instituições intermediárias em boa quantidade e qualidade, com des-
taque para a emergência de novos ambientes nos últimos anos. Esse cenário
gera oportunidades interessantes em diferentes setores, especialmente naqueles
intensivos em conhecimento. Dessa maneira, a região poderia ser tornar um
hub de conhecimento e inovação, gerando soluções inovadoras para o res-
tante do estado, do país e até do mundo. Para tanto, deve-se estabelecer uma
governança metropolitana realmente efetiva e criar uma política de desen-
volvimento capaz de estabelecer uma agenda que integre as instituições de
ciência e tecnologia e as empresas. Ademais, deve-se estimular o investimento
privado em P&D, difundindo a inovação e absorvendo o conhecimento e a
mão-de-obra produzidos nas ICT. As instituições intermediárias devem ser
fortalecidas para aprimorar o diálogo entre as três hélices e, além disso, é
preciso diminuir o isolamento das diferentes agências de fomento presentes
no território, evitando a sobreposição de ações e a falta de foco das iniciativas.
O Norte Fluminense possui um SRI com pouca densidade organizacional,
fortemente especializado no setor de P&G e fragmentado. A existência de
um fundo de desenvolvimento regional é relevante, porém insuficiente para
estabelecer uma governança intermunicipal efetiva. Dessa forma, é preciso
386
7. Considerações finais
REFERÊNCIAS
AMARAL, M.; LIMA, R.; MOTTA, G. S.; FAGUNDES, M.; SCHOCAIR, M.
An analysis of industrial districts and Triple Helix of innovation – a regional
development experience in the south of the state of Rio de Janeiro. Revista
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sent, and future. Triple Helix, v. 6, n. 1, p. 1-38, 2020. DOI: https://doi.
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DEAKIN, M. Triple, Quadruple and N-Tuple Helices: The RIS3 and EDP of
a Higher-Order Policy Model. Triple Helix, v. 9, n. 1, p. 32-42, 2022. DOI:
https://doi.org/10.1163/21971927-bja10030.
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vation systems. Industry & Higher Education, v. 30, n. 1, p. 67-78, 2016.
DOI: https://doi.org/10.5367/ihe.2016.0292.
LEW, Y. K.; KHAN, Z.; COZZIO, S. Gravitating toward the quadruple helix:
international connections for the enhancement of a regional innovation system
in Northeast Italy. R&D Management, v. 48, n. 1, 2018. DOI: https://doi.
org/10.1111/radm.12227.
1. Introdução
109 Esse capítulo sintetizado está publicado no XLVI Encontro da ANPAD – EnANPAD 2022.
396
Estrutura Organizacional Mínimo e informal Centralizada e funcional Descentralizada e funcional Diversificada (matricial, de equipes, e outros)
Governança Corporativa Sem mecanismos de governança Mecanismos de governança incipientes Governança Corporativa básica Governança corporativa
Financiamento Bootstrap Capital semente e investidores anjos Venture Capital Private Equity e/ou IPO
Riscos e Incertezas Riscos operacionais Riscos operacionais e de gestão Riscos dos stakeholders Riscos operacionais e ambientais
Apoio ao Negócio Eventos e programas Coworking, incubadoras e aceleradoras Parques e polos científicos-tecnológicos Estrutura própria*
Fatores Críticos Individual e grupal Individual, grupal e poucos fatores do organizacional Organizacional e ambiental Organizacional e ambiental
3. Hélice Tríplice
O modelo de HT, proposto por Etzkowitz e Leydesdorff (1995), parte
da interação entre três atores principais (universidade, empresa e governo),
para explicar a dinâmica da inovação tecnológica. A interação entre as três
esferas caracteriza um processo recursivo, ou seja, que se repete infinitamente,
ao ponto de ser representada por uma espiral (LEYDESDORFF; ETZKO-
WITZ, 1998; ETZKOWITZ; LEYDESDORFF, 2000). Etzkowitz e Leydes-
dorff (1995) e Leydesdorff (2000) reforçam que essas interações devem ser
funcionais e institucionais, sendo necessária ampla relação entre organizações,
para se caracterizar uma inovação em movimento e em constante transição.
A HT ajuda na compreensão dos processos de inovação, sendo que, de
forma sintetizada, a universidade responde pelo conhecimento; a empresa
tem a aplicação prática; e o governo financia e minimiza as dificuldades para
a implantação e desenvolvimento da cultura de inovação (ETZKOWITZ;
LEYDESDORFF, 1995, 2000; LEYDESDORFF; ETZKOWITZ, 1998;
PIRES, 2014). As interações inerentes aos agentes (universidade, empresa e
governo) são fundamentais para melhorar as condições de inovação em uma
AS HÉLICES DA INOVAÇÃO: interação universidade-empresa-governo-sociedade no Brasil 399
5. Resultados
Eu gosto de dizer que a minha jornada empreendedora ela tem três estágios
[...]. Antes da UNIFEI. Aí da UNIFEI até a NEXATLAS e da NEXATLAS
Editora CRV - Proibida a impressão e/ou comercialização
[...] O programa foi um apoio psicológico. [...] A gente não tinha na época
a mentalidade e o conhecimento necessário pra sermos as pessoas puxando
uma empresa (Participante 2).
O participante 1 completa:
Logo após o SEED, a empresa foi selecionada para o Startup Chile, pro-
grama que aconteceu em 2017, com aporte financeiro de R$ 120.000,00, tendo
o objetivo de incentivar o empreendedorismo e a inovação para melhorar a
produtividade no Chile. O Startup Chile foi o momento de validar e redesenhar
a plataforma do Planodevoo.net como NexAtlas, como relatado pelos sócios:
Olha, quando a gente foi para o startup Chile [...], a gente ficava pratica-
mente vinte e quatro horas trabalhando com o projeto da NexAtlas. Foi
AS HÉLICES DA INOVAÇÃO: interação universidade-empresa-governo-sociedade no Brasil 407
É... a gente conseguiu uma boa exposição com o programa... todas as con-
quistas que saem na mídia o time de PR (public relations) da BMG UpTech
escreve o release e distribui até hoje [...]. Então a gente ainda tem um tra-
balho de relações públicas gratuito, por causa do Conecta (Participante 2).
Eu acho que diferente das outras mentorias que a gente comentou, que o
Pra gente o financeiro é muito legal..., mas não é só isso... a própria ques-
tão de poder colocar o nosso nome ao lado de empresas mundialmente
reconhecidas ajuda a abrir portas, né?
Samsung e Santander, nos validando e nos premiando nos dá um... um
aval, vamos dizer assim...as pessoas tendem a abrir mais as portas, porque
a gente já chega com um histórico de empresas com muita credibilidade
apostando na startup (Participante 2).
6. Discussões
Como abordado por Churchill e Lewis (1983), Kazanjian (1988), Block
e MacMillan (1985), Gaibrath (1982) e Passaro et al. (2016), a trajetória
da startup precisa atentar para aspectos dinâmicos da inovação e do meio
ambiente, considerando aspectos não previsíveis. O modelo desses autores
sofreu críticas e para essa pesquisa utilizou-se a proposta de Antunes et al.
412
cipante 2’ e ‘Participante 1;
Oportunidade de mentoria por
meio do Seed e Chile;
Formação Empreendedora dos
fundadores (Seed e Chile) (‘Par-
ticipante 2’e ‘Participante 1’);
Exposição na Mídia por meio
das ações do governo (Seed,
Chile e Conecta);
continua...
414
continuação
Estruturação (momento em Gestão e Escalabilidade (momento
Ideação (momento em que
que a NexAtlas teve que se em que o produto passou a ter
se observou a ideia)
constituir como empresa) monetização)
Uso da segunda Plataforma Financiamento e reputação por meio da
colaborativa para Crowdfunding participação em programas de inova-
(Apoia.se – Parceria que veio do ção corporativos (Samsung Creative e
Chile); SantanderX);
Sondagem da Raízen para se Apoio ao desenvolvimento técnico da pla-
Setor produtivo
7. Considerações finais
REFERÊNCIAS
100 OPEN STARTUPS. Ranking 100 Open Startups 2019. 2020. Disponível
em: https://www.openstartups.net/. Acesso em: 09 dez. 2021.
1. Introdução
2. Referencial teórico
Nos dizeres de Diniz (2001), com a globalização ainda não era perceptível o
papel da inovação no processo de promoção do desenvolvimento local. Contudo,
após o sucesso do Vale do Silício, nos Estados Unidos da América, juntamente
com diversas parcerias entre universidades, centros de pesquisas e indústrias, foi
percebido que havia na inovação e na tecnologia uma variável para a promoção
do desenvolvimento local e regional ainda não vista até aquele momento.
Como fora anteriormente mencionado, o desenvolvimento local é rea-
lizado, por meio da interação entre os atores, assim como a criação dos
ecossistemas de inovação, que carecem da máxima articulação entre os
atores envolvidos. A interação entre todos os atores de uma localidade é
de suma importância tanto para o desenvolvimento quanto para floresci-
mento dos ecossistemas. Nesse sentido, é salutar que atualmente existam
diferentes formas de atuação do Poder Público para a promoção do desen-
volvimento local. A abordagem da Hélice Tríplice, apresentada por Henry
Etzkowitz e Loet Leydesdorff, considera que a existência dos ecossiste-
mas está diretamente relacionada à existência e interação de três atores
centrais – Universidade, Governo e Indústrias/Empresas (ETZKOWITZ;
LEYDESDORFF, 1995, 2000).
AS HÉLICES DA INOVAÇÃO: interação universidade-empresa-governo-sociedade no Brasil 425
não depende apenas dos atores privados como, por exemplo, as empresas,
parceiros e concorrentes, mas também das universidades e instituições de
pesquisa científica que fornecem recursos de inovação, agências intermediárias
e investimentos de risco.
O papel social das universidades, no que se refere à inovação, é colocado
em destaque pelos autores Ferasso, Takahashi e Gimenez (2018) e Papaioan-
nou, Wield e Chataway (2009), os quais ressaltam que elas têm o dever de faci-
litar o surgimento de inovações, principalmente por meio de ações apoiadas
por políticas públicas e que a criação de ideias inovadoras requer interações de
diversas organizações, a exemplo de indústrias e universidades que possuem
conhecimento e recursos necessários para inovar e empreender.
Desse modo, com a perspectiva de inserção de outros atores-chave, consi-
derando a dinâmica dos ambientes em que os ecossistemas estão inseridos, foram
realizados diversos estudos, para além da abordagem da Hélice Tríplice. Desses
estudos surgiu a denominada abordagem da Hélice Quádrupla, que insere a socie-
dade como ator para a criação dos ecossistemas de inovação. Essa abordagem
acrescenta ao modelo anterior os valores, cultura e estilos de vida da sociedade
civil, na qual os ambientes inovadores estão inseridos (CARAYANNIS; CAM-
PBELL, 2009). Nos dizeres de Mineiro et al. (2018, p. 82), “a Hélice Quádrupla
capacita e conecta cocriadores de inovação, como empreendedores, inventores,
artistas e outros geradores de valor que irão fortalecer o ecossistema”.
Carayannis e Campbell (2009) enfatizam que, independentemente do
modelo de gestão adotado, a interação entre as pessoas e a cultura é muito
importante para a existência dos ecossistemas de inovação. Assim, essa inte-
ração deve ocorrer entre a academia, universidades, indústrias, organizações
não governamentais e o governo, que geram relações e organizações híbridas
nos espaços onde as hélices se sobrepõem.
Nessa perspectiva de evolução e de aprimoramento das teorias, para o
desenvolvimento dos ambientes inovadores, que surgiu a abordagem da Hélice
Quíntupla. Nessa última abordagem, tem-se o ambiente socioecológico como
parte integrante do sistema. Assim, “o foco da quinta hélice está na sustenta-
bilidade do processo de crescimento econômico e inovação, orientado para
as relações com o ambiente natural” (SANTOS et al., 2014, p. 2).
426
110 Annabperä, Liukkune e Markkula (2015), Aramo-Immonen et al. (2017), Arruda et al. (2015), Azevedo e Teixeira
(2017), Chen (2015), Chesbrough, Kim e Agogino (2014), Claudel (2018), Dedehayir e Seppanen (2015), Del
Vecchio et al. (2017), Dubina et al. (2017), Foley e Wiek (2017), Fulgencio (2017), Gomes et al. (2018), Jager
et al. (2017), Khorsheed (2017), Lain, Dorion e Prodanov (2017), Leten et al. (2013), Li e Garnsey (2013),
Luvizan, Nascimento e Yu (2016), Ma et al. (2018), Ngongoni, Grobbelaar e Schutte (2017), Obeysekare,
Metha e Maitland(2017), Oksanen e Hautamäki (2014), Oliveira e Yabarrena (2017), Papaioannou, Wield
e Chataway (2009), Pavani e Plonski (2017), Pikkarainen et al. (2017), Reynolds e Uygun (2017), Robani
(2015), Spinosa, Krama e Hart (2018), Surie (2017), Teixeira et al. (2016), Valkokari et al. (2016, 2017),
Viitanen (2016), Witte et al. (2018), Xu et al. (2018) e Yan et al. (2018).
AS HÉLICES DA INOVAÇÃO: interação universidade-empresa-governo-sociedade no Brasil 427
continuação
Fator
Influência Positiva Influência Negativa
influenciador
Sociais • Desenvolvimento territorial; • Falta de integração com a sociedade;
• Disseminação do conhecimento; • Limitações socioculturais para inovar e
• Inclusão social; empreender.
• Interação entre a sociedade e o ecossistema;
• Mudança cultural para a inovação;
• Participação da sociedade no processo;
• Pessoas capacitadas;
• Treinamento da população e capacitação da população.
Econômicos • Ações empreendedoras; • Barreiras fiscais;
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continuação
Fator
Influência Positiva Influência Negativa
influenciador
Tácitos • Criação de valor; • Não foram encontrados pontos negati-
• Cooperação; vos nesse fator.
• Sentimento de pertencimento;
• Valorização da identidade local.
Fonte: Dias (2020).
3. Metodologia
O presente capítulo tem como objetivo apresentar a metodologia utili-
zada para determinar os principais fatores influenciadores da implementação
e desenvolvimento dos EI, possibilitando avaliar qualitativamente o potencial
do município de Lavras, no Estado de Minas Gerais, em desenvolver esse
arranjo de forma efetiva. Quanto à sua abordagem, consiste em uma pes-
quisa qualitativa, vez que se caracteriza pela utilização de técnicas de coleta
e análise baseadas em documentos e entrevistas. Quanto ao tipo de pesquisa
caracteriza-se como pesquisa descritiva e exploratória.
Para a coleta dos dados, foi utilizada a triangulação de métodos, que
consistiu no uso de entrevistas semiestruturadas, de forma presencial, com
duração média de uma hora e meia, com nove atores representantes de ins-
tituições-chave que, segundo a literatura, são relevantes para o desenvolvi-
mento dos ecossistemas; observação não sistemática (assistemática), durante
o período de 2018 a 2020, com descrição do ambiente estudado e pesquisa
documental. A fase documental e as anotações da observação assistemática
contribuíram para a compreensão ampla do contexto, enquanto as transcri-
ções das entrevistas constituíram um corpus de análise que foi submetido à
análise de conteúdo. A tabela a seguir apresenta os atores entrevistados e suas
vinculações. Cabe salientar que o roteiro de entrevistas seguiu estritamente
os fatores influenciadores destacados por Dias (2020).
continuação
Ator entrevistado Instituição/Órgão
Empresas/Indústria SEBRAE/MG – Inovação (1)
Sociedade Civil Associação (1)
Fundação de Apoio da Universidade (2)
Organizações Híbridas
Parque Tecnológico e Incubadora (1)
Universidade Universidade (1)
Fonte: Dias (2020).
4. Resultados
Classe 4
Fatores Sociais e
Tecnológicos 13,7%
Classe 5 Fatores de
Orquestração 16,8%
Subcorpus C
Subcorpus B Fatores
Econômicos 13,2%
Classe 6
13,2% 13,7%
19,3% 16,8% 17,3%
19,6%
gados de melhor qualidade para venda. Essa última parceria tem beneficiado
várias pessoas e promovido o desenvolvimento tanto social quanto econômico.
Empre-
sas e Indústrias (setores
Sociedade Civil de inovação e comércio)
Organizações Híbridas
Instituições de Ensino e
Governo Municipal Universidades
Por meio da Figura 3, é possível observar que existe uma relação entre
os atores do ecossistema e que todos estão relacionados entre si. No entanto
essa relação não é forte e interativa entre todos os atores locais. Desse modo,
onde a linha que interliga os atores do ciclo é contínua, significa que existe
forte relação entre os atores pertencentes àquele grupo. Além dessas relações,
há grandes ações para o fortalecimento do ecossistema como, por exemplo, as
relações entre SEBRAE, Parque tecnológico, Galax111, Empresas/Indústrias
e Instituições de Ensino e Universidade e entre o Governo Municipal e a as
Instituições de Ensino Superior, em especial com a UFLA. Esse grupo possui
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6. Considerações finais
REFERÊNCIAS
ANNANPERÄ, E.; LIUKKUNEN, K.; MARKKULA, J. Innovation in evol-
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CAPÍTULO 15
AVALIAÇÃO DE PARQUES
CIENTÍFICOS, TECNOLÓGICOS E DE
INOVAÇÃO BASEADA NAS RELAÇÕES
ENTRE OS ATORES DAS HÉLICES
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1. Introdução
2. Fundamentação teórica
A metáfora da Triple Helix (3H) pode ser caracterizada como uma busca
constante pelo desenvolvimento de relações mútuas entre criadores de conhe-
cimento (universidade ou academia) e usuários do conhecimento (empresas
ou produtores de bens e serviços), regulados e incentivados pelo governo
em diferentes momentos nas escalas produtivas (CAI; ETZKOWITZ, 2020;
AMARAL et al., 2020). Leydesdorff e Etzkowitz (1996) propuseram que
os atores da interação universidade-empresa-governo (UEG) não deveriam
ser considerados instâncias isoladas, mas sim, pertencentes a um ambiente
produtivo compartilhado. Suas interações resultariam em inovações e em
desenvolvimento regional (ZHANG et al., 2019).
454
E seu propósito é
continuação
Item Métrica Maturidade
Presença apenas em reuniões e conselhos Baixa
Envolvimento da Presença em reuniões e aportes financeiros Média
Comunidade Presença em reuniões, aportes financeiros e participação ativa na gestão
Alta
do parque
Presença apenas em reuniões Baixa
Envolvimento da Possui convênio institucional com a universidade e realiza projetos de P&D&I Média
Universidade Possui convênio institucional com a universidade, realiza projetos de P&D&I
Alta
e participa ativamente da gestão
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soma dos onze resultados. Com base nesse resultado final, um PCTI pode ser
classificado como de evolução baixa (25-50 pontos), evolução média (51-75
pontos) ou evolução alta (76-100 pontos) (AMARAL, 2015).
3. Procedimentos de pesquisa
Esta subseção será dividida em três partes, fazendo referência a cada PCTI
continuação
Critérios PTRJ BioRio SERRATEC
Gestão associada à COPPE- Fundação privada sem
Personalidade jurídica de Associa-
Estrutura da gestão TEC. Governança por meio de fins lucrativos. Conselho
ção. Possui conselho deliberativo.
Conselho deliberativo. deliberativo e curador.
6. Considerações finais
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REFERÊNCIAS
ABDALLA, M.; OLIVEIRA, L.; AZEVEDO, C.; GONZALEZ, R. Quality
in Qualitative Organizational Research: Types of Triangulation as a Methodo-
logical Alternative. Administração: Ensino e Pesquisa, v. 19, n. 1, p. 66-98,
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RANI, C. F. (ed.). Computing Predictive Analytics, Business Intelligence,
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nology-based firms: academic-industry links, innovation and markets.
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bators in converging countries: Evidence from Portugal. Technovation, v. 30,
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YIN, R. Case Study Research: Design and Methods (Applied Social Research
Methods). SAGE Publications, Fifth Edition, 2013.
ZHANG, Y.; CHEN, K.; FU, X. Scientific effects of Triple Helix interactions
among research institutes, industries and universities. Technovation, v. 86,
p. 33-47, 2019. Disponível em: http://10.1016/j.technovation. 2019.05.003.
CAPÍTULO 16
A REAL REPRESENTAÇÃO
DA HÉLICE QUÁDRUPLA EM
AMBIENTES DE INOVAÇÃO:
Coletivos e Pacto Alegre113
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1. Introdução
3. Procedimentos metodológicos
4. Resultados
Eu acho que é mais no sentido de ter várias pessoas de vários cantos que
têm dois chapéus, o chapéu de onde a gente trabalha e o chapéu do Cole-
tivo1. Por exemplo, eu fui chamado para a Associação1 porque eu era do
Coletivo1. Ele foi chamado pro PCT1 pelo trabalho que fez no Coletivo1,
e aí as pessoas perceberam valor nisso e convidaram para estar trabalhando
nesses lugares, mas não tem uma representação (CP1).
488
Porque o Pacto tem que ter uma profissão de fé, as pessoas têm que acredi-
tar que ele pode acontecer. Ele é muito mais... ele é primeiro uma revolução
cultural, e depois sim ele passa a ser uma plataforma de ação né? (PA1).
4.2 Coletivos
a sociedade vista como um todo, como aponta Hasche, Hölund e Linton (2019).
Assim, tem-se uma abordagem participativa. CP2 destaca que nos coletivos as
pessoas fazem parte do movimento, auxiliando no seu desenvolvimento e na divul-
gação, preenchendo algumas lacunas e unindo pessoas. Além disso, o fato de esta-
rem em distintas instituições torna-as representativas, tal como destacado por CP1:
Tal destaque dos autores também se relaciona ao relato do CS1 sobre uma
atuação do Coletivo 5 como representante dos interesses do grupo em reu-
nião com o prefeito da cidade, ocasião em que eles explicaram os projetos
e ações das startups na região.
O Coletivo 2 se coloca como um fenômeno social e contemporâneo,
mas também uma plataforma formadora de pessoas e projetos que caminham
a favor da transformação da cidade por meio da construção de uma cultura
cidadã. CT2 considera que o Coletivo 2 caminha para ser uma voz constante
na cidade, visto que não cria vieses ideológicos ou partidários, mas atua com
Hasche, Hölund e Linton (2019) apontam que a sociedade precisa ser vista
como um todo, seja usuários, organizações e cidadãos, ou seja, uma arena onde os
atores assumem diferentes relações e papéis para agregar valor ao contexto em que
estão inseridos. Essa perspectiva pode ser percebida no Pacto Alegre, que também
foi detalhado considerando origem, formas de organização, atuação, justificativa
da representação da sociedade e contribuição ao ecossistema onde está inserido.
Quando os entrevistados relataram sobre a origem do Pacto Alegre, PA1
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continuação
Ciclos Descrição Relatos dos Entrevistados
2º) CITE (Comu- Surgiu o CITE, liderado por empresários e Um movimento importante é o CITE, que é um movi-
nidade, Inovação, com foco na cidade; foi um movimento com mento não só de acadêmicos, mas de empresários,
Tecnologia e Em- abrangência semelhante ao PAT. O grupo foi de lideranças da cidade que buscavam alguma coisa
preendedorismo – coordenado por empreendedores de tecno- do tipo: “Olha, nós fomos a São Francisco, nós fo-
década 2010) logia e profissionais respeitados nas áreas mos a Suécia, a gente viu umas coisas bacanas e
empresarial e acadêmica. O movimento dá pra fazer na cidade”. Então eles começaram a
inspirou-se no Vale do Silício americano. se desafiar e a provocar inclusive lideranças dentro
Eles tinham o propósito de modernizar o das universidades, assim: “Cara, por que que a gente
processo de desenvolvimento de Porto não tem mais startups? Por que que a gente não tem
As pessoas são parte de uma arena, como proposto por Hasche, Hölund
e Linton (2019), que assumem distintos papéis que agregam valor para o
processo de transformação da cidade. No caso do Pacto, a sociedade é repre-
sentada através das entidades patronais, entidades de trabalhadores, entidades
que tenham algum interesse específico (meio ambiente, qualidade de vida,
diversidade), associações (entidades de classe, lojistas, hospitais, restaurantes),
conselhos (Cidadania, Ciência e Tecnologia, Educação, Saúde), movimentos
como a RGE114 e POA Inquieta115 (PA2). Além das entidades mais antigas, o
Pacto também buscou captar visões dos mais jovens por meio dos coletivos.
Essa decisão proporcionou credibilidade, pois demonstrou respeito a distintas
vozes, trazendo-as para a mesa de discussão (PA1). Isso se dá por acreditar
que a sociedade pode ser ativa no processo de transformação da cidade, não
somente com posturas de cobrança, mas com ação em busca de soluções
(PA2), reforçando a proposta de Schütz, Heidingsfelder e Schraudner (2019)
de uma sociedade que se envolve nos processos de inovação.
Questionados sobre as contribuições do Pacto para a sociedade, os líderes
relataram que o Pacto é mais que um processo de atração de recursos, projetos
e linhas de financiamentos; o Pacto discute um ambiente acolhedor e agra-
dável para as pessoas trabalharem, entregando qualidade de vida, segurança,
acesso à cultura, lazer, saúde, educação e mobilidade (PA2). Além disso, o
Pacto também permite que as pessoas percebam que quanto mais ativos são
no ecossistema, mais se gera riqueza, proporcionando também mais benefícios
114 Disponível em: https://www.facebook.com/rgeportoalegre.
115 Disponível em: https://poainquieta.com.br.
AS HÉLICES DA INOVAÇÃO: interação universidade-empresa-governo-sociedade no Brasil 499
5. Considerações finais
REFERÊNCIAS
AFZAL, M. N. I.; HJ, D. D. K. B.; Siddiqui, S.; Gope, J. A panel investiga-
tion of the triple helix (TH), quadruple helix (QH) relationship in ASEAN-5
economies. Journal of Innovation Economics Management, n. 3, p. 97-122,
2018. DOI: https://doi.org/10.3917/jie.027.0097.
CAI, Y.; ETZKOWITZ, H. Theorizing the Triple Helix model: Past, present,
and future. Triple Helix, v. 7, n. 2-3, p. 189-226, 2020. DOI: https://doi.
org/10.1163/21971927-bja10003.
PARRY, M. The future of science parks and areas of innovation: science and
technology parks shaping the future. World Technopolis Review, v. 7, n. 1,
p. 44-58, 2018. DOI: https://doi.org/10.7165/wtr18a0430.18.
1. Introdução
116 A versão em inglês deste artigo está publicada na revista Management of Sustainable Development Journal
– MSD (https://msdjournal.org/article/technology-transfer-in-the-genetic-improvement-program-of-sugar-
cane-from-ufpr/), v. 13, n. 2, 2021. Ressaltamos que houve uma autorização formal fornecida pela revista
MSD para a publicação da versão em português deste estudo. Ressaltamos ainda que houve pequenas
atualizações no estudo, tendo em vista adequá-lo às demandas da chamada em questão.
506
2. Referencial teórico
117 Uma variedade de cana-de-açúcar pode ser considerada uma ‘cultivar’, isto é, “a variedade de qualquer
gênero ou espécie vegetal superior que seja claramente distinguível de outras cultivares conhecidas por
margem mínima de descritores, por sua denominação própria, que seja homogênea e estável quanto aos
descritores através de gerações sucessivas e seja de espécie passível de uso pelo complexo agroflorestal,
descrita em publicação especializada disponível e acessível ao público, bem como a linhagem componente
de híbridos” (BRASIL, 1997, Art. 3º, item IV).
508
3. Procedimentos metodológicos
118 Vale destacar que, embora tenha sido comentado acerca dos royalties gerados com a comercialização das
cultivares no decorrer das entrevistas, foi solicitado o sigilo, por enquanto, acerca disso. Devido à Lei de
Acesso à Informação (Lei Federal nº 12.527/2011 – BRASIL, 2011), as referidas informações serão prestadas
pela UFPR oportunamente.
AS HÉLICES DA INOVAÇÃO: interação universidade-empresa-governo-sociedade no Brasil 511
UFPI - Universidade
Federal do Piauí
UFRPE - Universidade
Federal Rural de Pernambuco
UFAL - Universidade
Federal de Alagoas
UFMT - Universidade
Federal de Mato Grosso UFS - Universidade
Federal de Sergipe
UFG - Universidade
Federal de Goiás
UFV - Universidade
Federal de Viçosa
UFSCar - Universidade
Federal de São Carlos
UFRRJ - Universidade
Federal Rural do Rio de Janeiro
UFPR - Universidade
Federal do Paraná
...cada usina tem uma área que é plantada com as variedades da RIDESA
[...], nosso projeto faz parcerias com as usinas também porque elas montam
experimentos dentro das usinas, [em relação às] matérias que estão sendo
desenvolvidas para tentar achar as melhores variedades.
... o que que a Universidade fez de tão bem também? Bom, nós somos
ensino. Ótimo! Então o que que nós temos que oferecer? Vamos oferecer
ensino. Aí dá-lhe simpósio, dá-lhe curso, pra tudo que é lado [...] e o
nosso ‘grand finale’ foi quando descobrimos a residência agronômica na
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...nós tamo saindo antes, tamo nos preparando pra aposentar pra junto
5. Discussão
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recursos (PAGANI et al., 2016), como pode ser observado no caso estudado.
A troca de informações pelos integrantes da rede, aliada aos conhecimentos
técnicos e às experiências desenvolvidas no decorrer de 25 anos de parceria
possibilitaram a expansão das pesquisas e dos conhecimentos científicos.
Porém, isso só ocorre porque a UFPR desenvolve uma trajetória de pesquisas,
algo que afeta positivamente a TT (SENGUPTA; RAY, 2017).
Há de se ressaltar que o intercâmbio de pesquisadores entre as universi-
dades, juntamente com a possibilidade de capacitação criada pelo programa de
residência agronômica, mostra-se como ferramentas de TT capazes de possibi-
6. Considerações finais
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REFERÊNCIAS
AMARAL, M.; CAI, Y. The Tribology of the Helixes: Relations between
Triple, Quadruple and Quintuple Helix Models. Triple Helix, v. 9, n. 1,
p. 1-5, 2022.
Helix, v. 9, n. 1, 2022.
A
Ambientes de inovação 12, 18, 20, 22, 48, 52, 79, 88, 202, 257, 327, 329, 335,
341, 344, 345, 347, 350, 354, 356, 366, 375, 385, 390, 398, 442, 444, 452,
453, 454, 455, 456, 458, 468, 469, 472, 473, 475, 478, 481, 482, 495, 500, 546
Atores 11, 12, 13, 15, 17, 19, 20, 21, 22, 27, 28, 29, 32, 33, 34, 37, 38, 39, 40,
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41, 42, 45, 46, 47, 48, 49, 50, 60, 63, 65, 66, 67, 68, 69, 70, 71, 72, 73, 74, 75,
76, 77, 78, 79, 83, 84, 85, 86, 87, 88, 97, 102, 116, 117, 118, 119, 139, 140,
141, 142, 154, 159, 160, 161, 162, 163, 167, 174, 187, 188, 190, 191, 192,
193, 198, 199, 205, 206, 217, 218, 219, 224, 225, 226, 227, 228, 229, 230,
232, 233, 236, 246, 248, 250, 263, 267, 268, 269, 272, 273, 275, 276, 277,
278, 279, 280, 281, 282, 283, 284, 285, 286, 296, 328, 329, 330, 331, 332,
334, 335, 339, 341, 350, 351, 365, 366, 367, 368, 369, 371, 372, 373, 374,
378, 380, 387, 395, 396, 398, 400, 401, 402, 404, 408, 411, 412, 414, 415,
416, 421, 422, 423, 424, 425, 426, 427, 428, 429, 431, 432, 433, 434, 436,
437, 438, 439, 440, 443, 451, 452, 453, 454, 455, 457, 464, 467, 469, 481,
482, 483, 484, 485, 487, 488, 491, 494, 495, 496, 499, 500, 508, 509, 510, 542
B
Business 35, 54, 60, 94, 95, 97, 98, 100, 104, 107, 120, 121, 124, 125, 128,
129, 130, 131, 158, 180, 182, 183, 208, 212, 215, 216, 222, 223, 238, 239,
240, 241, 242, 243, 260, 261, 263, 264, 270, 281, 287, 290, 307, 324, 336,
337, 343, 351, 352, 355, 356, 357, 359, 360, 361, 362, 364, 417, 418, 419,
420, 421, 441, 445, 446, 451, 477, 478, 480, 503, 504
C
Ciência e tecnologia 25, 30, 34, 36, 39, 189, 208, 228, 248, 274, 295, 304,
306, 307, 323, 326, 329, 331, 335, 346, 365, 371, 378, 379, 381, 382, 385,
386, 438, 461, 498, 539, 540, 545, 547, 553
Conhecimento 11, 15, 17, 19, 20, 21, 22, 25, 27, 28, 32, 33, 34, 38, 39, 40,
41, 42, 43, 44, 45, 46, 47, 49, 50, 60, 61, 64, 65, 66, 67, 68, 69, 70, 71, 75,
78, 83, 84, 85, 86, 101, 102, 103, 109, 110, 111, 112, 113, 114, 116, 118, 119,
141, 152, 159, 160, 161, 165, 167, 169, 172, 173, 174, 176, 177, 178, 187,
188, 189, 190, 191, 192, 193, 194, 199, 202, 203, 204, 205, 206, 210, 217,
218, 219, 220, 223, 224, 225, 226, 227, 228, 229, 230, 231, 232, 233, 234,
235, 245, 246, 247, 248, 249, 250, 251, 252, 253, 256, 258, 259, 267, 268,
272, 273, 274, 275, 276, 277, 278, 279, 280, 281, 282, 283, 284, 285, 286,
526
295, 296, 301, 304, 325, 326, 327, 328, 329, 331, 332, 333, 335, 338, 339,
343, 344, 345, 349, 362, 365, 366, 367, 368, 369, 371, 372, 374, 378, 382,
385, 386, 387, 388, 392, 399, 404, 406, 413, 415, 425, 426, 427, 436, 437,
441, 447, 448, 451, 452, 453, 454, 455, 456, 457, 462, 465, 469, 471, 472,
483, 484, 488, 490, 492, 494, 497, 505, 506, 507, 508, 509, 511, 512, 516,
517, 518, 519, 521, 547, 548, 552, 554
Criação 20, 27, 32, 37, 38, 42, 49, 50, 75, 86, 101, 116, 119, 135, 136, 141,
159, 160, 187, 188, 190, 192, 195, 197, 202, 214, 217, 219, 224, 227, 230,
232, 233, 246, 249, 250, 257, 258, 259, 260, 268, 272, 274, 275, 278, 279,
D
Dados 4, 28, 64, 104, 105, 140, 142, 143, 145, 146, 149, 150, 152, 154, 155,
161, 162, 164, 165, 166, 167, 168, 169, 173, 176, 177, 189, 195, 196, 207,
220, 221, 223, 252, 253, 254, 269, 270, 296, 297, 298, 308, 310, 312, 314,
317, 340, 377, 387, 400, 401, 402, 404, 428, 429, 430, 431, 440, 461, 462,
473, 474, 485, 486, 487, 488, 490, 491, 492, 497, 510, 511, 520
Desenvolvimento 11, 12, 13, 15, 16, 17, 18, 20, 21, 22, 23, 26, 27, 29, 30,
32, 34, 35, 36, 37, 38, 39, 40, 42, 44, 45, 47, 48, 49, 50, 52, 64, 65, 66, 67,
68, 70, 73, 74, 76, 77, 79, 80, 81, 82, 83, 84, 88, 89, 91, 101, 102, 109, 110,
113, 115, 116, 118, 119, 120, 135, 140, 141, 148, 149, 150, 155, 159, 160,
163, 164, 165, 168, 173, 174, 176, 177, 178, 180, 187, 188, 189, 190, 191,
192, 193, 194, 195, 196, 197, 199, 200, 201, 204, 206, 208, 209, 212, 214,
217, 218, 219, 220, 224, 225, 226, 227, 228, 229, 230, 231, 232, 233, 234,
235, 245, 246, 247, 248, 249, 250, 252, 254, 257, 258, 259, 267, 268, 271,
272, 273, 274, 275, 276, 277, 278, 279, 281, 282, 283, 284, 285, 293, 294,
295, 296, 297, 298, 300, 301, 304, 305, 306, 307, 308, 313, 315, 317, 319,
323, 324, 325, 326, 327, 328, 329, 330, 331, 332, 333, 335, 336, 338, 339,
340, 341, 342, 343, 344, 345, 346, 347, 348, 349, 350, 351, 352, 353, 355,
358, 360, 361, 363, 365, 366, 369, 371, 372, 374, 375, 376, 378, 379, 380,
382, 383, 385, 386, 387, 388, 390, 391, 392, 393, 394, 395, 397, 398, 399,
400, 402, 403, 405, 406, 409, 410, 411, 412, 413, 414, 415, 416, 417, 421,
422, 423, 424, 425, 426, 427, 428, 433, 434, 435, 436, 437, 438, 439, 440,
441, 443, 446, 448, 449, 451, 452, 453, 454, 455, 456, 457, 458, 459, 465,
467, 468, 469, 471, 472, 473, 474, 475, 480, 483, 484, 489, 490, 491, 493,
AS HÉLICES DA INOVAÇÃO: interação universidade-empresa-governo-sociedade no Brasil 527
494, 496, 497, 505, 506, 507, 508, 509, 510, 512, 513, 514, 515, 516, 517,
519, 520, 521, 539, 540, 544, 545, 546, 547, 548, 549, 550, 551, 552, 554
Desenvolvimento econômico 11, 12, 13, 15, 16, 18, 20, 22, 23, 27, 32, 34,
36, 38, 39, 40, 45, 47, 68, 70, 101, 102, 110, 141, 160, 189, 191, 209, 217,
218, 225, 226, 234, 245, 246, 247, 248, 249, 252, 257, 268, 275, 277, 293,
294, 295, 297, 300, 323, 326, 328, 329, 332, 335, 338, 347, 350, 360, 363,
372, 380, 392, 399, 400, 422, 427, 434, 436, 440, 448, 449, 452, 453, 454,
455, 456, 472, 473, 475, 506, 547, 552
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Desenvolvimento econômico e social 15, 18, 20, 22, 32, 40, 68, 189, 191,
218, 246, 249, 252, 268, 295, 297, 300, 328, 329, 332, 335, 350, 360, 399,
422, 454, 456, 506
Desenvolvimento regional 17, 21, 30, 35, 36, 37, 45, 47, 50, 70, 76, 188,
194, 195, 214, 230, 246, 248, 250, 267, 268, 274, 277, 278, 279, 281, 285,
339, 341, 365, 366, 375, 378, 379, 380, 382, 385, 386, 387, 391, 393, 454,
457, 458, 467, 472, 484, 494, 512, 539, 551
Development 17, 31, 53, 54, 56, 57, 77, 92, 93, 94, 95, 99, 100, 104, 106,
120, 121, 122, 125, 126, 127, 128, 129, 130, 131, 132, 157, 158, 181, 183,
207, 208, 213, 214, 222, 237, 240, 243, 244, 261, 262, 264, 270, 288, 290,
291, 319, 320, 321, 322, 325, 327, 352, 356, 360, 362, 388, 389, 417, 420,
421, 443, 446, 479, 502, 503, 504, 523, 524, 553
E
Economia 11, 21, 28, 32, 33, 36, 39, 40, 41, 43, 46, 49, 59, 63, 66, 69, 72,
77, 87, 88, 89, 92, 97, 118, 140, 148, 149, 150, 172, 184, 187, 191, 211, 221,
247, 248, 252, 275, 277, 293, 294, 295, 296, 298, 300, 303, 304, 305, 309,
311, 316, 317, 328, 329, 335, 340, 345, 349, 361, 368, 369, 376, 377, 378,
383, 384, 385, 387, 392, 393, 395, 411, 424, 426, 437, 440, 443, 444, 446,
451, 454, 455, 456, 464, 471, 472, 479, 484, 488, 489, 491, 492, 494, 497,
500, 504, 508, 539, 540, 543, 544, 546, 547, 549, 551, 553, 554
Econômico 11, 12, 13, 15, 16, 18, 20, 22, 23, 27, 32, 34, 36, 37, 38, 39, 40,
41, 43, 44, 45, 47, 48, 59, 66, 68, 70, 78, 81, 101, 102, 110, 113, 115, 141,
150, 160, 161, 163, 187, 189, 191, 192, 196, 198, 200, 205, 209, 217, 218,
219, 223, 225, 226, 227, 231, 234, 245, 246, 247, 248, 249, 252, 255, 257,
267, 268, 275, 277, 282, 293, 294, 295, 297, 298, 300, 306, 311, 323, 325,
326, 328, 329, 330, 332, 335, 338, 339, 347, 350, 351, 360, 363, 368, 372,
376, 380, 392, 395, 396, 399, 400, 415, 421, 422, 424, 426, 427, 431, 433,
434, 436, 439, 440, 441, 448, 449, 452, 453, 454, 455, 456, 458, 472, 473,
475, 482, 497, 499, 506, 509, 546, 547, 552
528
Ecossistema 22, 44, 69, 71, 75, 76, 190, 196, 199, 200, 217, 221, 223, 224,
225, 226, 227, 228, 229, 230, 231, 232, 233, 254, 267, 268, 269, 270, 271,
272, 273, 275, 276, 278, 279, 280, 281, 282, 283, 284, 285, 286, 287, 293,
330, 331, 335, 344, 350, 355, 362, 369, 377, 382, 383, 384, 388, 400, 405,
406, 407, 408, 410, 412, 413, 414, 415, 421, 422, 423, 424, 425, 427, 428,
429, 432, 433, 434, 435, 436, 437, 438, 439, 440, 441, 445, 447, 449, 455,
472, 473, 484, 486, 487, 488, 489, 490, 492, 493, 494, 495, 497, 499, 500
Ecossistemas de inovação 11, 15, 18, 20, 21, 85, 87, 159, 187, 189, 207, 217,
220, 222, 223, 225, 226, 232, 234, 235, 267, 268, 269, 271, 329, 330, 345,
Engenharia de produção 13, 81, 91, 100, 353, 417, 539, 540, 541, 543, 545,
547, 548, 551, 552, 553, 555
Entrepreneurial 29, 35, 42, 51, 53, 54, 55, 56, 59, 61, 89, 93, 106, 107, 120,
121, 123, 125, 126, 128, 130, 131, 132, 180, 181, 182, 208, 210, 211, 214,
222, 236, 237, 238, 239, 240, 242, 243, 244, 252, 253, 260, 261, 262, 263,
264, 265, 270, 287, 288, 289, 290, 319, 320, 353, 354, 355, 357, 359, 360,
364, 421, 441, 443, 446, 477, 501, 522
Estratégia 15, 32, 34, 60, 68, 69, 78, 83, 84, 102, 184, 213, 216, 250, 254,
Editora CRV - Proibida a impressão e/ou comercialização
258, 298, 329, 331, 335, 340, 348, 360, 366, 374, 383, 387, 391, 393, 400,
409, 460, 463, 464, 466, 468, 471, 543, 544, 545, 550, 551, 552
Estudo 15, 20, 21, 22, 28, 30, 39, 41, 46, 68, 69, 78, 88, 90, 92, 98, 100, 104,
105, 108, 109, 118, 142, 155, 157, 159, 161, 164, 167, 172, 176, 177, 187,
189, 194, 195, 196, 198, 205, 212, 217, 218, 220, 230, 235, 246, 255, 257,
269, 272, 279, 294, 296, 297, 298, 301, 311, 312, 317, 332, 334, 341, 342,
344, 351, 355, 356, 360, 374, 388, 391, 393, 396, 397, 400, 419, 422, 428,
429, 431, 436, 438, 439, 440, 441, 442, 452, 453, 461, 462, 470, 471, 473,
474, 475, 480, 482, 485, 487, 488, 499, 501, 505, 507, 510, 511, 519, 520, 539
Evolução 15, 18, 19, 20, 21, 22, 26, 30, 41, 48, 51, 63, 64, 69, 82, 85, 89,
139, 140, 141, 142, 154, 155, 156, 197, 204, 217, 219, 220, 229, 233, 234,
235, 246, 247, 248, 253, 257, 271, 273, 280, 286, 293, 294, 297, 304, 305,
316, 335, 356, 395, 400, 403, 412, 414, 415, 423, 426, 452, 453, 458, 459,
460, 466, 467, 470, 471, 473, 474, 482, 497, 513, 517, 518
G
Geração 14, 15, 26, 32, 36, 40, 41, 43, 44, 45, 47, 50, 67, 69, 70, 78, 83, 84,
85, 103, 110, 115, 137, 139, 141, 159, 160, 161, 164, 167, 172, 177, 188, 189,
194, 205, 206, 217, 226, 230, 231, 232, 246, 247, 255, 258, 267, 268, 274,
283, 285, 313, 331, 336, 337, 339, 344, 346, 347, 348, 349, 351, 366, 367,
369, 370, 371, 374, 378, 384, 386, 399, 400, 412, 415, 416, 422, 431, 439,
451, 452, 454, 458, 468, 471, 472, 481, 483, 484, 491, 497, 500, 510, 517
Gestão 4, 13, 15, 18, 21, 22, 25, 35, 38, 41, 42, 43, 44, 45, 46, 47, 50, 51, 53,
60, 61, 63, 70, 87, 88, 97, 101, 102, 103, 119, 184, 187, 190, 192, 199, 202,
206, 207, 209, 212, 213, 214, 221, 222, 230, 232, 258, 261, 265, 268, 272,
273, 282, 297, 304, 320, 321, 337, 341, 342, 343, 346, 350, 355, 361, 362,
365, 368, 380, 390, 393, 394, 396, 398, 400, 401, 402, 403, 404, 407, 408,
410, 412, 413, 414, 415, 425, 427, 434, 446, 448, 449, 452, 453, 457, 458,
459, 460, 461, 464, 466, 467, 468, 469, 470, 473, 475, 478, 492, 493, 503,
504, 513, 522, 539, 540, 541, 542, 543, 544, 545, 546, 547, 548, 549, 550,
551, 552, 553, 554, 555
530
Government 17, 26, 28, 29, 31, 32, 53, 55, 56, 58, 59, 63, 72, 80, 93, 94, 96,
98, 123, 124, 125, 143, 157, 158, 181, 182, 210, 214, 215, 238, 239, 241, 261,
288, 321, 354, 355, 357, 361, 390, 417, 443, 447, 479, 502, 503, 504, 523, 548
Governo 3, 4, 11, 13, 18, 19, 21, 22, 27, 28, 30, 32, 33, 34, 35, 36, 37, 45,
46, 48, 64, 65, 66, 67, 68, 72, 74, 79, 80, 83, 84, 85, 87, 91, 102, 116, 117,
118, 139, 140, 141, 152, 155, 159, 160, 163, 181, 187, 188, 190, 191, 210,
219, 225, 226, 227, 232, 233, 246, 247, 248, 250, 252, 255, 256, 268, 273,
274, 276, 277, 280, 283, 284, 286, 294, 296, 304, 305, 306, 307, 312, 313,
314, 316, 317, 324, 325, 327, 329, 331, 332, 333, 334, 336, 339, 340, 341,
H
Hélice 15, 19, 20, 21, 22, 23, 27, 33, 34, 49, 52, 57, 60, 63, 64, 66, 69, 71,
73, 75, 76, 79, 80, 84, 85, 87, 97, 101, 102, 116, 117, 118, 119, 142, 154, 158,
159, 160, 162, 187, 188, 190, 210, 218, 219, 220, 226, 227, 228, 236, 263,
274, 296, 317, 332, 333, 355, 361, 368, 369, 372, 386, 395, 396, 398, 401,
402, 416, 423, 424, 425, 426, 446, 448, 454, 481, 482, 483, 487, 491, 495,
496, 498, 499, 501, 504, 510, 518, 519, 542, 553
I
Incubadoras de empresas 21, 42, 88, 160, 192, 327, 329, 333, 335, 337, 339,
343, 344, 345, 348, 349, 350, 351, 355, 356, 360, 362, 454, 463, 466, 480
Indústria de transformação 161, 165, 166, 167, 168, 169, 170, 172, 173,
175, 176
Industry 17, 26, 28, 29, 31, 32, 33, 35, 53, 54, 55, 56, 58, 59, 63, 80, 93, 94,
96, 98, 100, 104, 106, 120, 121, 122, 123, 124, 126, 127, 128, 129, 130, 132,
143, 151, 157, 158, 179, 180, 181, 182, 183, 184, 185, 208, 209, 210, 211,
212, 215, 222, 237, 238, 239, 240, 242, 243, 260, 261, 263, 265, 270, 288,
290, 321, 322, 337, 354, 355, 357, 359, 360, 361, 364, 390, 417, 443, 455,
456, 477, 479, 502, 505, 523, 524
Innovation 15, 25, 26, 28, 29, 31, 32, 44, 45, 46, 51, 52, 53, 54, 55, 56, 57,
58, 59, 60, 61, 63, 75, 80, 85, 88, 90, 91, 92, 93, 94, 95, 96, 97, 98, 99, 100,
106, 107, 120, 121, 122, 123, 124, 127, 128, 130, 132, 142, 156, 157, 179,
180, 181, 182, 183, 184, 185, 187, 207, 208, 209, 210, 211, 212, 213, 214,
AS HÉLICES DA INOVAÇÃO: interação universidade-empresa-governo-sociedade no Brasil 531
215, 216, 217, 221, 222, 236, 237, 238, 239, 240, 241, 242, 243, 244, 245,
250, 251, 260, 261, 262, 263, 264, 269, 270, 287, 288, 289, 290, 291, 293,
307, 319, 320, 321, 322, 323, 327, 337, 338, 351, 352, 353, 354, 355, 356,
357, 358, 359, 360, 362, 363, 364, 365, 368, 373, 388, 389, 390, 391, 393,
394, 417, 418, 419, 441, 442, 443, 444, 445, 446, 447, 448, 449, 451, 475,
476, 477, 478, 479, 480, 481, 501, 502, 503, 504, 505, 522, 523, 551, 552, 553
Inovação 3, 4, 11, 12, 13, 14, 15, 16, 18, 19, 20, 21, 22, 23, 25, 26, 27, 28,
29, 30, 32, 33, 34, 35, 36, 37, 38, 39, 40, 41, 42, 43, 44, 45, 46, 47, 48, 49,
51, 52, 61, 63, 64, 65, 66, 67, 68, 69, 70, 72, 73, 74, 75, 76, 78, 79, 80, 81,
Editora CRV - Proibida a impressão e/ou comercialização
83, 85, 86, 87, 88, 89, 90, 92, 102, 110, 112, 113, 118, 119, 139, 140, 141,
148, 149, 150, 151, 152, 155, 157, 159, 160, 161, 162, 163, 164, 172, 174,
176, 184, 185, 187, 188, 189, 190, 191, 192, 193, 194, 195, 196, 197, 198,
199, 200, 201, 202, 203, 204, 205, 206, 207, 208, 209, 210, 211, 212, 213,
214, 216, 217, 219, 220, 222, 223, 224, 225, 226, 227, 228, 230, 231, 232,
233, 234, 235, 246, 247, 248, 249, 250, 251, 253, 254, 256, 257, 259, 262,
267, 268, 269, 270, 271, 272, 273, 274, 275, 276, 277, 278, 280, 281, 282,
283, 285, 293, 294, 295, 296, 297, 298, 299, 300, 301, 302, 304, 305, 306,
307, 308, 309, 310, 311, 312, 313, 314, 315, 316, 317, 318, 319, 320, 322,
323, 325, 326, 327, 328, 329, 330, 331, 333, 334, 335, 336, 338, 339, 340,
341, 342, 343, 344, 345, 346, 347, 348, 349, 350, 351, 353, 354, 355, 356,
360, 362, 363, 364, 365, 366, 367, 368, 369, 370, 371, 372, 373, 374, 375,
377, 378, 379, 380, 382, 383, 384, 385, 387, 388, 390, 392, 393, 395, 397,
398, 399, 400, 405, 406, 410, 411, 412, 414, 415, 421, 422, 423, 424, 425,
426, 427, 428, 429, 431, 433, 434, 436, 437, 438, 439, 440, 441, 442, 443,
444, 445, 446, 447, 448, 449, 451, 452, 453, 454, 455, 456, 457, 458, 459,
463, 464, 468, 469, 472, 473, 475, 476, 478, 479, 481, 482, 483, 484, 488,
490, 494, 495, 496, 497, 498, 499, 500, 505, 506, 507, 508, 512, 518, 522,
523, 524, 539, 540, 541, 542, 543, 544, 545, 546, 547, 548, 549, 550, 551,
552, 553, 554, 555
Instituições 15, 22, 25, 26, 33, 41, 42, 49, 64, 65, 66, 67, 68, 108, 114, 116,
135, 142, 148, 149, 161, 163, 165, 166, 169, 170, 180, 188, 191, 192, 193,
194, 198, 200, 202, 203, 204, 206, 211, 212, 213, 218, 223, 226, 233, 245,
246, 248, 249, 250, 252, 255, 256, 257, 259, 267, 268, 273, 274, 276, 277,
278, 279, 281, 284, 285, 293, 294, 295, 297, 303, 304, 306, 307, 311, 314,
315, 316, 317, 323, 325, 328, 331, 332, 333, 336, 337, 338, 339, 344, 347,
348, 349, 365, 369, 370, 371, 374, 375, 377, 378, 379, 381, 382, 384, 385,
386, 387, 399, 421, 422, 425, 428, 433, 436, 437, 438, 443, 452, 455, 456,
459, 460, 462, 463, 466, 467, 469, 474, 483, 487, 493, 494, 495, 497, 499,
507, 509, 512, 514, 515, 517, 518, 551
532
Interação 3, 4, 11, 15, 18, 19, 20, 21, 22, 27, 30, 32, 33, 35, 36, 37, 38, 42,
47, 60, 64, 65, 66, 67, 68, 69, 85, 86, 91, 100, 118, 141, 152, 155, 159, 160,
162, 164, 165, 166, 167, 168, 169, 173, 174, 176, 178, 184, 185, 187, 188,
189, 190, 191, 192, 193, 198, 200, 201, 203, 205, 206, 217, 218, 219, 220,
224, 226, 228, 229, 231, 233, 234, 246, 249, 250, 255, 268, 272, 278, 283,
303, 305, 306, 329, 331, 332, 337, 346, 347, 350, 367, 368, 372, 376, 382,
384, 387, 398, 399, 400, 406, 412, 417, 421, 423, 424, 425, 426, 427, 431,
432, 434, 437, 438, 439, 440, 444, 452, 453, 454, 457, 467, 469, 470, 483,
505, 508, 517, 520, 542, 543, 544, 546, 547
L
Literatura 14, 15, 17, 18, 19, 20, 21, 23, 25, 26, 29, 30, 31, 32, 33, 35, 36,
37, 38, 39, 41, 43, 45, 46, 49, 60, 72, 74, 75, 78, 79, 102, 103, 104, 108, 109,
115, 116, 118, 139, 143, 154, 160, 161, 162, 163, 165, 172, 177, 188, 189,
192, 194, 196, 206, 220, 222, 227, 235, 245, 252, 253, 254, 260, 271, 272,
273, 275, 277, 283, 293, 331, 335, 338, 341, 342, 371, 372, 373, 375, 378,
381, 383, 385, 402, 416, 422, 424, 426, 428, 432, 439, 440, 452, 461, 468,
471, 472, 473, 474, 482, 487, 488, 511
M
Management 51, 52, 53, 56, 59, 61, 88, 90, 92, 94, 95, 97, 98, 99, 100, 106,
107, 120, 121, 122, 123, 125, 126, 127, 128, 131, 157, 158, 179, 180, 182,
183, 209, 210, 212, 214, 215, 222, 236, 237, 238, 239, 240, 241, 242, 243,
260, 261, 262, 264, 270, 287, 288, 289, 290, 319, 352, 353, 354, 356, 357,
358, 359, 360, 362, 363, 365, 389, 390, 393, 416, 417, 418, 419, 441, 442,
444, 445, 447, 449, 475, 476, 477, 478, 480, 481, 501, 502, 504, 505, 522,
523, 548, 553
Mecanismos 11, 21, 30, 44, 45, 86, 102, 103, 109, 113, 114, 115, 119, 197,
198, 224, 227, 229, 280, 305, 306, 325, 330, 338, 341, 346, 348, 351, 384,
387, 393, 434, 438, 466, 475, 514
AS HÉLICES DA INOVAÇÃO: interação universidade-empresa-governo-sociedade no Brasil 533
N
Núcleos de inovação tecnológica 20, 42, 188, 189, 207, 212, 214, 216, 257,
314, 333
O
Organizações 18, 20, 21, 33, 34, 41, 42, 44, 49, 64, 66, 67, 68, 73, 74, 75,
77, 80, 88, 113, 114, 141, 160, 181, 188, 190, 192, 198, 200, 201, 227, 228,
229, 231, 233, 254, 255, 271, 272, 273, 277, 278, 280, 286, 293, 295, 296,
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312, 325, 331, 332, 333, 334, 335, 338, 339, 341, 342, 343, 344, 346, 349,
350, 365, 367, 369, 370, 371, 372, 373, 396, 397, 398, 425, 429, 437, 452,
455, 458, 461, 465, 472, 483, 484, 495, 506, 508, 509, 518, 540, 541, 544,
545, 552, 554
P
Parcerias 14, 29, 115, 116, 119, 141, 155, 165, 191, 197, 198, 199, 201, 202,
205, 206, 226, 227, 229, 234, 283, 284, 285, 306, 317, 323, 329, 338, 350,
415, 424, 427, 432, 433, 434, 469, 488, 492, 513, 514, 542, 544
Parques tecnológicos 11, 18, 21, 22, 29, 44, 48, 81, 88, 113, 224, 227, 257,
280, 282, 283, 286, 316, 329, 331, 333, 334, 335, 336, 337, 339, 340, 341,
342, 343, 347, 348, 349, 350, 351, 353, 355, 356, 360, 363, 364, 365, 385,
390, 453, 456, 476, 478, 540, 552, 553
Pesquisa 11, 13, 14, 17, 19, 21, 22, 26, 27, 29, 30, 32, 33, 37, 38, 39, 40, 41,
42, 43, 44, 47, 60, 67, 68, 69, 70, 75, 81, 83, 84, 89, 101, 102, 104, 105, 106,
108, 109, 110, 111, 113, 114, 116, 119, 135, 140, 141, 142, 143, 145, 146,
147, 148, 149, 150, 151, 154, 156, 159, 160, 161, 162, 163, 164, 165, 166,
167, 168, 169, 170, 172, 173, 174, 175, 176, 177, 178, 181, 188, 190, 191,
193, 194, 195, 196, 197, 198, 199, 200, 201, 202, 203, 204, 205, 206, 218,
219, 220, 221, 223, 224, 226, 227, 228, 229, 230, 231, 232, 233, 234, 235,
245, 246, 247, 248, 249, 250, 251, 252, 253, 254, 255, 256, 257, 258, 262,
269, 270, 271, 274, 275, 276, 277, 278, 279, 281, 282, 283, 284, 285, 286,
287, 294, 296, 297, 298, 299, 304, 305, 306, 307, 308, 312, 314, 315, 316,
318, 319, 322, 326, 327, 329, 331, 332, 333, 335, 337, 338, 339, 343, 346,
347, 353, 366, 373, 374, 375, 376, 377, 378, 381, 382, 383, 385, 389, 396,
397, 399, 400, 401, 412, 414, 415, 416, 418, 419, 422, 425, 428, 429, 430,
431, 437, 442, 452, 453, 455, 458, 460, 461, 462, 463, 464, 465, 466, 467,
469, 472, 473, 474, 475, 481, 482, 483, 485, 486, 487, 491, 492, 497, 501,
502, 503, 507, 509, 510, 511, 512, 513, 514, 519, 520, 521, 522, 539, 540,
541, 542, 543, 544, 545, 546, 547, 548, 549, 550, 551, 552, 553, 554
534
Pesquisadores 13, 15, 17, 18, 19, 22, 25, 26, 28, 29, 30, 35, 42, 50, 67, 70,
84, 103, 108, 110, 111, 135, 136, 139, 140, 141, 142, 144, 146, 149, 150, 151,
154, 155, 165, 173, 177, 196, 197, 199, 201, 202, 203, 204, 205, 206, 221,
229, 235, 254, 279, 281, 283, 286, 307, 327, 331, 335, 367, 378, 396, 399,
400, 401, 402, 460, 464, 469, 508, 514, 515, 517, 518, 519, 520, 542
Policy 13, 17, 26, 31, 54, 55, 56, 57, 59, 60, 61, 90, 92, 93, 94, 96, 98, 100,
106, 120, 121, 122, 123, 124, 126, 127, 129, 130, 132, 145, 146, 151, 157,
179, 180, 181, 183, 184, 185, 208, 210, 211, 212, 213, 215, 216, 217, 222,
238, 239, 240, 241, 242, 260, 261, 262, 263, 264, 265, 270, 287, 288, 289,
Q
Quadruple Helix 22, 31, 52, 58, 64, 75, 90, 91, 92, 93, 94, 95, 96, 98, 99,
129, 142, 148, 152, 154, 155, 156, 157, 158, 228, 237, 241, 373, 389, 390,
442, 459, 479, 501, 502, 503, 504, 505, 542
Quintuple Helix 15, 41, 48, 52, 76, 90, 92, 95, 98, 100, 140, 142, 154, 155,
156, 157, 207, 228, 237, 353, 388, 389, 476, 477, 480, 503, 521, 552
AS HÉLICES DA INOVAÇÃO: interação universidade-empresa-governo-sociedade no Brasil 535
R
Recursos 14, 17, 35, 37, 40, 41, 43, 46, 64, 65, 69, 84, 111, 112, 114, 135,
141, 160, 161, 163, 165, 166, 167, 168, 169, 174, 175, 176, 177, 178, 192,
196, 200, 201, 203, 205, 206, 219, 227, 228, 229, 230, 233, 253, 271, 273,
275, 276, 277, 280, 294, 298, 301, 303, 305, 306, 309, 313, 317, 323, 327,
329, 338, 341, 343, 344, 345, 347, 362, 379, 381, 384, 395, 398, 400, 403,
405, 407, 409, 410, 412, 413, 422, 423, 425, 427, 432, 433, 438, 463, 469,
485, 488, 492, 497, 498, 499, 506, 507, 508, 509, 515, 518, 519
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Região 11, 17, 37, 76, 87, 115, 169, 179, 188, 191, 194, 198, 199, 200, 201,
204, 217, 225, 229, 230, 233, 235, 247, 255, 257, 268, 281, 327, 335, 338,
342, 343, 345, 366, 368, 369, 370, 372, 373, 374, 375, 376, 377, 378, 379,
380, 381, 382, 383, 384, 385, 386, 387, 388, 392, 393, 395, 400, 423, 427,
434, 437, 440, 454, 461, 465, 466, 484, 489, 490, 494, 497, 540
Relação 11, 18, 19, 20, 22, 28, 36, 40, 41, 43, 46, 47, 49, 52, 64, 66, 67, 73,
76, 83, 86, 102, 152, 154, 160, 163, 164, 167, 168, 172, 177, 187, 188, 189,
190, 192, 195, 196, 197, 198, 199, 200, 201, 202, 203, 204, 205, 207, 223,
226, 232, 236, 247, 251, 254, 255, 268, 273, 277, 280, 282, 284, 285, 286,
296, 297, 298, 302, 307, 310, 312, 316, 327, 328, 333, 334, 339, 341, 344,
346, 366, 367, 368, 371, 375, 377, 382, 384, 398, 416, 423, 424, 430, 437,
438, 462, 463, 464, 465, 466, 467, 468, 470, 475, 482, 483, 485, 486, 487,
492, 497, 500, 506, 511, 514, 515, 517, 518, 521, 554
Revisão sistemática da literatura 19, 102, 103, 104, 108, 109, 115, 116, 118,
220, 222, 252
S
Science 11, 13, 17, 25, 26, 27, 29, 31, 35, 51, 53, 54, 55, 56, 57, 58, 59, 60,
91, 93, 94, 95, 96, 97, 98, 99, 100, 104, 105, 106, 107, 121, 122, 123, 124,
125, 129, 130, 132, 151, 154, 156, 157, 180, 182, 210, 211, 216, 217, 220, 221,
222, 236, 239, 240, 241, 252, 253, 260, 261, 262, 263, 264, 269, 270, 288,
289, 290, 295, 321, 322, 323, 336, 337, 338, 351, 352, 353, 354, 356, 357,
358, 359, 360, 361, 362, 363, 364, 365, 418, 419, 443, 444, 448, 449, 451,
455, 456, 458, 475, 476, 477, 478, 479, 480, 501, 502, 503, 504, 523, 552, 553
Setor produtivo 33, 44, 49, 66, 85, 141, 160, 198, 199, 224, 247, 248, 256,
259, 306, 336, 348, 382, 383, 384, 385, 386, 396, 398, 400, 401, 403, 412,
414, 415, 507, 515, 518, 521
Sistema 21, 33, 36, 40, 44, 63, 64, 65, 66, 68, 75, 84, 92, 111, 112, 161, 163,
164, 188, 197, 198, 205, 208, 210, 219, 225, 227, 231, 233, 255, 259, 268,
272, 273, 277, 293, 294, 296, 297, 300, 304, 306, 309, 311, 315, 316, 317, 319,
536
328, 329, 335, 342, 347, 366, 367, 368, 369, 370, 372, 373, 374, 378, 382,
387, 393, 399, 403, 426, 433, 434, 439, 443, 445, 452, 453, 455, 488, 494, 543
Sistema regional de inovação 21, 208, 225, 366, 369, 370, 372, 373, 374,
378, 387, 393, 399
Sociedade 3, 4, 11, 22, 27, 28, 29, 32, 33, 35, 39, 40, 41, 42, 44, 48, 49, 50,
51, 52, 60, 61, 67, 68, 69, 71, 72, 73, 74, 75, 76, 77, 78, 79, 83, 84, 85, 86,
89, 90, 101, 109, 116, 118, 141, 142, 154, 160, 188, 190, 201, 217, 218, 219,
220, 224, 225, 226, 228, 230, 231, 232, 233, 245, 246, 248, 249, 250, 254,
T
Technology 20, 25, 31, 51, 52, 53, 54, 55, 57, 58, 59, 64, 90, 91, 92, 93, 94,
96, 97, 99, 100, 104, 106, 107, 120, 121, 122, 123, 124, 125, 126, 127, 128,
129, 132, 157, 158, 163, 179, 180, 181, 182, 183, 184, 188, 208, 209, 210,
211, 213, 214, 215, 216, 222, 236, 237, 238, 239, 241, 242, 243, 244, 245,
247, 254, 261, 262, 263, 270, 284, 290, 291, 319, 321, 322, 336, 337, 339,
340, 351, 352, 353, 354, 355, 356, 357, 358, 359, 360, 361, 362, 363, 364,
365, 390, 418, 419, 441, 442, 444, 445, 446, 447, 449, 451, 475, 476, 477,
478, 479, 480, 502, 504, 521, 522, 523, 524, 547, 553
Tecnologia 11, 14, 15, 21, 22, 25, 26, 28, 30, 33, 34, 35, 36, 37, 38, 39, 40,
41, 43, 44, 45, 47, 53, 60, 65, 66, 67, 68, 69, 70, 71, 74, 83, 98, 101, 102, 109,
110, 111, 112, 113, 114, 115, 119, 136, 141, 148, 163, 170, 176, 177, 181,
188, 189, 190, 191, 195, 196, 197, 198, 199, 203, 204, 205, 206, 207, 208,
209, 212, 216, 218, 224, 225, 226, 228, 229, 230, 232, 245, 246, 247, 248,
249, 250, 251, 252, 255, 259, 268, 273, 274, 275, 276, 277, 278, 280, 281,
282, 283, 294, 295, 297, 298, 299, 300, 304, 305, 306, 307, 309, 312, 313,
315, 316, 320, 323, 326, 328, 329, 331, 332, 334, 335, 337, 338, 339, 341,
346, 347, 349, 353, 355, 356, 360, 365, 368, 371, 377, 378, 379, 381, 382,
AS HÉLICES DA INOVAÇÃO: interação universidade-empresa-governo-sociedade no Brasil 537
385, 386, 399, 419, 423, 424, 427, 431, 432, 434, 435, 438, 439, 440, 445,
452, 455, 456, 458, 461, 462, 463, 466, 471, 480, 484, 488, 489, 493, 496,
498, 505, 506, 507, 508, 509, 510, 511, 513, 514, 515, 517, 519, 520, 521,
539, 540, 542, 544, 545, 546, 547, 548, 549, 550, 551, 552, 553
Transferência 11, 22, 30, 35, 38, 40, 44, 69, 70, 71, 74, 98, 101, 102, 110,
111, 112, 113, 114, 119, 148, 163, 168, 174, 175, 177, 181, 188, 190, 195,
196, 197, 198, 199, 203, 204, 206, 209, 212, 216, 218, 224, 225, 226, 227,
228, 229, 230, 231, 232, 245, 246, 248, 249, 250, 251, 255, 256, 259, 274,
275, 276, 277, 279, 280, 281, 282, 283, 293, 315, 316, 329, 331, 332, 334,
Editora CRV - Proibida a impressão e/ou comercialização
335, 338, 341, 347, 368, 406, 419, 452, 456, 458, 505, 506, 507, 508, 509,
510, 511, 513, 514, 515, 517, 520, 521, 540, 542, 544, 545, 548, 549, 552
Transferência de conhecimento 11, 71, 112, 190, 227, 229, 232, 246, 249,
275, 276, 277, 280, 283, 338, 406, 452, 506, 507, 508, 509, 552
Transferência de tecnologia 22, 30, 35, 38, 40, 44, 69, 70, 74, 98, 101, 102,
110, 111, 112, 113, 114, 119, 148, 163, 177, 181, 188, 190, 195, 196, 197,
198, 203, 204, 206, 209, 212, 216, 218, 224, 225, 226, 228, 229, 232, 245,
246, 248, 249, 250, 251, 255, 259, 281, 282, 283, 315, 316, 329, 332, 334,
338, 341, 368, 419, 456, 458, 505, 507, 508, 509, 510, 511, 513, 515, 517,
520, 521, 540, 542, 544, 545, 549
Triple Helix 4, 11, 12, 13, 14, 15, 16, 17, 18, 19, 20, 21, 22, 23, 25, 26, 28,
29, 30, 31, 32, 36, 38, 39, 44, 45, 47, 49, 51, 52, 53, 54, 55, 56, 57, 58, 59,
60, 61, 63, 70, 71, 72, 73, 80, 81, 85, 88, 89, 90, 91, 92, 93, 94, 95, 96, 99,
100, 101, 116, 117, 118, 121, 122, 123, 124, 126, 127, 129, 130, 132, 139,
140, 142, 143, 148, 151, 152, 155, 156, 157, 158, 180, 181, 207, 208, 210,
211, 212, 215, 216, 228, 237, 239, 241, 242, 246, 247, 248, 250, 259, 261,
262, 263, 288, 289, 321, 325, 326, 330, 332, 333, 334, 335, 341, 344, 346,
349, 350, 352, 354, 355, 357, 358, 361, 365, 366, 367, 368, 369, 371, 372,
373, 374, 378, 379, 387, 388, 389, 390, 391, 417, 418, 419, 443, 453, 454,
456, 466, 471, 475, 476, 477, 478, 479, 480, 481, 501, 502, 503, 504, 507,
508, 510, 518, 521, 523, 542, 551, 552, 553
U
Universidade 3, 4, 5, 11, 13, 15, 16, 18, 19, 20, 21, 22, 25, 26, 28, 30, 31,
32, 33, 34, 35, 36, 37, 39, 40, 41, 42, 43, 44, 45, 46, 52, 60, 61, 64, 65, 66,
67, 68, 69, 70, 74, 80, 81, 83, 84, 88, 89, 91, 92, 97, 98, 100, 101, 102, 103,
104, 108, 109, 110, 111, 112, 113, 114, 115, 116, 117, 118, 119, 136, 137,
139, 140, 141, 148, 159, 160, 161, 162, 163, 164, 165, 167, 169, 170, 177,
178, 183, 184, 185, 187, 188, 189, 190, 191, 192, 194, 195, 196, 198, 200,
201, 202, 204, 205, 206, 207, 210, 217, 218, 219, 220, 221, 223, 224, 225,
538
226, 227, 228, 229, 230, 231, 232, 233, 234, 235, 245, 246, 247, 248, 249,
250, 251, 252, 253, 254, 255, 256, 257, 258, 260, 267, 268, 269, 270, 271,
273, 274, 275, 276, 277, 278, 279, 280, 282, 283, 284, 285, 286, 296, 303,
305, 313, 317, 329, 332, 333, 334, 337, 339, 341, 342, 345, 346, 353, 355,
362, 367, 368, 376, 381, 382, 385, 386, 387, 393, 394, 396, 398, 399, 400,
401, 403, 404, 405, 407, 408, 409, 410, 412, 413, 414, 415, 417, 419, 422,
425, 427, 429, 433, 434, 436, 437, 438, 443, 446, 453, 454, 455, 456, 457,
459, 461, 462, 463, 465, 466, 469, 471, 472, 478, 481, 482, 483, 484, 505,
507, 508, 510, 513, 514, 515, 516, 518, 519, 520, 523, 539, 540, 541, 542,
Alexandre A. Dias
Doutor e mestre pelo Programa de Pós-Graduação em Administração de Organi-
zações (PPGAO) pela Faculdade de Economia, Administração e Contabilidade
de Ribeirão Preto da Universidade de São Paulo (FEARP/USP). É professor
do Departamento de Administração e orientador do PPGAO da FEARP/USP.
É pesquisador do Núcleo de Pesquisas em Inovação, Gestão Empreendedora e
Competitividade (INGTEC). Suas pesquisas são predominantemente aplicações
empíricas sobre: (1) Colaboração universidade-empresa; (2) Produtividade
científica e tecnológica; (3) Redes de colaboração científica e tecnológica; (4)
Transferência de tecnologia; (5) Gestão da inovação.
540
Andrei Mikhailov
É administrador graduado pela Universidade Federal de Santa Maria (UFSM)
e mestre em Administração com ênfase em Inovação, Tecnologia e Sustentabi-
lidade pela Universidade Federal do Rio Grande do Sul (EA/PPGA/UFRGS).
Atualmente é doutorando do Programa de Pós-Graduação em Administração
da Universidade do Vale do Rio dos Sinos (PPGadm-UNISINOS) e está reali-
zando doutorado-sanduíche na University of Stavanger – Stavanger, Noruega.
Entre 2017 e 2018 foi integrante do NITEC – núcleo de estudos em inovação
da UFRGS e hoje é pesquisador do EcoHubI – grupo de estudos e pesquisas
em ecossistemas de inovação e do GDIN – grupo de pesquisa em dinâmica
econômica da inovação. Interessa-se por temas tais como: gestão da inovação,
interação universidade-empresa, ecossistemas de inovação, indicadores de
inovação, capacidades de inovação, agricultura 4.0.
AS HÉLICES DA INOVAÇÃO: interação universidade-empresa-governo-sociedade no Brasil 543
Eduardo De-Carli
Pós-doutorado (2021) pelo Programa de Pós-graduação em Administra-
ção da Universidade Federal do Paraná (PPGADM/UFPR). Doutorado em
AS HÉLICES DA INOVAÇÃO: interação universidade-empresa-governo-sociedade no Brasil 545
Janaína Ruffoni
É economista graduada pela Universidade Federal do Rio Grande do Sul
(UFRGS) e doutora em Política Científica e Tecnológica (DPCT) pela UNI-
CAMP. Atualmente é professora do Programa de Pós-Graduação em Econo-
mia (PPGE) e em Administração (PPGA) da UNISINOS e líder do Grupo de
Pesquisa em Dinâmica Econômica da Inovação (GDIN) desde 2013. Membro
da ABEIN e Coordenadora do Comitê Científico do Encontro Nacional de Eco-
nomia Industrial e Inovação (ENEI/ABEIN). Coordena e participa de diversos
projetos de pesquisa financiados por agências públicas. Temas de interesse:
crescimento econômico e inovação; paradigmas tecnológicos (Indústria 4.0);
adoção de inovações; dinâmica da concorrência e estudos setoriais; dinâmica e
capacidades de inovação das firmas; interação universidade-empresa; proximida-
des e fluxos de conhecimento; progresso tecnológico na área da saúde humana.
Juan D. Rogers
Professor de Políticas Públicas na School of Public Policy, Georgia Institute
of Technology, EUA. É graduado em Engenharia Elétrica pela Universidade
de Buenos Aires e doutor em Estudos de Ciência e Tecnologia pelo Virgi-
nia Polytechnic Institute and State University, EUA. O Prof. Rogers é um
especialista internacionalmente reconhecido em design, implementação e
avaliação de políticas públicas para o desenvolvimento econômico com foco
em ciência e tecnologia, competitividade e usos da ciência e tecnologia para
atender às necessidades sociais ou econômicas. Foi conselheiro de governos
nacionais e regionais de países da América do Sul e Central, Europa Oriental,
Oriente Médio e Sudeste Asiático. Sua pesquisa aborda políticas intensivas
em conhecimento, fluxos de conhecimento, ciência para política, política de
ciência, tecnologia e inovação (CT&I), gestão pública de CT&I, modelagem
e avaliação de processos de P&D, revisões de gastos públicos, análise fun-
cional de políticas públicas, avaliação dos impactos das políticas de P&D e
pesquisa científica, gestão do conhecimento e mudança organizacional nos
setores privado e público, políticas de transferência e difusão de tecnologia
e criatividade em ciência e engenharia. Publica regularmente esses temas em
revistas acadêmicas como Research Evaluation, Research Policy, Journal of
548
universidade e sustentabilidade.
Kadigia Faccin
Professora-Pesquisadora da Escola de Gestão e Negócios (EGN) da UNISI-
NOS (Universidade do Vale do Rio dos Sinos) e atualmente coordenadora do
Programa de Pós-graduação em Administração (PPGAdm) – Capes 6. Atua
no Programa de Pós-Graduação em Administração (PPGA), Programa de
Pós-Graduação em Economia (PPGE) e no Programa de Pós-Graduação em
Gestão e Negócios (PPGN – Doutorado Profissional/Prof. Convidada). Na
EGN ministra as disciplinas de Métodos Qualitativos, Gestão da Inovação,
Inovação e Dinâmicas Territoriais e Oficina de Casos de Ensino. É pós-Dou-
tora em Administração – Relações Interorganizacionais (2017). Possui dupla
titulação de doutorado: Doutora em Administração pela Universidade do
Vale do Rio dos Sinos – UNISINOS e em Sciences de LInformation et de la
Communication pela Université de Poitiers/França (2016). Possui Mestrado
Acadêmico em Administração pela Universidade de Caxias do Sul (2010) e
Graduação em Ciências Econômicas (2007). Bolsista de Produtividade em
Pesquisa (PQ-2) desde 2022. Foi uma das organizadoras do grupo de pesquisa
GeRedes (Grupo de Estudos em Redes Interorganizacionais – UNISINOS/
CNPq) até 2018. Atualmente lidera o grupo de pesquisa em Ecossistemas
de Inovação, O EcoHubI – UNISINOS/CNPQ. Coordenadora da Divisão
Acadêmica de Inovação, Tecnologia e Empreendedorismo (ITE) na ANPAD
(2021-2023). Bolsista de Produtividade em Pesquisa – PQ2 (Chamada CNPq
Nº 4/2021). Faz parte do Grupo de Apoio ao Comitê Gestor do Projeto Institu-
cional de Internacionalização – PRINT, da UNISINOS. É curadora do projeto
Fácil Metodologia (possui website e redes sociais). Coordenadora de Projetos
de Pesquisa com financiamento nacional (CNPQ e Fapergs) e Internacional
(Research Council – Noruega). Temas de Interesse para pesquisa: Estratégia
e Relações Interorganizacionais, Inovação Colaborativa, Ecossistemas de
Inovação e Educação para a Inovação.
550
SOBRE O LIVRO
Tiragem não comercializada
Formato: 16 x 23 cm
Mancha: 12,3 x 19,3 cm
Tipologia: Times New Roman 10,5/11,5/13/16/18
Arial 8/8,5
Papel: Pólen 80 g (miolo)
Royal Supremo 250 g (capa)