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o
REAVIVAMELO
o
REAVIVAMELO

MARK I. BUBECK

CNSDCIfS
EDITORA E DISTRIBUIDORA CANDEIA
Rua Belarmino Cardoso de Alm eida η* 108
São Paulo - SP - CEP 04809-270 - C idade Dutra
Tel.: 520-1969 - Telefax: 520-7864
T ítu lo d o o rig in al em inglês:
T h e S a ta n ic R e v iv a l

C o p y rig h t © 1991, M ark I. B ubeck

C o o rd e n a d o re s d e p ro d u ção : M a u ro W a n d erle y T e rre n g u i


M arcos A u ré lio B orghi

T rad u ção : N e y d S iq u eira


R evisão d e E stilo e P rovas: Isly C arv alh o M arin o F ranco
D esen h o d a capa: C arlo s F ranco

C o m p o sição , ío to lito , im p re ssã o e acab am en to :


A ssociação R eligiosa Im p re n sa d a Fé

1 - E dição: 1993 — 3.000 e x em p lares

P u b licad o n o Brasil com a d e v id a a u to riza ç ã o e co m to d o s os


d ire ito s re se rv a d o s pela:
ED ITO RA E DISTRIBUIDO RA C A N D E IA
R ua B elarm in o C a rd o so d e A n d ra d e (A lm eida), 108
In te rla g o s - São P au lo , SP
C ep.: 04809-270

C ó d .047
G o sta ria d e sa b er su a o p in iã o so b re este livro.
E screva p ara: E d ito ra C andeia.
A o s In tercesso res de O ração " S io u x la n d F o c u s"
q u e se re u n ira m às 6 h 3 0 m in da m a n h ã ,
todas as terças-feiras,
p o r m a is de cinco anos, c la m a n d o pelo
rea v iv a m e n to revolucion ário de D eu s.
Agradecimentos
M e u m a is p r o fu n d o a g ra d ecim en to ao D r. John M c F a rla n e
p elas horas trabalhadas em seu co m p u ta d o r n os p rim e iro s
ra scu n h o s do m a n u sc rito . Foi u m a verdadeira tarefa de am or.
E m bora a posentado de su a clín ica m édica, su a dedicação em
se rv ir o u tro s apen as a u m e n to u .
M in h a g ra tid ã o ta m b ém se esten d e à Sara S u e L arson q u e
trabalhou com o v o lu n tá r ia d u r a n te horas in co n tá veis, a f i m de
p reparar 0 te x to m a n u sc rito de acordo com as especificações da
editora.
A c im a de tud o, sem a devoção am orosa de m in h a esposa,
A n ita , m in lta fa m ília im ediata, e 0 en co ra ja m en to em oração da
congregação da Igreja B a tista C en tra l, este liv ro não teria sido
escrito.
E xp resso m in h a g ra tid ã o a D e u s p o r todos os q u e m e
a ju d a ra m .
ÍNDICE
P re fá c io ........................................................................................... 09
I n tr o d u ç ã o ..................................................................................... 11

PA R T E I:
R E C O N H EC EN D O O S PO D ERES D A S TREVA S

1. O s P o d e res d a s T r e v a s ..................................................... 15
2. E stam os C o n d e n a d o s a R e p e tir a H is tó ria ? ............. 35
3. P o r Q u e as N açõ es C a e m ? .............................................. 45

PA R T E II:
C O N FR O N T A N D O O S PO D ERES D A S TREVAS

4. C o n fro n ta n d o a A tiv id a d e D e m o n ía c a ...................... 65


5. P re p a ra n d o o C en ário p a ra o R e a v iv a m e n to ......... 79
6. R o m p e n d o os G rilh õ e s ..................................................... 91
7. O n d e C o m e ç a r..................................................................... 107
8. T o cad o s p elo F a rd o d e D e u s ......................................... 123
9. T o cad o s p e la P ro m e ssa d e D e u s ................................. 133

P A R T E III:
D E R R O T A N D O O S PO D ER ES D A S TREVAS

10. F a z e n d o A c o n te c e r........................................................... 145


11. P ro te g e n d o os P a rtic ip a n te s .......................................... 159
12. A v a lia n d o as F orças p a ra a B a ta lh a ............................ 177
13. U sa n d o N o ssa s A r m a s ..................................................... 187
14. A ta q u e à U n id a d e d o C o r p o ......................................... 199
15. M a n te n d o em F u n c io n am e n to a U n id a d e d o
C o r p o ................................................................................. 211
16. A O b ra d a P a l a v r a ............................................................. 225
17. O T e m p o É A g o r a .............................................................. 241
A p ê n d ic e A:
C onceitos de R e a v iv a m e n to e P apel do E sp írito S a n to .. 259
A p ê n d ic e B:
V ocê Já Fez a M a ra vilh o sa D escoberta da V ida
C heia do E s p ír ito ............................................................ 271
A p ê n d ic e C:
G u ia de F ácil R eferência para a O ração de
R e a v iv a m e n to .................................................................... 275
A p ê n d ic e D:
A lg u n s In s tr u m e n to s Ú te is ................................................ 279
N o t a s ................................................................................................ 284

M O D E L O S D E O R A Ç Ã O D E R E A V IV A M E N T O

1. Tem a: E nsina-M e a C o n h e c e r-T e .............................. 119


2. Tem a: A rre p e n d im e n to e In te rc e s s ã o ..................... 139
3. T em a: G ru p o s d e O ração p elo R e a v iv a m e n to ..... 155
4. T em a: P ro teção d o I n im ig o ........................................ 171
5. Tem a: L u ta n d o c o n tra o In im ig o .............................. 195
6. Tem a: U n id a d e n o C o r p o ............................................ 221
7. Tem a: A P a lav ra d e D e u s ............................................ 238
PREFÁCIO

4‫ ך‬a n ela E sp ecia l no T em po"

David Mains
C a p e la d o A r

E ste n ã o é u m tem p o com o o u tro q u a lq u e r. É u m a jan ela


esp ecial n o tem p o , d u ra n te o q u a l v e re m o s o re a v iv a m e n to
o u ire m o s o b se rv a r o n o sso p aís a p ro x im ar-se c a d a v e z m ais
d o d ia d o juízo.
O m o tiv o d e ssa convicção é q u e u m c h a m a d o a b ra n g e n te
p a ra o re a v iv a m e n to se fez o u v ir. A re sp o sta tem sid o
e n c o ra ja d o ra e o m o v im en to e stá g a n h a n d o im p u lso . Em
to d o o p a ís p e sso a s estão se re u n in d o em p e q u e n o s g ru p o s d e
oração, p e d in d o a D eu s p a ra faz e r u m a n o v a o b ra e m S ua
igreja. M u ito s m in istro s estão o ra n d o ju n to s, se m a n a lm e n te ,
e m re u n iõ e s q u e u ltr a p a s s a m a s lin h a s ra c ia is e
d e n o m in acio n ais. N o s retiro s d e re a v iv a m e n to p a ra o clero,
a con fissão d e p e c a d o é co m u m . L ág rim as são d e rra m a d a s,
e n q u a n to os líd e res d e D eus su p lic a m p a ra q u e v e n h a u m a
n o v a é p o c a d e p len o d e sp ertam e n to .
V ocê e stá e n v o lv id o n u m g r u p o d e o ra ç ã o p a ra o
rea v iv am e n to ? E sta é u m a p e rg u n ta im p o rta n te . N ã o b a sta
c o n tin u a r co m o e sp ec tad o r, só o b se rv a n d o o q u e se p a ssa ao
red o r. E im p e ra tiv o q u e c a d a u m p a rticip e d o m o v im e n to d e
o raç ã o em b ase reg u lar. O im p u lso d e v e crescer. S eria trágico
se ele ch eg asse a u m a p o g e u p re m a tu ro e d e p o is com eçasse
a d im in u ir.
O ra r p elo rea v iv a m e n to é algo difícil d e fa z e r so zin h o . O
o bjetiv o é a m p lo e o in im ig o in telig en te. O re ju n to com
a lg u ém .
U m d o s p o n to s altos d a m in h a se m a n a é a re u n iã o d o
p e q u e n o g ru p o d e rea v iv am e n to d o q u a l faço p a rte . O ram o s
p a ra q u e u m a C h a m a S an ta d esça so b re as co n g reg açõ es d e

-9-
to d o s os E stad o s e cid ad es. O m o v im en to d o E sp írito já é
a p a re n te e m m u ita s o u tra s p a rte s d o m u n d o . N ó s o ram o s:
"S en h o r, p e rm ita q u e isso aconteça a q u i tam b é m ".
E u m e lem b ro d e m o m e n to s d e o ração se m e lh a n te s co m
M a rk B ubeck n o início d o m e u m in istério . L em b ro c o m o ele
c o s tu m a v a lu ta r co m o S en h o r e n q u a n to o rav a. A p re n d í
m u ito o u v in d o e o ra n d o com ele. A leg ro -m e co m o fato d e
M a rk te r s o m a d o as su as id éia s à crescente lista d e m ate ria is
d e re a v iv a m e n to q u e tem o s a g o ra d isp o n ív eis. Ele tem m u ito
a c o m p a rtilh a r. M ark a n d a com o S enhor. A n seia p o r u m a
g ra n d e o b ra d o E spírito em n o sso s d ias. Ele n ã o escrev e
a p e n a s com co n h ecim en to in telectu al, m as c o m seu s a n o s d e
ex p eriên cia à fre n te d a b a ta lh a n a ca u sa d e C risto. S uas
p a la v ra s m an ifestam g ra n d e p o d e r p o rq u e e stã o ch eias d o
E sp írito Santo.
E m m e u e s tu d o d o rea v iv am e n to , desco b ri q u e é geral-
m e n te u m a q u e stã o d e três a seis a n o s e n tre o c h a m a d o à
o ração e a p le n itu d e d a o b ra in te n sa d o E spírito. Q u a se
se m p re s u rg e m n o c a m in h o in d icaçõ es p rév ia s q u e m o stra m
o p ro g re sso d o q u e está a co n tecen d o , tais co m o lág rim as,
co n fissão d e p ecad o s, igrejas e x p e rim e n ta n d o u m n ú m e ro
m aio r d e c o n v ersõ es, etc. Já e sta m o s v e n d o esses sinais, m as
o q u e aco n teceu a té hoje é in fin itesim al em c o m p a raç ã o co m
o q u e o c o rre rá q u a n d o o re a v iv a m e n to no s a tin g ir com to d a
a s u a força.
M in h a rec o m en d a ç ã o a você é q u e n ã o p e rm ita q u e n a d a
o im p e ç a d e se to rn a r p a rte d o m o v im e n to d e o ração o m ais
ra p id a m e n te p o ssível. N ã o e sp ere o u tra sem an a. A G O R A é
a h o ra. P e rm ita q u e as p á g in a s d e ste liv ro a u m e n te m o se u
desejo p o r esse e n o rm e d o m q u e o S e n h o r q u e r d a r à S u a
igreja, o d o m d o D e sp e rta m e n to E sp iritu al.

- 10-
INTRODUÇÃO
"U m E ncontro m a is F orte
com S a ta n á s "

N o ssa c u ltu ra m u d o u d a c u rio sid a d e so b re S a tan á s p a ra


u m a o b sessão a p a re n te m e n te c irc u la r q u e e stá c h o c an d o a
ig reja d e Jesus C risto. A ú n ica e sp e ra n ç a q u e vejo p a ra
c o n fro n ta r e d e te r esse rea v iv a m e n to sa tâ n ico a m e d ro n ta d o r
é u m re a v iv a m e n to e sp iritu a l e rev o lu c io n á rio d a ju stiça e
v e rd a d e .
Q u a n d o e u e ra u m p a sto r m ais jo v em , m u ita s v ezes
clam ei a D eu s p elo re a v iv a m e n to e m m eio a lo n g o s p e río d o s
d e oração. D u ra n te u m a d e ssa s sessões d e oração, u m a
p ercep ção e sp iritu a l forte e p e c u liar v eio re p e n tin a m e n te
so b re m im . N ã o co nheço o u tra fo rm a d e d escrevê-la. S úbita-
m en te, e m b o ra n ã o o u v isse u m a v oz, u m a p o d e ro sa co m u n i-
cação com o m e u e sp írito tev e lu g ar: A n t e s q u e u m reaviva-
m e n to com o esse pelo qu a l você está orando p o ssa ocorrer, é preciso
q u e haja u m e n c o n tro m a is fo r te com S ata nás.
A in te n sid a d e d e ssa p ercep ção m e e s p a n to u . E u orei: —
S en h o r, n a d a sei so b re esse a ssu n to e n ã o co n h eço n in g u é m
q u e saiba, m as e sto u p ro n to p a ra a p re n d e r.
D eu s m e p e g o u p ela m in h a p a la v ra. C om ecei a ler o
N o v o T e sta m en to in teiro , m a rc a n d o ca d a p a ssa g e m e texto
q u e fala v a so b re a b a ta lh a e n tre a lu z e as trev as. T ive o u tra s
in tu içõ es. A ênfase d o N o v o T e sta m en to so b re o te m a d o
co n flito e s p iritu a l m e a larm o u .
E stu d ei e li m u ito , d e v o ra n d o to d o s os m ate ria is possí-
veis. O p o rtu n id a d e s p a ra m in istra r aos aflig id o s p o r S atan ás
co m e ç a ra m a su rg ir. E u e ra u m n o v ato , m as D eu s m e e n sin o u
ra p id a m e n te a S u a v itó ria so b re as trevas. C erca d e v in te an o s
m ais tard e, m in h a m aio r p reo c u p a ç ão a in d a c o n tin u a c e n tra d a
n a n e c e ssid a d e d o re a v iv a m e n to rev o lu cio n ário , e ac re d ito
q u e você v e rá co m o essa n e c essid ad e foi a u m e n ta n d o a té q u e
hoje e n fre n ta m o s, d e fato, " u m fo rte e n c o n tro co m S atan ás".
- 11 -
O m u n d o cristão p recisa d e sp e rta r. D eu s p e rm itiu q u e
S atan ás atirasse a lu v a n a aren a, e m desafio à igreja. M as Ele
ta m b é m fo rn e c e u à igreja os recu rso s e sp iritu a is p a ra v en c er
o c o m p e tid o r. Isaías 59.19 é a n o ssa m en sa g e m d e e sp eran ça:

"E ntão tem erão o nom e do Senhor desde o poente, e a


sua glória desde o nascente do sol; vindo o inim igo como
um a corrente de. águas, o Espírito do Senhor arvorará contra
ele a sua bandeira" (Ed.Revista e C orrigida, IBB).

D eu s tem p o d e r p a ra in terferir. O d iab o fica re strito p o r


Ele à esfera d a S u a so b eran ia. O S eu p o d e r é in fin ita m e n te
m aio r d o q u e to d a a força q u e S a tan á s p o d e co n seg u ir.
E m b o ra este liv ro e x p o n h a a lg u m a s d im e n sõ e s e sp an to -
sas d o re a v iv a m e n to d o m al em n o sso s dias, essa n ã o é a
m en sa g e m p rin cip al.
P elo co n trá rio , os cren tes são c h a m a d o s a re n o v a r a su a
co n fian ça n o p o d e r d o seu D eus. O s cren tes são c h a m a d o s
p a ra p a rtic ip a r d e u m re a v iv a m e n to e sp iritu a l g e ra d o p o r
D eus, su fic ie n tem e n te fo rte p a ra a b a te r o fluxo d o m al. O s
cren tes são c h a m a d o s a reco n h ecer o p o d e r d a o ração d o u tri-
n á ria e u sá-lo d e m a n e ira p rática. O s cren tes, u n id o s co m
D eus, sã o c h a m a d o s a se le v a n ta r e fazer u so d a su a v itó ria.

M A R K I. B U B E C K

- 12-
PARTE I

Reconhecendo os Poderes das Trevas

1. Os Poderes das Trevas


2. Estamos Condenados a Repetir a História?
3. Por Que as Nações Caem ?
O s P o d eres
d a s Trevas 1
C e rta v ez, h á u n s cinco a n o s m ais o u m en o s, o so m d o
telefo n e m e a c o rd o u d e u m sono p ro fu n d o . M eu relógio
m arc a v a u m a h o ra d a m a n h ã e n q u a n to u m a jo v em aflita
d e rra m a v a s u a história: — D r. Bubeck, e s to u co m m ed o .
P en so q u e v ão m e m a ta r. A lg u é m m e d isse q u e o se n h o r
e n te n d e essas coisas e m e a ju d aria. V ai a ju d ar?
D e sd e q u e escrev i so b re a g u e rra e sp iritu a l, e u m e
a c o stu m a ra a receb er telefo n em as d e s e sp e ra d o s d e p esso as
em o cio n al e e s p iritu a lm e n te p e rtu rb a d a s . P ensei q u e esse era
u m o u tro c h a m a d o d e sse tipo, m as q u a n d o ela c o n to u su a
h istó ria , com ecei a o u v ir coisas e s tra n h a s e n o v as. U m a
sen sação e n re g e la d a — d e m e d o e m a u s p re ssá g io s — m e
en v o lv e u .
"E sto u m e tid a com u m a tu rm a d e m o to q u e iro s sa tâ n i-
co s", c o n tin u o u ela. "M e ap aix o n ei p elo s e g u n d o h o m e m n o
c o m a n d o d o g ru p o e fui m e a fu n d a n d o ca d a v e z m ais n o
e sq u em a . A g o ra e sto u com m e d o e q u e ro sair. O se n h o r m e
aju d a?"
S u a v o z s u p lic a n te d e s p e rto u m in h a co m p aix ão , m as
e sta v a u m ta n to cético. T u d o p arecia u m p o u c o d ra m á tic o
d em ais. M esm o assim , a sse g u re i-lh e q u e faria to d o o p o ssív el
p a ra aju d á-la; e d e p o is d e m a rc a r u m e n c o n tro p a ra o d ia
se g u in te , o rei p o r ela e ten tei v o lta r a d o rm ir. Foi u m a
te n ta tiv a p e rtu rb a d o ra .
Q u a n d o a jo v em a p a re c e u p a ra o e n c o n tro , se u tem o r era
e v id e n te m e n te sincero. O lh a n d o p e la jan ela d e m e u escritó-
- 15-
16 O REAVIVAMENTO SATÁNICO
rio, d e c la ro u e sta r certa d e q u e fo ra se g u id a . E la n ã o v iu
n in g u é m n o e sta c io n a m en to e, en tão , sen to u -se e co m eço u a
falar. E ra u m rela to in crív el sobre feitiçaria e ritu a is satân ico s
co m sacrifícios d e an im ais. C o m er a ca rn e c ru a d o s a n im a is
fazia p a rte d o rito. P ro stitu ição , v e n d a d e d ro g as, p ro d u ç ã o
d e v íd e o s p o rn o g rá fic o s—tu d o e ra c o n tro lad o e a d m in istra -
d o p e la g a n g u e . O p ro p ó sito d o ritu a l satân ico e ra ter acesso
ao p o d e r e à p ro te ç ão d e S atan ás p a ra os seu s lu cra tiv o s
"n eg ó cio s". A p e sa r d e te r lid o so b re a tiv id a d e s sa tâ n ica s
d esse tip o , este era o m e u p rim e iro c o n tato m ais p ró x im o , e
tem o n ã o ter a d o ta d o a m e lh o r a titu d e .
" Q u e ro sair!", g rito u a m oça a tra v é s d a s lág rim as. "A
tu rm a está p lan e jan d o u m sacrifício h u m a n o a S a tan á s e isso
m e d eix a lo u ca d e m ed o . P e rg u n te i a m eu n a m o ra d o co m o
p o d e ria sair. N o com eço, ele te n to u m e fazer m u d a r d e id éia,
m as a c ab o u p ro m e te n d o falar com o chefe so b re o a ssu n to .
Ele v ai m e d a r u m a re sp o sta q u a n d o no s e n c o n tra rm o s esta
ta rd e ."
M in h a exp eriên cia a n te rio r n ã o m e h a v ia p re p a ra d o
p a ra tra ta r co m a n e c essid ad e dela. P e rg u n te i se n ã o h av ia
p e rig o em v e r o seu n a m o ra d o e m e m b ro d o g ru p o , m as ela
a s se g u ro u -m e d e q u e ele a a m a v a rea lm e n te e era d e con-
fiança.

P re p a ro I n a d e q u a d o

A c o n v e rsa p a sso u p a ra a ssu n to s e sp iritu a is e e u p u d e


aju d á -la a re n o v a r su a p ro fissão d e fé em Jesus C risto. Ela
crera nE le p e la p rim e ira v ez n a escola d o m in ical, q u a n d o
m en in a, e s u a ale g ria em u m rela cio n a m e n to re n o v a d o p are-
cia a u tên tica. A os p o u c o s d e sa p a re c e u o seu a r d e d e se sp e ro
e ela p a re c ia em p a z e ra d ia n te ao d e ix a r m eu escritório. D eu-
m e o n ú m e ro d o telefo n e d o se u a p a rta m e n to e m arc am o s u m
e n c o n tro p a ra c o n v e rsa r n o v a m e n te em m e u c o n su ltó rio no
d ia seg u in te.
N u n c a m ais so u b e d e ssa jovem . T elefonei v á ria s vezes
p a ra o n ú m e ro q u e d e ix o u com igo. T entei d u ra n te d iv e rso s
d ias fa la r co m ela, m as fin alm en te a g rav ação d a v o z d e u m a
telefo n ista m e in fo rm o u q u e o telefo n e e sta v a d e sativ ad o .
Os Poderes das Trevas 17
E ssa ex p eriên cia m e p e rtu rb o u m u itíssim o . D e v e ria tê-
la p ro te g id o m elh o r. M eu p re p a ro in a d e q u a d o p a ra tra ta r
com a lg u é m p re so n as m alh a s d o sa ta n ism o p o d e ría m m u ito
b em ter-lh e c u sta d o a v id a. Ela p o d e p e rfe ita m e n te ter-se
to rn a d o o sacrifício h u m a n o d isc u tid o p e la g an g u e. R elatos
d e ex -satan istas to rn a m m ais p lau sív e l essa p o ssib ilid a d e. O
S e n h o r acalm o u , c o n tu d o , m in h a co n sciên cia p e rtu rb a d a
co m a lem b ran ç a d o seu sem b la n te rad io so , d e p o is d e o ra r
p e d in d o ren o v ação , m as a h istó ria d e ssa m o ça c o n tin u a m e
p e rs e g u in d o .
Vejo o g rito d e so co rro d e ssa jovem , e m in h a reação
d e s p re p a ra d a , com o u m a p a rá b o la d e a d v e rtê n c ia p a ra os
p ais, a igreja, e os líd eres c o m u n itá rio s q u e v iv em n e ste s d ias
c o n tu rb a d o s. P a ra m im , a h istó ria d e la foi u m a n o v a confir-
m ação d e q u e u m terrív el rea v iv a m e n to satân ico e stá ativ o
em n o sso p aís e ao re d o r d o m u n d o , e os se u s ten tá cu lo s d e
s e d u çã o e m a ld a d e se e sp a lh a m ra p id a m e n te a tra v é s d e
can ais p o d e ro so s e to rtu o so s.

E x p e riê n c ia d e O u tra M u lh e r

T en h o em m eu p o d e r u m a crônica d e d e z o ito p á g in a s
escrita p o r o u tra jovem , com seu s v in te e p o u c o s anos. Ela
m o ro u co m u m a fam ília a d o ra d o ra d e S atan ás d u ra n te os
p rim e iro s d e z en o v e an o s d e su a v id a. O retro sp e c to d e su as
m em ó ria s d e sd e os três a n o s até se u a fa sta m e n to d o cu lto e ra
tão terrív el e re p u lsiv o q u e o seu c o n selh eiro ficou im a g in a n -
d o se as lem b ran ç a s p o d e ría m se r v e rd a d e ira s. Ele p e n so u
q u e ela talv ez estivesse m an ife sta n d o u m a d o e n ç a d e p erso -
n a lid a d e m ú ltip la (DPM ), q u e re q u e ria u m tra ta m e n to m éd i-
co esp ecializad o .
Só rec e n te m e n te os te ra p e u ta s d e sc o b rira m q u e a D PM
é, com freq iiên cia, o re su lta d o d e u m a e x p eriên cia tra u m á tic a
d o p a cien te com o a b u so s a tâ n ic o /ritu a lista . O D r. Jam es
G .F riesen, p e rito n o c a m p o d a d o e n ç a d a p e rs o n a lid a d e
m ú ltip la , escrev eu u m livro in titu la d o " D e sco b rin d o o M isté-
rio d a D P M " ( U n c o v e rin g the M y s te r y o f M P D , H e re 's Life
P u b lish ers, ju n h o d e 1991). Ele revela:
18 O REAVIVAMENTO SATÁNICO
"E studos indicam que aproxim adam ente 25% dos que
sofrem de DPM na América do N orte foram subm etidos ao
ASR (Abuso S atâ n ico /Ritualista) e o ASR os levou à DPM.
Essa é a m elhor form a das crianças enfrentarem o traum a.
N ão estam os falando d e espancar crianças severam en-
te, ou sobre o uso d e form as extrem as de castigo. Falamos
de crianças que afirm am terem sido drogadas, aterrorizadas
e subm etidas a m aus-tratos terríveis, e que testem unharam a
m orte de anim ais e de outras crianças duran te cerim ônias de
adoração satânica."

O te ra p e u ta d e m in h a jo v em a m ig a p ro v id e n c io u p a ra
q u e ela fosse a v a lia d a p elo p re sid e n te d o d e p a rta m e n to d e
p s iq u ia tria d e u m a im p o rta n te u n iv e rsid a d e . Esse p siq u ia tra
e m p re g a a m ita l sódico, a lg u m a s v ezes c h a m a d o d e " so ro d a
v e rd a d e " , p a ra a v a liar a sin c e rid a d e d e u m p a c ie n te D P M e
ta m b é m co m o u m m eio p a ra a ju d a r n a in teg ração d a s p erso -
n a lid a d e s m ú ltip la s q u e estão se n d o m an ifestad as.
D ep o is d e tra b a lh a r d u ra n te lo n g o te m p o co m a jovem ,
o p s iq u ia tra a firm o u q u e, a se u ver, os d e ta lh e s h o rrív e is q u e
ela le m b ra v a em fla sh -b a c k s d e s u a in fân cia eram , d e fato,
reais. E ssa a m á v e l m u lh e r m e p e rm itiu c o m p a rtilh a r alg u -
m as d e su a s m em ó ria s pesso ais d u ra n te o n o sso ex am e d o s
sin ais d o re a v iv a m e n to satân ico q u e in v a d e m a n o ssa c u ltu ra.

Sinais do Reavivamento Satânico


1. Imoralidade sexual, inclusive pornografia e a livre
expressão da sensualidade.
A s e x u a lid a d e h u m a n a é u m d o s d o n s m ais sa g ra d o s d e
D eu s p a ra a raça h u m a n a . O d o m d o sexo n ã o é a p e n a s u m
d o s m eio s esco lh id o s p o r D eu s p a ra a p ro criação h u m a n a ,
m as n o c a sa m en to ele ta m b é m e x p ressa a lg u n s d o s m elh o res
d o n s p a ra a h u m a n id a d e —in tim id a d e a m o ro sa, u n iã o e a
d á d iv a d e si m esm o u m ao o u tro .
D e u s esco lh eu e sta in tim id a d e co m o o e x em p lo id e a l a
n ív el h u m a n o d a u n iã o e n tre C risto e a su a igreja (veja Efésios
5.22,23). S eria e sta u m a d a s razõ es p a ra S atan ás d e tu r p a r a
s e x u a lid a d e —m a n c h a n d o essa ilu stra ç ão bíblica d a u n id a d e ?
Os Poderes das Trevas 19
A to s S e x u a is S atân ico s

A s lem b ran ç a s escritas d e m in h a jo v em a m ig a d o c u m e n -


tam q u e as m ais v is p e rv e rsõ es sex u ais são p a rte re g u la r d a
feitiçaria e a d o ra ç ã o satânica. V ou p o u p a r a v ocê os d e ta lh es
só rd id o s, m as a lg u m a s referências são necessárias p a ra esta-
b elecer a relação e n tre a licen cio sid ad e sexu al d e n o sso s d ias
e a e stra té g ia d e S atanás.
A m u lh e r rela ta u m a cena h e d io n d a , q u e tev e lu g a r
q u a n d o ela tin h a q u a tro anos, o n d e sa ta n ista s te n ta ra m obri-
g a r q u e ela e u m g aro to d e seis a n o s tiv essem relações sex u ais
p a ra q u e os h o m en s p u d e sse m "film ar-n o s". Ela lem b ra,
p a te tic a m e n te: — N ão p o d ía m o s c o m p re e n d e r o q u e os
h o m e n s q u e ria m q u e fizéssem os e eles se zan g ara m ... u m
d eles to co u -m e sex u alm en te.
Ela tam b é m reg istra que, aos oito anos, u m g ru p o d e
c u ltistas d isp o sto s a "se d iv e rtir" fo rç a ra m -n a a m a n te r rela-
ções sex u ais co m u m a n im al, e "o s h o m e n s m e e s tu p ra ra m , o
q u e foi m u ito p en o so ."
A c ro n ista d e scre v e in ú m e ra s ex p eriên cias d e e stu p ro
ritu alista, e n q u a n to os " a d o ra d o re s" c a n ta v a m p a la v ra s ceri-
m o n ia is d e sú p lic a e h o n ra a S atanás. O rg ias sex u ais em
g ru p o faziam fre q ü e n te m e n te p a rte d e su a s m ais h o rre n d a s
d escriçõ es d e sacrifícios h u m a n o s e d e c o n su m o d e "ó rg ã o s
(h u m an o s) c ru s d a v asilh a". Ela escreve so b re e sta cena: —
T od os p a re c ia m e sta r rin d o e se d iv e rtin d o m u ito .
Essas exp eriên cias se asse m e lh a m ao s te ste m u n h o s d e
o u tro s q u e s o b re v iv e ra m ao te rro r d o ritu a l. T o d o s o s conse-
lh eiro s co m q u e m falei e q u e tra ta ra m d a s v ítim a s d o a b u so
s a tâ n ic o /ritu a lista re la ta m fatos sim ilares. M ais e m ais
te ra p e u ta s estão c o m p re e n d e n d o q u e existe u m a re d e vasta,
q u a se in concebível, d e a d o ra d o re s d e S a tan á s e n v o lv id o s
n essas p ráticas. N o geral, eles são o Sr. e a Sra. G e n te C o m u m
d u ra n te o dia. A s v ítim as rela ta m co m o o s d e v o to s zelosos
p o d e m se r m éd icos, a d v o g a d o s, c o n ta d o res, políticos, polici-
ais, p ro fesso res, b ab ás e p a sto re s (até m esm o p a sto re s, q u e
a lg u m a s v e z es e m p re sta m o p o rã o d a su a igreja p a ra sacrifí-
cios ritu a is n o tu rn o s), assim com o o p e rá rio s, d o n a s d e c asa e
c id a d ã o s a p a re n te m e n te resp eitáv eis.
20 O REAVIVAMENTO SATÁNICO
À noite, esses d e v o to s se e n v o lv e m e m p rática s sa tâ n i-
c a s /r itu a lis ta s q u e v a ria m d e sd e cânticos o rais e e n can ta-
m e n to s até a to rtu ra ritu a lista e c o n su m o d e ca rn e d e a n im a is
e h u m a n a . E ssas p ráticas, q u e a n tig a m e n te to d o s n ó s consi-
d e rá v a m o s p ro v a v e lm e n te raras, estão a g o ra tão d ifu n d id a s,
q u e a m a io ria d a s d eleg acias d e polícia u rb a n a s p o ssu i e sq u a-
d rõ e s esp eciais p a ra tra ta r d o p ro b le m a em su a s c o m u n id a -
des.
Q u a n d o e stá v a m o s p re p a ra n d o este c ap ítu lo , u m d o s
e d ito re s m en c io n o u o R e a v iv a m e n to S a tá n ico p a ra u rn a p ro fes-
s o ra e a m ig a n u m a c id a d e d e ta m a n h o m é d io n o Sul d a
C alifornia. A p ro fe sso ra c o n to u u m in cid e n te o c o rrid o h á
p o u c o te m p o q u e a fez refletir se ria m e n te so b re e sta ten d ê n c ia
crescente:
" C e rta n o ite, fiq uei até m ais ta rd e n a escola e fui a n d a n d o
n o e scu ro a té m e u c a rro ", lem b ro u a pro fesso ra. " N o estacio-
n a m e n to m e a ssu ste i com u m policial q u e co m eço u a fazer
v á ria s p e rg u n ta s p a ra v erificar se e u re a lm e n te lecio n av a
n a q u e la escola. D ep o is ele m e disse: — O lhe, n ã o a n d e n este
e sta c io n a m en to so z in h a a p ó s o escurecer, a rra n je a lg u é m
p a ra a c o m p a n h á -la . Ele p ro sse g u iu , d e sc re v e n d o v á rio s epi-
só d io s terrív e is q u e h a v ia m o co rrid o ali. S u sp eito s e stra n h o s
v a g a n d o p elo local, a d e sco b e rta d e carcaças m u tila d a s d e
an im ais, e o q u e p o d e ría ter sid o u m a te n ta tiv a d e seq ü estro .
Ele m e c o n to u q u e a polícia local n o ta ra u m a u m e n to alar-
m a n te n a s p rática s lig a d a s ao p a d rã o d e ritu a lism o satân ico
e, b a se a d o s n a s in fo rm açõ es d e o u tro s d e p a rta m e n to s, era
p ro v á v e l q u e essas p e sso a s estiv essem a g o ra p ro c u ra n d o
in d iv íd u o s so litário s p a ra ra p ta r e su b m e tê -lo s a to rtu ra e
a ssa ssin a to ritu alistas."

U m E s tu d o In te n s iv o

O s D rs. M ichael K. H a y n e s e P a u l W . C arlin e scre v e ra m


u m m a te ria l q u e u sa m em seu s se m in á rio s d e e s tu d o so b re
s a ta n ism o e ocultism o. Esse tra b a lh o d e 450 p á g in a s c o n té m
re s u m o s v o lu m o so s d e n o v a s h istó rias, e s tu d o s d e caso,
e x p eriên cias d e co n selh eiro s e rela tó rio s legais, in clu siv e
v á rio s e s tu d o s d e caso re la ta d o s p elo c o n selh eiro e n c arreg a -
Os Poderes das Trevas 21

d o d o se to r d e ab u so d e m en o res, La V em e R. C am p b ell.
U m d o s e stu d o s d e C am p b ell fala a resp e ito d e u rn a
g a ro ta d e três an o s que, "em u m a cerim ô n ia ritu a l d e casa-
m e n to satân ico foi m a rc a d a n a testa co m u m a n a v a lh a d e
o u ro . A se g u ir, o sa ce rd o te (nesse caso seu pai) beijou o corte,
s e p a ra n d o , assim , a m en in a p a ra S atanás, co m o objeto sexual,
a té se r sacrificad a a ele".
O u tro caso cita u m g ru p o d e crianças, e n tre d o is e sete
an o s, q u e fo ra m sujeitas a ritu a is, " in c lu in d o m u tila ç ã o d e
an im a is, b eb er sa n g u e m istu ra d o com u rin a e v in h o , teste m u -
n h a r a v io lação d e crian ças com p e d a ço s d e p a u e p o r h o m en s.
Eles fala m d e b alões (talvez p re se rv ativ o s) in se rid o s n as
m en in a s e d e p o is in flad o s com h élio p a ra facilitar a p e n e tra-
ção d o s h o m e n s a d u lto s, sem d e ix a r cicatrizes".
U m terceiro e s tu d o é o d e u m a m u lh e r co m três filhos.
"E la foi e v id e n te m e n te d ro g a d a com a lg u m a su b stâ n c ia pos-
ta e m se u ch á d u ra n te v á ria s n o ites ritu alistas. O m a rid o e o
filho d e 14 anos, ju n ta m e n te com p a re n te s e m em b ro s d o
coven (g ru p o ), u sa v a m -n a com freq ü ên cia (en q u a n to e sta v a
se d ad a ) co m p ro p ó sito s sexuais. A s crian ças d ã o te ste m u n h o
d a s m ais b iz a rra s a tiv id a d e s sex u ais com sacrifício h u m a n o e
a p a ra fe rn á lia rela tiv a e sco n d id a n u m a série d e tú n eis ligan-
d o três c a sa s."1
A p e sq u isa d e H a y n e s e C arlin co n firm a o q u e e u a p re n -
d i em p rim e ira m ão d u ra n te o a c o n se lh am e n to pessoal, a ssim
co m o o q u e o u tro s te ra p e u ta s e p a sto re s m e c o n ta ram . Sem
so m b ra d e d ú v id a , o ab u so sexual, o rg ias sex u ais e as p rática s
sex u ais m ais p e rv e rtid a s, n o g eral le v a n d o a n o v a s violências,
são c o n sid e ra d o s u m elem en to -ch av e n a p rática d o ritu al
satânico.

A " R e v o lu ç ã o S e x u a l" d e H o je

C o m o isto se relaciona com a "m e n o s a te rro riz a n te "


rev o lu ção sex ual em n o sso m u n d o o cid en tal? A c red ito q u e
isto m o stra q u e a p e rv e rsid a d e em n o sso s d ias, q u e inclui a
d istrib u içã o irre strita d e p o rn o g ra fia e m u ito s tip o s d e "liv re
ex p ressão " d a se n su a lid a d e , é m ais d o q u e u m a m an ifestação
d a lib e rd a d e sex u al h u m an a .
22 O Reavivamento Satánico
É m ais d o q u e a n a tu re z a d e c aíd a d o h o m e m se e x p res-
s a n d o n a a tiv id a d e im oral. É a in d a m ais d o q u e u m p r o d u to
re s u lta n te d o siste m a m u n d ia l e d a s a titu d e s e n sin a d a s p e la
n o ssa m íd ia d e m assa e in d ú stria d e e n tre te n im e n to .
A c re d ito q u e e sta m o s v e n d o u m a c o n sp ira çã o c u id a d o -
sá m e n te p lan e jad a p o sta em p rática, sin istra e in sid io sa de-
m ais p a ra te r o rig e m in te ira m e n te h u m a n a . E sta c o n sp ira çã o
flu i d ire ta m e n te d a esfera d o so b re n a tu ra lism o m alig n o , e
n o ssa ú n ica e sp era n ç a d e q u a lq u e r m o d ificação exige a in ter-
v e n ç ão d iv in a , so b re n a tu ra l. Só o p o d e r d e D eus, m an ifesta-
d o n o coração d e c id a d ã o s in te ressa d o s, cheios d e a m o r, p o d e
im p e d ir este a v an ço d o m al.

2. C rim e , p re o c u p a ç ã o co m a v io lê n c ia e a m o rte , e a b o rto

E n q u a n to escrevo, o jo rn al d e hoje m o stra três h istó ria s


d e v io lên cia te rro rista q u e fazem m an ch ete, in clu siv e a m o rte
b ru ta l d e d u a s fam ílias. U m d o s a rtig o s rela ta a p risã o d e u m
su sp e ito d e 19 a n o s n a c id a d e d e H illto w n , n a P en silv ân ia. Ele
é a c u sa d o d e e sfa q u e a r e m a ta r u m a v iú v a d e 42 an o s e seu s
filho s d e 16 e 14 a n o s e n q u a n to d o rm ia m . A a tiv id a d e
s a ta n ista d o su sp e ito é c o n sid e ra d a co m o se n d o p elo m en o s
u m a c a u sa p a rc ial d a su a violência.
H istó rias co m o essas se to rn a ra m c o stu m e iras em n o sso s
m eio s d e co m u nicação. D esd e loucos in te rn ac io n ais co m o
S a d d a m H u sse in a té o m arg in a l q u e a ssa lta c o m u m rifle, o u
o c id a d ã o resp e itá v e l q u e saco d e o p u n h o , b u z in a e p á ra a fim
d e b rig a r d e p o is d e ter sid o "fe c h a d o " no trâ n sito . Esses
rela to s c o n sta n te s d e v io lên cia c a u te riz a ra m a n o ssa sensibi-
lid a d e . A fim d e p ro te g e r-n o s, rea g im o s com am b iv alên cia.
O h o rro r d e rec o rre r à b ru ta lid a d e s u p e ra n o ssa c o m p re e n sã o
e as reaçõ es m e n ta is e em o cio n ais m ais d ig n a s são su p rim i-
das. D e sd e q u e n ã o p o d e m o s tra ta r o a ssu n to a d e q u a d a m e n -
te, n ó s o b lo q u e a m o s com p ro teçõ es rep ressiv as.
N ã o p o d e m o s ig n o ra r e sta n o ção vital: a v io lên cia em
to d a s as su a s m an ifestaçõ es m o stra as im p re ssõ e s d ig ita is d e
S atanás, p o is "E le foi h o m ic id a d e sd e o p rin c íp io " (João 8.44).
A ssa ssin a to s lig a d o s a d ro g as, a b o rto s, su icíd io s, e to d a o u tra
esp écie d e v io lên cia se id en tificam in tim a m e n te co m os p o d e -
Os Poderes das Trevas 23
res d a s tre v a s q u e fazem h o ras ex tras p a ra d e v a sta r p o v o s até
e n tã o pacíficos.
Em n e n h u m o u tro lu g a r a v io lên cia é m ais d e lib e ra d a ou
m an ía ca d o q u e n o s ritu a is satânicos. M in h a jo v em in fo rm a n -
te re g istra a m o rte e m "sacrifício" d e u m a v ítim a d u ra n te u m
ritu a l satân ico d e ad o ração . A cha q u e tin h a três o u q u a tro
a n o s n a o casião e lem b ra d o " e n c a rre g a d o " d isc u tin d o com a
v ítim a q u e n ã o su sp e ita v a d e n ad a; d e re p e n te "ele p e g a u rn a
faca e a g o lp eia n o e stô m ag o ". Q u a n d o ela c a iu ao ch ão e
co m eço u a g em er, ele c o rto u o pescoço d e la e foi até o n d e
e s ta v a m o s o u tro s. Ela relata o u tra lem b ra n ç a d a m o rte
ig u a lm e n te b ru ta l d e seu am ig o "B illy" d e seis an o s n u m
sacrifício ritu alista.
E sta v ítim a d o sa ta n ism o rela ta u m e v e n to n o q u a l ela
m e sm a to m o u p a rte com cerca d e d e z a n o s d e id ad e . O s
m em b ro s d o cu lto in v a d ira m a casa d e u m h o m e m q u e q u e ria
a b a n d o n a r a seita. Ele d o rm ia q u a n d o fo rç a ra m a e n tra d a na
s u a casa. Eles o " a m o rd a ç a ra m e a m a rra ra m s u a s m ão s a trá s
d a s costas. D ep o is o co lo caram n u m a c a m in h o n e te e o
le v a ra m a u m a clareira n o bosque. Ele p a re c ia e sta r co m
m e d o , m as n a v e rd a d e n ã o resistiu m u ito " . O s c u ltista s
" p a re c ia m d iv e rtir-se c h u ta n d o o h o m em ".
C onfessa, a seg u ir, h o rro riz a d a , co m o ao s d e z a n o s foi
ig u a lm e n te e n v o lv id a p e lo fu ro r satânico: " O h o m e m e sta v a
d e ita d o , co m o ro sto no chão, g em en d o . E u lhe d e ra tam b é m
u n s p o n ta p é s e g o stara. D ecidi q u e q u e ria a c ab a r com ele.
P eg u ei u m a p e d ra q u e e sta v a p e rto d o círcu lo d e fogo e o
g o lp eei co m to d a a força n a cabeça. Ela fez u m b a ru lh o s u rd o
e o u v i u m estalo. A lg u é m c o rto u os d e d o s d e le e os a sso u n a
fo g u eira. N ó s os co m em o s p a ra celebrar."
A s co n fissões d e la m e d e ix a ra m estu p e fato . N ã o conse-
g u ia ac re d ita r. T o d av ia, c o n tin u a a u m e n ta n d o a e v id ê n c ia d e
q u e as rev elações d a jo v em são coisa c o m u m e n tre os q u e se
e n v o lv e m p ro fu n d a m e n te com a a d o ra ç ã o satânica.

S a ta n is m o e A b o rto

N o sso p a ís e stá im erso n u m d e b a te so b re o s tem a s " p ró -


escolha" v e r s u s " p ró -v id a " . N e sta d a ta em q u e escrevo, nós,
24 O Reavivamento S atánico
n o rte -am e ric an o s, a b o rta m o s " le g a lm e n te " m ais d e 24 m i-
lhõ es d e crian ças p o r nascer. E p o ssív el q u e a aceitação
c u ltu ra l d o a b o rto co m o u m m eio d e co n tro le d a n a ta lid a d e
seja o u tro sin al d o rea v iv am e n to satânico?
É in te re ssa n te n o ta r q u e n a a d o ra ç ã o s a tâ n ic a /ritu a lista ,
o a b o rto faz m u ita s v ezes p a rte d a cerim ônia.
A v ítim a q u e m e c o n ta a su a h istó ria rela ta d o is e p isó d io s
d ife re n te s d e a b o rto s a q u e se su b m e te u n o cu lto satânico. N o
p rim e iro , ela e sta v a a p e n as com 12 an o s e c o n to u q u e seu feto
a b o rta d o foi o ferecid o em sacrifício d e a d o ra ç ã o ritu a l q u e
in clu ía o can ib alism o.
A os 16 an o s, o u tra criança, co n ceb id a em u m ritu a l
satân ico , foi a b o rta d a no sétim o o u o itav o m ês. A se ita fez o
b eb ê n a sc e r três d ias a n te s d a P áscoa e o m a n te v e v iv o a té a
v é s p e ra d e sse dia.
V ou n o v a m e n te p o u p a r você d o s d e ta lh e s m ais h o rrí-
veis. (P o d e se r difícil c re r q u e m e u relato in clu a a p e n a s as
p a rte s " su a v e s " d a h istó ria. M esm o esses d e ta lh e s p e sa m em
m e u coração, m as sin to q u e d e v o c o m p a rtilh á -lo s p a ra q u e
você saib a o q u e e stá acon tecen d o .)
" O c o rp in h o d o m e u bebê foi a m a rra d o n u m a c ru z
p e q u e n a " , m in h a a m ig a escreve. "E u fui a ta d a a u m a c ru z
m aio r, b em cu rta, p a ra q u e p u d e sse colocar os p é s n o chão.
H a v ia u m a p e q u e n a fo g u eira. N ão m e lem b ro m u ito d o q u e
o c o rre u n a q u e la n o ite além d e q u e o co rp o d o m e u filho foi
q u e im a d o " .
Sacrifícios ritu a is e n v o lv e n d o fetos a b o rta d o s e bebês
recém -n ascid o s são u m a p rática re g u la r d e m u ito s cu lto s
satân ico s. A lg u m a s m u lh e re s jo v en s d ize m q u e são " m a tri-
zes", co n c eb e n d o e c a rre g a n d o em seu ú te ro o filho d e u m pai,
tio, irm ã o m ais v elh o , o u c o m p a n h e iro d e culto, co m o ú n ico
p ro p ó sito d e u m sacrifício fu tu ro .
E sses rela to s p ro v o ca m tra u m a q u a n d o os o u v im o s.
M as n o fin al d a s co ntas, q u e d iferen ça existe e n tre u m a b o rto
s a tâ n ic o /ritu a lista e a d e stru iç ã o d e u m feto n o c o n su ltó rio
m éd ico ? S erá q u e n ão fom os s u tilm e n te c o n d ic io n a d o s a
rejeitar u m ato e rejeitar o o u tro q u a n d o , n a v e rd a d e , q u a lq u e r
d e ssa s p rática s e n v o lv e a m o rte d e u m a v id a inocente?
Os Poderes das Trevas 25

U m E s q u e m a S a tán ic o

A s E scritu ras n o s e n sin a m q u e D eu s n o ta q u a n d o coisas


d e sse tip o são to lerad as. L em os so b re o rei M an assés q u e
p a re c ia p a rtic ip a r d essas p rática s m alignas:

"P or causa do sangue inocente que ele derram ou... o


Senhor não quis perdoar" (2 Reis 24.4).

Isaías tam b é m a d v e rtiu so b re co m o o d e rra m a m e n to d e


" s a n g u e in o cen te" p õ e em p e rig o u m a c u ltu ra q u e p re sta
c o n ta s a u m D eu s santo:

"Pelo que, quando estendeis as vossas mãos, escondo


de vós os m eus olhos; sim, quando m ultiplicais as vossas
orações, não as ouço, poque as vossas m ãos estão cheias de
sangue. Lavai-vos, purificai-vos" (Isaías 1.15,16).

E xistem ta n ta s o u tra s coisas lig a d a s ao e scâ n d a lo d o


a b o rto em n o sso p aís e n o m u n d o , a lé m d e se r sim p lesm en te
" o d ire ito d e esco lh a d a m u lh e r" o u u m m eio v iáv el d e
co n tro le d a n a ta lid a d e . A c re d ito q u e n o ssa aceitação d e ste
h o lo c a u s to é u m a d im e n s ã o s u til d a a c e le ra ç ã o d o
re a v iv a m e n to satân ico em to d o o m u n d o . Ele e stá ten d o lu g a r
n o s ab ism o s escu ro s d a a d o ra ç ã o satân ica zelosa, m as está
tam b é m a c o n tecen d o n o s c o n su ltó rio s "civis" e "leg ais" d as
clínicas d e a b o rto d e v id a m e n te a u to riz a d a s.

Q u a n d o o b serv o o q u e a n o ssa N ação tem to le rad o , e até


d e fe n d id o , a m ata n ça d e crian ças in o cen tes p o r n ascer, fico
co n v e n cid o d e q u e a d u re z a d o n o sso coração é o re su lta d o
d ire to d o e sq u e m a a b ra n g e n te d e S atan ás p a ra su b v e rte r a
b o n d a d e d e D e u s em n o ssa terra. A s itu a ç ã o n ã o será
re so lv id a co m m arch as, m an ifestaçõ es o u g rito s d e p ro testo ,
n e m p o r p iq u e te s rea liz a d o s em fre n te às clínicas d e ab o rto ,
o u n e m m esm o p o r u m a rev o g ação ju d icial co m o n o fam o so
caso Rol x W ade. Só a in te rv en ç ã o d iv in a, re s u lta n d o n u m
re a v iv a m e n to e sp iritu a l d ifu n d id o , p o d e in v e rte r n o sso cu r-
so d e s c e n d e n te com eficácia.
26 O R eavivamento Satánico
3. E n v o lv im e n to C re sc e n te co m o O c u ltism o .

O e sp iritism o e m su a m u ltip lic id a d e d e fo rm a s se ach a


em to d a p arte. O in teresse, exp erien cia e e n v o lv im e n to com
o m u n d o o cu lto p a re c e m ep id êm ico s, p e rm e a n d o to d o s os
n ív eis d a n o ssa cu ltu ra.
C rian ç a s. Em d iv e rsa s lojas existem m u ito s b rin q u e d o s
cujo tem a é o o cultism o. T ab u leiro s O u ija e jogos com o
"C ala b o u ç o s & D rag õ es" se rv e m d e base p a ra ex p eriên cias
esp írita s sérias. F a n tasm as, m o n stro s e p e rso n a g e n s g ro tes-
cos d o " o u tro m u n d o " se to m a m b rin q u e d o s v alio so s e h e ró is
d a s rev ista s e m q u a d rin h o s p a ra os n o sso s filhos. V ídeos,
fan ta sia s d e h a llo w een (festa d a s bru x as) e até a lg u n s liv ro s
d id á tic o s b e m aceito s n as escolas a ju d a m a s a tu ra r n o sso s
filhos com a in flu ên cia oculta.
N a su p erfície, tu d o isso p o d e p a re c e r fan ta sia in o fen si-
v a —a p e n a s p a rte d o p ro cesso d e crescim en to , tal co m o "João
e o Pé d e Feijão" e "C a c h in h o s D o u ra d o s e os T rês U rso s" q u e
fiz e ra m p a rte d e n o ssa infância. T o d av ia, a c re d ito q u e a
p rese n ç a q u a se c o n sta n te d e ssa s in flu ên cias n a c u ltu ra d e
n o sso s filhos p re p a ra a m e n te d eles p a ra se s e n tire m à v o n ta-
d e com as im a g e n s d o m al à m e d id a q u e crescem .
J u v e n tu d e . O s a d o lescen tes têm u m e n v o lv im e n to ain-
d a m aio r, p o is o se u e sp írito a v e n tu re iro e su a c u rio sid a d e
in v e s tig a d o ra p e rm ite q u e se a p ro fu n d e m m u ito m ais n o
o cu ltism o .
A lg u m a s d a s m ú sicas rock d e hoje a p re g o a m a b e rtam e n -
te a m e n sa g e m d a m o rte e d a s trevas. Em se u liv ro C o m o S e
P reparar para a P erseguição Q u e V irá ("H o w to P re p a re fo r th e
C o m in g P erse c u tio n "), o D r. L arry P o la n d e x tra iu a lg u n s
trech o s d e d o is g ru p o s black m e ta l q u e e n lo u q u e c e m n o sso s
jov ens:

M atador, intruso, homicida,


Se m e vir chegando, corra o m ais que puder,
U m dem ônio sedento de sangue que anda à espreita
pela rua, eu retalho m inhas vítim as com o se fossem peças de
carne.2

Bebo o vôm ito dos sacerdotes,


Os Poderes das Trevas 27
faço am or com a m eretriz agonizante...
Tenho ordens do Senhor Satanás
para destruir o que os m ortais m ais amam.
Satanás, m eu m estre encarnado,
Vamos aclam ar e louvar m eu hospedeiro vil.3

T en h o em m ão s u m m e m o ra n d o in te rn o d o D e p arta-
m e n to d e R elações H u m a n a s d e Iow a. R eferência: "A tiv id a -
d e s S atân icas e C ú lticas". Este d o c u m e n to d e n o v e p á g in a s
p ro c u ra c h a m a r a aten ção d o s fu n cio n á rio s d o D e p a rta m e n to
d e R elações H u m a n a s p a ra os p ro b le m a s c re sc e n te s d o
sa ta n ism o e p rática s cúlticas q u e p e rtu rb a m a z o n a ru ra l d o
m eio o este d o e sta d o d e Iow a. Ele resu m e as d e sco b e rta s d e
S teve D an iels, u m oficial e n c a rre g a d o d a vig ilân cia d e prisio-
n e iro s b en eficiad o s p elo s u rsis e d o s q u e e stã o em liv ra m e n to
co n d icio n al, p a ra o e sta d o d e W isconsin, q u e fez u m e stu d o
esp ecial d o p ro b le m a e rev ela os sin ais q u e d e v e m se r o bser-
v a d o s e as p ista s d e reco n h ecim en to e n d ê m ic a s ao n ú m e ro
crescen te d e jo v en s ad o lescen tes q u e e stã o te n d o c o n ta to com
os ritu a is satân ico s e as a tiv id a d e s ocultas. E n tre essas p ista s
acham -se:

1. A fa sta m en to d a fam ília e d o cristian ism o .


2. Q u e d a sensível n a s n o tas e resistên cia em p a rtic ip a r na
escola.
3. E v id ên cia d e crescente reb elião c o n tra a so c ie d a d e e a
a u to rid a d e .
4. C o rtes o u m arcas d e ta tu a g e m n o corpo. A u n h a d o d e d o
m ín im o o u m é d io d a m ão e s q u e rd a p in ta d a d e p re to
in d ic a d ed icação ao m al.
5. M u ito e n v o lv im e n to com jogos d e fan ta sia o u d e d esem -
p e n h o d e pap éis.
6. In teresse co m p u lsiv o em m ú sic a h e a v y m e ta l o u black
m etal.
7. C rescen te e n v o lv im e n to com b e b id a s e d ro g a s ilegais.
8. C rescen te in teresse n o o cu ltism o e n o u so d e sím b o lo s
s a tâ n ic o s/o c u lto s, d e se n h a d o s n a s m ã o s o u b raço s e em
liv ro s e o u tro s p ertences.
9. P osse d e livro s e rev istas d e o cu ltism o , v elas n eg ras,
facas cerim o n iais, cálices, altares, cap as, ossos d e ani-
28 O REAVIVAMENTO SATÂNICO
m ais o u h u m a n o s e o u tro s p e rte n ce s d o ritu al.
10 F o rte in te resse e m v íd eo s, p ro g ra m a s d e TV, film es e
liv ro s d e h o rro r.
11. M au h u m o r. P o u co s sorrisos.
12. A p a re n te p ra z e r co m o so frim en to d e a n im a is o u p esso-
as.
13. F ascin ação p e la m o rte o u p elo a to d e m o rre r.
14. M u d a n ç a sú b ita d e c o m p o rta m e n to (d ep re ssã o , m ed o ,
ex p lo sõ es d e raiva); p e sad e lo s e g rito s d u ra n te o sono.
15. U so re p e n tin o d e o b sc en id a d es o u lin g u a g e m d e baixo
calão p a ra e x p re ssa r ira o u d e sag ra d o .

O p ro b le m a e stá se to rn a n d o tão d ifu n d id o e n tre os


jo v en s n o rte -am e ric an o s q u e q u a se to d a s as escolas d e n ív el
m é d io d o p a ís estão p e rc e b e n d o sinais d e se d u çã o satân ica
e n tre os jovens. P eq u e n o s g ru p o s o rg a n iz a d o s d e a d e p to s d o
sa ta n ism o re v e la m a su a p rese n ç a p elas ro u p a s e sím b o lo s
satân ico s. É claro q u e m u ito s jo v en s n ã o v ã o a lé m d o s
co n tato s su p erficiais. M as em d iv erso s o u tro s casos esse
c o n tato se to rn a u m vício, lev a n d o à a d o ra ç ã o d o d iab o ,
v iolência, e s tu p ro s e a té casos d o c u m e n ta d o s d e a ssa ssin a to s
d e co leg as d e escola p o r m eio d e to rtu ra .
A d u lto s. O re a v iv a m e n to satân ico n ã o se lim ita a u m
" p ro b le m a d a ju v e n tu d e " . O s a d u lto s fab ricam e v e n d e m
b rin q u e d o s e jogos in fa n tis q u e p ro m o v e m tem as o cultos. O s
a u to re s a d u lto s e screv em u m a q u a n tid a d e e n o rm e d e livros
q u e in u n d a m o m erc ad o , p ro m o v e n d o o s a ta n ism o e o u tro s
in teresses d o o cu ltism o. O s p ro d u to re s a d u lto s, a to re s e
p a tro c in a d o re s p ro d u z e m m ú sicas, film es e v íd e o s q u e ofere-
cem tem as satân ico s e m fo rm a d e a tração teatral. O s p ra tic a n -
tes a d u lto s d a feitiçaria lid e ra m m ilh are s d e "jo v en s" a tra v é s
d o s E stad o s U n id o s q u e a b u sa m ritu a lm e n te d e crianças,
jo v en s e m u lh eres. E u m p o u co além d a fronteira...
A A m érica d o N o rte e o M éxico ficaram ch o c ad o s em
ab ril d e 1989 q u a n d o a polícia d e M atam o ro s, n o M éxico,
d e sco b riu em u m a se p u ltu ra c o m u m p a rte s d e sm e m b ra d a s
d e d o z e co rp o s. A s n otícias c o rre ra m d e q u e c o n tra b a n d ista s
d e d ro g a s h a v ia m re a liz a d o u m cu lto satân ico com sacrifícios
h u m a n o s , p a ra o b te r a p ro te ç ão d e S atanás. U m a d a s v ítim a s
Os Poderes das Trevas 29
e ra u m ra p a z n o rte -am e ric an o d e 21 anos, e s tu d a n te d e
m e d ic in a n a U n iv e rsid a d e d o Texas. O jo v em fo ra ra p ta d o
em u m a c id a d e d a fro n teira d u ra n te u m a folga e m seu s
e s tu d o s.
Ig re jas. O sa ta n ism o está in v a d in d o tam b é m as igrejas
cristãs. P a ra m eu h o rro r, m in h a in fo rm a n te rev e lo u q u e d o is
líd e res d o c u lto satân ico q u e ela d e sm a sc a ro u e ra m o p a sto r
e o p a sto r-a ssiste n te d e u m a igreja evangélica. A v id a d u p la
d eles tin h a sid o u m a ten ta tiv a d e lib e ra d a p a ra c o n se g u ir o
fa v o r d e S a tan á s e d e so n ra r as igrejas evangélicas. O " p a sto r"
d a igreja se fo rm a ra em u m d e n o sso s p rin c ip a is se m in á rio s
ev an g élico s. E m b o ra n ã o esteja m ais e x ercen d o a tiv id a d e s
p a sto ra is, u m d eles c o n tin u a e n v o lv id o no m in isté rio "cris-
tão ".
O a v an ço d e s te m id o d o sa ta n ism o n ã o co n h ece lim ites.
H á e v id ê n c ia crescente d e q u e o m o v im en to sa tâ n ico p lan e-
jo u in filtrar-se e d e s tru ir os m in isté rio s e igrejas em n o sso
p a ís . F iquei sa b e n d o q u e em v á ria s c o m u n id a d e s os sa ta n ista s
estão faz e n d o o p a p e l d e cristãos d e d ic a d o s e até se a p re se n -
ta n d o p a ra tra b a lh a r v o lu n ta ria m e n te com o líd e res leigos o u
re c e b e n d o sa lá rio co m o m em b ro s d a eq u ip e. S eu p ro p ó sito :
c ria r d issen são , d e s a c re d ita r a e q u ip e p a sto ra l, e em a lg u n s
casos a té s e d u z ir os líd eres a c o m e tere m im o ra lid a d e s se-
x u ais, a fim d e en fra q u e ce r os seu s m inistérios.

M o v im e n to N o v a Era

A e v id ê n c ia m a is c o n tu n d e n te d e s te r e a v iv a m e n to
o cu ltista, e sp iritu a lista , talv ez seja o m o v im e n to N o v a Era.
Este títu lo " N o v a E ra" é a b ra n g e n te , co b re u m a m p lo e sp ectro
d e g ru p o s e m o v im e n to s d ife ren te s q u e n ã o p o ssu e m geral-
m e n te ligações id en tificáv eis u n s com os o u tro s. A s su as
táticas são às vezes in sid io sas, m as os alv o s d e seja d o s e os
p ro p ó sito s g erais se assem elh am .
O p ro p ó sito d e m en c io n ar o M o v im e n to N o v a E ra n o
co n tex to d a s ten d ên cias e sp iritu a lista s, o cu ltas, d e nossos
d ias é q u e m u ito s líd eres cristão s o c o n sid e ra m u m a o rg an i-
zação satân ica. A lg u n s d eles a c re d ita m q u e a N o v a Era não
p a ssa d o início d o g lo b alism o religioso, filosófico, político e
30 O REAVIVAMENTO SATÁNICO
eco n ó m ico so b re o q u a l o an ticristo rein a rá u m d ia. Este
e s q u e m a u n ific a d o r d a N o v a E ra p arece faz e r p a rte d e u m
p lan o so fisticad o q u e se re p o rta à a n tig ü id a d e .
O liv ro d e T al B rooke, Q u a n d o o M u n d o For U m ("W h en
th e W o rld W ill Be as O n e"), é o b rig a tó rio p a ra o leito r q u e
q u ise r c o m p re e n d e r a su p e rv isã o so b re n a tu ra l d o m o v im en -
to N o v a Era. B rooke se e n v o lv e u in te n sa m e n te d u ra n te d u a s
d é c a d a s n a ex p lo ração d o m u n d o o cu lto a n te s d e s u a co n v er-
são a C risto. Isto lhe d e u c o n h e cim e n to d e p rim e ira m ão. Ele
vê u m s u p e rin te n d e n te s o b re n a tu ra l a g in d o ; seu n o m e é
S atanás. B rooke e x p re ssa a aceleração s u rp re e n d e n te d e ste
m o v im e n to n e sta s p a la v ra s descritivas:

Estam os no final da década de 80 e as coisas estão


explodindo em todas as direções. Cam inhos espirituais
esotéricos que eu explorara d uran te anos, colocando-m e
num a m inoria distinta, tornaram -se agora quase um a
opinião unânim e nos Estados Unidos. O plano está se
desenrolando com a força de um trem de carga a pleno
vapor.4

E isso q u e e n fre n ta m o s ao o b se rv a r a n e c essid ad e . Ce-


le b rid a d e s co m o a a triz S h irley M acL aine d e ra m ao m ovi-
m e n to a p e lo p o p u la r, m as a coisa é m u ito m ais p ro fu n d a d o
q u e o u ro p é is e luzes. A N o v a E ra p ro m o v e u m e le m en to
escu ro , sin istro , q u e elev a o h o m e m à co n d ição d e D eus. A
m o rte é n e g a d a; o b e m e o m al são c o n s id e ra d o s u m a ilusão.
U m o tim ism o cego su rg e , b a sea d o n u m a e sp e ra n ç a falsa,
d e se n fre a d a , p a ra o m u n d o e a h u m a n id a d e . E sta e sp e ra n ç a
e x citad a e s tim u la o m o v im en to . Em n o sso s d ia s d e tan to
d e se sp e ro e trev as, a N o v a E ra é u m a g ra n d e atração . O s
líd e re s m ais jo v en s, m ais cu lto s d o m u n d o , e stã o s e n d o
a tra íd o s ao s m ilh are s p o r essa falsa esp eran ça.

A S e d u ç ã o e a A m eaça

C o m o é g ra n d e o n o sso desafio! Fica c a d a m ais claro q u e


a s e d u çã o sa tâ n ica in filtro u -se em n o ssa c u ltu ra a tra v é s d e
m eios in sid io so s e su tis. Em su a s fo rm as m ais m an ifestas, o
re a v iv a m e n to sa tâ n ico a m eaça a v id a d e n o sso s c id a d ã o s e d e
Os Poderes das Trevas 31
n o sso s filhos. E m su a s fo rm as m ais su tis, ele p a re c e lev ar-n o s
a u m a aceitação co m p la ce n te d a s p se u d o -re lig iõ e s e estilo s d e
v id a d ire ta m e n te c o n trá rio s a D eus. E m todas as s u a s fo rm as,
o re a v iv a m e n to satân ico n ã o p o d e se r c o n s id e ra d o lev ian a-
m en te, p o is ele a m e a ç a o p ró p rio co n tex to e a a lm a d e n o ssas
fam ílias, n o ssas c o m u n id a d e s, n o ssa N ação. D ev em o s, p o r-
tan to , a b rir os o lh o s p a ra o q u e está aco n te c en d o e n tre n ó s e
d e c id ir-n o s a e n fre n ta r os fatos o u sa d a m e n te , co m a c onfian-
ça q u e só p o d e se r g e ra d a p ela c o m u n h ã o co m A q u ele q u e
d e rro to u S a tan á s n a cruz.
S erá q u e p o d e m o s in te rro m p e r a m aré? F azer co m q u e
as coisas m u d e m ? V oltar a ser u m p o v o ín te g ro q u e d á h o n ra
a D eus? Sim! E ste liv ro fala e x a ta m e n te so b re isso. Ju n to s,
po dem os v en c er os p o d e re s d a s trevas.

N ív eis d e O rganização n o C ulto S atânico

Existem diversas m aneiras de classificar o envolvim ento


no m ovim ento d e culto a Satanás. O sD rs. M ichael H aynes
e Paul C arlin citam três níveis: (1) N ível Sofisticado; (2)
N ível Sério; e (3) N ível de A tribuição P rópria. A a borda-
gem eru d ita deles é digna de u m exam e c u id ad o so pelos
interessados em e stu d a r o assu n to de u m a persp ectiv a
cristã.5
O s que fazem c u m p rir a lei, no entanto, estão m ais
interessado s no q u e cham am de M odelo de C u m p rim en to
da Lei p a ra os C rim es C ultuais. Eles geralm ente identifi-
cam q u atro níveis de a tiv id ad e satânica nos cultos: (1)
satan istas tradicionais; (2) satan istas o rganizados; (3)
satanistas d e atribuição própria; e (4) satanistas superfici-
ais.

S atan istas T rad icio n ais

Este é o nível m ais alto dos ad o rad o res d e S atanás, os


p ro fu n d am en te com prom etidos com a sua causa. Eles
m antêm u m ju ram en to estrito de segredo. O castigo p o r
q u eb rar o pacto de silêncio é a m orte. Pessoas influentes
n a sociedade fazem m uitas vezes p a rte deste g rupo. Lide-
32 O R eavivamento Satánico

res políticos, m ilitares, m édicos, e d u cad o res e ricos ho-


m en s d e negócios oferecem recursos intelectuais e finan-
ceiros ilim itados. Este g ru p o tam bém p ossui laços com o
satanism o atrav és das gerações. A lguns investigadores
acred itam q u e este nível m antém u m a base internacional
d e estratég ia p lanejada p ara p lan tar o m al na cu ltu ra do
m u n d o inteiro. U m a p rática reg u lar d e sacrifícios h u m a-
nos a Satanás é m an tid a p a ra obter o favor dele p a ra os seus
esforços. A prom oção d as pessoas p a ra o utros níveis é
resu ltad o direto dos esforços desses satanistas tradicio-
nais.

S a tan ista s O rg a n iz a d o s

As pessoas no seg u n d o nível d a a tiv id ad e satânica


seg uem os ensinos e liderança de A nton LaVey, algum as
vezes ch am ad o de "P ap a N egro". LaVey, ex-fotógrafo
policial e ator de circo, fu n d o u a Igreja de Satanás em São
Francisco, Califórnia, em 1966. Este g ru p o tam bém am e-
aça castigos severos p a ra q u em q u eb ra os votos de sigilo.
U m su m o sacerdote lidera esses satanistas o rg an izad o s e
eles seguem religiosam ente o calendário satânico. A
p rática de ab uso sexual de crianças e m enores é freqüente.
A tividades de b ruxaria e a invocação de dem ônios intim i-
d am os p articipantes, fazendo com q u e tem am a b an d o n ar
o culto. O s "jovens" dos satanistas o rg an izad o s são, no
geral, lid erad o s p o r pessoas influentes q u e são tam bém
figuras im p o rtan tes na com unidade.

S atan istas p o r A trib u ição P ró p ria

Este nível qu ase sem p re causa problem as p a ra os encar-


reg ad os de fazer c u m p rir a lei. A ssassinos em série e
crim inosos h ab itu ais u sam as crenças satânicas p a ra jus-
tificar sua violência bizarra. As pessoas deste g ru p o , no
geral, exibem p ad rõ es de co m p o rtam en to anti-sociais, são
v iciadas em drogas, prostituem -se e inclinam -se p a ra a
porno grafia. M uitas vezes eles são "solitários", evitando
os am b ientes em g rupo. O s oficiais d a lei acreditam q u e
Os Poderes das Trevas 33

m u ito s sociopatas e psicópatas fizeram p a r te d o satanism o


o rg an izad o no p assad o e sofreram o tra u m a m ental provo-
cado pela crença no sistem a do m aligno.

C o n tato s S u p erficiais

O nivel superficial de envolvim ento satânico torna-se


u m centro de recrutam ento p ara os níveis superiores.
U m a su b cu ltu ra desse tipo se encontra nas escolas d e nível
m édio e até nas elem entares. O s jovenzinhos são geral-
m en te atraíd o s pela m úsica rock dos m etaleiros, film es de
h orror, ou literatu ra do ocultism o, com os seus tem as
sensuais e satânicos, c entrados n o p oder. O interesse dos
jovens no m u n d o oculto está ligado aos sím bolos de
Satanás, tatuagens, p en tag ram as e cruzes invertidas. G ra-
fites, v estim entas de estilo extravagante e alg u m as m uti-
lações d e anim ais relacionadas com Satanás aparecem
n este nível. A tividade crim inosa, atos suicidas e hom ici-
das alg u m as vezes se tornam conhecidos com o p arte desta
cu ltu ra. Sessões, levitação, experiência com tabuleiros
Ouija, assim com o o uso de o utros acessórios d o ocultism o
são p raticado s pelos jovens com os seus com panheiros.
Em vista d a im a tu rid ad e desses ocultistas superficiais,
g eralm ente ocorre um grave problem a em ocional, social e
fam iliar. Em m uitos aspectos, este nível confirm a o suces-
so dos níveis superiores, à m ed id a q u e v en d em a sua
m ensag em e conseguem envolver a cu ltu ra m ais am pla.
E sta m o s C o n d en a d o s
a R e p e tir a H is tó r ia ?

N u m a v ia g e m rela tiv a m e n te recen te à Á frica, con hecí


u m a m u lh e r q u e tra b a lh a v a n o s altos escalões d o g o v ern o .
Ela lera m e u s liv ro s e q u e ria u m co n selh o a re sp e ito d a g u e rra
e sp iritu al. Q u a n d o m in h a v isita a essa líd e r c ristã term in o u ,
ela fez u m a d eclaração q u e m e s u rp re e n d e u e c o n tin u a m e
p e rtu rb a n d o e n q u a n to c o m p a rtilh o co m você.
"D r. B ubeck," d isse ela, " n ã o conheço n e n h u m g o v e rn o
n a Á frica q u e n ã o a trib u a o se u p o d e r a S atanás. A m aio ria
d eles p ra tic a re g u la rm e n te sacrifícios ao d iab o , até sacrifícios
h u m a n o s, p a ra p e rm a n e c e r n o p o d e r."
M ais recen tem en te, m eu s colegas e e u n o s re u n im o s
v árias m a n h ã s p a ra ler em v o z a lta a h istó ria d ra m á tic a d e
Israel d u ra n te o p e río d o d o s reis. E ssa N a ç ã o p ro sp e ro u
e sp lé n d id a m e n te n o re in a d o d o rei D avi e d o rei S alom ão,
m as caiu d e p o is v ítim a d a d iv isão , caos e d e rro ta . A o lerm o s
o relato d o Á n tig o T estam en to , fica claro q u e D eu s p re se rv o u
a h istó ria d e Israel n a s S a g rad a s E scritu ras p o r u m a razão:
p a ra q u e os h o m e n s e m u lh e re s n o s sécu lo s v in d o u ro s p u d e s-
sem a p re n d e r co m ela e e v ita r os d u ro s castig o s so frid o s p o r
Israel.
E n q u a n to lia so b re a q u e d a d e Israel, lem b rei-m e d o q u e
a oficial african a m e co n tara. P ensei ta m b é m e m o u tro s
países, e sp ec ialm en te os E stad o s U n id o s d a A m érica, e p er-
g u n tei a m im m esm o: Será q u e a p ren d em o s a lição da a n tig a
Israel, ou e sta m o s co nd enados a repetir a h istó ria ?
A c re d ito q u e a h istó ria d a q u e d a d e Israel c o n té m a lg u n s

- 35 -
36 O REAVIVAMENTOSATÁNICO
p a ra le lo s e sp an to so s e a lg u m a s a d v e rtên c ia s u rg en te s, p a ra a
n o ssa N ação e cu ltu ra.

E n fra q u e c im e n to d o P ovo

M u ito s d o s reis d e Israel falh a ra m e fo ra m re m o v id o s d o


tro n o p o rq u e " n ã o se a p a rta ra m d o s p e c ad o s d e Jeroboão,
filho d e N e b ate, q u e fez p e c ar a Israel". Esta frase o u o u tra
e q u iv a le n te a p a re c e m ais d e 35 vezes, n a su a m a io r p a rte em
2 Reis. A d e sin te g ra ç ão n acio n al d e Israel o c o rre u p o r ca u sa
d o e n fra q u e cim e n to d o p o v o a tra v és d a p rá tic a d o s p e c ad o s
d e Jeroboão. A c o n q u ista p ela A ssíria e a d e p o rta ç ã o d a
m a io ria d o p o v o em 732 a.C. foi a trib u íd a a essa m esm a
tra g é d ia d e p ra tic a r os "p e c a d o s d e Jeroboão".
Q u a is e ra m esses pecados?
A s E scritu ras os classificam c u id a d o s a m e n te p a ra n ó s e
p o d e m o s a p re n d e r co m eles im p o rta n te s lições.
Jero b o ão e ra u m líd e r c o m p e ten te e p o d ero so . E m 1 Reis
11.28, ele é c h a m a d o d e " h o m e m v a le n te" e "m o ç o la b o rio so " .
S u a s a m b iç õ e s o le v a r a m , p o r é m , a c o m e t e r a to s
in esc ru p u lo so s. Seus in teresses p esso ais e seu desejo d e
p o d e r o m o tiv a ra m a reb elar-se c o n tra o rei S alom ão; e
q u a n d o S alo m ão m a n d o u m atá-lo, Jero b o ão fu g iu p a ra o
E gito a fim d e sa lv a r su a vida.
A reb elião d e Israel, c o n tra as táticas c ru é is d e R oboão,
filho d e S alom ão, lev o u Jeroboão m ais ta rd e d e v o lta ao p o d e r
e à h o n ra. Ele foi esco lh id o p a ra g o v e rn a r as d e z trib o s d o
n o rte d e Israel. T e m en d o q u e as v iag e n s d o s sú d ito s p a ra
a d o ra r e m Jeru sa lé m p u d e sse m afastá-los d o seu co n tro le, o
n o v o rei p la n to u as sem en tes q u e fu tu ra m e n te d e s tru iría m a
N ação.

O s P e c a d o s d e Je ro b o ã o

O s p ec ad o s d e Jeroboão, cita d o s em 1 Reis 12, p o d e m ser


esse n c ialm e n te re su m id o s em cinco categorias:

1. In tro d u z iu a id o latria, fa z e n d o d o is b e z erro s d e o u ro e


in sta la n d o -o s com o objetos d e a d o ra ç ã o n a s c id a d e s d e
Estamos Condenados a Repetir a História? 37
Betei e D ã. "V ês a q u i os teu s d e u ses, ó Israel, q u e te
fiz e ra m su b ir d a te rra d o E gito", p ro c la m o u ele (v.28).
2. C o n s tru iu sa n tu á rio s, e m c erto s " lu g a re s a lto s", c o m o
p ro p ó sito d e ce le b ra r p rá tic a s d e a d o ra ç ã o e sp írita s,
c o m u n s às n açõ es p a g ã s p o r eles d o m in a d a s (v.31).
3. N o m e o u , co m o " sa c e rd o te s", líd e res relig io so s q u e n ão
e ra m d e sc e n d e n te s d e Levi. T alv ez fo ssem esco lh id o s
co m o u m a re c o m p en sa p o lítica o u p o r certo s " d o n s
e s p iritu a lista s" q u e p a re c ia m p o s s u ir (v.31).
4. In stitu iu festas relig io sas e d ias d e celeb ração e sp iritu a l
q u e n ã o e sta v a m lig a d o s às festas h istó ric a s d e te rm in a -
d a s p o r D eu s (vv.32,33).
5. S acrificou p e sso a lm e n te an im a is ao s se u s falsos d e u se s
e en co rajo u o p o v o à m e sm a p rática (vv.32,33).

S ig a m o L íd e r

Q u a n d o os líd e res o u p esso as in flu e n te s d e u m p aís


to le ram o m al, o p o v o d e ssa n ação g e ra lm e n te os a c o m p a n h a .
Se a m íd ia d e e n tre te n im e n to , p o r ex em plo, p ro c la m a cons-
tan te m e n te q u e a a tiv id a d e sex u al fo ra d o c a sa m en to é certa
" d e s d e q u e n in g u é m se m a c h u q u e " , os o u v in te s g ra d u a l-
m en te co m eçam a a c re d ita r e a a g ir d e aco rd o . Q u a n d o os
p ro fesso res u n iv e rsitá rio s a firm a m a to d a a n o v a classe q u e
" tu d o é relativo ... n ã o ex istem v e rd a d e s a b so lu ta s, n e m erro s
ou acerto s a b so lu to s", e n tã o gerações in te ira s p a ssa m a inte-
g rar a so c ie d a d e sem o benefício d e u m a b ú sso la m o ral. Se os
líd eres e s p iritu a is a sse g u ra m às p e sso a s q u e estão b u sc a n d o
a D eu s q u e " n ã o im p o rta o q u e você crê, b a sta se r sin cero ",
acab am o s co m u m a p o p u la ç ã o sin c e ram e n te confusa. Se os
re p re se n ta n te s eleitos v e n d e m a s u a in te g rid a d e a ex ecu tiv o s
c o rru p to s n o c a m p o d a econom ia, e n tã o os c id a d ã o s c o n sid e-
ram certo p a ssa r p o r cim a d a m o ra lid a d e e d a h o n e stid a d e ,
d e sd e q u e o p reço seja bom .
A B íblia reg istra q u e Israel a c o m p a n h a v a Jeroboão, o n d e
q u e r q u e ele os levasse. A aceitação d a in flu ên cia sa tâ n ica
com o p a rte d a v id a d iá ria d o s israelitas e n fra q u e c e u a N ação,
lev a n d o -a ao cativ eiro n a A ssíria. O liv ro d e 2 Reis, c a p ítu lo
17, re su m e os m o tiv o s d e sta tra g é d ia n acio n al (você v ai n o ta r
38 O REAVIVAMENTO SATÁNICO

q u e as razõ es se g u e m o m o d elo d o s p e c ad o s d e Jeroboão):

1. A d o ra ra m íd o lo s e d e u ses falsos (v.7).


2. F izeram " se c reta m e n te" em seu s sa n tu á rio s, coisas se-
m elh a n te s às p rática s " d a s nações q u e o S e n h o r lan çara
fo ra d e d ia n te d o s filhos d e Israel" (vv.8,9).
3. S e g u ira m seu s falsos líd eres religiosos, in d o a d o ra r no s
lu g a re s alto s, " le v a n ta ra m p a ra si c o lu n a s e p o stes-
íd o lo s" (v v .lO ,lla ).
4. F iz era m celebrações relig io sas fre q ü e n te s q u e en v o lv í-
a m "açõ es p e rv e rsa s" p ra tic a d a s p e la s n açõ es p a g ã s
e x p u lsa s p e lo S en h o r (v .llb ).
5. P a rtic ip a ra m d e p rática s d e a d o ra ç ã o q u e p ro v a v e lm e n -
te e n v o lv ia m sacrifícios d e a n im a is a d e u se s falsos (v.12),
e " o b s tin a d o s " re c u s a ra m os c a m in h o s d o S e n h o r
(vv.14,15)

O rela to m o stra p a ra o n d e os lev o u a a d o ra ç ã o e sp iritu a l


falsa. O p o v o a d o ro u " to d o o exército d o c éu ", e s tu d a n d o as
e stre la s p a ra o b te r o rien tação e b o a sorte. A d o ra ra m a Baal e
n ã o ao D eu s d e A b raão , Isaq u e e Jacó. O fereceram sacrifícios
h u m a n o s às su a s falsas d iv in d a d e s. P ra tic ara m to d o tip o d e
a d iv in h a çõ e s, feitiçarias, p ro stitu içã o e o u tra s coisas ab o m i-
n á v e is a D eu s e p reju d iciais ao b e m -e sta r d a h u m a n id a d e
(vv .16-19).
P o r c a u sa d esses p ecad o s, a a n te s e s p le n d o ro sa N ação
d e Israel pereceu. A s E scritu ras u sa m lin g u a g e m en érg ica
p a ra d e sc re v e r a p a rticip a çã o d iv in a n a s u a co n d en ação .
F rases co m o " a té q u e os e x p u lso u d a su a p resen ça" e "ele
ra s g o u a Israel d a casa d e D av i", d e sc re v e m o e x tre m o
d e sg o sto (vv.20-23) d e D eu s com as decisões to m a d a s p ela
N ação.

O s P a d rõ e s d e D e u s M u d a ra m ?

O s p a d rõ e s d e D eu s são d iferen tes, hoje? A lg u n s p are-


cem v iv e r co m o se D eu s tivesse to m a d o ju ízo n o c o rre r d o s
an o s, c o m p re e n d id o q u e fo ra d u ro d e m a is e a d m itid o q u e
Estamos Condenados a Repetir a História? 39
esses tip o s d e p e c a d o sao " re a lm e n te aceitáveis, d e s d e q u e
você seja sincero ".
A v e rd a d e , n o e n ta n to , é q u e os p a d rõ e s d e D e u s são os
m e s m o s —os n o sso s é q u e m u d a ra m . T em o s to le ra d o e até
d e fe n d id o as forças in sid io sa s d o m al em n o sso país. Isto
d issip o u a n o ssa se n sib ilid a d e e sp iritu a l e d e ix a m o s d e se n tir
a crescen te in flu ên cia d e S atanás. E m co n seq ü ên cia, a c h am o -
n o s c o m p le ta m e n te d e s p re p a ra d o s p a ra o te rro rism o sa tâ n i-
co m an ifesto q u e v a rre as n o ssas c o m u n id a d e s.
O p a s to r d e u m a im p o rta n te igreja e v a n g élic a em Io w a
c o n v id o u -m e p a ra e n sin a r à s u a c o n g re g a ç ão so b re a g u e rra
e sp iritu a l d u ra n te u m a co n ferên cia bíblica d e fim d e sem an a.
Em o u tra s ocasiões, m in h a s p a le stra s so b re o a s su n to d e sp e r-
tav am in teresse e p reo c u p a ç ã o e v id e n te s e n tre os o u v in te s,
com o se p o d ia n o ta r p elas p e rg u n ta s a n im a d a s e in teração
p o sterio r. M as n e ssa ocasião em Iow a, e m b o ra tiv esse ensi-
n a d o co m m in h a b o a v o n ta d e h a b itu a l, as p e sso a s n ã o de-
m o n stra ra m in teresse n e m p reo c u p a ç ão . Elas o u v ira m , ag ra-
d eceram p elo m in istério , m as as m in h a s p a la v ra s p a re c e ra m
p a ssa r p o r cim a d a s su a s cabeças.
Só d e p o is q u e o p a s to r m e c h a m o u d e lad o é q u e com ecei
a c o m p re e n d e r o q u e e sta v a a co n tecen d o . " P o r favor, o re p elo
m eu p o v o ", c o n fid e n cio u ele. "M u ito s d eles a d o ta ra m os
c o stu m es d o m u n d o . N ã o a c h am e rra d o p a s sa r as férias
jo g an d o n o s cassin os, em Las V egas, c o m p ra r b ilh etes d e
lo teria re g u la rm e n te , 'b e b e r so c ia lm e n te ', o u a ssistir a film es
p o rn o g ráfico s."
E ssas p a la v ra s n ã o fo ra m d ita s p o r u m relig io so legalista,
p u rita n o . O p a sto r em q u e stã o e sta v a sin c e ra m e n te a b a la d o
com o fato d e os ca m in h o s d o m u n d o tere m e m b o ta d o a
se n sib ilid ad e e sp iritu a l d o p o v o d e D eus. N ã o e ra d e a d m ira r
q u e m in h a s a d v e rtê n c ia s so b re a crescen te o u s a d ia d e S atan ás
não os atin g isse, p o is co m o o p ro v érb io d o sa p o n a c h a le ira d e
ág u a ferv e n d o , eles h a v ia m a c eitad o e to le rad o tão facilm en te
os e stra ta g e m a s frios e m o rn o s d e S atan ás q u e a g o ra a fe rv u ra
às claras já n ã o c a u sa v a p reo cu p ação .
D ev em o s su rp re e n d e r-n o s, p o rta n to , q u e o sa ta n ism o
m arch e a tra v é s d a n o ssa c u ltu ra com o u m exército d o m al
invicto? A s ú n icas tro p a s q u e p o d e m faz e r a lg u m a coisa a
40 O R e Aviv amento Satânico

re sp e ito p a re c e m e n te d ia d a s d e m a is p a ra se p reo c u p a re m .

M a is L ições N ã o A p re n d id a s

N o p ró x im o c ap ítu lo , v a m o s e x a m in ar a razão d a s in flu -


ên cias satân icas lev arem u m a n ação à m o rte. A n tes d isso,
p o ré m , v a m o s o b se rv a r ra p id a m e n te Judá, o rein o d o su l d a
N a ção d iv id id a d e Israel. Ju d á so b re v iv e u 150 an o s às d e z
trib o s d o rein o d o n o rte. Ju d á veio tam b é m a d e sa p a re c e r
m ais ta rd e co m o nação, q u a n d o N a b u c o d o n o so r os "le v o u "
e n tre 6 0 9 5 8 6 ‫ ־‬a.C.
J u d á tin h a u m a co n sid e ráv e l v a n ta g e m so b re Israel. O
te m p lo d e Je ru sa lé m e os rolos levíticos d a s S a g ra d a s E scritu-
ras h a v ia m p e rm a n e c id o em su a s m ãos. O s líd e res n a cio n ais
e ra m d e sc e n d e n te s d e D avi, e m b o ra isso n ã o os im p e d isse d e
p ecar.
A p e sa r d a s v a n ta g e n s, os p ec ad o s d e Ju d á se a ssem elh a-
v a m b a s ta n te aos d e Israel. O fato r q u e m a n te v e a N ação d e
Ju d á m ais te m p o d o q u e a d e Israel p a rece ter sid o o d o s
re a v iv am e n to s. D e sp e rta m e n to s e s p iritu a is p e rió d ico s ocor-
re ra m sob reis co m o A sa, Joás e E zequias.
J u d á tev e tam b é m v ário s o u tro s reis " b o n s" q u e fizeram
" o q u e e ra reto p e ra n te o S e n h o r" (2 R eis 14.3). E ssas
d eclaraçõ es sã o s e g u id a s d e o b serv açõ es q u alificativ as p erti-
n en tes: "T ão -so m en te os alto s n ã o se tiraram ; o p o v o a in d a
sacrificav a e q u e im a v a in cen so no s altos" (2 Reis 14.4; 15.35).
O p o ten c ial p e rv e rso d o c oração h u m a n o n ã o é elim in a-
d o s im p le sm e n te p o rq u e você tem u m lu g a r c o rre to o n d e
a d o ra r, s a ce rd o te s a p ro v a d o s, u m a tra d içã o e sp iritu a l viável,
o u até m esm o c ó p ias p re se rv a d a s d a P a lav ra d e D eu s em
m ão s. A h istó ria d e Ju d á e stav a rep le ta d a m a io ria d a s
p rá tic a s p e c am in o sa s c ita d as c o n tra Israel. M esm o so b o
re in a d o d e R oboão, filho d e Salom ão:

"...os de Judá edificaran! altos, estátuas, colunas e


postes-ídolos no alto d e todos os elevados outeiros e debaixo
de todas as árvores verdes. H avia tam bém na terra
prostitutos-cultuais; fizeram segundo todas as cousas
abom ináveis das nações que o SENHOR expulsara de diante
dos filhos de Israel" (1 Reis 14.23,24).
Estamos Condenados a Repetir a História? 41
O rei A caz lev o u as p rá tic a s p a g a s a té o p o n to d e
q u e im a r...

"a seu filho com o sacrifício, segundo as abom inações


dos gentios, que o SENHOR lançara fora de diante dos filhos
de Israel" (2 Reis 16.3).

A caz p ro fa n o u o tem p lo em seu s p la n o s v is d e pecad o .


Se n ã o fo sse p elo re a v iv a m e n to q u e v eio so b re J u d á no
g o v e rn o d e E zeq uias, filho d e A caz, a d e stru iç ã o d a N ação
teria p ro v a v e lm e n te o c o rrid o m u ito m ais cedo.
O p e c a d o é c u m u la tiv o e m s u a d estru ição . Q u a n to m ais
c o n tin u a , ta n to m ais fu n d a s se to rn a m as su a s raíz es m aléfi-
cas. N ã o é p o is d e s u rp re e n d e r q u e M an assés, filho d e
E zeq u ias, to m a sse-se o m ais p e rv e rso d e to d o s os reis d e
Judá.
M an assés re in o u d u ra n te 55 a n o s com p e rv e rsid a d e :

"Fez ele o que era m au perante o SENHOR, segundo


as abom inações dos gentios que o SENHOR expulsara de
suas possessões de diante dos filhos de Israel. Pois tornou a
edificar os altos que Ezequias, seu pai, havia destruído,
levantou altares a Baal, fez um poste-ídolo com o o que fizera
Acabe, rei de Israel, e se prostrou d iante de todo o exército
dos céus e o serviu. Edificou altares na casa do SENHOR,
da qual o SENHOR tinha dito: Em Jerusalém porei o m eu
nome. Tam bém edificou altares a todo o exército dos céus
nos dois átrios da casa do SENHOR. E queim ou a seu filho
com o sacrifício, adivinhava pelas nuvens, era agoureiro e
tratava com m édiuns e feiticeiros" (2 Reis 21.2-6).

O s p e c ad o s d e M an assés cativ aram , n o e n ta n to , a leald a-


d e d o p o v o . E m b o ra tiv essem a P a la v ra d e D eu s em su a s
m ãos, lem os:

"Eles (o povo), porém , não ouviram ; e M anassés de tal


m odo os fez errar, que fizeram pior do que as nações, que o
SENHOR tinha destruído de diante dos filhos de Israel" (2
Reis 21.9).

U m a C u rta M o ra tó ria

A m ise ric ó rd ia d iv in a era, p o rém , g ra n d e . Sob Josias,


42 O REAVIVAMENTOSATÁNICO
n e to d e M an assés, h o u v e u m n o v o rea v iv a m e n to em Ju d á.
U m a c ó p ia d a P a la v ra d e D eus, recém -d esco b erta, foi lid a n a
p re se n ç a d e Josias. S ua reação à P a lav ra p ro d u z iu u m a d a s
m a is b e la s ex p re ssõ e s d e a rre p e n d im e n to re g is tra d a s n a
Bíblia (veja 2 Reis 22.11-23). Josias lim p o u c o m p le ta m e n te a
casa e c o n se g u iu m ais a lg u n s a n o s d e v id a p a ra a N ação
b a s ta n te p reju d ic a d a . M esm o assim , a resta u ra ç ã o n ã o d u r o u
lo n g o tem p o : em cerca d e v in te a n o s veio o co lap so total. N a s
a d v e rtê n c ia s d e A m ós, o carro d e D eu s e sta v a so b re c a rre g a d o
c o m a p e rv e rs id a d e d a N ação: "E is q u e farei o scilar a te rra
d eb a ix o d e v ó s co m o oscila u m carro c a rre g a d o d e feixes"
(A m ós 2.13).
A p e sa r d o m ara v ilh o so a rre p e n d im e n to e d a refo rm a
re a liz a d a p o r Josias, a E scritu ra re g istra este trág ico refrão:

"N ad a obstante, o Senhor não desistiu do furor da sua


grande ira, ira com que ardia contra Judá, por todas as
provocações com que M anassés o tinha irritado. Disse o
Senhor: Tam bém a Judá rem overei de diante d e mim, como
rem oví a Israel, e rejeitarei esta cidade de Jerusalém que
escolhí, e a casa da qual eu dissera: Está ali o m eu nom e" (2
Reis 23.26,27).

D e u s E stá R e c o lh e n d o a S u a M ão Q u e A b e n ç o a ?

E n q u a n to o b se rv o os ten tácu lo s d e in flu ê n cia satân ica


in v a d in d o v á rio s n ív eis d a so cied ad e, e su a s táticas se n d o
aceitas e a lg u m a s vezes a té e n d o ssa d a s em n o ssa m íd ia d e
e n tre te n im e n to , n o ticiário s, sistem a ju d iciário , sistem as e d u -
cacion ais e seto res g o v e rn a m en ta is, fico p e n san d o : A h istó ria
de Israel se com para ao nosso cu rso p resen te ? D e u s p oderia recolher
S u a m ão, q u e abençoa, do nosso país, q u e h isto ric a m e n te m an te -
v e o s p receito s d o p la n o d e D eus, m as q u e a g o ra to le ra a
o b s c e n id a d e em n o m e d a lin g u a g e m livre, o g e n o c íd io d e
crian ças em n o m e d a liv re escolha, a p e rv e rsã o sex u al e a
p o rn o g ra fia e m n o m e d a liv re ex p ressão , e o terro rism o
satân ico em n o m e d a lib e rd a d e religiosa?
O s q u e m e co n h ecem irão d ize r-lh e q u e so u u m a p e sso a
p o s itiv a —u m o tim ista. E u vejo a a m p u lh e ta c h eia p e la
m e ta d e em lu g a r d e m e ta d e vazia. T o d av ia, as E scritu ras
Estamos Condenados a Repetir a História? 43
a íirm a m q u e d e D eu s n ão se zo m b a, e d e v o lev á-lO a sério
q u a n d o Ele d iz q u e isto acontecerá:

"q u an d o do céu se m anifestar o Senhor Jesus com os


anjos do seu poder, em cham a de fogo, tom ando vingança
contra os que não conhecem a D eus e contra os que não
obedecem ao evangelho de nosso Senhor Jesus. Estes
sofrerão penalidade de eterna destruição, banidos da face do
Senhor e d a glória do seu poder" (2 Tessalonicenses 1.7b-9).

Sim , creio q u e a h istó ria d e Israel é u m v islu m b re d e


nosso f u tu r o —a n ã o ser q u e m u d e m o s ra p id a m e n te d e curso.
O n d e S a tan á s rein a sem se r re p rim id o , o d e sa stre é in ev itáv el.
A n ã o ser q u e a p re n d a m o s esta lição d a h istó ria , esta m o s
c o n d e n a d o s a repeti-la.

U m a O ração p a ra a N o ssa É poca n a H is tó ria

Pai C elestial a m a d o , e u a g ra d e ç o p ela e v id ê n c ia a b u n -


d a n te d a T u a m ise ric ó rd ia e g raça m a n ife sta d a s a tra v é s d a s
eras. O b rig a d o p ela T u a ju stiça so b e ra n a e p o d e r q u e Te d ã o
o d ireito d e p e d ir co n tas às n açõ es e c u ltu ras. Eu Te a d o ro n a
m ara v ilh a d a T u a m aje sta d e s a n ta e m ise ric ó rd ia am o ro sa.
A bro o m e u coração p a ra Ti, p a ra q u e p o ssas a c e n d e r em m e u
ín tim o a ch a m a d e p reo c u p a ç ã o co m as n e c essid a d e s d o m e u
país. C oloco-m e à d isp o sição d o T eu E sp írito S anto, p a ra q u e
m e u ses n a salv ação d e ste p o v o q u e b ra n ta d o . O ro p a ra q u e
o E spírito S anto d e sp e rte a T u a igreja s a n ta p a ra o d esafio d e
nosso tem p o . N o n o m e p o d e ro so d o S en h o r Jesus C risto,
peço q u e com eces a e fe tu a r u m re a v iv a m e n to n acio n al revo-
lucionário. A m ém .
P o r Q u e as
N a ç õ e s C aem ? 3
T u d o aco n teceu n u m a p e q u e n a c id a d e d o m eio-oeste,
n u m a escola local d o I a e 2a g rau s. A c a m p a in h a e stav a
p restes a d a r o to q u e d e v o lta às classes. N a sala d e d escan so
d as g aro tas, cinco m en in a s in te lig e n te s e p o p u la re s d a sexta
série, d e b raço s d a d o s n u m círculo d e u n ião , fix av am in te n sa -
m en te o g ra n d e e sp e lh o acim a d a s p ias e c a n ta v a m em
un íssono: "M a ria S an g u in ária, apareça! M aria S a n g u in ária,
apareça!"
O e n c an ta m e n to c o n tin u o u e m to n s m o n ó to n o s, a u m e n -
tan d o d e in te n sid a d e :
— M aria S a n g u in ária, apareça!

(N .T rad.: M aria S a n g u in ária é a ra in h a M a ry d a In g later-


ra q u e p e rs e g u iu fero z m e n te e m a n d o u a ssa ssin a r os p ro te s-
tan tes em se u rein a d o , p a ssa n d o p a ra a h istó ria co m o a p e lid o
d e "B loody M ary " o u "M aria, a S an g u in ária".)
D e rep e n te, u m a a p a riçã o fan ta sm a g ó ric a m ate ria liz o u -
se n o esp elh o , ju sta m e n te acim a d o reflexo d o ro sto delas. E ra
u m a face h e d io n d a , co m u m so rriso z o m b e teiro e sin istro . A s
m en in as fu g ira m d a sala g rita n d o , co m o co ração b a te n d o
forte.
E n q u a n to c o rriam p a ra a a u la se g u in te , elas c o m eçaram
a rir n e rv o sa m en te , m as já u m ta n to a lv o ro ç a d a s co m o seu
flerte co m o so b re n a tu ra l.
N o d o m in g o seg u in te, u m a d a s m en in a s c o n to u a h istó-
ria p a ra a s u a p ro fe sso ra d a escola d o m in ical. A p ro fe sso ra
-45 -
46 O REAVIVAMENTO SATÁNICO

fico u a la rm a d a com a a titu d e d isp lice n te d a g a ro ta ao c o n ta r


a "co isa e n g ra ç a d a " q u e acontecera. Ela foi fa z e n d o p e rg u n -
tas e c o n se g u iu u m rela to co m p le to d o ep iso d io .
A s cinco m e n in a s v in h a m c o n d u z in d o "sessõ es" reg u la -
res e tra b a lh a n d o com u m tab u le iro O uija. D u a s d e la s h a v ia m
lid o u m liv ro so b re b ru x a ria e feitiçaria n a b ib lio teca p ú b lica,
e e s ta v a m e x p e rim e n ta n d o a m a ld iç o a r as p e sso a s d e q u e m
n ã o g o sta v a m . A s cinco se m o stra v a m e n tu s ia sm a d a s com os
n o v o s p o d e re s q u e p a re c ia m e sta r d e sco b rin d o , e a a p a riçã o
n o e sp e lh o e ra o se u ú ltim o triunfo.
Q u a n d o a p ro fe sso ra d a escola d o m in ica l m e n a rro u esta
h istó ria , e u q u a se n ã o q u e ria c re r n o q u e e sta v a o u v in d o .
C o m o esse tip o d e m al p o d ia e n tra r no m u n d o d e u m a
crian ça? O q u e terá aco n tecid o p a ra q u e a té n a c id a d e d e
S m allto w n , n o s E stad o s U n id o s, jo v en z in h as q u e d e v ia m
e s ta r a n d a n d o d e bicicleta e c o m eçan d o a d e sc o b rir os g a ro to s
estão , em v e z d isso , b rin c a n d o p e rig o sa m e n te co m o so b re ñ a -
tu ral?
P a ra e n c o n tra r a re sp o sta d e v e m o s a fa star-n o s d e n o ssa
v isão m ais p ró x im a d e tais in cid e n te s e o b se rv a r n o ssa c u ltu ra
nacio n al co m o u m todo. N ão, a in d a n ão ab raçam o s o satan ism o
co m o u m a relig ião n acio n al oficial, m as criam o s, d e a lg u m
m o d o , u m clim a em q u e as in flu ên cias sa tâ n ica s p a re c e m
e s ta r liv res p a ra se a p o ssa r d a m e n te d o n o sso povo.

O Círculo Vicioso
N o s E stad o s U n id o s d a A m érica, n e sta ú ltim a d é c a d a d o
sécu lo 20, n o sso s filhos são a lim e n ta d o s co m u m a d ie ta q u a se
c o n sta n te d e d e se n h o s a n im a d o s e v íd eo s d e u m o u tro m u n -
d o , cujos h e ró is e v ilõ es ex altam os v alo res satân ico s e d a
N o v a Era.
A m a io ria d a s m ú sicas rock e v íd eo s m u sicais d a ju v en -
tu d e c o n té m letras e im a g e n s satân icas e s a tâ n ic a s /s e x u a is
ex p lícitas. O s film es d e h o rro r m o d e rn o s n ã o m ais se co n ten -
ta m c o m m o n stro s o u m a ta d o re s à solta; os in im ig o s d e hoje
são , q u a se se m p re , d e m ô n io s v in d o s d ire to d o inferno.
A s escolas e fac u ld ad e s, o n d e as a tiv id a d e s cristãs o rg a-
n iz a d a s sã o g e ra lm e n te b a rra d a s em n o m e d a " se p a ra ç ã o
Por Que as Nações Caem? 47
e n tre Igreja e E stad o ", fre q ü e n te m e n te p a tro c in a m reu n iõ e s
e classes so b re " v id a a lte rn a tiv a " , N o v a E ra e feitiçaria.
D u ra n te to d o s os a n o s em q u e n o sso s filhos e stã o eres-
cendo, os v a lo re s e te rn o s d e D eu s são d e s p re z a d o s o u igno-
ra d o s. A te o ria d a e v o lu ç ã o é e n s in a d a c o m o fato ; o
criacio n ism o é escarn ecid o com o su p e rstiç õ e s a n tig a s de
fanáticos d e m en te s fech ad as. Jesus C risto só é reco n h ecid o
com o u m h o m e m d a h istó ria , q u e v iv eu , m o rre u e p o n to final.
Isso q u a n d o se d ã o a o tra b a lh o d e re c o n h e c ê -ΙΟ. O s
" a tu a liz a d o s" p e rte n c e m à N o v a Era; os q u e c rê e m n a Bíblia
p erten cem à Id a d e d a P edra.
Esses v a lo re s são refo rçad o s 24 h o ra s p o r d ia n a m íd ia de
e n tre te n im e n to , n o tícias e m úsica, a lg u m a s v e z es su tilm e n te ,
o u tra s a b e rta m e n te , até q u e se to m a m p a rte in te g ra n te d o
p e n sam e n to d e jo v en s e ad u lto s.
E, e n tão , tem o s filhos e co m eçam o s a e n sin a r-lh es n o sso s
valo res n o v o s, " ilu m in a d o s". E legem o s u n s ao s o u tro s p a ra
p o sto s d o g o v ern o , o n d e escrev em o s e d e c re ta m o s n o v a s leis,
a s se g u ra n d o a p ro liferação d e n o sso s v a lo re s "esclarecid o s".
A d m in istra m o s n o v a s estações e jo rn ais, o n d e selecio n am o s
e a p re se n ta m o s h istó ria s q u e e x p õ e m os n o sso s v a lo re s escla-
recidos co m o o p in iõ e s trad icio n ais. P ro d u z im o s u m n ú m e ro
in fin d o d e sh o w s e film es d e TV q u e m o stra m to d o s os q u e
d e fe n d e m os v a lo re s tra d icio n a is com o c a ip ira s id io ta s o u
fanáticos c o rru p to s.
N o sso s filhos, m ais tard e, têm os seu s p ró p rio s filhos e o
ciclo se rep ete. N o sso s corações ficam c a d a v e z m ais frios e
duros. O p o u co d isc e rn im en to e sp iritu a l q u e p o ssu ía m o s se
d esin te g ra q u a se in teiram en te... e os p o d e re s d a s tre v a s se
ap o ssam co m m aio r firm e z a d o s in d iv íd u o s q u e c o n stitu e m
e g o v e rn a m a n o ssa N ação.

A S o b e ra n ia d e D e u s so b re as N açõ es

Ao c o n sid e ra rm o s o fu tu ro d o n o sso país, é im p o rta n te


reco n h ecer p rim e iro a so b eran ia su p re m a d e D eu s so b re as
nações. E ste p rin c íp io é u m d o s a b so lu to s e te rn o s d a s Escri-
turas:
"Para o Eterno todas as nações do m u ndo são como
48 O REAVTVAMENTO SATÂNICO

um a gota de água nu m balde, como um grão de poeira na


balança, ele carrega as ilhas distantes como se fossem um
grão de areia...
Para ele, as nações não são nada...
É ele quem rebaixa reis poderosos e tira altas autorida-
des do poder...
Q uando D eus sopra neles, eles m urcham , e a ventania
os leva para longe, com o se fossem palha (Isaías 40.15,17a,
23, 24b — BLH).

A s E sc ritu ra s n o s a s se g u ra m q u e D eus é ta rd io em irar-


se. D e fato, a h istó ria d e Israel m o stra q u e Ele é m u ito m ais
p a c ie n te e p e rd o a d o r d o q u e o Seu p o v o m erece. O S en h o r
sab e e q u e r o m e lh o r p a ra nós. T o d av ia, q u a n d o u m a n ação
e n d u re c e o co ração e d e sp re z a o S e n h o r D eu s com o se Ele
fosse s im p le sm e n te u m o bjeto fo ra d e m o d a, Ele ag e rá p id a e
re p e n tin a m e n te .
O L iv ro d e D an iel re g istra o a rro g a n te rei B elsazar, d a
B abilônia, d e m o n s tra n d o a s u a rejeição reb e ld e ao D eu s d e
Israel, em u m a festa o n d e im p e ra v a a b eb ed eira. E m su a
o rg ia, eles b e b e ra m ao s d e u ses p ag ã o s n o s c o p o s d e o u ro
sa g ra d o s re m o v id o s " d o tem p lo d e Jeru salém ". D e rep e n te,
a p a re c e u a m ão d e u m h o m e m e ela co m eço u a escre v e r u m a
m en sa g e m d iv in a n a p a re d e b ran c a d o sa lã o —e a o rg ia e a
licen cio sid ad e silen ciaram a m e d ro n ta d a s . O d e d o escreveu:

"D eus contou o núm ero dos dias do reinado do senhor


e resolveu terminá-lo...
O senhor foi pesado na balança e pesou m uito pouco...
O seu reino será dividido e entregue aos m edos e aos
persas...
N aquela m esm a noite Belsazar, o rei da Babilônia, foi
m orto, e Dario, o rei do país da M édia, q ue tinha sessenta e
dois anos de idade, começou a reinar no seu lug ar (Daniel
5.26-28,30,31 - BLH).

D eu s talv ez n ã o escrev a s e m p re a S ua m en sa g e m n a
p a re d e , m as Ele a escreve, sem d ú v id a , n a S u a P alav ra.

P o r Q u e as N açõ es C aem ?

N o c a p ítu lo an te rio r, e x a m in am o s o co lap so d e Israel e


Por Que as Nações Caem ? 49

Judá. A P a la v ra d e D eu s d eclara q u e a S u a m ã o so b e ra n a
co lab o ro u p a ra a ru ín a d essas nações. P o r q u e d e sa stre s d e sse
tip o o c o rre m n o s p aíses e cu ltu ras?
Q u a n d o e stu d a m o s a q u e d a d e Israel e Ju d á , três estág io s
p rin cip ais p a re c e m destacar-se. C a d a u m m erece ex am e
cu id ad o so , p o is tra n sm ite u m a m en sa g e m p a ra nós, hoje.

1. A cultura se toma demoníaca.


A raz ã o b ásica p a ra o p rim e iro estág io d a q u e d a d e Israel
e Ju d á c o n té m u m a n o ta terrív el d e trag éd ia. R efiro-m e ao q u e
ch am o d e e n d e m o n in h a m e n to da c u ltu ra .
E sto u co n v e n cid o d e q u e n e n h u m p o v o p o d e ria c o m e ter
os p e c ad o s q u e Israel e Ju d á c o m e tera m sem q u e a s u a c u ltu ra
fosse p rim e iro in v a d id a p elo e n d e m o n in h a m e n to . A a d o ra -
ção d e íd o lo s e o sacrifício d e an im a is a d e u se s falsos teve
a p a v o ra n te s c o n seq ü ên cias em Israel e Ju d á. S eu c o n ta to com
os e sp írito s n o s "lu g a re s alto s" re p re se n to u u m c o n v ite p a ra
o rein a d o d e S atanás. Seres h u m a n o s, ta n to crian ças com o
ad u lto s, fo ra m sacrificad o s a d e u se s falsos, e a p rá tic a d a
m agia, b ru x a ria e p ro stitu iç ã o a b riu a in d a m ais as p o rta s p a ra
os p o d e re s d e m o n ía co s c o n tro la re m os p a rtic ip a n te s e, final-
m en te, to d a a cu ltu ra.
In felizm en te, co n d içõ es se m e lh an te s são v ista s n o m u n -
d o d e hoje. O Dr. e a Sra. L arry T iedje têm se rv id o a D e u s n a
N ig éria e L ibéria, n a Á frica, n o s ú ltim o s d o z e anos. O D r.
Tiedje, u m d e n tista , tem u m a v isã o e u m fa rd o p e c u liare s p a ra
a ev an g elização d o m u n d o . F o rçad o a sa ir com su a fam ília d a
L ibéria d e v a sta d a p ela g u e rra , o D r. T iedje d e sc re v e u as
co n d ições ali co m o se n d o d e " d istú rb io s satân ico s".
O s T iedjes fo ra m a g o ra te m p o ra ria m e n te d e sig n a d o s
p ara tra b a lh a r co m p esso as d e n a c io n a lid a d e e s tra n g e ira n o s
E stad os U n id o s. D e p o is d e e stab elecer-se e m s u a n o v a
c o m u n id a d e n o rte -am e ric an a , o D r. T iedje e n v io u recente-
m en te u m a c a rta a seu s m an te n ed o re s. C itam o s, abaixo, u m
trecho dela:

A vida em nossa (nova) cidade: A lguém me pergun-


tou, há pouco, o que achávam os d a vida nesta cidade. Eu
50 O RFAVI VAMENTO SATÁNICO

disse que nós estávam os praticam ente m orando em um


esgoto. V ulgaridade e pornografia parecem ser a norm a do
dia. Em nossa cidade são realizados três abortos para cada
nascim ento. U m exem plar recente do jornal local continha
anúncios d e patrocinadores dos seguintes grupos: lésbicas,
novas m ulheres gay, hom ens bissexuais, e m ulheres
bissexuais. O uso de drogas e o ocultism o abundam . O rem
pela nossa família enquanto (servimos) a esta com unidade
necessitada e aos estrangeiros que vivem em meio a toda
esta perversidade.

Ele e stá fala n d o d e u m a c o m u n id a d e so fisticad a, in stru -


id a, n o s E stad o s U n id o s, c u ltu ra lm e n te a v a n ç a d a ao s olhos
d o m u n d o secu lar. A s c o n d içõ es a b o m in á v eis ilu s tra m o caos
q u e irro m p e em q u a lq u e r c u ltu ra q u a n d o os p o d e re s d a s
tre v a s co m eçam a d o m in a r. O e n d e m o n in h a m e n to d a c u ltu -
ra to rn a -a p o u c o a m ig áv el, d esco n fo rtáv el e p e rig o sa p a ra as
p e sso a s q u e desejam p ra tic a r a m o ra lid a d e bíblica.

E n d e m o n in h a m e n to a tra v é s d o In d iv íd u o

Q u a n d o m e u p r im e ir o liv r o , O A d v e r s á r io (" T h e
A d v e rsa ry " ), foi p u b lic a d o em 1975, seu c h a m a d o a g re ssiv o
p a ra a b a ta lh a e sp iritu a l n ã o foi m u ito b e m rec e b id o p elo
p ú b lico cristão. S u a p rin c ip a l m en sa g e m e ra " O C ristão vs. a
A tiv id a d e D em o n íaca", m as esse e n v o lv im e n to p a re c ia d is-
ta n te p a ra a m aio ria d o s crentes. O s an o s d e c o rrid o s efetu a-
ram , p o rém , u m a m u d a n ç a d e p e n s a m e n to e n tre os cristão s
d e d ic a d o s. O e n d e m o n in h a m e n to é a g o ra reco n h ecid o co m o
u m p ro b le m a sério p o r u m n ú m e ro c a d a v e z m aio r d e líd e res
ev an g élico s, à m e d id a q u e o re a v iv a m e n to satân ico en g o lfa
m u ltid õ e s d e in d iv íd u o s so fred o res.
R ecebo m u ita s v isitas e telefo n em as d e p a sto re s p e d in d o
co n selh o so b re p ro b le m a s satân ico s e n c o n tra d o s n o s m in isté-
rio s d e su a s igrejas. E m d ias recentes, três p a sto re s m e
p ro c u ra ra m p a ra a c o n se lh am e n to e to d o s eles se d e scu lp a -
ra m p e la a titu d e q u e h a v ia m to m a d o a m e u re sp e ito d e s d e a
le itu ra d o m e u livro. Q u a n d o O A d v e rsá rio foi p u b lic a d o p ela
p r im e ir a v e z , e le s a c h a ra m q u e m in h a s o b s e rv a ç õ e s e
e n sin a m e n to s in clin a v a m -se ao ex trem ism o . E x p eriên cias
recen tes d e a c o n se lh am e n to m o d ific a ra m , e n tre ta n to , as su a s
Por Que as Nações Caem? 51
atitu d e s. U m d o s p a sto re s d e scre v e u se u e s p a n to q u a n d o
p o d e re s d e m o n ía co s a tira ra m u m in d iv íd u o n o ch ão d e seu
escritó rio e co m eço u a ter co n v u lsõ es. " E n q u a n to o h o m e m se
co n to rcia n o chão, e u p ra tic a m e n te corrí p a ra a p ra te le ira
o n d e o se u liv ro ficara e sq u ec id o ", c o n fesso u o p a sto r. O s
p a sto re s n ã o p o d e m m in is tra r em u m a c u ltu ra d e m o n ía ca
sem se re m c o n fro n ta d o s p o r p esso as e n d e m o n in h a d a s.
Em m e u s an o s d e a c o n se lh am e n to a in d iv íd u o s o p rim i-
d os p o r d e m ô n io s, d esco b ri d u a s áreas p rin c ip a is d e p ecad o
q u e p a re c e m c o n v id a r o p ro b le m a. U m a d e la s é b rin ca r com
as fo rça s o cu lta s, a o u tra e n v o lv e o a m p lo c a m p o d o pecado
sexu al.
N a lei d e D eus, n o A n tig o T estam en to , esses d o is peca-
d os e ra m p u n id o s com a m orte. A c red ito q u e u m a ra z ã o p a ra
u m c a stig o a s sim tão d rá s tic o e ra q u e u m a v e z q u e o
e n d e m o n in h a m e n to tin h a lu g ar, n ã o h a v ia n e n h u m m eio
co n h ecid o d e tra ta r co m ele so b o siste m a relig io so d o A n tig o
T estam en to . N ã o se tra ta d esses d o is p e c ad o s c o n tra D eus
serem m aio res d o q u e m u ito s o u tro s, m as o fato é q u e a
a tiv id a d e d o o cu ltism o e os p ec ad o s sex u ais g rav e s d e ix a m a
v id a d a p e sso a p e rig o sa m e n te v u ln e rá v e l a o co n tro le d em o -
níaco. U m a v e z q u e e sp írito s p e rv e rso s te n h a m se a p o ssa d o
d ela, eles e n c o n tra m m eio s d e fixar-se. N a fé ju d ia , a e sp era n -
ça d e lib ertação e ra p o u c a nesse aspecto.
U m a d a s m a ra v ilh a s d o m in isté rio d o S e n h o r Jesus
C risto é q u e os d e m ô n io s e sta v a m su jeito s a Ele. O p o v o
ju d eu , d o s d ia s d e Jesus, e seu s líd eres relig io so s o b se rv a ra m
q u e n o m o m e n to em q u e a in v asã o d e m o n ía c a d a s v id as
h u m a n a s e ra c o n fro n ta d a p ela a u to rid a d e e p o d e r d o S en h o r
Jesus C risto, a in v asã o se d e tin h a e os d e m ô n io s e ra m força-
d o s a sa ir p e rm a n e n te m e n te . Isso e ra alg o d ra m a tic a m e n te
no vo p a ra o ju d aísm o , se n d o c o n sid e ra d o u m g ra n d e m ilag re
(veja M arcos 1.21-25).

O A sp e c to d a s G eraçõ es

U m a n o v a tra g é d ia d e e n d e m o n in h a m e n to in d iv id u a l
dev e ser e s tu d a d a . A P a la v ra d e D eu s in sin u a q u e q u a n d o os
p o d e re s d e m o n ía co s colocam su a s g a rra s n a v id a d a pessoa,
52 O Reavivamento Satánico
cria-se u m p ro b le m a d e tran sferên cia p a ra as g eraçõ es fu tu -
ras. O s d e m o n io s q u e d o m in a m o in d iv íd u o , só ex ercem esse
c o n tro le e n q u a n to ele vive. Q u a n d o m o rre , os p o d e re s
d e m o n ía co s so b rev iv em . D esd e q u e n ã o m o rre m co m a
p esso a, eles p ro c u ra m c o n tin u a r d e a lg u m m o d o e os filhos,
n eto s, so b rin h a s e so b rin h o s d o falecido p a re c e m se r o cam i-
n h o m ais d ireto . D essa form a, o e n d e m o n in h a m e n to se to rn a
u m p ro b le m a d e gerações.
O s e stu d io so s d a g u e rra e sp iritu a l o b se rv a m e sta conse-
q iiên cia in d ic a d a n a E scritura:

"N ão as adorarás, nem lhes darás culto; porque eu sou


o Senhor teu Deus, D eus zeloso, que visito a iniqüidade dos
pais nos filhos até a terceira e quarta geração daqueles que
m e aborrecem " (Êxodo 20.5).

E sta a d v e rtê n c ia e stá lig a d a à a d o ra ç ã o d e falsos d e u ses,


q u e c a ra c te riz o u J u d á e Israel n o s a n o s q u e p re c e d e ra m a s u a
d e stru iç ã o .
O sa n g u e re d e n to r d e C risto é rev e la d o e m 1 P e d ro 1.18-
22 co m o s e n d o su ficien te p a ra n o s lib e rta r a to d o s d a q u ilo q u e
n o s foi tra n s m itid o p o r n o sso s a sce n d e n te s. A salv ação ,
m e d ia n te o sa n g u e d e rra m a d o p o r Jesus C risto, can cela to d a
reiv in d ic a çã o legal d o s p o d e re s d e m o n ía co s so b re a v id a d o
crente. T o d av ia, se a p esso a a b riu su a v id a ao co n tro le
d em o n ía co , esses p o d e re s vão p e rse g u ir até o c re n te n a scid o
d e n o vo . Isto p o d e ser o b se rv a d o em relação às p e sso a s q u e
se a p ro fu n d a ra m n o o cu ltism o . E e x tre m a m e n te im p o rta n te
p a ra elas c o n h e ce rem a b ase d o u trin á ria d a v itó ria p ro v id a
p o r D eu s so b re as trevas. O s c re n tes p rec isam c o n h e ce r e
a p lic ar c o n tin u a m e n te essa v itó ria no S e n h o r Jesus C risto d e
m a n e ira ag ressiv a. R esistir ao d iab o com fé e firm eza, faz com
q u e o in im ig o seja d e rro ta d o e lib erta o crente.
Q u a n d o escrev ia este p a rá g ra fo , recebi o c h a m a d o d e u m
c o n selh eiro n u m a c id a d e d ista n te . Ele p ro c u ra v a o rie n taç ã o
p a ra a ju d a r u m jo v em a se liv ra r d e se u e n v o lv im e n to co m os
ritu a is satân icos. O jo v em aceito u Jesus h á d o is anos, m as
e n fre n ta a in d a u m a g ra n d e b a talh a. S u a ale g ria e s u a lib erta-
ção d o s p o d e re s d e m o n ía c o s d ã o a m p lo te s te m u n h o d o
S e n h o r Jesu s C risto. T o d av ia, ele é, às v ezes, su b m e tid o a
Por Que as Nações Caem ? 53
a taq u es d o s p o d e re s m alig n o s q u e c o n tin u a m a to rm e n ta n d o
su a m en te, s u a v o n ta d e , su a s em oções e até o seu co rp o . Eles
enchem se u s p e n sa m e n to s com su a s reiv in d icaçõ es so b re o
en v o lv im e n to satân ico d o s seu s fam iliares, d e c la ra n d o q u e
p erten ce a eles e q u e jam ais ficará to ta lm e n te livre.
T ais m e n tira s e to rm e n to s são c o m u n s p a ra o n o v o cren te
q ue p ro c u ra afastar-se d e u m c u lto satân ico , e sp ec ialm en te
q u a n d o v á ria s g erações d a s u a fam ília e stiv e ra m e n v o lv id a s.
Este p ro b le m a d a lin h a g e m fam iliar tem im p licaçõ es
c u ltu rais d e lo n g o alcance. Q u a n to m a io r o e n v o lv im e n to
pessoal, ta n to m ais a c o m u n id a d e re p re s e n ta d a p o r esse
in d iv íd u o irá m a n if e s ta r p e rtu r b a ç õ e s d e m o n ía c a s . O
e n d e m o n in h a m e n to p o d e to rn a r-se o flagelo d e to d a u m a
cu ltu ra.

In d ic a çõ e s d e E n d e m o n in h a m e n to C u ltu ra l

A c re d ito q u e ta n to Isra e l c o m o J u d á e v id e n c ia m o
e n d e m o n in h a m e n to c u ltu ra l. A m e d id a q u e o p o v o se
en go lfav a n esses p ecad o s, ele p e rm itiu q u e o rein o d e S atan ás
o d o m in asse, e o e n d e m o n in h a m e n to p e rm e o u a c u ltu ra. O s
b rev es in te rlú d io s d e a rre p e n d im e n to e re a v iv a m e n to e sp iri-
tu al, q u e o c o rre ra m em Ju d á , p o u c o d u r a r a m . N e sse s
d e sp ertam e n to s, S atan ás v iu -se fo rçad o a su b lim a r se u pro-
g ram a s ó rd id o d u ra n te a lg u m tem p o , m as su a s g a rra s acha-
vam -se d e tal fo rm a p re sa s n a c u ltu ra q u e seu s esforços logo
se to rn a ria m m a n ife sto s—e se u re in a d o seria c o n firm a d o
com rap id e z.
O e n d e m o n in h a m e n to d e u m in d iv íd u o é o rein o d e
S atanás v iv id o n u m se r h u m an o ; o e n d e m o n in h a m e n to d e
u m a c u ltu ra é o rein o d e S atan ás se d ifu n d in d o e m to d a a
sociedade.

O E n d e m o n in h a m e n to d a A m érica d o N o rte

E sto u co n v e n cid o d e q u e n o ssa N a ção e stá ra p id a m e n te


se su je ita n d o ao e n d e m o n in h a m e n to . Q u a se tu d o q u e d e u
lu g ar a S a tan á s e m Israel e Ju d á e stá a c o n te c en d o a g o ra em
no ssa c u ltu ra. S an g u e in o cen te é d e rra m a d o , e n q u a n to m i­
54 O Reavivamento Satánico
lh ares d e crian ças p o r n a sce r estão se n d o a b o rta d a s. P ráticas
relig io sas e sp írita s são e p id ê m ic a s e n tre as crian ças, jo v en s e
a d u lto s. O s a d e p to s d a N o v a E ra fazem a s u a "ca n alização ",
q u e n a d a m ais é d o q u e co m u n icação m e d iú n ic a esp irita.
O s m e d ita d o re s p ro c u ra m e n tra r em c o n ta to com seu
" e u s u p e rio r" , o u p ro c u ra m u m " e sp írito g u ia" q u e os a ju d e
a to m a r d ecisõ es sábias. Eles n ã o c o m p re e n d e m q u e estão
se n d o e n d e m o n in h a d o s ju sta m e n te n esse pro cesso . O se u
"e s p írito g u ia " é u m d em ô n io .
P e rv ersõ e s sex u ais são c h a m a d a s d e "p re fe rê n c ia sexu-
al". A lg u m a s d e n o m in a çõ e s e stã o o rd e n a n d o h o m esse x u a is
a tiv o s p a ra g u ia r seu s reb an h o s. Sacrifícios a n im a is e até
h u m a n o s são o ferecid o s n ã o só a "falso s d e u se s" , m a s a lg u -
m as a lm a s ceg as estão ta m b é m a b e rta m e n te re a liz a n d o esses
ritu a is p a ra a d o ra r d ire ta m e n te a S atanás.
P elo m en o s em J u d á e Israel, eles ju lg a v a m e s ta r a d o ra n -
d o d e u s e s d e p e d ra o u o uro. H oje, as p esso as sacrificam a
S a tan á s e sa b em d isso. N ão co n h eço n e n h u m p e río d o n a
h istó ria e m q u e a a d o ra ç ã o d ire ta d e S atan ás fosse re a liz a d a
n u m a escala tão a m p la com o a m a n ife sta d a a g o ra e m n o ssa
N ação.

Características de uma Cultura Demoníaca


Q u a is as c aracterísticas d o d e m o n ism o ? O s d ia s d e N o é
ilu s tra m tal c u ltu ra. A Bíblia fala q u e " a m a ld a d e d o h o m e m
se h a v ia m u ltip lic a d o n a terra, e q u e era c o n tin u a m e n te m a u
to d o o d e síg n io d o seu coração" (G ênesis 6.5). Ló tam b é m
v iv e u em m eio a u m a c u ltu ra dem o n íaca. P e d ro d e scre v e a
ex p eriên cia d e Ló ao m o ra r em S o d o m a :

"...o justo Ló, afligido pelo procedim ento libertino


daqueles insubordinados (porque este justo, pelo q ue via e
ouvia quan d o habitava entre eles, atorm entava a sua alm a
justa, cada dia, p o r causa das obras iníquas daqueles)2) ‫ ״‬Pe-
dro 2.7b,8).

S o d o m a e G o m o rra eram , e v id e n te m e n te , c u ltu ra s de-


m o n íacas.
O a p ó sto lo P a u lo n o s oferece u m a v isão d e u m a c u ltu ra
Por Que as Nações Caem? 55
e n d e m o n in h a d a q u a n d o d escrev e as co n d içõ es q u e tra z e m a
ira d e D eu s so b re a h u m a n id a d e . Ele a firm a q u e "o coração
in sen sato " d a s p e sso a s ficou o b scu recid o , in d ic a n d o q u e o
reino d a s trev as as d o m in a v a . F icaram p reso s n a a d o ra ç ã o d o
m u n d o o cu lto , p o is " m u d a ra m a g ló ria d o D e u s in c o rru p tív e l
em sem elh an ça d a im a g e m d e h o m e m c o rru p tív e l, b e m com o
de aves, q u a d rú p e d e s e rép te is" (veja R o m an o s 1.21-23).
Q u a n d o tais co n d içõ es p rev alecem , D eu s rem o v e a S ua
proteção. L em os re p e tid a m e n te q u e "D e u s os e n tre g o u ..."
(R om anos 1.24,26,28). E sta e n tre g a c e rta m e n te in clu ía m ais
d o q u e a p rá tic a h u m a n a p e rv e rtid a d o s p e c a d o s sex u ais
descritos. Q u a n d o a h u m a n id a d e se en v o lv e n esses p ecad o s,
os p o d e re s d e m o n ía co s to m a m as réd eas; eles p o d e m go v er-
n a r p o rq u e D eu s rem o v e a S ua g raça rep re sso ra . O caos
resu lta n te é v iv id a m e n te descrito:

"D eus...os entregou aos seus m aus pensam entos para


que façam o que não devem . Estão cheios de perversidade,
m aldade, avareza, vícios, ciúmes, crim es, lutas, m entiras e
malícia.
D ifam am e falam mal uns dos outros. O deiam a Deus
e são atrevidos, orgulhosos e vaidosos. Inventam m uitas
m aneiras de fazer o mal, desobedecem aos pais, são imorais,
não cum prem a palavra, não têm am or po r ninguém e não
têm pena dos outros. Eles sabem que a Lei d e D eus de que
quem vive assim merece a morte. M as m esm o assim
continuam a fazer essas coisas e, pior ainda, aprovam os que
agem como eles" (Romanos 1.28-32 — BLH).

S e g u n d o os q u e tra b a lh a ra m co m in d iv íd u o s
e n d e m o n in h ad o s, os term o s acim a são m u ita s vezes u sa d o s
com o n o m es p elo s esp írito s p e rv e rso s p o rq u e d e scre v e m a
n a tu re z a d a fu n ção d esses d em ô n io s. Isto ta m b é m d escrev e
os estág io s finais d e u m a c u ltu ra e n d e m o n in h a d a .

U m a D ife re n ç a P o d e ro sa

Este é o tip o d e c o n d ição q u e e n fre n ta m o s a g o ra em


n ossa so cied ad e. A h o ra é d e d esesp ero . N o s sa c u ltu ra está
sen d o e n d e m o n in h a d a d ia n te d e n o sso s o lh o s e n a d a p o d e
co n fro n tar o u m o d ific a r esse p ro b le m a e m aceleração, além
56 O ReAVIVAMENTOSATÂNICO
d e u m re a v iv a m e n to o rie n ta d o p o r D eus, rev o lu cio n ário .
E im p o rta n te q u e o p o v o d e D eus saib a p o r q u e as nações
caem . O re a v iv a m e n to satân ico em p ro cesso exige u rn a
reação e s p iritu a l d o p o v o d e D eu s q u e seja su fic ie n tem e n te
fo rte p a ra e n fre n ta r o desafio. Só o p o d e r d o e v an g elh o ,
lib e rad o a tra v é s d e u m p e río d o d e o ração e a rre p e n d im e n to ,
é b a s ta n te v ig o ro so p a ra d e rru b a r o re a v iv a m e n to satánico.
O s c re n tes p re c isa m sa b er d isso e a g ir n e ssa c o n fo rm id a d e .
N o s d ia s d e Israel e Ju d á , n ã o h a v ia m e n sa g e m ev a n g é-
lica p a ra c o n fro n ta r e d e rro ta r o p o d e r satán ico q u e o p o v o
fizera c a ir so b re si. E ssa a d iferen ça e n tre a q u e le s te m p o s e os
n o sso s. N ó s tem o s e ssa m en sag em . A m o rte , se p u lta m e n to ,
ressu rre içã o , a scen são e glorificação d o S e n h o r Jesus C risto
lib e ro u g raç a su ficien te p a ra e n fre n ta r o desafio. O E sp írito
S an to veio. Ele tem p o d e r e e stá p ro n to p a ra co n v e n ce r
q u a lq u e r in d iv íd u o o u to d a u m a c u ltu ra d o p e c ad o , ju stiça e
ju ízo v in d o u ro . O s c re n tes d e v e m lev a n tar-se e u s a r su a s
a rm a s d e g u e rra . D eu s no s e q u ip o u com tu d o o q u e p recisa-
m o s p a ra v e n c er e sta g ra n d e batalh a. A so b re v iv ê n cia exige
o rea v iv am e n to .

2. O p e c a d o g ra v e re s u lta e m e n fra q u e c im e n to n a tu ra l.

O s e g u n d o está g io d a q u e d a d e u m a n ação tem a v e r com


o e n fra q u e c im e n to n a tu ra l q u e o p e c a d o g ra v e in jeta em
q u a lq u e r c u ltu ra. A cobiça, ile g a lid a d e, d ro g as, im o ra lid a d e ,
d issip a çã o sexual, e m b ria g u e z e a n a rq u ia v io le n ta se m p re
se rv e m p a ra a rru in a r o c a rá te r e a d e te rm in a ç ã o d e u m povo.
V em os isto n a q u e d a d e Israel e Judá. Q u a n d o c a d a u m a
d e ssa s n ações ch e g o u ao se u fim , e ra c o m u m q u e se u s reis,
p e rs e g u id o s p o r in trig a s e tra íd o s p o r c o m p a n h e iro s em
q u e m con fiav am , tiv essem rein a d o s curtos. Em Israel, Z acarias
h a v ia re in a d o seis m eses q u a n d o u m d o s q u e o cercav am ,
S alu m , c o n s p iro u c o n tra ele e o a ssassin o u . S alu m re in o u u m
m ês a n te s d e se r tam b é m m o rto . P ecaías h a v ia re in a d o d o is
an o s q u a n d o m o rre u n u m a c o n sp ira çã o a rm a d a p o r se u
c a p itão , Peca. O rei M e n ae m re in o u q u a n d o Pul, rei d a
A ssíria, in v a d iu Israel p e la p rim e ira vez. P a ra liv ra r-se,
M en aem d e u a P u l 37 to n e la d a s d e p ra ta co m o trib u to . O séias
Por Que as Nações Caem? 57
é c h a m a d o d e "se rv o " d e S alm an eser, p a g a n d o trib u to a esse
rei assírio. M ais tard e, o rei d a A ssíria d e sco b riu q u e O séias
era u m " tra id o r" e o fim d e Israel foi selad o . O p e c a d o ex ig ira
o seu trib u to — os assírio s d e s tru íra m a N ação.
As m esm a s co n d içõ es d e e n fra q u e cim e n to p rev a lec ia m
q u a n d o J u d á d e sap a re ce u . Jeoacaz re in o u a p e n a s trê s m eses
antes d o F araó N eco tê-lo d e p o sto , lev a n d o -o p a ra o E gito e
colo cand o Je o aq u im em se u lu g ar. Je o aq u im tev e d e p a g a r
u m a g ra n d e q u a n tid a d e d e p ra ta e o u ro ao F araó N eco p a ra
reter su a p o sição co m o rei d a su a N ação. S u a se g u ra n ç a
d u ro u p o uco, p o rém : N a b u c o d o n o so r, d a B abilônia, in v a d iu -
a. A fra q u e z a e falta d e d e te rm in a ç ã o d o p o v o são ilu stra d a s
pelos sa q u es e in v asõ es d e exércitos co m o os d o s m o a b ita s e
am o rreu s. Je o aq u im s u b iu ao p o d e r, re in o u três an o s, e foi
lev ad o em d e sg ra ç a p a ra a B abilônia ju n to co m a s u a N ação
e teso uro s. O rei Z e d e q u ia s c o n se g u iu re in a r co m o vassalo
do s b ab ilô n io s d u ra n te o n ze anos. Ele te n to u re u n ir o p o v o d e
Ju d á a fim d e se reb e lar c o n tra a B abilônia, m as em vão. O s
b ab ilônios ce rc a ra m a c id a d e e d e rru b a ra m seu s m u ro s. As
tro p as d e s m o ra liz a d a s d e Z e d e q u ia s " fu g ira m d e n o ite pelo
cam in h o d a p o rta " (2 Reis 25.4).
A N ação p e rd e ra as su a s forças. O p e c a d o as c o n su m ira.
A P a lav ra a firm a a resp e ito d o fim trág ico d e Ju d á q u e o
S enhor ch eg o u ao p o n to " d e os rejeitar d a s u a p resen ça" (2
Reis 24.20).
P ecad o s se m e lh an te s ao s d e Israel e d e Ju d á en fra q u e -
cem a c u ltu ra, so la p a m a d e te rm in a ç ã o n acio n al e fazem d a
nação u m a p re sa fácil p a ra os in im ig o s terren o s. M esm o q u e
D eus n ão tiv esse ju lg a d o essas nações, o p o d e r d o p e c a d o p o r
si só as e n fra q u e ce ría ta n to q u e elas e m b rev e d e sap a re ce ri-
am .

P ecados Q u e E n fra q u e c e m

O E sp írito S anto n o s oferece u m a lista d o s p e c ad o s


c u ltu rais q u e e n fra q u e ce m e q u e p re c e d e rã o o c o la p so fin al d a
civilização co m o a conhecem os. A referên cia ao s " ú ltim o s
dias" n o s e n sin a q u e eles estão p o r te rm in a r p a ra a c u ltu ra
d em o n íaca d e sc rita p o r Paulo:
58 O ReAVIVAMENTOSATÂNICO
"Sabe, porém , isto: N os últim os dias sobrevirão
tem pos difíceis; pois os hom ens serão egoístas, avarentos,
jactanciosos, arrogantes, blasfem adores, desobedientes aos
país, ingratos, irreverentes, desafeiçoados, implacáveis,
caluniadores, sem dom ínio de si, cruéis, inim igos do bem,
traidores, atrevidos, enfatuados, antes am igos dos prazeres
que am igos d e Deus, tendo forma de piedade, negando-lhe,
entretanto, o poder. Foge tam bém destes. Pois entre estes se
encontram os que penetram sorrateiram ente nas casas e
conseguem cativar m ulherzinhas sobrecarregadas de
pecados, conduzidas de várias paixões, qu e aprendem
sem pre e jam ais podem chegar ao conhecim ento da verda-
de" (2 Tim óteo 3.1-7).

D ev em o s p a ra r aq u i p a ra v e r co m o esses p e c ad o s en fra-
q u e c em te rriv e lm e n te e d e stro e m a d e te rm in a ç ã o d e q u al-
q u e r c u ltu ra . N o te q u e esses v ersícu lo s d e scre v e m u m a
c u ltu ra e n d e m o n in h a d a . A p a la v ra g reg a kalepos u s a d a a q u i
tra d u z " te m p o s terrív eis" o u " h o m e n s v io le n to s", se n d o a
m e sm a p a la v ra q u e M a te u s e m p re g a p a ra d e sc re v e r o tor-
m e n to d o s d o is e n d e m o n in h a d o s g a d a re n o s. Esses term o s só
fo ra m e m p re g a d o s essas d u a s ú n icas v ezes n o N o v o T esta-
m en to .
" E g o ísta s." D escrev e u m ex ag ero d o "e u ". "E u so u o
p rim e iro . N in g u é m m ais im p o rta , c o n ta n to q u e e u p o ssa ter
o q u e q u e ro " . Isto c o n tra ria d ire ta m e n te a c u ltu ra forte,
s u s te n ta d a p elo a m o r a D eu s e a o u tro s.
" A v a re n to s ." C olossenses 3.5 re c o m e n d a aos c re n tes
q u e "fa ç a m m o rrer... a cobiça (que) é u m tip o d e id o la tria " .
Isto é o o p o sto d e a c h ar q u e " q u e m d á é m ais feliz d o q u e
q u e m recebe" (A tos 20.35, — BLH).
" Ja c ta n c io so s." O term o g reg o sig nifica e m p in a r o p eito
ao falar. E sta é a v e rb a liz a ç ão d o o rg u lh o , d ire ta m e n te o p o sta
à " m a n s id ã o e b e n ig n id a d e d e C risto " (2 C o rin tio s 10.1).
" A rro g a n te s ." V aid ad e, o o p o sto d a h u m ild a d e , é u m a
exibição a rro g a n te d e a u to -e stim a excessiva e, n o g eral, m an i-
festa d e s p re z o c o m p le to p elo s inferiores.
" B la s fe m a d o re s (A b u sa d o s)." S ig n ifica ,n e ste c a so , m al-
tra ta r o u tro s, seja p o r p a la v ra s o u ato s, tira n d o p ro v e ito d e
u m a p e sso a in ex p e rie n te o u m ais fraca p a ra se gratificar,
g e ra lm e n te a tra v é s d o a b u so verb al, físico o u sexual. O term o
Por Que as Nações Caem? 59
está asso ciad o à id éia d e se n tir p ra z e r ao m a g o a r o u tro s.
" D e s o b e d ie n te s ao s p a is." Isto é o o p o sto d a o b ed iên cia.
O b ed ecer é " m e lh o r d o q u e sa crifica r". S am u el a d v e rtiu S aul
q u e " a reb elião é com o o p e c a d o d e feitiçaria, e a o b stin ação é
com o a id o la tria " (1 S am u el 15.22,23). O p o n d o -se à a u to rid a -
d e c o n stitu íd a p o r D eu s a tra v é s d a re c u sa o u n e g lig ên cia a
o bedecer à q u e le s q u e têm a u to rid a d e so b re nós, q u e d e stró i
os fu n d a m e n to s básicos d a sociedade.
" In g ra to s ." São os q u e n ã o se n te m g ra tid ã o p e lo fav o r
recebido d e o u tro s. A p a la v ra tra n sm ite a id é ia d e u m a
a titu d e d o tipo: "v o cê tem o b rig ação d e faz e r isso".
" Irre v e re n te s ." A irre v erê n cia m o stra d e sco n sid e ra ç ão
d e lib e ra d a p elo q u e é santo. O s m o m e n to s s a g ra d o s são
escarnecido s co m m ald içõ es, blasfêm ias o u c o m p o rta m e n to
u ltrajante.
" D e s a fe iç o a d o s." A b o n d a d e e o a m o r p a ra co m o u tro s
é rejeitado. O ó d io , a v io lên cia e as p a la v ra s o u a to s b ru ta is
ficam inferid os.
" Im p la c á v e is." A titu d e s d e v in g an ç a , fo rte ira e ra n c o r
fluem d e u m co ração q u e n ã o p e rd o a , p ro fa n a n d o tu d o a q u ilo
em q u e toca (H eb reu s 12.15).
" C a lu n ia d o re s ." É o o p o sto d e e lo g ia r e c u m p rim e n ta r.
S ig n if ic a p r o n u n c i a r f a ls a s a c u s a ç õ e s o u m e n t i r
d e lib e ra d a m e n te acerca d e fatos p a ra p re ju d ic a r a re p u ta ç ã o
d e o u tra s p essoas. A q u eles q u e rec o rre m a essas táticas criam
u m v e rd a d e iro caos.
" S e m d o m ín io d e si." Essa p esso a é im p u ls io n a d a pelos
desejos ou em oções, sem lev a r em c o n ta as co n seq ü ên cias
p ara si m esm a o u o u tro s. O s a p e tite s p esso ais p re d o m in a m :
"Se tiv er v o n ta d e , faça". É o o p o sto d a a u to d isc ip lin a .
" C ru é is." A c ru e ld a d e d escrev e u m a d e sco n sid e ra ç ão
insensível, d e s a p ie d a d a e /o u m a ld a d e em relação a o u tro s. O
Dr. V ance H a v n e r d isse m u ita s vezes: "E u c o stu m a v a d iz e r
que a civilização está in d o p a ra o C ão; m a s n ã o falo m ais isso,
em c o n sid e raç ã o ao rein o can in o ." A s p e sso a s p o d e m ser
m ais cru éis q u e os anim ais. A s c id a d e s a te rro riz a d a s p elas
g an g u es d e ru a co n h ecem m u ito b em e sta v e rd a d e .
" In im ig o s d o b e m ." E sta frase d e scre v e os q u e a m a m o
m al e q u e fazem coisas p erv ersas, p ecam in o sas.
60 O Reaviv amento Satánico
" T ra id o re s ." A traição d e sc re v e a q u ilo q u e p a re c e
con fiável e b o m su b ita m e n te d e sa p a re c e n d o d ia n te d e você.
Significa tra ir u m a co n fian ça o u m o strar-se desleal.
" A tre v id o s." É o o p o sto d a p esso a sábia, p ru d e n te e
c o n sid e ra d a . D escreve ato s irrefletid o s q u e n ã o lev a m em
c o n ta as c o n seq ü ê n c ia s p a ra ou tro s.
" E n fa tu a d o s ." D escreve u m a o p in iã o ex cessiv am en te
a lta d e si m esm o , q u e im p lica em d e sp re z o p e lo p ró x im o . O s
o u tro s sã o c o n sid e ra d o s com o m u ito inferiores.
" A n te s a m ig o s d o s p ra z e re s q u e a m ig o s d e D e u s ." É
o u tro m o d o d e d e scre v e r os q u e fazem d o p ra z e r p e sso a l o
se u D eus. S e n tim en to s d e p ra z e r o c u p a m o p rim e iro lu g a r
e m seu s p e n sa m e n to s e atos. O in teresse d e n o sso p a ís n o
sexo, b e b id a s e coisas m ate ria is in d ica q u e v a lo riz a m o s o
p ra z e r acim a d a m o ra lid a d e pessoal.
" T e n d o fo rm a d e p ie d a d e , n e g a n d o -lh e , e n tre ta n to , o
p o d e r." A fo rm a relig io sa su b stitu i a re a lid a d e g e n u ín a e
in te rio r d e u m a fé p esso al e m D eus. A s e x p ressõ es relig io sas
d e ssa s p e sso a s n ã o d ã o e v id ê n c ia d e u m a v id a re g e n e ra d a
q u e foi tra n s fo rm a d a p o r u m a fé sa lv a d o ra no S e n h o r Jesus
C risto.
Q u a n d o q u a lq u e r c u ltu ra com eça a m a n ife sta r esses
sin to m a s n a v id a d e se u p o v o , as se m e n tes d o e n fraq u ecí-
m e n to fo ra m se m e a d a s e estão c ria n d o raízes. Q u a n to m ais
p e c a d o ra a c u ltu ra se to rn a, tan to m en o s resistên cia ela tem .

3. A d e te rm in a ç ã o d e D e u s é so b e ra n a .

O terceiro e stág io d a q u e d a d e u m a n ação tem a v e r com


o ju ízo s o b e ra n o d e D eus. Este é o fato r final, decisivo. C o m
relação a Israel e Ju d á, o D eu s o n ip o te n te e e te rn o o lh o u p a ra
a reb elião d e ssa s N açõ es e d e c id iu fazê-las perecer.
E m b o ra os h isto ria d o res seculares, filósofos e g o v e rn a n tes
te rre n o s talv e z n ã o a d m ita m este fato, ele p e rm a n e c e ab so lu -
to: o D eu s d a h istó ria e d a e te rn id a d e n ã o p o d e se r d e safiad o .
A s n açõ es e stã o em S uas m ãos.
O sa lm ista d e c la ra a resp e ito d o s reis e n açõ es q u e se
reb e lam c o n tra D eus:
"D o seu trono lá no céu o Senhor ri e zom ba deles.
Por Que as Nações Caem? 61

Então, m uito irado, fala com eles e os assusta com o


seu furor.
D eus diz: Já coloquei o m eu rei no trono lá em Sião, no
m eu santo m onte" (Salmo 2.4-6 — BLH).

M an assés re in o u 55 an o s co m terrív el p e rv e rsid a d e ; e


a p esar d e u m re a v iv a m e n to sob Josias, o n e to d e M anassés,
esta n o ta so b e ra n a d o co n tro le d e D eu s n o s faz refletir:

"M as a ira terrível do D eus Eterno havia sido


provocada contra Judá por causa das coisas que o rei
M anassés havia feito" (2 Reis 23.26 — BLH).

D eus d e c la ra a S ua d ecisão so b re d u a s d a s m aio res


nações d a história:
"Também a Judá removerei de diante de mim , como
removí Israel (v.27a, ênfase acrescentada).

Em v ista d o p a d rã o estab elecid o p o r u m D eu s o n ip o te n -


te no Seu tra to co m as nações, a c re d ito q u e n o sso p ró p rio p aís
está em g ra n d e perig o . Este fato r p o r si só d e v e ria m o tiv a r os
crentes em n o sso p aís à oração, a rre p e n d im e n to e a iniciar
u m a c a m p a n h a e m d ireção a u m re a v iv a m e n to rev o lu cio n á-
rio. N o ssa jan ela d a o p o rtu n id a d e está se fec h a n d o ra p id a -
m e n te —m as, g raças a D eus, ela a in d a e stá ab erta. A s p esso as
q ue estão d isp o sta s a fazer u so d a s a rm a s p ro v id a s p o r D eu s
p o d e m c o n f r o n t a r o r e a v i v a m e n to s a tâ n ic o c o m u m
rea v iv am e n to e sp iritu a l p ro d u z id o e c a p a c ita d o p elo S enhor.
N o s c a p ítu lo s seg u in tes, v e re m o s co m o p o d e m o s fazer
isso acontecer.
PARTE II

Confrontando os Poderes das Trevas

4. Confrontando a Atividade Demoníaca


5. Preparando o Cenário para o Reavivamento
6. Rompendo os Grilhões
7. Onde Começar
8. Tocados pelo Fardo de Deus
9. Tocados pela Promessa de Deus
C on fron tan do a
A tiv id a d e D e m o n ía c a

"Restabelece-nos, ó D eus da nossa salvação, e retira de


nós a tua ira. Estarás para sem pre irado contra nós?
Prolongarás a tua ira por todas as gerações? Porventura não
tornarás a vivificar-nos, para que em ti se regozije o teu
povo?" (Salmo 85.4-7).

Q u a n d o as c u ltu ra s e nações se to rn a m e n d e m o n in h a d a s,
o q u e o p o v o d e D eu s p o d e fazer? O q u e p o d e e n fre n ta r tal
controle d e m o n ía co d e sa tre la d o e m a n d á -lo retirar-se? Q u a l
a resp o sta d o c ristão p a ra a re to m a d a d o sa ta n ism o e m n o sso
m undo?
Em S u a v id a terren a , o S en h o r Jesus C risto e n fre n to u a
ativ id a d e d e m o n ía ca p ela p e sso a e p o d e r d o E sp írito Santo.
Três escrito res d o s e v a n g elh o s re g istra m os tristes d e ta lh e s
das p a la v ras d ita s p e lo s fariseus: "E ste n ã o ex p ele d e m ô n io s
senão p elo p o d e r d e B elzebu, m aio ral d o s d e m ô n io s" (M ateus
12.24).

O M é to d o d e Je su s

O S en h o r Jesus C risto im e d ia ta m e n te Se d irig iu ao ab-


su rd o d a s su a s acusações co m lógica p o d e ro sa . O S a lv a d o r
revelou n esse p ro cesso co m o Ele e x p u lsa os d em ô n io s:

"M as Jesus sabia o que eles estavam pensando e disse:


O país que se divide em grupos que lutam entre si certam en-
te será destruído. E a cidade ou fam ília que se d iv id e em

-65 -
66 O REAVTV AMENTO SATÂNICO

grupos que lutam entre si tam bém será destruída. Assim, se


no reino de Satanás um grupo está com batendo contra
outro, isso q uer dizer que esse reino já está d ividido e logo
vai desaparecer. Vocês dizem que eu expulso dem ônios
p orque Belzebu me d á po der para fazer isso. Então, quem
d eu po d er aos seguidores de vocês para expulsarem
dem ônios? Assim, os seus próprios seguidores provam que
vocês estão com pletam ente enganados! Não; quem m e dá
po d er para expulsar dem ônios é o Espírito de Deus, e isso
prova que o Reino de D eus já chegou a vocês" (M ateus
12.25-28, ênfase acrescentada — BLH).

O rela to d e L ucas, d e ste m esm o e v e n to , fala d o E sp írito


S an to co m o se n d o o " d e d o d e D eu s" (E d.R evista e A tu a liz a-
d a, SBB). O s reg istro s d o s e v a n g elh o s in d ic a m a in d a com o
u m a c u ltu ra e n d e m o n in h a d a p o d e ser lib e rta d e sse c a tiv eiro
tão terrível:

"N inguém pode entrar na casa de um hom em valente


e rou b ar o que ele tem, sem prim eiro am arrá-lo. Som ente
assim pod erá levar o que ele tem em casa" (M ateus 12.29 —
BLH).

A n a rra tiv a d e L ucas to rn a as p a la v ra s a in d a m ais en ér-


gicas:
"Q u ando u m hom em valente e bem arm ado g u ard a a
sua p rópria casa, tudo o que ele tem está seguro. Mas,
quan d o um hom em m ais forte o ataca e vence, leva todas as
arm as em que o outro confiava e reparte tud o o que tom ou
dele" (Lucas 11.21,22 — BLH).

E sses tex to s estab elecem o fato d e os d e m ô n io s se re m


d e rro ta d o s e e x p u lso s p e la o b ra p o d e ro s a d o E sp írito S anto.
Ele é a q u e le " m a is fo rte" q u e co n seg u e v e n c er o fo rte rein o
d a s trev as. O E sp írito S anto é q u e m d e rru b a to d a s as defesas
d e S a tan á s e ro u b a, d a casa d o d iab o , to d o s os q u e ele m a n té m
e m cativ eiro .

Um Equilíbrio Necessário
M in h a e x p e r iê n c ia d e a c o n s e lh a m e n to a p e s s o a s
e n d e m o n in h a d a s tem d e m o n s tra d o fre q ü e n te m e n te a im -
p o rtâ n c ia d o m in isté rio d o E sp írito S an to n a lib e rta ç ão d a
Confrontando a Atividade Demoníaca 67
pesso a p e rtu rb a d a . O a p ó sto lo T iago d á in stru ç õ e s ao s
crentes: "E n fre n te m o d iab o , e ele fu g irá d e v o cês" (Tiago 4.7b
— BLH). E sse é u m fo rte im p e ra tiv o p a ra to d o cristão
p raticar, m as jam ais d e v e m o s e sq u ec e r q u e ele é im e d ia ta -
m en te p re c e d id o e se g u id o p o r exigências ig u a lm e n te fortes.

"Portanto, obedeçam a Deus... C heguem perto d e D eus


e ele chegará perto de vocês. Lavem as mãos, pecadores!
Lim pem os seus corações, hipócritas! Fiquem tristes, gritem
e chorem. M udem o seu sorriso em choro e a sua alegria em
tristeza. H um ilhem -se diante do Senhor, e ele os porá num a
posição de honra" (Tiago 4.7a,8-10 — BLH).

T iago u sa sete p a la v ra s p a ra c h a m a r os c re n te s p a ra
resistir a g re ssiv a m e n te ao d iab o , m as 52 p a ra n o s c h a m a r ao
a rre p e n d im e n to e p e rm itir q u e o E sp írito S an to p u rifiq u e as
nossas v id as. N u m a sim p les o p e ra ç ã o m ate m á tic a , é q u a se
oito v ezes m ais u rg e n te c e d er a D eu s d o q u e resistir a o diabo.
E sse é u m b o m lem b rete d a im p o rtâ n c ia d e m a n te r n o ssa
p ersp ectiv a n a g u e rra e sp iritu a l. P e rm itir q u e o E sp írito
Santo c o n tro le to d o o n o sso ser é o p ré -re q u isito p a ra resistir
efetiv am en te ao diabo.

A m a io ria d o s co n selh eiro s d e p e sso a s e n d e m o n in h a d a s


acha q u e e sta a d v e rtê n c ia d e T iago re p re s e n ta u m eq u ilíb rio
m u ito necessário . A lib ertação d o co n tro le d e m o n ía c o exige
q ue to d a s as áreas d e reb elião p e c am in o sa sejam c o n fe ssa d as
e p u rificad as p elo sa n g u e d e C risto. S u b m eter-se à santificação
do E sp írito S an to e ser cheio p o r Ele é u m in g re d ie n te essen-
ciai n esse p ro cesso d e red en ção . Q u a n d o isto acontece, a
libertação d o c re n te e stá p ró x im a.
U m a c o m b in ação d e e x p eriên cias d e a c o n se lh am e n to
difíceis a te sta a im p o rtâ n c ia d e ssa v e rd a d e . A lib e rta ç ão d o
d o m ín io d a s tre v a s n ã o acontece a té q u e os c re n te s tra te m
sincera e p ro fu n d a m e n te com os p ro b le m a s d e p e c a d o q u e
d eram o rig in a lm e n te lu g a r ao co n tro le d e S atan ás. Im p o rta n -
te nesse asp ecto é o co n v ite su b m isso p a ra q u e o E sp írito
Santo tra g a c u ra a tra v é s d a o b ra c o n s u m a d a d e C risto n o
in d iv íd u o . Q u a n d o isso ocorre, a resistê n c ia às tre v a s é
tre m e n d a m e n te eficaz.
68 O R e Aviv am ento Satánico
Q u e b r a n d o o C o n tro le

O c o n fro n to em o ração q u e se se g u e a esse tra ta m e n to d o


p e c a d o e d a su b m issã o a D eu s é g e ra lm e n te d ra m á tic o e os
re s u lta d o s são excelentes p a ra a p e sso a p e rtu rb a d a . E u q u a se
s e m p re o ro assim :

N o nom e do Senhor Jesus Cristo e pelo p o d er do Seu


sangue, convido o Espírito Santo a sondar qualq uer dom ínio
das trevas em qualquer área da pessoa e do ser de Tom.
Sonde o nível do consciente, do subconsciente e do inconsci-
ente da m ente, da vontade, das emoções e do corpo d e Tom,
e controle-o po r inteiro com a plenitude do Espírito Santo.
N o nom e do Senhor Jesus Cristo, exigimos que todos os
poderes dem oníacos cedam o seu controle ao Espírito Santo
e que vão im ediatam ente para onde o Senhor Jesus Cristo os
enviar.

Q u a n d o o p e c a d o é tra ta d o e su rg e a su b m issã o a D eus,


as tre v a s d e to rm e n to são q u e b ra d a s p e la resistência. A
b a ta lh a a rd e n te term in a . A lib ertação v e m e o n d a s d a p a z
in te rio r d o E sp írito S anto s u b stitu e m o d o m ín io m e d o n h o d o
m al.
A o b ra p o d e ro sa d o E sp írito S anto n a v id a d o in d iv íd u o
ilu s tra o q u e d e v e ac o n te c er p a ra in v e rte r os efeito s d o
re in a d o d e S a tan á s so b re u m a c u ltu ra . Q u a n d o o p e c a d o e a
p e rv e rs id a d e h u m a n o s d ã o a S a tan á s co n tro le p o d e ro so so-
b re to d a u m a c u ltu ra, re m é d io s fracos jam ais se rã o suficien-
tes. A fo rça a v a ssa la d o ra d e S atan ás p a ra o m al n ã o é fácil-
m e n te d esalo jad a. Esse e n trin c h e ira m e n to p ro fu n d o exige
" u m m a is v a le n te " p a ra e n fre n ta r esse "v a le n te " em to d a s as
á re a s d e se u rein a d o .

E s tu d o s s o b re a M a n ife sta ç ã o d e P o d e r

O u v im o s e lem o s em an o s recen tes so b re "m a n ife sta ç ã o


d e p o d e r n o e v a n g elism o ", " m a n ife sta ç ã o d e p o d e r n a liber-
tação" e "m a n ife sta ç ã o d e p o d e r n o crescim en to d a igreja". A
m a io r p a rte d esses escrito s p ro c e d e d e c a m p o s m issio n ário s,
o n d e a p o p u la ç ã o reco n h ece p le n a m e n te os m a u s e sp írito s e
os p o d e re s m alig n o s. Eles c o m p re e n d e m q u e seres e sp íritu -
Confrontando a Atividade Demoníaca 69
ais m alig n o s p o d e m c e g ar as pessoas, im p e d in d o -a s d e crer
no ev an g elh o , e q u e p o d e m aflig ir as p e sso a s c o m a su a
opressão. O Dr. T im o th y W arn er, e m su a s p a le stra s realiza-
d as em 1988 n o S e m in ário T eológico F u ller so b re o C resci-
m ento d a Igreja, d e fin iu a ex p re ssã o "m a n ife sta ç ã o d e p o d e r"
com estas p a la v ra s b em escolhidas:

A m anifestação de po d er é a dem onstração, p o r parte


dos servos de Deus, da "suprem a grandeza do seu p o d er
para com os que cremos" (Efésios 1.18), baseada na obra de
Cristo na cruz (Colossenses 2.15) e no m inistério do Espírito
(Atos 1.8), confrontando e derrotando a obra d e Satanás e
dos dem ônios (Lucas 10.19) em seus ataques sobre os filhos
de Deus, ou o seu controle dos incrédulos resultando na
glória de D eus, e na salvação dos perdidos e / o u na
edificação dos crentes.1

C. P e ter W ag n er, u m e x-m issionário, leciona a tu a lm e n te


na Escola d e M issões M u n d ia is d o S em in ário F uller, so b re o
crescim ento d a igreja. Ele escrev eu e x te n siv a m e n te a resp e ito
do m in isté rio d a m an ifestação d e p o d e r e e s tu d o u especial-
m ente co m o e sta a b o rd a g e m afeta a ev a n g eliz a ç ã o d o m u n d o
e o crescim en to d a igreja. A m a io ria d a s d eclaraçõ es n o s
artigos e liv ro s d e W a g n er é c a u te lo sa e e x p lo ra tó ria . O
E vangelical M is s io n s Q u a rte rly , d e ju lh o d e 1989, inclui u m
artigo d e o n z e p á g in a s d o Dr. W a g n er in titu la d o "E sp írito s
T errito riais e M issões M u n d ia is" ("T errito rial S p irits a n d
W orld M issions"). Ele d o c u m e n ta o seu a rtig o com in ú m e ra s
táticas d e m an ifestação d e p o d e r q u e estão s e n d o u sa d a s n o s
cam pos m issio n á rio s em to d o o m u n d o . D estaca q u e este
conceito v ita l é rela tiv a m e n te n o v o e q u e n ã o existe a in d a u m
consenso ev an g élico so b re o assu n to .
O Dr. T im o th y M. W arn er, o u tro líd e r m issio n á rio q u e
escreve e fala so b re a m an ifestação d e p o d e r, d irig e p re se n te -
m en te a E scola d e M issões M u n d ia is e E v a n g e lism o n a
T rinity E van gelical D iv in ity School, e m D eerfield , Illinois.
Seu m in isté rio a n te rio r e ra em S erra Leoa, n a Á frica O cid en -
tal. Ele la m e n ta u m a situ ação m u ito c o m u m , fam iliar à
m aioria d o s m issionários:

Faço um retrospecto de m inha própria experiência


70 O ReAVIVAMENTOSATÂNICO
m issionária em um a tribo na África O cidental com um a
com binação de tristeza e incredulidade, pois tentei m inistrar
ali sem praticam ente com preender seja o ensino bíblico
sobre dem ônios ou a realidade do m undo dem oníaco para o
povo com quem eu vivia e trabalhava.
Em bora eu falasse sobre o assunto depois dos anos que
passei na África e continuasse a estudar o tem a, foi só neste
ano (1986) que ousei ensinar um curso sobre ele. A reação
dos m issionários durante as aulas tem sido extraordinaria-
m ente positiva. M uitos expressaram idéias tais como, "Se
pelo m enos tivesse feito este curso antes de ir para o
cam po!"2

O u tro s e ru d ito s ev an g élico s estão ta m b é m e n sin a n d o e


e scre v e n d o so b re este a ssu n to . O D r. C. F red D ickason,
p re s id e n te d o d e p a rta m e n to d e teo lo g ia d o In stitu to Bíblico
M o o d y , lecio na e x te n sa m e n te a resp e ito d a b a ta lh a e sp iritu a l
e e scre v e u o liv ro P ossessão D em oníaca e 0 C ristã o ("D em o n
P o ssessio n a n d th e C h ristian "). O Dr. Ed M u rp h y , d a O v erseas
C ru sa d e s, ex -p ro fesso r d e m issõ es n a U n iv e rs id a d e d e Biola,
g ra v o u u m a série so b re a g u e rra e sp iritu a l e m m o ld e s bíblicos
e e q u ilib ra d o s. O s D rs. G o rd o n L ew is d o S em in ário D en v er,
G e ra ld E. M C G raw d a U n iv e rsid a d e Bíblica d e T occoa Falls,
N eil A n d e rs o n d o S e m in ário T albot e d a U n iv e rsid a d e d e
Biola, e V ictor M a th e w s d e G ra n d R ap id s, M ich ig an , são
o u tro s e ru d ito s ev an g élico s n o táv e is q u e rea liz a m e s tu d o s e
tra b a lh o s c riativ o s nesse cam p o . E xistem in ú m e ro s o u tro s,
e s to u certo. M eu p o n to é, p o rém , este: o S e n h o r p a re c e e sta r
le v a n ta n d o c u id a d o sa m e n te e ru d ito s ev an g élico s p a ra ofere-
cer o rie n ta ç ã o n e sta área. U m asp ecto assim im p o rta n te
m erece a m e lh o r p e rsp e c tiv a h istó rica e bíblica d isp o n ív e l p o r
p a rte d e e ru d ito s p re p a ra d o s.

E x p e riê n c ia d e M a n ife sta ç ã o d e P o d e r co m M u ç u lm a n o s

R u th V eld c am p se rv iu co m o m issio n á ria ju n to à Igreja


C ristã R efo rm ad a, n a R egião C en tro -L este d a N ig éria, n a
Á frica, p o r m ais d e v in te anos. D ep o is d e e x a m in a r p e rio d i-
c a m en te o seu trab alh o , o D eão H ochstetler, d a Igreja M enonita,
c h a m o u -a d e "m issio n á ria m ais eficiente d o m u n d o p a ra os
m u ç u lm a n o s" . O su cesso d o se u m in isté rio e n tre os m u ç u l­
Confrontando a Atividade Demoníaca 71

m an o s e stá d ire ta m e n te rela cio n a d o co m u m a a b o rd a g e m d o


ev an g elism o a sso ciad a à m an ifestação d e p o d e r.
N o s p rim e iro s an o s d e seu tra b a lh o m issio n á rio , R u th
o b serv o u q u e p o u c o s m u ç u lm a n o s se c o n v e rtia m a C risto.
A lg un s fo ra m g an h o s, m as a m a io r p a rte e ra jo v em e tem ia
d eclarar s u a fé d ia n te d a c o m u n id a d e m u ç u lm a n a . P e rtu rb a -
d a com o len to p ro g re sso , R u th co m eço u a p e rc e b e r q u e os
m u çu lm a n o s n ã o se a c h eg a ria m a C risto e m g ra n d e n ú m e ro ,
a n ão ser q u e os se u s líd e res relig io so s, os "M a llín ", os
guiassem . Eles e s tu d a ra m o A lcorão e são c o n s id e ra d o s com o
a u to rid a d e s em a ssu n to s esp iritu ais.
Em seu s an o s d e tra b a lh o com os m u ç u lm a n o s, R u th
co n v en ceu -se d e q u e o islam ism o é esse n c ialm e n te a n im ista
e esp iritista; os M allín "in e v ita v e lm e n te tiv e ra m a lg u m con-
tato com os p o d e re s o cu lto s". M u ito s d eles p ra tic a m feitiçaria
e m ag ia co m o p a rte in te g ra n te d o sistem a relig io so m u ç u lm a -
no. Ela c o m p re e n d e u q u e esses líd eres e sta v a m d e tal m an ei-
ra lig ad o s à s u a m ag ia e le a ld a d e s relig io sas q u e p a ra alcançá-
los seria n ecessário co n fro n tá-lo s co m u m a p o d e ro s a m an ifes-
tação d o p o d e r d e D eus. N ã o se ria p o ssív el atin g i-lo s a tra v é s
d a lógica o u d a arg u m e n ta ç ã o .
E n q u a n to o ra v a a resp eito , o S e n h o r a lev o u a té Ê xodo
17, o n d e M oisés, A rão e H u r in te rc e d e ra m n o alto d o m o n te
e n q u an to Josu é e os israelitas lu ta v a m co m os a m a le q u ita s no
vale. E n q u a n to M oisés o rav a, a b a ta lh a lh es e ra fav o ráv el,
m as q u a n d o ele se c a n sa v a e d e ix a v a d e in te rce d e r, o in v erso
ocorria. Só co m a a ju d a d e A rão e H u r M oisés p ô d e c o n tin u a r
a in tercessão e a sse g u ra r a vitória.
R u th d eclara: "P ensei, en tão , talv e z seja esse o segredo!
Escrevi p a ra casa, p a ra to d o s os q u e e sta v a m m e p a tro c in a n -
do e p e d i g u e rre iro s d e o ração q u e e stiv e sse m d isp o sto s a
orar to d o s os d ias p a ra q u e S atan ás fosse a m a rra d o e q u e
igrejas s u rg isse m n as c o m u n id a d e s m u ç u lm a n a s, p e rm a n e -
cessem n essas c o m u n id a d e s e d e sse m te s te m u n h o d e C risto
ali."
C em p e sso a s se c o m p ro m e te ra m , d e im e d ia to , a o ra r
d iariam en te. O n ú m e ro a u m e n to u a g o ra p a ra m ais d e 250.
Ela e n v ia relató rio s m en sais, in c lu in d o os n o m e s d a q u e le s
qu e sen te se re m a ch av e p a ra o a v an ço desejad o . Q u a n d o
72 O ReAviv amento Satânico
p e d iu o a p o io e m o ração p ela p rim e ira vez, coisas n o táv e is
c o m e ç a ra m a acontecer.
C o m o D eu s re s p o n d e u a essas orações p a ra a m an ifesta-
ção d e p o d e r, a fim d e d e rru b a r as fo rta le z as d a s tre v a s q u e
d o m in a v a m os M allín?
R u th diz: "E le fez isso d o ú n ico m o d o c o m p re e n d id o
p elo s feiticeiros m u çu lm a n o s. D eu s lh es d e u so n h o s e v isões
d ire ta m e n te . O p rim e iro co m q u e m e n tre i em c o n ta to foi
S ta zu (n o m e v e rd a d e iro m u d a d o ). Ele tev e u m a série d e
q u a tro s o n h o s o u visões. N u m deles, u m v e rsíc u lo d o
A lco rão se ilu m in o u , d e sta c an d o -se p a ra ele, o q u a l d iz ia q u e
to d o s os h o m e n s d e v e ría m fo rm a r u m a só c o m u n id a d e . O
v e rsíc u lo ta m b é m d iz ia q u e se n ã o fosse p ela P alavra de D e u s,
eles teriam sid o ju lg a d o s p o rq u e tin h a m o p in iã o d iferen te.
S ta zu sabia, p e la convicção d o E spírito S anto, q u e a P a la vra de
D e u s e ra u m d o s títu lo s d a d o s a Jesus, n o A lcorão.
Em o u tra v isão , S ta zu v iu u m m u ç u lm a n o c u rv a n d o -se
em seu ritu a l d e o ração d iário . U m a v o z p o d e ro sa tro v ejo u
p a ra ele: 'E ste h o m e m c o n tin u a sob c o n d e n a ç ã o '. N ã o é
p o ssív el se r m u ito m ais explícito d o q u e isso."
R u th acrescenta: "T o d o M allín q u e se to rn o u cristão tev e
u m a v isão. O tem a c o m u m d e c a d a v isão é q u e a salv ação só
v e m a tra v é s d e Jesus C risto."
Isto ilu s tra o c o n fro n to d o p o d e r d e D eu s co m os e n g a n o s
d o so b re n a tu ra lism o m alig n o . A g u e rra e sp iritu a l a tra v é s d a
o ração re s u lto u n a a b e rtu ra d esejada.
O re la to d e R u th so b re a c o n v ersão d e S ta zu é vivido:
"E sse h o m e m e ra u m bruxo. C o m o M allín, S ta zu h a v ia feito
feitiçaria e lan ç a d o m ald içõ es q u e to rn a ra m trê s p e sso a s
c o m p le ta m e n te in san as. Elas tira ra m to d a a ro u p a ; n ã o
sa b ia m o q u e e sta v a aco n te c en d o ao seu re d o r e co m e ç a ra m
a a n d a r n u a s a tra v é s d a s c id a d e s em u m e s ta d o lam e n tá v e l.
D ep o is d e se to rn a r cristão, S ta zu co n v en ceu -se d e q u e
d e v e ria faz e r alg o p a ra re v e rte r a situ a ç ão d e ssa s p essoas.
S u a p rim e ira reação foi d e sfa z e r o en c an to co m o o faria
q u a n d o a in d a e ra feiticeiro. E u tive a sen sação d e q u e isso
c a u sa ria m ais p ro b le m a s d o q u e ele p e n sav a . D isse-lhe então:
'V ocê p o d e p e rfe ita m e n te d e sfa z e r tu d o , m as d e m a n e ira
d ife ren te d o q u e faria a n te s.' "
Confrontando a Atividade Demoníaca 73
R u th a p re n d e ra , a tra v é s d e seu e s tu d o d a b a ta lh a esp iri-
tual, q u e o p o d e r d o S en h o r Jesus C risto e S u a o b ra c o n su m a -
d a p o d e m can celar as m ald içõ es e b ru x a ria s d e S atanás.
" N o fim , S ta zu foi até o local o n d e se a c h av a o 'm a te ria l'
q u e u sa ra p a ra o rito d e m aldição. O ro u so b re ele no n o m e d o
Senhor Jesus C risto e d e s tru iu tu d o . N a m esm a n o ite e m q u e
fez isso, os trê s 'lo u c o s ' v o lta ra m ao n o rm al. P o d e m im a g in a r
o im p acto q u e isso c a u so u n u m a so c ie d a d e m u ç u lm a n a ,
anim ista, n a q u e la s c id a d e s africanas?"

O u tra A b e rtu ra M u ç u lm a n a m e d ia n te a M a n ife sta ç ã o d e


Poder

G e ra ld E. O tis se rv iu c o m a A liança C ristã e M issio n ária


(C hristian a n d M issio n ary A lliance), n as F ilip in as, d e sd e
1967. Ele c o n ta so b re A h m a d , 85% ile tra d o , q u e e ra u m cren te
novo n u m a a ld e ia d e p e sca d o re s m u ç u lm a n o s ao su l d as
Filipinas. V árias p e sso a s d o p o v o a d o o d esafiaram : — Se você
co n seg u ir e x p u lsa r o d e m ô n io d e s ta m u lh e r, cre re m o s since-
ram en te e v a m o s ac eita r n a m esm a h o ra a fé e m Jesus C risto .3
Ele aceito u o d esafio e foi m a rc a d a a h o ra d o co n fro n to .
A h m ad p a sso u m u ito te m p o e s p e ra n d o n o S e n h o r e confian-
do nE le p a ra o b te r sa b e d o ria e a p rese n ç a e o p o d e r d o E spírito
Santo. N o d ia m arc ad o , A h m a d , sem h esitação , n o n o m e do
Senhor Jesu s C risto, c o n fro n to u os p o d e re s q u e c o n tro la v a m
a m u lh er. Eis o q u e aconteceu:

Palavras saíram de seus lábios, indicando a batalha que


viria. "Você não é nada. Posso comê-lo vivo", disse um a
voz de dentro da mulher. "O único de quem tenho m edo é o
Santo em seu interior", continuou a voz.

E n q u a n to to d o s os o lh o s se fix av am nele, A h m a d o rd e-
n ou ao d e m ô n io q u e saísse n o n o m e d e Jesu s C risto , o
Salvador.
O d e m ô n io falo u n o v am en te: "Sim , v o u e m b o ra ."
D ep o is d e co n to rcer-se e lu ta r d u ra n te a lg u m tem p o , o
q ue a d e ix o u a p a re n te m e n te sem v id a , a m u lh e r a c o rd o u
c o m p le ta m en te só b ria e sen sata, to ta lm e n te liv re d o s g rilh õ es
de S atan ás.4
74 O REAVI VAMENTO SATÂNICO

N o d ia seg u in te, os d e safiad o re s fo ra m à casa d e A h m a d ,


co n fe ssa ra m seu s p ecad o s, a rre p e n d e ra m -s e e rec e b e ra m o
S e n h o r Jesus C risto co m o se u S a lv ad o r e S enhor. E ste con-
fro n to c o n tin u a a a m p lia r a o b ra d e C risto n o m u n d o m u çu l-
m a n o n a q u e la reg iã o d a s Filipinas.

D e sa fio s ao J e su s d e A b o u

L o ren E ntz, u m m issio n á rio fu n d a d o r d e igrejas, m em -


b ro d a M issão In te rm e n o n ita p a ra a Á frica (A IM M ) e m
O ra d a ra , B u rk in o Faso, c o n ta a h istó ria d e u m feiticeiro
m u ç u lm a n o , A b ou . D ep o is d e o u v ir u m te s te m u n h o e m fita
cassete feito p o r u m ex -líd er m u ç u lm a n o q u e h a v ia ex p eri-
m e n ta d o salv ação em Jesus C risto, A b o u se n tiu o c h a m a d o
p o d e ro s o d e D eu s p a ra q u e ele seg u isse o "c a m in h o d e J e su s" .
Ele d e s tru iu to d o s os seu s m ate ria is d e m a g ia e d e p o is d e
cinco d ia s a g o n iz a n te s e n c o n tro u p a z c o m o S e n h o r Jesus
C risto. Isto foi s e g u id o d e u m a d o e n ç a d e u m m ês, q u e A b o u
c h a m a d e " m in h a ex p eriên cia d e p u rificação ". C o n sid e ro u
a q u e le u m p e río d o o p o rtu n o p a ra o a rre p e n d im e n to e p a ra
liv ra r-se d e to d o o m al q u e fizera. D u ra n te e sse m ês, m issio-
n á rio s d a A IM M se n ta ra m -se co m ele, o ra ra m e lera m a Bíblia
p a ra ele.
Q u a n d o A b o u sa ro u , q u is a rd e n te m e n te c o m p a rtilh a r a
s u a n o v a fé. O s m issio n á rio s e n sin a ram -n o , d e ra m -lh e auxí-
lios v isu a is p a ra u s a r e o en c o ra ja ra m a d a r teste m u n h o . Isto
lev o u a u m d esafio a b e rto d o s fetich istas d a a ld e ia p a ra
p ro v a r q u e o p o d e r d o Jesus d e A b o u e ra m a io r q u e o deles.
Eles e n v e n e n a ra m a c o m id a d e A bou, m as ele o ro u so b re ela,
c o m e u e n ã o so fre u q u a is q u e r c o n seq ü ên cias d a n o sas. E n tz
re g istra a p a rte se g u in te d o teste:
Os anciãos, então, levaram -no para seus lugares
sagrados, m ais tarde naquela noite. A bou foi colocado perto
de um enorm e buraco.
O s seis anciãos ficaram sentados do outro lado do
buraco. Fogo saía da terra. U m assobio especial fez surgir
abelhas venenosas do abism o para fazerem mal contra
Abou. Mas, novam ente sem sucesso. A bou não podia ser
detido nem prejudicado.
Eles tinham ainda um teste, do qual ninguém escapara
antes.
Confrontando a Atividade Demoníaca 75
Os velhos assobiaram pela segunda vez e um a enorm e
cobra de 45 centím etros de diâm etro surgiu. Ela foi na
direção d e A bou, tentando em purrá-lo para a cova com o
inúm eros outros antes dele haviam sido em p urrad o s e
desapareceram . M as a cobra só conseguiu roçar a sua perna
e depois caiu no abismo. N ão havia dúvidas sobre quem
detinha o m aior poder. O poder d e Deus, operando através
de A bou, era superior ao das feitiçarias dos anciãos da
aldeia. A bou pregou Jesus a eles durante o resto da noite até
a m adrugada, quando voltou a O radara.5

U m s e g u n d o e n c o n tro o c o rre u e n tre A b o u e u m g ru p o


de feiticeiras q u e a firm a v a m q u e os se u s p o d e re s e ra m m ai-
ores d o q u e os p o d e re s m ágicos d o s h o m en s. A v itó ria so b re
as m u lh e res n o c o n fro n to tam b é m lev o u a u m a n o ite d e
pregação d o S en h o r Jesus C risto. F atim ata, a feiticeira-chefe,
foi m ilag ro sa m e n te c o n v e rtid a . C o m o a p e sso a m ais influen-
te n a ald eia, a su a co n v e rsã o lev o u m u ito s à fé sa lv a d o ra.
O d esafio se g u in te foi feito p o r M ak o u ra , c o n sid e ra d o
com o a p esso a m ais p o d e ro sa em to d a a Á frica. S ua fo n te d e
p o d e r e ra u m e sp írito m alig n o esp ecial q u e a c a p a c ita ra a
m atar c e n ten as d e p e sso a s com su a s m aldições. Ela n ão
qu eria q u e o Jesu s d e A b o u tivesse su cesso n a su a esfera.
O s m issio n á rio s A IM M o ra ra m m u ito co m A b o u an tes
que ele aceitasse o desafio d e M ak o u ra. Ele re u n iu u m
g rav a d o r d e fita cassete, fitas, ilu straçõ es bíblicas e u m a m u d a
de ro u p a, to m o u e m p re s ta d a u m a bicicleta e se d irig iu p a ra a
en trev ista m a rc a d a co m M ak o u ra. E ntz re g istra o acontecido:

De repente, com um a explosão, a bicicleta pegou fogo.


Abou escapou m ilagrosam ente sem ferim entos e com os
m ateriais de ensino cristãos, mas tudo o m ais se incendiou.
N em m esm o areia apagou im ediatam ente o fogo e A bou
teve de prosseguir seu cam inho a pé.
N a (sua) chegada, M akoura exclamou: "O que está
fazendo aqui? Você deveria estar morto."
A bou respondeu: "Você me convidou e eu vim no
poder de Jesus." A bou foi convidado a falar sobre essa fonte
de poder com M akoura. Ele passou a noite na casa do
espírito m aligno que não tinha m ais condições de viver ali,
pois não conseguira vencer o confronto de po d er com o
Jesus de A bou.6
76 O R eavivamento S atánico
M a k o u ra foi m ira cu lo sa m e n te c o n v e rtid a e L o ren E ntz
n o s p e d e p a ra o ra r p o r A b o u e seu m in isté rio d e m an ifestação
d e p o d e r q u e c o n tin u a p a ra a q u eles q u e são serv o s d o ocul-
tism o, e m B u rk in o Faso.
T ais rela to s d o c a m p o m issio n ário c o n firm a m p a ra n ó s
q u e os c re n tes e n fre n ta m u m in im ig o c a p a z d e a tiv id a d e
p o d e ro s a c o n tra a v e rd a d e d o ev an g elh o . T o d av ia, q u a n d o
fielm en te a p lic ad o , o p o d e r d o S en h o r Jesus C risto se m p re
triu n fa .

L içõ es s o b re o C o n fro n to d e P o d e r

E ssas n a rra tiv a s, d e v ário s locais geográficos, re la ta d a s


p o r d ife ren te s líd e res d e n o m in a cio n a is, d iz e m alg o p a ra os
q u e d esejam o rea v iv am e n to . O lab o ra tó rio d a e x p eriên cia
h u m a n a co n firm a a v e rd a d e d a P a lav ra d e D eus. N u m a
d escrição m ais p ró x im a d e casa, o a u to r e c o n selh eiro Jam es
G. F riesen relata:
A porta estava fechada. Isso não era especialm ente
incom um , m as quando bati e fui convidado a entrar, um
sentim ento estranho se apossou de mim. A lguns estudantes
se achavam sentados em volta de um a pequena mesa
m etálica de datilografia. As m ãos deles pousavam levemen-
te sobre a tam pa d a m esa e os seus dedos m ínim os se
sobrepunham para form ar um anel contínuo de contato
hum ano. "O que está acontecendo?", perguntei.
Responderam : "U m a sessão".
Eu não sabia como eram realizadas essas sessões e me
dirigí, então, para o outro lado da sala e fiquei observando
em silêncio, enquanto os estudantes continuavam . Eles
faziam perguntas a um espírito em voz baixa. A m esa se
inclinava para um lado q uan d o a resposta era sim e para o
outro quan d o era não.
Para soletrar um a palavra, ela se inclinava um a vez
para o A, du as vezes para o B e assim por diante, até 26
vezes para o Z. A m esa estava soletrando um a sentença
qu ando entrei. Os participantes, fascinados e totalm ente
envolvidos, mal notaram m inha entrada. N ão fiquei
surpreso com o que vi. Sem qualquer ajuda hum ana direta,
a m esa virava de um lado para o u tro —e os estudantes
estavam em contato com o m undo dos espíritos. Ele se
achava ali. Eu não podia deixar de crer no que via.
Depois de cerca de vinte m inutos, com preendí que
Confrontando a Atividade Demoníaca 77
aquilo era m ais que um m odo novo de os estudantes
passarem a tarde. Eles sentiram , excitados, a m istura de fé e
incredulidade que havia naquilo que estavam descobrindo.
Achavam-se em contato com um espírito que soletrou o seu
nom e como sendo "H oz", e que afirm ava ter sido um m ago
da corte na Idade Média. C ontando a sua história em
resposta às perguntas dos estudantes, o espírito fez com que
se aprofundassem cada vez m ais nos m istérios da vida e da
m orte de Hoz. A sessão já durava m eia hora qu an d o entrei
na sala...
Eu havia aprendido sobre a Bíblia du ran te toda a
m inha infância. M inha m ãe lia para m im um livro de
história bíblica várias horas por dia e eu já era cristão há
vários anos. Sabia praticam ente de cor as passagens que
falavam dos dem ônios sendo expulsos por Jesus, no N ovo
Testam ento, e ouvira histórias de m issionários em países do
terceiro m undo, contando como eles haviam expulsado
espíritos m alignos no nom e de Jesus. O correu-m e que eu
tinha diante de mim um a dessas entidades. Descobri que
tinha o portunidade de ver se o uso do nom e de Jesus
expulsaria um espírito do mal.
Ao refletir sobre o caso, porém , vi-m e frente a um
dilema. Se falasse as palavras em voz alta, "Em nom e de
Jesus eu ordeno que saia", os estudantes poderíam tirar as
m ãos da mesa, ou alguém podería segurar a m esa, a fim de
evitar qualquer inclinação. Eu, então, não conseguiría saber
se o nom e de Jesus podería ser usado eficazm ente se o
pronunciasse em voz alta. Decidi, portanto, apenas pensar a
ordem.
Dirigí o olhar para a m esa e pensei a instrução: "H oz,
no nom e de Jesus, ordeno que saia!" Os estudantes não
tinham idéia de que eu estava expulsando Hoz. A m esa
estava no meio da soletração de um a palavra, e no segundo
em que term inei m inha ordem -pensam ento, ela parou. Os
estudantes m antiveram as m ãos no lugar em que estavam e
tentaram descobrir por que o contato se interrom pera, mas
nada conseguiram . A m esa não se m ovia mais, ponto final.
Eles se afastaram dela e olharam uns para os outros,
chocados e perplexos.
Contei a eles o que havia feito. M ostraram -se irritados
comigo e tentaram com eçar de novo a sessão, m as não
conseguiram invocar H oz nem nenhum outro espírito. Esse
foi o fim da sessão e o poder do nom e de Jesus ficou
dem onstrado para mim .7

O s c re n tes q u e m a n tê m u m a relação c o rre ta co m o


78 O REAVIVAMENTOSATÂNICQT
S e n h o r Jesus C risto n ã o p rec isam tem e r n e n h u m e n c o n tro
c o m as forças satânicas. C oisas in co m u n s p o d e m o c o rre r
q u a n d o c o n fro n tam o s os p o d e re s d a s tre v a s e m o ração o u d e
q u a lq u e r o u tro m o d o , m as e sta s e g u ra n ç a e te rn a p erm an ece:

"Em tudo isso temos a vitória por meio daquele que


nos am ou.
Pois eu tenho a certeza de que nada pode nos separar
do am or de Deus: nem a m orte, nem a vida; nem os anjos,
nem outras autoridades ou poderes celestiais; nem o
presente, nem o futuro; nem o m undo lá de cima, nem o
m undo lá de baixo. Em todo o universo não há nad a que
possa nos separar do am or de Deus, que é nosso p o r meio
de Cristo Jesus, o nosso Senhor" (Romanos 8.37-39 — BLH).
P reparan do o C en ário
p a ra o R e a v iv a m e n to 5
Vocês receberam a m ensagem com aquela alegria que
vem do Espírito Santo... Assim Vocês se tom aram um
exem plo para todos os cristãos da M acedonia e da Acaia.
Porque a m ensagem a respeito do Senhor saiu de vocês para
a M acedonia e para a Acaia, e as notícias sobre a fé q u e têm
em D eus se espalharam por todos os lugares (1 Tessaloni-
censes 1.6b-8a).

U m a h istó ria s u rp re e n d e n te e d ra m á tic a o c o rre u n o


N atal d e 1989, n a R om ênia. D u as se m a n a s m ais ta rd e , a
revista N e w s w e e k fez o b serv açõ es e cito u a lg u m a s d a s p esso as
que p a rtic ip a ra m dela:

Em toda a Romênia, as pessoas deram um suspiro


coletivo d e alívio e am argura quando a prova visível da
queda e m orte de Ceausescu foi anunciada na últim a terça-
feira, um dia depois da sua execução na noite de Natal.
"O anticristo m orreu", m urm urou um hom em que
assistia ao noticiário na capital, Bucareste.
"A sua m orte foi fácil dem ais", queixou-se u m soldado
da cidade de Timisoara, onde com eçou o levante p op u lar
contra a odiada ditadura de Ceausescu.
"Eu o teria m antido num a jaula em praça pública",
disse um gerente de hotel em Bucareste, "p ara que o povo
pudesse cuspir nele e atirar-lhe p ed ra s.'1

A m íd ia d e n o tícias c o b riu os ú ltim o s d ias d o d ita d o r d e


u m a p e rsp e c tiv a p o lítica e m ilitar, m as p e rd e ra m a v e rd a d e i-
ra histó ria. A a m a rg u ra m e n c io n a d a n a N e w s w e e k n ã o foi a

- 79 -
80 O REAVIVAMENTO SATÂNICO
c aracterística p re d o m in a n te . A lu ta e sp iritu a l e n tre a lu z e as
tre v a s e ra o fa to r p rin cip al. Sem essa d im e n sã o , a n a rra tiv a
fica tra g ic a m e n te incom pleta.
T ive a h o n ra d e tra v a r a m iz a d e com o R e v e ren d o Jo sep h
T son, q u e se rv iu n o s ú ltim o s oito an o s com o p re s id e n te d a
S o cied ad e M issio n ária d a R om ênia, co m se d e em W h eato n ,
Illinois, n o s E stad o s U n id o s. Ele fo ra p a sto r d a S e g u n d a
Ig reja B atista em O ra d e a , n a R om ênia, o n d e se rv iu com
re n o m e e im p a c to e sp iritu a l significativos. S eus sucessos
a m e a ç a ra m tan to a s a u to rid a d e s c o m u n ista s q u e elas o exila-
ra m sob a m e a ç a d e p risã o se p erm a n ec e sse n o seu p a sto ra d o .
L ogo a p ó s a m o rte d e C eau sescu , Jo sep h T so n v o lto u à su a
a m a d a p á tria . D ep o is d e su a c h e g ad a , ele m e e n v io u u m
v íd e o re s u m id o d a q u e d a d o d ita d o r. T en h o u m a d ív id a p a ra
co m ele p e la su a d escrição d a p e rsp e c tiv a e s p iritu a l com
resp e ito a g ra n d e p a rte d o q u e v o u m en c io n ar aqui.
A q u e b r a d o s g r ilh õ e s d o g o v e rn o c o m u n is ta d e
C eau sescu , n a R om ênia, to rn a-se u m a p a rá b o la, ilu s tra n d o
co m o os cren tes p o d e m lev an tar-se p a ra a n u la r o rea v iv am e n to
d o s a ta n ism o q u e e stá v a rre n d o a n o ssa c u ltu ra . O fato
m erece u m e s tu d o aten to , a fim d e c o m p re e n d e rm o s a p a rte
q u e os c re n tes tiv e ra m n a d e rru b a d a d o tirano. O g o v e rn o de
te rro r c ru el d e C e au sescu p o d e ser c o m p a ra d o ao re in a d o d e
S atan ás n a s v id a s h u m a n a s .2

A D e r ru b a d a d o C o m u n ism o n a R o m ê n ia

O c o m u n ism o foi u m a ex p eriên cia c o n d u z id a n u m labo-


ra tó rio su fic ie n tem e n te g ra n d e p a ra in clu ir q u a se 40% d a
h u m a n id a d e . U m a e x p eriên cia so b re u m n o v o tip o d e g o v er-
no, u m n o v o tip o d e so cied ad e, d e eco n o m ia e d e a titu d e em
relação à religião. Ele se d e stin a v a a p ro d u z ir o céu n a te rra
sem D eus; m as, n a s p a la v ra s d e Tson: "S e m p re q u e você te n ta
a lg u m a co isa sem D eus, você p a ssa p a ra S atanás. S atan ás
s e m p re acab a n o inferno. O fim d a ex p eriên cia p ro v o u se r o
in fern o n a terra."
Q u a n d o os reg im es c o m u n ista s d a E u ro p a O rie n ta l caí-
ra m co m o p e d ra s d e d o m in ó , os ro m e n o s em to d o o m u n d o
g e m e ra m e p e rg u n ta ra m : — P o r q u e so m o s os ú ltim o s? P o r
Preparando o Cenário para o Reavivamento 81

que n ã o h o u v e u m m o v im en to n a R om ênia? P o r q u e os
ro m eno s são tão c o v ard es? P o r q u e n ão se m o stra m v a le n tes
com o as o u tra s nações?
T so n confidencia: "C o m eçam o s a n o s s e n tir em b a raç a -
dos e e n v e rg o n h a d o s d e se r ro m en o s." N ã o é a g ra d á v e l
c o m p re en d e r q u e o se u p aís p o d e ria p e rm a n e c e r u m a ilh a d e
rep ressão e so frim e n to p o r c a u sa d a in ércia d o povo.
T so n exp lica as razõ es p o r trá s d a d e m o ra co m p a la v ra s
perceptivas. " N in g u é m sabia, n a ocasião, até q u e p o n to o m al
chegara n a R om ênia! O d ita d o r c o m u n is ta d a R o m ên ia
d esen v o lv era u m sistem a d e p o lícia secreta tão m alig n o , tão
satânico, tão im p ie d o so , tão c ru e l q u e n in g u é m p o d e ria
concebê-lo. N in g u é m sabia... até q u e o p o v o e x p lo d iu . Foi
então q u e so u b e ra m q u ã o im p ie d o sa m e n te a p o lícia secreta
estava d isp o sta a m a ta r q u a lq u e r u m e to d o s. A s c ru e ld a d e s,
a carnificin a e os crim es d esses tira n o s m o s tra ra m a raz ã o
p ara os ro m e n o s n ã o tere m a g id o antes."
G ra n d e p a rte d a s táticas d e g o v e rn o d e C e a u se sc u insi-
n u a m a " m a ld a d e satân ica": s u a cru el re p re ssã o d a fé cristã,
seu desejo d e c o n stru ir m o n u m e n to s p a ra e x a ltar su a s pró -
prias realizaçõ es e a rep re ssã o im p ie d o sa d e to d a dissen são .
Poucos d e ix a rão d e v e r a e v id ê n c ia d a p e rse g u içã o , re p re ssã o
e ód io sa tá n ica m en te in sp ira d o s q u e a igreja tev e d e s u p o rta r
na R om ênia.

Um Milagre — Não uma Revolução


Jo sep h T so n d e scre v e a q u e d a d o g o v e rn o co m o u m
"belíssim o m o tim ". O m u n d o c h a m o u o m o v im e n to d e
revolução, m as os c ren tes lhe d ã o u m n o m e diferen te. D o in a
C ornea, p ro fe sso ra a p o s e n ta d a e p e rs o n a lid a d e c o n h e cid a na
Rom ênia, d e sta c o u isto n a televisão nacio n al. Ela p ro te sto u
contra o m o tim se r c h a m a d o d e revolução. — N ã o lhe d ê e m
esse nom e! — d isse ela. — C h a m e m -n o d e m ila g re d e D eu s
na R om ênia, p o rq u e foi u m a to d e Deus!
T u d o co m eço u n o d ia 15 d e d e z e m b ro d e 1989, n a c id a d e
de T im isoara, ju n to à casa d o R e v e ren d o L iziw T oderic,
p asto r d a Igreja R efo rm ad a. A polícia q u e ria ex p u lsá -lo d e
sua casa e d e seu p a sto ra d o p o r ca u sa d e s u a firm e p o sição p o r
82 O REAVIVAMENTO SATÁNICO
Jesú s C risto. C erca d e 200 d o s seu s p a ro q u ia n o s fo ra m
d e fe n d ê -lo e e v ita r a e x p u lsão . Eles ce rc a ra m co ra jo sam e n te
a s u a resid ê n cia e in tim id a ra m a tal p o n to as a u to rid a d e s q u e
elas se re tira ra m p a ra b u sc a r m ais reforços.
N o s á b a d o , m ais p e sso a s c h e g ara m , p ro c e d e n te s d e
v á ria s igrejas. Elas p ro te sta v a m c o n tra a in tru s ã o d o g o v e rn o
c o m u n is ta n o m in isté rio d a igreja local. N a n o ite d e sá b ad o ,
u m jo v em d a P rim e ira Igreja B atista d e T im iso ara lev o u v elas
e as e n tre g o u às c e n te n a s d e p e sso a s q u e ro d e a v a m , en tã o , a
casa. Ele a c e n d e u a p rim e ira v e la e to d o s os o u tro s a c e n d e ra m
as su a s n a q u e la s q u e já e sta v a m acesas. U m c larão d e v elas
ilu m in o u a n oite. Esse m o m e n to p a re c e u ser o e sto p im d o
lev an te.
E n q u a n to o p o v o c a n ta v a h in o s e se g u ra v a as velas
acesas, a polícia secreta a b riu fogo, fe rin d o o u m a ta n d o
m u ito s d a q u e le s cristão s corajosos. O jo v em q u e lev o u as
v elas receb eu u m tiro n a p e rn a , u m ferim e n to tão g rav e q u e
tev e d e a m p u tá -la . Q u a n d o se u p a sto r o v isito u n o h o sp ita l,
o jo v em disse: — P e rd i u m a p e rn a , m as a c en d i a p rim e ira luz.
D u ra n te trê s o u q u a tro d ias, aq u e le s cristã o s c o n tin u a -
ra m in d o até a casa d o p a sto r, e m b o ra e stiv e sse m se n d o
a lv e jad o s p e rio d ic a m e n te com a rm a s a u to m á tic as. E n q u a n to
e n fre n ta v a m a carn ificin a b ru ta l, eles g ritav am : — L iberdade!
L ib erdade! N ã o n o s im p o rta m o s d e m orrer!
N e sse p o n to , os ro m e n o s co m e ç a ra m a c o m p re e n d e r q u e
a lib e rd a d e e ra m ais p recio sa d o q u e a v id a. A m o rte e ra
p refe rív e l à serv id ão ! O g o v e rn o ro m e n o e sta v a c o n d e n ad o .
N in g u é m p o d e fazer cessar a d e te rm in a ç ã o d e u m p o v o
e sp iritu a lm e n te d e sp e rta d o , q u e a m a a lib e rd ad e .
V ários p a sto re s fo ra m c o n v id a d o s p a ra lu g a re s p ú b lico s,
o n d e e n o rm e s m u ltid õ e s d e m an ifestan te s c o m e ç a ra m a se
reu n ir. E ssas a ssem b léias se tra n sfo rm a ra m em reu n iõ e s d e
a d o ra ç ã o e lo u v o r a D eus. M u ltid õ es d e cem m il p e sso a s se
a jo elh av am n o p a v im e n to em a d o ra ç ã o rev e re n te , e n q u a n to
re p e tia m ju n ta s a o ração d o S enhor. Elas o u v ia m co m rev e-
rên cia o s p a sto re s q u e lid e ra v a m as e x p ressõ es c o rp o ra tiv a s
d e oração, lo u v o r e petição.
Em T im iso ara, u m a m o ça d e u m a igreja p e n te c o sta l
a p a re c e u n u m balcão o n d e u m g ra n d e n ú m e ro d e p e sso a s se
Preparando 0 Cenário para o Reavivamento 83

havia reu n id o . Ela rec ito u u m lin d o poem a:

N ão som os criaturas feitas ao acaso, não somos


macacos; som os criaturas de Deus. D eus existe!

D ep o is d e c a d a estro fe, essas d u a s p a la v ra s , "D e u s


existe", e ra m rep e tid a s. A s p a la v ra s fo ra m a d o ta d a s p ela
m u ltid ã o e se to rn a ra m o slogan d o m o tim . O g rito , "D e u s
existe! D eu s e stá conosco!" foi o u v id o e m to d a p a rte n a
Rom ênia.
U m h in o ro m e n o b a sta n te co n h e cid o se to rn o u a canção
do levante:
Vivem os no fim dos tem pos,
U m a era de trevas, ódio e guerra;
M as logo Jesus voltará para nós;
Jesus voltará para nós.

U m M o tim C e n tra d o e m D e u s

T u d o a resp e ito d o m o tim foi c e n tra d o e m D eus. A


m aioria d o p o v o ro m en o , q u a n d o e n tre v is ta d a so b re a revo-
lução, d eclaro u : "Foi D eu s q u e m fez!" Eles v iam a m ã o d e
D eus em to d a p a rte . D e fato, o te m p o n a R o m ên ia é g e ra lm e n -
te m u ito frio em d e z em b ro , m as d u ra n te a se m a n a d o lev an te,
as te m p e ra tu ra s se m o stra ra m b a sta n te razo áv eis, e n tre 60 e
70° F. A s p e sso a s p u d e ra m p e rm a n e c e r n o ite e d ia n a s ruas.
Elas logo a firm a ra m q u e a té n o te m p o D eu s e sta v a a se u lado,
ap o ian d o o se u c la m o r c o n tra a tirania.
N a cap ital, B ucareste, os jo v en s to m a ra m a fre n te d o
m otim . E stu d a n te s u n iv e rsitá rio s e o u tro s jo v en s a v a n ç a ra m
ao en co n tro d a p o lícia q u e os e n fre n ta v a com m e tra lh a d o ra s
e e sp in g a rd as a u to m áticas. O s jo v en s g rita ra m : — V ocês com
arm as e n ó s co m flores! Vocês co m a rm a s e n ó s co m flores!
N ad a d e v iolência, n a d a d e violência!
A p e sa r d a ju v e n tu d e e im a tu rid a d e d a s m u ltid õ e s, as
vitrines d a s lojas n ã o fo ra m q u e b ra d a s, n ã o h o u v e saq u es, o u
q u aisq u er o u tra s a tiv id a d e s características d a v io lên cia e
insu rreição d a pleb e. D u ra n te to d o o te m p o e m q u e as m assas
se reu n iram , p rev a lec e u o resp e ito p e la p ro p rie d a d e e p elas
84 O Reavivamento Satánico
p esso as. P asto res, cristão s e jo v en s e stiv e ra m n a lid e ra n ç a d e
tu d o , e a a d o ra ç ã o so len e e rev e re n te a D eu s se d e sta c o u co m o
u m a fo rça p re d o m in a n te .

Viagem Anterior à Romênia


P o r q u e o lev a n te ro m e n o foi assim ? O q u e ex p lica a
d ig n id a d e c e n tra d a em D eus, a p e sa r d a v io lên cia d a polícia
secreta e d o g o v e rn o q u e m a to u cerca d e 10 m il p e sso a s em
T im iso ara e B ucareste? A v id a n u m e sta d o policial re p re ssiv o
e b ru ta l co m o esse g e ra lm e n te p ro d u z u m c a ld e irã o ferv e n te
d e ó d io e a m a rg u ra n o coração d a s p essoas. P o r q u e u rn a
rev o lu ç ão v in g ativ a , v io len ta, n ão irro m p e u n a R om ênia?
M in h a s ex p eriên cias p esso ais d u ra n te u m a v iag e m à R om ênia,
três an o s an tes, a ju d a ra m -m e a c o m p re en d e r...
A s p a lm a s d a s m in h a s m ão s e sta v a m ú m id a s e m in h a
bo ca seca. R econhecí os sin to m as d a p ro fu n d a a n sie d a d e.
N ó s o ram o s: "P a i C elestial, esta m o s in d o p a ra a R om ênia, a
fim d e e n co rajar os irm ã o s e irm ã s em C risto e e n co rajar a nó s
m esm o s co m a su a fé v ib ran te. E n tre g a m o -n o s in te ira m e n te
a Ti. O ra m o s p a ra q u e os m e d ic a m e n to s q u e e sta m o s le v a n d o
p o s s a m e n tra r n o p aís. Q u e os livros cristão s e m n o sso p o d e r
sejam ig n o ra d o s p elo s in sp e to re s d a fro n teira. S ab em o s q u e
Jesu s C risto q u e d e u v ista ao s o lh o s cegos é ta m b é m c a p a z d e
c e g ar o s o lh o s q u e en x erg am , se m p re q u e fo r e ssa a S ua
v o n ta d e e p ro p ó sito . Q u e n o sso s anjos p ro te to re s fiq u e m ao
n o sso la d o e in te rv e n h a m em n o ssa e n tra d a na R om ênia..."
E n q u a n to u m d o s q u a tro h o m e n s n o g ru p o c o n tin u a v a
a o rar, se n ti q u e u m a g ra n d e calm a m e en v o lv ia. Se estáv a-
m o s re a lm e n te em u m a m issão d iv in a c o m u m p la n o so b era-
no, o S e n h o r faria q u e tu d o co rresse bem . O s p la n o s p a ra essa
v iag e m h a v ia m sid o in iciad o s d o is an o s an tes, d u r a n te a
co n ferên cia m issio n á ria a n u a l d e n o ssa igreja. O P a sto r
Jo sep h T so n e ra o o ra d o r d a H o ra Bíblica. S ua igreja n a
R o m ên ia e ra a m a io r igreja b a tista n a E u ro p a co n tin e n ta l.
D u ra n te a co n ferên cia, D e u s h a v ia g ra c io sa m e n te fa la d o
co n o sco so b re os c re n tes d a "ig reja so fre d o ra ". N ó s, cristã o s
a m erican o s, p a ssa m o s a p e rc e b e r m elh o r as p ressõ e s so frid as
so b o a m b ie n te h o stil d e u m g o v e rn o c o m p ro m e tid o co m a
Preparando 0 Cenário para o Reavivamento 85
pro m oção d o ateísm o.
O P a sto r T so n ficou im p re ssio n a d o co m a p ro fu n d a fé
esp iritu al d e v á rio s m éd ico s cristão s em n o sso m eio e u m
plano com eçou a fo rm ar-se em su a m ente.
O s m e m b ro s d a 2a Igreja B atista d e O ra d e a h a v ia m
escolhido o D r. N ick G h e o g h ita com o se u líd e r p a sto ra l,
e n q u an to o P a sto r T so n se ac h av a n o exílio. O D r. N ick era
tanto u m p re g a d o r leigo co m o u m m éd ico ro m e n o especia-
lizado em en d o crin o lo g ía. Em v ista d a s e x ig ên cias d o m inis-
tério flo rescen te n a S e g u n d a Igreja B atista, o u tro leigo com
d ip lo m a e m p sico lo g ia clínica, o Dr. P au l N e g ru t, fo ra incluí-
do n a lid e ran ç a p asto ral. T so n a ch av a q u e u m a v isita relacio-
n ad a com a igreja, p o r p a rte d e m éd ico s cristão s d o O cid en te,
iria en co rajar esses leigos e fo rtalecer a su a p o sição ao s olhos
do g o v ern o ro m en o .
O s três h o m e n s q u e se ju n ta ra m a m im n e sta a v e n tu ra
m inisterial e ra m m e u g en ro , H a n z Finzel, m issio n ário , trab a-
lh an d o n a Á u s tria c o m a C o n s e rv a tiv e B a p tist F o re ig n
M issionary Society; o Dr. C h arles H a m m , u m m éd ic o de
fam ília d e K ignsley, Iow a, p re s id e n te d o co m itê d e m issõ es d e
nossa igreja, em s u a p rim e ira v iag em m issio n á ria ao exterior;
e o Dr. M ichael C h a n d ra , u m c a rd io lo g ista d e c red en ciais
im pressivas, e n tu sia sm a d o co m a o p o rtu n id a d e d e d a r teste-
m u n h o d e C risto e co n h ecer a p rática d a c a rd io lo g ía n a
Rom ênia. O D r. H a m m e o Dr. C h a n d ra lev a ram b a sta n te
bagagem , m ala s cheias d e d iv erso s m e d ic am e n to s. F om os
in fo rm ad o s d e q u e h a v ia escassez d e c erto s re m é d io s n a
R om ênia e os cren tes p rec isav a m deles. E u m e s e n tira lev a d o
a carreg ar co m ig o 25 có p ias d e c a d a u m d o s m e u s d o is livros
sobre a b a ta lh a e sp iritu a l e os e sp a lh a ra em lu g are s d iferen tes
da b ag ag em , e sp e ra n d o q u e p elo m en o s a lg u n s escap assem
à inspeção. M in h a in ten ção era oferecê-los d e p re se n te aos
p asto res ro m en o s.
A v o lta d a calm a foi b e m -v in d a, p o is logo ch eg am o s à
fronteira. U m a lo n g a fila d e carro s se fo rm ara. S o ld ad o s
arm ad o s e g ro ssas b a rra s d e aço im p e d ia m a p assag em . N ão
p o d íam o s a v a n ç a r sem a u to riza ç ã o d o s g u a rd a s ro m enos.
C om o p a s sa p o rte n a m ão, n ó s q u a tro ficam os ao la d o d o
carro, a g u a rd a n d o in stru çõ es. N in g u é m p a recia ter p ressa
86 O Reavivamento S atánico
e m d á-las. N o ssa ten sã o su b ia com o p a s sa r d o tem p o . D e
rep e n te , o u v i u m ru íd o fam iliar. M eus o lh os se g u ira m o so m
a té as v ig as q u e su ste n ta v a m o teto d e aço so b re a á re a d e
in sp eção . U m a p o m b a d e sca n sa v a ali, m a rc a n d o p rese n ç a
co m seu s a rru lh o s c o n fo rtad o re s, e e u im e d ia ta m e n te p res-
sen ti u m a m e n sa g e m sim bólica. O E spírito S an to d e sce ra n a
fo rm a d e p o m b a so b re o S en h o r Jesus C risto. S en ti-m e recon-
fo rtad o . D eu s e sta v a conosco.
A n tes d e d e ix a rm o s V iena, H a n s telefo n ara ao D r. P a u l
p a ra in fo rm á -lo d a h o ra d a n o ssa c h e g a d a e o D r. P a u l
p e rg u n to u : — V ocês tro u x e ra m os re m é d io s p a ra o h o sp ital?
H a n s a sse g u ro u -lh e q u e tín h a m o s u m s u p rim e n to gene-
roso.
— Ó tim o! V ou te n ta r en co n trá-lo s n a fro n te ira e a ju d á-
los a a tra v e ss a r a a lfâ n d eg a , re s p o n d e u ele.
E stáv am o s a liv ia d o s p o rq u e u m am ig o iria e n c o n tra r-
nos. Ficam os, p o rém , p e n sa n d o so b re a s u a referên cia a
" re m é d io s p a ra o h o sp ita l". O q u e q u e ria d iz e r e x a ta m e n te
co m isso?
U m g u a rd a v eio fin a lm e n te a té o carro e p e d iu n o sso s
p a ssa p o rte s, lev a n d o -o s e n o s d e ix a n d o n o v a m e n te à esp era.
O u tra s p e sso a s e sta v a m a b rin d o as m ala s p a ra se re m v isto ri-
a d a s p elo s in sp e to re s. C om o a m aio ria d o s n o rte -am e ric an o s,
q u e ría m o s a p re s s a r d e to d o o jeito o p rocesso. D ep o is d o q u e
p a re c e u u m te m p o m u ito m ais lo n g o d o q u e re a lm e n te era,
co m e ç a ra m a aco n tecer coisas.

O s L iv ro s O c u lto s

V ário s oficiais se d irig ira m p a ra o n o sso lad o , a lg u n s em


u n ifo rm e e o u tro s em ro u p a s civis. Eles n o s c u m p rim e n ta -
ra m c o rd ia lm e n te e p e rc e b e m o s q u e o co m itê oficial d o
H o sp ita l d e O ra d e a e stiv e ra a g u a rd a n d o -n o s n a fro n te ira. O
p re s id e n te d o p ro to c o lo a p re se n to u a si m esm o , assim co m o
ao d ire to r d o h o sp ita l e ao d ire to r d o h o sp ita l d e en fe rm a g e m .
Eles n o s a s se g u ra ra m que, no m o m e n to em q u e saísse m o s d a
a lfâ n d eg a , lev ar-n o s-iam ao hotel. D escu lp an d o -se, v o lta ra m
ao p réd io , d e ix a n d o -n o s em c o m p a n h ia d o in sp e to r q u e iria
e x a m in a r n o sso c a rro e se u co n te ú d o .
Preparando 0 Cenário para o Reavivamento 87
O in sp e to r e sta v a d e u n ifo rm e m ilitar. S u a a p a rê n c ia
severa, olh os in q u isitiv o s, e m a n e ira b ru sc a n o s m o stra ra m
que iria faz e r u m ex am e co m p leto . C a d a u m foi in s tru id o a
tirar a b a g a g em d o carro , ab ri-la e ficar e sp e ra n d o a té q u e
fosse in sp e c io n ad a . C u id a d o sa m e n te , o in sp e to r v erifico u o
carro v azio , in v e stig a n d o aq u i e ali, b a te n d o n as laterais,
e x am in an d o os p a in é is d a s p o rta s e o lh a n d o d e n tro d a ta m p a
do m o to r. A po lícia e sta d u a l o lh a em to d a p a rte . E n q u a n to
isso aco ntecia, e u só p e n sa v a n o s m e u s livros. P o r c a u sa do s
seus títu lo s, O A d v e rsá rio e V e n c e n d o o A d v e rsá rio , eles n ã o
p areciam se r o tip o d e le itu ra aceitável caso d esco b erto s.
P en sam en to s tu rb ilh o n a v a m em m in h a m en te: C o m o v o u
explicar a p resen ça de ta n to s livro s? A su a descoberta irá estra g a r
0 que parece ser u m a recepção cordial dos oficiais e do c o m itê dos
m édicos do h o sp ita l?

M eu s p e n sa m e n to s fo ra m su b ita m e n te in te rro m p id o s
pelo m o v im en to d o in sp e to r em d ire ç ão às m in h a s coisas.
D epois d e p e d ir p a ra id en tifica r m in h a s m alas, ele co m eço u
a ex am in ar as ro u p as. S enti u m n ó n a g a rg a n ta . Vi su a s m ão s
irem d ire to p a ra o lu g a r o n d e e u h a v ia co lo cad o d e z d e m eu s
livros. Eles e sta v a m e m b ru lh a d o s em g ru p o s d e cinco e e u
sabia q u e ele p o d e ria vê-los o u senti-los. Q u a n d o ele e m p u r-
rou a ro u p a p a ra o lad o , olhei e stu p e fa to p a ra a m ala. O s
livros n ão e sta v a m ali! N e m e u n e m o in sp e to r os v im os. Ele
fez u m g esto p a ra q u e e u fechasse a b a g a g e m e se m o v e u p a ra
o D r.H a m m . A le g re m en te obedecí. C o lo c a n d o a b a g a g em d e
volta n o carro , fiq uei im a g in a n d o : Será q u e coloquei os liv ro s em
outro lu g a r ?
O in sp e to r te rm in o u o ex am e d a s m ala s d o D r. H a m m e
fiquei s u rp re so p o r vê-lo liberá-las. Eu sab ia q u e u m a d a s
m alas d e m ão d o D r. H a m m e sta v a ch eia d e m ed ic a m e n to s
para os cristãos. P o r q u e o in sp e to r n ã o m en c io n ara os
rem édios? E m b o ra ficasse p e n sa n d o n esses aco n tecim en to s,
só m ais ta rd e iria c o m p re e n d e r o seu im p a c to total.

Medicamentos Ocultos
M in h a c u rio sid a d e se a g u ç o u a in d a m ais q u a n d o obser-
88 O REAVIVAMENTO SATÁNICO
v ei o in sp e to r e x a m in a r a b a g a g em d o D r. C h a n d ra . U rna
g ra n d e m ala foi ab erta. Ela e sta v a cheia d o s m e d ic a m e n to s e
d ro g a s m ais m o d e rn o s p a ra tra ta m e n to d e m o léstias c a rd ía-
cas, s u p rid o s p o r v á rio s lab o ra tó rio s farm acêu tico s n o rte -
am erican o s. Ele p e g o u v á ria s a m o stra s e d e sa p a re c e u n o
p ré d io ao lad o . E m b rev e rea p a rec e u com o p esso al so rrid e n -
te d o h o sp ital. P a ra n o ssa aleg re su rp re sa , o Dr. P a u l os
a c o m p a n h a v a . F o ram feitos arran jo s p a ra o Dr. C h a n d ra
o ferecer im e d ia ta m e n te os re m é d io s com o u m p re se n te p a ra
o h o sp ita l. N ã o n o s p e rm itira m levá-los p esso a lm e n te. O Dr.
C h a n d ra tev e a u to riz a ç ã o p a ra g u a rd a r d o is d o s m ais recen-
te s l iv r o s d e c a r d i o lo g í a q u e p r e t e n d i a o f e r e c e r a o s
c a rd io lo g ista s d a R om ênia. U m a a p re se n ta ç ã o fo rm a l foi
p lan e jad a p a ra o d ia seg u in te, no h o sp ita l d e O ra d e a.
E n q u a n to se g u ía m o s o carro d o co m itê d e recep ção até
O ra d e a , tiv e m o s o p o rtu n id a d e p a ra c o m e n ta r os d e ta lh e s d e
n o ssa e n tra d a . M u ito e n tu sia sm a d o , o D r. H a m m c o n to u
co m o o in sp e to r ig n o ra ra c o m p le ta m e n te a m a le ta d e v iag e m
ch eia d e m ed ic am e n to s. E m b o ra estiv esse n o chão, ao la d o d a
m esa o n d e se e n c o n tra v a o resto d a b ag a g em , D eu s a p ro te -
g e ra d e ser d esco b erta. T alvez u m anjo in v isív el se p u se sse à
s u a fren te, o c u lta n d o -a d o s olhos in q u is id o re s d o in sp eto r.
O s c re n tes te ria m os seu s rem éd io s.
C o m ig u al e n tu sia sm o , c o m p a rtilh e i m in h a e x p eriên cia
d o s liv ro s o cultos. R ejubilam o-nos ju n to s. H a v ía m o s a c ab a d o
d e te s te m u n h a r o m istério d o s ca m in h o s so b eran o s, m ilag ro -
sos d e D eus. Q u a n d o ch eg am o s, m ais tard e , ao n o sso q u a rto
d o h o tel, a b ri a n sio sa m e n te m in h a b ag ag em . E claro q u e os
liv ro s tin h a m e sta d o ali to d o o tem p o . D e u m m o d o só
co n h e cid o d e D eu s, Ele o c u lta ra a su a p re se n ç a d o s olhos
físicos. Q u a n d o o s a p re se n te i, m ais tard e , a v á rio s p a sto re s,
a lg u n s p e rg u n ta ra m : "C o m o eles c o n se g u ira m p a ssa r p ela
fro n te ira sem ser co n fiscad o s?" Q u a n ta aleg ria em co n tar-
lh es q u e o S e n h o r e v ita ra m ila g ro sa m e n te q u e os liv ro s
fossem d esco b erto s.
D ep o is d e c o m b in a r a v isita oficial ao h o sp ita l n o d ia
seg u in te, n ó s q u a tro d e g u sta m o s u m a refeição d elicio sa n o
h o tel, te n d o o D r. P a u l co m o n o sso an fitrião . R elaxam os em
c o m p a n h e irism o alegre. O Dr. P a u l era jo v em , c o m trin ta e
Preparando 0 Cenário para o Reavivamenlo 89

poucos an o s e s u a a p a rê n c ia a g ra d á v e l, co n fian te, d a v a boa


im pressão. S u a inteligência, v iv ac id ad e , sen so d e h u m o r e
calor e sp iritu a l n o s a tra íra m p a ra ele. D eu s h a v ia le v a n ta d o
este cam p eão e n tre os d e m a is p a ra g u ia r a S u a igreja n u m a
ocasião co m o essa. O p ro g ra m a d e S a tan á s e stá d e s tin a d o a
falhar co m tais h o m e n s d e D eu s n a lid eran ça.

Q u atro M ila g re s
A lg u m te m p o d e p o is, n u m a m b ie n te m ais exclusivo, o
Dr. P aul n o s c o n to u os q u a tro m ilag res q u e ele te s te m u n h a ra
em n o ssa e n tra d a n a R om ênia. P a ra ele e ra m n o v id a d e : (1)
um g ru p o reco n h ecid o com o cristão foi receb id o co m o h ó sp e-
des oficiais p elas a u to rid a d e s d o g o v ern o ; (2) o D r. C h a n d ra ,
com o m éd ico cristão, foi o ficialm en te c o n v id a d o a faz e r u m a
palestra ao s m éd ico s so b re q u a lq u e r a ssu n to n o c a m p o d a
cardiología; (3) n ó s fo m o s receb id o s sem n e c e ssid a d e d e
co n co rdar co m q u a lq u e r taxa cam b ial d iá ria re q u e rid a d e
todos os o cid en tais; e (4) o co m itê oficial d e recep ção in clu ía
não só a e q u ip e m éd ic a d o h o sp ita l e o p re sid e n te c o m u n ista
do p ro to co lo, co m o tam b é m u m d o s p a s to re s d a S e g u n d a
Igreja B atista d e O rad ea.
O D r. P a u l c o n tin u o u , d izen d o : — Isto jam ais p o d e ria
acontecer n a R om ênia, m as aconteceu. D eu s a in d a é so b era-
no!
Ser cristã o em u m p aís c o m u n ista exige c a rre g a r u m a
cruz com v á ria s reb a rb a s d o lo ro sas. P a ssam o s a n o ite de
nossa c h e g a d a n a casa d o Dr. e Sra. P a u l N e g ru t, q u e obvia-
m ente a m a v a m se u p aís e o p o v o d a R o m ên ia co m g ra n d e
lealdade. A s p e sso a s e n tra v a m e sa ía m em p ro cissão c o n stan -
te. O a m o r e a c o rd ia lid a d e d e Jesus C risto as a tra ía co m o as
abelhas p a ra as flores. Tal p o p u la rid a d e n ã o p o d ia d e ix a r d e
cham ar a aten ção d a s a u to rid a d e s co m u n ista s. L íd eres cris-
tãos com o o D r. P au l e o D r. N ick e sta v a m c o n sta n te m e n te sob
suspeita. A p ró p ria igreja e ra c o n sid e ra d a co m o u m a am eaça
ao sistem a c o m u n ista.

As B rasas A cesas d e u m a Ig re ja so b o C o m u n ism o


A p e sa r d a s d ific u ld a d e s e n fre n ta d a s p elo s cren tes, p o r
90 O REAVIVAMENTO SATÁNICO
e sta re m v iv e n d o n u m E stad o co m u n ista , a igreja p e rm a n e c e u
v ib ra n te e forte. V im os o rea v iv a m e n to rev o lu c io n á rio em
processo. A lg u n s d o s cristão s m ais sa u d á v e is d o m u n d o em
n o sso s d ias v iv e ra m n a R o m ên ia g o v e rn a d a p elo s c o m u n is-
tas. Q u a n d o Billy G ra h a m tev e p e rm issã o p a ra p re g a r ali, e m
1985, o b se rv o u -se u m v islu m b re d o re a v iv a m e n to e sp iritu a l
n a R om ênia. Ele tin h a sid o c o n v id a d o p elo s líd e res d o
" D e p a rta m e n to d e C u lto s" p a ra v isita r a R om ên ia, te n d o sid o
p la n e ja d a s reu n iõ e s e m v á ria s igrejas e cen tro s a tra v é s d e
to d o o país. E ssas reu n iõ e s n ã o fo ra m p ro m o v id a s com
an teced ên cia, m as m u ltid õ e s, e x c ed e n d o d e z a trin ta m il
p esso as, a p a re c ia m se m p re q u e o D r. G ra h a m p reg a v a . Infor-
m ação so b re as reu n iõ e s se e sp a lh a v a a tra v é s d e u m a re d e
in v isív el d e cren tes.
N o d e c o rre r d e n o ssa visita, teste m u n h a m o s, na R om ênia,
u m fo g o e s p iritu a l q u e n ã o q u e ria se a p a g ar. O S e n h o r Jesus
C risto le v a n ta ra u m p o v o se d e n to dE le e d a S u a P alav ra. A
se d e d e " á g u a v iv a" c o n tin u o u a crescer, a p e sa r d o s o b stácu -
los. Jesu s C risto e sta v a c o n stru in d o a S ua igreja n a R om ênia.
O b se rv a m o s u m m o tim e sp iritu a l e s p e ra n d o p a ra faz e r s u a
e n tra d a triu n fa l e n in g u é m teve co n d içõ es d e detê-lo . Só o
p la n o so b e ra n o d e D eu s e o te m p o o p o rtu n o q u e a p e n a s Ele
co n h ece p o d e ría m sa b er q u a l o m o m e n to exato d e e x p lo d ir.
D e sd e q u e fizem os essa v iag e m à R om ênia, m u ita coisa
a co n teceu ali. T ive o p o rtu n id a d e d e refletir s o b re os fato res
b íblicos q u e v im o s m an ife sta d o s e q u e fiz e ra m a rd e r a fo g u ei-
ra e sp iritu a l. O s p rin c íp io s q u e te ste m u n h a m o s em o p e ra ç ã o
n ã o são d e sco n h e c id o s n a h istó ria d a igreja. O s m esm o s
p rin c íp io s têm ab a ste cid o o fogo d e to d o d e s p e rta m e n to
e s p iritu a l co m q u e a igreja já foi ag ra c ia d a . Esses p rin c íp io s
p o d e m q u e b ra r os g rilh õ es d a se rv id ã o d e S a tan á s em q u al-
q u e r era. V am os ex am in á-lo s, n o c a p ítu lo seg u in te.
R o m p en d o os
G rilh õ es

A lg u m as d a s fag u lh a s d o re a v iv a m e n to e s p iritu a l q u e
o bservam os n a R om ênia, em 1986, in ce n d iara m -se , e m g ran -
de p arte, d e v id o ao Dr. N ick e à 2â Igreja B atista d e O ra d e a . Ele
disse q u e se u p o v o e sta v a o ra n d o a rd e n te m e n te . "E sta m o s
confiando e m D eu s p a ra q u e a ren o v ação e x p e rim e n ta d a p ela
igreja a q u i v e n h a a re s u lta r n u m g ra n d e re a v iv a m e n to espi-
ritual. A cred ito q u e ele irá p u la r o m u ro q u e se p a ra o O rien te
do O cid en te e se e sp a lh a rá a tra v é s d e to d a a E u ro p a e do
m u n d o ."
A v isão d o Dr. N ick p a re c e e s ta r em p ro ce sso d e realiza-
ção. D e u s já u s o u ig rejas so fre d o ra s a n te s p a ra in ic ia r
reav iv am en to s. U m a igreja o p rim id a n o s tem p o s d o N o v o
T estam ento e x p lo d iu e " tra n sto rn o u o m u n d o " (A tos 17.6).
N estes ú ltim o s d ias d a h istó ria, talv ez D eus, em S ua graça,
faça isso n o v a m e n te.

In g re d ie n te s Q u e Q u e b ra m os G rilh õ e s

E m b o ra os in g re d ie n te s q u e tra z em o p o d e r e sp iritu a l e
co n trib u em p a ra o rea v iv a m e n to n ã o sejam n o v o s, S atan ás
tenta m an tê-lo s obscuros. N ó s os v im o s o p e ra n d o e n tre os
crentes ro m e n o s e a força d o im p a c to vai d e m o ra r p a ra ser
esquecida. Esses in g re d ie n te s in clu e m o ração ferv o ro sa,
adoração aleg re, refin am e n to d a p erseg u ição , fé corajosa,
fome d a P a la v ra d e D eu s e u m elo fo rte d e c o m u n h ã o .
C o n v ersei com o S en h o r a resp e ito d a m in h a p reg a ç ã o

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92 O Reavivamento S atánico
p a ra os cren tes d a R o m ên ia e sen ti q u e o E sp irito S a n to m e
o rie n ta v a p a ra fazer d a o ração o a ssu n to d a m in h a p rim e ira
m en sa g e m . D a m a n e ira co m o a c ab a ram as coisas, fiq u ei alg o
e m b a ra ç a d o —o p ro fe sso r se tra n sfo rm o u e m alu n o .
O p rim e iro c u lto a q u e assistim o s foi às 18.00 h o ra s n u m a
n o ite d e d o m in g o . C h e g a m o s p o u co a n te s e e n c o n tra m o s u m
p e q u e n o e h u m ild e p ré d io d a igreja. A n in h a d o ali, e n tre os
a p a rta m e n to s re c é m -c o n stru íd o s q u e o ro d e a v a m , p a re c ia
in sig n ifican te. V im os a p e n a s a lg u n s c a rro s n o e sta c io n a m en -
to p e q u e n o e sujo. C o n d ic io n a d o s ao a m b ie n te n o rte -am e ri-
can o , ficam o s p e n s a n d o o n d e se e n c o n tra ria m os fiéis. A
n o sso v e r, p o u c o s c a rro s sig n ificav am p o u c a s pessoas.
O D r. N ick in te rro m p e u n o sso s p e n sa m e n to s, d ize n d o :
— Veja co m o estão ch eg an d o ! Veja co m o e stã o ch eg an d o !
N ã o é u m a b ela visão?
D e rep e n te , n o ssas m en te s c o n d ic io n a d a s c o m p re e n d e -
ram . E m lu g a r d e c a rro s e n tra n d o no e sta c io n a m en to , as
p e sso a s c h e g a v a m a pé, c o n v e rg in d o d e to d a s as d ireçõ es
p a ra a casa d e ad o ração . P eq u en o s e g ra n d e s g ru p o s jo rra -
v a m d e to d o s os lad o s. R ostos felizes, fisio n o m ias aleg res,
e s p e ra n d o p e lo a lim e n to e sp iritu a l.
F o m o s lev a d o s ao escritó rio d o p a sto r, o n d e n o s re u n i-
m o s a le g re m e n te ao s d iác o n o s e líd e res d a igreja n u m círcu lo
d e m ão s d a d a s, e v á rio s in d iv íd u o s e le v a ra m o raçõ es p elo
culto. A b a rre ira d a lin g u a g e m n ã o im p e d ia o p o d e r o u ferv o r
d e n o ssas orações. A o s a ir d o e scritório, se g u im o s a tra v é s d e
c o rre d o re s cheios. A s p esso as q u e e sta v a m d e p é se c o m p ri-
m ia m p a ra n o s d a r p assag em . U m coro d e "P ach ay , p a c h ay "
(Paz, paz) z u m b ia em n o sso s o u v id o s. M u ito s e s te n d e ra m a
m ão p a ra n o s tocar, p a ra c u m p rim e n ta r-n o s, e se n tim o s seu
a m o r sincero. U m so p ro d e êxtase e sp iritu a l n o s v a rre u .
N o ssa em o ção in te rn a crescia, à m e d id a q u e n o s a p ro x im á v a -
m o s d a p lata fo rm a .
A s p e sso a s e sta v a m c a n ta n d o u m h in o fam iliar, "A D eu s
D em o s G ló ria" e, se g u in d o o ex em p lo d o Dr. N ick, ajoelham o-
n o s re v e re n te m e n te d ia n te d o S en h o r em o ração silenciosa.
Em p o u c o s m o m e n to s, lev a n tam o s e co m eçam o s a c a n ta r
com o p o v o . N ó s c a n tá v a m o s em inglês e eles e m ro m en o .
E xam inei o m a r d e ro sto s alegres. Eles n ã o tin h a m
Rompendo os Grilhões 93

hin ário s, c a d a u m c a n ta v a d e m em ó ria . S u a ra d iâ n c ia falav a


do se u a m o r p o r C risto. A cena e ra rev ig o ran te , in d escritív el.
Eu jam ais te ste m u n h a ra u m cu lto d e sse tipo.

1. O ração F re q ü e n te , F e rv o ro sa

"M uito pode, por sua eficácia, a oração do justo"


(Tiago 5.16b — BLH).
"Se o m eu povo, que pertence som ente a mim , se
arrepender, abandonar os seus pecados e orar a m im , eu os
ouvirei do céu, perdoarei os seus pecados e farei o país
progredir de novo" (2 Crônicas 7.14 — BLH).
"Q uando term inaram de fazer essa oração, o lugar
onde estavam reunidos trem eu. Então todos ficaram cheios
do Espírito Santo com eçaram a anunciar a m ensagem do
Senhor com coragem " (Atos 4.31).

D epois d e te rm in a d o o hino, o p a s to r c h a m o u a igreja


para o rar. M u ita s d a s p esso as se ajo elh aram e u m silêncio
tran q ü ilo e n v o lv e u a todos. O p a s to r p e d iu a a lg u n s h o m en s
em u m d e te rm in a d o se to r d a igreja p a ra lid e ra re m a oração.
Sem h e sita r u m in sta n te , u m h o m e m co m eço u a o ra r ferv o ro -
sám ente. E m b o ra n ã o p u d e sse e n te n d e r as p a la v ras, m eu s
olhos m are ja ram d e lág rim a s e n q u a n to ele o rav a. O Dr.
C h an d ra c o m e n to u m ais tarde: " Q u a n d o c o m e ç a ra m a orar,
foi com o u m tro v ã o no s céu s". O s recep cio n istas e ste n d ia m
um m icro fo n e n a d ireção d e q u e m o rav a , p e rm itin d o q u e
todos o u v issem . A trav é s d a co n g reg ação p o d ia m -se o u v ir
vozes d iz e n d o "A m ém ! A m ém !", a c re sc en ta n d o u m to q u e
m elódico à oração. N o in sta n te e m q u e u m a o ração term in a-
va, o u tra tin h a início. E m b o ra n ã o p u d e s se e n te n d e r o id io m a
deles, o u v ía m o s se u clam o r. A q u elas p esso as sa b ia m com o
orar e g o sta v a m d e orar.
O p a s to r p e d iu a o u tro se to r d a igreja q u e orasse, o lu g a r
em q u e as m u lh e re s e sta v a m se n ta d a s. A re s p o s ta d a s
m u lheres foi tam b é m in sta n tâ n e a e v ib ran te. Elas o ra ra m tão
ferv o ro sa e eficazm en te q u a n to os h o m en s.
D ep o is d e v á ria s terem o rad o , o coro g ig an tesco q u e
enchia a g a le ria c a n to u "D e u s M isericordioso!" O im p acto
esp iritu al d a m ú sic a foi co m o v en te. N o m o m e n to em q u e o
coral term in o u , a igreja v o lto u a o rar. A essa a ltu ra , n ã o h a v ia
94 O Reavivamento S atánico
m ais esp aço p a ra ajo elh ar n o s c o rre d o re s a tu lh a d o s, e a
c o n g reg ação ficou d e pé, e n q u a n to o m esm o tip o d e o ração
jo rra v a d o s láb ios d o s jovens.
T rês v ezes, d u ra n te o c u lto d e d u a s h o ra s e m eia, h o u v e
in te rlú d io s d e o ração n o p e río d o d e a d o ração . P elo m en o s
q u a re n ta m in u to s d o cu lto fo ra m d e d ic a d o s a esta in tercessão
p a rticip a tiv a , ferv o ro sa.
T en h o d a d o m u ita ênfase à o ração e m m e u m in istério ,
m as n a h o ra em q u e fu i a p re s e n ta d o p a ra fala r so b re o tem a
esco lh id o p o r m im , sen ti-m e co m o u m n o v ato . T o d av ia,
e n q u a n to o in té rp re te tra d u z ia m e u s p e n sa m e n to s p a ra o
p o v o , se n ti lib e rd a d e e p o d e r in v u lg a re s p a ra p reg a r. A s
oraçõ es d o s p re se n te s h a v ia m d e stra n c a d o m e u s lábios. Sei
ag o ra q u e n o ssa p a ssa g e m a tra v é s d a fro n te ira tiv e ra u m a
b ase d e o ração m u ito m ais p ro fu n d a d o q u e a p e n a s as orações
q u e h a v ía m o s o ferecid o d u ra n te o trajeto d e carro. A o ração
é o so p ro d e v id a p a ra os cren tes ro m e n o s e o fluxo d e o ração
c o rp o ra tiv a d e sse s c re n tes d e d ic a d o s d á te ste m u n h o d e su a
v id a d e o ração v ital, in d iv id u a l, p a rticu la r. O p ro g ra m a d e
S atan ás n ã o p e rd u r a d ia n te d e u m p o v o em o ração co m tan to
fe rv o r e v id e n te e sincero. A o ração q u e b ra os g rilh õ e s d a s
trev as.

2. Adoração Alegre, Autêntica


A a d o ra ç ã o é às vezes d e fin id a co m o " a trib u iç ã o d e
v a lo r" . N a a d o ra ç ã o bíblica, D eu s é a a u d iê n c ia e os a d o ra d o re s
o ferecem a Ele a su a a d o ração . O a m o r flui d o coração d e c a d a
c re n te e m d ire ç ã o ao P ai celestial e ao S e n h o r Jesus C risto,
m e d ia n te a cap acitação d o E sp írito Santo. A v e rd a d e ira
a d o ra ç ã o exige sin c e rid a d e e c orações p u ro s d ia n te d e D eus.
A rm e O rtlu n d , e m se u ú til liv reto A d o ra çã o P o sitiv a ("U p
W ith W o rsh ip "), escreveu:

N em sem pre os freqüentadores do culto se encontram


na Presença. M as quan d o isso acontece, tudo m uda. Eles
podem d estru ir os seus ídolos, como em G ênesis 35.2. Em

frupo, podem obedecer a toda a Palavra de Deus, com o em


xodo 24.7. Podem fazer um grande espetáculo musical,
com o em 2 Crônicas 5.11-14. E até possível que chorem ,
Rompendo os Grilhões 95

como em N eem ias 8.9. Em N eem ias 8.6, eles disseram


"A m ém ", levantaram os braços para o céu e depois se
curvaram e adoraram com o rosto encostado na terra. Em
qualquer caso, foram levados a mover-se! A rrependim ento
— choro — júbilo — alguma coisa. Q uando D eus está
presente em poder, se as pessoas não responderem , as
próprias pedras o farão.1

A a u to ra c a p tu ro u p a rte d o s in g re d ie n te s d a a d o ra ç ã o
jubilosa q u e o b se rv a m o s n a R om ênia: ch eia d e e sp o n ta n e id a -
de e p articip ação ; h in o s c a n ta d o s d e m em ó ria; faces lev an ta-
das e c o n c e n tra d a s n a a d o ra ç ã o a D eus, e x p re s s a n d o alegria;
m úsica se fa z e n d o o u v ir com u m a m en sa g e m p o d e ro sa de
v erd a d e bíblica, to d a v ia c o m u n ic a n d o calo r e sp iritu a l; e aten -
ção a b so rta n a le itu ra d a s E scrituras. E x p ressõ es em v o z
baixa, "A m ém , A m ém ", o u v id a s e n q u a n to a P a la v ra d e D eu s
era lida, c o n tin h a m a beleza n a tu ra l d o so m d a á g u a m u rm u -
rante d e u m riach o d a m o n ta n h a .
— E u n ã o c o n seg u ia e n te n d e r o q u e falav am , m as certa-
m ente c o m p re e n d í a a d o ra ç ã o d eles, c o m e n to u o Dr. H am m ,
depois d a q u e le cu lto d e sexta-feira à noite.
D eu s é tu d o p a ra a q u e le s crentes. Eles n ã o têm e sp era n -
ça sen ão nEle. Ele p e rm a n ec e o foco d a s u a a le g ria e o
recipiente d o se u lo u v o r. Existe u m d esejo a n sio so d a S ua
presença. O so frim e n to ele v o u a su a a d o ra ç ã o a u m nível
su p erio r e san to.
Essa a d o ra ç ã o e m p ro fu n d id a d e foi u m e le m en to vital
para o fo rtalecim en to d o s cren tes no lev a n te ro m en o .

3. R e fin a m e n to d a P e rse g u iç ão

Q u a n d o o S e n h o r Jesus C risto se d irig iu à igreja d e


Laodicéia, Ele e n sin o u àq u e le s cren tes "in felizes, m iseráveis,
pobres, ceg o s e n u s" com o su a triste co n d iç ã o p o d ia ser
m o d ific a d a —p rec isav a m c o m p ra r dE le " o u ro refin ad o p elo
fogo... v e s tid u ra s b ra n c a s... e colírio p a ra u n g ir os olhos, a fim
de q u e p u d e s se m v e r" (A p 3.18). " O u ro refin ad o p e lo fogo..."
Q ue d eclaração d e scritiv a d o so frim e n to e p e rse g u içã o d iv i-
nam en te su p erv isio n a d o s!
B ruce S helley escreve em su a o b ra H istó ria da Igreja em
96 O Reavivamento Satánico
L in g u a g e m S im p le s ("C h u rc h H isto ry in P lain L an g u ag e) q u e
u m a d a s razõ es d e o e v a n g elh o d ifu n d ir-s e d e m a n e ira tão
e x tra o rd in á ria d u ra n te os seu s p rim e iro s ano s, foi o fato d e a
p e rse g u içã o ter a n u n c ia d o a fé cristã.

M ilhares testem unharam os m artírios no anfiteatro


(romano). O term o mártires significava originalm ente
testem unhar e era exatam ente isso que m uitos dos cristãos
faziam no m om ento de sua morte.
O público rom ano era cruel e im piedoso, m as não
com pletam ente despido de compaixão. N ão há dú v id a de
que a atitu de dos m ártires, e especialm ente das jovens
m ulheres que sofreram ao lado dos hom ens, fez um a
profunda im pressão. Vez após vez observam os coragem
intrépida em face do torm ento, bondade para com os
inim igos e um a aceitação jubilosa do sofrim ento com o o
cam inho apontado pelo Senhor para chegar ao Seu reino
celestial. Sabe-se de vários casos de pagãos convertidos ao
testem unharem a condenação e m orte de cristãos.2

É p o ssív el q u e os cristão s d a R o m ên ia te n h a m so frid o


m ais so b o c o m u n ism o d o q u e q u a lq u e r o u tro país. M u ito s
le r a m s o b re a d o r e as to r t u r a s s o fr id a s p o r R ic h a rd
W u rm b ra n d e o u tro s cren tes n o s p rim e iro s d ias d a e n tra d a
d o s c o m u n ista s n a q u e le país. S eria in g ê n u o d iz e r q u e tal
p e rse g u iç ã o n ã o a d io u o av a n ço d a igreja. T o d a v ia, os
b enefícios d a p e rse g u içã o são e v id e n tes, c o m p a rá v e is aos
q u e S helley d e sc re v e u ao falar d a p rim e ira igreja.

U m d esses b enefícios é o refin am e n to m e n c io n a d o p elo


S e n h o r Jesu s C risto e m S ua m en sa g e m à igreja d e L aodicéia.
A p e rse g u iç ã o faz d e sa p a re c e r os reb o ta lh o s m u n d a n o s q u e
lim ita m a n o ssa u tilid a d e p a ra o S enhor. A falta d e se p ara ç ão
e n tre os c ris tã o s e o m u n d o , e x p re s s a em p rá tic a s
q u estio n á v eis, n ã o é to le ra d a n a v id a d o s cren tes q u e p a ssa m
p ela p erseg u ição .
Q u a n d o fo m o s receb id o s n o h o sp ita l d e O ra d e a , d e p o is
d e ter-n o s sid o s e rv id a u m a refeição, u m jo v em q u e se d iz ia
técnico e m m ed ic in a (m as q u e o Dr. N ick a firm o u faz e r p a rte
d a p olícia secreta) te n to u e n c h er n o sso s co p o s co m vodca.
F iqu ei c o n ten te p o r já ter co lo cad o á g u a m in e ra l e m m e u
Rompendo os Grilhões 97

copo, p o rq u e e m situ açõ es d e sse tip o ficam os sem sa b e r com o


agir, co m m e d o d e o fe n d e r os n o sso s a n fitriõ es. O D r. N ick e
o Dr. P a u l rec u sa ra m , p o rém , a b e b id a com veem ên cia, a p e sa r
de seu s co p o s e sta re m vazios. Eles q u e ria m q u e os oficiais
soubessem q u e n ã o to m a v a m b e b id a fo rte p o r se re m cren tes
rom enos em C risto.

O D r. N ick e o D r. P a u l rira m , m ais ta rd e , d a h esitação


com q u e nós, n o rte -am e ric an o s ab stêm io s, e n fre n ta m o s o
problem a. D ep o is d e n o s a s se g u ra r q u e a g im o s b e m so b as
circunstâncias, eles n o s c o n ta ra m p o r q u e a su a a titu d e fora
tão d efin id a. N a igreja deles, to m a r b e b id a alcoólica de
q u a lq u e r tip o é c a u sa p a ra d e m issão im e d ia ta . P a ra m u ito s
c ris tã o s n o r te - a m e r ic a n o s , ta l c a s tig o d e u m a p r á tic a
q u estio n áv el p o d e ría p a re c e r leg alista d em ais. N a R om ênia,
en tretan to , ela n ã o c o n té m esse tip o d e con o tação . Pelo
contrário, é u m a e v id ê n c ia d o refin am e n to s a d io q u e a p erse-
guição p ro d u z . T o d a p rática d u v id o s a d isp e n s a d e b a te —ela
tem d e se r a b a n d o n a d a . O s cren tes q u e re m ficar liv res de
q u alq u er coisa q u e p o ssa a p a g a r o u e n triste c e r o E sp írito
Santo.

O " o u ro refin ad o n o fogo" d e u -lh e s p o d e r e sp iritu a l e


testem u n h o eficaz, o b se rv a d o s e sp ec ialm en te em su a d ed ica-
ção re so lu ta à su a fé, e m b o ra m o stra n d o b o n d a d e p a ra com os
seus p e rse g u id o re s. V im os isto d e m o n s tra d o n a m an e ira
com o o D r. N ick e o Dr. P a u l se rela cio n a v a m co m o encarre-
gado d o p ro to co lo d o g o v ern o , q u e sa b ia m faz e r p a rte d a
polícia secreta ro m e n a . Ele tin h a consciência, e aq u eles d o is
bons p a sto re s tam b ém , d o s o frim e n to e p e rse g u içã o q u e esse
hom em a ju d a ra a in flig ir so b re as su a s p essoas. T o d av ia, com
b o n d ad e cativ an te, e ra m s e m p re a m á v e is com ele. Ele tin h a
co n h ecim en to d e q u e o Dr. P au l a rra n ja ra p e sso a lm e n te a
doação d o s re m é d io s ao h o sp ita l e q u e o Dr. N ick h a v ia se
esforçado p a ra lev a r o e q u ip a m e n to m éd ico d isp e n d io so ao
hospital, sem ô n u s p a ra o p o v o rom eno. O fato d e m o stra re m
am or ao se re m p e rse g u id o s, d e ix a v a p e rp le x o a q u e le co m u -
nista, co m o tem a c o n te c id o com os p e rs e g u id o re s d o s cristão s
há séculos.
98 O Reavivamento Satánico
4. Fé Corajosa, Confiante
"A gora eu vou a Jerusalém , obedecendo ao Espírito
Santo, sem saber o que vai m e acontecer lá. Sei som ente que
em todas as cidades o Espírito Santo tem me avisado que
prisões e dificuldades estão m e esperando" (Atos 20.22,23 —
BLH).
P a la v ra s co m o essas d ita s p elo a p ó sto lo P au lo , em face
d e b ru ta l p e rse g u içã o , m o stra m u m a fé corajosa e c o n fia n te
q u e co m o v e a to d o s e m q u e m toca.
Jo sep h T so n foi p re so p o r c a u sa d o se u te ste m u n h o
o u s a d o e d esafio a b e rto ao siste m a co m u n ista . Esse p a s to r
d e d ic a d o so fre u am eaças, lo n g o s in te rro g a tó rio s e e sp an c a -
m e n to s p en o so s, te n d o receb id o fin a lm e n te o rd e m p a ra dei-
x a r a R o m ên ia o u ir p a ra a p risão.
Q u a n d o Jo sep h T so n receb eu este u ltim a to , e m b o ra já
tiv esse e n tre g a d o a su a v id a ao S e n h o r Jesus C risto e e stiv esse
p ro n to p a ra ser p reso caso necessário, a c o n fu sã o e a p re ssã o
fo ra m en o rm es. Jo sep h p ro c u ro u aco n selh ar-se co m o D r.
N ick.
Ele re s p e ita v a a sa b e d o ria d o seu b o m am ig o . O D r. N ick
d isse e m essência: — Joseph, se ficar a q u i, você te rá n o
m áx im o u m a c o n g re g a ç ão d e 2.500 p e sso a s p a ra p re g a r a
c a d a d o m in g o . Se fo r p a ra o o c id e n te e e n v ia r p elo rá d io s u a
m e n sa g e m à R om ênia, terá u m a c o n g re g a ç ão d e m ilhões.
Esse co n selh o lib e ro u Jo sep h p a ra v e r o p lan o d e D eus.
Ele a c eito u co ra jo sam e n te o se u exílio e D eu s o rec o m p en so u .
D u ra n te oito ano s, ele tra n sm itiu u m p ro g ra m a p a ra a R om ênia
p e la R ád io E u ro p a L ivre. M ilhões d e p esso as o u v ia m to d a s
as ta rd e s d e d o m in g o o m in isté rio d e p re g a ç ã o d e Jo sep h
T son.
O D r. N ick n ã o p o d ia im a g in a r os re su lta d o s d e lo n g o
alcance q u e a p a rtid a d e Jo sep h teria em su a p ró p ria v id a. U m
m éd ic o cristã o com u m a p rática d e m e d ic in a re sp e ita d a , ele
e ra ta m b é m u m p re g a d o r d e fim d e se m a n a e e s ta v a certo d e
q u e este seria o lim ite d o seu d e v e r p a ra com C risto p elo resto
d e su a v id a.
A p e rd a d e Jo sep h T so n foi u m g o lp e sev ero p a ra a igreja
d e O ra d e a , m as eles p ro c u ra ra m a o rie n taç ã o d e D eu s co m
re s p e ito ao seu n o v o p a s to r e fiz e ra m u m c o n v ite ao Dr. N ick.
Rompendo os Grilhões 99

Ele era u m ex celente ex p o sito r d a P a lav ra d e D e u s e su a


pregação ferv o ro sa e cheia d e sa b e d o ria tin h a feito d e le o
c a n d id a to fav o rito d a igreja. A p rin c íp io o D r. N ick rec u so u
0 convite. C om o p a ssa r d o tem p o , e n tre ta n to , e m e d ia n te
p ersu asão d o s líd e res d a igreja, D e u s m o stro u ao D r. N ick q u e
devia aceitar.
O s m e m b ro s d a igreja ficaram ra d ia n te s e a b ên ção de
Deus foi ra p id a m e n te p e rc e b id a a tra v é s d e c o n v e rsõ e s sem a-
nais a C risto e u m crescim en to c a d a v e z m aior.
O D r. N ick só p o d ia c o m p a re c e r ao s d o m in g o s, n o
entanto, p o r ser m éd ico d e v ia p e rm a n e c e r m édico. A s a u to -
rid ad es c o m u n ista s n ã o lhe p e rm itiría m se r u m p a s to r b atis-
ta. Eles fiz e ra m tu d o p a ra im p e d ir q u e isso acontecesse. Logo
to m o u -se e v id e n te q u e a igreja p rec isav a d ele e m te m p o
integral, m as as a u to rid a d e s sim p le sm e n te re c u sa ra m p er-
m issão p a ra q u e se m u d a sse p a ra O ra d e a.
A p re ssã o a u m e n to u . T o d o v iajan te d e v ia te r u m " p a s-
sap orte in te rn o "; caso co n trário , ficava sujeito a deten ção ,
prisão e m u lta s p esad as. N o jogo d o p o d e r d o g o v e rn o p a ra
afastar o D r. N ick d e O ra d e a, eles co n fiscaram o seu p a ssa p o r-
te in tern o. Ele n ã o só n ã o p o d ia m u d a r p a ra O ra d e a co m o
tam bém a té v iajar p a ra lá, a fim d e p re g a r e p a s to re a r a igreja,
era a g o ra c o n sid e ra d o ilegal. O Dr. N ick p o d ia se r d e tid o e
preso a q u a lq u e r m o m en to .
A igreja ficou a b a tid a. S erá q u e o Dr. N ick jam ais p o d e ria
ser o se u p a sto r? Eles o ra ra m e c h o ra ra m n a se m a n a e m q u e
receberam as notícias.
O D r. N ick tam b é m e sta v a se e sfo rç an d o p a ra to m a r u m a
decisão a c ertad a. D ev eria d e sistir d a su a v isã o e v o lta r ao
p adrão a n te rio r d e p rática d a m ed ic in a e m in isté rio d e fim d e
sem ana? A p e rsp e c tiv a d e ser p reso , p a g a r m u lta s alta s e
possível to rtu ra n ã o e ra fácil d e en fre n ta r. O d o m in g o se
ap ro x im av a e a ten são subia. Ele se n tiu q u e a q u e la e ra u m a
causa p e rd id a . O S e n h o r u so u , en tão , s u a m u lh e r p a ra
libertá-lo d o tem o r.
"N ick ", d isse ela, "D e u s c h a m o u você p a ra p a s to re a r a 2a
Igreja B atista d e O ra d e a. Você aceito u o c h a m a d o . V ocê é o
pastor deles. E ssas p esso as estão c o n ta n d o co m você. Você
não p o d e a b a n d o n á -la s, m esm o q u e isso sig n ifiq u e p risão ."
100 O REAVIVAMENTO SATÁNICO
A m a n h ã d e d o m in g o chegou. O jo v em e en érg ico P a u l
N e g ru t, assim co m o o resto d o s d iáco n o s, h a v ia tra b a lh a d o
d u r o p a ra q u e o D r. N ick p u d e sse co m p arecer, m as e m vão.
U m d e le s teria d e p reg a r. O fa rd o p e so u so b re P a u l e e n tã o
o telefo n e tocou. E ra a Sra. G h io rg h ita . " P a u l" , d isse ela, " v á
e s p e ra r o trem . D eu s a rra n jo u u m p re g a d o r p a ra vocês.
'S ila s' e stá c h e g an d o ."
P a u lo s e g u iu p a ra a estação ferro v iá ria , im a g in a n d o
q u e m se ria a q u e le "S ilas". Bem n o fu n d o d o coração d e sejav a
q u e fosse o seu a m a d o p a sto r. E ste "S ilas" a rrisc a ria se r p reso
p a ra s e rv ir o seu D eu s co m o o Silas bíblico fizera h á tan to s
anos? O D r. N ick v iajaria sem o se u p a ssa p o rte ? O D r. N ick
c h e g o u re a lm e n te e lág rim a s a c o m p a n h a ra m o ab ra ç o d eles
ao se e n c o n tra re m n a estação. A m b o s sab iam m u ito b e m o
p reço q u e p o d e ria se r c o b ra d o p o r essa a titu d e .
N a igreja, sem sa b er d a c h e g a d a d o Dr. N ick, o p o v o se
re u n ira e m u m n ú m e ro m aio r q u e o u s u a l—a crise os ju n ta ra.
Eles se p u s e ra m a c a n ta r os h in o s so b u m a n u v e m d e tristeza.
E n q u a n to c a n ta v a m , o Dr. N ick co m eço u a a tra v e ssa r os
c o rre d o re s ch eio s em d ire ç ão à p lata fo rm a . E, d e rep e n te,
tu d o m u d o u . U m silêncio sa n to caiu so b re to dos. A m aio ria
co m eço u a ch o rar. "A m ém ! A m ém !" foi o q u e se o u v iu em
to d a a igreja. O seu p a s to r viera! Ele os a m a v a o b a sta n te p a ra
e n fre n ta r a prisão .
M ais d ra m á tic o a in d a , o D r. N ick c o n d u z iu , n a q u e la
ta rd e d e d o m in g o , o fu n era l d e u m im p o rta n te oficial d o
g o v ern o . A e sp o sa d ele e ra m em b ro d a igreja. M u ita s
a u to rid a d e s c o m u n ista s a ssistira m ao fu n era l e sa b ia m q u e o
Dr. N ick n ã o tin h a o seu p a ssa p o rte in tern o . E n q u a n to falava,
o D r. N ick c o n tra sto u em u m a m en sa g e m d in â m ic a o q u e
Jesu s C risto e K arl M arx p o d ia m faz e r a fav o r d e u m m o rto .
E ssa fé d e s te m id a a u m e n ta a co n fian ça d o s p e rs e g u id o s e
c o n fu n d e os p e rse g u id o re s. A s a u to rid a d e s n ã o sa b ia m o q u e
fazer, m as n ã o o p re n d e ra m .
O D r. N ick recebeu, m ais tard e , p e rm issã o p a ra m u d a r-
se p a ra O ra d e a e a g o ra se rv e ali co m o u m d o s p a sto re s m ais
b em d o ta d o s e m to d o o m u n d o . Se o re a v iv a m e n to v ier a esta
terra, su a fé corajo sa e seu p o v o v a le n te terão feito p a rte d o
fo g o q u e o iniciou.
Rompendo os Grilhões 101

Se o re a v iv a m e n to rev o lu c io n á rio tiv e r d e c h e g a r a té nós,


a m esm a fé e c o ra g e m d e v e m ta m b é m to m a r-s e u m fogo
m o tiv ad o r em n o sso s corações.

5. Fome da Palavra de Deus (veja Hebreus 4.7-13)


U m d o s p a sso s im p o rta n te s p a ra q u a lq u e r re a v iv a m e n to
su ficien tem ente fo rte p a ra q u e b ra r os g rilh õ e s d e S a tan á s é o
equilíbrio bíblico. O s re a v iv am e n to s, p e la s u a p ró p ria n a tu re -
za, te n d e m a p ro m o v e r o e x tre m ism o e isso p o d e le v a r as
pessoas a u m a ta n g e n te q u e p reju d ica o e q u ilíb rio bíblico. O
estu d o d e J. E d w in O rr so b re os d e s p e rta m e n to s ev angélicos,
que ele lev o u a v id a in te ira e screv en d o , c o n v e n ce ram -n o d o s
perigos d o ex trem ism o . Ele a d v e rte q u e q u a se to d o s os
reav iv am en to s o u d e sp e rta m e n to s e sp iritu a is d o p a ssa d o
esfriaram com a in tro d u ç ã o d e u m e x tre m ism o tan g en cial.
A lgum as v e z es tra ta v a -se d e u m "e x tre m o n a o rg an iz aç ã o ",
o u tras d e u m "n ac io n a lism o e x tre m o " , o u u m " e x tre m o
glossolálico (falar e m lín g u a s)", o u a in d a u m "e x tre m o d e
sinais e p ro d íg io s", etc.
G o sto d a m a n e ira co m o o E sp írito S an to a v a lio u os altos
e baixos d o re a v iv a m e n to p ó s-p e n te co stal d u ra n te m u ito s
anos n o s d ia s d o N o v o T estam en to . L em os e m A tos 2.42 u m
resum o d o re a v iv a m e n to d a p rim e ira igreja co m e sta fó rm u la:

"E perseveravam na doutrina d os apóstolos e na


com unhão, no partir do pão e nas orações".

E ste e q u ilíb rio bíblico tem u m a ên fase q u á d ru p la : (1)


estu d o d a P a la v ra (" d o u trin a d o s ap ó sto lo s"); (2) v id a d o
corpo ("c o m u n h ão "); (3) a d o ra ç ã o (" p a rtir d o p ão"); e (4)
oração.
E im p o rta n te n o ta r a p rim e ira ên fase p a ra o eq u ilíb rio
certo: " d o u trin a d o s ap ó sto lo s". A trav é s d o s ap ó sto lo s, D eus
deu a S eu p o v o a rev elação d a N o v a A liança. O s ap ó sto lo s
en sin aram as E scritu ras d o A n tig o T e stam en to , re c o rd a ra m
os e n sin a m e n to s d o S e n h o r Jesus C risto, e re g is tra ra m a n o v a
revelação d a a u to ria d o E sp írito S anto em v ário s escrito s e
epístolas. P a ra a q u eles cren tes d o século I a, a d o u trin a d o s
102 O REAVIVAMENTO SATÁNICO
ap ó sto lo s e q u iv a lia ao q u e c h a m a m o s hoje d e N o v o T esta-
m en to . Eles o u v ira m a P a lav ra d e D e u s —d e d ic a n d o -se à
" d o u trin a d o s a p ó sto lo s".
Q u a n d o tu d o e stá n eg ro , rea lm e n te n eg ro ; q u a n d o a
situ ação é d e se sp e ra d a ; q u a n d o você p recisa d e e sp e ra n ç a e
n ã o h á n e n h u m a e sp era n ç a visível; q u a n d o as p e sso a s so frem
e o in im ig o p a re c e e sta r n o controle; só existe u m a fo n te d e
v e rd a d e ira e sp e ra n ç a e c o n so lo —a P a lav ra d e D eus.
Isso talv e z e x p liq u e p o r q u e o p o v o d a R o m ê n ia tem
ta n ta fo m e d a P a la v ra d e D eus. P o r o u tro lad o , explica
tam b é m p o r q u e os a te u s, os c o m u n ista s e os m o v im e n to s
sa ta n ista s fazem tu d o o q u e p o d e m p a ra a n iq u ila r as E scritu-
ras.
Q u a n d o c o m p a rec e m o s ao e n c o n tro d e jo v en s n a n o ite
d e se g u n d a -fe ira n a igreja d e O ra d e a, n o ta m o s q u e m u ito
p o u c o s jo v en s tin h a m Bíblias. A n tes d o m o tim , e ra difícil
o b te r u m a Bíblia n a R om ênia. A p e sa r d o desejo c o n sta n te d e
c o n se g u ir B íblias p o r p a rte d a s igrejas, o g o v e rn o m a n tin h a
u m a se v era restrição so b re o n ú m e ro d e e x e m p lare s q u e
p o d ia se r p u b lic a d o . A lg u m a s B íblias fo ra m c o n tra b a n d e a d a s
p a ra a R om ênia, m as isso e ra p erig o so , le v a n d o m u ita s v ezes
a p risõ e s e se n d o , n a m elh o r d a s h ip ó teses, u m a re sp o sta
lim ita d a. N ã o h a v ia p o ssib ilid a d e d e sa tisfa z er a n e c e ssid a d e
d o s so fred o res; m as, m esm o assim , a lg u n s d eles e n c o n tra ra m
m eio s d e o b te r a P a la v ra d e D eus. U m d esses m eio s era
e m p re s ta r a s B íblias p a ra o u tro s cren tes q u e c o p ia v a m liv ro s
i n te ir o s n u m a m á q u i n a d e e s c r e v e r a n ti g a o u , m a is
c o m u m e n te , à m ão.
U m d o s p a sto re s-a p re n d iz e s e n sin a v a ao s jo v en s u m a
lição so b re N eem ias, n a q u e la n o ite d e se g u n d a-feira. N ã o
p o d ía m o s e n te n d e r su a leitu ra , m as era e v id e n te p a ra n ó s q u e
se u s m é to d o s d e e n sin o n ã o e ra m a tu a liz a d o s. Ele lia n o tas
m a n u s c rita s em to m m o n ó to n o . Sem u m p ro je to r o u se q u e r
u m q u a d ro -n e g ro , ele e sta v a fa z e n d o u m a le itu ra a p a re n te -
m e n te in síp id a. O b se rv am o s p o r m ais d e q u a re n ta m in u to s
e ficam os su rp reso s! O s q u a tro c e n to s a q u in h e n to s jo v en s n a
a u d iê n c ia p a re c ia m ab so rto s, a m aio ria d eles to m a n d o n o tas
em ritm o fu rio so , te n ta n d o re te r c a d a p a la v ra q u e p u d e s se m
d o liv ro d e N eem ias.
Rompendo os Grilhões 103
Eles o b v ia m e n te e sta v a m fam in to s d a P a la v ra d e D eus.
A ú n ica e sp era n ç a p a ra nós, n este p e río d o n e g ro d o
reav iv am en to satânico, é a d e o u v irm o s a P a la v ra d o S enhor.
Só a P a lav ra tem o p o d e r d e sa lv a r-n o s n e sta h ora.

6. Os Vínculos da Fraternidade Cristã (veja 1 Tessaloni-


censes 1.4-10)
C o n fo rm e u m a tra d içã o d a p rim e ira igreja, o p rim e iro
m ártir cristão g en tio p e rd e u su a v id a e m T essalônica. Pelo
que sab em o s d a igreja tessalonicense, isso é p ro v a v e lm e n te
verdade. Q u a n d o P au lo se e n c o n tra v a ali, os a d e p to s d o
ju d aísm o fo rm a ra m u m g ru p o a m o tin a d o e se o p u s e ra m à
sua p reg ação d a m e n sa g e m d o ev an g elh o . Sob a ca p a da
escuridão, P a u lo e Silas fu g ira m p a ra a c id a d e d e B eréia. O
m o v im en to d e o p o sição e m T essalônica e ra tão fo rte q u e eles
p erseg u iram P a u lo e Silas e a p ro n ta ra m o u tra rev o lta em
Beréia.
A igreja d e T essalônica tin h a d e v iv e r e a tu a r n e sse clim a
de m ilitân cia. E ra difícil ser cristão n e ssa c id a d e e p a rtic ip a r
daq u ela igreja.
U m a n o ção d a p e rse g u içã o e so frim e n to d o s c re n te s em
T essalônica irá a p ro fu n d a r n o sso in teresse p o r esta e p ísto la
do N o v o T estam en to , e sp ec ialm en te q u a n d o v e m o s q u e u m a
das p rin c ip a is m e n s a g e n s d o liv ro é a im p o r tâ n c ia d a
fra tern id a d e e c o m u n h ã o e n tre os cristãos. N ó s d iz e m o s hoje
que isso é a " v id a d o c o rp o " o u "k o in o n ia " d a igreja. O a u to r
Kittel d iz q u e a p a la v ra " d e n o ta 'p a rtic ip a ç ã o ', 'c o n fra te rn iz a -
ção', e sp ec ialm en te co m u m v ín cu lo fo rte ".3
P a u lo se refere c o n tin u a m e n te a esse v ín cu lo v ita l de
fra tern id a d e n a igreja so fre d o ra d e T essalônica. Ele era tão
precioso p a ra o a p ó sto lo q u e n ã o q u e ria d eix á-lo s e perdê-lo.
Paulo fala d isto em alg u m as d e su as p a la v ras m ais com oventes:

"Irm ãos, quand o nos separam os de vocês p o r algum


tem po — não em pensam ento, é claro, m as som ente no
corpo — com o sentim os saudades e como nos esforçamos
para vê-los outra vez! N ós queríam os vê-los novam ente.
Pelo m enos eu, Paulo, quis fazer isso m ais de um a vez" (1
Tessalonicenses 2.17,18a — BLH).
104 O REAVIVAMENTO SATÁNICO
P a u lo e n c o n tro u g ra n d e consolo n o v ín cu lo d a su a co-
m u n h ã o , n a " v id a d o co rp o " d a q u e la igreja.

Vida do Corpo com a Aproximação do "Dia"


E n q u a n to escrev o e sta s p a la v ras, os o lh o s d e m in h a
m e n te fo calizam as m u ltid õ e s d e p esso as felizes se re u n in d o
p a ra o rar, a d o ra r e receb er e n sin a m e n to s n a s ig rejas d a
R om ênia. E las se re u n ia m p o rq u e n e c essita v a m e s ta r ju n tas.
S en tim o s o p o d e r d o v ín cu lo em to d a reu n iã o d a igreja. Tais
c o n d iç õ e s p ro d u z ia m o calo r d o rea v iv am e n to .
E sta v id a d o co rp o foi rec o n h e c id a p elas a u to rid a d e s
c o m u n ista s co m o fatais p a ra o se u alv o d e a n iq u ila r a igreja.
E ssa a ra z ã o d e eles se o p o re m às reu n iõ e s com tal se n tim e n to
d e v in g a n ç a e d e d e m o lire m os p ré d io s d a s igrejas. Eles n ão
q u e ria m q u e o p o v o se reu n isse.
F icam os m a ra v ilh a d o s co m a c o ra g e m d o s cren tes, m as
o D r. N ick re p e tia sem p re: "O s c o m u n ista s n o s tem e m m u ito
m ais d o q u e n ó s os tem em o s."
Q u a n d o a igreja tem b o a s a ú d e e sp iritu a l, u m d o s in g re-
d ie n te s m ais p o d e ro so s em a tu a ç ã o n o se u m eio é a v id a d o
"co rp o " . O e scrito r d e H e b re u s fala e lo q ü e n te m e n te d a
n e c e ssid a d e d e c o m u n h ão :

"G uardem os firm em ente a esperança d a fé que


professam os, pois podem os estar certos de que D eus
cum prirá as suas prom essas.
T enham os consideração uns para com os outros, a fim
de ajudarm os todos a terem m ais am or e a fazerem o bem.
N ão abandonem os, com o alguns estão fazendo, o costum e
de assistir às nossas reuniões. Ao contrário, anim em os uns
aos outros e ainda m ais agora que vocês vêem que o Dia do
Senhor está chegando" (H ebreus 10.23-25 — BLH).

E m n o ssa ú ltim a n o ite n a R om ênia, fom os à casa d o Dr.


P aul. V im os a li a v id a d o co rp o em ação m ais extensa. G ru p o s
d ife ren te s e sta v a m re u n id o s em c a d a ap o sen to . E m u m deles,
o D r. H a m m e o D r. C h a n d ra e x a m in av a m as p e sso a s q u e
d e seja v am re m é d io s e eles c o n su lta v a m u m ao o u tro a resp ei-
to d o s casos m ais difíceis. N a cozinha, o tem a era o d isc ip u la d o
u m a u m . E m o u tra sala, os q u e h a v ia m p ro c u ra d o tra ta m e n ­
Rompendo os Grilhões 105
to m éd ico c o n v e rsa v a m . A e sp o sa d o D r. P a u l d irig ia u m
estu do bíblico co m u m g ru p o p e q u e n o e m o u tro recinto.
H ans e e u p ro c u ra m o s u m lu g a r p a ra nós, m as fo m o s " d e sp e -
jados" p o r u m o u tro g ru p o e d e c id im o s, en tão , sa ir p a ra u m
passeio. E n q u a n to p e rc o rría m o s as ru a s d e O ra d e a , co n v er-
sam os, o ram o s e n o s m a ra v ilh a m o s co m a igreja. A p e sa r d a
opressão e o p o sição , essa igreja e sta v a v iv a e sa d ia n a p a rte
rom ena d o p la n e ta terra.
N ó s tín h a m o s razão , afinal. E ssa igreja e d e z e n a s d e
o utras co m o ela, to m a ra m a v a n g u a rd a d o m ila g re ro m e n o n o
N atal d e 1989. Elas o ra ra m e a d o ra ra m fielm ente. E stav am
prontas q u a n d o D eu s d e c id iu m over-S e p a ra c o n fro n ta r os
p oderes d a s tre v a s e m s u a terra.
O nde
C om eçar

C o m o o c re n te re c o n h e c e a n e c e s s id a d e d e u m
reav iv am en to rev o lu c io n á rio e o q u e fazer p a ra o rie n ta r su a
cidade e s u a c u ltu ra e m d ire ç ão a ele? O q u e os c re n te s p o d e m
fazer p a ra q u e aco n teça u m re a v iv a m e n to hoje co m o os q u e
já c o n s id e r a m o s ? S e r á q u e o u s a m o s e s p e r a r o u t r o
reav iv am en to q u e faça im p a c to so b re to d a a c u ltu ra e m u d e
a nossa N ação?
A o ferta d o re a v iv a m e n to c o n tin u a conosco. D eu s n ã o
encerrou o S eu d ia d e graça. A p ro m e ssa d o p ro fe ta Joel,
aplicada p o r P e d ro ao início d a e ra d a igreja, a in d a n ã o foi
cancelada.

"É isto que eu vou fazer nos últim os dias — disse


Deus.
D erram arei o m eu Espírito sobre todos. Os seus filhos
e as suas filhas anunciarão a m inha m ensagem ; os moços
terão visões, e os velhos sonharão. D erram arei o m eu
Espírito até sobre os m eus servos e as m inhas servas.
N aqueles dias eles tam bém anunciarão a m inha m ensagem "
(Atos 2.17,18 - BLH).

A cred ito q u e esses v ersícu lo s c o n te n h a m u m a p ro m e ssa


singular p a ra os n o sso s dias.

D and o In íc io ao R e sg a te d e u m a C u ltu ra

N o ssa c o n g re g a ç ão em crescim en to p rec isav a d esesp e-

- 107 -
108 O REAVIVAMENTO SATÁNICO
ra d a m e n te d e u m p ré d io m aior. O a rq u ite to p re p a ra ra u m a
p la n ta m ag n ífic a p a ra u m n o v o sa n tu á rio e to d o s ficaram
a n im a d o s e p ro n to s p a ra com eçar. M as tín h a m o s u m p ro b le-
m a p rio ritá rio — n e n h u m d in h e iro e p o u c a s p e rsp e c tiv a s d e
c o n se g u ir a lg u m . O s m em b ro s d e n o ssa igreja h a v ia m acaba-
d o d e se esfo rç ar p a ra p a g a r a h ip o te c a so b re o p ré d io
ex istente. Eu n ã o p o d ia p e d ir a eles q u e p a rtic ip a sse m d e
o u tra c a m p a n h a d e a n g a riaç ã o d e fu n d o s p a ra o n o v o edifí-
ció .
O q u e fazer, en tão ? E x am in am o s p ro g ra m a s d e h ip ó te -
cas, c a m p a n h a s p ro fissio n a is d e a n g a riaç ã o d e fu n d o s e a ju d a
d e n o m in a cio n a l. U rn a g ra n d e in stitu içã o d e e m p ré stim o n o s
in fo rm o u q u e n o ssas c red en ciais n ã o e ra m su fic ie n tem e n te
b o as p a ra g a ra n tir a q u a n tia d e q u e n ecessitáv am o s. Se
reso lv e sse m e m p re sta r, os ju ro s teriam d e se r altos, p o is tal
e m p ré s tim o re p re se n ta ria u m alto risco p a ra eles. A p o rta
p a re c ia fech ad a, m as n ó s o ram o s. T ín h a m o s d e c o n s tru ir o
p ré d io p a ra q u e o tra b a lh o p u d e s se p ro g re d ir e c o n tin u a m o s,
en tão , b a te n d o n a s p o rtas.
N o sso b an co jam ais fizera u m e m p ré s tim o a u m a igreja
e n ã o q u ise ra se q u e r c o n sid e ra r a id éia an tes. S e n tin d o a
o rie n ta ç ã o d e D eu s, v o ltei ao b a n c o e p e rg u n te i à vice-
p re s id e n te se p o d ia a p re s e n ta r o n o sso caso ao c o m itê d e
e m p ré stim o s. S u a re sp o sta foi m en o s q u e p o sitiv a, m as
c o n c o rd o u e m verificar. P a ra m in h a g ra n d e aleg ria, o b an co
c o n c o rd o u .
Jam ais e sq u ecerei a experiência. C o m o m e p rep arei!
R eu ní u m p ro sp e c to co m p a la v ra s c u id a d o s a m e n te e stu d a -
das. O s rela tó rio s fin an ceiro s e as projeções d e crescim en to
fo ra m m etic u lo sam e n te d e m o n s tra d o s e m gráficos. O concei-
to artístico d o n o v o p ré d io tin h a sid o e m o ld u ra d o e e sta v a à
m ão. O s d o c u m e n to s se a c h a v a m p ro n to s p a ra se re m coloca-
d o s d ia n te d o co m itê d e e m p ré stim o s, a d m in is tra d o re s e
re p re s e n ta n te s d a d ire to ria. P ra tiq u e i m u ito a a p re se n ta ç ã o
d o m e u caso. O rei, e o u tro s o ra ra m , p a ra q u e o S e n h o r m e
c o n c e d e s s e s a b e d o ria . C ô n sc io d a m in h a ju v e n tu d e e
in ex p eriên cia, só tin h a 30 a n o s e a q u e le e ra o m e u p rim e iro
p a s to ra d o d e te m p o in te g ral, v esti-m e d e m a n e ira c o n serv a -
d o ra p a ra a o casião — q u e ria p a re c e r tão m a d u ro e d ig n o
Onde Começar 109

q u an to p ossível.
F in a lm en te c h e g o u a h o ra. E n x u g u e i m in h a s m ão s
m o lhadas, m o stra n d o a n sie d a d e , e n tre i n a sala e, d u ra n te
m ais ou m en o s q u a re n ta m in u to s, ex p liq u e i o m e u caso e
resp o n d í a c a d a u m a d a s p e rg u n ta s o m e lh o r q u e p u d e . Eles
me fariam sa b er a su a d ecisão em p o u c o s dias.
A e sp e ra n ã o foi fácil. O s d ia s se p a ssa ra m e fiquei
p en san d o se isso p o d e ria sig n ificar m ás notícias. F in alm en te,
a v ice-p resid en te telefonou: "T e n h o b o as n o tícias p a ra você",
disse ela. "A s u a igreja p o d e receb er u m e m p ré stim o a ser
pago em q u in z e a n o s com ju ro s d e 6%." A q u a n tia a p ro v a d a
era m aio r d o q u e h a v ía m o s p e d id o — p a ra a lg u m a e m erg en -
cia!
"P e n so q u e sab e", c o n tin u o u ela, "este é u m caso extra-
o rd in ário em n o sso banco. A a p re se n ta ç ã o d o seu p e d id o com
tanta lisu ra e re sp o n sa b ilid a d e fez a d iferen ça. P arab én s!"
Fiquei p ro fu n d a m e n te g rato. E n co n trei-m e lu ta n d o com
um a te n ta tiv a alg o fútil d e p e rm a n e c e r h u m ild e . Q u e sucesso
ineb riante p a ra u m jo v em pastor!
E sta e x p eriên cia d a ju v e n tu d e tem u m a ap licação im p o r-
tante q u a n d o b u sc am o s u m p o n to o n d e c o m eçar o resg a te d e
nossa c u ltu ra. E u h a v ia a p re s e n ta d o as n e c essid a d e s d o
corpo d a n o ssa igreja às p e sso a s d o b an co q u e p o d ia m a ju d a r-
nos a resolv ê-las. U m p re p a ro c u id a d o s o e m e u s m elh o res
esforços fo ra m vitais p a ra a m in h a a b o rd a g e m .
C om o cren tes, tem o s o p riv ilé g io d e a p re s e n ta r as neces-
sid ad es d o s q u e n o s ro d e ia m A q u ele q u e p o d e a ju d a r-n o s a
resolvê-las. O p ró p rio conceito d e seres h u m a n o s finitos e
falhos p o d e re m d irig ir-se e in flu e n cia r o S e n h o r infinito,
T odo -P o dero so, esta rre c e a m en te. T o d av ia, é isso q u e a
oração faz.
O ra r é co isa séria. H á u m a a titu d e a d e q u a d a , d ig n id a d e ,
sob riedade, rev erên cia e c u id a d o q u e d e v e m se r observados.
E o n o sso tra b a lh o m ais im p o rta n te n e ste m u n d o . T er u m a
au d iên cia co m o D eu s A ltíssim o so b re coisas im p o rta n te s
p ara Ele e p a ra n ós, coloca q u a lq u e r o u tro e m p re e n d im e n to
h u m an o b e m n o fim d a lista.
N o liv ro N ã o F ique P arado A í, O re A lg u m a Coisa ("D o n 't
Just S ta n d T h ere, P ra y S o m eth in g "), R onald D u n n diz: "A
110 O Reavivamento S atánico
o ração n ã o é u m exercício religioso — é u m a n e c essid ad e
hum ana".
Ele acrescenta:
O rar significa que nunca tenho de dizer "N ão posso
fazer nad a "Sem pre posso fazer algum a coisa...Descobri que
a oração é a arm a secreta do reino de Deus. Ela é com o um
míssil que p od e ser lançado sobre qualquer ponto da terra,
viajando sem ser detectado à velocidade do pensam ento, e
atingir sem pre o seu alvo...Há mais. Satanás não tem defesa
contra esta arm a; ele não tem um míssil anti-oração... N ão
oram os p o r "default" — porque não há m ais nada que
possam os fazer. O ram os porque essa é a m elhor coisa que
podem os fazer.1

É P reciso L e v a n ta r In te rc e sso re s

A fim d e c o n fro n ta r o rea v iv a m e n to satân ico e m n o ssa


c u ltu ra , d e v e m o s co m eçar n o sso s esforços o b se rv a n d o p rin -
cíp io s d iv in o s, d a a u to ria d e D eus. A q u eles q u e Ele se g u e ao
re iv in d ic a r u m a c id a d e , e sta d o ou n ação p a ra o S e n h o r Jesus
C risto . U m p rin c íp io é: A preparação é fe ita m e d ia n te in te rc e s-
sores sérios. D e u s se m p re o p e ra d e ste m o d o n o s p ro b le m a s d a
h u m a n id a d e .
A v in d a d o E sp írito S an to n o d ia d e P en teco stés foi
p re c e d id a p o r in te rce ssão séria. A n tes d e ssa d a ta , D eu s fez
co m q u e S eus 120 d isc íp u lo s ficassem fec h a d o s em o ração
d u ra n te d e z d ia s n o cenáculo. A s o raçõ es d o sa lm ista e d o s
p ro fe tas re v e la m q u e o n a scim en to d e C risto foi p re c e d id o
p o r m u ita oração. S im eão e A n a fiz e ra m in te rce ssão a té o d ia
d o S eu n a scim en to e d a S ua d ed ic a ç ão n o te m p lo (L ucas 2.21-
38).
N e e m ia s foi o in stru m e n to so b e ra n a m e n te e sco lh id o p o r
D e u s p a ra le v a r a ren o v ação a Jeru salém . T o d av ia, ele n em
se q u e r co m eço u a té te r a p re s e n ta d o o se u caso ao Pai celestial.
P elo m en o s q u a tro m eses d e o raç ã o c u id a d o s a e lab o rio sa
p re c e d e ra m esses p a sso s iniciais q u e lev a ram ao rea v iv am e n to
rev o lu c io n á rio (d ez e m b ro — abril, N e e m ia s 1.1; 2.1).
E ste p rin c íp io n ã o m u d a . O re a v iv a m e n to rev o lu cio n á-
rio n ã o irá v isita r n e n h u m a c u ltu ra sem u m a in tercessão
p ré v ia e ferv o ro sa. S em a o ração lab o rio sa, n o sso p aís jam ais
p o d e rá e s p e ra r o re a v iv a m e n to d e q u e p re c isa m o s p a ra
Onde Começar Ill
salvar a n o ssa c u ltu ra d o d esastre. E n q u a n to e x a m in am o s a
história d e N ee m ia s, e sp ero q u e e sta m e n sa g e m os alcance.
D ev em o s n o ta r q u e a o ração n ec essá ria n ã o p ro c e d e d e
desejos v ag o s, em o cionais. Ela d e v e ter u m a fo rm a p re p a ra -
da, d e lib e ra d a , q u e h o n re a D eus. A s o raçõ es d e N e e m ia s
eram assim . A s u a o ração p o ssu ía d ig n id a d e , m aje sta d e e
grandeza. A d escrição q u e já d ei so b re m e u s p re p a ra tiv o s
para a p re s e n ta r o m e u caso aos b a n q u e iro s n ã o se c o m p a ra à
d ig n id a d e e c u id a d o d a a b o rd a g e m d e N e e m ia s ao D eu s d e
Israel. V am o s n o ta r as características d a su a oração.

C aracterísticas d a O ração Q u e S a lv a rá u m a C u ltu ra

1. A o ração q u e sa lv a a c u ltu ra d e v e rá s e r ta n to p e sso a l


q u a n to c o rp o ra tiv a . N e e m ia s com eçou, o ra n d o sozi-
nho:

"T endo eu ouvido estas palavras, assentei-m e e chorei,


e eu lam entei por alguns dias; e eu estive jejuando e orando
perante o D eus dos céus" (Neem ias 14, ênfase acrescentada).

N ó s g e ra lm e n te fazem o s n o ssas m aio res o raçõ es sozi-


nhos, q u a n d o D eu s é a n o ssa ú n ica au d iê n c ia . U m a sinceri-
dade g en u ín a , a v e rd a d e ira m e d id a d o n o sso fard o , c o m eça a
em ergir. N ã o p rec isam o s im p re ssio n a r n in g u é m q u a n d o
estam os so zin h o s.

"Tu, porém , quan d o orares, entra no teu quarto, e,


fechada a porta, orarás a teu Pai que está em secreto; e teu
Pai que vê secreto, te recom pensará" (M ateus 6.6).

E ssas p a la v ra s d o S e n h o r Jesus C risto fo calizam este


aspecto p a rtic u la r d a oração, e Ele tam b é m o b se rv o u o m es-
m o p rincíp io :

"Tendo-se levantado alta m adrugada, saiu, foi para um


lugar deserto, e ali orava" (Marcos 1.35).

Em m in h a p ró p ria ex p eriên cia, a P a la v ra d e D eu s tor-


nou-se p rá tic a q u a n d o e u a o rei d e v o lta p a ra Ele. A p re n d í
112 O Reavivamento S atánico
m ais so b re D eu s e S eus c am in h o s a tra v é s d e m e u s p e río d o s
secreto s co m Ele d o q u e d e q u a lq u e r o u tra fonte. Só p ela
m in h a m a tu rid a d e e m a n o s e m in h a p rática p o sta à p ro v a é
q u e sin to lib e rd a d e p a ra d a r tal teste m u n h o . A o ração em
p a rtic u la r tem s id o o m aio r d e le ite d e to d a a m in h a e x p eriên -
cia cristã.
A o ração a sós oferece o p o rtu n id a d e p a ra u m crescim en-
to e s p iritu a l e p esso al significativo. Ela se to rn a u m a fo n te d a
q u a l flu e m d e n o ssas v id a s á g u a s refrescan tes p a ra o u tro s,
s e n d o d a m a io r im p o rtâ n c ia p a ra o rea v iv am e n to .
A o ração c o rp o ra tiv a é ig u a lm e n te im p o rta n te . E m b o ra
te n h a m o s p o u c o c o n h e cim e n to d e co m o se d e se n v o lv e u na
ép o c a d e N ee m ia s, ela se ach av a, sem d ú v id a , p rese n te. "A h!
S enh or, estejam , pois, a te n to s os teu s o u v id o s à oração... dos
te u s servo s q u e se a g ra d a m d e tem e r o te u n o m e" (N eem ias
1.11, ê n fase acrescen tad a). E m a lg u m p o n to , d u ra n te esses
m eses d e o ração p a rtic u la r d e N eem ias, ele se lig o u a o u tro s
q u e ta m b é m se " a g ra d a v a m e m tem er" o n o m e d e D eus. A
o ração c o rp o ra tiv a in d ic a u m p e río d o d e re u n iã o c o m o u tro s
q u e tin h a m u m fa rd o sim ila r q u a n to à salv ação d e Jeru salém .
D u ra n te m u ito s anos, e u m e se n tia c o n s tra n g id o ao o ra r
ju n to co m o u tro s. Q u a n d o e sta v a m o u v in d o o q u e e u d izia,
e ra difícil p a ra m im ser a b e rto e sincero d ia n te d e D eus. E u
p re fe ria m u ito m ais ficar a sós c o m Ele. A c e rta a ltu ra , sen ti
S u a c e n su ra p o r e ssa p referên cia. Percebi, no p e d id o d o s
d isc íp u lo s, "S en h o r, ensina-nos a o ra r" , q u e a o ração em
c o n ju n to é tão essen cial p a ra o p la n o d e D eu s q u a n to a oração
p a rticu la r.
Q u a n d o os c re n tes se re ú n e m p a ra o rar, v em a lib e rd a d e
e te rm in a o im p e d im e n to p a ra o p ro g re sso e sp iritu a l. O
re a v iv a m e n to ex ig e o lab o r p esso al e c o rp o ra tiv o d ia n te d e
D eu s.

2. A o raç ã o q u e s a lv a a c u ltu ra te m o rig e m n a n e c e s s id a -


d e.

"E ntão lhes perguntei pelos judeus que escaparam , e


que não foram levados para o exílio, e acerca de Jerusalém.
Disseram-me: Os restantes, que não foram levados para o
exílio e se acham lá na província, estão em grande m iséria e
Onde Começar 113

desprezo; os m uros de Jerusalém estão derribados, e as suas


portas queim adas a fogo" (Neem ias 1.2b,3).

N e e m ia s s e n tiu a n e c e ssid a d e d a s u a c id a d e . Ele e sp era -


va, sem d ú v id a , n o tícias m elh o res. O re m a n e sc e n te q u e
v oltara co m Z o ro b ab el fizera m u ito p a ra re c o n s tru ir o tem p lo .
Esdras resta b ele ce ra a a d o ra ç ã o e ch e fiara u m a ren o v a ç ã o
espiritu al n u m a ép o ca a n te rio r. M as a g o ra esse q u a d ro —
m uros d e rrib a d o s, p o rta s q u e im a d a s, e o p o v o ex p e rim e n -
tan d o " g ra n d e m isé ria e d e sp re z o "! A terrív e l n e c e ssid a d e
com eçou a se in s in u a r n a sen sação d e se g u ra n ç a d e N ee m ia s,
com se u b o m e m p re g o e u m a b o a casa. A n e c e ssid a d e tem d e
se a p ro x im a r p e sso a lm e n te d e n ó s a n te s q u e façam o s m u ito
para salv ar u m a cu ltu ra. F alam os d e n ossa c u ltu ra d e m o n iz a d a
e su a n e c e ssid a d e em c a p ítu lo s a n te rio re s, m as d e v e m o s
m an ter e m foco a u rg ên c ia a c a d a d ia q u e passa.
U m a ad o le sc en te d isse m u ito b em n o jo rn a l d e sta sem a-
na:

M oro num subúrbio elegante em Denver. N os últim os


quatro anos vi dez colegas m orrerem de overdose de drogas
ou se suicidarem . Cinco colegas ficaram grávidas. Vários
de m eus am igos acabaram viciados em cocaína. Pelo m enos
o dobro desse núm ero se em briaga com cerveja. Vários me
contaram que seus pais são bom bardeados ou apedrejados
todas as noites. H á algum as sem anas, um garoto do colegial
participou de um tiroteio e m atou três pessoas. O divórcio e
o desem prego são tão com uns que sou considerada feliz por
m eus colegas porque m eus pais continuam casados e
trabalhando.2

E sta d escrição d o n ív el d e estre sse s e n tid o p e la ju v e n tu -


de d e hoje rev e la n o sso s m u ro s d e rrib a d o s e p o rta s q u e im a -
das e a g ra n d e p e rtu rb a ç ã o e d e sg raça d a n o ssa c u ltu ra.
P odem os v e r a n ecessid ad e?
O u v i o co lu n ista, C al T h o m as, q u e c o n sid e ro co m o u m
dos m ais a rtic u la d o s d e n o sso país, s e n d o rec e n te m e n te
e n tre v istad o p elo Dr. Jam es D o b so n em se u p ro g ra m a d e
rádio. A p o sição c ristã d e T h o m as no s d á u m a p e rsp e c tiv a
bíblica d a g ra v e n e c e ssid a d e d e n o sso s d ias. Ele cito u a
e p id em ia d e A ID S e a p ro liferação d o a b o rto co m o ev id ên cias
trágicas d o h o m e m sa c u d in d o o d e d o n o ro sto d e D eus. Ele
114 O REAVIVAMENTO SATÁNICO
m e n c io n o u u m a lei recente, feita p elo ó rg ão d e su p e rv iso re s
d e São F rancisco, c h a m a d a d e "lei d a so c ie d a d e d o m éstic a ".
E sta lei d á ao s casais h o m o sse x u a is e h e te ro sse x u a is n ão
c asad o s, o d ire ito d e v iv e r ju n to s e receb er os b eneficios d o
E stad o e d a p re fe itu ra n o rm a lm e n te re se rv a d o s ao s casais
h e te ro sse x u a is casad o s. Sob e sta n o v a lei, os b eneficios d e
se g u ro , h o sp ita liz aç ã o e o u tro s, su p rid o s co m d in h e iro d o
g o v e rn o p a ra o s casais, irão tam b é m a g o ra p a ra p a rc e iro s
h o m o sse x u a is rec o n h e c id o s e casais h e te ro sse x u a is n ã o casa-
dos. E sta é a p rim e ira d e ssa s reg u la m e n taç õ e s no s E stad o s
U n id o s, m as o u tra s c id a d e s a p a re n te m e n te p re te n d e m aceitá-
la. U m a legislação n a cio n al sim ila r n ã o p a rece fo ra d e cogita-
ção.
A a rro g â n c ia d o h o m e m o s te n ta n d o s u a reb elião e peca-
d o d ia n te d e u m D eu s sa n to p arece n ã o co n h ecer lim ites. O
D r. D o b so n leu u m a c ó p ia d e u m a p ro cla m a ç ã o d e 1989 q u e
foi e x p e d id a p elo P refeito d e M ilw au k ee, co m o segue:

CONSIDERANDO que a com unidade "g a y "/lésb ica se


tornou um a força crescente na vida cultural e política desta
cidade, e CONSIDERANDO que a com unidade " g a y " /
lésbica irá se reunir no período d e 16 a 27 junho de 1989,
para celebrar a sem ana do orgulho "g ay "/lésb ica de
M ilw aukee, e CONSIDERANDO que o tem a d a sem ana do
orgulho "g a y "/lésb ica deste ano é "Stonew all 20, um a
geração orgulhosa", AGORA, PORTANTO, eu, John O.
N orquist, prefeito d a cidade de M ilw aukee proclam o o
período de 16 a 27 junho de 1989 com o sendo a sem ana do
orgulho "g a y "/lésb ica em toda a cidade de M ilwaukee.
Tem os orgulho de quem vocês são.
A s s in a d o — John O . N o r q u is t, P refeito

C al T h o m a s d e c la ro u q u e se esse p refe ito tiv esse te n ta d o


faz e r u m a p ro cla m a ç ã o p a ra o d ia d e "jejum , h u m ilh a ç ã o e
o ração " co m o fez A b ra ã o L incoln, e m 1863, ele im e d ia ta m e n -
te e sta ria n o trib u n a l re s p o n d e n d o a a cu saçõ es d e te r v io la d o
a se p a ra ç ã o e n tre Igreja e E stado.
M u ro s d e rrib a d o s, p o rta s q u e im a d a s, p e sso a s em g ran -
d e s d ific u ld a d e s e d esg raça. É isso q u e o p e c a d o e stá faz e n d o .
A c o isa é assim . C aso d e v a m u d a r, a lg u é m p rec isa se m exer.
A lg u é m tem d e v e r a n e c essid ad e . V iv em o s n u m a c u ltu ra d e
Onde Começar 115
m uros d e rrib a d o s. N o s d ias d e N eem ias, m u ito s só v ira m a
n ecessid ad e n u m n ív el superficial. O irm ã o d e N e e m ia s e os
outros h o m e n s v ira m a n e c essid ad e co m o u m tip o d e a titu d e :
"torça as m ã o s em d e se sp e ro ". Eles sa b ia m d e sc re v e r o
p ro blem a e m d e ta lh e , m as a p a re n te m e n te a n e c e ssid a d e n ão
os toco u a fu n d o co m o aco n teceu co m N eem ias. Ele a viu. Ele
a sentiu. M u ro s d e rrib a d o s, p o rta s q u e im a d a s, e p e sso a s em
g ran d e d ific u ld a d e e d e sg ra ç a o le v a ra m a o rar. A salv ação d e
um a c u ltu ra , m esm o u m a c u ltu ra d e m o n ía ca , e stá em a n d a -
m ento q u a n d o isso acontece.

3. A o raç ã o q u e sa lv a a c u ltu ra irá c o n c e n tra r-se n a g ra n -


d e z a d e D e u s.

"Ah! Senhor, D eus dos céus. D eus grande e temível!


que guardas a aliança e a m isericórdia para com aqueles que
te am am e guardam os teus m andam entos; estejam, pois,
atentos os teus ouvidos, e os teus olhos abertos, para
acudires à oração do teu servo, que hoje faço à tua presença"
(Neem ias 1.5,6).

N e e m ia s tin h a c o n sid e raç ã o p o r D eus. D u ra n te os q u a -


tro m eses d e o ração p e la salv ação d e u m a c id a d e , e sto u certo
de q u e ele d e v e ter feito fre q ü e n te m e n te u m a p a u s a n este
ponto d a ad o ra ç ã o . É isso q u e a o ração d e v e re a liz a r em n o ssa
vida. A a d o ra ç ã o é o n o sso c h a m a d o m ais alto. N e e m ia s
ad oro u o S en ho r. A d o ra r é a m a r a D eus. E rec o n h e c er a S ua
m ajestade. E v ê -ΙΟ co m o o S en h o r, o D e u s d o s céus. A d o ra r
é cu rv ar-se d ia n te d o "D e u s g ra n d e e tem ív el" e ficar n essa
posição te m p o su ficien te p a ra glorificá-lO e m e d ita r sobre
quem Ele é e o q u e faz.
N o liv ro N ã o F ique A í Parado, O re A lg u m a Coisa, R onald
D unn p e rg u n ta : " P o r q u e D eu s se a g ra d a em re s p o n d e r às
orações? P o r q u e Jesus se c o m p ro m e te u a a g ir q u a n d o
pedim os?" A seg u ir, ele re sp o n d e à su a p ró p ria p e rg u n ta :

A fim de que o Pai seja glorificado no Filho (João


14.13)...
Este é o m otivo suprem o de toda oração... não para
que obtenham os aquilo que pedim os, m as para que D eus
seja glorificado naquilo que obtem os.3
116 O Reavivamento S atánico
A s p esso as q u e têm a v isão d e D eu s p a ra s a lv a r u rn a
c u ltu ra , p a ra q u e o re a v iv a m e n to v e n h a , n ã o e stã o co m
p ressa. Elas e m b a rc a ra m n u m a a v e n tu ra , e n tra n d o n a v o n -
ta d e e p lan o so b e ra n o d e D eus. Elas to m a m te m p o p a ra ficar
em sin to n ia co m D eus, p a ra co n h ecer D eus. U m a p a rte
im p o rta n te d a o raç ã o d e re a v iv a m e n to é a p e n a s a m a r a D eus.
O in tercesso r d e v e v e r q u e este D eu s a q u e m ele o ra é
su fic ie n tem e n te p o d e ro so e so b eran o , te n d o su ficien te conhe-
cim en to , sa b ed o ria, m isericó rd ia, g raça e p o d e r, p a ra fazer
co m q u e o reb e ld e m ais d e se sp e ra d o se v o lte p a ra Ele. D aniel,
p ro fe ta d o A n tig o T e stam en to , d e c la ra c la ra m e n te a raz ã o d a
im p o rtâ n c ia d isto . A o d e scre v e r a reb elião a rro g a n te d o
a n tic risto c o n tra D eus, ele acrescen ta esta d e c laração final:
"M a s a q u e le s q u e a m a m a D eus ficarão firm es e c o m b a terã o
o rei (o an ticristo )" (D aniel 11.32b — BLH). O u tra tra d u ç ã o
d e scre v e o se n tid o d o texto a in d a m ais g raficam en te: "M as o
p o v o q u e co n h ece ao s e u D eu s se to rn a rá fo rte e ativ o " (SBB).
Este é u m p ré -re q u isito p a ra os in tercesso res q u e a ju d a m
a sa lv a r u m a c u ltu ra o u nação. Eles d evem c o n h e ce r a D eus.
Q u a n to m e lh o r c o n h e ce rm o s o D eu s d o s céus, o D eu s g ra n d e
e tem ív el, ta n to m a io r se rá n o ssa d e m o n s tra ç ã o d e força
su ficien te p a ra e n tra r em ação. C o m o é im p o rta n te to m a r
te m p o p a ra sin c e ra m e n te b u sc a r co n h ecer a D eu s e p e rm itir
q u e Ele se rev ele a si m esm o p a ra nós.

O s A trib u to s N a tu ra is d e D e u s

A o raç ã o d o u trin á ria se to rn o u p a ra m im u m a d a s


e x p eriên cias m ais ricas n e sta v id a. A o ração d o u trin á ria , n a
a d o ra ç ã o , é lo u v a r a D eu s p elo q u e e sta m o s a p re n d e n d o a
resp e ito d e q u e m Ele é e o q u e os S eus a trib u to s n o s c o n ta m
so b re a S u a p esso a. A v e rd a d e d o u trin á ria so b re D e u s
e n c o n tra d a n a S u a P a la v ra n ã o é alg o a ser a rq u iv a d o p a ra
refe rê n c ia fu tu ra . O Seu n o m e e os S eus a trib u to s são p o n to s
q u e d ã o m a rg e m a m ed ita ç ã o p ro lo n g a d a e o ração d e lo u v o r.
Q u a n d o n o s d e m o ra m o s n essas v e rd a d e s su b lim e s e m a d o -
ração e o ração é q u e elas se to rn a m p a rte d e nós. Isto é
e sp ec ialm en te v e rd a d e n o s p e río d o s d e o ração p a rtic u la r
ex ten sos. D eu s p o d e c o m eçar a en ch er-n o s d e rev e rê n cia
Onde Começar 117
para co m Ele. Foi isso q u e fez c o m N eem ias. Q u e ro m en cio -
nar b re v e m e n te u m esboço d o s a trib u to s n a tu ra is d e D eu s
para a s u a h o ra d e o ração e m ed itação .
A. D e u s é o n ip o te n te (Jó 42.2; Jerem ias 32.27).
B. D e u s é o n isc ie n te (Salm o 139.1-6).
C. D e u s é o n ip re s e n te (Isaías 57.15a; S alm o 139.7-10).
D. D e u s é e te rn o (L am entações 5.19).
E. D e u s é im u tá v e l (Salm o 102.25-27; H e b re u s 3.8).
F. D e u s é tra n s c e n d e n te e s u p e ra a c o m p re e n s ã o h u m a -
n a (Isaías 55.8,9; R o m an o s 11.33-36).
G. D e u s é a b s o lu ta m e n te so b e ra n o (D aniel 4.34b,35).

C o m o são g ra n d e s os a trib u to s n a tu ra is d e D eus. S ua


pessoa in fin ita, au to -ex isten te, au to -su fic ie n te m erece n o ssa
adm iração e ad o ração . N ecessitam o s c o n s ta n te m e n te esticar
os lim ites e x te rn o s d e n o sso e n te n d im e n to p a ra a p re c ia r a
g ran d io sid a d e d e D e u s re v e la d a em S eus a trib u to s n a tu ra is.

Os A trib u to s M o ra is d e D e u s

D eu s se relacio n a com a S ua criação a tra v é s d e Seus


atrib u to s m o rais; S u a n a tu re z a é e x p re ssa n esses a trib u to s.
A. D e u s é sa n to , re to e ju s to (Salm o 89.14; Isaías 47.4:
D e u te ro n ó m io 32.4).
B. D e u s é a m o ro so , m ise ric o rd io so , p a c ie n te , lo n g á n im o
(Jerem ias 31.3; R o m an o s 5.8; 9.14-16; 2 P e d ro 3.9;
S alm o 106.1; R o m an o s 5.20,21; Efésios 2.8,9).
C. D e u s é s á b io , v e rd a d e iro e fie l (Isaías 40.28; D an iel 2.20-
23; T ito 1.2; D e u te ro n ó m io 7.9).
D. D e u s é u m D e u s d e ira, z e lo so (Exodo 34.6,7a; R om anos
1.18; João 3.36; Ê xodo 34.14).

S atan ás e stá se m p re o c u p a d o m a n ip u la n d o -n o s p a ra
d u v id a r d e D eu s d e a lg u m a form a, co m o fez co m Eva. Ele
quer q u e q u e stio n e m o s a b o n d a d e o u a sa b e d o ria d e D eus, ou
algum o u tro a trib u to dEle. O c a rá te r e os a trib u to s d e D eus
jam ais d e v e m se r m e d id o s p elas n o ssas c ircu n stân cias o u
pelas coisas q u e v e m o s a c u rta distân cia. Se c o n h ecerm o s
Deus p elo s S eus a trib u to s, com o eles são d iv in a m e n te re v e la ­
118 O Reav iv amento S atánico
d o s n a S u a P a lav ra , sab erem o s se m p re q u e Ele é am oroso,
b o n d o so , b e n ig n o , etc. A S ua p ró p ria n a tu re z a in d ic a q u e Ele
jam ais p o d e ria ser o u tra coisa além d a q u ilo q u e os Seus
a trib u to s fazem d E le —u m g ra n d e D eus.

O raçõ es Q u e A p re n d e m o s d e D e u s

A s o raçõ es escritas têm g ra n d e valor. A B íblia c o n té m


m u ita s d e la s p a ra n o sso a p re n d iz a d o . A cho m u ito p ro v eito -
so ler as o raçõ es q u e tive te m p o d e escrever. G o sto de
m e m o riz a r ta n ta s orações d a s E scritu ras q u a n ta s consigo.
Q u a n d o as o ro d e v o lta a D eu s d e to d o o coração, m e u p e río d o
d e a d o ra ç ã o se to rn a precioso.
A s o raçõ es escritas p o d e m ser d e a ju d a v ita l p a ra a p re n -
d e r co m o o rar, m as elas n ã o são u m su b s titu to p a ra as orações
q u e faz e m o s co m as n o ssas p ró p ria s p a la v ras. Elas são u m
m eio d e a p re n d e r, d e se n v o lv e r e crescer n a p rá tic a d a oração.
A lg u n s d e vocês p o d e m d esejar escrev er su a s p ró p ria s ora-
ções.
O s d isc íp u lo s d e Jesus rec o n h e c era m a s u a n e c e ssid a d e
d e a ju d a p a ra orar:
"U m dia Jesus estava orando em certo lugar. Q uando
term inou, um de seus discípulos pediu: — Senhor, ensine-
nos a orar, assim com o João ensinou os seus seguidores"
(Lucas 11.1 — BLH).
G ra n d e p a rte d a s orações feitas n o m eio ev an g élico são
su p erficiais. E sp ero q u e isso n ã o p a re ç a u m a crítica o u
ju lg a m e n to . P elo co n trá rio , e sp ero q u e isso m o tiv e e e stim u le
você a se p re p a ra r m e lh o r p a ra se a p ro x im a r d e D eus. O
c la m o r d o filh o d e D eu s recém -n ascid o , q u e n ã o tem m u ito
co n h e cim e n to , sig nifica ta n to p a ra Ele com o q u a lq u e r o ração
b e m p re p a ra d a . T o d av ia, se d e p o is d e a n o s d e c ristia n ism o
a p ro x im a m o -n o s d o S e n h o r com u m a c o m p re e n sã o a in d a
in cip ie n te , isto d e v e e n triste c e r n o sso Pai celestial am o ro so .
D e u s c e rta m e n te e sp e ra m ais d a n o ssa oração, à m e d id a q u e
a p re n d e m o s m ais so b re Ele. S enhor, e n sin e -n o s a orar!

A p u b lic a d o ra c o n ced e p e rm issã o p a ra q u e as o raçõ es


Onde Começar 119

neste liv ro sejam c o p ia d a s p a ra c o n v e n iê n c ia d e uso. D ê


crédito à fo n te d e c a d a u m a. M as, lem b re-se d e q u e as orações
não d e v e m ser c o p ia d a s p a ra v e n d e r. O rações d e rea v iv am e n to
p o d em se r e n c o n tra d a s em fo rm a d e folheto. A s in stru çõ e s
p ara p e d id o s ach am -se n o índice.

O R A Ç Ã O D E R E A V IV A M E N T O M O D E L O 1
T E M A : E N S IN A -M E A C O N H E C E R -T E

Pai C elestial A m o ro so , coloco-m e d ia n te d e Ti n e ste


p erío d o d e o ração p a ra a b rir m e u coração so b re o s p ro b le m a s
e n e c essid ad e s q u e vejo em m im . P ercebo g ra n d e s n ecessid a-
des em m e u p ró p rio coração, em m in h a fam ília, e n tre m e u s
co m p an h eiro s cristã o s e n a m in h a c u ltu ra , c o m u n id a d e e
m u n d o . E n sin a-m e a m e in te re ssa r e o ra r so b re essas neces-
sid ad es co m o o T eu se rv o N e e m ia s a p re n d e u a o rar. D esejo
hon rar-T e co m o o "D e u s d o s céus, o g ra n d e e tem ív el D eu s",
cuja g ra n d e z a é su ficien te p a ra sa tisfa z er as n e c essid ad e s
u rg en tes d e s ta v id a. Q u e ro a m a r-T e e ad o rar-T e, P ai C elestial,
com o m ereces se r a d o ra d o . E u Te am o; n ã o tão p e rfe ita m e n te
com o a lg u m d ia o farei, m as e u Te a m o e a d o ro ag o ra. E nsina-
m e a con hecer-T e. E n q u a n to Te a d o ro n e ste m o m e n to ,
concede-m e n o v o s c o n h ecim en to s d e T u a g ra n d e z a e sufici-
ência. E n q u a n to falo C ontigo, p o r favor, fala com igo.
O b rig a d o , P ai C elestial, p o r seres o n ip o te n te , T odo-
P o d ero so e so b eran o . E u Te lo u v o p o rq u e n ã o c o n stitu iu u m a
am eaça p a ra a T u a o n ip o tê n c ia so b e ra n a teres c ria d o S atanás
e to d o s os anjos q u e c a íram , e m b o ra sab ias q u e eles se
reb elariam c o n tra Ti. S into c o n fo rto e se g u ra n ç a n u m D eus
tão g ra n d e e tem ív el q u e p o d e m a n te r tu d o so b a S u a sobera-
na s u p e rv isã o e co n tro le. E u m e rejubilo p o rq u e até m esm o
as g ra n d e s n e c essid a d e s d e ste d ia n ã o c o n stitu e m am eaça
p ara o T eu p o d e r o n ip o te n te e d e síg n io so b eran o .
O ro p o r u m re a v iv a m e n to rev o lu c io n á rio q u e v e n h a d a
Tua m ã o so b e ra n a e afirm o q u e a T u a o n ip o tê n c ia é suficien-
tem ente fo rte p a ra realizá-lo. A firm o q u e o T e u p o d e r o n ip o -
tente b a sta p a ra h u m ilh a r, n u m m o m e n to , a a rro g â n c ia m ais
120 O Reavivamento S atánico
h o stil d o h o m em . A firm o q u e a T u a o n ip o tê n c ia p o d e a n u la r
a m a is c u id a d o sa e stra té g ia e p lan o d e S atan ás e se u reino.
P ela fé, m a n te n h o o T eu co n h ecim en to o n isc ie n te e T ua
c o m p le ta p ercep ção em p e rsp e c tiv a e n q u a n to oro. O b rig a d o
p o r n ã o h a v e r m a ld a d e o u p e c ad o q u e escap e ao T eu conhe-
cim en to . O b rig a d o p ela c ru z e o b ra re d e n to ra d o S e n h o r Jesus
C risto tere m sid o su ficien tes p a ra cap acitar-T e a c o n c ed e r
p e rd ã o p a ra a p e rv e rs id a d e d o h o m em . L ouvo-T e p o rq u e , n a
T u a o nisciência, ap licaste o S eu sa n g u e e x p ia d o r p a ra p u rifi-
c a r a c u lp a d e to d o s os m e u s p ecad o s; n e n h u m d e le s foi
o m itid o . S u plico a T u a c o m p re en sã o o n iscien te so b re as
trág icas co n d içõ es d a reb elião p e rv e rs a d e s ta n o ssa e ra e
p eço-T e q u e n o s h u m ilh e s e no s leves ao a rre p e n d im e n to
d ia n te d e Ti.
E u T e a d o ro , a d m ira n d o a T u a o n ip resen ça. R econheço
co m o salm ista: " P a ra o n d e m e a u se n ta re i d o te u E spírito?
p a ra o n d e fu g ire i d a tu a face? Se su b o ao s céus, lá estás; se faço
a m in h a c a m a n o m ais p ro fu n d o ab ism o , lá estás tam b é m "
(Salm o 139.7). O b rig a d o p o r e sta res p re se n te o n d e q u e r q u e
a m a d r u g a d a su rja. Em to d a s as e x tre m id a d e s d o esp aço e em
to d a a T u a criação, lá e stás tam b ém . O b rig a d o p o r h a b ita re s
a p ró p ria e te rn id a d e .
A leg ro -m e p o rq u e a T u a p rese n ç a está co n o sco e m nos-
so s d ia s co m o e stev e n o s re a v iv a m e n to s d a h istó ria . Peço-T e
q u e rev e les a T u a p rese n ç a e n tre nós. E u Te c o n v id o a
a c h e g a r-T e a n ó s, p a ra p o d e rm o s e x p e rim e n ta r o
q u e b ra n ta m e n to e a p ercep ção d e n o ssa n e c e ssid a d e p ecam i-
n o s a tra z id a p e la T u a presen ça. A firm o q u e o re a v iv a m e n to
v e m q u a n d o as p e sso a s to m a m p len a co nsciência d a p rese n ç a
p ró x im a d o n o sso D e u s Santo. C oloco d ia n te d e Ti a T u a
m ise ric ó rd ia e a T u a graça, co m o o fere c en d o b a se su ficien te
p a ra sa tisfa z er o g rito d o m e u coração.
E xalto a T u a p erfeição im u táv e l e m tu d o q u e és; p o is és
o m esm o o n tem , hoje e e te rn am e n te . O b rig a d o p elas T u as
p ro m e s s a s se re m d ig n a s d e confiança. C reio q u e se o T eu
p o v o se u n ir a Ti n a m a ra v ilh a d a T u a p esso a e b u sc a r a T u a
face e m o ração h u m ild e , T u o u v irás. C o n firm o m e u d esejo d e
a fa star-m e d e to d o s os m e u s c a m in h o s p e rv e rso s e d e c la m a r
a Ti p a ra q u e o u ç a s d o s céus, p a ra p e rd o a r n o sso s p e c ad o s e
Onde Começar 121

curar a n o ssa terra. E m T eu p la n o im u táv e l, so b e ra n o , fico


esp era n d o q u e realizes tu d o o q u e é n ecessário p a ra n o s lev a r
ao rea v iv am e n to .
E xalto a T u a justiça, P ai C elestial. A leg ro -m e p o rq u e u m
dia b a n irá s to d o o m al p a ra se m p re d a T u a p resen ça, e m T eu
plan o p e rfe ito d e ira santa. T am b ém m e a le g ro p o r v e r a T u a
justiça e v e rd a d e d e m o n s tra d a s em m ise ric ó rd ia lo n g á n im a
no C alv ário. R econheço q u e a T u a ira s a n ta foi c o m p e n sa d a
pelo sacrifício e x p ia tó rio d o S e n h o r Jesu s C risto. O b rig a d o
por e sta res d isp o sto a colocar so b re o T eu p ró p rio F ilho o
ju lg am en to q u e nó s, q u e receb em o s em lu g a r d isso a T u a
graça, m erecíam o s. A m a ra v ilh a d e sse a to esca p a à m in h a
c a p acid ad e d e c o m p reen são . T o d av ia, sei q u e a T u a justiça,
m an ifestad a em m ise ric ó rd ia e graça, p e rm a n e c e n o â m a g o
da m in h a o ração p e lo rea v iv am e n to . Peço q u e a T u a ju stiça
se ap ro x im e d e nós. R econheço q u e a n o ssa c u ltu ra m erece o
destino d e S o d o m a e d a te rra no s d ias d e N oé. S uplico, no
entanto, p ela ju stiça q u e v eio n o P enteco stés.
O b rig a d o p o rq u e m u ita s d a q u e la s m esm a s p e sso a s q u e
p ed iram q u e C risto fosse crucificado, g rita ra m n o d ia d e
Pentecostés co m o co ração c o m p u n g id o : " Q u e farem o s? Q u e
farem os?" R ep ete isso, ó D eus. N ão n o s ju lg u e co m ira com o
fizestes co m S o d o m a, m as co m terrív el co n v icção d e p e c a d o
até q u e o a rre p e n d im e n to co rra em rios d e lág rim a s d ia n te d e
Ti.
T u és sáb io e v e rd a d e iro . Fiel à T u a P a la v ra d a v e rd a d e .
M arav ilh o -m e c o m a T u a lo n g a n im id a d e conosco. R econhe-
ço q u e m e u p e d id o é difícil d e a te n d e r. O b rig a d o p o r p e rm a -
neceres tra n sc e n d e n te acim a d e to d o o caos d e ste m u n d o .
A legro-m e p o rq u e , n a in fin ita g ra n d e z a d a T u a m aje sta d e e
g ran d io sid a d e , T u h a b ita s n a d iv in a tra n q ü ilid a d e d a T ua
perfeição.
T en h o fo m e e se d e d a T u a ju stiça. Sei q u e h a v e rá
n ecessid ad e d e u m re a v iv a m e n to rev o lu c io n á rio p a ra q u e tal
justiça p o ssa to car a n o ssa c u ltu ra em g ra n d e escala, m as em
Tua g ra n d e z a T u p o d e s fazer com q u e isso aconteça. E n q u an -
to eu Te a d o ro e m T u a m ajestad e, reiv in d ico a P a la v ra d a T u a
prom essa: " P o rq u e assim d iz o A lto, o S ublim e, q u e h a b ita a
etern id ad e, o q u a l tem o n o m e d e Santo: H a b ito n o alto e sa n to
122 O Reavivamento S atánico
lu g ar, m a s h a b ito tam b é m c o m o c o n trito e a b a tid o d e e sp íri-
to, p a ra v iv ificar o e sp irito d o s a b a tid o s, e v iv ificar o c oração
d o s c o n trito s" (Isaías 57.15). Peço q u e realizes e m m in h a v id a
e em m in h a c u ltu ra a v e rd a d e d e ssa p ro m e ssa am o ro sa.
A firm o q u e h á m é rito su ficien te n o n o m e e o b ra c o n s u m a d a
d o S en h o r Jesu s C risto p a ra c u m p rir além d a q u ilo q u e peço.
O ro em S eu n o m e. A m ém .
T ocados p e lo
F ardo de D eu s

"R estaura, Senhor a nossa sorte,


com o as torrentes no N eguebe.
Os que com lágrim as semeiam,
com júbilo ceifarão.
Q uem sai an dando e chorando enquanto semeia,
voltará com júbilo,
trazendo os seus feixes" (Salmo 126.4-6).

G eorge, u m ex ecu tiv o e sfo rç ad o e e m p re s á rio d e suces-


so, era in can sáv el e m seu desejo d e a lcan çar excelência e
eficiência. O s e m p re g a d o s q u e n ã o c o m p a rtilh a v a m d o seu
zelo n o tra b a lh o receb iam ag ressõ es v e rb a is em lin g u a g e m
"colorida". E m b o ra p ro fe ssa n d o ser cristão , a cren ça d e
G eorge n ã o re su lta ra n a tra n sfo rm aç ã o d e v id a d e s ig n a d a p o r
Deus. U m a m ig o cristão a p a re c e u p o r acaso n o e scritó rio de
G eorge, c e rto d ia, e o u v iu u m a d e su a s críticas za n g ad a s.
G eorge ficou e m b a ra ç a d o com a d esco b erta, m as d e scu lp o u -
se com o te n d o tid o u m " d ia p éssim o ".

Um P re lú d io d o Q u e b ra n ta m e n to

O a m ig o reco n h eceu a n e c e ssid a d e e sp iritu a l d e G eorge.


Ele h a v ia lu ta d o co m o m esm o p ro b le m a em su a v id a e o
Senhor o lib ertara. Veio, en tão , c o n v e rsa r co m ig o e d iscu ti-
m os a m a n e ira d e a ju d a r G eorge. A m bos é ra m o s ín tim o s d ele
e p ro p u se m o s, assim , u m p e río d o m atin a l d e d isc ip u la d o
com a p a rtic ip a ç ã o d o s trê s. O ra ç ão , e s tu d o b íb lic o e

- 123 -
124 O REAVIVAMENTO SATÁNICO
m e m o riz a çã o d e p a ssa g e n s seria o fo rm ato d a reu n ião . G eo rg e
a c eito u e n tu sia sm a d o . N a d a d isse m o s a ele so b re o se u m a u
gênio. V árias se m a n a s se p a ssa ra m . A fo m e e sp iritu a l em
n o sso s co raçõ es e a m em o riz a çã o d a P a la v ra s e g u id a d e
p e río d o s d e o raç ã o p ro d u z ira m fru to s b o n s e m c a d a u m a d e
n o ssas v id as. A lg u n s d o s S alm o s fiz e ra m im p a c to p ro fu n d o
so b re G eorge.

N a te n ta tiv a d e m e m o riz a r o S alm o 19, nó s o lem o s


in te iro , c a d a u m le n d o a lg u n s v ersículos. G eo rg e term in o u ,
le n d o em v o z a lta os trê s ú ltim o s versículos:

"Q uem pode ver os seus próprios erros?


Purifica-me, Senhor, das faltas
que eu não posso notar.
Livra-m e tam bém dos pecados
que com eto p o r vontade própria;
não perm itas que eles me dom inem .
Assim serei um a pessoa direita
e ficarei livre d e com eter pecado grave.
Aceita as m inhas palavras e os m eus pensam entos,
ó D eus Eterno, m eu refúgio e m eu protetor!

(Salm o 1 9 .1 2 1 4 ‫ — ־‬BLH).

E n q u a n t o lia , G e o r g e e x p e r i m e n t o u p r o f u n d o
q u e b ra n ta m e n to e co m eço u a ch o rar. P o r ser u m a p esso a
forte, ele se se n tiu u m ta n to e m b a ra ç a d o , m as ficam os tão
c o m o v id o s c o m o q u e D e u s e sta v a fa z e n d o q u e d e rra m a m o s
lág rim a s c o m ele. C o m eçam o s a o ra r e tu d o foi b em a té c h e g ar
a v e z d e G eorge. A s em oções to m a ra m c o n ta dele. S oluços
fu n d o s s u b ira m d a s p ro fu n d e z a s d e se u ser. — S in to tanto!
S in to tanto! — foi tu d o o q u e c o n se g u iu orar.
C o m relu tân c ia, tiv e m o s a final d e te rm in a r o p e río d o d e
oração . E n q u a n to c a d a u m se g u ia se u cam in h o , se n tim o s
p ro fu n d a g ra tid ã o p e la p rese n ç a especial d o S e n h o r conosco.
G e o rg e foi tra b a lh a r, m as D eu s n ã o h a v ia te rm in a d o .
G e o rg e e s ta v a le n d o u m d o s liv ro s d e A n d re w M u rra y e ele
ficav a e m s u a m esa co m o liv ro e co m a su a B íblia a m a io r p a rte
d o dia. S eu a rre p e n d im e n to e ra tão g ra n d e q u e a lg u m a s
v ezes sa ía d o escritó rio e ia p a ra a p riv a c id a d e d o se u carro.
Tocados pelo Fardo de Deus 125
Ali se s e n tia liv re p a ra e x p re ssa r s u a s em oções. L ág rim as d e
h u m ilh aç ã o e so lu ço s p ro fu n d o s d e a rre p e n d im e n to a c o m p a-
n h a v a m a tra n sfo rm aç ã o q u e D e u s e sta v a e fe tu a n d o nele.
Este p ro cesso d a g raça d e D eu s d u r o u v á rio s d ias. D eu s
estav a a tu a n d o , p re p a ra n d o u m v a so esp ecial p a ra u m m in is-
tério esco lh id o .

Um Líder Transformado
A b elíssim a tra n sfo rm aç ã o d a v id a d e G eo rg e su rg iu de
seu e n c o n tro s in g u la r co m D eus. S ua d ed ic a ç ão ao tra b a lh o
de D eu s lev o u -o a u m ápice. N a m e ta d e d a casa d o s c in q ü en -
ta, ele v e n d e u se u n eg ó cio e a p o sen to u -se; v in d o a to rn a r-se
um líd e r e s p iritu a l c h eio d e sa b e d o ria e m n o ssa igreja e o ro u
p ara q u e o S en h o r a u m e n ta sse a s u a esfera d e serv iço n o
reino.
A trav é s d a o p e ra ç ã o so b e ra n a d e D eu s, G e o rg e foi n o -
m ead o p a ra u m c a rg o n a d ire to ria d e u m a m issã o ev an g élica
im p o rta n te, co m m ais d e q u in h e n to s m issio n ário s. Ele v em
serv in d o ali h á v á rio s anos, m a n e ja n d o o d in h e iro d e stin a d o
à a p o s e n ta d o ria d o s m issio n á rio s e tem v iaja d o p e lo m u n d o
todo, a c o n se lh a n d o e m in istra n d o ao s m issio n á rio s co m rela-
ção às su a s n e c essid a d e s fin an ceiras p esso ais e n o c a m p o de
trabalho.
C o m o v im o s, a o ração q u e c o n fro n ta a a u to rid a d e d e
Satanás e re sg a ta a c u ltu ra m a n té m -se em c o n ta to com D eus
em S ua g ra n d e z a . T o d av ia, n o sso conceito d a g ra n d e z a d e
D eus d e v e v ir d e u m a fo n te m ais p ro fu n d a d o q u e a d e
q u a lq u e r p ercep ção in telectu al d a v e rd a d e . Ela d e v e s u rg ir
dos recessos d o p ró p rio fa rd o d e D eu s p e la S ua criação. Ela
deve a fe tar n o sso s se n tim e n to s m ais ín tim o s até q u e a n d e -
m os e m u n iã o co m a v o n ta d e d e D eus, a g in d o d e m a n e ira a
m od ificar as coisas.
D ev em o s c o m p a rtilh a r o fa rd o p ro fu n d o d o s se n tim e n -
tos d iv in o s. A rec o n stru ç ã o e sp iritu a l d e n o ssa s p o rta s
q u e im a d a s e m u ro s d e rrib a d o s exige u m p o v o q u e saib a
ch o rar so b re as ru ín as. Q u a n d o D eu s se p re p a ra p a ra u s a r
alg u ém d e m a n e ira g ra n d io sa , Ele p rim e iro p rec isa lev á-lo a
126 O REAVIVAMENTO SATÁNICO
u m p o n to d e q u e b ra n ta m e n to p esso al, co m o fez c o m G eorge.

A O ra ç ã o Q u e S a lv a a C u ltu ra E x p re ssa o F a rd o d e D e u s

N e e m ia s e x p e rim e n to u u m q u e b ra n ta m e n to sem elh an -


te d ia n te d o S en h or. Q u a n d o D eu s o p re p a ra v a p a ra re sg a ta r
u m a c u ltu ra a fe tad a , Ele p e rm itiu q u e N e em ias se n tisse o Seu
p ró p rio fard o .

"T endo eu ouvido estas palavras, assentei-m e e chorei,


e lam entei p o r alguns dias; e estive jejuando e orando
perante o D eus dos céus. E disse:...estejam, pois, atentos os
teus ouvidos, e os teus olhos abertos, para acudires à oração
do teu servo, que hoje faço à tua presença, dia e noite pelos...
teus servos" (Neem ias 1.4,6a).

O fa rd o d o S e n h o r p ro d u z u m a p ercep ção ú n ica p a ra


s e n tir e c o m p re e n d e r o a m o r d o co ração d e D e u s p elas
p e sso a s a rru in a d a s . Q u a n d o v e m o s o S en h o r Jesus, v em o s
ta m b é m o P ai celestial. Jesus n o s a sse g u ro u disso. O S en h o r
Jesu s C risto ficou c o m o v id o com a c e g u eira e a ru ín a d a
c u ltu ra d u ra n te a S u a v id a n a terra. Veja o S eu coração
m a g o a d o ao e n tra r triu n fa lm e n te em Jerusalém :

"Q u ando Jesus chegou perto de Jerusalém e viu a


cidade, chorou com pena dela e disse: — Ah, Jerusalém! Se
hoje m esm o você soubesse o que é preciso para conseguir a
paz! M as agora você não p od e ver isso!" (Lucas 19.41,42 —
BLH)

O s m u ro s d e rrib a d o s e as p e sso a s so frid as d e n o ssa


c u ltu ra d e m o n iz a d a m ere ce m c e rta m e n te as lá g rim a s d o
S e n h o r flu in d o d e S eu p o v o s o b re c a rre g a d o co m o Seu fard o .
1. N e e m ia s c h o ro u . " A sse n te i-m e e ch o rei." S u a triste z a
e x p re sso u m ais q u e lág rim a s co m p a ssiv a s, h u m a n a s. Ele
se n tiu o f a rd o d o se u S enhor. D e rra m o u as lág rim a s d e D eus.
E xistem in ú m e ro s e x e m p lo s d e em o ção su p erficial em
n o sso s d ias, m as n ã o m u ita s lág rim a s d e D eus. Este m u n d o
a rru in a d o , so fre d o r, d e p e sso a s ferid as p o r S a tan á s n ecessita
d e ssa s lág rim a s. O E sp írito d e D eu s c a p ac ita os in te rce sso re s
p a ra s e n tire m o S eu fard o . D eu s fizera a n te s u so d a B abilônia
Tocados pelo Fardo de Deus 127

p ara d isc ip lin a r o S eu p o v o , m as Ele n ã o tiv e ra p ra z e r n o


so frim en to d a q u e le s a q u e m am av a. P elo m e n o s trê s v ezes
em E zeq uiel, D eu s afirm a:

"Tão certo com o eu vivo, diz o Senhor Deus, não tenho


prazer na m orte do perverso, m as em que o perverso se
converta d o seu cam inho, e viva. Convertei-vos, convertei-
vos dos vossos m aus cam inhos; pois, p o r que haveis de
m orrer, ó casa de Israel?" (Ezequiel 33.11; veja tam bém
18.23,32.)
D e u s c h o ra q u a n d o Ele tem d e tra ta r co m a reb elião e a
rejeição d o h o m em . A p a rticip a çã o d o p o v o d e D eu s n o fard o
em ocional d o co ração d o n o sso D eu s a m o ro so é n ecessária
para a o ração d e rea v iv am e n to .

2. N e e m ia s la m e n to u . "L a m e n te i p o r a lg u n s d ias." Ele


sentiu o fa rd o d e D eu s a in d a m ais p ro fu n d a m e n te . C o m o
explicado n o N o v o T e stam en to , este tip o d e lam e n ta ç ã o e stá
ligado d e p e rto à o b ra d o E sp írito Santo.

"A ssim tam bém o Espírito de D eus vem nos aju dar na
nossa fraqueza. N ão sabem os com o devem os orar, m as o
Espírito de Deus, com gem idos que as palavras não podem
explicar, pede a Deus em nosso favor. E D eus, que vê dentro
dos corações das pessoas, conhece qual é o pensam ento do
Espírito. Porque o Espírito pede em favor do povo d e D eus
e pede d e acordo com a vontade de D eus" (Romanos 8.26, 27
— ênfase acrescentada — BLH).
O term o g reg o p a ra " g e m id o s" tem g ra n d e a fin id a d e
com a p a la v ra h e b ra ica u s a d a p o r N e e m ia s p a ra " la m e n ta r" .
D u ran te v á rio s d ias, o p ro fe ta N e e m ia s s e n tiu a lam en tação ,
os g e m id o s d e D eu s p e lo so frim e n to d o S eu povo.
H oje, a m a io ria d e n ó s foge d o s g e m id o s e lam entações.
Se eles tiv e re m o rig e m em u m a c o n d ição h u m a n a e p e rd u ra -
rem " a lg u n s d ia s" , talv ez n ecessitem o s d e n o sso p a s to r ou
conselheiro, o u até d e a ju d a psicológica. M as q u a n d o a
lam entação é d o S enh or, n ã o h á n a d a d e e rra d o e m d eix á-la
p ersistir " a lg u n s d ias". A o ração d e re a v iv a m e n to necessita
de p e sso a s q u e estejam d isp o sta s a c o m p a rtilh a r d o s g e m id o s
de D eu s p e lo n o sso m u n d o a rru in a d o . O E sp írito S an to irá
d iv id ir S eu fa rd o d e g e m id o s conosco caso o re a v iv a m e n to
rev o lu cio n ário d e v a o co rrer.
128 O REAVIVAMENTO SATÁNICO
3. N e e m ia s je ju o u . "C h o rei e lam en tei p o r a lg u n s d ias, e
e stiv e jeju a n d o e o ra n d o p e ra n te o D eu s d o s céu s". N a d a
h a v ia d e lim ita d o n o q u e D eu s o p e ra v a n o coração d e N eem ias.
O jeju m é u m a e x p re ssã o secreta, p a rticu la r, d o d esejo d a
in te rv e n ç ã o d iv in a . M a io r d o q u e a s u a â n sia d e co n so lo , era
o desejo d e N e e m ia s d e q u e D eu s salvasse o S eu povo.

U m a p a la v ra d e p rec a u ç ão d e v e se r in se rid a aq u í. A s
p e sso a s q u e p e n s a m em jeju ar d e v e m e s tu d a r a a b o rd a g e m
bíblica d o a ssu n to . O asp ecto m éd ic o d e v e se r tam b é m
c o n sid e ra d o . A s p e sso a s n ã o d e v e m p re ju d ic a r a s u a s a ú d e
a tra v é s d a p rá tic a in a d e q u a d a d e sta d isc ip lin a c ristã .1
P o r o u tro lad o , o jejum tem a a p ro v a ç ã o d o N o v o T esta-
m en to . O S e n h o r Jesu s C risto lo u v o u a d isc ip lin a e o a p ó sto lo
P a u lo a p ratico u . (Veja M a te u s 9.15; A tos 9.9; 13.2,3; 14.23; 2
C o rin tio s 11.27.) O s m u ro s d e rrib a d o s, com o se e v id e n c ia
p elo re a v iv a m e n to satân ico em n o ssa c u ltu ra , p e rm ite m ora-
ção e jejum .

4. N e e m ia s o ro u d ia e n o ite , "...a o ração d o teu servo, q u e


hoje faço à tu a p resen ça, d ia e n o ite, p e lo s...te u s serv o s".
S ab em o s c o m o é ficar sem d o rm ir p a ra e s tu d a r, p a g a r n o ssas
d ív id a s, tra b a lh a r, a ssistir a u m co n certo , c o m p a re c e r a even-
to s sociais o u p re e n c h e r n o sso fo rm u lá rio d e Im p o sto d e
R en da. N e e m ia s ficou a c o rd a d o p a ra o rar. O fa rd o d o S en h o r
to co u-o em su a s lág rim as, seu s se n tim e n to s, seu desejo de
a lim e n to e até e m su a v o n ta d e d e d o rm ir.

Q u a n d o a o ração to m a as d im e n sõ e s m ais p ro fu n d a s do
fa rd o d e D eus, p o d e -se e s p e ra r n o ites insones. O so n o é
te m p o ra ria m e n te s u b s titu íd o p ela n e c e ssid a d e d e o rar. N os-
sa re s p o n s a b ilid a d e é e n tre g a r-n o s a Ele, ficar à S u a d isp o si-
ção. P o d e a té se r n ecessário co n fessar n o ssa frieza e falta d e
in te resse n esses n ív eis m ais p ro fu n d o s d e oração.

A O ra ç ão Q u e S a lv a a C u ltu ra E x p re ssa A rre p e n d im e n to do


Pecado

Faço confissão pelos pecados dos filhos de Israel, que


Tocados pelo Fardo de Deus 129

temos cometido contra ti; pois eu e a casa de meu pai temos


pecado. Temos procedido de todo corruptamente contra ti,
não temos guardado os mandamentos, nem os estatutos,
nem os juízos, que ordenaste a Moisés teu servo" (Neemias
1.6b,7).

N ó s n ã o só d e v e m o s c h o ra r d ia n te d a s ru ín a s a n te s d e
p o d e r fa z e r m u ito p a ra re c o n stru ir os m u ro s e s p iritu a is
d e rru b a d o s , co m o ta m b é m é p reciso faz e r a lg o p a ra rem o v e-
las. N a s ru ín a s d o s m u ro s d e rrib a d o s d e Je ru sa lé m h a v ia
alg u n s m ate ria is q u e p o d ia m ser a p ro v e ita d o s , u tiliz a d o s.
Isso se a p lic a a q u a se to d o tip o d e ru ín a , m esm o às d a s n o ssas
falhas p e c am in o sa s. G ra n d e p a rte tem d e ser re m o v id a . O
p reju ízo d a n o so d o p e c a d o d e v e se r le v a d o e m b o ra . T o d av ia,
lições são a p re n d id a s e co n h e cim e n to é a d q u irid o ; a h u m ild a -
de e o q u e b ra n ta m e n to su rg e m , e D eu s u s a o q u e p o d e ser
a p ro v e ita d o p a ra re c o n stru ir os m u ro s e sp iritu a is.
Isso é a rre p e n d im e n to : liv rar-se d o m a te ria l in ú til p a ra
que D eu s p o ssa co m eçar a re c o n stru ir o q u e resto u .

1. O A rre p e n d im e n to e ra p e sso a l. "F aço co n fissão p elo s


pecad o s d o s filhos d e Israel (e m eu s), q u e tem o s c o m e tid o
contra ti". A m a io ria d e n ó s p o d e v e r os d e fe ito s d o s q u e n o s
ro d eiam , m as é o u tra coisa a d m itir os e rro s q u e com etem o s.
O o rg u lh o e s p iritu a l os m a n tê m ocultos. E x p e rim e n ta m o s o
v e rd a d e iro a rre p e n d im e n to q u a n d o n o s q u e b ra n ta m o s sufi-
cien tem en te p a ra c h o ra r p e lo s n o sso s p ró p rio s p ecad o s.

"Sonda-me, ó Deus, e conhece o meu coração; prova-


me e conhece os meus pensamentos; vê se há em mim algum
caminho mau, e guia-me pelo caminho eterno" (Salmo 139.
23 ,24).

O re a v iv a m e n to é in te n sa m e n te pessoal. Essa a raz ã o d e


seu início p ro v o c a r ta n ta tristeza p elo s n o sso s p ecad o s. A
s e n su a lid a d e im p e ra e n tre os cren tes d a s igrejas ev an g élicas
e não h a v e rá p u rificação até q u e reco n h eçam o s, a rre p e n d id o s ,
a n o ssa n e c essid ad e , co m o fez N eem ias.
Se q u ise rm o s q u e v e n h a o re a v iv a m e n to rev o lu c io n á rio ,
d e v e m o s p u rificar-n o s. O a rre p e n d im e n to p esso al d e v e ser
im p o rta n te p a ra nós. E esse o p o n to d e p a rtid a .
130 O Reavivamento Satánico
"D e fato tenho sido m au desde que nasci; desde o dia
do m eu nascim ento tenho sido pecador.
O q ue tu queres é um coração sincero; enche o m eu
coração com a tua sabedoria" (Salmo 51.5,6 — BLH).

2. O a rr e p e n d im e n to tin h a d im e n s õ e s fa m ilia re s. "Faço


co n fissão p elo s p e c ad o s...q u e tem o s c o m e tid o c o n tra ti...eu e
a casa d e m e u p a i tem o s p ec ad o ". A lém d e n o ssa pessoa,
so m o s ta m b é m resp o n sá v e is p e la n o ssa fam ília. O s p e c ad o s
d a fam ília são n o tó rio s e m n o ssa c u ltu ra. N e g lig ê n c ia d a s
d ev o çõ es fam iliares, falta d e a m o r m ú tu o , e e n tre te n im e n to
fa m ilia r p re ju d ic ia l estão e n tre as coisas q u e p o d e m ser
n o m e a d a s. O a b u so sex u al in cestu o so tem a lc a n ç ad o níveis
a la rm a n tes; e, ju n ta m e n te com o a b u so físico e v erb al, p ro v o -
ca p ro b le m a s fatais n o seio d a fam ília.
O q u e faz e r co m tal p ecad o ? Se g u a rd a rm o s ressen ti-
m e n to o u ó d io c o n tra os m e m b ro s d a fam ília q u e n o s m altra -
tam , só ire m o s acre sc en ta r c o m b u stív e l a o fogo c re p ita n te d a
d e stru iç ã o . C o m o p o d e m o s e v ita r q u e a fam ília c o n tin u e
c o m e te n d o p ecad o ?
N ã o q u e ro sim p lificar d e m a is o p ro b le m a, m as em an á-
lise final d e v e m o s faz e r o q u e N ee m ia s fez. D ev em o s a rre-
p e n d e r-n o s p e lo s p e c ad o s d a n o ssa fam ília. T al a rre p e n d í-
m e n to n ã o d e sc u lp a o p e rp e tra d o r p e la su a p e rv e rsid a d e . Só
o se u a rre p e n d im e n to p esso al e aceitação d o S e n h o r Jesus
C risto co m o S a lv a d o r e S e n h o r p o d e a p a g a r a su a cu lp a.
T o d a v ia, q u a n d o a p e sso a m a ltra ta d a o ra co m o fez N eem ias,
ela p o d e a tra ir g ra n d e s bênçãos: "C o n fesso os p e c a d o s q u e
esse m e m b ro d a m in h a fam ília c o m e teu c o n tra T i".2
M u ito s e n c o n tra m alív io e lib ertação a o m a n ife sta r a rre-
p e n d im e n to p e lo s m ale s q u e m em b ro s d a fam ília c o m e tera m
c o n tra eles. D e u s é h o n ra d o p ela sin c e rid a d e fran ca d e ssa
co n fissão. E sse tip o d e o ração p o r u m m e m b ro d a fam ília
p o d e ta m b é m p ro p o rc io n a r m ais e sp era n ç a, n o se n tid o d e
q u e o u tro s m e m b ro s p a rtic ip e m d o a rre p e n d im e n to . A m ão
s o b e ra n a d e D e u s co m e ç a rá a m o v er-se n e ssa fam ília q u a n d o
p elo m e n o s u m a p e sso a co m eça a tra ta r co m o p e c a d o d a
fam ília.

3. O a r r e p e n d im e n to e ra c u ltu ra l. "F aço co n fissão pelos


Tocados pelo Fardo de Deus 131
p ecad o s d o s filh o s d e Israel, q u e tem o s c o m e tid o c o n tra
ti...T em os p ro c e d id o d e to d o c o rru p ta m e n te c o n tra ti, n ã o
tem o s g u a rd a d o os m a n d a m e n to s, n e m os e sta tu to s, n e m os
juízos, q u e o rd e n a s te a M oisés te u serv o ."

C h a m a m o s d e re a v iv a m e n to satân ico a c o rru p ç ã o d e


n ossa so c ie d a d e q u e n o s lev o u a u rn a c u ltu ra e n d e m o n in h a d a .
O n d e co m eçam o s a tra ta r com esse aspecto? R eco m en d o aos
crentes q u e tra b a lh a m n o s n ív eis legais e p o lítico s q u e rev er-
tam a m aré. E sse esforço tem d e se r feito. Ele faz p a rte d o
nosso m in isté rio co m o "sa l" e " lu z " . E stou, n o e n ta n to ,
co n v en cid o d e q u e jam ais ire m o s c o rrig ir n o ssa p e rv e rs id a d e
c u ltu ral m e d ia n te m an ifestaçõ es, o u a tra v é s d e esfo rço s le-
gais o u p olíticos. O in g re d ie n te m ais n ecessário n a m u d a n ç a
c u ltu ral é a q u e le u s a d o p o r N eem ias, o q u e c h a m a m o s d e
" a rre p e n d im e n to in te rc e ssó rio " .
O s p e c a d o s d a n o ssa c u ltu ra são u m a a fro n ta terrív el
co ntra u m D eu s san to , e a lg u é m d e v e c o m eçar a m o stra r
a rre p e n d im e n to p o r eles. D eu s já n o s m o stro u a fo rm a em
q u e tra ta d o s p e c ad o s c u ltu ra is co m o o s n o sso s q u a n d o n ão
há a rre p e n d im e n to . Ele p e rm ite q u e o p e c a d o se to m e o seu
p ró p rio ju lg a m e n to .
Faça a si m esm o estas p e rg u n ta s:

* Q u e m irá e x p re ssa r triste z a d ia n te d e D eu s p ela p e rv e r-


s id a d e d o s v iciad o s em d ro g a s, se e u n ã o fizer isso?
* Q u e m irá c o n fessar o d e s p e d a ç a m e n to v io len to d e crian-
ças p o r n a sce r n o s p ro cesso s d e a b o rto legal, se e u n ão
fiz e r isso?
* Q u e m irá a rre p e n d e r-s e p e la p o rn o g ra fia , os p alav rõ es,
a p ro m is c u id a d e sexual, o e scâ n d a lo d o d iv ó rcio , e tu d o
o m ais, se e u n ã o fizer isso?
* Q u e m irá a rre p e n d e r-se d o s sacrifícios ritu a is e a d o ra ç ã o
a b e rta e crescen te d e S atanás, se e u n ã o fizer isso?

O a rre p e n d im e n to com eça co m os cristã o s q u e se im p o r-


tam , e ele e stá rela cio n a d o com o c h o ro e os g e m id o s m encio-
n a d o s an tes.
Se só p e rsistir o silêncio em n o sso p a ís p e la n o ssa p erv er-
132 O R EA V IV A M EN TO SA T Á N IC O

sid a d e c u ltu ra l, n ã o p o d e m o s e sp e ra r n a d a além d e "D e u s


n o s e n tre g a r" a n ív eis c a d a v e z m ais p ro fu n d o s d e p e c ad o
d e s tru tiv o . O a rre p e n d im e n to g eral n ã o v e m e m p rim e iro
lu g a r e sim o a rre p e n d im e n to d e a lg u n s cren tes. O s cristão s
d e v e m a p e g ar-se à g raç a e m ise ric ó rd ia d e D eu s e m a rre p e n -
d im e n to in tercessó rio p e la s u a cu ltu ra.
N e e m ia s a g iu d e sse m o d o e in clu iu a si m esm o e a su a
fam ília ao se id e n tific a r co m os p e c a d o s d a su a c u ltu ra.
Q u a n d o o re a v iv a m e n to fin a lm e n te c h e g o u à c id a d e , as
lág rim a s e o a rre p e n d im e n to flu íra m liv re m e n te d a p a rte de
to d o s. E m N e e m ia s 8.9 a p re n d e m o s q u e a celeb ração p lan e-
jad a tra n sfo rm o u -se n u m p e río d o d e g ra n d e tristeza. D eus
e s ta v a o p e ra n d o em p ro fu n d id a d e n o seu p o v o e S ua o b ra
n ã o seria n e g a d a. N o c a p ítu lo 9, o a rre p e n d im e n to d o p o v o
se m a n ife sta com o aco n tecera p re v ia m e n te co m N eem ias.

"O s da linhagem de Israel se apartaram d e todos os


estranhos, puseram -se em pé, e fizeram confissão dos seus
pecados e das iniqüidades de seus pais. Levantando-se no
seu lugar, leram no livro da lei do Senhor seu D eus um a
q u arta parte do dia; em outra quarta parte dele fizeram
confissão, e adoraram ao Senhor seu Deus" (Neem ias 9.2,3).

Q u a n d o as p e sso a s se a c h eg a m a D eu s e Ele a elas,


s e m p re s u rg e o desejo d e purificação.
Tocados pela
Promessa de Deus

"Lembra-te da palavra que ordenaste a Moisés teu


servo, dizendo: Se transgredirdes, eu vos espalharei por
entre os povos; mas se vos converterdes a mim e guardardes
os meus mandamentos, e os cumprirdes, então, ainda que os
vossos rejeitados estejam pelas extremas do céu, de lá os
ajuntarei e os trarei para o lugar que tenho escolhido para ali
fazer habitar o meu nome.
Estes ainda são os teus servos e o teu povo que
resgataste com teu grande poder, e com tua mão poderosa"
(Neemias 1.8-10)

E sta o ração rev ela q u e N ee m ia s h a v ia e x a m in a d o as


E scritu ras d u ra n te a su a p e re g rin a ç ã o d e q u a tro m eses. Ele
resu m e a v e rd a d e d e v á ria s p a rte s d o A n tig o T e sta m en to . O
P en tateu co , os salm o s e os escritos d o s p ro fetas. A lg u n s
acham q u e su a s p a la v ra s d e o ração rev e lam se u s e s tu d o s em
D e u te ro n ô m io 30, S alm os 106 e 107, e talv e z a lg u n s d o s
escritos p ro fético s d e Isaías e Jerem ias.
A o raç ã o eficaz e stá se m p re em h a rm o n ia ín tim a com
tu d o q u e D eu s rev ela n a S ua P a la v ra so b re a S ua v o n ta d e e
plano. A o ração d e N e e m ia s tin h a e ssa h a rm o n ia .

A O ração Q u e S alv a u m a C u ltu ra Se A p ro p ria d a s P ro m essas


de D e u s

O ra r a P a la v ra d e D eu s d e v o lta a Ele é alg o q u e Lhe


a g ra d a e tem p o d e ro sa eficácia. M oisés c o m p a rtilh a conosco
u m e x e m p lo claro d o p o d e r d e sse tip o d e oração. Ele e sta v a

‫ ־‬133-
134 O REAVIVAMENTO SATÁNICO
n o m o n te re c e b e n d o a Lei d e D eu s q u a n d o A rão e o p o v o
p e c a ra m a o a d o ra r u m b e z erro d e o u ro co m o o D e u s q u e os
tira ra d o E gito. O s sacrifícios d e a n im a is a esse íd o lo e a
celeb ração co m o rg ias sexuais faz iam p a rte d o se u g ra n d e
p ecad o . A ira d e D eu s foi d e s p e rta d a a p o n to d e ju lg á-lo s com
se v erid ad e :
"Disse mais o Senhor a Moisés: Tenho visto a este
povo, e eis que é povo de dura cerviz. Agora, pois, deixa-
me; para que se acenda contra eles o meu furor, e eu os
consuma; e de ti farei uma grande nação (Êxodo 32.9,10).

A re sp o sta d e M o isés ilu stra a espécie d e o ração necessá-


ria p a ra p ro m o v e r u m re a v iv a m e n to rev o lu c io n á rio e m nos-
sos dias:
"Porém Moisés suplicou ao Senhor seu Deus, e disse:
Por que se acende, Senhor, a tua ira contra o teu povo, que
tiraste da terra do Egito com grande fortaleza e poderosa
mão? Por que hão de dizer os egípcios: Com maus intentos
os tirou, para matá-los nos montes, e para consumi-los da
face da terra?
Torna-te do furor da tua ira e arrepende-te deste mal
contra o teu povo. Lembra-te de Abraão, de Isaque e de
Israel, teus servos, aos quais por ti mesmo tens jurado, e lhes
disseste:
Multiplicarei a vossa descendência, como as estrelas do
céu, e toda esta terra de que tenho falado, dá-la-ei à vossa
descendência, para que a possuam por herança eternamente.
Então se arrependeu o Senhor do mal que dissera
havia de fazer ao povo" (Êxodo 32.11-14).

Isto é o q u e e u c h a m o d e " o ra ç ã o d o u trin á ria " . M oisés


o ro u d e v o lta a D eu s as p ro m e ssa s q u e Ele fizera a A braão,
Isa q u e e Jacó. E m b o ra D eu s estiv esse ex cessiv am e n te ab o rre-
c id o co m A rã o e o p o v o , M oisés se a p ro p rio u d o s p o n to s
v á lid o s q u e to ca v a m a m ise ric ó rd ia e g raç a d e D eus. Essa
m ise ric ó rd ia e g raça n ã o se b aseiam e m n o sso s d esejo s em o-
cio n ais o u racio cín io finito; m as, p elo co n trá rio , elas flu e m de
q u e m D eu s é e d o q u e Ele rev elo u so b re Si m esm o.
D eu s jam ais tra z o re a v iv a m e n to p o rq u e n ó s o m erece-
m o s. D eu s tra z o re a v iv a m e n to p o rq u e c o m p re e n d e m o s,
re iv in d ic a m o s e m a n te m o s p e rsiste n te m e n te as S uas p ro m e s-
sas d ia n te dE le, e n q u a n to a g u a rd a m o s nEle.
Tocados pela Promessa de Deus 135

Q u e p ro m e s s a s in g u la r d e D e u s irá le v a r S eus
in tercesso res a re iv in d ic a r o re a v iv a m e n to e m n o sso s dias?
N ão sei. D e sd e q u e as c o n d içõ es d a igreja hoje sã o m u ito
sem elh an tes às d a igreja d e L aodicéia d e sc rita e m A p o calip se
3, p e n s o q u e p o d e m o s e n c o n tra r a p ro m e ss a n o s v ersícu lo s
17-20. T em o s d e c o n fessar n o sso o rg u lh o e s p iritu a l, n o sso
m a te ria lism o ex a ce rb ad o e n o ssa a u to c o m p lacên cia. T em os
d e rec o n h e c er q u e so m o s "infelizes, m ise rá v e is, p o b res, cegos
e n u s" e n ã o tem o s p o d e r p a ra fazer n a d a a resp eito . P ela fé,
p recisam o s c o m p ra r d o S e n h o r Jesus C risto o S eu o u ro refina-
do n o fogo, S u as v e stid u ra s b ran c a s p a ra c o b rir a n o ssa
n u d e z , e S eu colírio p a ra rem o v e r n o ssa c e g u eira e sp iritu a l.
P recisam o s d a v e rd a d e d a S ua b a tid a n a p o rta d a S u a igreja
e d e n o ssas v id a s pessoais. T em os d e re iv in d ic a r S u a p ro m e s-
sa d e q u e ao a b rirm o s a p o rta Ele e n tra rá co m o re a v iv a m e n to
rev o lu cio n ário d a S u a p resen ça.
"O h , S e n h o r Jesu s C risto a m a d o , v e m p a ra a T u a igreja
n u m p o d e ro s o re a v iv a m e n to e sp iritu a l."

A O ração Q u e S a lv a a C u ltu ra A u m e n ta a E x p e c ta tiv a

"Ah! Senhor, estejam, pois, atentos os teus ouvidos à


oração do teu servo, e à dos teus servos que se agradam de
temer o teu nome; concede que seja bem-sucedido hoje o teu
servo, e dá-lhe mercê perante este homem. Nesse tempo eu
era copeiro do rei."
(N e e m ias 1.11).

Q u a n d o o ram o s, a fé e a e x p e cta tiv a a u m e n ta m . P ara


nós, ta lv e z m ais d e q u a tro m eses sejam necessários. P a ra q u e
a e sp e ra n ç a d o p o v o d e D eu s a u m e n te a té o n ív el d a co rag em
d e m o n s tra d a p o r N eem ias, p rec isam o s d e a lg u m tem p o .
Leia N e e m ia s 2.1-10 p a ra v e r a m a g n itu d e d a s su a s expecta-
tivas. Q u e e sta lista d a q u ilo q u e N e e m ia s d esejav a p o ssa
en co rajar v o cê a p e d ir a D eus p a ra a u m e n ta r a fé em seu
coração.

1. Ele e s p e ra v a q u e D eu s tocasse so b e ra n a m e n te o rei d a


P érsia, A rtax erx es L o n g án im o , p a ra q u e, a p e s a r d e pa-
gão, o rei c o n c o rd a sse co m o p e d id o d e N e e m ia s (1.11).
136 O Reavivamento Satánico
2. N ã o o b s ta n te s u a h u m ild e p o sição d e co p eiro , N ee m ia s
c o n fio u e m D eu s p a ra u s a r su a visível triste z a e d esalen -
to‫ ׳‬a fim d e p re p a ra r o rei p a ra u m a d ecisão p o sitiv a
( 2 . 1, 2).
3. Ele tev e a c o ra g e m d e c o n ta r ao rei s u a p re o c u p a ç ã o e
triste z a em relação à c id a d e d e v a s ta d a d e se u s a n te p a s-
s a d o s (v.3).
4. Ele e s p e ro u q u e o rei o e n v iasse d e v o lta a Jeru sa lé m p a ra
re c o n s tru ir a c id a d e e fortificá-la (vv. 4,5).
5. Ele e s p e ro u q u e D e u s m o tiv asse A rtax erx es a d a r-lh e
c a rta s d e sa lv o -c o n d u to , m ate ria is d e c o n stru ç ão , e to d as
as o u tra s co isas necessárias p a ra u m e m p re e n d im e n to
d e sse p o rte (vv. 6-8).
6. Ele e s p e ro u ter sucesso e m rec o n stru ir os m u ro s, recolocar
as p o rta s e restab elecer u m g o v e rn o v á lid o , a p e sa r d e
to d o s os in im ig o s e d ific u ld a d e s q u e S a ta n á s p o d ia
la n ç a r so b re ele (vv. 9,10).

C re r e m D eu s p a ra u m re a v iv a m e n to rev o lu c io n á rio em
n o sso p a ís é u m d e sa fio ig u a l ao q u e N e e m ia s v e n c eu ,
m o s tra n d o a su a fé esp eran ço sa. D a p e rsp e c tiv a h u m a n a , h á
m u ita co isa c o n trá ria a u m rea v iv a m e n to rev o lu cio n ário . O
m a l a p ro f u n d o u as su a s b a ses e e stá p ro m o v e n d o u m a
m a rc h a d e re a v iv a m e n to a se u favor. A igreja, rid ic u la riz a d a
e a té ig n o ra d a p e la m aio ria d a s p esso as, p a rece in c a p a z d e
ac eita r o d esafio . E ste co rp o n o b re a p a re n ta se r in síp id o e
fraco p a ra os se u s críticos. A s p e sso a s b e m -su c e d id a s d e
n o sso s d ia s d e sistira m d a igreja — e p o r u m a b o a raz ã o ." A
m íd ia v e m z o m b a n d o d e a lg u n s líd e res cristão s d e ren o m e.
A s re u n iõ e s d e o ração n a s igrejas são p o u c o fre q ü e n ta d a s.
M u ita s ig rejas d e n o m in a c io n a is e tra d icio n a is estão se retra-
in d o e m c ertas á re a s d o m in istério . A fre q ü ê n c ia e stá d im i-
n u in d o e os fu n d o s e n c u rta n d o . O n d e e n c o n tra re m o s u m a fé
e sp e ra n ç o sa co m o a d e N eem ias? O n d e p o d e m o s b u sc a r
e sp e ra n ç a e aju d a?

U m a Fé A p o ia d a e m F ato s

A fé q u e n ã o se a p ó ia n o s a b so lu to s d a P a la v ra d e D eu s
Tocados pela Promessa de Deus 137

p ratic a m e n te n ã o existe. A lg u m as coisas q u e c h a m a m o s d e


fé b íb lica são sim p le sm e n te desejo em o cio n al, p re s u n ç ã o o u
p u ra co n jectu ra. O u tra s q u e c h a m a m o s e rra d a m e n te d e fé
são s u p e rstiç ã o e até m esm o m a n ip u la ç ã o cu ltu ai.
A fé q u e D eu s h o n ra se m p re se a p ó ia a p e n a s n a ap licação
co rreta d a s p ro m e ssa s d a S u a P alavra.

"Portanto, a fé vem por ouvir a mensagem, e a


mensagem vem por meio da pregação a respeito de Cristo"
(Romanos 10.17 — BLH).
"A fé é a certeza de que vamos receber as coisas que
esperamos e a prova de que existem coisas que não vemos.
Foi pela fé que as pessoas do passado conseguiram a
aprovação de Deus" (Hebreus 11.1,2 — BLH).

C a d a u m d o s m u ito s ex em p lo s d e fé e n c o n tra d o s em
H eb reu s 11 e stá d ire ta m e n te asso ciad o às p ro m e ssa s básicas
feitas p o r D eus.
A co n fian ça d e N e e m ia s n o q u e D eu s faria tin h a tam b é m
fu n d a m e n to bíblico. Ele n ã o a g iu co m b a se em a lg u m desejo
sen tim en tal d e v e r s u a te rra re sta u ra d a , n e m p e n sa v a q u e seu
so nh o se ria c u m p rid o p o r c a u sa d a su a associação ín tim a com
o rei. A s u a a titu d e tin h a m u ito m ais p ro fu n d id a d e d o q u e
q u a lq u e r co n jectu ra h u m a n a . N ã o h a v ia n e n h u m a p ro b ab i-
lidad e, s e g u n d o o raciocínio h u m a n o , d e q u e se u s p lan o s
jam ais tiv essem êxito. A s u a fé se ac h av a a p e n a s n a P a lav ra
de D eu s e só nela.
A fé d e v e se m p re a p o ia r-se so b re o n o sso c o n h e cim e n to
do p ro p ó sito e v o n ta d e d e D eu s co m o re v e la d o s em S ua
Palavra. A lg u m a s v ezes, as p esso as se n te m q u e elas obtive-
ram a lg u m a p ro m e ssa especial d e D eu s n u m a e x p eriên cia o u
atrav és d e u m a "p ro fe cia " o u " p a la v ra d e co n h ecim en to ".
Essas "re v e la ç õ e s esp eciais" d e v e m se r c o n s id e ra d a s com
olho crítico. Se a " p ro m e ssa " n ã o tem ap o io n a s rev elaçõ es
escritas d e D eu s, se ria m e lh o r deix á-la d e la d o ra p id a m e n te e
não c re r nela.
A lg u n s p a re c e m se n tir q u e se cre re m fo rte m e n te e se
m an tiv e re m u m a a titu d e p o sitiv a, p o d e rã o m a n ip u la r D eus
e fazer co m q u e coisas m ilag ro sa s aco n teçam . A fé n ã o é u m
exercício h u m a n o d e esforço p a ra crer. P elo c o n trá rio , ela se
138 O REAVIVAMENTO SATÁNICO
b a seia n a c e rte z a d e q u e estam o s o ra n d o em h a rm o n ia co m a
v o n ta d e e p la n o d e D eus.

U m a Fé Q u e N ã o D e siste

A fé q u e se a p ó ia n u m fato bíblico n ã o se re tra i q u a n d o


a e v id ê n c ia e a a d v e rs id a d e d iz e m q u e o q u e e sta m o s p e d in d o
n ã o p o d e aco ntecer. Ela se firm a nessas ocasiões e p e rm a n e c e
c o n fia n te e a g re ssiv a m e n te ativa. P e d ro falo u e sta v e rd a d e
n e sta s p alav ras:

"A legrem -se p o r isso, se bem que agora seja necessário


que fiquem tristes p o r algum tem po, po r causa dos m uitos
tipos de provações que vocês sofrem. Essas provações são
p ara m ostrar que a fé que vocês têm é verdadeira. Pois até o
ouro, que pode ser destruído, é provado pelo fogo. Assim a
fé que vocês têm, que vale m uito m ais do que o ouro,
precisa ser provada para que continue firme. E assim vocês
receberão aprovação, honra e glória, no Dia em que Jesus
Cristo for revelado" (1 Pedro 1.6,7 — BLH).

E sta é u m a v e rd a d e im p o rta n te a ser le m b ra d a q u a n d o


o ra m o s p e lo re a v iv a m e n to rev o lu cio n ário . O objeto d e n o ssa
o ração a fro n ta ta n to S atan ás q u e ele irá in u n d a r-n o s com
o b stácu lo s, d ecep çõ es e d ific u ld a d e s d e to d o tipo. O s o b stá-
cu lo s p a re c e rã o d izer: " N a d a d e re a v iv a m e n to p a ra você. As
coisas e stã o só p io ra n d o ." D ev em o s sa b er q u e a fé n ã o está
firm a d a n a a p a rê n c ia d a s coisas. C aso o re a v iv a m e n to d e v a
aco n tecer, se rá p o rq u e ele é to d o d e D eu s e to d o d a graça.
D eu s d e v e c o n tin u a r n o co n tro le. A fé se a p ó ia n o co n h e-
c im e n to d e D e u s e em p e rm itir q u e Ele seja D eus. Ela n ão
rec u a n e m d e siste q u a n d o n a d a p a re c e e s ta r aco n tecen d o .

"O po d er d e D eus nos tem d ad o tudo o que precisa-


m os para viverm os um a vida que agrada a Deus, po r meio
do conhecim ento daquele que nos cham ou para participar-
m os d a sua própria glória e bondade. Desse m odo, ele nos
tem d ad o os dons grandes c preciosos que prometeu. Ele fez isso
para que, por meio desses dons, nós escapássem os das
paixões destruidoras que existem no m undo e participasse-
mos da sua natureza divina (1 P edro 1.2,4 — ênfase acrescenta-
da).
Tocados pela Promessa de Deus 139

P o d e m o s d iz e r co m o salm ista:
"Ainda que um exército inteiro me cerque, não terei
medo;
Ainda que meus inimigos me ataquem, continuarei
confiando em Deus....
Estou certo de que ainda verei o Deus Eterno mostrar a
sua bondade em favor do seu povo.
Confie no Eterno!
Tenha fé e coragem!
Confie no Deus Eterno! (Salmo 27.3,13,14 — BLH).

O R A Ç A O D E R E A V IV A M E N T O M O D E L O 2
T E M A : A R R E P E N D IM E N T O E IN T E R C E S S Ã O

Pai C elestial a m a d o , v e n h o n o v a m e n te a d o ra r-T e n a


m a ra v ilh a d e q u e m és. A cerco-m e d e Ti n o m é rito e v a lo r d o
S en h o r Jesus C risto. A b ro to d o o m e u ser à o b ra c o n tro la d o ra
d o T eu E sp írito Santo. E u O c o n v id o p a ra e x p re ssa r a S ua
in tercessão, S eu s g e m id o s a tra v é s d e m in h a s orações, d a
m a n e ira q u e desejar. Eu e n tre g o a Ti, P ai C elestial, to d a s as
fac u ld ad e s e c a p a c id a d e s q u e colocaste e m m im , p a ra serem
u sa d a s p a ra a T u a glória. A b ro a m in h a m en te, v o n ta d e e
em oções p a ra Ti, a fim d e q u e p o ssas c o m p a rtilh a r c o m ig o o
T eu fa rd o p e la igreja e p elo s p e rd id o s ao m e u red o r.
A leg ro -m e q u e o S en h o r Jesus C risto te n h a p o d id o cho-
rar so b re o p o v o d e Jeru sa lé m p ela rejeição d a S u a p rese n ç a e
d o S eu a m o r p o r p a rte deles. P u rifica-m e d a frie za e in d ife re n -
ça q u e m e im p e d e d e d e rra m a r lá g rim a s p e lo s p e c ad o s
reb eld es d o s h o m e n s d e hoje. C o m p a rtilh a c o m ig o as lágri-
m as dE le. P e rm ita q u e e u sin ta o la m e n to d o Seu E spírito,
g em e n d o p o r este m u n d o a rru in a d o . C o n ced e-m e a T u a
d iv in a in terv en ção , m a n ife sta n d o e m m im d isp o sição p a ra
jejuar e d e m o ra r-m e em oração. A ju d a -m e a u s a r as h o ra s em
que a c o rd o à n o ite co m o o p o rtu n id a d e s p a ra c la m ar a Ti p o r
um re a v iv a m e n to rev o lu c io n á rio em T u a igreja. O q u e o ro a
m eu fav o r, o ro tam b é m p o r in ú m e ro s o u tro s c re n te s q u e estás
c h a m a n d o p a ra u m fa rd o d e o ração m ais p ro fu n d o .
C o n fesso m e u s p e c ad o s a Ti, P ai C elestial a m a d o . P u ri-
fica-m e n o sa n g u e p recio so d o m e u S a lv a d o r d e tu d o q u e Te
140 O REAVIVAMENTO SATÁNICO

o fen d e. R econheço e m m in h a p esso a u m a n a tu re z a carn al


q u e p o d e se r re b e ld e a T eus olhos. O b rig a d o p o r T u m e
in fo rm a re s d e ste fato n a T u a P alav ra. A firm o q u e e m m in h a
u n iã o co m C risto , n a S u a m o rte, m o rri p a ra o d o m ín io d a
n a tu re z a carn al. D esejo q u e a n o v a n a tu re z a q u e co lo caste em
m im to m e o co n tro le a tra v é s d o p o d e r d a ressu rre içã o d o m eu
S a lv ad o r. O b rig a d o p o r teres feito esta n o v a criação em
ju stiça e s a n tid a d e , p a ra q u e p o ssa a m ar-T e e serv ir-T e p len a-
m en te . Q u e o T eu E sp írito S an to p o ssa c a p a c ita r-m e a
m a n ife s ta r d ia n te d e Ti e d e o u tro s o fru to d o S eu total
co n tro le. N o n o m e d o S en h o r Jesus C risto, p ro ib o S a tan á s e
se u s ex ército s d e in te rfe rirem d e q u a lq u e r fo rm a em m in h a
oração.
C oloco d ia n te d e Ti, P ai C elestial, os p e c a d o s d a m in h a
fam ília, d a igreja e d a c u ltu ra e m q u e vivo. Q u e g ra n d e
p e rv e rs id a d e tem lu g a r em n o ssas casas. O b rig a d o p o rq u e
isso n ã o fica o cu lto ao s T eu s olhos. E u m e a rre p e n d o p ela
m in h a fam ília, p o r o u tra s fam ílias cristãs e n ão -cristãs. T u
estab eleceste o lar e ele é ca ro ao s T eu s olhos. P e rd o a -n o s p ela
m a n e ira co m o falam o s u n s co m os o u tro s co m ira e m ald a d e.
C o m o d e v e en tristecer-T e o a b u so físico, v e rb a l e sex u al q u e
o co rre n a s fam ílias em n o ssa c u ltu ra. N ã o só confesso esta
p e rv e rs id a d e , co m o tam b é m peço q u e in te rfira s e m u d e s as
coisas p elo T eu im e n so p o d e r. M o stra -n o s n o sso s p e c a d o s e
c o n ced e-n o s a g raç a d o a rre p e n d im e n to .
R eco n heço q u e os p e c ad o s d e n o sso p aís e c u ltu ra são
u m a a b o m in a çã o ao s T eu s olhos. A rre p e n d o -m e p e lo terrív el
a b u so d a s e x u a lid a d e em n o ssa c u ltu ra. O m a u u so d e ste
d o m d a d o p o r D e u s é u m a m ald ição em n o sso s d ias. Peço
d e s c u lp a s a Ti, Pai C elestial, p e la a b o m in a çã o d a p o rn o g ra fia
e d a s in ú m e ra s p e sso a s q u e a to rn a m lu crativ a. A fasta os
n o sso s co rações d e sta p e rv e rsão . T u p re te n d e s te q u e os
n o sso s d esejo s sex u ais g lo rificassem o T eu n o m e n o co n tex to
d o c a sa m en to . Q u e isto p o ssa ter lu g a r em n o ssa c u ltu ra.
A rre p e n d o -m e d ia n te d e Ti, D eu s a m o ro so , p e la v io lên -
cia c o n tra p e sso a s in o cen tes q u e in v a d iu a n o ssa c u ltu ra. M eu
co ração so fre, co m o o T eu c e rta m e n te o faz, p elo s m ilh a re s d e
b eb ês p o r n a sce r q u e fo ra m d e s tru íd o s p elo s a b o rto s legaliza-
do s. A rre p e n d o -m e p elo s n o sso s leg isla d o res e juizes, e p elas
Tocados pela Promessa de Deus 141

p esso as q u e p e rm ite m q u e isso c o n tin u e . P e rd o a e m u d a a


v io lên cia a p re s e n ta d a n a m íd ia d e e n tre te n im e n to , n o c e n tro
d a c id a d e e n o a m b ie n te d o s v iciad o s. M eu co ração so fre p o r
ca u sa d o s p a la v rõ e s e c o n v e rsa s im o ra is q u e sa em d a boca
d a s p esso as.
Vejo esp alh a r-se , p e la n o ssa c u ltu ra , u m a fascinação
m alig n a p e la e sfera d o rein o d a s trev as. Ela e n v e n e n a as
crian ças a tra v é s d o s seu s b rin q u e d o s, jogos e d e se n h o s ani-
m ad o s. Ela in v a d e a n o ssa m íd ia d e e n tre te n im e n to . E la está
se to rn a n d o su tilm e n te p a rte d o m u n d o d o s n e g ó c io s e
in te le c tu al m e d ia n te v á rio s tem a s d a " N o v a E ra". C a d a v ez
m ais p e sso a s estão se n d o lu d ib ria d a s, p a s s a n d o a a d o ra r
S atan ás co m sacrifícios d e a n im a is e até h u m a n o s . C o m o isto
Te d e s o n ra te rriv e lm e n te , ó S en h o r. C la m o c o n tra essa
p rática e m o ração e m e a rre p e n d o p o r elas, d e v id o a esta
m e d o n h a p e rv e rsid a d e . P eço-T e q u e tra g a s u m re a v iv a m e n to
tão in te n so q u e essas coisas sejam e sm a g a d a s p e lo T eu o n ip o -
ten te p o d e r.
P e rd o a -n o s a to d o s p ela n o ssa p e rv e rs id a d e , ó D eus. O
p ecad o d e n o ssa te rra é tão g ran d e . O s p e c a d o s relig io so s d e
in c re d u lid a d e , leg alism o , o rg u lh o e ju stiça p ró p ria a b u n d a m .
C obiça, a v a re z a, g lu to n a ria , m aled icên cia e in d ife re n ç a espi-
ritu al são coisas q u a se tão c o m u n s p a ra o c re n te co m o p a ra o
p e rd id o . N e c e s sita m o s d e s e s p e r a d a m e n te d e um
re a v iv a m e n to san to , v in d o d e Ti, a fim d e c o n fro n ta r nossos
p ec ad o s e lev a r-n o s ao a rre p e n d im e n to h u m ild e e à ren o v a-
ção e sp iritu a l.
M in h a e sp era n ç a, P ai C elestial, e stá n a s p ro m e ssas d a
T ua P alav ra. O b rig a d o p e la T u a c o m p a ix ão p o r nó s em
n o sso s c a m in h o s p ecam in o so s. E m n o sso estilo d e v id a
a rro g a n te , n ó s T e dizem o s: — "S o u rico, a d q u iri riq u e z as e d e
n a d a p reciso ". A rre p e n d o -m e disso! C onfesso q u e, com o
cren tes, m o stra m o s n o ssa co n d ição d e infelizes, m iseráv eis,
p o b res, ceg o s e n u s. A ceito e ssa an álise feita p e lo S en h o r
Jesus C risto co m o se a p lic a n d o a m im e a m e u s c o m p a n h e iro s
cren tes.
O b rig a d o , p o rq u e o S en h o r Jesus C risto n o s c o n v id o u
p a r a c o m p r a r d E le o u r o r e f in a d o e m s u a s f o r n a lh a s
d isc ip lin a d o ra s. Q u e ro esse o u ro p a ra m im e p a ra a T u a
142 O REAVIVAMENTO SATÁNICO
igreja. Peço as v e s tid u ra s b ran c a s q u e o S e n h o r Jesu s C risto
p ro m e te u p a ra c o b rir a n o ssa n u d e z . U n g e os n o sso s olhos
co m o co lírio q u e n o s c ap acita a v e r as coisas c o m o o S en h o r
Jesu s C risto as vê. A b ro a p o rta d a m in h a v id a ao S e n h o r Jesus
C risto. E u O c o n v id o p a ra v ir a m im , à igreja e ao n o sso
te m p o , d a n d o -n o s u m a p o d e ro s a sen sação d a S u a p rese n ç a
san ta. Q u e a S u a p ro x im id a d e n o s q u e b ra n te p o r c a u sa d o s
n o sso s p e c ad o s, a té q u e fu jam o s p a ra a c ru z p a ra serm o s
p u rific a d o s p e lo S eu san g u e. Q u e este re a v iv a m e n to pelo
q u a l e u o ro p ro p o rc io n e fé s a lv a d o ra a m u ltid õ e s q u e n ã o se
e n c o n tra m a in d a no re d il d o S alv ad o r. P ai C elestial, rem o v e
o q u e q u e r q u e im p e ç a q u e o re a v iv a m e n to c h e g u e a té nós.
Faça co m q u e ele afete igrejas, leg islad o res, trib u n a is, negó-
cios, e d u cação , g o v e rn o e tu d o o q u e e stiv e r d ia n te d e Ti. N ão
n o s re a v iv a rá s n o v a m e n te?
C oloco tu d o isto d ia n te d e Ti, Pai C elestial, firm a n d o
c a d a p e d id o n o m é rito e v a lo r d o S e n h o r Jesus C risto e d e S ua
o b ra c o n su m a d a . Peço q u e co lo q u es em m im e em in ú m e ro s
o u tro s c re n te s u m a fé crescen te e co n tag io sa, a p o ia d a total-
m e n te n a T u a v o n ta d e e p lan o p a ra n ó s n e ste d ia e so b re o
fu n d a m e n to d a T u a P a lav ra e d a o b ra te rm in a d a d o S en h o r
Jesu s C risto . A m ém .
PARTE III

Derrotando os Poderes das Trevas

10. Fazendo Acontecer


11. Protegendo os Participantes
12. Avahando as Forças para a Batalha
13. Usando Nossas Armas
14. Ataque à Unidade do Corpo
15. Mantendo em Funcionamento a Unidade do Corpo
16. A Obra da Palavra
17. O Tempo É Agora
Fazendo
Acontecer 10
O s re a v iv a m e n to s g e ra lm e n te c o m eçam com p o u c a s
pessoas. N o s d o is c a p ítu lo s an terio res, v im o s a salv ação d e
Jeru salém co m eçar co m as orações d e N e e m ia s e os p o u c o s
q u e s e n tir a m o f a r d o c o m ele. E les e x p e r im e n ta r a m
rea v iv am e n to em su a s p ró p ria s v id a s a p rin cíp io , e o m o v i-
m en to p o d e ría ter p a ra d o aí. M as, p a ra ser a m p la m e n te
eficaz, o m o v im e n to d e re a v iv a m e n to p recisa esten d er-se.
O re a v iv a m e n to sa tâ n ico q u e v a rre a n o ssa c u ltu ra se
d ifu n d e d e m a n e ira a la rm a n te. U m rea p a rec im e n to d a ad o -
ração a o d ia b o e x p lo d iu e m p ra tic a m e n te to d as as regiões do
nosso país. C o m u n id a d e s p e q u e n a s são tão a fe tad a s q u a n to
os b a irro s p o b re s e fav elas d a s g ra n d e s cid ad es. A a tiv id a d e
oculta se e s p a lh o u p a ra seto res d a so c ie d a d e q u e jam ais
p o d e ria m o s su sp eitar. U m ex -satan ista d o s altos escalões
afirm a q u e os " sa ta n ista s tra d icio n a is" en fo caram q u a tro
setores p rin c ip a is d a so c ie d a d e p a ra a s u a infiltração: judicial,
legislativo, m íd ia d e e n tre te n im e n to , e sistem as e d u c a d o -
nais. O s o c u ltista s d e hoje in clu em m édicos, a u to rid a d e s
ju d iciárias, p ro fesso res, a d v o g a d o s, em p resário s, oficiais d o
govern o , m ilita re s e até p asto res.
E ste re a v iv a m e n to satân ico é tão d ifu n d id o q u e u m
re a v iv a m e n to e s p ir itu a l d e m a ss a s e rá n e c e s s á rio p a ra
m odificá-lo. O p o v o d e D eu s d e v e c o m p re e n d e r os m éto d o s
div in o s p a ra q u e b ra r os g rilh õ es d o p o d e r satânico. O s
in iciad o res u s a d o s p o r D eu s p a ra o b te r a v isã o d e v e m receb er
a ad e sã o d e g ra n d e s g ru p o s d e cren tes q u e fiq u e m a le rta s e
- 145 -
146 O REAVIVAMENTO SATÁNICO

p a rtic ip e m d a q u ilo q u e D eu s está fazen d o .


N a s crises a m e a ç ad o ra s d e hoje é p reciso q u e os cren tes
e n te n d a m q u e e m b o ra a lg u é m p o ssa te r u m in te resse p ro fu n -
d o p e lo re a v iv a m e n to e in te rv en ç ã o d iv in a , essa p e sso a d e v e
te r c u id a d o p a ra n ã o c a rre g a r so z in h a esse fard o . O s a ta q u e s
s u tis d e S atan ás lo go a d e rru b a ria m . Existe u m m eio m elh o r.
É fasc in an te n o ta r co m o o m o v im en to d o re a v iv a m e n to
rev o lu c io n á rio n a ép o ca d e N e e m ia s e n v o lv e u a c id a d e intei-
ra. O e n tu sia sm o e d ed ic a ç ão a u m e n ta ra m a té q u e to d o s
e sta v a m p a rtic ip a n d o .
E m a n o s m a is r e c e n te s , D e u s c o n c e d e u o u t r o s
re a v iv a m e n to s e m d iv erso s lu g ares, m a n te n d o d ia n te d o Seu
p o v o u m e x em p lo d o q u e os re a v iv a m e n to s p o d e m fazer.
Eles n o s en corajam . Eles tam b é m d ã o te s te m u n h o d e q u e
d e v e m o s ter u m a b a se a m p la d a q u e le s q u e p a rtic ip a m d o
fard o , a fim d e q u e o re a v iv a m e n to rev o lu c io n á rio v isite to d a
a n o ssa c u ltu ra.
O E sp írito S anto p o d e lev a r as p e sso a s a se e n v o lv e rem .
S u a força p o d e ro s a p o d e falar in d iv id u a lm e n te ao s q u e Lhe
p e rte n c e m e q u e p rec isam ser d e s p e rta d o s p a ra ju n ta r-se à
cau sa. Se o p o v o d o S en h o r em n o sso p aís se u n ir p a ra b u sc ar
a S u a in terv en ção , D eu s n o s v isitará com o m aio r rea v iv am e n to
q u e o m u n d o já co nheceu. N e m as p o rta s d o in fe rn o são
o b stá c u lo q u a n d o C risto q u e r e d ifica r a S u a igreja! (M ateus
16.18)
V am o s e x a m in a r b re v e m e n te u m re a v iv a m e n to ocorrí-
d o h á n ã o m u ito te m p o n u m a fa c u ld a d e a q u i n a A m érica d o
N o rte , e d e p o is d isc u tire m o s com o c o n seg u ir o re a v iv a m e n to
o n d e v ocê estiv er.

O R e a v iv a m e n to d e A b s b u ry

O re a v iv a m e n to su rg iu em v á rio s c a m p u s d e fac u ld ad e s,
e m 1970, c o m e ç a n d o em A b sb u ry , u m a fa c u ld a d e c ristã de
a rte s lib erais e se m in á rio d e raízes m e to d ista s em W illm o re,
K en tu ck y , u m a c id a d e p ró x im a d e L exington. U m p e q u e n o
g ru p o d e e s tu d a n te s co m eço u a se le v a n ta r trin ta m in u to s
a n te s to d o s os d ia s p a ra le itu ra bíblica e o ração , e m b u sc a d e
u m n o v o to q u e d e D eus. D eu s c o n c e d e u ex p e riên c ia s sig n i­
Fazendo Acontecer 147

ficativas ao s e n v o lv id o s n e ssa n o v a d iscip lin a, e to d o o co rp o


estu d an til ficou sa b e n d o d o fato. R eu n iõ es em g ru p o p a ra o
d esp ertam e n to e sp iritu a l se to m a ra m c o m u n s ta n to p a ra os
professores co m o p a ra os e stu d a n te s.
Em 3 d e fev ereiro , cerca d e m il e s tu d a n te s se d irig ira m às
10 h o ra s d a m a n h ã p a ra u m cu lto n a capela. A c o n v e rsa
casual d o s e s tu d a n te s ao e n tra re m foi a c o m p a n h a d a d e u m a
atm o sfera d e ex p e cta tiv a in co m u m . O re ito r d a fac u ld ad e ,
p ro g ra m a d o p a ra se r o o ra d o r d a reu n iã o , p ô s d e la d o a
m en sa g e m q u e p lan e jara e co m eço u a c o n ta r ao s a lu n o s
a lg u m a s d e su a s ex p eriên cias pesso ais co m D eus. U m silên-
cio s a n to c aiu so b re a a u d iê n c ia . Q u a n d o o re ito r c o n v id o u os
e s tu d a n te s p a ra c o m p a rtilh a re m o q u e D eu s e s ta v a faz e n d o
em se u s corações, eles re sp o n d e ra m im e d ia ta e e x te n sa m e n -
te. L ogo d e p o is, v á rio s d eles e sta v a m d e p é d a n d o teste m u -
n h o s ferv o ro so s q u e refletiam as s o n d a g e n s d e D eu s e m seu
íntim o. L ág rim as d e p re o c u p a ç ã o e a rre p e n d im e n to com eça-
ram a se r d e rra m a d a s. N ã o se o u v ia m os clichês típicos,
co m u n s a m u ito s cu lto s d e teste m u n h o . U m a sin c e rid a d e
in te n s a , c o n t a g i o s a , c a r a c t e r i z o u a h u m i l d a d e e o
q u e b ra n ta m e n to d ia n te d o S enhor. R obert C o le m a n reg istra:
"T o do s se n tia m q u e alg o e x tra o rd in á rio e sta v a aco n tecen d o .
D eus p a re c ia m u ito p ró x im o ".1
Q u a n d o te rm in o u o p e río d o d a cap ela, u m d o s p ro fesso -
res s u b iu à p lata fo rm a . Ele c o n v id o u q u a lq u e r e s tu d a n te q u e
desejasse faz e r u m a o ração p a ra q u e fosse até o a ltar. O co rp o
e s tu d a n til co m eço u a c a n ta r " A ssim co m o esto u ,..." e a res-
p o sta foi in sta n tâ n e a e m aciça. A p rese n ç a d e D eu s se to rn o u
tão real q u e to d o s os o u tro s in teresses p a re c e ra m su b ita m e n te
insig nificantes. A c a m p a in h a p a ra as au las co m eçarem soou,
m as n in g u é m saiu d a capela. O s p ro fesso res e a lu n o s com -
p re e n d e ra m q u e D eu s e stav a o p e ra n d o . O s e s tu d a n te s se
a lin h a ra m p a ra d a r seu s teste m u n h o s. F o ram feitas confis-
sões. A s v e lh a s b rig a s e n tre in d iv íd u o s d e sap a re ce ram . A
p resen ça e o a m o r d e D eu s os e n v o lv eu . N a h o ra d o alm oço,
o refeitó rio fico u vazio. A fo m e e sp iritu a l s u p e ro u a física.
A s a u la s fo ra m su sp e n sa s p o r te m p o in d e te rm in a d o .
O rações, te s te m u n h o s, m ú sic a e le itu ra s bíblicas se to rn a ra m
p a rte in te g ra n te d a p articip a çã o e sp o n tâ n e a. A lg u n s deixa-
148 O REAVIVAMENTO SATÁNICO
ra m o c u lto n a h o ra d o jan ta r, m as em b rev e o a u d ito rio
co m eço u a en ch er-se d e novo. S ua c a p a c id a d e d e a c o m o d a r
1550 p e sso a s n ã o b asto u , às vezes. A s n o tícias d o q u e e stav a
a c o n te c en d o se e sp a lh a ra m p a ra u m se m in á rio n a s v izin h a n -
ças e p a ra o p o v o d a cid ad e. A s p esso as ficav am ju n to aos
m u ro s e se a p in h a v a m n o s c o rre d o re s e p o rta s. T odos
q u e ria m p a rtic ip a r d o q u e D e u s e sta v a fazen d o .
O s 450 a lu n o s d o se m in á rio se se n tira m tão d e safiad o s
p ela v isita d e D eu s à fa c u ld a d e q u e fiz e ra m u m a v ig ília de
o ração n o c a m p u s, a n o ite in teira. N a m a n h ã se g u in te , o
p lan o p a ra o cu lto d e lo u v o r n a c a p ela d o se m in á rio foi
m u d a d o . U m a lu n o fic o u d e p é p a r a c o n ta r c o m o o
re a v iv a m e n to n a fa c u ld a d e o afetara; e, e sp o n ta n e a m e n te ,
o u tro s co m e ç a ra m a m o v er-se p a ra a fre n te e ajo elh ar-se junto
ao a lta r em oração. O s e s tu d a n te s e os p ro fe sso re s fo rm a ra m
u m a fila e m fre n te ao p ú lp ito , e s p e ra n d o a su a v e z p a ra dar
te s te m u n h o o u m e n c io n a r n e c essid a d e s e sp iritu a is.
O s e m in á rio e a fa c u ld a d e p a ssa ra m a faz e r reu n iõ es
c o n ju n tas, e g ru p o s m en o re s d e o ração se e s p a lh a ra m por
to d a p a rte . A s cla sse s fic a v am m u ita s v e z e s c h e ia s de
in te rce sso re s e in te ressa d o s. A s igrejas locais e o p o v o da
c id a d e se se n tira m a tra íd o s e c o m eçaram a p a rtic ip a r. A
re u n iã o n a c a p ela era c o n tín u a . M esm o às três h o ra s da
m a n h ã , d u z e n ta s o u tre z e n ta s p e sso a s a in d a c o n tin u a v a m
re u n id a s p a ra d a r teste m u n h o , o rar, ler as E sc ritu ra s e cantar.
D u ra n te u m a se m a n a in teira, 185 h o ra s c o n tín u a s, o a u d itó rio
ficou in te ira o u p a rc ia lm e n te cheio d e a d o ra d o re s.
In ú m e ra s o u tra s fa c u ld a d e s fo ra m ta m b é m tocadas.
H e n ry C. Jam es, o d ire to r d e p u b lic id a d e d o S e m in á rio Teo-
lógico d e A b sb u ry , d e c la ro u q u e p elo m e n o s 130 facu ld ad es,
se m in á rio s e escolas bíblicas em to d o o m u n d o fo ra m afetados
p elo q u e aco n te c eu em A b sb u ry . F a c u ld a d e s co m o a A zusa
P acific C o lleg e n a C a lifó rn ia e a G re e n v ille C o lleg e em
G reen v ille, Illinois, tiv e ra m re a v iv am e n to s. O S o u th w estern
B ap tist T heo logical S em in ary em F orte W o rth , Texas, experi-
m e n to u u m d e s p e rta m e n to n o se u c a m p u s.
O s q u e p a rtic ip a ra m d o tra n s b o rd a r d o re a v iv a m e n to de
A b s b u ry jam ais e sq u ec e rão essa v isita e x tra o rd in á ria d a gra-
ça d e D eus.
Fazendo Acontecer 149

O s rela to s d e re a v iv a m e n to s recen tes são en co rajad o res.


Eles o ferecem alg o q u e m o tiv a o p o v o d e D eu s a d esejar m ais.
T o d a v ia m u ito m a is é necessário. O p o v o c ristã o d e cada
c o m u n id a d e , c id a d e e m etró p o le , d e v e a n s ia r p e la in te rv e n -
ção d iv in a . Q u a n d o isso a c o n te c e r, s e rá p o s s ív e l u m
re a v iv a m e n to e m to d o o c o n tin en te. M as, o n d e d e v e m o s
com eçar?

E n v o lv im e n to d a s P e sso a s n o D e s p e rta m e n to

P r im e ir o , d e v e m o s p e r g u n ta r : C o m o a c o n te c e o
e n v o lv im e n to d a s p e sso a s em b a se a m p la n o rea v iv am e n to ?
E stas são a lg u m a s d a s resp o stas.

1. A in te rv e n ç ã o s o b e ra n a d e D e u s p r e p a ra as p e sso a s.

O in im ig o está u s a n d o a s u a a m p la b a se d e " p o d e r d a s
p e sso a s" p a ra m a n te r o se u re a v iv a m e n to m a lig n o se esp a-
lh a n d o a u m a v e lo c id ad e fen o m en al. S eu su cesso s u p e ra a
c a p a c id a d e h u m a n a . Q u a l é, pois, a n o ssa resp o sta?
" M a s D eus..." E ssas d u a s p a la v ra s d e ra m início a to d o
re a v iv a m e n to q u e já o co rreu . D e u s inicia e g e ra a S u a p o d e -
ro sa in terv en ção . S ua g raça so b e ra n a tra z o re a v iv am e n to .
N e e m ia s co n h ecia esta v e rd a d e a n te s d e d e ix a r a cap ital
p ersa. "E o rei m as d e u , p o rq u e a b o a m ã o d o m e u D e u s e ra
co m ig o " (N e e m ias 2.8b).
D e u s p re p a ro u b e m o coração d e N eem ias. A o viajar
p a ra Je ru sa lé m , ele sab ia q u e tin h a à s u a fre n te u m a tarefa
difícil. O b stá cu lo s d e m a sia d o g ra n d e s p a ra q u a lq u e r solução
h u m a n a o e sp era v a m . Ele sab ia q u e os ju d e u s resta n te s e ra m
u m p o v o d e sm o ra liz a d o . T a m b ém sab ia q u e seu s in im ig o s
jam ais p e rm itiria m q u e os m u ro s fo ssem re c o n stru íd o s, as
p o rta s reco lo cad as, o u u m g o v e rn o ju d e u re s ta u ra d o em
Jeru salém . E n q u a n to o b se rv a v a a e n o rm id a d e d a tarefa, su a
d e p e n d ê n c ia d e D eu s c o n tin u o u a u m e n ta n d o . A o ração era
u m a c o n sta n te em s u a v id a: "D isse-m e o rei: Q u e m e p e d e s
ag o ra? E n tão o rei ao D eu s d o s céus; e d isse ao rei" (N eem ias
2.4,5a).
D e p o is d e ter c h e g a d o a Jeru salém , a d e p e n d ê n c ia d e
150 O R eavivamento Satánico
D eu s p o r p a rte d e N e em ias a u m e n to u . D u ra n te três d ias ele
s im p le s m e n te e sp e ro u , o b se rv o u e, sem d ú v id a , o ro u . Só
D eu s tin h a c o n d içõ es d e m o v e r o p o v o a c re r q u e a c id a d e
se ria re s ta u ra d a co n fo rm e ele dizia.
O n ú c le o d e e s tu d a n te s em A sb u ry q u e se d e d ic o u a o ra r
p ro m o v e u a in te rv en ç ã o d e D eu s em seu c a m p u s e n a c o m u -
n id a d e circu njacente.
E n q u a n to escrevo, fico p e n san d o : Q u e m se ju n ta r á a m im
para c o n se g u ir 0 re a v iv a m e n to em nosso país?
T em o s a s p essoas. O s c ristão s ev an g élico s se e n c o n tra m
e m to d a p a rte . T o d av ia, p a recem o s d e s m o ra liz a d o s, p a ssiv o s
e q u a s e in d ife re n te s. A lg u n s desejam q u e o re a v iv a m e n to
a c o n te ç a, m a s n ã o e x iste u m d esejo c o rr e s p o n d e n te d e
e n v o lv im e n to pesso al. H á m u ita d e silu sã o co m os m o v im en -
to s cristão s. A satisfação co m o e s ta d o a tu a l d e coisas carac-
teriza a ig reja ev an g élica d e fo rm a geral. C o m o a igreja, o
g ig a n te d e força e sp iritu a l a d o rm e cid o , irá a c o rd a r p a ra o
d esafio d o re a v iv a m e n to rev o lu cio n ário ? P ela m ã o d e D eus,
a g raç a so b e ra n a , m ise ric o rd io sa, fará com q u e ele ocorra.

2. T e s te m u n h o e o p o rtu n id a d e p ro m o v e m o e n v o lv im e n to
d a s p e sso a s.

"Então à noite me levantei, e uns poucos homens


comigo; não declarei a ninguém o que o meu Deus me
pusera no coração para eu fazer em Jerusalém. Não havia
comigo animal algum, senão o que eu montava" (Neemias
2.12).

A n o ç ã o d e o p o rtu n id a d e é n ec essá ria p a ra in s p ira r o


e n v o lv im e n to d a s p esso as. É p o ssív el im a g in a r a c u rio sid a d e
p ro v o c a d a e m to d o s q u a n d o esse d ig n itá rio ju d e u c o m as
cre d e n c ia is d o rei e n tro u n a cid ad e. O s sacerd o tes, n o b res e
a u to rid a d e s d o rem a n esc e n te ju d e u ferv iam d e esp ecu laçõ es.
P o r q u e v iera? O q u e e sta v a fazen d o ? D u ra n te três d ias
N e e m ia s p e rm a n e c e u n a so m b ra, p e rm itin d o q u e as sem en -
tes d a c u rio s id a d e crescessem e p e rm e a sse m a c u ltu ra . En-
q u a n to isso, ele a g u a rd a v a em D eu s, o b se rv a v a e o u v ia tu d o
a te n ta m e n te . Ele e sta v a c ria n d o n o p o v o o d esejo d e o u v ir o
q u e tin h a a d izer.
Fazendo Acontecer 151

N o fin a l d o s três d ias, so b o m a n to d a e sc u rid ã o , N e e m ia s


s a iu silen cio sam en te d e Jeru sa lé m a tra v é s d a P o rta d o V ale.
A lg u n s h o m e n s d e co n fian ça o a c o m p a n h a ra m n a v isto ria
d a s ru ín a s. Ele q u e ria q u e a m a g n itu d e d o s m u ro s d e rru b a -
d o s im p re ssio n a sse aq u e le s h o m en s. A s ru ín a s e ra m tão
e x te n sa s q u e foi fo rç a d o a a p e a r e a n d a r so b re elas. A
re c o n stru ç ã o n ã o p o d ia se r feita se m a a ju d a d e to d o o povo.
A o v o lta r so b re os seu s p asso s, u m a p e rc e p ç ão a rd e n te to m o u
se u coração. D e u s d e v e ria in stig a r S eu p o v o a agir! D eu s faria
isso!
N e sse in te rv alo , a c u rio s id a d e fiz e ra a s u a obra. A s
a u to rid a d e s n ã o sa b ia m p a ra o n d e ele fo ra n e m as su as
razõ es, m a s tin h a m co n h e cim e n to d e q u e d e ix a ra a cid ad e.
N o m o m e n to e m q u e a c u rio s id a d e d eles c h e g o u a u m clím ax
febril, N e e m ia s c h a m o u to d o s os " q u e fariam a o b ra" (N eem ias
2.16b). S u a n o ção d e o p o rtu n id a d e foi p erfeita. O p o v o e sta v a
p ro n to p a ra o u v ir o p la n o d e D eus. N e e m ia s fa lo u so b re o
m ila g re d a s u a id a e d a s p ro v isõ e s d e D eus. "E lh es d eclarei
co m o a b o a m ão d e D eu s e stiv e ra com igo, e ta m b é m as
p a la v ra s q u e o rei m e falara" (N eem ias 2.18a).
A q u e la d e v e ter sid o u m a g ra n d e a ssem b léia. U m a
re s p o s ta rá p id a e decisiv a foi d a d a p elo p o v o . " E n tã o d isse-
ram : D isp o n h a m o -n o s e ed ifiq u em o s. E fo rta le c e ra m as m ão s
p a ra a b o a o b ra" (N eem ias 2.18b).
U m e m p re e n d im e n to d e sse p o rte ex ig ia p lan e jam e n to ,
o rg a n iz a ç ã o e re sp o n sa b ilid a d e a d m in istra tiv a , p o is fazia
p a rte d a " b o a o b ra". N e e m ia s 3 re v e la q u e o p ro c e d im e n to se
to rn o u p o ssív e l p o rq u e o p o v o p a rtic ip o u . A m o tiv ação ,
a tra v é s d o te ste m u n h o d e N e e m ia s e d a o p o rtu n id a d e d a
h o ra, h a v ia c o n q u ista d o o p o v o . Eles se a c h a v a m p re p a ra d o s
p a ra o d esafio . A m e d id a q u e D eu s n o s m o v e g racio sam en te
e m d ire ç ão a u m d e sp e rta m e n to , ten h o q u a se c e rtez a d e q u e
esse m e sm o p ro cesso d e e n v o lv im e n to d e p e sso a s irá su rg ir.

3. O in te re s s e p e s so a l m a n té m as p e s so a s e n v o lv id a s.

A lg u m a s frases re p e tid a s e m N e e m ia s rev e lam co m o o


e n v o lv im e n to d o p o v o foi m a n tid o em tão alto nível. O
c a p ítu lo com eça: "E n tã o se d isp ô s Eliasibe, o su m o sacerd o te,
152 O REAVIVAMENTO SATÁNICO
co m o s sa c e rd o te s seu s irm ãos, e ree d ific ara m a P o rta d a s
O v elh as; c o n sa g ra ra m -n a , a sse n ta ra m -lh e as p o rta s" (v. la ).
A P o rta d a s O v e lh a s e ra a q u e la q u e as o v elh as p a ra o sacrifí-
cio a tra v e s s a v a m ao e n tr a r n o te m p lo re c o n s tru id o . O s
sa ce rd o te s n ã o só a d m in is tra v a m o siste m a sacrificial, m as a
m a io ria d eles ta m b é m m o ra v a p e rto d o tem p lo . O in te resse
p esso al m o tiv a v a o seu e n v o lv im e n to intenso.
O v e rsíc u lo 10 d eclara: " A o se u la d o re p a ro u Jedaías,
filh o d e H a ru m a fe , d e fro n te d e su a casa" (ênfase acrescen ta-
d a). A c o n sid e raç ã o so b re o n d e a p e sso a ia tra b a lh a r co m eço u
a su rg ir. D eclaraçõ es se m e lh an te s o c o rre m p elo m en o s d e z
v e z es n o c a p ítu lo . F rases co m o " d o (seu) d istrito " ( v .l7),
" ju n to à s u a casa" (v.23), e " d e fro n te d a s u a m o ra d a " (v.30),
c o n ta m u m a h istó ria v ital. N o caso d e fo rte o p o sição , a
d ed icação m o rn a p o d e ria re c u a r ra p id a m e n te . T o d av ia, q u a n -
d o a a m e a ç a se a p ro x im asse d a m o ra d ia d e a lg u é m , o a m o r e
a d e d ic a ç ão e x ig iría m q u e ficasse firm e.
E ste p rin c íp io tem u m a aplicação esp ecial ao esforço d e
rea v iv a m e n to . A n te s q u e os cren tes sejam m o tiv a d o s, eles
d e v e m s e n ti r p e s s o a lm e n te a g r a n d e n e c e s s i d a d e d o
rea v iv a m e n to . Q u a n d o o lh am o s à n o ssa v o lta, a p e rc e p ç ão
d e ssa n e c e s s id a d e n o s to ca c a d a v e z m ais. N ó s a v e m o s até
e m n o ssas casas: as d ro g a s e o álcool c a u sa m p ro b le m a s,
e n fre n ta m o s o d iv ó rc io e a g ra v id e z in d esejad a, so m o s víti-
m as d e e s tu p ro o u ro u b o , u m a crian ça d e n o ssa fam ília foi
a b u s a d a se x u alm en te , o u u m m e m b ro d a fam ília é a tra íd o
p a ra a p o rn o g ra fia , ou... você p re e n c h e o esp aço e m branco.
N ã o p o d e m o s m ais d iz e r q u e o p ro b le m a n ã o é nosso. O
re a v iv a m e n to satân ico é p ro b le m a m eu! É p ro b le m a seu!
E ssa p e rc e p ç ão e stá c rescendo. E m to d o lu g a r q u e v o u , m ais
e m ais p e sso a s se m o s tra m a la rm a d a s. E sp e ra m q u e isso
sig n ifiq u e q u e e sta m o s p ro n to s p a ra n o s en v o lv er.

4. O e n c o ra ja m e n to m a n té m o e n v o lv im e n to e m a lto n ív e l.

N u n c a é fácil sa lv a r u m a c id a d e , u m a n a ç ão o u u m a
c u ltu ra . O re a v iv a m e n to exige tem p o , esforço á rd u o , p aciên -
cia e u m flu x o d e firm e confiança. N e e m ia s 4 n o s c o n ta q u e
a lg u n s d e n tre o p o v o se a c o v a rd a ra m . A s a m e a ç a s d o
Fazendo Acontecer 153

in im ig o cresceram , o p o v o ficou co m m e d o e o a la rm e se
e s p a lh o u (v. 12). N e e m ia s re a g iu co m u m en c o ra ja m e n to
ch eio d e tato. Ele os d istrib u iu " p o r fam ílias... co m as su as
e s p a d a s e as su a s lan ças e os se u s arcos" (v. 13b). A seg u ir,
a n d o u e n tre eles, d izen d o :

"Não os temais; lembrai-vos do Senhor, grande e


temível, e pelejai pelos vossos irmãos, vossos filhos, vossas
filhas, vossas mulheres e vossas casas" (v.14).
"...Grande e extensa é a obra, e nós estamos no muro
mui separados, longe uns dos outros. No lugar em que
ouvirdes o som da trombeta para ali acorrei a ter conosco; o
nosso Deus pelejará por nós" (vv. 19,20).

N ã o d e v e m o s te r re c e io d e n o s s a n e c e s s id a d e d e
e n c o ra ja m e n to c o n stan te. N o m o m e n to em q u e o p o v o d e
D eu s se m a n ife sta r co m o a rre p e n d im e n to n ecessário p a ra
p ro m o v e r o re a v iv a m e n to rev o lu c io n á rio , a o p o sição se rá
g ra n d e . Q u a n d o os cren tes exercem fé p a ra lim p a r as ru ín a s
d o p e c a d o e re c o n stru ir os m u ro s d a in te g rid a d e e sp iritu a l,
to d o o in fe rn o fic a rá a m e a ç a d o p e lo q u e fa z e m o s. O
re a v iv a m e n to satân ico n ã o aceitará p a ssiv a m e n te e ssa am ea-
ça.
T erem o s d e se r re p e tid a m e n te e stim u la d o s a " le m b ra r
d o S en h o r, g ra n d e e tem ível" e sa b er q u e " o n o sso D eu s
p e le jará p o r nós"! T em os n e c essid ad e d e le m b ra r q u e n o sso s
irm ã o s, filhos, filhas, m u lh e re s e casas m ere ce m ser d e fe n d í-
d o s d e tal ataq u e.

O n d e C o m e ç ar

V ocê talv ez esteja se p e rg u n ta n d o agora: "C o m o p o sso


e n v o l v e r - m e n o r e a v i v a m e n t o r e v o l u c io n á r io ? " U m
re a v iv a m e n to rev o lu cio n ário , a b ra n g e n te , n u m a c u ltu ra , exi-
ge u m e n v o lv im e n to e x tre m a m e n te a m p lo d o p o v o d e D eus,
m as isso co m eça co m u m a p esso a d e c a d a vez. A lg u m as
in stru ç õ e s sim p les v ã o o rie n ta r você.
154 O REAVIVAMENTO SATÁNICO
1. C o m ece p e rto d e casa.

O e n v o lv im e n to co m eça co m você. S ep are p elo m en o s


u m p e río d o se m a n a l e m q u e, d u ra n te os seu s d e v o c io n a is a
sós, vo cê com eça a o ra r p a ra q u e v e n h a o re a v iv a m e n to
rev o lu c io n á rio p a ra o se u coração, su a fam ília, s u a igreja, su a
c id a d e , se u p a ís e se u m u n d o . Jam ais a c re d ita re m o s q u e
D eu s p ro c e d e rá u m re a v iv a m e n to em la rg a escala a té q u e
creiam o s nE le n a s d im e n sõ e s m en o res. Peça a D e u s p a ra
le v a n ta r m ais in tercesso res p a ra o ra re m pelo rea v iv am e n to .

2. F iq u e p re p a ra d o p a ra a u m e n ta r o s e u círcu lo .

T o d o s os in te re ssa d o s n o re a v iv a m e n to d e v e m d e seja r e
e s p e ra r d e sco b rir p elo m en o s u m a o u tra p esso a co m q u e m
p o ssa m o ra r re g u la rm e n te . P ro g ra m e os seu s p e río d o s d e
o ração c o m d iscip lin a. Q u a n d o o se u g ru p o d e o ração crescer,
a b ra n g e n d o trê s o u q u a tro p esso as, com ece o u tro . É m e lh o r
a u m e n ta r o n ú m e ro d e g ru p o s d o q u e p e rm itir q u e u m só
cresça d em ais. A s d istraç õ e s se m u ltip lic a m , à m e d id a q u e os
n ú m e ro s crescem .

3. M a n te n h a s im p le s o s e u fo rm a to .

L eiam a lg u m a s p a ssa g e n s bíblicas e co m ecem a o rar. O s


sete m o d elo s d e o ração su g e rid o s p a ra o re a v iv a m e n to a p re -
se n ta d o s n e ste liv ro p o d e m a ju d a r você. O s q u e têm c o n d i-
ções d e s e p a ra r u m p e río d o d iá rio p o d e m u s a r u m m o d e lo
d ife re n te a c a d a dia. C om ece a o ferecer as o raçõ es d e v o lta a
D e u s co m d e d ic a ç ão p lan e jad a . A p ro p rie -se d elas, o u p e rm i-
ta q u e esse seja u m com eço criativ o , e scre v e n d o as su a s
p ró p ria s petições.
A s o raçõ es su g e rid a s n este liv ro p o d e m se r esp ec ialm en -
te ú te is p a ra a o ração e m g ru p o . C a d a p e sso a p o d e faz e r u m a
o ração d ife re n te q u a n d o se e n c o n trare m , a c re sc en ta n d o su as
p ró p ria s in tercessõ es e n q u a n to ora. A alte rn a ç ã o d e p a rá g ra -
fos e n tre os q u e e stã o o ra n d o , a ju d a a c o n c e n tra ç ã o n o
a s su n to e m foco. A p re n d e r a o ra r d o u trin a ria m e n te d á h o n ra
a D eu s e fo caliza o S eu p o d e r c o n tra o m al.
Fazendo Aeon tecer 155

4. L eia b o n s liv ro s so b re d e s p e rta m e n to s .


O s in tercesso res são m o tiv a d o s ao m a n te r co n stan te-
m e n te e m foco os te ste m u n h o s d e re a v iv a m e n to s p assa d o s.
U m a b ib lio g rafia sob re rea v iv a m e n to s é fo rn e c id a p o r R ich ard
O w e n R o b e r ts e m s e u e x c e le n te liv r o , R e a v iv a m e n to s
("R ev iv ais"). S eus c o m e n tário s in cisiv o s so b re m u ito s d o s
liv ro s v ã o se r ú teis p a ra você d e te rm in a r a s u a p referên cia.

5. P ro c u re u m a lv o d e o ração p a ra o re a v iv a m e n to n o
s e n tid o c o m u n itá rio .
Peça ao S en h o r p a ra ca p ac ita r você a fa z e r p a rte d e u m
alv o d e o ração d e re a v iv a m e n to in te rd e n o m in a c io n a l e m seu
d istrito . É im p o rta n te q u e e sta re u n iã o n ã o se to rn e a p e n a s
o u tro g ru p o d e p lan e jam e n to p a ra u m p ro g ra m a , c ru z a d a o u
esfo rço ev an g elístico o rg an iz ad o . O re a v iv a m e n to re q u e r
q u e o p o v o d e D eu s se h u m ilh e, p ro c u re a face d e D eu s e
a g u a rd e nEle. O te m p o e o p la n o d e D e u s se rã o se m p re
c o n h e cid o s p o r aq u eles q u e co n fiam nEle.

6. A g u a rd e e v ig ie co m e sp e ra n ç a .
A paciência, a p e rse v e ra n ç a e a fid e lid a d e são os in g re d i-
e n te s m a is v ita is p a r a o s q u e e stã o in te r c e d e n d o p e lo
re a v iv a m e n to .

"Espera pelo Senhor,


tem bom ânimo, e fortifique-se o teu coração;
espera, pois, pelo Senhor" (Salmo 27.14).

C re r em D eu s p a ra u m re a v iv a m e n to re q u e r u m coração
esp era n ç o so , q u e a g u a rd a . Peça a D e u s q u e lhe d ê esse
se n tim e n to d e ex p e cta tiv a e a g ra d e ç a a Ele p e la o b ra q u e está
p re ste s a realizar.

O R A Ç Ã O D E R E A V IV A M E N T O M O D E L O 3
T E M A : G R U P O S D E O R A Ç Ã O PEL O R E A V IV A M E N T O

P ai C elestial A m ad o , e u Te a d o ro co m o o D e u s q u e a m a
as p esso as. T u d ec la ra ste em T u a P a la v ra q u e és p a c ie n te com
156 O R ea v iva m en to S a tá n ico

os hom ens, não desejando que nen h u m pereça, e deste opor-


tu n id a d e p ara todos chegarem ao arrependim ento. O brigado
pela T ua paciência que m e levou à fé salvadora no Senhor
Jesus Cristo. Eu Te louvo, Pai Celestial, p o r dem onstrares o
Teu am or, p erm itindo que o Senhor Jesus Cristo m orresse
pelos ím pios en q u an to ain d a eram pecadores. É m aravilhoso
saber que Tu am aste a h u m a n id ad e com u m sacrifício tal que
concedes o perd ão e a vida eterna a todos os que crêem.
O brigado, Senhor Jesus Cristo, p o r orar p o r aqueles que
viríam a crer em Ti. O brigado pelas outras ovelhas que
levarás a Ti.
O ro C ontigo, am ado Salvador, p o r aquelas ou tras ove-
lhas que estão p o r vir. M ultidões são escravas do pecado e de
Satanás e peço perd ão p o r m im e pelos outros crentes que se
im p o rtaram tão pouco com esses indivíduos perdidos. Reco-
nheço que a m esm a cu ltu ra pecam inosa qu e cega e p ren d e os
p erd id o s to rn o u m eu coração frio e apático. Por favor,
perdoa-m e. Concede-m e um fardo pelos p erd id o s ao m eu
redor. O ro p o r (cite as pessoas perd id as p o r quem se interes-
sa). N o nom e do Senhor Jesus Cristo, rem ovo a cegueira que
Satanás está colocando s o b re ___________ . O ro p ara que Tu
leves esses entes queridos a u m a fé salvadora no Senhor Jesus
Cristo.
O brigado, Pai do céu, pelos reavivam entos n a história.
Eu Te louvo p o r concederes bênçãos de reavivam ento em
vários lugares em tem pos recentes. O brigado p o r abrires
m eus olhos p a ra ver a necessidade de um reavivam ento
revolucionário que há de glorificar-Te, su rp reen d er o m undo,
e levar m ultidões a um a fé salvadora. Peço-Te que m e
concedas u m fardo p ara esse reavivam ento. A juda-m e a crer
que ele p o d erá v ir à m inha cidade. Eu m e ofereço hum ilde-
m ente com o intercessor nesse sentido. Leva-m e a pelo m enos
u m a o u tra pessoa com quem eu possa orar regularm ente para
que ele venha. Peço-Te que levantes grupos de oração p a ra o
reavivam ento em cada cidade, m etrópole, subúrbio e zona
ru ral de nosso país. Peço-Te que prepares um a base am p la de
p e s s o a s a n ív e l n a c io n a l q u e e s te ja m e s p e r a n d o o
reavivam ento. C oncede a cada g rupo u m fardo co nsum idor
p a ra que o reavivam ento ven h a de Ti. Faze com que o
Fazendo Aeon tecer 157

envolvim ento das pessoas seja suficientem ente g ran d e p ara


q u e q u a n d o soberanam ente souberes que estam os prepara-
dos, venhas visitar-nos com a T ua presença santa. A T ua
prom essa é essa, q u an d o buscarm os nos aproxim ar d e Ti, Tu
te aproxim arás de nós. O ro p a ra que esta p ro xim idade seja
v erd ad e iram e n te revolucionária. Faze com que ela nos hum i-
lhe, quebrante, vivifique e m u d e a direção de nossa cultura
que se desintegra.
N ecessitam os desesperadam ente d e u m m ovim ento de
T ua p o d ero sa graça que transform ará a v id a de m ultidões de
pessoas. Faze com que a nossa cu ltu ra volte aos absolutos d a
ética judia-cristã. Concede-nos u m sistem a legal com tribu-
nais tem entes a D eus e estabelece a justiça. Invade o nosso
sistem a penal com tal regeneração e reform a que nossas
cadeias se esvaziem g radualm ente até que fiquem os im agi-
n a n d o o que fazer com os prédios desocupados.
Peço u m a transform ação tal do nosso sistem a educacio-
nal que as tendências hum anistas, ateístas de nossos dias
sejam c o m p le ta m e n te in v e rtid a s . O ro p a ra q u e este
reavivam ento toque cada um dos líderes políticos, cada em -
preen d im en to com ercial, e cada pessoa d a m ídia de m assa e
in d ú stria de entretenim ento. Q ue o reavivam ento possa
purificar a in d ú stria m usical. Peço que a pobreza, a em bria-
guez, as drogas, a im oralidade e a violência tão com uns aos
nossos centros urbanos sejam d estru íd as pelas v idas transfor-
m adas das pessoas regeneradas que vivem neles. Faze com
que a in d ú stria d a pornografia se ajoelhe através do arrepen-
d im ento dos pro d u to res e consum idores. A nula o escândalo
d o divórcio m ediante a v id a reta, em espírito de perdão,
encorajadora, das fam ílias reconciliadas Contigo.
A necessidade de um reavivam ento revolucionário nas
igrejas é talvez a m aior de todas, Senhor Jesus. Eu Te convido
a an d a r en tre nós, os crentes, e expor nossos pecados quando
os vires. Concede à T ua igreja um espírito de arrependim ento
v erd ad e iro onde os ciúm es, as suspeitas e a com petitividade
se evaporem na abundância d a alegria d o reavivam ento.
Peço que cada denom inação e igreja que Te h onram e procla-
m a m a T ua P alavra fiquem tão cheias de pessoas que as
pequenas diferenças desapareçam e a v erd ad e ira adoração
158 O R ea v iv a m en to S a tá n ico
seja estabelecida n a terra. C apacita as pessoas a usu fru írem
d a su a preferência d e estilo de adoração na plenitude do Teu
Espirito.
Pai Celestial A m ado, som os pessoas com necessidades
m uito m aiores do que com preendem os. Vem na p le n itu d e e
p o d er do Teu Santo Espírito e m inistra a todas elas. A bro
m inha v id a p ara Ti. Tom a cada parte de m im e faze com igo
o que sabes que precisa ser feito. N ad a escondo de Ti. C reio
que h á graça suficiente n a pessoa e obra de Cristo p ara fazeres
m uito m ais do que sequer com ecei a pedir. Reconheço que o
Espírito Santo é suficientem ente poderoso para h u m ilh ar o
m u n d o inteiro com a convicção de pecado e a exaltação d a
justiça. Reconheço, D eus Altíssim o, que podes levar o m u n d o
a juízo rapidam ente, ou a u m reavivam ento. N o nom e do
Senhor Jesus Cristo, suplico por u m reavivam ento revolucio-
nário que nos v arra com o um incêndio que não p o d e ser
apagado. A m ém .
Protegendo os
Participantes 11
"P orque nós nao estam os lutando contra seres hum anos,
m as contra as forças espirituais do m al que vivem no m u n d o
celestial" (Efésios 6.12 — BLH).
//‫!י״־ר‬ · ____ _ 1 _
.1 _____ _ /■·
"Estejam alertas e fiquem vigiando po rq u e o inim igo, o
D iabo, a n d a em volta de vocês com o u m leão que ruge,
p ro cu ran d o alguém p ara devorar. Fiquem firm es n a fé e
enfrentem o Diabo, pois vocês sabem que no m u n d o inteiro os
seus irm ãos n a fé estão passando pelos m esm os sofrim entos"
(1 Pedro 5.8,9 — BLH).
— Pastor Bubeck, tinha de falar com o senhor. Já faz sete
anos que sou pastor aqui. O seu conselho m e ajudou, h á três
anos, q u an d o lhe telefonei sobre o m eu problem a de batalha
espiritual. A prática das estratégias de com bate, conform e m e
ensinou, libertou-m e do problem a da pornografia e pensa-
m entos im orais. Venci isso; m as agora estou enfrentando
o u tra coisa que m e preocupa. De fato, m inha m ulher e eu
estam os am edrontados. Trata-se do nosso filho de oito anos!
Ele fez um a pau sa no esforço de p ren d er as lágrim as.
D epois disse: — Ele ouve vozes. T oda vez que está perto de
m eninas ou m ulheres, essas vozes lhe dizem p ara fazer coisas
im orais. Isso o atorm enta tanto que está prestes a destruí-lo
e a nós. P ode ajudá-lo?
As palavras que as vozes usavam eram sórdidas; e o
p asto r disse: — N osso filho teve u m a v id a protegida. Ele não
p o d ia p en sar isso por si m esm o.

- 159-
160 O Reavivamento Satánico
E sse p a s to r tele fo n o u q u a n d o e u e sta v a c o m e ç a n d o a
escrev er e x a ta m e n te este c ap ítu lo . D esd e q u e escrev i m eu s
liv ro s so b re a g u e rra e sp iritu a l, recebi v á rio s telefo n em as
co m o esse e u m n ú m e ro crescen te era feito p o r p asto res. É
u m a n o v a e v id ê n c ia d a b a talh a. Eles e n fre n ta m p ro b le m as
fam iliares o u rela cio n a d o s c o m a igreja q u e a p o n ta m d ire ta-
m e n te p a ra a o b ra d e S atanás.

A Batalha Feroz
"F orças e sp iritu a is d o m al q u e v iv em n o m u n d o celestial",
forças in v isív eis q u e n o s d esafiam . A b a ta lh a fero z e n tre a lu z
e as tre v a s e stá e sq u e n ta n d o . Q u a n to m ais a u d a cio so se to rn a
o p e c a d o em n o ssa c u ltu ra , ta n to m ais a rro g a n te e o u s a d a é a
in tru s ã o d o inim igo .
A b a ta lh a co m eço u n o Ja rd im d o É d e n e tem p e rs e g u id o
a h u m a n id a d e d e s d e en tão . E m c ertas ocasiões, e n tre ta n to ,
ela fica m ais e v id e n te e feroz. U m a c u ltu ra p e c am in o sa , ch eia
d e im o ra lid a d e , o cu ltism o , v io lên cia e v icia d o s e m d ro g a s
re v o lta os cristã o s e a b a ta lh a se in ten sifica p o rq u e q u a lq u e r
m o v im e n to e m d ire ç ão a u m re a v iv a m e n to e sp iritu a l am eaça
o rein o d e S atanás.
N e e m ia s v iu a b a ta lh a aq u ecer-se e n q u a n to p ro sse g u ia
co m os p la n o s d e D e u s p a ra re c o n stru ir os m u ro s, recolocar
as p o rta s e restab elecer u m g o v e rn o v iáv el em Jerusalém .
P o d e m o s e s ta r certo s d e q u e o rein o d a s tre v a s n ã o e sta v a
satisfeito . A b a ta lh a já e sta v a se n d o p re p a ra d a m esm o an tes
d e N e e m ia s co m eçar a reco n stru ção .
A o b ra d a s "fo rças e sp iritu a is d o m al q u e v iv e m no
m u n d o c elestial" q u a se s e m p re a p a re c e p rim e iro a tra v é s d a s
v id a s e a titu d e s d e p esso as so b o co n tro le d e S atanás. E ssa é
a s u a tática. O s q u e tra b a lh a m co m p e sso a s e n d e m o n in h a d a s
te s te m u n h a ra m isso in ú m e ra s vezes. Q u a n d o com ecei a
escrev er este liv ro, in d iv íd u o s q u e m e h a v ia m p ro c u ra d o
p a ra liv rá-lo s d o e n d e m o n in h a m e n to fo ra m se n d o c a d a v e z
m ais o p rim id o s. O n ú m e ro d e telefo n em as aflitos d u ra n te o
p rim e iro m ês e m q u e escrevi tam b é m cresceu im e n sa m e n te .
É im p o rta n te p a ra os in tercesso res d o re a v iv a m e n to
c o n h e ce rem o in im igo . Q u a n d o n o s en g ajam o s n e ste m in is-
Protegendo os Participantes 161

tério, devem os u sar nossas arm as e estar prontos p a ra lu tar


enquanto, ao m esm o tem po, perm anecem os absolutam ente
destem idos. Jam ais devem os recuar em face desta guerra,
pois isto leva ao desastre.
V am os exam inar a n atu reza de nossa luta:

1. A b a ta lh a se rá in s id io s a e s u til.

A oposição de Satanás é sem pre sutil, algum as vezes tão


esquiva que praticam ente não a vem os. Paulo ad v erte sobre
isto em Efésios 6.11:

"Vistam-se com toda a arm adura que Deus dá a vocês,


para ficarem firmes contra as armadilhas do Diabo" (BLH).

O term o grego é methodãas e outras traduções registram


"em bustes" e "artifícios". Paulo fala sobre u m esquem a
m aligno e astucioso destinado a enganar. Foi assim que
Satanás se aproxim ou de Eva na tentação no jardim , e é assim
q u e nos a b o rd a hoje. Ele m ente e o seu en g an o é tão
engenhoso que não o percebem os.
N eem ias enfrentou esse tipo de oposição. Em N eem ias
2.10, vem os Sam balate e Tobias m uito zangados e pertu rb a-
dos. N ão dem orou m uito para que sua oposição velad a se
tornasse am eaçadora: "Eles com eçaram a rir e a caçoar de nós.
E disseram : — O que é que vocês estão fazendo? Vocês vão
se revoltar contra o rei?" (N eem ias 2.19).
As am eaças e insinuações sutis desses líderes políticos
poderosos foram fatais. Pessoas m enos dedicadas do que
N eem ias (dedicação essa in sp ira d a p o r D eus) p o d eríam ter
sucum bid o rapidam ente. C onhecendo os efeitos que as
am eaças p oderíam ter sobre os líderes ju d e u s m enos com pro-
m etidos, N eem ias respondeu p ro n ta e ousadam ente:

"O Deus do céu nos dará sucesso. Nós somos servos


dele e vamos começar a construir. Mas vocês não podem ser
donos de nenhuma propriedade em Jerusalém, não têm
nenhum direito de cidadãos e não têm nenhum a parte nas
tradições religiosas do povo de Israel" (Neemias 2.20 —
BLH).
162 O R ea v iv a m en to S a tâ n ico

Q u an d o nossa oração de reavivam ento p ara a cidade


com eçou, m eus am igos e eu procuram os u m lugar n eu tro
p ara reunirm o-nos. U m dos principais hotéis se ofereceu
p ara alugar-nos p o r 40 dólares sem anais u m qu arto do qual
se avistava toda a cidade. A lugam os o q u arto p o r vários
meses, m as o preço era m uito alto para o nosso pequeno
grupo.
A lguém sugeriu que tentássem os influenciar a gerência
a d im in u ir o preço em v irtu d e do nobre propósito de nossa
oração pela cidade. A resposta d a gerência foi quase sarcás-
tica. A oração d e reavivam ento não era evidentem ente dese-
ja d a ali. D eus satisfez a nossa necessidade ab rindo a po rta
p ara u m hospital local, d e graça; m as a recusa do hotel em
baixar o preço do quarto que pretendíam os foi u m desses
ataques sutis.
N ecessitam os ficar vigilantes contra os ataques insidio-
sos que Satanás faz sobre as nossas vidas. Seria bom m em o-
rizar a resposta a d eq u a d a de N eem ias: "O D eus do céu nos
d a rá sucesso‫ ״‬. Q u an d o surge, então, das som bras o ataque,
estam os arm ados e preparados.

2. A b a ta lh a se rá fe ro z e in tim id a n te .

Q u an d o o plano de Satanás fica am eaçado pelo que


fazem os, a b atalha m u d a d a sutileza p ara a violência. As
ap o stas sobem . A in te n sid a d e au m en ta. Q u an to m ais
am eaçada se sente a oposição, tanto m ais d eterm in a d a ela se
to m a em fazer algo a respeito.

"Sambalate e Tobias e os povos da Arábia, Amom e


Asdode ficaram muito zangados quando souberam que nós
estávamos continuando o trabalho de reconstrução das
muralhas de Jerusalém e que as suas brechas já estavam
sendo fechadas. Aí se reuniram e combinaram que viríam
juntos atacar Jerusalém e provocar confusão" (Neemias 4.7,8
— BLH).

A oposição faz am eaças de guerra, derram am en to de


sangue e até d e m orte.
A F aculdade W heaton experim entou u m reavivam ento
Protegendo os Participantes 163

em 1950, bem sem elhante ao de A sbury m encionado no


últim o capítulo. M eu irm ão m ais velho contou u m detalhe
fascinante sobre o reavivam ento em W heaton. Dois dos cinco
m issionários m artirizados pelos índios A uca no E quador, em
com eços d a década de 50, foram líderes estu d an tis nesse
reavivam ento. E m bora o esforço de Satanás p ara im p ed ir que
o evangelho chegasse aos aucas fosse violento, foi tam bém
inútil. A queles hom ens tinham o coração posto em D eus e
nem a m orte p ô d e detê-los.
Os resultados de seus sacrifícios são bem conhecidos. N a
S ua soberania, D eus usou o choque causado pela m orte
desses hom ens p ara m over inúm eros outros a se apresenta-
rem com o voluntários p ara o serviço m issionário. Os aucas
foram alcançados. A lguns dos que com eteram os assassina-
tos se to rn aram evangelistas e líderes d a nova igreja.
Eu talvez deva ad v ertir você de que o reino das trevas
odeia os Estados U nidos com u m ódio violento e cruel.
Satanás odeia a nossa história de igrejas que exaltam a Cristo.
Ele odeia a nossa liberdade e prosperidade, que capacitam os
crentes a apoiarem a evangelização do m u n d o e o avanço
m issionário. Ele odeia a nossa tecnologia q u e possibilita
vários e diferentes m eios de com unicação do evangelho. Ele
odeia o gran d e núm ero de cristãos evangélicos que oram ,
am am e su stentam as obras de Deus. Seu ódio é tão grande
que ele prefere destruir-nos a lu tar contra nós.
M esm o que consiga que a m aioria do país se volte para
ele, Satanás é terrivelm ente am eaçado pelos crentes. Ele
conhece o enorm e potencial de até m esm o u m rem anescente
de cristãos que crêem n a Bíblia. Se nos unirm os baseados na
v o n ta d e e plano de D eus p ara o reavivam ento m undial, o
resultado será um enorm e avanço p o r Cristo. Até m esm o o
desejo de u m despertam ento aterroriza o reino das trevas.
Esse é o único rem édio que p o d e in tervir no m ergulho
nacional e descendente que nos levará à destruição total.
O enten dim ento e uso dos princípios de b atalha e a
oração representam proteção segura. N en h u m crente deve
tem er as am eaças ou intim idações de Satanás. Se o crente usar
com cu id ad o a proteção que recebe de D eus, ele p o d e perfei-
tam ente com petir com as estratégias de Satanás. A coragem
164 O R ea v iv a m en to S a tá n ico
d estem id a dian te de am eaças inim igas pertence aos crentes
preparados. "O D eus do céu nos d ará sucesso. N ós som os
servos dele e vam os com eçar a construir" (N eem ias 2.20).
Q u an d o os inim igos de N eem ias tentaram fazer com que
fosse d ialogar com eles, sua resposta foi destem id a e firme:
"Eu estou fazendo u m trabalho im portante e não posso descer
até aí. Eu não v o u deixar este trabalho só p ara ir falar com
vocês" (N eem ias 6.3 — BLH). Se ele não estivesse certo d a
a u to rid ad e m ais alta que o protegia, teria sido loucura enfren-
tar esses inim igos cruéis com tanta coragem . M uitos dos
outros ju d e u s que trabalhavam ao seu lado, por não terem a
m esm a certeza ensinada po r D eus a N eem ias, ficaram assus-
tados. (Veja 4.11,12.)

G u erra D estem id a

Dois pontos im po rtantes devem ser enfatizados.


P rim eiro, é absoluta insensatez en tra r n u m a batalha
contra o sobrenaturalism o m aligno com espírito presunçoso.
Q uando, na su a arrogância, os crentes supõem que Satanás
não p o d e causar danos, eles logo enfrentam o desastre. O
escritor aos H ebreus fala do diabo com o aquele que "tem
p o d er sobre a m orte" (H ebreus 2.14,15). Ele m ataria os
cristãos se pudesse. O s que trab alh am com in d iv íd u o s
en d em on inhados ouvem , com freqüência, o reino das trevas
cu sp ir seu ódio em am eaças de m orte. Já ouvi os em issários
de Satanás falarem através d e endem oninhados, am eaçando
m a tar m inha esposa, filhos e netos. Satanás é u m hom icida à
solta. "D esde a criação do m u n d o ele foi assassino" (João
8.44b).
N ós não podem os enfrentar o p o d er d estru tiv o de Sata-
nás com as nossas próprias forças.

S egundo, os crentes po d em travar um a g u erra destem í-


d a contra o inim igo. Q u an d o tom am o cuidado de colocar a
a rm a d u ra p rotetora de D eus e reivindicar Sua soberana pre-
sença entre eles e os dem ônios violentos, a intenção crim inosa
d e Satanás se torna um a am eaça vazia.
Protegendo os Participantes 165

"Porque maior é aquele que está em vós do que aquele


que está no m undo" (1 João 4.4b — BLH).

N o m om ento em que com preendem os a idéia bíblica d a


nossa posição em Cristo e usam os a au to rid ad e que D eus nos
d á d e m an eira a nos proteger, nossa apropriação m om entâ-
n ea e p erm an en te d a vitória d e C risto oferece com pleta
proteção. O apóstolo Paulo descreve os crentes cobertos pela
a rm a d u ra com o p rep arad o s p a ra resistir aos ataques do
inim igo e, "depois de lutarem até o fim, vocês ain d a continu-
arão firm es, sem recuar" (Efésios 6.13b — BLH). É im portante
que você saiba disto q uando se decidir a orar pelo reavivam ento
revolucionário.
Você pode ser am eaçado por intim idações, provocações,
e até p o r nuvens m ortíferas, m as é invencível q u an d o faz a
v o n ta d e de D eus à m aneira de Deus.
A lguns pastores com partilharam com igo que evitam
falar sobre o diabo p o r causa dos ataques que recebem nessas
ocasiões. Q ue derro ta trágica q u an d o sucum bim os a isso!
A m ãe do m enininho m encionado no início deste capítu-
lo m e telefonou m ais tarde p e d in d o auxílio no esforço para
pro teg er o garoto. A batalha estava especialm ente feroz na
ocasião. O inim igo parecia determ inado a controlar a criança.
Era u m a tentativa de lançar u m golpe m ortal contra o m inis-
tério daquele pastor.
D epois de falar sobre algum as m ed id as de resistência
necessárias em tal batalha, com ecei a gu erra orando com a
m ãe a favor d a criança. Estava chegando na intercessão
q u an d o ouvi um ruído na linha e depois u m som de disco.
Isso acontece m uitas vezes, q u an d o o inim igo usa seus estra-
tagem as tortuosos p ara interferir, e as com unicações telefôni-
cas parecem particularm ente vulneráveis às suas táticas. Isso
m e in tim id o u ou deteve? De m odo algum . D esliguei o
telefone e continuei orando sobre o m esm o alvo de vitória
contra o atorm entador. O contato telefônico com a m ãe não
e ra necessário p a ra a oração eficaz. O s p a is telefona-
ram de novo, m ais tarde, para contar que h o u v era um a
m elhora notável. D urante algum tem po a g u erra enfraque-
ce.
166 O R ea v iv a m en to S a tá n ico
3. A b a ta lh a será en g an o sa e cheia de m entiras.

M esm o q u an d o Satanás fala a verdade, ele faz uso dela


p a ra p ro m over o engano. Ele não conhece o u tra tática. "N ão
h á v e rd a d e nele. Q u an d o o diabo m ente, está apenas fazendo
o que é o seu costum e, pois é m entiroso e pai de todas as
m entiras" (João 8.44c — BLH).
E nquanto o trabalho nos m uros de Jerusalém prosseguia
e as brechas eram fechadas, u m g rupo guiado p o r Sam balate
ten to u u m a n ova tática, sem d ú v id a in v en tad a pelo p róprio
Satanás. Eles enviaram um a carta conciliatória a N eem ias,
convidando: "Vem , encontrem o-nos nas aldeias, no vale de
O no" (N eem ias 6.2). A carta parecia dizer: "E stam os vendo
que você está decidido e pro g red in d o bem , vam os tentar
então viver em harm onia. Vam os conversar am igavelm en-
te".
N eem ias percebeu sabiam ente o engano. Ele, contudo, _
declarou: "P orém intentavam fazer-m e m al" (v. 6.2b). Ele
resp o n d eu ao convite p ara o encontro em O no com u m
"N ão!". Seu tra b a lh o e ra d e m a sia d o im p o rta n te p a ra
abandoná-lo, a fim de tratar dessas negociações. Q uatro
vezes o convite foi feito e q u atro vezes a resposta foi a m esm a.
A q u in ta carta foi um a m entira astuta, diabólica, que
p o d eria ter criado grandes problem as p ara N eem ias. O
projeto inteiro seria prejudicado. Eis o que dizia:

"Entre as gentes se ouviu, e Gesém diz, que tu e os


judeus intentais revoltar-vos; por isso reedificas o muro e,
segundo se diz, queres ser o rei deles, e puseste profetas
para falarem a teu respeito em Jerusalém, dizendo: Este é o
rei em Judá. Ora, o rei ouvirá isso, segundo essas palavras.
Vem, pois, agora, e consultemos juntamente" (vv. 6,7).

V ários fatores revelam a n atureza insidiosa desta m enti-


ra.
P rim eiro, a carta expressava um possível desejo secreto
de N eem ias e provavelm ente de todo judeu em Jerusalém .
Eles queriam form ar um a nação novam ente e a idéia de ter
N eem ias com o seu rei poderia m uito bem fazer parte desse
desejo. Sem d úvida, Satanás já p lantara m uitas vezes os
Protegendo os Participantes 167

pensam entos d a carta na m ente de N eem ias. As forças de


Satanás p o d em projetar e projetam pensam entos em nossas
m entes p a ra tentar-nos a agir independentem ente d a v ontade
d e D eus. M as N eem ias era u m hom em íntegro. Ele não
cedería a essa tentação. A rtaxerxes tinha confiança em que ele
m an teria sua palav ra e perm anecería leal. N eem ias ia fazer
justam ente isso.
S egundo, esta m entira p o dería te r ten tad o os ju d e u s a
fazer exatam ente o que ela sugeria. Boatos se espalhariam
entre as fileiras, g erando entusiasm o, e alguns po d eríam ficar
m otivados a p ô r em prática o que a carta inferia.
Terceiro, esta m entira p o deria ter d estru íd o a confiança
d e A rtaxerxes em N eem ias. U m a acusação desta natureza,
escrita pelos líderes, talvez levasse o rei a cham ar N eem ias de
volta.
N eem ias escreveu a sua resposta: "D e tu d o o que dizes
cousa n en h u m a sucedeu; tu, do teu coração, é que o inventas"
(v. 8). Estou certo de que ele g u a rd o u toda a correspondência,
p a ra o caso de ser necessário apresentar algum a docum enta-
ção; e provavelm ente enviou cópias de tu d o p o r u m m ensa-
geiro com seus relatórios regulares p ara o rei. N eem ias n ad a
tinha a esconder.
Este incidente revela u m elem ento estratégico nos m éto-
dos de Satanás. Em bora ele m inta sobre os nossos m otivos, no
geral se aproxim a perigosam ente do lugar o nde nossos cora-
ções estão. Por exem plo, ele po d eria acusar os que estão
fo rm ando u m g ru p o de oração p ara o reavivam ento, de
desejarem u m lugar de destaque q u an d o ele chegar. O u
po d eria tentá-los a desejar ser louvados p o r liderarem um
g ru p o de oração p ara o reavivam ento. Q uem de nós, em
posições de liderança, não foi tentado a asp irar a algum a
glória?
A C ru zad a de Billy G raham , em Los A ngeles, celebrou
recentem ente seu quadragésim o aniversário. Os cristãos que
v iviam n a época dessa cruzada jam ais vão esquecê-la. Ela
atraiu a atenção m u n d ial para o m inistério dele. Eu era jovem,
apenas com eçando o m eu próprio m inistério, e um relatório
d a cru za d a m e im pressionou profundam ente. U m professor
d a F aculdade N orthw estern, onde Billy G raham era presi­
168 O R ea v iv a m en to S a tá n ico
dente, ten to u visitá-lo no quarto do hotel. Ao chegar à porta,
ele o u v iu o evangelista orando. N ão q uerendo interrom per,
ele se viro u p ara ir em bora, m as ouviu o Dr. G raham an d an d o
e orando em seu quarto: — Oh, Deus! A juda-m e a ver que não
é m in h a gloria. A juda-m e a ver que não é. D á-m e a graça de
perm itir que Tu tenhas toda a gloria.
C om preendem os um a oração desse tipo. C om preende-
m os a tentação de nos exaltar e com preendem os os sentim en-
tos de culpa q u an d o fazem os isso. O acusador está sem pre
o cupado e ele nos tenta nos pontos em que som os vulnerá-
veis. Ele projeta a tentação em nossas m entes e depois nos
provoca com acusações sobre essa exata tentação. Essa é u m a
de suas artim anhas m ais eficientes.

4. A b a ta lh a p o d e p rovocar m edo.

"Disseram, porém, os nossos inimigos: Nada saberão


disto, nem verão, até que entremos no meio deles, e os
matemos; assim faremos cessar a obra" (Neemias 4.11).
"Porque eles procuravam atemorizar-nos, dizendo: As
suas mãos largarão a obra, e não se efetuará" (Neemias 6.9).

O m edo é o com pleto oposto d a fé. O ataque m ais direto


sobre a fé é aquele que nos faz tem er. Logo após a m entira, o
m edo é o instru m en to m ais eficaz do inim igo.
N as florestas africanas, onde os leões peram b u lam livre-
m ente, os anim ais m ais fortes raram ente rugem . Eles prefe-
rem caçar sorrateiram ente as suas presas, confiando n u m a
em boscada rá p id a p ara destruí-las. O leão m ais velho, cuja
rap id e z e força estão falhando, confia no seu ru g id o para
paralisar de m edo a sua presa. Q uando surge o m edo, até um
inim igo fraco p ode cap tu rar e d estru ir o alvo.
O ru g id o do diabo que " a n d a em derredor, com o leão
que ruge", tem o propósito de am edrontar-nos (veja 1 Pedro
5.8), m as Satanás não é u m leão. Ele pode ru g ir com o leão,
m as não passa de o u tra tentativa de ser com o Ele que é o
"Leão":
"Todavia um dos anciãos me disse: Não chores: eis que
o Leão da Tribo de Judá, a Raiz de Davi, venceu"
(Apocalipse 5.5; veja também Oséias 11.10; 13.7,8; Jeremias
49.19; 50.44).
Protegendo os Participantes 169

Jesus Cristo enfraqueceu o nosso inim igo. O m áxim o


que Satanás p o d e fazer é rugir. O cristão não deve tem er os
seus rugidos; Satanás foi d errotado pelo Senhor Jesus Cristo.
Só C risto é digno de ser reverenciado e tem ido pelos crentes.
O Senhor Jesus Cristo nos ensina a não ter m edo dos
inim igos, inclusive Satanás:

"Portanto, não tenham medo de ninguém. Tudo o que


está coberto vai ser descoberto; e tudo o que está escondido
será conhecido... Não tenham medo daqueles que matam o
corpo e não podem matar a alma. Mas tenham medo de
Deus, que pode destruir no inferno tanto a alma como o
corpo" (Mateus 10.26, 28 — BLH).

O m edo deve ser reconhecido pelo que é — o clube de


g u erra do inim igo. A m aior arm a do crente contra ele é a
P alavra de Deus. U sada n a oração doutrinária, com o ilustra-
do nas orações escritas deste livro, a P alavra d e D eus expulsa
o m edo.

5. A b a ta lh a in d u z ir á os líd e re s re lig io s o s a fa la re m a
fa v o r d o in im ig o .

A lguns dos m elhores porta-vozes do inim igo, histórica-


m ente, foram líderes religiosos respeitados. O s dois sacerdo-
tes, filhos de Eli, O fni e Finéias, tiveram de ser condenados à
m orte por causa de seu exem plo pecam inoso e atos perversos
(1 Sam uel 2.22-36). Os líderes religiosos de Jerusalém , abaixo
do sum o sacerdote Caifás, foram usad o s p ara instigar a
crucificação de Jesus. Eles se opuseram ativam ente m ais
ta rd e à difusão do evangelho (veja M ateus 26.57-67; A tos 5.17-
42).
Os líderes religiosos de nossos dias fazem tam bém ,
geralm ente, parte do cam po inim igo. Eles pro m etem "céu
instantâneo" e grandes recom pensas p a ra os que estiverem
dispostos a ser m ortos nas suas "g u erras santas". N ão é
preciso sair d a fé cristã p ara ver líderes religiosos sendo
usad o s n a causa do inim igo. Estilos d e v id a extravagantes,
v id a im oral e desonestidade financeira de líderes cristãos
reconhecidos ganham rep etidam ente as m anchetes n a m ídia.
170 O R ea v iva m en to S a tá n ico
A causa de C risto fica em desgraça através desses líderes que
perm item que o pecado os governe.
Os líderes religiosos com credenciais escolásticas notá-
veis, p o d em do m esm o m odo tom ar-se colaboradores dos
enganos de Satanás. A lguns de seus pronunciam entos erudi-
tos lançam d ú v id a s sobre a au to rid ad e das Escrituras, sobre
a d iv in d ad e de Cristo, e sobre outras d outrinas im portantes.
Isto torna esses líderes u m dos aliados m ais eficazes do
inim igo. Eles quase sem pre se opõem aos reavivam entos,
especialm ente nos prim eiros estágios. Eles cham am esses
esforços de m ovim ento em ocional ou fanático, referindo-se
aos que falam de reavivam ento com o "escapistas", acusando-
os de q u erer fugir do m u n d o real e de sua respo nsabilidade
de enfrentar os problem as urgentes do m om ento. Já me
dirigiram essas palavras.
D epois d e ter p regado um a m ensagem sobre a necessi-
d a d e do reavivam ento, um pasto r falou com igo a respeito de
fazer do reavivam ento um a fuga do m eu dever de agir. Ele foi
m uito sincero e acredita que a m aneira de enfrentar o desafio
do pecado em nossos dias é confrontá-lo com um a oposição
organizada. Ele viu m inha ênfase sobre o reavivam ento com o
u m a desculpa p ara não m e envolver.
N ão discuto com aqueles que organizam e se opõem ao
avanço do pecado. Essa atitu d e tem o seu lugar. M uito mais,
porém , é necessário. A abordagem de confronto jam ais será
suficiente p a ra m u d a r sozinha a m aré. O reavivam ento
satânico já avançou dem asiado. E nquanto um bom esforço
está sendo feito para confrontar o pecado, o reavivam ento do
m al continua acelerando. Só o reavivam ento revolucionário
pode o p erar u m a m udança no coração das pessoas, to rn an d o
eficaz u m a posição contra o mal. O desafio de confronto será
m uito m elhor sucedido qu an d o legisladores regenerados,
juizes nascidos de novo e líderes convertidos dos setores
executivos do governo tiverem interesses justos.
O inim igo usa m uitas abordagens p ara se o por à o bra de
D eus feita segundo a vo n tad e de Deus. A oposição sutil
estará sem pre presente. A batalha p ode tornar-se violenta e
até assassina. M eias v erd ad es e m entiras ostensivas serão
em pregadas. O m edo irá espreitar das som bras. Talvez
Protegendo os Participantes 171

vejam os até líderes religiosos se ju n tan d o ao séquito do


inim igo p ara d erro ta r o reavivam ento. Satanás e o seu reino
farão tu d o o que estiver ao seu alcance p a ra nos d esviar da
v o n ta d e e plano de D eus, m as o exem plo de N eem ias confir-
m a q u e a vitória consiste em u sar fielm ente nossas arm as de
guerra, aplicando-as sem tem or.

O R A Ç Ã O D E R E A V IV A M E N T O M O D E L O 4
T E M A : P R O T E Ç Ã O D O IN IM IG O

Pai Celestial A m ado, eu Te adoro p o rq u e m e proteges


das intenções m aldosas e crim inosas de m eus inim igos. "O lha
qu an to s inim igos tenho e vê com o é gran d e o seu ódio contra
m im !" (Salmo 25.19). N ão desejo assum ir passivam ente a
m in h a segurança, m as a n d a r deliberadam ente, com fé e
conhecim ento, na vitória pro v id a por Ti. Ensina-m e a apro-
priar-m e d a m inha vitória. Estou o uvindo instruções sábias
d e Ti, enquanto m e dirijo a Ti em oração. Ensina-m e a ter
am or e com preensão m ais p ro fu n d a de Ti, enquanto entrego
m in h a pessoa inteira a Ti neste m om ento.
Suplico o nom e poderoso que exaltaste acim a de todo
n o m e—o Senhor Jesus Cristo — sobre a m in h a v id a pessoal e
m e u a n d a r com Deus; sobre m inha esposa (m arido), m eus
filhos e todos p o r quem sou responsável em m inha família;
sobre o m inistério que m e deste e todos p o r quem sou
responsável no m inistério. Eleva o nom e do Senhor Jesus
C risto sobre a T ua igreja e toda a Tua vo n tad e e planos para
a v in d a do reavivam ento revolucionário. Eu adoro o m eu
Salvador. A firm o que Ele é o Senhor — Ele é D eus Jeová —
q u an to m ais O conheço tanto m ais eu conheço a Ti. Ele é Jesus,
Salvador. Ele é o m eu S alvador—não há outro Salvador além
dEle. A doro Jesus com o aquele que rem oveu os m eus peca-
dos. Ele é o Cristo — o U ngido de Deus. Ele é o Profeta ungido
que proclam ou o cam inho e é o C am inho. Ele é o Sacerdote
un g id o que oferece um sacrifício m elhor e é Ele m esm o esse
sacrifício pelo pecado. Ele é o Rei ungido que agora reina em
Seu p o d e r soberano e que vai reinar u m d ia com o Rei dos reis
e Senhor dos senhores.
172 O REAVIVAMENTO SATÁNICO

Busco perm anecer no Senhor Jesus Cristo e m e esconder


n a proteção d e Sua m ajestade e m inha união com Ele. Perm a-
neço em Sua encarnação, Sua hum anidade. Com o é m aravi-
Ihoso que tenhas planejado p ara que o nosso Salvador fosse
u m de nós. U m m istério que perm anece além de m in h a
capacidade d e com preensão.
Perm aneço n a certeza de que Ele experim entou todas as
tentações d esta v id a e jam ais falhou em enfrentar o m aior
desafio do pecado. Ele cu m p riu toda a justiça. Ele obedeceu
a cada partícula d a Tua expectativa para nós, com o expressa
em T ua Lei. Com o u m de nós, Ele Te agradou, ó Pai Celestial,
com o criança, com o jovem e com o a d u lto em todos os aspee-
tos d a vida.
O brigado porque, com o u m de nós, Ele venceu com ple-
tam ente o pecado. Em Sua h um anidade, Ele jam ais cedeu às
tentações do pecado, em bora tenha sido enviado "em sem e-
lhança de carne pecam inosa" (Rom anos 8.7b). O m u n d o
jam ais conseguiu enganá-lO para aceitar os seus valores ou
com prim i-lO em seus m oldes. O brigado porque, em bora o
próprio Satanás e todos os seus dem ônios tentassem fazê-lO
pecar, em Sua H u m an id ad e Ele não se deixou pecar. E ntro
com alegria n a Sua vida digna e sem pecado, esp eran d o T ua
bênção po rq u e colocaste o Seu m érito sobre m im . H á segu-
rança e p az aqui e perm aneço nelas.
Pela fé, apego-m e à m orte e sofrim entos do Senhor Jesus
Cristo. Reivindico a proteção de Seu precioso sangue sobre
m im e sobre aqueles por quem sou responsável. N a obra dos
Seus sofrim entos e d a cruz, Tu rem oveste a culpa dos m eus
pecados. A través do Seu sangue, purifica-m e de todos os
pecados de om issão e com issão que prejudicariam m inha
com unhão Contigo.
A pego-m e ao sofrim ento e m orte do Senhor Jesus Cristo
que d estru iu "o diabo, que tem p o d er sobre a m orte" (1‫־‬Iebreus
2.14 — BLH). Exalto a vitória d a cruz contra o diabo e todo o
seu reino. N o p o d e r dos sofrim entos e sangue d erram ad o do
Salvador, resisto a todos os esforços de Satanás p ara m e
prejudicar e a todos p o r quem sou responsável.
Confirm o o poderoso triunfo do Senhor Jesus C risto em
Sua ressurreição dos m ortos. N a m inha v id a prática hoje,
Protegendo os Participantes 173

desejo ser revestido desse m esm o p o d er grandioso que levan-


to u Jesus C risto d en tre os m ortos. N o p o d er d a Sua ressurrei-
ção, capacita-m e a a n d a r em n ovidade de vida. Dirijo o p o d er
d a ressurreição diretam ente contra Satanás e seu reino, em
todos os seus esforços p a ra governar-m e e im p ed ir que o
reavivam ento chegue à igreja de Cristo.
Pela fé, participo d a ascensão do Senhor Jesus Cristo,
o nde Ele está assentado m uito acim a das potestades e pode-
res. O brigado, Pai Celestial, p o r m e levantares com Cristo e
m e fazeres assentar com Ele nas esferas celestiais. Ensina-m e
m ais perfeitam ente a descansar n a segurança dessa posição
exaltada e com o usar essa au to rid ad e p a ra d em olir todas as
táticas dom in ad o ras de Satanás.
A pego-m e à glorificação do Senhor. Subm eto-m e à T ua
soberania sobre a m inha vida, m inha fam ília e T ua igreja.
Peço que m e guies na T ua vontade e m e faças perm anecer na
segurança d a T ua proteção fiel. Peço que guies a T ua igreja
p a ra o reavivam ento nestes dias de g ran d e escuridão.
Pai Celestial, quero estender-m e ao Teu Espírito Santo e
ao prodígio d a Sua obra. A legro-m e po rq u e Ele veio em
cum prim ento d a prom essa do Pai e do Filho. A legro-m e
po rq u e Ele m e convenceu e m e levou a Cristo, ab riu m eus
olhos e m e fez nascer do Espírito. O brigado p o r Ele ter vindo
v iver em m im no m om ento em que fui salvo. C onvido o
Espírito Santo a capacitar-m e p ara an d a r nEle, p ara que o
am or, a alegria, a paz, a paciência, a benignidade, a bondade,
a fidelidade, a m ansidão e o dom ínio pró p rio possam fluir de
m in h a vida. Q ue outros possam ver isso, especialm ente os
q u e estão ao m eu redor. Q ue eu possa ver o Seu fruto; mas,
acim a de tudo, que o Seu controle seja evidente p a ra Ti, ó
Senhor.
Perm aneço em Sua obra que sela e protege. A pego-m e ao
fato de Ele ter-m e tornado um m em bro do corpo de Cristo.
A juda-m e a m inistrar ao corpo de Cristo hoje. D ependo dEle
p a ra reavivar em m im Seu sopro de v id a e poder. Q ue o
Espírito Santo possa orar através de m im e dotar-m e do Seu
p o d e r p a ra testem unhar de Ti p erante outros. O ro pela obra
p o d ero sa do Espírito Santo com o o " d e d o santo" de Deus
ap o n tad o diretam ente contra Satanás e seu reino. Q ue o
174 O R eavivamento Satánico
g ra n d e p o d e r d o E sp irito S anto co n fro n te e d e rro te o d ia b o e
to d o s os seu s m a u s d e sig n io s p a ra estes dias. Peço ao E sp irito
S an to q u e a m p lie a S u a o b ra p o d e ro s a p a ra co n v e n ce r o
m u n d o d o p ecad o , d a ju stiça e d o ju ízo v in d o u ro .
P ela fé, p ro c u ro o b ter to d a a T u a a rm a d u ra , Pai C elestial.
R ecebo o cin to d a v e rd a d e e p ela fé faço u so dele. A ju d a -m e
a n ã o e n g a n a r e n e m ser e n g a n a d o d e m o d o alg u m .
U so a co u ra ç a d a justiça, p o is n ã o ten h o ju stiça p esso al
a lg u m a . Q u e ro a n d a r n a m e d id a certa d a T u a justiça.
A ju d a-m e a c a m in h a r c o m m e u c alçad o d a paz. R eivin-
d ico a m in h a p a z co m D eu s m e d ia n te a justificação, m in h a
p a z d e D eu s a tra v é s d a oração, e a o b ra d o E sp írito n a
p rese n ç a p ró x im a d o D eu s d a p a z q u e faz co m q u e a té m e u s
in im ig o s se reco nciliem com igo.
Sê o m e u e sc u d o hoje, S e n h o r a m a d o . Q u e a T u a
p rese n ç a m e p ro te ja e a p a g u e to d a s as flechas a rd e n te s d e
S atan ás.
C o lo ca e m m in h a cabeça o cap acete d a T u a salvação.
Q u e o S a lv a d o r c u b ra m in h a m e n te p a ra p ro te g e r-m e d o s
p e n s a m e n to s in tru so s d e S atanás. Q u e o S en h o r Jesus C risto
p e n se e m m in h a m e n te os S eus p e n sa m e n to s hoje.
R ecebo a P a la v ra d e D eu s co m o a e s p a d a d o E spírito.
E n sin a-m e a u sá -la co m eficiência em m in h a p ro te ç ã o e
te ste m u n h o . A ju d a -m e a m em o riz á -la e a co n h e ce r o seu
p o d e r.
E u ag ra d e ç o , P ai C elestial, p e la m in h a v itó ria e m C risto
n ã o se r a p e n a s p ro te to ra . T u p ro v id e n c ia ste a m in h a seg u -
ran ça, a fim d e q u e e u p u d e sse te r a c o ra g e m d e a firm a r a
v itó ria d o S e n h o r c o n tra tu d o q u e se o p õ e à T u a v o n ta d e . N o
n o m e d o S e n h o r Jesus C risto, d e s tru o tu d o q u e S a tan á s
p lan e jo u p a ra im p e d ir o rea v iv am e n to . C o n v id o o m e u
S e n h o r Jesu s C risto v iv o p a ra p a s to re a r e g u ia r S u a Igreja e m
tu d o q u e é n ecessário p a ra p ro m o v e r o rea v iv am e n to . C on-
v id o o E sp írito S anto p a ra m over-S e so b e ra n a m e n te, a fim d e
p re p a ra r as p e sso a s a q u e m escolheste p a ra lid e ra r c a d a fase
d o s p re p a ra tiv o s d o rea v iv am e n to . C o n v id o o E sp írito S anto
p a ra p r e p a r a r esses se rv o s e sp eciais a tra v é s d e q u e m o
c h a m a d o p a ra o re a v iv a m e n to virá.
E u m e e n tre g o a Ti, D eu s a m o ro so e P ai d o S e n h o r Jesus
Protegendo os Participantes 175

Cristo. N os m éritos do m eu Senhor e n a capacitação do Teu


Espírito Santo, eu m e ofereço a Ti para q ualquer propósito
que tiveres. A través de Jesus Cristo, m eu Senhor, eu oro.
A m ém .
Avaliando as Forças
para a Batalha

"Porque, embora andando na carne, não militamos


segundo a carne. Porque as armas da nossa milícia não são
carnais, e, sim, poderosas em Deus, para destruir fortalezas"
(2 Corintios 10.3,4).

Ele levantou cedo e subiu ao teto plano de o nde se


avistava a cidade de Dotã. Ele e o profeta Eliseu, seu patrão,
estavam hospedados na casa do am igo de Eliseu. O profeta
tinha levantado ain d a antes dele e se achava orando e lendo
as S agradas Escrituras qu an d o seu servo chegou. As coisas
estavam tensas em Israel, em bora a g u erra com o rei de A ram
(Síria, n a SBB) estivesse indo bem . C ada ação te n tad a pelo rei
de A ram era fru strad a — o rei d e Israel parecia receber um
aviso antecipado dos planos de A ram , e os israelitas estavam
vencendo todas as batalhas.
O servo parecia desconfortável. C ircularam boatos de
que Eliseu era o inform ante do rei de Israel e isso significava
problem as. O rei aram eu deveria estar com raiva de Eliseu. O
servo sentiu alívio ao ver seu patrão sentado no terraço de
cim a d a casa, m uito à vontade. Q u an d o as asas d a alvorada
com eçaram a espalhar sua lum inosidade sobre Dotã, o servo
pensou: Com toda essa calma de Eliseu, tudo deve estar em
ordem.
Ele estendeu os braços e flexionou os joelhos n u m esforço
p a ra acordar com pletam ente. De repente os viu. D urante a
noite, u m grande exército ro deara a cidade. C arros e cavalos

- 177 -
178 O R ea v iv a m en to S atán ico
se espalhavam por toda a parte. Os soldados inim igos
esperavam em silêncio, prontos p ara o ataque. O exército de
Israel estacionado em D otã era m uito m enor. O servo de
Eliseu entrou em pânico. Era sua responsabilidade proteger
o profeta; m as o que p o dería fazer? Instintivam ente soube
que aquelas tropas estavam atrás de Eliseu.
O desespero apoderou-se dele e, voltando-se para Eliseu,
que continuava lendo calm am ente as Escrituras, disse: "Ai!
m eu senhor! que farem os?" Sua m ente ficou cheia d e p ergun-
tas. Por que Eliseu está tão calmo? Será que não percebeu 0 perigo?
Não se incomoda que essas tropas estejam à sua procura? Por que
não se escondeu? Por que não tenta fugir?
A reação do servo era a m aneira típica das pessoas
reagirem ao enfrentar um a batalha espiritual. Ele só v iu o que
os seus olhos físicos contem plavam . Preso na perspectiva
natural, não considerou o plano espiritual d a verdade. Por
o utro lado, Eliseu tinha m ais do que u m a visão física — ele
tin h a u m a visão espiritual. Em bora Eliseu não pudesse ver
fisicam ente o reino espiritual invisível, onde os anjos habitam
e os exércitos de D eus residem , sabia que D eus se achava ali.
Isso era p a ra ele m uito m ais real do que o m u n d o visível.
Q u an d o servia Elias, Eliseu tivera m uitas o p o rtu n id ad es
de ver essa evidência. D esde que fora ungido com o sucessor
de Elias, Eliseu crescera na percepção do m u n d o invisível da
esfera celestial.
Eliseu resp o n d eu ao seu servo aflito com u m a serenida-
de digna: "N ão tem as; porque m ais são os que estão conosco
do que os que estão com eles" (2 Reis 6.16).

O P rin cíp io do "M ais"

Com o é im portante conhecer essa verdade. A declaração


d e Eliseu ensina ao povo obediente a D eus o que é necessário
saber em nossa h ora de reavivam ento satânico. As forças d a
justiça su p eram a oposição, tanto em n úm ero com o em poder.
Por m aior e m ais am eaçadora que a oposição se torne, "M ais
são os que estão conosco do que os que estão com eles" (2 Reis
6.16). Isso deve ser algo absoluto p ara os crentes que an d am
n a v ontade de D eus, em espírito de oração.
Avaliando as Forças para a Batalha 179

Esta v erd ad e se apóia sobre o fundam ento dos atributos


d e onipotência, onipresença, onisciência, im u tab ilid ad e e
etern id ad e de Deus. Ele é sem pre "m ais". É absolutam ente
necessário p ara a guerra espiritual, conhecer e aplicar um a
v erd ad e assim im portante.
A reação de Eliseu ao perigo su rp re e n d e u seu servo. U m
olhar incrédulo traía os pensam entos íntim os do servo. Não
há soldados israelitas suficientemente próximos para nos socorrer.
Como Eliseu pode dizer isso?
A o observar a confusão do servo, Eliseu orou: "Senhor,
peço-te que lhe abras os olhos p ara que veja" (v. 17a). Em
resposta a essa oração,
"O Senhor abriu os olhos do moço, e ele viu que o
monte estava cheio de cavalos e carros de fogo, em redor de
Eliseu" (2 Reis 6.17).
O servo provavelm ente não só sentiu u m choque terrí-
vel, m as tam bém a sua fé aum entou, transform ando a sua
vida. O m ortal não vê as cenas sobrenaturais, angelicais, e
perm anece tal qual é.
Q ue tipo de visão nos caracteriza? Esse é o tem a deste
capítulo.
Q u an d o o exército real de A ram avançou para p ren d er
Eliseu e levá-lo de volta ao seu rei, o servo de D eus orou
novam ente, dizendo: "Fere, peço-te, esta gente de cegueira"
(2 Reis 6.18).
Foi o que aconteceu. O D eus que abrira os olhos do servo
de Eliseu p ara o sobrenatural, agora fechara os olhos do
exército sírio p ara o natural. Cego e perplexo, o exército ficou
indefeso. Eliseu levou as tropas inim igas à presença do rei de
Israel, em Sam aria. Por sugestão de Eliseu, o rei não os feriu.
Eles voltaram a enxergar e o rei de Israel lhes ofereceu um
gran d e banquete em vez de m orte violenta. M ais tarde,
enviou-os para casa, p ara sua nação e sua família. O rei de
A ram ficou tão surpreso com esses acontecim entos que dei-
xou de in v a d ir o território de Israel. A p az prevaleceu.
C om o esse episódio ajuda a d a r ao povo de D eus um a
visão autêntica d a nossa vitória! Precisam os conhecer nossos
aliados espirituais e sua infinita su p erio rid ad e sobre os nos-
sos adversários. E necessário dizer: "São m ais os que estão
180 O R ea v iva m en to S a tá n ico

c o n o s c o d o q u e os q u e e s tã o c o m e le s " . E s ta m o s
im utavelm ente ao lado d A quele que é "m ais".
Em anos recentes, D eus decidiu usar soberanam ente
a lg u n s rom ancistas cristãos p a ra aju d arem os crentes a
visualizar esta guerra invisível que tem lugar nos céus. Espe-
ro que não tenham os u m a inundação dessas novelas, agora
que o interesse p o p u la r foi despertado em larga escala. Isso
p o deria levar a invenções excessivam ente não-bíblicas e ex-
trem os fantasiosos. N ão querem os construir a nossa teologia
sobre tais livros. Todavia, eles ilustram a idéia de que os
crentes são, n a realidade, "m ais que vencedores, p o r m eio
daquele que nos am ou" (Romanos 8.37).
O reavivam ento revolucionário não é um sonho im pos-
sível. D eus forneceu arm as de guerra adequadas p ara que ele
possa ocorrer. As orações, o arrependim ento e a condição da
igreja têm u m efeito direto sobre o progresso d a batalha. A
intercessão fiel dos santos tem um a relação direta com a
p red o m in ân cia das forças das trevas ou d a justiça n u m
d eterm inad o m om ento. Isso é notável m as verdadeiro, fican-
do d em onstrado através d a Bíblia inteira. N ós m encionam os
antes com o a oração de Moisés, A rão e H u r no m onte afetou
o com bate de Josué nas trincheiras. A evangelização do
m u n d o em nossos dias precisa desse tipo de apoio e oração
específica p ara continuar em face d a estratégia de Satanás.

A R ealid ad e do S o b ren atu ra lism o M aligno

O 2S Congresso de Evangelism o de Lausanne se reu n iu


d u ran te o verão de 1989, em M anila. As 21 afirm ações dos
delegados presentes incluíam um foco sobre a g u erra espiri-
tual. A A firm ação N s 11 dizia: "A firm am os que o com bate
espiritual exige arm as espirituais, e que nós devem os preg ar
a P alavra no p o d er do Espírito e o rar constantem ente para
poderm os entrar n a vitória de Cristo sobre os p rincipados e
potestades do m al".1
D eus parece estar d an d o novam ente à Sua Igreja um a
perspectiva renovada do que o Dr. Ed M urphy cham ou de
"sobrenaturalism o m aligno".2 A Palavra de D eus reconhece
extensam ente esta batalha, m as o cristianism o ocidentalizado,
Avaliando as Forças para a Batalha 181

evangélico, parece ter sofrido u m a "lavagem cerebral, secu-


lar".
A visão bíblica de os crentes se envolverem n u m a luta
pessoal com o m al tem sido negligenciada. O conceito de
influenciar as nações e as pessoas tem sido posto de lado com o
irrelevante. O conflito do crente com seres espirituais tem
sido relegado ao plano d a superstição ou ignorância. Os
evangélicos têm d ad o preferência a respostas psicológicas
p a ra todas as áreas com problem as. O evangelism o e a
im plantação de igrejas vêm sendo o centro de interesse dos
evangélicos. T oda a ênfase tem -se concentrado em ajudar os
incrédulos a se tornarem cristãos e, segundo eles, se a pessoa
fizer isso, não precisa preocupar-se com os espíritos m alig-
nos. Em bora os evangélicos tenham falado do m u n d o sobre-
n atu ra l superficialm ente, ensinar e crer que os cristãos p odem
ser p ertu rb a d o s p o r poderes m alignos tem sido cham ado de
"extrem ism o perigoso".
N a m aioria dos círculos evangélicos, os esforços hum a-
nos de n a tu re za em ocional são tratados com aconselham ento
cristão psicológico e cuidados m édicos adequados. N os
sem inários e faculdades bíblicas, os cursos de aconselham ento
têm recebido u m a nova ênfase "tendenciosa" tanto d a parte
dos professores com o dos alunos. Os conflitos dos crentes
com os poderes dem oníacos são raram ente m encionados, se
é que o são. O líder m issionário, Dr. Tim othy W arner, escreve
a respeito desses assuntos:

Esta é uma visão mundial inteiramente estranha à


m antida pelo Senhor como refletido nos evangelhos. É uma
perspectiva mundial em que os espíritos de qualquer
espécie, e principalmente os malignos, têm pouco espaço.
Embora possamos falar superficialmente de uma crença nos
bons e maus espíritos em nossas declarações formais de
teologia, tais espíritos não são realidades funcionais na vida
diária para a maioria dos cristãos — e até para a maioria dos
teólogos.3

Poderiam os acrescentar que um a perspectiva que não


enfatiza o sobrenaturalism o m aligno era estranha aos apósto-
los de Cristo. A visão m u ndial que reconhecia a lu ta do crente
com os m aus espíritos era o centro d a atenção em epístolas
182 O REAVIVAMENTO SATÁNICO

com o Efésios, C olossenses e 1 e 2 Pedro. D eus jam ais preten-


d e u que a guerra com as trevas fosse red u zid a a um aceno
m ental de consentim ento am igável. O sobrenaturalism o
m aligno deve ser enfrentado direta e ousadam ente, u san d o as
arm as espirituais de guerra. As Epístolas destacam clara-
m ente a batalha diária do cristão com o reino de Satanás:
"Resisti ao diabo, e ele fugirá de vós" (Tiago 4.7).
"Resisti-lhe (ao diabo) firmes na fé" (1 Pedro 5.9).
"Amados, não deis crédito a qualquer espírito; antes,
provai os espíritos se procedem de Deus" (1 João 4.1).
"Sabemos... que o m undo inteiro jaz no maligno" (1
João 5.19).
"Revesti-vos de toda a arm adura de Deus, para
poderdes ficar firmes contra as ciladas do diabo; porque a
nossa luta não é contra o sangue e a carne, e, sim, contra os
principados e potestades, contra os dominadores deste
m undo tenebroso, contra as forças espirituais do mal, nas
regiões celestes" (Efésios 6.11,12).

Esta seleção de textos das Epístolas do N ovo Testam ento


fala claram ente d a au to rid ad e e responsabilidade do crente.
Ficam os im aginando com o os evangélicos p u d e ra m tornar-se
tão negligentes em sua resistência ao inim igo na lu ta diária
contra o sobrenaturalism o m aligno — a visão bíblica m undi-
al, entretanto, enfatiza m uito isso. A esperança p a ra a
evangelização do m u n d o e o reavivam ento revolucionário
exigem que os crentes reconheçam a v erd ad e d a feroz oposi-
ção q u e c o n tin u a v in d o d o m u n d o d a s tr e v a s . O
sobrenaturalism o m aligno odeia o reavivam ento. Se ignorar-
m os a obra de Satanás, jam ais vencerem os seus estratagem as
contra um d esp ertam ento. N ossa única esperança é aplicar
agressivam ente a obra vitoriosa de Cristo sobre Satanás. Essa
é u m a v e rd ad e que não p o d e ser ignorada.

V itó ria m e d ia n te a A u to rid a d e d e C risto

A epístola de Paulo aos Colossenses estabelece u m a base


firm e para term os confiança em nossa luta com Satanás.
V am os exam inar alguns pontos principais.
Prim eiro, Paulo confirm a a plena au to rid ad e do Senhor
Jesus C risto sobre as trevas.
Avaliando as Forças para a Batalha 183

"Ele (Deus) nos libertou do poder da escuridão e nos


trouxe em segurança para o Reino do seu Filho amado"
(Colossenses 1.13 — BLH).

A seguir, ele declara a d iv in d ad e do Salvador através d a


obra d a criação e m ostra que isto estabelece a Sua auto rid ad e
sobre o reino de Satanás:
"Cristo é a revelação visível do Deus invisível. Ele é o
primeiro Filho, superior a todas as coisas criadas. Porque,
por meio dele, Deus criou tudo... inclusive todos os poderes
espirituais, as forças, os governos e as autoridades. Por
meio dele e para ele, Deus criou todo o universo" (vv. 15,16).

Cristo criou Satanás e todos os seres angélicos que ser-


vem o diabo. Ele os criou perfeitos, m as a rebelião provocou
a su a queda. Todavia, pelo fato do C riador ser su p erio r à Sua
criatura, Ele retém plena au to rid ad e sobre a sua vida. Este
arg u m en to é estabelecido com m aior força ain d a no versículo
seguinte:

"Cristo já existia antes de tudo, e em união com ele


todas as coisas são conservadas em ordem e harmonia"
(Colossenses 1.17).

Tem os um q u ad ro su rp reen d en te neste ponto: só Jesus


C risto p ode m anter unid o tudo aquilo q ue Ele criou, inclusive
todo o reino das trevas. Este iria desintegrar-se im ediatam en-
te se Cristo não o m antivesse unido! Se não estivesse dentro
do propósito soberano de D eus p erm itir que ele continuasse
p o r algum tem po, os tronos, poderes, governos e autoridades
satânicos se desintegrariam .
Essa é u m a revelação dram ática com relação à total
au to rid ad e do Senhor Jesus Cristo e total vitória sobre o reino
de Satanás.
Eis algo ainda m ais dram ático: o Senhor Jesus Cristo
decidiu com partilhar esta g rande vitória e au to rid ad e com a
Sua igreja! (vv. 18-29).
Em Colossenses 2, a m aravilha d a encarnação de Cristo
é elevada à sua im portância adequada. Vem os que a plena
au to rid ad e d a vitória de Cristo aproxim a-se m ais do nosso
nível, pelo fato de Ele ter-se tornado u m ser hum ano. Em
184 O REAVIVAMENTO SATÁNICO

"sem elhança d e carne pecam inosa" Ele feriu de m orte o reino


de Satanás, p ara nos beneficiar. Ele venceu Satanás com o o
criador divino — m as tam bém com o u m de nós. Em sua
form a h u m a n a Ele conquistou a nossa vitória, e a Sua com ple-
ta au to rid ad e sobre as trevas e o reino de Satanás é transm i-
tid a a todos os cristãos.

"Porque a natureza de Deus vive na própria pessoa de


Cristo, na sua humanidade, e vocês receberam a vida
completa por estarem unidos com ele. Ele domina todos os
poderes e autoridades espirituais... Porque, quando vocês
foram batizados, foram enterrados com Cristo. No batismo
vocês foram também ressuscitados com ele, por meio da fé
que têm no grande poder de Deus, o mesmo Deus que
ressuscitou Cristo" (Colossenses 2.9,10,12 — BLH).

Esta vitória chegou até nós porque Cristo pagou o preço


pelos nossos pecados: Sua união com a igreja transfere a Sua
vitória aos crentes. Sua ressurreição nos concede n o v id a d e de
vida. N a Sua ascensão Ele nos eleva ao reino celestial e nos d á
au to rid ad e sobre as trevas em nossa u n id a d e com Ele.
N ote com o este trecho confirm a isso perfeitam ente:
"Antigamente vocês estavam espiritualmente mortos
por causa dos seus pecados e porque não eram circuncida-
dos. Mas agora Deus os ressuscitou, junto com Cristo. Ele
perdoou todos os nossos pecados e cancelou a conta da
dívida que havia contra nós e que pela Lei éramos obrigados
a pagar. Ele acabou com essa conta, pregando-a na cruz. (O
pecado se foi, a condenação terminou; a vida e a plenitude
vieram.) E foi na cruz que Cristo tirou 0 poder dos governos e
das autoridades espirituais. Ele fez desses poderes um
espetáculo público, levando-os prisioneiros no seu desfile de
vitória" (Colossenses 2.13-15 — ênfase acrescentada —
BLH).

O In im ig o D esarm ado

A través d a obra redentora de Cristo em Sua h u m an id a-


de, o p o d er de Satanás e seu reino sobre os p erd id o s não se
aplica m ais aos crentes (veja Efésios 2.1,2). Cristo d esarm o u
o nosso inim igo.
Avaliando as Forças para a Batalha 185

Q u an d o o crente conhece essas prom essas e se apega a


elas pela fé, ele tem plena confiança na su a au to rid ad e e pode
aplicar a sua vitória com coragem .
A o tr a b a lh a r c o m os q u e e s tã o s o f r e n d o d e
endem oninham ento, jam ais encontrei (e sei que não vou
encontrar) q ualquer p o d er das trevas se m anifestando que
não tivesse de adm itir que o crente tenha esta com pleta
au to rid ad e sobre todos os espíritos perversos. Os crentes são
"m ais que vencedores por m eio daquele que os am ou" (veja
R om anos 8.37).
Pode haver ramificações ainda m ais p ro fu n d as na posi-
ção de au to rid ad e do crente que a m aioria tem ousado prati-
car. Refiro-m e a declarações bíblicas com o estas:

"Ou, como pode alguém entrar na casa do valente e


roubar-lhe os bens sem primeiro amarrá-lo? e então lhe
saqueará a casa" (Mateus 12.29).
"Q uando um homem valente e bem armado guarda a
sua própria casa, tudo o que ele tem está seguro. Mas,
quando um homem mais forte o ataca e vence, leva todas as
armas em que o outro confiava e reparte tudo o que tomou
dele" (Lucas 11.21, 22 - BLH).
"Ninguém pode entrar na casa de um homem valente
e roubar os seus bens, sem primeiro amarrá-lo. Somente
assim poderá levar o que ele tem em casa" (Marcos 3.27 —
BLH).
"Portanto, eu afirmo: você é Pedro, e sobre esta pedra
construirei a minha Igreja, e nem a morte poderá vencê-la.
Eu lhe darei as chaves do Reino do céu; o que você proibir
na terra será proibido no céu, e o que perm itir na terá será
permitido no céu" (Mateus 16.18,19 — BLH).
"Portanto, eu digo: o que vocês proibirem na terra será
proibido no céu, e o que permitirem na terra será permitido
no céu" (Mateus 18.18 — BLH).
"Para os quais eu te envio, para lhes abrir os olhos e
convertê-los das trevas para a luz e da potestade de Satanás
para Deus, a fim de que recebam eles remissão de pecados e
herança entre os que são santificados pela fé em mim" (Atos
26.17b, 18).
"Estejam alertas e fiquem vigiando porque o inimigo, o
Diabo, anda em volta de vocês como um leão que ruge,
procurando alguém para devorar. Fiquem firmes na fé e
enfrentem o Diabo, pois vocês sabem que no m undo inteiro
os seus irmãos na fé estão passando pelos mesmos sofrimen-
186 O R ea v iv am en to S a tá n ico
tos1) ‫ ״‬Pedro 5.8, 9 — BLH).
"Portanto, obedeçam a Deus, enfrentem o Diabo, e ele
fugirá de vocês. Cheguem perto de Deus, e ele chegará
perto de vocês‫( ״‬Tiago 4.7, 8a).

C ada u m desses textos está ligado ao fato de o crente


exercer a sua au to rid ad e sobre Satanás, o reino das trevas e a
obra que esse reino deseja realizar. O uso cuidadoso d a nossa
au to rid ad e den tro d a v o n ta d e prescrita de D eus não é só u m
privilégio, m as tam bém um a responsabilidade.
Usando
Nossas Armas

A Bíblia ensina que fortalezas das trevas do reino de


Satanás estão encarregadas de fazer avançar o seu p rogram a
em várias regiões geográficas do m undo, e que o seu reino é
suficientem ente poderoso p a ra provocar a cegueira espiritual
nos incrédulos do m u n d o inteiro:

"Eles não crêem porque o deus mau deste m undo


conservou a mente deles na escuridão. Ele não os deixa ver
a luz que brilha sobre eles, a luz que vem da Boa Notícia a
respeito da glória de Cristo" (2 Corintios 4.4 — BLH).

A P alavra de D eus tam bém expõe o controle interno


exercido por Satanás...

"aquele que governa os poderes espirituais no espaço,


o espírito que domina os que desobedecem a Deus" (Efésios
2.2 — BLH).

Essa obra extensa parece incluir todo incrédulo, não


im p o rtan d o onde ele ou ela esteja localizado.

A O rganização de S atanás

D esde que Satanás não é onipresente com o D eus, com o


p o d e ele fazer u m a obra assim tão extensa, cegando os
incrédulos em to d a parte e astuciosam ente op eran d o em seu
íntim o p a ra m antê-los desobedientes? Ele faz isso através do

- 187 -
188 O R.EAVIVAMENTO SATÁNICO
reino altam ente e stru tu ra d o que governa.
As epístolas aos C olossenses e Efésios nos dão um a
perspectiva lim itada d a estru tu ra organizada desse reino
m aligno. Satanás é o com andante-chefe (Efésios 6.11), e
abaixo dele existem pelo m enos seis níveis de a u to rid ad e que
supervisionam o seu p rogram a m undial. Colossenses 1.16
identifica tronos (thrónoi) e soberanías ou dom ínios (kouriótãtes)
com o os dois prim eiros níveis de au to rid ad e sob Satanás.
Colossenses e Efésios listam os dois níveis seguintes com o
p rin c ip a d o s (arkái) e p o te stad es (exouséi). Efésios 6.12 m ostra
os dois níveis seguintes da estru tu ra organizada: d o m in ad o res
deste m u n d o ten eb ro so (kosmokrátopas) e forças e sp iritu a is
do m al (ponarias, pneumatiká). A estru tu ra se parece com u m a
h ierarquia de com ando m ilitar, onde tu d o procede de Satanás
e volta p ara ele. Isto significa que, em bora não seja onipresente,
Satanás tem u m a espécie de reino onipresente que trabalha
p ara governar a h u m a n id ad e e controlar a v id a interior dos
hom ens. Essa é u m a rede form idável de trevas m antendo os
incrédulos em cativeiro.
Este reino organizado afeta tam bém os crentes. Passa-
gens com o a de Efésios 6.10-18 nos alertam que os que estão
n a rede de Satanás são nossos inim igos ferrenhos. Eles
"lutam " contra nós p ara im p ed ir que andem os na vo n tad e de
D eus e cum p ram os os Seus planos.

C ontrole T errito ria l

O A ntigo Testam ento parece confirm ar o conceito d a


nom eação d e forças satânicas para realizar o plano d e Satanás
em certas regiões geográficas. D aniel teve um a visão sobre
um a "g ran d e guerra" que estava p ara acontecer. Seu conhe-
cim ento do significado do que vira era lim itado e ele pro cu ro u
m ais esclarecim entos p o r parte de Deus. D aniel 10 registra
seu jejum e hum ilhação de três sem anas diante de D eus,
enquanto pro curava m ais sabedoria. U m m ensageiro celestial
finalm ente chegou com estas palavras p ara Daniel:

"Não temas, Daniel, porque desde o primeiro dia, em


que aplicaste o coração a compreender e a humilhar-te
Usando Nossas Armas 189

perante o teu Deus, foram ouvidas as tuas palavras; e por


causa das tuas palavras é que eu vim. Mas o príncipe do
reino da Pérsia me resistiu por vinte e um dias; porém
Miguel, um dos primeiros príncipes, veio para ajudar-me, e
eu obtive vitória sobre os reis da Pérsia" (Daniel 10:12,13).

D epois de transm itir a m ensagem p ara Daniel, o m ensa-


geiro revelou m ais detalhes sobre esta lu ta entre os anjos
santos e os perversos:

"Eu tomarei a pelejar contra o príncipe dos persas: e,


saindo eu, eis que virá o príncipe da Grécia. Mas eu te
declararei o que está expresso na escritura da verdade; e
ninguém há que esteja ao meu lado contra aqueles, a não ser
Miguel, vosso príncipe. Mas eu, no primeiro ano de Dario, o
medo, me levantei para o fortalecer e animar" (Daniel 10. 20-
11 .1).

Isto retrata forças invisíveis de anjos perversos a nível de


"príncipe" que exercem certo controle territorial sobre a
G récia e a Pérsia. Esses seres espirituais com bateram contra
esse anjo santo incógnito e M iguel, " u m dos prim eiros prín-
cipes", que é tam bém cham ado de arcanjo (veja Judas 9). Ele
parece ser u m anjo santo com o encargo especial de proteger
D aniel e, p o r im plicação, a nação d e Israel.
As Escrituras indicam que p oderes dem oníacos invisí-
veis operam por trás d a cortina em todo governo visível,
buscando influenciar a sua filosofia, suas leis, seu curso de
direção e seus atos políticos. Esta influência é especialm ente
m anifesta naqueles governos que im pedem a divulgação do
evangelho, perseguem os cristãos ou aterrorizam as pessoas.
Q uem p ode d u v id a r de que a política nazista de d estru ir os
ju d e u s tivesse tido origem dem oníaca?

A tiv id a d e s D e s e n v o lv id a s

As E scrituras sugerem que este sistem a de p oderes


m alignos em larga escala, altam ente organizado, m antém
u m a g u erra constante contra o plano de D eus (veja M ateus
12.25,26; João 12.31; 14.30). As tarefas entregues a esses
poderes do m al po d em influenciar virtualm ente todos os
190 O Reavivamento Satánico
aspectos d a v id a hum ana. A P alavra de D eus fala sobre
diversas áreas em que o inim igo age ativam ente:
1. Eles prom ovem a idolatria, feitiçaria e bruxaria, assim
com o todo tipo de ensinam entos e sistem as de religiões
falsos (1 Tim oteo 4.11 ;4‫ ־‬João 4.1-4; D euteronôm io 32.17;
Salm o 94.4,5; A pocalipse 13.4,15).
2. Eles causam ou aum entam as enferm idades ou m ales
físicos. P odem causar convulsões (M arcos 9.20; Lucas
9.39); deficiência física (Lucas 13.11,16); cegueira (M ateus
12.22); incapacidade de ouvir ou falar (M arcos 9.17-29;
M ateus 9.21,33); e até ferim entos físicos (M arcos 5.5; 9.22;
Lucas 9.39).
3. Eles provocam tem pestades fortes e algum as vezes con-
trolam os elem entos, a fim de ajudarem Satanás a execu-
tar os seus planos (Jó 1.2,16,19; 2.7).
4. P rom ovem perversões sexuais e as form as m ais só rd id as
de com portam ento hu m an o (1 C orintios 5.1-5; Efésios
2.1- 3; R om anos 1.18-32; A pocalipse 18.2,3).
5. Influenciam o povo de D eus e fazem com que desonre o
Senhor Jesus Cristo (A pocalipse 2.12-17,20-26; 1 Tim óteo
4.1- 4; Efésios 6.10-18; A tos 5.1-6).
6. C ausam perturbações em ocionais graves e tentam fazer
com que os indivíduos se tornem au todestrutivos (Lucas
8.27-35; M arcos 9.22).
7. P odem ocultar a v erd ad e do evangelho aos incrédulos (2
C orintios 4.3,4,13,15; 2 Tessalonicenses 3.1-3).
8. D isfarçam -se em espíritos bons que fazem obras boas, a
fim de en g an ar as pessoas e colocá-las em cativeiro (2
C orintios 11.3-5,13,14,15).

N em sem pre se pode atribuir à ação direta de Satanás o


envolvim ento das pessoas nesses problem as, m as em m uitos
casos isso se aplica.

U sando a N o ssa V itó ria sobre o Inim igo

Com o derrotam os essa força form idável do m al que


funciona vantajosam ente n u m reino invisível? Ela é altam en-
te estru tu rad a, cooperativa, organizada, e o n ú m ero de seus
Usando Nossas Armas 191

aliados é incontável, todos conspirando juntos p ara d erro ta r


e d e stru ir o povo e a obra de D eus—de que form a enfrentar
isso?
N eem ias nos d á seis instruções vitais p ara a aplicação de
nossa vitória predeterm inada sobre o inim igo, a fim de derrotá-
lo.

1. C o m p re en d a sem pre a n o ssa a u to rid a d e d o u trin ária.

"O Deus dos céus nos dará sucesso. Nós somos servos
dele e vamos começar a construir. Mas vocês não podem ser
donos de nenhuma propriedade em Jerusalém, não têm
nenhum direito de cidadãos e não têm nenhuma parte nas
tradições religiosas do povo de Israel" (Neemias 2.20 —
BLH).

Este texto m aravilhoso baseia a sua decidida au to rid ad e


sobre a v erd ad e revelada. C ada fase d a vitória de N eem ias
sobre os seus inim igos é sublinhada pela sua com preensão da
a u to rid ad e que recebeu de Deus. U m fu n d am en to d outriná-
rio sólido é essencial p ara a aplicação d a vitória na guerra
espiritual. N eem ias sabia que o seu plano de reconstruir os
m uros, rep o r as portas e restabelecer o governo em Jerusalém
estava apoiado nas prom essas de Deus. Ele tinha as prom es-
sas feitas a A braão e os escritos de profetas com o Isaías e
Jerem ias p ara reivindicar. Os detratores, sob o controle de
Satanás, não tinham n en h u m direito d ad o p o r D eus nem
n en h u m direito bíblico e histórico a Jerusalém . T oda vitória
sobre as trevas deve apoiar-se nas prom essas seguras de D eus
expressas n a Sua Palavra.

2. S em pre d e p e n d a com p letam en te de D eus e expresse


isso em oração.

"Ó nosso Deus, escuta como eles caçoam de nós! Faze


que a zombaria caia sobre a cabeça deles mesmos. Que tudo
o que eles têm seja roubado, e que eles sejam levados
prisioneiros para uma terra estrangeira. Não perdoes o mal
que eles fazem e não te esqueças dos seus pecados, pois
insultaram a nós que estamos construindo" (Neemias 4.4,5
— BLH).
192 O REAVIVAMENTO SATÁNICO
A oração de N eem ias foi agressiva ao resistir ao inim igo
e causar dificuldades p ara ele. "Faze que a zom baria caia
sobre a cabeça deles m esm os" é o tipo d e oração que inverte
as m aldições dem oníacas d e nossos inim igos e provoca sofri-
m entos em seu meio, causados p o r eles m esm os.
N o relato de Loren Entz, no capítulo 4, sobre A bou e a
feiticeira, M akoura, vem os isto dram aticam ente ilustrado:

Makoura foi avisada de que o seu espirito maligno,


que geralmente tomava a forma de uma serpente, havia sido
encontrado morto no mato. Quando Makoura chegou, o
cadáver da cobra acusou-a de ter-lhe dado uma tarefa difícil
demais. Makoura perdeu o controle. Ela ficou louca e
começou a confessar todo o mal que fizera, um mal conside-
rável. Sua família providenciou rapidamente para que fosse
removida dali, temendo que revelasse um número excessivo
de segredos.2

A confissão de seus problem as não só a deixou totalm en-


te confusa, com o tam bém fez com que se convertesse oportu-
nam ente. A través do m inistério de A bou, M akoura veio a
tornar-se cristã.
N eem ias sem pre recorría à oração q u an d o o inim igo o
pressionava. "O rem os ao D eus do céu" era o seu refrão
constante q u an d o as am eaças do inim igo aum entavam .

3. E steja sem p re alerta e d isp o sto a lutar.


A oração era ap oiada p o r gran d e ênfase n a vigilância e
pro n tid ão p ara o com bate:
"Mas nós oramos ao nosso Deus e colocamos homens
para ficarem de vigia contra eles de dia e de noite" (Neemias
4.10 — BLH).
"Eu vi que o povo estava preocupado e por isso disse a
eles e às suas autoridades e aos seus oficiais: — Não tenham
medo dos nossos inimigos. Lembrem-se de como Deus, o
Senhor, é grande e terrível e lutem pelos seus patrícios, pelos
seus filhos, suas esposas e seus lares" (v. 14).
"Nem eu, nem os meus companheiros, nem nenhum
dos meus empregados ou guarda-costas tirávamos as nossas
roupas, nem mesmo para dormir. E todos nós estávamos
sempre com as nossas armas nas mãos" (v. 23).
Usando Nossas Armas 193

N eem ias e o povo puseram em prática o que Efésios 6


relata aos crentes a respeito d a a rm a d u ra e vigilância: "Fi-
q u em alertas e orem sem pre". N osso inim igo não é fácil. A
b atalha é real e exige um alto g rau de atenção com o arm am en-
to usad o e m u ita vigilância ao utilizarm os nossas arm as de
guerra.

4. F iq u e sem pre certo da vitória.

"Os nossos inimigos ficaram sabendo que nós havia-


mos descoberto o que eles estavam planejando e compreen-
deram que Deus havia atrapalhado os seus planos. Então,
todos nós voltamos para o nosso trabalho na reconstrução
das muralhas" (Neemias 4.15 — BLH).
"Acabou-se, pois, o muro aos vinte e cinco dias do mês
de EluI, em cinqüenta e dois dias" (Neemias 6.15).

Q u an d o o povo de D eus usa a su a au to rid ad e bíblica,


d e p en d e n d o de D eus em oração, a vitória final é certa. Talvez
não a vejam os em "cinqüenta e dois dias", ou m esm o no
tem po que desejam os, m as a vitória p ro m etid a p o r D eus
sem pre vem .
É bom ver com o os inim igos de N eem ias, que nos seis
prim eiros capítulos pareciam um a am eaça tão g ran d e a todo
o projeto, p erd eram gradualm ente a im portância. D epois de
com pletado o m uro, eles m al são m encionados nos sete
capítulos restantes. O uso adequado d a a u to rid ad e conquis-
to u a vitória.

5. S eja sem p re corajoso.

"A isso respondí: — Eu não sou do tipo de homem que


foge e se esconde. Você pensa que eu tentaria salvar a
minha vida me escondendo no Templo? Eu não vou fazer
isso, de jeito nenhum" (Neemias 6.11 — BLH).

A lguém disse: "Q uando estiver com problem as e seus


joelhos trem erem , ajoelhe-se sobre eles". Esse é o segredo da
coragem valorosa do crente. C oragem não significa ausência
de m edo, m as o dom ínio dele. N eem ias e seu povo dom ina-
ram o m edo pelo uso bíblico dos seus recursos.
L94 O Reavivamento S atánico
Q u a n d o a lg u é m e n tra e m lu ta c o n tra o rein o d e S atan ás/
o ru g id o d a a m e a ç a se rá a lg u m a s v ezes m u ito forte. É
p o ssív el q u e ele te n h a até d e e n fre n ta r a m o rte, m as isso n ã o
é u m a am e a ç a real p a ra o cristão.

"E ntão Jesus afirmou: — Eu sou a ressurreição e a


vida.
Q uem crê em mim , ainda que m orra, viverá; e quem
vive e crê em m im nunca m orrerá" (João 11.25,26).
"O s nossos irm ãos o derrotaram po r meio do sangue
do C ordeiro e d a v erd ade que anunciaram . Eles estavam
prontos para d ar a sua vida e m orrer" (Apocalipse 12.11).

A c o ra g e m e m face d a m o rte é u m d ire ito h e re d itá rio d o


c re n te no S e n h o r Jesus C risto. N o sso S a lv a d o r e n tro u n a
m o rte e v o lto u d ela, v e n c e n d o a se p u ltu ra .

6. S e m p re e s p e re a p ro v isã o so b e ra n a d e D e u s.

"E ntão os nossos inim igos das nações vizinhas


souberam disso e ficaram desm oralizados porque todos
ficaram sabendo que o trabalho havia sido feito com a ajuda
do nosso D eus" (Neem ias 6.16 — BLH).

N a g u e rra e s p iritu a l, é se m p re a p ro v isã o d iv in a d e D eu s


q u e d e rro ta o in im ig o e c o n q u ista a v itó ria. A p a s sa g e m em
2 C o rin tio s 10.3-5 n o s le m b ra d e q u e as a rm a s d e g u e rra do s
cristão s são su ficien tes p a ra " d e s tru ir fo rtalezas". S a tan á s
o rg a n iz o u su a s fo rta le z as so b re n a tu ra is, in v isív eis e p o d e ro -
sas n a fo rm a d e tro n o s, d o m ín io s, p rin c ip a d o s, p o te sta d e s,
p o d e re s d e ste m u n d o ten eb ro so e forças e sp iritu a is d o m al.
T o d av ia, o sa lm ista lem b ra: "O S en h o r é a fo rta le z a d a m in h a
v id a; a q u e m tem erei?" (Salm o 27.1) e "O S e n h o r é... refú g io
n a s h o ras d e trib u la ç ã o " (Salm o 9.9).
N ee m ia s conh ecia e v iv ia essa v e rd a d e . O s p o d e ro so s
n ã o são rea lm e n te p o d e ro so s q u a n d o c o n fro n ta d o s co m o
T o d o -P o d ero so . T o d as as fo rtalezas d e S atan ás estão su jeitas
a D eu s q u e é a n o ssa fo rtaleza.
D esafio c a d a le ito r a faz e r co n fro n to s e d irig ir a v itó ria d e
C risto c o n tra os o b stácu lo s co lo cad o s p o r S atan ás p a ra im p e-
d ir o re a v iv am e n to . P a ra a fa star o re a v iv a m e n to satân ico é
Usando Nossas Armas 195

necessário u m reavivam ento espiritual auto rizad o p o r Deus.

O R A Ç Ã O D E R E A V IV A M E N T O M O D E L O 5
T E M A : L U T A N D O C O N T R A O IN IM IG O

Pai C elestial am ado, Tu és a fortaleza d a m in h a vida, a


qu em tem erei? Eu Te adoro e Te louvo p o r seres onipotente,
todo-poderoso e absoluto em T ua grandeza transcendente e
p o d e r inigualável. O brigado po rq u e os que estão conosco são
sem pre "m ais" do que os que estão com eles, não im p o rta
quão form idáveis e am eaçadoras sejam as forças das trevas.
A firm o que Tua onipotência é inacessível a qualquer desafiante
e que o Teu p o d er é pleno de glória.
Eu Te adoro, Pai Celestial, nos m éritos do Senhor Jesus
Cristo. A firm o que Ele é Senhor p a ra a glória de D eus Pai.
Coloco a Sua pessoa e obra diretam ente sobre a m in h a v id a
com o proteção neste período de oração. D ecido perm anecer
na Sua encarnação, Sua cruz, Sua ressurreição, Sua ascensão
e Sua glorificação.
Em hu m ild e obediência, quero u sar as m inhas arm as de
com bate contra as trevas que estão buscando do m in ar o povo
d e m in h a cidade, país e m undo. A firm o que as arm as que m e
deste p ara usar estão cheias de p o d e r divino, suficiente para
d e stru ir qualquer fortaleza que Satanás tenha construído
p ara im p ed ir a T ua v ontade e o Teu plano.
Confesso a perversidade e os pecados que eu, m inha
fam ília, m eus com panheiros de fé e m inha cultura tenham
com etido. Lava-m e novam ente no sangue do Senhor Jesus
Cristo, p ara que não haja im pedim ento à Tua com unhão e
bênção sobre m im . Peço-Te perd ão pelas ofensas contra Ti,
representadas pelos terríveis pecados que caracterizam a
nossa cultura. Reconheço que ao se deixarem cair em rebelião
pecam inosa, as pessoas abrem espaço p ara Satanás dom inar
a nossa cultura. M inha única esperança é o conhecim ento de
que a obra co nsum ada do Senhor Jesus Cristo é pagam ento
suficiente até p a ra isso. Peço-Te que faças tu d o o que é
196 O Reavivamento Satánico
n ecessário p a ra co n ced e r-n o s o d o m d o a rre p e n d im e n to e
h u m ild a d e d ia n te d e Ti. E u Te co n v id o p a ra q u e Te ap ro x i-
m es d e n ó s hoje, até q u e estejam os h u m ilh a d o s e q u e b ra n ta -
d o s d ia n te d e Ti n u m re a v iv a m e n to m aio r d o q u e q u a lq u e r
o u tro já visto.
N o n o m e p o d e ro so d o S e n h o r Jesus C risto, u so as a rm a s
d e g u e rra q u e m e d e ste p a ra d e s tru ir e e n fra q u e c e r to d o
tro n o , d o m ín io , p rin c ip a d o , a u to rid a d e , p o d e re s ten eb ro so s
e esp írito s p e rv e rso s n a s reg iõ es celestiais d o m al q u e estejam
o rg a n iz a d o s e p re p a ra d o s p a ra im p e d ir o rea v iv am e n to .
Peço ao E sp írito S an to p a ra u s a r o g ra n d e p o d e r d o sa n g u e
d e rra m a d o e d a o b ra c o n s u m a d a d o S e n h o r Jesus C risto
c o n s ta n te m e n te c o n tra essas fo rtalezas, c a u sa n d o a s u a d es-
tru iç ão e d e rro ta.
N o n o m e d o S e n h o r Jesus C risto e p elo p o d e r d o S eu
san g u e, d e rru b o to d o s os níveis d a fo rtaleza d e _____________ .
(E scolha ite n s d a lista abaixo: áreas d a s fo rta le z as sa tâ n ica s
q u e você deseja d e rru b a r e esm ag ar. Você p o d e p e n s a r em
o u tra s c o isa s—a lista é u m a su g estão , n ão está com pleta).

1. P o rn o g ra fia
2. P rá tic as sex u ais p e rv e rtid a s
3. A d u lté rio e p ro stitu iç ã o
4. U so e p ro m o ç ã o d e d ro g a s
5. P ro teção d o s trafican tes
6. E m b ria g u ez
7. P rá tic a e p ro m o ç ã o d o a b o rto
8. B lasfêm ias e lin g u a g e m baixa
9. In c re d u lid a d e e h u m a n ism o
10. E n sin am e n to s d a N o v a E ra
11. P ro m o ç ã o e a tiv id a d e s d o o cu ltism o
12. A d o ra ç ã o satân ica
13. D isto rçõ es d a telev isão e d a m íd ia
14. C u lto s relig io so s e ism o s (cite os q u e conhece)
15. P ro m o ç ã o d a teo lo g ia d a lib ertação e falsas d o u trin a s
16. In flu ên cias d iv isiv a s n o co rp o d e C risto
17. V iolência e crim e
18. A b u so d e crian ças em to d as as su a s fo rm as
19. D iv ó rcio e d e su n iã o n a fam ília
Usando Nossas Armas 197

20. M aterialism o e cobiça


21. Pressão do grupo
22. S urdez e cegueira espiritual
23. Im pedim ento p ara que as pessoas não com partilhem a
sua fé
24. Im pedim ento p ara que as pessoas não recebam Cristo
25. N egligência com os desabrigados e os que estão sofrendo
26. D esunião e desconfiança no C orpo de Cristo
27. A taques contra os pastores, obreiros cristãos e suas
fam ílias
28. Interesse no espiritism o e sobrenaturalism o m aligno
29. Prom oção do ódio, raiva e ira violenta
30. O bstáculos ao recrutam ento e financiam ento dos m issio-
nários
31. O rgulho, arrogância espiritual e indiferença
32. N egligência do estudo bíblico e oração

D errubo essas fortalezas no nom e do Senhor Jesus Cristo


e oro p a ra que sua obra perversa caia sobre elas m esm as. Peço
ao m eu Pai am oroso nos céus p ara enviar seus santos anjos,
engajando-os na d errota dessas fortalezas do m al. P rendo a
obra dos poderes do m al em cada um a dessas fortalezas e
convido o Espírito Santo para lançar Seu g ran d e p o d e r de
convicção sobre os que são seus prisioneiros. Peço a Ele que
exalte os cam inhos d a justiça diante d a com preensão espíritu-
al dessas pessoas e as convença pro fu n d am en te de sua res-
ponsabilidade p ara com D eus no juízo vindouro. Peço ao
Espírito Santo que abra seus olhos espirituais, a fim de que
vejam a su a necessidade d a graça salvadora do Senhor Jesus
Cristo. Q ue este reavivam ento pelo qual oro possa levar
m ultidões a um a relação salvadora com Ele.
Dirijo m inha oração contra as fortalezas designadas a
im pedir que o povo de D eus creia em T i p ara um reavivam ento.
Com certeza, há m uitos pelejando p ara tornar o Teu povo
indiferente, satisfeito com o nosso m aterialism o e cego p ara as
nossas necessidades espirituais. D errubo todas essas fortale-
zas, as nom eadas e as não nom eadas, e oro p o r um grande
m ovim ento do Espírito Santo que nos faça sentir fom e e sede
de justiça. Q ue o Espírito Santo desperte no C orpo de Cristo
198 O Reavivamento Satánico
u m apetite insaciável p ara m em orizar, estu d ar e conhecer a
P alavra Santa de Deus. N o nom e do Senhor Jesus Cristo, peço
que u m reavivam ento revolucionário visite o m eu coração,
m in h a fam ília, m inha igreja e todo o corpo de Cristo até que
se derram e sobre o m u n d o que nos rodeia e leve m uitas
pessoas à glória. Amém .
Ataque à Unidade
do Corpo 14
"Por isso eu, que sou prisioneiro porque sirvo ao
Senhor Senhor Jesus Cristo, peço a vocês que vivam daquela
maneira digna que Deus determinou quando os chamou.
Sejam sempre humildes, delicados e pacientes. Mostrem o
seu amor, suportando uns aos outros. Façam o possível
para conservar, por meio da paz que os une, a união que o
Espírito dá. Há um só corpo e um só Espírito e somente
uma esperança, para a qual Deus chamou vocês. Há um só
Senhor, um a só fé e um só batismo. E há somente um Deus e
Pai de todos, que é o Senhor de todos, que age por meio de
todos e está em todos. Cada um de nós recebeu o seu dom
especial, de acordo com o que Cristo deu" (Efésios 4.1-7 —
BLH).

P re g a d o r B u b eck :
Por que 0 senhor não vai embora da nossa igreja ? O senhor está
provocando muitos problemas com a sua liderança horrível e nega-
tiva. A unidade em nossa igreja semprefoi maravilhosa até que veio
ser nosso pastor. Todos convivíamos bem no tempo do nosso amado
Dr. Adams.*
Fiquei sabendo que alguns dos nossos líderes lhe pediram para
deixar-nos sem estardalhaço e 0 senhor recusou. Por que tem defazer
isso conosco? Lembre, Deus está escutando e esperando a sua
demissão para assegurar 0 progresso de nossa grande igreja, según-
do os Seus planos futuros para nós. O senhor deve responder ao
nosso pedido com a maior brevidade possível.
Para 0 bem da nossa igreja,
Sara Jones *
(*nomes mudados)

- 199-
200 O REAVIVAMENTO SATÁNICO
Orgulho Espiritual Insidioso
Este é um trecho d e urna extensa carta que aum entou
aind a m ais o peso que eu já carregava. Essa era a p rim eira vez
que enfrentava u m a situação desse tipo nos 24 anos de m eu
m inistério pastoral. As igrejas que tivera o privilégio de
pastorear eram m aravilhosam ente u nidas e tinham u m ponto
de vista positivo em relação ao m inistério. M inha pregação
fora recom endada por seu estilo expositivo, doutrinário.
Q uaisquer possíveis dificuldades se desvaneceram rapida-
m ente q u an d o tratadas com h u m ild ad e e oração. M inha
liderança pastoral gozara de forte apoio do povo.
T udo ia tão bem que tenho de confessar um a invasão
sutil d e orgulho espiritual em m eu coração. Eu m e senti
espiritualm ente superior aos outros pastores que perm itiram
que a sua pessoa se tornasse um foco de conflito ard en te em
suas igrejas. Eu estava convencido de que se esses pastores
tivessem sido u m pouco m ais pacientes, hum ildes e depen-
dentes de D eus, em espírito de oração, eles de m odo algum
ficariam envolvidos em tais conflitos. C om o o orgulho espi-
ritual é insidioso!
Eu agora enfrentava o m esm o problem a e não tinha
solução para ele. M eus acusadores m e julgavam ind igno de
continuar servindo com o seu pastor e estavam decididos a
resolver as coisas a seu m odo. Em bora tivéssem os realizado
várias reuniões de "esclarecim ento", em que eu resp o n d ia às
perg u n tas feitas por escrito pelos interessados, um g ru p o
m inoritário continuava decidido a forçar a m inha dem issão.
T udo com eçara dois anos e meio antes, q u an d o aceitei
u m cham ado quase unânim e p ara tornar-m e p asto r sênior
dessa igreja n um erosa e histórica no coração de u m a de
nossas g randes cidades. Em bora esses anos tivessem sido
difíceis de várias m aneiras, eles foram tam bém com pensadores.
Eu nunca v ira tantas pessoas crescendo esp iritualm ente em
tem po tão curto. A m aioria dos m em bros parecia fam inta da
P alavra de Deus.

Comitê "Ad Hoc"


A batalha principal era trav ad a no plano espiritual. Eu
Ataque à Unidade do Corpo 201

freqüentem ente chegava ao prédio d a igreja m uito antes de


q u alq u er outro m em bro d a equipe e ficava a n d an d o e orando
no santuário. Jam ais m e esquecerei dos com bates ali trava-
dos. Eu tam bém sentia um gran d e conflito ao pregar. Forças
invisíveis pareciam decididas a fazer resistência contra m im
e contra a m ensagem . Era difícil não desanim ar, em bora eu
soubesse que m e encontrava no lugar indicado p o r Deus.
A crise surgiu d u ran te o verão, enquanto m e achava
ausente em férias. U m m em bro antigo d a equipe lançou
algum as aspersões negativas sobre a m inha liderança pasto-
ral e p ed iu dem issão. Q uando voltei, u m com itê ad hoc de sete
pessoas p ed iu p ara ter um a conversa particu lar com igo.
C oncordei, apesar de não m e sentir à v ontade com a idéia
desse encontro que passava por cim a d a liderança constituída
d a igreja. D urante a reunião, o com itê sugeriu que m inha
liderança pastoral não estava satisfazendo as expectativas de
u m "g ran d e núm ero" de m em bros influentes d a congrega-
ção. Eles não queriam "sujar o m eu nom e", levando o assunto
a u m a votação d a igreja — m as fariam isso, caso necessário.
Eles m e lem braram de um a provisão especial no regulam ento
interno d aquela igreja: N o caso de ser exigido um voto de
confiança, o pastor teria de ter 75% dos votos a favor para
p o d er ficar. Eles m e asseguraram que eu não tinha nen h u m a
condição d e obter essa porcentagem .
O p ed id o deles foi com pletam ente inesperado e m uito
agressivo. N o entanto, em m eu íntim o havia p az tranqüila e
profunda. Disse a eles: — Senti um forte cham ado d o Senhor
para vir a esta igreja e terei de ter o m esm o sentim ento de
libertação d a parte dEle antes de dem itir-m e. A não ser que
Ele m e d ê essa sensação de liberdade terei de ficar, sem levar
em conta qualquer envolvim ento "sujo" do m eu nom e que
possa ocorrer.

O V oto

A determ inação deles e a m inha resposta resu ltaram em


m eses de p ro fu n d a perturbação na igreja. A lgum as das
experiências m ais penosas ocorrem q u an d o os crentes brigam
entre si. Petições para um voto de confiança circularam . Os
202 O Reavivamento Satánico
dois conselhos principais expressaram forte apoio à continu-
ação d a m inha liderança pastoral, m as nuvens de desunião se
form avam em toda parte. A data p ara o voto d e confiança foi
m arcada. H ouve m u ita oração, e a m aioria dos líderes e da
congregação esperava um voto de apoio.
Todavia, u m episódio inesperado alterou a situação. A
idéia de ser ou não m inha intenção retirar a igreja d a conven-
ção denom inacional a qu e era afiliada tinha sido um ponto-
chave nas discussões. Eu já afirm ara claram ente que não faria
isso, m as um a sem ana antes d a votação, u m de m eus detratores
recebeu um a carta solicitada de um hom em em m eu antigo
pastorado. Essa carta declarava que eu nunca fora u m gran d e
defensor d a convenção e, provavelm ente, retiraria a igreja. A
carta foi copiada e distrib u íd a em grande escala bem próxim o
à votação. Em bora o autor d a carta posteriorm ente se retra-
tasse p o r escrito, era tarde dem ais. A lgum as pessoas logo
supuseram : "O n d e há fum aça, há fogo".
O resultado d a votação foi de 69% a favor de m inha
perm anência no cargo de pastor. Fui obrigado a dem itir-m e.
A lguns se alegraram , m as a m aioria ficou triste. As lágrim as
correram livrem ente. As pessoas ficaram em estad o de
choque. A lgum as se zang aram bastante e decidiram reverter
a decisão.
Elas realizaram encontros particulares para e stu d a r um a
estratégia e m ais tard e m e apresentaram várias alternativas.
U m a delas era apelar para a justiça secular. U m a lei estadual
proibia que a m inoria predom inasse sobre a m aioria nu m a
corporação estadual reconhecida, e aquela lei especial do
regim ento interno d a nossa igreja seria, então, anulada. A
m aioria continuaria pred om inando. Eu não podia p erm itir
isso em sã consciência, pois já tinha conhecim ento dessa
provisão q u an d o aceitei o cham ado. A lém disso, D eus pode-
ria ter-m e d a d o soberanam ente 75% dos votos em vez d e 69%.
O utras sugestões foram feitas. Eu seria o líder n a form a-
ção de u m a nova igreja. O u talvez não devesse m e d em itir
m as contin uar com o m inistro, forçando a m inoria a levar o
caso aos tribunais.
Q ualq uer dessas sugestões, em bora bem -intencionada,
teria sido um a violação d a m inha integ rid ad e pessoal. Senti
Ataque à Unidade do Corpo 203
que não podia fazer ou tra coisa senão dem itir-m e e perm itir
que a igreja voltasse a unir-se sob u m novo pastor. Esta talvez
não fosse a orientação do Senhor em toda situação sem elhan-
te, m as eu sabia que era o Seu plano p ara m im . Senti que m e
libertava e pedi m inha dem issão. A m aioria d e u à m inha
esposa e a m im um a d esp ed id a real, presenteando-nos com
u m a enorm e oferta de am or e p agando m eu salário d u ran te
q u a tro meses. Eles tam bém m u d a ra m im ediatam ente o
regulam ento interno, a fim d e que a m inoria não tivesse
poderes p ara d em itir um pastor. A m aioria escolheu o com itê
encarregado d a seleção de um novo pastor. U m m em bro da
equipe pastoral, que por acaso era m eu pró p rio genro, conti-
n u o u com o pastor interino até a chegada do novo pastor.
Eu esp erava que o novo líder pudesse u n ir o corpo, m as
isso não aconteceu. O g rupo m inoritário levou o pastor e a
igreja dian te do tribunal várias vezes, m as sem sucesso. Eles
saíram afinal d a congregação e a igreja opo rtu n am en te reti-
rou-se d a convenção—exatam ente o que eu não teria perm i-
tido.
Os atos soberanos do Senhor são realm ente inescrutáveis
e Sua disciplina é, algum as vezes, estranham ente irônica.

O s P roblem as In tern o s Excedem o A taq u e Externo

Esse relato do diário d a m inha vida focaliza o m aior


problem a enfrentado pelo povo de Deus. A área m ais am ea-
çadora e penosa de ataque sobre qu alq u er g ru p o do povo de
D eus é a de dentro, e não a de fora. C om o vim os, os inim igos
externos de N eem ias e seus com panheiros de construção
eram terríveis. Porém , os problem as den tro da com unidade
judaica eram ainda m ais am eaçadores para o seu cham ado de
reconstrução dos m uros. O m esm o acontece na igreja de
Cristo.
H á alguns anos, o Dr. Bruce Shelley citou u m antigo
m anuscrito m edieval: "A igreja é parecida com a arca d e Noé.
Se não fosse pela tem pestade lá fora, seria im possível supor-
tar o cheiro lá d en tro ".1
É isso que acontece com a igreja, hoje. N ossos problem as
internos devastaram o testem unho da igreja. N ossos pecados
204 O Reavivamento S atánico
internos tornaram a fé cristã m otivo de zom baria aos olhos de
um m u n d o inquiridor. A m ídia noticiosa se deixa arrebatar
pela novela que cerca o julgam ento de um evangelista d a
televisão. Relatos recentes nos noticiários se deleitam em
inform ar que outros m inistérios estão passando p o r dificul-
dad es em vista d a q u ed a no sustento financeiro. O s proble-
m as internos que ferem e desgraçam o testem unho cristão
nunca vão cessar?
As igrejas locais sentem este problem a dom éstico m ais
de perto. As denom inações o sentem nas batalhas sobre
tem as polêm icos. As organizações paraeclesiásticas são de-
vastadas p o r disp u tas internas. A pesar de todas essas expres-
sões de dissensão interna, porém , a capacidade soberana de
D eus p ara im por a Sua v ontade tem perm itido que a obra de
Cristo avance. Isso para o louvor da Sua glória!
U m a adm oestação do apóstolo Pedro contém um a m en-
sagem im portante p ara os crentes que estão esp eran d o um
reavivam ento:

"Pois o tem po de com eçar o julgam ento já chegou, e os


que pertencem ao povo de D eus serão os prim eiros a ser
julgados. Se esse julgam ento vai com eçar conosco, qual será
o fim daqueles que não crêem na Boa Notícia de Deus?" (1
Pedro 4.17).

N ós, cristãos, tem os de m u d a r nosso com portam ento


d ia n te d o s o lhos d e u m D eus san to e d e um m u n d o
escarnecedor. N ossos problem as internos são terrivelm ente
destrutivos.

A A m eaça In te rn a a N eem ias

O que Sam balate e Tobias não p u d eram realizar com


suas am eaças e partidarism o, os opositores internos teriam
cu m p rid o em poucos dias. Os problem as eram tão am eaça-
dores que N eem ias declarou: "Q u an d o eu, N eem ias, ouvi
essas queixas, fiquei zangado" (N eem ias 5.6).
Em bora não tenham os relatos detalhados desses proble-
m as internos, podem os sintetizar a situação através d a evi-
dência bíblica. U m a gran d e fom e abateu-se sobre Jerusalém .
Ataque à Unidade do Corpo 205
V ários fatores contribuíram para este problem a. C om a
oposição de Sam balate, Tobias e outros aos esforços do povo
p a ra reconstruir, não havia fluxo de com ércio entre eles e os
construtores. A pedido de N eem ias, a m aior parte dos judeus
estava concentrando todos os seus esforços na reconstrução
dos m uros, e o povo tinha pouco tem po para dedicar-se à
plantação. As fam ílias geralm ente grandes criavam um a
d em a n d a constante de alim ento e, desde que não podiam
p la n tar o que com er, tinham d e com prar. Q u an d o o dinheiro
acabou, eles tiveram de tom ar em prestado e deram seus
cam pos, vinhedos e casas com o garantia. T iveram tam bém
de pag ar u m im posto sobre a p ro p ried a d e ao rei d a Pérsia.
Os judeus com uns enfrentaram u m dilem a. Era necessá-
rio tom ar em prestado de seus irm ãos judeus m ais ricos e
p a g a r juros altos pela dívida. Com o não tinham renda, não
havia possibilidade de am ortizar o em préstim o e os credores
com eçaram a tirar proveito da situação. Eles aceitavam os
filhos dos devedores com o servos, a fim de ajudar no paga-
m ento. Esta escravidão p o r causa de dív id a (veja N eem ias
5.1-5) aconteceu d en tro d a com unidade ju d ia e não através de
agiotas estrangeiros. Esses judeus prósperos se agru p av am
ao red o r dos aflitos, com o abutres paira n d o sobre um anim al
ferido.
N eem ias reagiu a esse problem a interno de vários mo-
dos:

1. Ele ficou zangado.

"Q u a n d o eu, N eem ias, ouvi essas queixas, fiquei zanga-


do" (N eem ias 5.6). É bom que os justos se zanguem com a
injustiça. O Dr. D onald K. Cam pbell, do Sem inário de Dallas,
refere-se ao colunista Louis Casseis que...

disse que o dever m oral m ais difícil em nossos dias é


fazer os hom ens e m ulheres continuarem interessados nas
pessoas. Somos expostos diariam ente a tantas tragédias
h um anas que sentim os o "cansaço d a com paixão". Depois
de ter sentido pena de tantas vítim as de enchentes, terrem o-
tos, e guerras, sim plesm ente não podem os reu n ir os senti-
m entos que sabem os que devem os ter p o r novos casos.
206 O REAVIVAMENTO SATÁNICO
Mas, pior aínda que o cansaço da com paixão, disse
Casseis, é o "cansaço d a indignação". M uitos de nós
parecem ter perdido a capacidade de zangar-se como
deveriam os — diante d e mentiras, fraudes e roubos...Sentir
indiferença pelos delitos, encolher os om bros ou rir deles, é
um sintom a de degradação avançada do senso moral.
A lguém parece ter adm inistrado um a dose maciça de
entorpecente à nossa consciência nacional.2

Isto era intolerável p ara N eem ias. A idéia do povo jud eu


aproveitar-se de seus patrícios era um a afronta m oral. A ceitar
m em bros d a fam ília dos devedores com o escravos acrescen-
tava à ofensa. Em bora a escravidão por débito fosse perm itid a
sob certas circunstâncias na lei judaica (veja Êxodo 21.1-11;
D euteronôm io 15.12), essa atitu d e não pod ia ser aceita nu m a
crise nacional com o aquela. Todos arriscavam a sua v id a e era
necessário que se sacrificassem, um por todos e todos p o r um ,
com apoio cheio de am or.

2. Neemias refletiu cuidadosamente.


"D epois de p en sar nisso..." (v.7a). Q uando sentim os o
que N eem ias sentiu, precisam os tom ar tem po p ara m edir
cuidadosam ente a nossa resposta. Esta não é a hora de "atirar
a esm o". Pastores, pais e líderes cristãos, tom em nota disto!
R espostas apressadas, zangadas, para os delitos com etidos
por aqueles que estão sob a nossa responsabilidade podem
m uitas vezes ser u m a form a de orgulho farisaico. Em lugar
de corrigir a situação, esta resposta p ode apenas intensificá-
la.

3. Neemias confrontou os malfeitores.


"R epreendí as au to rid ad es do povo e os oficiais e disse:
Vocês estão explorando os seus irm ãos!" (v.7b). A su a
abordagem foi direta, m as tam bém respeitosa e cheia de tato.
Q u an d o o confronto é feito cuidadosam ente, ele pode benefi-
ciar todo o corpo e tam bém os confrontados. N osso texto
parece indicar que N eem ias teve prim eiro um a conversa em
particular com os ofensores ricos. N o espírito de M ateus 8.15,
Ataque à Unidade do Corpo 207
ele pro cu ro u os ofensores e m ostrou-lhes o seu erro. Só
depois desta abordagem ter sido aparentem ente recebida em
com pleto silêncio é que N eem ias deu o próxim o passo.

4. N eem ias re u n iu o corpo m ais am plo p ara reso lv er o


p ro b lem a.
"E u reuní todo o povo, a fim de tratar desse problem a
e disse: — De acordo com as nossas posses, nós tem os
com prado dos estrangeiros os nossos patrícios ju deu s que
tiveram de se vender a eles como escravos. E agora vocês,
que são judeus, estão forçando seus próprios patrícios a se
venderem a vocês! As autoridades ficaram caladas e não
acharam nada para responder" (vv.7c,8 — BLH).

H á ocasiões em que a nossa culpa nos faz calar. A Lei de


M oisés proibira que os israelitas m ais ricos cobrassem altos
juros dos m ais pobres (veja Êxodo 22.25; Levítico 25.35-37;
D euteronôm io 23.19-20).
N eem ias deixou o silêncio d u ra r algum tem po, perm itin-
d o que cada m om ento fizesse o seu trabalho. Podem os sentir
u m a m udança de disposição tendo lugar. O confrontador
com bativo tom ou-se o professor que corrige:

" — O que vocês estão fazendo é errado! Vocês deviam


tem er a D eus e fazer o que é direito, em vez de d a r aos
nossos inimigos, os não-judeus, razão para caçoar de nós"
(v.9).

5. N eem ias se id e n tific o u com os pecados das auto rida-


des.

"Eu e os m eus com panheiros e os hom ens que traba-


lham para m im temos em prestado dinheiro e trigo ao povo.
E agora vam os perdoar essa dívida" (v.10).

Q u an d o querem os ajudar os que estão pecando m uito,


farem os m elhor se puderm os nos identificar com eles num a
base com um . As investigações de N eem ias tinham revelado
que sua p ró p ria fam ília estava fazendo o m esm o tipo de
coisas que o deixaram tão zangado. O texto hebraico indica
que N eem ias não só reconheceu os pecados dos m em bros de
208 O R eavivamento S atánico
su a fam ilia com o tam bém assum iu a responsabilidade pelo
que eles estavam fazendo. O processo de correção fica m ais
sólido q uando quem corrige adm ite a sua p ró p ria culpa.
N eem ias era m estre nisso (veja N eem ias 1.6,7).

6. N eem ias estab eleceu a correção necessária e term os de


re sp o n sa b ilid a d e .
"Portanto, vocês tam bém perdoem todas as dívidas
deles — dinheiro, vinho ou azeite. E devolvam agora
m esm o os seus cam pos, as suas plantações de uvas e de
oliveiras e as suas casas!" (Neem ias 5.11 — BLH).

Q u an d o existe necessidade de restituição, é bom estabe-


lecer isso claram ente, não deixando espaço p ara m al-entendi-
dos.
"A s autoridades responderam : — Está bem. Nós
vam os fazer o que você está dizendo. Vamos devolver as
propriedades e não vam os cobrar as dívidas" (v.12).

A queles hom ens ricos estavam em dificuldades. Os seus


pecados haviam sido expostos a um p ad rão disciplinar deter-
m inado. P ara crédito deles, afirm aram sua disposição de
corrigir o erro. A coisa m ais difícil p ara nós é dizer: — Sinto
m uito. Estava errado. Vou consertar as coisas. Perdoe-m e.
N eem ias ficou satisfeito com a confissão deles; m as,
conhecendo a n atu reza hum ana, ele tam bém tornou-os res-
ponsáveis pelo seu acordo verbal. Ele insistiu em que o
form alizassem com um juram ento solene perante os sacerdo-
tes. Esta não era sim plesm ente um a prom essa verbal, m as
incluía tam bém um com prom isso. Os sacerdotes, nesses
casos, representavam o tribunal de apelação. Q u an d o um a
au to rid ad e não cum pria o seu juram ento, a vítim a pod ia
p ed ir ajuda aos sacerdotes.
N eem ias lem brou, a seguir, àqueles hom ens que se não
cum prissem o acordo, D eus se incum biría de tratar com eles:
"D epois tirei a faixa que usava na cintura e a sacudi. E
disse: — E assim que D eus vai sacudir qualqu er um de vocês
que não cum prir a sua prom essa. D eus tirará dele a sua casa
Ataque à Unidade do Corpo 209
e tud o o q ue ele tem e o deixará sem nada" (v.13).

Essas são palavras pesadas. Em essência, N eem ias está


p ed in d o a D eus que apóie diretam ente a responsabilidade
pela correção.
R esponsabilidade desta n atureza oferece m otivação para
u m a v id a reta n a fam ília de Deus. Q u an d o com preendem os
q u e D eus responsabiliza cada u m de nós pela correção de
nossos erros, som os fortem ente m otivados. Esse é u m ingre-
diente notável no reavivam ento. É tam bém u m absoluto.
N en h u m crente jam ais consegue livrar-se d a culpa d e preju-
dicar seu irm ão. N o caso de as coisas não serem endireitadas,
h averá disciplina agora (veja H ebreus 1 2 .1 5 ‫ )־‬ou retificação
plena no trono do juízo de Cristo (2 C orintios 5.1-10).
Mantendo em
Funcionamento
a Unidade do Corpo

Os inim igos externos podem ser destrutivos p a ra qual-


q u er m ovim ento cristão. O grande núm ero d e m ártires que
sacrificam a sua vida pela fé, até m esm o em nossos dias,
m o stra qu e os inim igos externos são m ortais. O que porém
ro u b a d a igreja o seu p o d er espiritual é a guerra interna.
Q u an d o os crentes não estão em p az uns com os outros ou
com D eus, o Senhor retém o Seu poder. O âm ago do
reavivam ento, portanto, deve ter com o foco a correção dos
problem as internos por parte dos crentes.
N o capítulo anterior, exam inam os as providências de
N eem ias para corrigir a am eaça interna ao cham ado d e Deus
para a salvação de um a cidade. Vam os exam inar agora sete
ingredientes im portantes sugeridos p o r passagens bíblicas
p ara m an ter a u n id a d e interna do corpo funcionando adequa-
dam ente.

1. F iq u e alerta — a am eaça é constante.

"P or isso fiquem alertas. N ão desanim em e orem


sem pre pelo povo de Deus" (Efésios 6.18b).

— Precisam os voltar à igreja do N ovo Testamento!


O uvi m uito esta expressão d u ran te m eus anos de treina-
m ento pastoral. Ela sugeria que a igreja do N ovo Testam ento

-211 -
212 O Reaviv amento Satánico
sem pre fazia as coisas da m aneira correta. Q u an d o ouvia isso,
eu quase sem pre replicava: — Q ue igreja do N ovo Testam en-
to? N em todas as igrejas eram dignas de ser seguidas. A igreja
de Corinto, p o r exem plo, estava repleta de problem as inter-
nos trágicos, inclusive: um a divisão q u á d ru p la provocada
pelo orgulho carnal (1 C orintios 1.11-17; 3.1-9); um crente
vivendo com a m u lh er do pai (capítulo 5); uso de tribunais
pagãos seculares para resolver disputas entre cristãos (6.1-
11); im oralidade sexual e desarm onia no casam ento (6.12-20;
capítulo 7); com er alim entos oferecidos aos ídolos sem consi-
d erar que os outros poderíam associar essa adoração aos
espíritos m alignos (capítulo 8); bebedeiras, festas de am or
egoístas em relação à Ceia do Senhor (capítulos 10,11); confu-
são relativa aos dons espirituais, falta de am or entre o povo e
abuso deso rd en ad o do dom de línguas (capítulos 12,13,14).
Esse não é o tipo d e igreja d a qual a m aioria de nós gostaria de
fazer parte. A confusão espiritual reinante era grande.
Todavia, a confusão podia ser corrigida. Essa a razão da
carta escrita p o r Paulo. (Uma m udança notável ocorrera na
ocasião em q u e ele escreveu sua s e g u n d a e p ísto la aos
Corintios.) N o início, os problem as internos am eaçaram a
igreja constantem ente e as orações e adm oestações de Paulo
tratavam dessas necessidades internas. Os pastores, anciãos,
diáconos e crentes espiritualm ente interessados, precisam
estar continuam ente alertas. D evem os m anter u m a vigília
atenta e com espírito de oração no sentido de evitar qu alq u er
am eaça interna ao corpo. Q u an d o deixam os de fazer isso,
ficam os expostos ao desastre interno.

2. Seja doutrinário — a unidade já está estabelecida.


Em várias ocasiões, igrejas com problem as internos m e
cham aram p ara tentar ajudá-las a se unir. Isso não é fácil para
um a igreja. Q uando a ira, o ressentim ento, o ódio, a inveja e
u m a atitu d e defensiva de justiça pró p ria corrom peram o seu
interior, a cura é vagarosa. Palavras descuidadas, atos de
vingança, e escolha de lados, não dão o p o rtu n id ad e à harm o-
nia interna. É isso que está por trás d a m aioria das divisões
nas igrejas — os crentes concordam em separar-se. Q ual o
Mantendo em Funcionamento a Unidade do Corpo 213
pon to de p artid a para resolver esses problem as gerados pela
em oção?
O essencial é que os envolvidos se concentrem n u m
pon to im portante de v erd ad e d o u trin ária que eles po d em ter
negligenciado. Efésios 4.3,4 afirm a:

"Esforçando-vos diligentem ente por preservar a


u nid ade do Espírito no vínculo d a paz. Há somente um corpo
e um Espírito (ênfase acrescentada).

N ão cabe aos crentes criar a u n id a d e no corpo. Som os


cham ados para preservar o que já foi obtido pela obra reden-
tora d e Cristo e batism o do Espírito Santo. "Pois, em u m só
Espírito, todos nós fom os batizados em um corpo" (1 C orintios
12.13a). Se form os cristãos verdadeiros, já som os m em bros
uns dos outros. Já estam os unidos uns aos outros e ao Senhor
Jesus C risto que é o cabeça do Seu corpo. Este é um fato
indiscutível, já realizado pela graça.
E difícil o diar um a parte do seu pró p rio corpo físico. N ós
geralm ente tratam os com gran d e am or e cu id ad o até as partes
feridas. Só q u an d o um m em bro do nosso corpo físico fica
desesperadam ente enferm o ou prejudicado é que consenti-
m os n a sua rem oção. Q uando isso acontece, talvez venham os
a sofrer m uito por causa dessa perda.
O corpo da igreja tam bém funciona desse m odo. Q uan-
do com preendem os o valor de cada m em bro, dam os im por-
tância a todos eles. S uportam os m uita coisa. Som os pacientes
e m ostram os am or qu an d o sabem os que o outro crente é parte
de nós. Em lugar de am putação, pensam os em m edicam en-
tos e cuidado am oroso, e procuram os fazer com que o ferim ento
fique bom logo. O foco sobre a u n id a d e essencial do corpo não
ajuda som ente a cu rar igrejas doentes, m as tam bém a m anter
as igrejas saudáveis, funcionando em u n id a d e através de
atitu d es de apoio e com preensão entre os crentes.

3. S eja exem plar — a liderança é responsável.

S egundo o Dr. Bill Yeager da P rim eira Igreja Batista de


M odesto, n a Califórnia, ao falar em um Instituto de Liderança
214 O Reavivamento Satánico
d a Igreja, três ingredientes são essenciais p ara u m a igreja
saudável e crescente. Em ordem de im portância temos:
liderança, liderança, liderança. U m a v erd ad e bíblica im por-
tante é que m u ita d a responsabilidade pelo que acontece n u m
corpo local de crentes repousa sobre a liderança.
Em N eem ias 5.13, depois de relatar o confronto com os
usurários cobiçosos e as m ed id as corretivas resultantes,
N eem ias declara sua filosofia pessoal de ser um líder exem -
piar e m odelo em questões financeiras. Ele h u m ild em ente
conta qual tinha sido a sua prática d u ran te o tem po em que
fora governador. H avia rejeitado o salário que lhe era devido,
evitou a especulação com terras, forneceu alim ento a m ais de
150 au to rid ad es e entreteve e hospedou dignitários em visita.
O ponto enfatizado p o r ele é im portante p ara a liderança.
Com o líder, ele se sentia responsável perante o povo e perante
Deus.
A liderança de N eem ias superou a integ rid ad e financei-
ra. Ele estabeleceu u m exem plo de oração freqüente e fervo-
rosa; sua fé se expunha de m aneira m agnífica; sua coragem
não desanim ava; e su a capacidade de indignação m oral
transbordava em ação corretiva. Ele confrontou até as auto-
rid ad es m ais influentes de boa vontade. A justiça social e a
com paixão pelos oprim idos eram a sua m arca registrada, e
sua obra era feita para a aprovação de D eus e não dos hom ens.
N ão existe substituto para a liderança espiritual exem -
piar. N ecessitam os de m ais líderes com o N eem ias, que
tenham um estilo de vida acim a de qualq uer reproche e que
desafiem o seu povo à excelência espiritual e m oral.

"O bedeçam aos seus líderes e sigam as suas ordens,


pois eles cuidam sem pre das necessidades espirituais de
vocês, sabendo que vão prestar contas disso a Deus. Se
vocês obedecerem , eles farão o trabalho com alegria; porque
se fizerem o trabalho com tristeza, isso não ajudará vocês em
nada. C ontinuem a orar por nós. Tem os certeza de que a
nossa consciência está lim pa, pois sem pre querem os fazer o
que é certo" (H ebreus 13.17,18).

N en h u m líder é perfeito, m as ele p ode ter o c u id ad o de


tentar p ro g red ir na direção d a liderança exem plar. Os líderes
Mantendo em Funcionamento a Unidade do Corpo 215
precisam ser u m a parte d a solução que busca a cura em vez
de contribuir para o problem a. Os líderes devem ser tam bém
exem plares em sua disposição p a ra dizer: "Sinto m uito.
E stava errado. Você m e perdoa?" Lem bro-m e de u m a
ocasião em que o Senhor m e cham ou p a ra prestar contas de
u m ressentim ento inconsciente em m eu coração. U m de
nossos excelentes diáconos fizera u m com entário em um a
reunião do diaconato que m e ofendeu. Em lu g a r de ir falar
com ele, sim plesm ente enterrei o fato. Eu nem sequer tinha
consciência do ressentim ento, tratando-o com a am abilidade
de sem pre.
V árias sem anas se passaram . Certo dia, eu estava fazen-
d o u m inventário espiritual em oração diante d o Senhor. Ele
m e lem brou com o eu ficara ofendido com o com entário
daquele diácono. Tentei pôr a idéia de lado, m as o Senhor não
m e p erm itiu evitar a responsabilidade. M inha consciência me
culpou por várias horas. Finalm ente, telefonei ao diácono e
m arquei u m encontro com ele. Q u an d o nos encontram os
contei, com palavras cuidadosam ente escolhidas e sem qual-
q u e r acusação contra ele, com o eu ficara ofendido e com o
pecara p o r não ter ido falar com ele com o M ateus 18.15
adverte. Pedi que m e perdoasse. Em bora não tivesse perce-
bido m eus sentim entos por causa do seu com entário, seus
olhos se encheram de lágrim as. Ele pediu-m e que tam bém o
perdoasse p o r ter falado com precipitação. O am or fluiu entre
nós com nova p ro fu n d id ad e e ap ren d í que ser um líder
exem plar im plica, às vezes, na adm issão penosa de um a falta.
M as vale a pena.

4. Seja protetor — o inimigo está agindo.


S em pre que explode um conflito em um corpo d e crentes
ou m esm o entre dois crentes individuais, você p ode estar
certo de que o reino de Satanás está envolvido. U m a de suas
principais funções é acusar e achar falhas. Ele está sem pre
tentando fazer com que tenham os pensam entos acusadores,
negativos, sobre outros cristãos. Suas ações são descritas com
exatidão em A pocalipse 12.10,11:
216 O RFAVIVAMENTOSATÂNICO
"A gora chegou a salvação de Deus! A gora D eus
m ostrou o seu poder como rei! A gora o Messias que ele
escolheu m ostrou a sua autoridade! P orque o acusador dos
nossos irmãos, que estava diante de D eus para acusá-los dia
e noite, foi jogado fora do céu. Os nossos irm ãos o derrota-
ram por m eio do sangue do C ordeiro e da verdad e que
anunciaram . Eles estavam prontos para d ar a sua vida e
m orrer."

G álatas 5 .1 9 2 1 ‫ ־‬to rn a m u ito claro q u e g ra n d e s p ro b le m a s


e c o n te n d a s e n tre os cren tes p o d e m se r p ro v o c a d o s p ela
n o ssa n a tu re z a carn al. T o d av ia, n e n h u m p e c a d o no s coloca
ao la d o d a o b ra d e S atan ás m ais ra p id a m e n te d o q u e p e rm itir
q u e p a la v ra s e p e n sa m e n to s n e g a tiv o s e a c u sa d o re s so b re
o u tro s n o s d o m in e m . Isso a b re as p o rta s ao s e sp írito s acu sa-
d o re s d a s trev as, e o p o d e r d o so b re n a tu ra lism o m alig n o
p a ssa a g o v e rn a r essa p a rte d a n o ssa v id a. Q u e m q u e r q u e
te n h a p a rtic ip a d o d e u m a b rig a d a igreja co n h ece a m a ld a d e
sa tâ n ica e m tu d o q u e acontece. O rein o d e S a tan á s e n tra
ra p id a m e n te e su p e rin te n d e o d e sa stre crescente.
O q u e os c re n tes p o d e m fazer p a ra lu ta r c o n tra este
p ro b le m a? A p rá tic a d a g u e rra e sp iritu a l bíblica p o d e m u d a r
a situ ação . O u so fiel d a s n o ssas a rm a s d e g u e rra é vital.
S u p o n h a m o s q u e p erc e b a u m clim a h o stil cresc e n d o
e n tre você e o u tro cristão, sem raz ã o a p a re n te . E sta é u m a
o ração d e g u e rra q u e você p o d e fazer, silen cio sam en te, em
p e n sa m e n to , m esm o e n q u a n to c o n tin u a c o n v e rsa n d o :

N o nom e do Senhor Jesus Cristo e pelo p o d er do Seu


sangue, derrubo todos os relacionam entos difíceis entre
______e m im que Satanás e o seu reino estão procurando
construir. Só aceitarei relacionam entos e n tr e ____e m im
que sejam d a autoria do Espírito Santo e estejam d entro da
vontade de Deus.

E ssa p e q u e n a o ração d e resistên cia é u m in s tru m e n to


p o d e ro s o p a ra u so re g u la r em to d a s as relações n e g ativ as.
V ocê p o d e a m p lia r a esfera d a oração, a p lic a n d o -a a relacio-
n a m e n to s difíceis e n tre o u tro s in d iv íd u o s o u g ru p o s, d e ste
m odo:
N o nom e do Senhor Jesus Cristo e pelo po der do Seu
sangue, confronto todos os poderes das trevas que estão
Mantendo em Funcionamento a Unidade do Corpo 217
tentando prom over acusações e atitudes negativas en tre os
crentes da nossa igreja. Revisto-me de plena auto ridad e
sobre eles e, no nom e do Senhor Jesus Cristo, eu os am arro
até que fiquem inativos, e ordeno que saiam da nossa
presença e vão para onde o Senhor Jesus Cristo os enviar.
Convido o Senhor Jesus Cristo e o Espírito Santo a operarem
soberanam ente, a fim d e criarem relacionam entos entre nós
todos que estejam dentro da vontade e do plano am oroso de
Deus.

O uso persistente desse tipo de oração é notavelm ente


eficaz. Já testem unhei várias inversões de problem as divisivos
p o r m eio dessas orações. Esta prática concorda com nossa
responsabilidade autorizada de resistir ao dem ônio, firm es
na fé, forçando-o a interrom per sua obra perversa e fugir.

5. P erdoe — a culpa está inclu íd a.

Tocam os neste ponto antes, ao n otar que N eem ias se


identificou pessoalm ente com os usurários que censurava.
Ele incluiu a si m esm o e aceitou a responsabilidade pelos de
su a p ró p ria casa q u e estavam ag in d o d o m esm o m o d o
(N eem ias 5.10). Jam ais estam os em m aior perigo espiritual
do que qu an d o vem os apenas os pecados dos outros e não os
nossos. P ara poderm os ter um coração que perd o a é necessá-
rio conhecerm os bem a nossa capacidade de pecar.
Esta v erd ad e é revelada na parábola que Jesus contou em
M ateus 18.21-35 sobre o servo incom passivo. P edro pergun-
tara q uantas vezes ele deveria p erd o ar a seu irm ão. Em sua
opinião, sete vezes talvez fosse o n úm ero perfeito. O Senhor
Jesus o estendeu quase até o infinito qu an d o respondeu que
setenta vezes sete seria um núm ero m ais ap ro p riad o (v.22).
Jesus contou, então, a história de um servo que devia a seu
senhor o equivalente a vários m ilhares d e dólares. Q u an d o
cham ado p ara pagar, o servo pediu m isericórdia. Lemos,
então, u m exem plo m aravilhoso e conciso do perd ão que
recebem os na salvação: "O patrão teve pena dele, p erd o o u a
sua dív id a e o deixou ir em bora" (v.27). Q u an d o D eus
m isericordiosam ente nos perdoou p o r causa de Jesus, Ele
cancelou a nossa enorm e dívida de pecado e nos deixou ir
em bora, livres e totalm ente purificados d a culpa.
218 O REAVIVAMENTOSATÁNICO
Este serv o p e rd o a d o , n o e n ta n to , n ã o d e u a q u ilo q u e
ac ab a ra d e receber. U m h o m e m q u e lh e d e v ia u m a p e q u e n a
q u a n tia em c o m p a raç ã o co m a d ív id a dele, ta m b é m p e d iu
m isericó rd ia. E m v e z d e p erd o á-lo , o se rv o p e rd o a d o jo g o u
o h o m em n a p risão.
E isso q u e nós, cristãos, fazem o s q u a n d o d e ix a m o s d e
p e rd o a r aq u e le s q u e p e c am c o n tra nós. A s su a s o fen sas são
se m p re p e q u e n a s q u a n d o c o m p a ra d a s à in fin id a d e d e peca-
d o s q u e D eu s p e rd o o u e rem o v e u d e nós. O S e n h o r Jesus n o s
e n sin o u a orar: " P e rd o a i as n o ssas d ív id a s co m o p e rd o a m o s
aos n o sso s d e v e d o re s". O s q u e recebem u m a g ra n d e p arcela
d e p e rd ã o têm a re sp o n s a b ilid a d e d e p e rd o a r tam b é m m u ito .
A falh a e m a g ir d e sse m o d o se m p re significa desastre.
A p a rá b o la c o n tin u a e x p lic an d o co m o o se n h o r tra to u o
se rv o in co m p assiv o : " O p a trã o ficou co m m u ita ra iv a e
m a n d o u o e m p re g a d o p a ra a cad eia, a fim d e se r c a stig a d o até
p a g a r to d a a d ív id a " (v.34 — BLH).
O s carcereiro s são p ro v a v e lm e n te to rtu ra d o re s d e m o n í-
acos, e n v ia d o s p a ra c a stig ar o servo. T u d o o q u e ele tin h a a
faz e r n e sse p o n to e ra c u ltiv a r u m coração c o m p a ssiv o — o seu
d é b ito a n te rio r fo ra to ta lm e n te cancelado.
V em o s co m o isto se ap lica d ra m a tic a m e n te a nó s p ela
d eclaração se g u in te d e Jesus: "E assim q u e o m e u P ai q u e está
no céu fará co m v ocês se ca d a u m n ã o p e rd o a r s in c e ram e n te
o se u irm ã o " (M ateu s 18.35). E stou p e sso a lm e n te co n v e n cid o
d e q u e os cren tes n u n c a a b re m tan to a su a v id a , n u m a espécie
d e c o n v ite à aflição d em o n íaca, d o q u e q u a n d o se se rv e m d e
a titu d e s e a to s a c u sa d o re s, n eg ativ o s, in co m p assiv o s, em se u
tra to co m o u tro s.
P e rd o a r n ã o é o m esm o q u e tra n sig ir co m o pecad o .
N e e m ia s foi se v ero e m s u a cen su ra, e m b o ra se id en tificasse
co m o p e c a d o deles, m as tra n sm itiu a m e n sa g e m d e q u e a
co rreção e ra o se u p ro p ó sito . M a n te r e e x p re ssa r essa a titu d e
é essen cial p a ra q u e u m a igreja fu n cio n e em união.

6. S eja p a c ie n te — é s e m p re p o s s ív e l a ju s ta r o te m p o .

E m e lh o r e rra r d o la d o d a p aciên cia e to le rân c ia d o q u e


p rec ip ita r-se a ju lg a r, ferin d o o u tro s com a n o ssa c e n su ra
Mantendo em Funcionamento a Unidade do Corpo 219
im petuosa. Essa é a tônica das Escrituras. D eus trata Seu
povo com paciência. Ele é longánim o e Se dispõe a esperar.
Isso faz parte d a força d a Sua graça. A paciência não é um
sinal de fraqueza.
N eem ias tratou rapidam ente das ofensas dos agiotas,
p o rq u e a situação era urgente. A lgum as vezes os crentes
precisam agir com rapidez. O pecado m oral rebelde citado em
1 C orintios 5 foi tam bém um a dessas ocasiões.
O u tra prática que exige correção im ediata é a dou trin a
falsa. C ontudo, m esm o nesses casos, é preciso paciência e
com preensão. A titudes severas dem ais ou vingativas contra
outros crentes estão fora de questão. O propósito deve ser
sem pre corrigir e curar.
A abordagem corretiva e am orosa de N eem ias p ro d u ziu
resultado s espirituais de longo alcance entre o povo. N ão só
o problem a do em préstim o foi corrigido, com o tam bém o
povo tratou de vários outros problem as espirituais. N eem ias
10.29-39 descreve essas m edidas: os casam entos com pessoas
das fam ílias pagãs cessaram (v.30); as violações do sábado
foram corrigidas (v.31); o cancelam ento de dívidas após sete
anos foi restabelecido (v.31b); a responsabilidade pelo paga-
m ento ad eq u ad o do dízim o foi assum ida (vv.32,35-39); o
sistem a sacrificial foi restabelecido (vv.32-34); houve renova-
ção do respeito aos sacerdotes (vv.34,38,39); e su rg iu um a
ênfase inteiram ente nova sobre a adoração e o am or a D eus
(vv.37-39).
A atitu d e paciente, disciplinadora e am orosa d e N eem ias
influiu m uito para levar o povo a este reavivam ento. Esta é
u m a descrição da graça em ação no A ntigo Testam ento: A
graça jam ais im plica em perm issão para o pecado; graça é
confronto em am or, expressa em paciência; graça é fé que
p erm ite que D eus soberanam ente provoque m udanças de
coração que outros possam necessitar.

7. M ostre am or — o o fen so r é sem p re in d ig n o .

O am or agape am a os que não querem nem m erecem


am or. Foi assim que D eus am ou os pecadores perd id o s com o
nós:
220 O Rf.avivamento Satánico
"M as D eus nos m ostrou o quanto nos ama: quando
ainda éram os pecadores, Cristo m orreu por nós" (Romanos
5.8 - BLH).
"Porque, quando éram os fracos para fazer o bem,
Cristo m orreu por nós, os m aus, no tem po escolhido por
Deus" (Romanos 5.6 — BLH).

O am or de Deus perm anece sendo o conceito teológico


m ais surpreendente de todos. As m entes filosóficas m ais
aguçadas tateiam em busca d a com preensão de seu lim ite e
poder. O am or de D eus se estendeu a u m hom em que
perseguiu C risto e tom ou parte no assassinato bru tal de
Estêvão. Esse am or rem iu Paulo de Tarso, transform ou-o e
usou-o com o u m dos m aiores defensores d a fé na história.
A capacidade do am or de D eus para salvar e m u d a r um
pecador indigno parece incom ensurável. A única coisa que
p ode an u lar esse p o d er é a incredulidade persistente. Este
fato foi dram aticam ente ilustrado pela experiencia de Ted
Bundy, executado em janeiro de 1989, na Florida. Bundy,
segundo a m aioria das notícias a seu respeito, foi u m dos m ais
diabólicos assassinos em m assa d a história. Pouco antes d a
su a execução, Bundy solicitou um a entrevista com o Dr.
Jam es Dobson.
N o n úm ero de abril de 1989 d a revista Foco na Família
("Focus on the Fam ily"), Rolf Z ettersten escreve:

Com o cristãos, erem os que o am or e a graça de D eus


são suficientes p ara rem ir todo pecador. Mas, o Senhor
perdoaria um assassino?
D e um a perspectiva teológica, a resposta é um "Sim"
indiscutível. Todos estam os fam iliarizados com relatos
bíblicos de pessoas, com o o apóstolo Paulo e o ladrão na
cruz, que foram salvas apesar do seu passado d e crimes.
D a perspectiva hum ana, porém , é difícil para nós
com preender com o D eus podería perd oar um crim inoso
com o Ted Bundy. Ele não m atou um a só vez, m as pelo
m enos 28 vezes. Entre suas vítim as estavam m ocinhas
jovens e inocentes que suportaram torturas indescritíveis
antes que ele lhes tirasse a vida a sangue frio.
Esse hom em foi, sem d ú v id a algum a, u m dos crim ino-
sos m ais depravados, perversos e violentos de nossos dias.
Desse m odo, podem os com preender com o algum as
pessoas talvez façam um a pausa antes d e reconhecer q u e até
Mantendo em Funcionamento a Unidade do Corpo 221
u m Ted Bundy teria condições de reconciliar-se com Jesus
Cristo, arrependendo-se dos seus pecados. Para os que o
conheceram em seus últim os anos, a vida d e Ted Bundy
m u d o u dram aticam ente com a su a confissão de fé. Segundo
John Tanner, que levou Bundy ao Senhor e o discipulou
d u ran te 200 horas d e contato pessoal no decorrer de vários
anos, a conversão de Bundy foi sincera.1

Z ettersten enfatizou perfeitam ente o prodígio d o am or


d e D eus que p ode salvar o m ais vil dos pecadores. O seu
p o d e r nos deixa sem fôlego. Este m esm o am or de D eus
invade a v id a do crente: "D eus tem d erram ad o o seu am or nos
nossos corações, p o r m eio do Espírito Santo, que ele nos deu"
(Rom anos 5.5b — BLH).
Este am or pode tam bém m anter os crentes unidos, ex-
p ressando a u n id a d e que D eus criou neles. P edro nos deixa
com u m a bênção de responsabilidade:

"O fim de todas as coisas está perto. Vocês devem ser


p rud en tes e estar alertas para p o d er orar. Acima de tudo,
am em sinceram ente uns aos outros, pois o am or perdoa
m uitos pecados. Sejam hospitaleiros, sem reclamar. Sejam
bons adm inistradores dos diferentes dons que receberam de
Deus. Q ue cada um use o seu próprio dom para o bem dos
outros. Q uem anuncia, anuncie a palavra de Deus; quem
serve, sirva com a força que D eus dá. Façam assim para
que em tu d o D eus seja louvado p o r m eio de Jesus Cristo, a
quem pertencem a glória e o p od er para sempre! A m ém (1
Pedro 4.7-11).

N ão é Satanás, o sistem a m undial, os últim os dias ou a


relutância de D eus que im pede o reavivam ento. Da perspec-
tiva de D eus continua sendo o "M eu povo, cham ado pelo
M eu nom e" que constitui o fator decisivo para a nossa terra.
O s crentes irão responder pessoalm ente pelo que fizerem com
esse fato diante do trono do juízo de Cristo.

O R A Ç Ã O DE REA V IVA M EN TO M O D EL O 6
TEM A: U N ID A D E N O C O R PO

Pai am ado e Pai do Senhor Jesus Cristo, eu Te ad o ro na


222 O Reavivamento Satánico
m aravilha d a T ua u n id a d e trina. Procuro en ten d er o m istério
d e com o três pessoas separadas perm anecem um só D eus. Eu
Te louvo p o r essa v erd ad e e m e inclino dian te d e Ti no
prodígio dessa revelação de Ti m esm o. Pela fé, eu Te peço que
aum entes m in h a capacidade de apreciar e co m preender a Tua
unicidade trina e que possa com partilhar com outros novas
percepções.
T am bém adoro e louvo a Ti, Senhor Jesus Cristo, pelo
propósito d a Tua obra acabada que m e une a Ti. Coloco o Teu
nom e poderoso sobre a m inha v id a pessoal, Senhor Jesus
C risto, sobre o m eu trabalho e sobre todo o corpo d e C risto
p ara benefício, proteção e tu d o que tendes p ara nós.
E u m e a le g ro p o r q u e a T u a s a lv a ç ã o m e u n iu
inseparavelm ente não apenas Contigo, m as tam bém com
todos os ou tros crentes. O brigado, bendito Espírito Santo,
pela T ua gran d e obra de batizar-m e neste corpo de Cristo.
A legro-m e p o r fazer parte de tal com unhão perfeita. O briga-
do, Senhor Jesus Cristo, p o r continuar Tua obra poderosa de
p rep arar o Teu corpo para apresentá-lo a Ti m esm o com o um a
igreja radiante, sem m ancha, nem ruga ou q ualquer defeito.
O brigado po rq u e este corpo será santo e inculpável no m isté-
rio de T ua obra consum ada. G lorio-m e na m aravilha de tal
verdade.
Coloco-m e em situação de arrependim ento e confissão
diante de Ti, p ara reconhecer quantas vezes violei pessoal-
m ente a u n id a d e essencial do corpo. Purifica-m e de m inha
perv ersid ad e p o r não h o n rar cada parte do corpo com o Tu
fazes. T am bém confesso os pecados de m inha fam ília e dos
m em bros d a igreja p o r não m anifestarem a u n id a d e d o corpo
que Tu criaste. Confesso a divisão que existe em T ua igreja
visível com o um a violação d o Teu plano santo. Eu Te ad o ro
e Te louvo, Pai Celestial am ado, pela T ua capacidade sobera-
n a de u sar até a nossa divisão p ara glorificar o Teu nom e e
term inar a Tua obra.
Todavia, desejo e oro que os que nasceram de novo se
reú n am em um m ovim ento conjunto para o despertam ento.
Tem os sido tão terrivelm ente feridos por essas coisas que nos
dividem . N ossa capacidade de operar m udança em nosso
m u n d o foi red u zid a a u m frágil chiado. Em em baraço hum il-
Mantendo em Funcionamento a Unidade do Corpo 223
de, arrependo -m e deste fato e peço que o Teu Santo Espírito
se m ova sobre o Teu corpo para o p erar a m udança. A juda-nos
a nos reunirm os sob a u n id a d e d o controle do Espírito Santo.
Q ue a Sua u n id a d e de intercessão ag u ard e dian te do trono d a
graça do céu no coração de m ilhões de crentes que p ed em a
D eus pelo reavivam ento revolucionário.
O brigado, Senhor Jesus Cristo, p o r planejar a u n id a d e
em lugar d a uniform idade. A d iversidade do Teu corpo faz
parte d a su a beleza e apelo funcional aos perdidos. Ela
acrescenta à Tua glória. A bençoa a Tua igreja em su a am pla
d iv ersid ad e de expressão em p adrões de adoração e cânticos
de louvor. A juda-nos a am ar uns aos outros em nossa
diversidade.
A juda-m e a não condenar m eu irm ão em C risto por
aquilo que ele não é. C oncede-m e a sabedoria necessária p ara
en ten d er e a capacidade para apreciá-lo pelo que é. A cim a de
tu d o , ajuda-m e a am ar cada parte do corpo. Q ue esse am or
possa expressar-se em paciência e na capacidade de do m in ar
m eus pensam entos q u an d o vejo falhas em o utro m em bro do
Teu corpo. P erdoa-m e pelo vício de consolar-m e pelas mi-
nhas faltas q u an d o vejo o pecado de outros.
Pai Celestial bendito, reconheço que Satanás e seu reino
são incansáveis em seus esforços para m an ter os crentes
div id id o s entre si. C om o acusador dos cristãos, ele continua-
m ente coloca suspeitas no coração dos crentes. N o nom e do
Senhor Jesus Cristo, d errubo essa obra das trevas e am arro
nosso inim igo para que não tenha êxito. Peço ao Espírito
Santo que su b stitu a todas as obras divisivas com a u n id a d e do
Espírito o p eran d o ativam ente nos crentes.
O h, D eus Santo, só a Tua soberania pode m over o Teu
corpo a u m a ação unida. Q ue o Teu Espírito Santo paire sobre
a T ua igreja e faça com que ela clam e u n id a pelo reavivam ento.
A g u ard o dian te de Ti por isto. Só Tu podes operar de m aneira
que o m u n d o se su rp reen d a e o Teu nom e seja glorificado.
L evanta líderes hum anos em quem possas confiar p a ra que
não toquem a glória que pertence só a Ti. A firm o novam ente
que aquilo que realizaste através d a obra co nsum ada do
Senhor Jesus Cristo é suficiente para fazer m ais do que aquilo
que peço. N o nom e precioso de Jesus. A m ém .
A O b ra da
P a la v r a

"Pois a m ensagem de D eus é viva e poderosa e corta


m ais do que qualquer espada afiada dos dois lados. Ela vai
até o lugar m ais fundo da alm a e do espírito, vai até o íntim o
de cada pessoa e julga os desejos e pensam entos dos
corações hum anos.
N ão há nada que se possa esconder de Deus. Em toda
a criação, tudo está descoberto e aberto diante dos seus
olhos, e é a ele que todos nós prestarem os contas" (Hebreus
4.12,13 — BLH).

A J u s tiç a R á p id a É P o ssív e l

Q u a n d o m in h a m u lh e r e c u n h a d a c h e g a ra m d o alm oço,
elas v ira m u m c a m in h ão p u x a n d o o trailer d e m e u irm ã o com
se u s sn o w m o b ile s (eq u ip a m e n to p a ra a n d a r n a neve). E sta-
v a m se n d o ro u b ad o s! O ch o q u e as d e ix o u n e rv o sa s, m as
m e sm o a ssim se g u ira m o la d rã o p a ra to m a r n o ta d a p laca d o
carro. N ã o h a v ia p lac a n a tra se ira d o veícu lo e elas, en tão ,
u ltra p a s s a ra m -n o p a ra v e r a c h a p a d a frente. O m o to rista a
p re n d e ra n o p á ra -b risa d o carro. Q u a n d o p e rc e b e u a in ten ção
delas, ele a esco n d e u ra p id a m e n te e, v ira n d o u m a ru a lateral,
c o n s e g u iu fug ir.
U m d o s policiais q u e faziam a in v estig ação disse: — O s
sn o w m o b ile s são m u ito caros. O q u e e sta v a m fa z e n d o n a
e n tra d a d a su a casa?
— E u os tirei d o d e p ó sito e levei p a ra casa, p a ra u sá-lo s

-225 -
226 O Reavivamento Satánico
nas m ontanhas, — explicou m eu irm ão.
O policial respondeu: — Olhe, vam os fazer todo o possí-
vel, m as acho que não vai p ô r m ais os olhos nos seus
snowmobiles. Esses sujeitos sabem trab alh ar e, no geral,
cobrem suas pistas p ara não serem agarrados. Vai ser um
caso difícil n u m a cidade com o D enver.
M eu irm ão e a m u lh er aceitaram a p erd a com graça
cristã, m as eu m e senti m uito indignado. Em m eu estu d o para
escrever este livro, gastara bastante tem po exam inando a
decadência acelerada d a m oral em nossa cultura. Esta evidên-
cia de prim eira m ão de um com portam ento arrogante, ilegal,
causou-m e p ro fu n d a ira. O rei com justa indignação: "Pai
C elestial A m ado, coloque o Teu d edo santo sobre o ladrão.
Em nom e do Senhor Jesus Cristo peço que Tu faças com que
ele preste rap id am en te contas de seu terrível pecado contra
Ti. Faze com que fique confuso e com eta erros tolos que o
exponham e revertam sua fuga aparente." Repeti várias vezes
esta oração e os outros m em bros d a fam ília oraram tam bém .
Ao vo ltar d a biblioteca do Sem inário D enver, no sábado
seguinte, à tarde, fiquei espantado ao ver os snowmobiles na
en tra d a de casa. M al podia esperar para ou v ir a história. O
hom em ten tara vendê-los a um preço ridiculam ente baixo
n u m a feira de objetos usados. Surgiram suspeitas, os com pu-
tadores d a polícia foram verificados, e o ladrão — agora em
dificuldades — teve de prestar contas. Todos louvam os o
nosso D eus pela rapidez da Sua justiça.

Prestação de C ontas a D eus

Esse incidente m e faz lem brar de que toda pessoa tem de


prestar contas a um D eus santo, e Ele poderia, com a m esm a
rapidez, fazer com que qualquer de nós enfrentasse essa
responsabilidade através d a Sua Palavra, recebendo a Sua
justiça rápida e certa. Todavia, a Sua m isericórdia e g rande
am or adiam o nosso julgam ento:
"A s m isericórdias do Senhor são a causa de não
serm os consum idos porque as suas m isericórdias não têm
fim " (Lamentações 3.22).
A Obra da Palavra 227
O desejo do reavivam ento revolucionário surge nas pes-
soas que tom am consciência d a sua responsabilidade perante
D eus. Tal percepção quebranta os corações com relação ao
pecado pessoal, e o arrependim ento se segue rapidam ente. A
com unhão íntim a com D eus é restaurada; a alegria desse
novo relacionam ento transborda e o processo do reavivam ento
é iniciado. Ocorre, então, o testem unho aos perd id o s m edian-
te o p o d er de Deus. Q uando as pessoas são convertidas a
Cristo, toda a cultura com eça a m udar. Os pecadores são
transform ados e passam a fazer parte d o povo de D eus que
deseja viver em santidade.

O Efeito d a P alavra de D eus

A presença do reavivam ento com eça verd ad eiram en te


q u an d o a P alavra de D eus penetra os corações e se torna
intensam ente pessoal para cada crente. Q u an d o isso aconte-
ce, o reavivam ento está a cam inho.
Pessoas boas e até cristãs p odem facilm ente a d o tar um
estilo de vida pecam inoso. O pecado entra tão de m ansinho
que deixam os de sentir a sua presença. As pessoas o escon-
dem d e seus próprios olhos e dos olhos de outros. Os tratos
de D eus com esses pecados não são reconhecidos, ou são
justificados com pensam entos egoístas como: "Ele vai m e
perdoar."; ou "Ele com preende as m inhas fraquezas."; ou
"Ele sabe o qu e tenho de agüentar."
D avi oferece um exem plo bíblico de com o pessoas boas
podem tornar-se perversas e pecadoras sem aparentem ente
perceber a situação. Davi procurou justificar um a série de
pecados enquanto se encam inhava g rad u alm en te p ara o
adultério e o assassinato. Ele conhecia a Palavra de Deus, m as
o plano de D eus para que o hom em se m antivesse m oralm en-
te p u ro e tivesse um a só esposa escapava ao seu entendim en-
to. M uitas m ulheres e concubinas eram um "direito" dos reis.
A obstinação tom ou conta de seu íntim o e a n u v io u seu
discernim ento espiritual.
Ele com prom eteu sua lealdade com seus guerreiros. O
fato de Bate-Seba ser filha de um dos "valentes" d e D avi e
m u lh er de o u tro não o deteve em sua luxúria. Ao d ar
228 O REAVIVAMENTO SATÁNICO
expressão desenfreada ao seu desejo sexual, ele pôs de lado
sua integridade, su a id e n tid ad e com seus hom ens e sua
confiança sag rad a em Deus. A qu ed a de D avi foi um a
seqüência de fraquezas que procurou justificar, estando cego
dem ais para com preender a sua posição.
A experiência de D avi ilustra a sutileza d a obra de
Satanás. Ela tam bém dem onstra com o nós, crentes, m ostra-
m os nossa n ecessidade do reavivam ento revolucionário.
Q u an d o nós ignoram os os nossos pecados, falta-nos a m oti-
vação p ara aplicar corretivos. O com portam ento espiritual
d u v id o so torna-se tão aceito que os cam inhos santos de D eus
são esquecidos. Q u an d o tais condições prevalecem n u m a
cultura, os pastores e líderes cristãos deixam de falar com
convicção dos tem as pecam inosos d a época. A sensibilidade
espiritual das pessoas se em bota tanto que elas não conse-
guem reconhecer o óbvio. Precisam os ser advertidos de que,
com o aconteceu com D avi que era "u m hom em seg u n d o o
coração de D eus", isso pode acontecer tam bém conosco.
D eus eventualm ente obrigou Davi a prestar contas, e o
m odo com o isso foi feito tem u m significado im portante.
D eus enviou N atã, u m profeta hum ilde para falar com Davi.
A través de N atã, Davi ouviu D eus dizer: — Tu és o hom em
(2 Sam uel 12.7).
O reavivam ento com eça q u an d o os crentes ouvem a
P alavra de D eus falando aos seus corações: "Tu és o hom em !"
É isto que o Senhor D eus diz. E a sua falta de oração, sua
carnalidade, sua indiferença, sua am argura, sua d u re z a de
coração, sua infidelidade! Q uando o d espertam ento se apro-
xima, a P alavra d e D eus com eça a falar pessoalm ente a cada
indivíduo. "Tu és o hom em !" — essas palavras com eçam a
ecoar no coração de cada crente.
D epois d e o uvir a Palavra de D eus d ita através de N atã,
D avi teve o seu próprio reavivam ento pessoal. Em bora o seu
arrep en d im en to não pudesse p o u p ar a vida do seu filho
recém -nascido, ele reavivou e restaurou o an d a r de D avi com
Deus. A p ro fu n d id ad e d a adoração de Davi está registrada
no Salm o 51, que foi provavelm ente escrito pouco depois da
P alavra de D eus através de N atã ter afetado pro fu n d am en te
o rei.
A Obra da Palavra 229
A P alavra de D eus e o R eavivam ento

A pós os m uros terem sido reconstruídos sob a direção de


N eem ias, u m a coisa m aravilhosa aconteceu em Jerusalém .
C om o resultado direto d a leitura d a Palavra de D eus, o
reavivam ento veio sobre o povo. A liderança in sp irad o ra de
N eem ias e o m inistério de ensino de Esdras (veja Esdras 7.10)
criaram um apetite pela Palavra de D eus no coração do povo.
Todos queriam ouvir o que D eus esperava deles. C hegaram
aos m ilhares e se reuniram no pátio diante d a P orta das
A guas. "A ssim de hom ens com o de m ulheres e de todos os
que eram capazes de entender o que ouviam " (N eem ias 8.2),
descreve a abrangência d a m ultidão — todos m enos as crian-
ças pequenas.
D eve ter sido u m m om ento dram ático. P ara facilitar que
vissem e ouvissem , Esdras e outras auto rid ad es ficaram sobre
u m a plataform a elevada. Com os rolos d a Tora nas m ãos,
Esdras com eçou a louvar e a ad o rar a Deus. O povo se juntou,
elevando as m ãos p ara o céu e se pro stran d o em adoração.
"A m ém ! Am ém !" gritaram . N ão sabem os o que E sdras leu,
apenas que a leitura prosseguiu desde a alvorada até o meio
dia (v.3). Leituras longas de Gênesis, Êxodo e D euteronôm io
d evem ter sido feitas. E nquanto os levitas, N eem ias e outros
explicavam a P alavra de D eus, as respostas do povo se
to rn aram um a parte vital do acontecim ento.
Silenciosa e intensam ente, o arrependim ento pelo peca-
do su rg iu de m ansinho e se instalou no coração de todos os
que estavam reunidos.
"P o rq u e todo o povo chorava, ouvindo as palavras da
lei" (v. 9b). Os efeitos foram m ais profundos do que sim ples
sentim entos. As lágrim as do povo expressavam um arrepen-
d im e n to q u e p r o d u z iu tra n s f o r m a ç ã o d e v id a , e o
reavivam ento revolucionário com eçou a m over-se através da
cultura. A Palavra de D eus perm aneceu o foco de tudo que
estava acontecendo — pelo m enos seis horas de cada dia eram
dedicadas à sua leitura. O quebrantam ento, as lágrim as e o
arrep en d im en to m overam as pessoas a tais níveis em ocionais
q u e N eem ias e os levitas foram obrigados a acalm á-las e
encorajá-las a se rejubilarem (vv.9-11). As lágrim as de arre-
230 O REAVIVAMENTO SATÁNICO
p endim ento resultaram afinal em fontes de alegria interior.
Foi nesse cenário de reavivam ento que N eem ias pronunciou
estas palavras im ortais: "A alegria do Senhor é a vossa força"
(v.lOb).
O prim eiro estágio d u ro u sete dias. Os israelitas acam -
param juntos, vivendo em barracas e tendas, e ob servando
suas festas espirituais. À m edida que o reavivam ento am adu-
receu, a alegria do povo m anifestou um a consistência estável.
"E houve m ui gran d e alegria" (N eem ias 8.17b). É isso que o
reavivam ento espiritual revolucionário provoca em todos
que são tocados por ele.
O reavivam ento não term inou depois dessa prim eira
sem ana. N o dia 24 daquele mês, ou tra assem bléia teve lugar.
O reavivam ento se espalhou. Ao ouvir falar d a renovação
espiritual, m ais pessoas queriam participar da experiência do
que D eus estava fazendo. A consciência do pecado m otivou
novam ente um a transform ação de vida:

"N o dia vinte e quatro deste mês se ajuntaram os filhos


d e Israel com jejum e pano de saco, e traziam terra sobre si.
Os d a linhagem de Israel se apartaram de todos os estra-
nhos, puseram -se em pé, e fizeram confissão dos seus
pecados e das iniqüidades de seus pais. Levantando-se no
seu lugar, leram no livro da lei do Senhor seu D eus um a
q uarta parte do dia; em outra q uarta parte dele fizeram
confissão, e clam aram em alta voz ao Senhor seu Deus"
(Neem ias 9.1-3).

O form ato do reavivam ento em N eem ias ilustra o equi-


líbrio entre a instrução e a expressão. Seis horas dedicadas à
leitura e exortação da P alavra de D eus foram seguidas d e seis
horas de testem unho, confissão e louvor. O povo m anifestava
a sua alegria através da m úsica, salm os cantados e ou tras
expressões d e adoração. O resto de cada dia era para d o rm ir
e tem po com a família. Esses são os ingredientes com uns à
m aioria dos reavivam entos.
N ão ficam os sabendo quanto d u ro u esse reavivam ento,
m as as m udanças culturais resultantes foram dram áticas. Os
últim os cinco capítulos de N eem ias registram essas m u d an -
ças. O projeto de N eem ias de reconstruir Jerusalém teria
provavelm ente falhado sem o reavivam ento — excesso de
A Obra da Palavra 231
suspeitas, conspirações e ganância haviam dom inado o povo
— m as o im pacto d o reavivam ento perm itiu que o projeto
fosse term inado e levou a reform as culturais d u rad o u ras.

C om o a P alavra de D eus Prom ove o R eavivam ento

U m casal idoso estava vivendo seus últim os dias n u m a


casa d e repouso. Eles não p odiam conversar m uito entre si
po rq u e am bos eram surdos. C om tem po nas m ãos, o m arido
com eçou a m editar e rever m entalm ente a vida m aravilhosa
que gozara com a esposa. Ela fora um a excelente m u lh er para
ele e ótim a m ãe para os seus filhos. Ele refletiu sobre o
trabalho árd u o dela e com o fora fiel. D om inado pelo am or e
a em oção, ele falou: — Estou orgulhoso de você!
— O que disse? — p erguntou a m ulher.
— Estou orgulhoso de você! — ele respondeu bem alto.
— D iga o u tra vez — p ed iu ela.
D esta vez ele praticam ente gritou as palavras: — Estou
orgulhoso de você!
— Oh, — ela replicou. — Sinto m uito. Eu tam bém estou
m eio cansada de você, m as vam os fazer o m elhor possível.
Podem os sorrir diante dessa falta de com unicação, m as
a história conta algo sobre a necessidade d a igreja evangélica.
Os crentes sofrem m uitas vezes de su rd ez espiritual — não
ouvim os o que D eus está nos dizendo. Q u an d o o Cristo
g lorificado Se d irig iu a cad a u m a d as sete igrejas, em
A pocalipse 2 e 3, Ele continuou repetindo: "Q uem tem ouvi-
dos ouça o que o Espírito diz às igrejas" (veja 2.7,11,17,29;
3.6,13,22).
O ato de ouvir a Palavra de D eus contém um a prom essa
de esperança e cura espiritual: "A fé vem pela pregação e a
pregação pela palavra de Cristo" (Rom anos 10.16,17). O
reavivam ento exige que cada crente ouça "a P alavra de
Cristo" em seu coração.
Vimos que a Palavra de D eus foi um elem ento vital na
renovação dos corações do povo judeu nos dias de N eem ias.
V am os exam inar m elhor com o isso foi feito.
232 O REAVIVAMENTO SATÁNICO
1. A Palavra foi exaltada na leitura pública
(N eem ias 8.1-9.3).

N o re a v iv a m e n to d e N eem ias, a P a lav ra d e D e u s foi


e x a ltad a a o p o n to d e o p o v o d a r-lh e u m a ate n ç ã o p ro fu n d a e
p essoal.
N e g lig en ciar a le itu ra d a P a lav ra d e D eu s em n o ssa
a d o ra ç ã o p ú b lic a o u p a rtic u la r é u m g rav e erro. P a u lo in sistiu
co m T im óteo: "E, a té e u ch eg ar, p ro c u re d e d ic a r-se à le itu ra em
p ú b lic o das E sc ritu ra s Sagradas, à p reg a ç ã o d o e v a n g e lh o e ao
e n sin o cristão " (1 T im ó teo 4.13, — BLH — ên fase acrescen ta-
da). S en tim o s u m to q u e su b lim e d e in fin ita m aje sta d e q u a n -
d o lem o s a P a la v ra d e n o sso D eus eterno.

"E sdras abriu o livro à vista de todo o povo, porque


estava acim a dele; abrindo-o ele, todo o povo se pôs em pé"
(Neem ias 8.5).

P erceb em o s a n o ta d e rev erên cia d a d a p e lo p o v o à le itu ra


d a P a la v ra d e D eus: "T o d o o p o v o se p ô s em pé".
E ssas p e sso a s n ã o tin h a m o acesso fácil às S a g rad a s
E scritu ras q u e n ó s tem os. A s có p ias tin h a m d e se r escritas a
m ão , e n in g u é m tin h a u m a có p ia pessoal. Eles a n sia v a m
ta n to p e la P a la v ra q u e o E sp írito d e D eu s os e n e rg iz o u p a ra
ficarem d e p é e o u v ire m a su a le itu ra d u ra n te seis h o ra s d e
c a d a vez. T em o s n e c essid ad e hoje d e v e r o p o v o d e D eus
e n v o lv id o n a le itu ra e em o u v ir a P a la v ra co m o m esm o
e n tu s ia s m o d a q u e le s fiéis c o n te m p o râ n e o s d e N e e m ia s.
D ev em se r d e sco b e rta s m an e ira s in o v a d o ra s d e p ro m o v e r a
le itu ra d a P alav ra. E stas são a lg u m a s idéias:

* C a d a cren te d e v e fazer u m p lan o d e le itu ra d a Bíblia


ju n to co m o u tro .
A re s p o n sa b ilid a d e p elo e stu d o bíblico e m em o riz a çã o
seria o foco. G ra n d e s p o rçõ es d a s E scritu ras p o d e m ser
m e m o riz a d a s a tra v é s d e ssa re s p o n s a b ilid a d e firm e.
A c e n tu a n d o a m o tiv ação a tra v é s d e e n c o n tro s re g u la re s
e m a n te n d o u m p ro c e d im e n to d isc ip lin a d o .

* P a ra p ro m o v e r a le itu ra bíblica e n tre os se u s m em b ro s,


A Obra da Palavra 233
a lg u m a s igrejas oferecem p ro g ra m a s q u e fazem a p e sso a
ler a B íblia in te ira n u m d e te rm in a d o p e río d o d e tem p o .

* U m a igreja p re p a ro u u m p ro g ra m a d e três a n o s q u e faz


o c re n te ler o N o v o T e sta m en to d u a s v ezes e o A n tig o
T e sta m en to u m a vez. N o c u lto d e a d o ra ç ã o se m a n a l d a
igreja, u m a p a rte d a tarefa é lid a e o p a s to r p re g a com
b a se n e sse texto.

O p la n o n ã o é o p o n to im p o rta n te , e sim a le itu ra


sig n ificativ a e crescente d a P a lav ra d e D eu s — e o S eu p o v o
s e rá ab en ço ad o . A ab so rção d a P a lav ra d e D eu s n a m aio r
d im e n sã o p o ssív el é crucial p a ra a n o ssa e sp e ra n ç a d e u m
re a v iv a m e n to rev o lu cio n ário .

2. A P a la v ra fo i e x a lta d a em a rre p e n d im e n to
(N eem ias 8.9,11,12; 9.1,2).

O a rre p e n d im e n to é u m a belíssim a g raç a d e D eus. En-


q u a n to a P a lav ra e ra lid a e o p o v o a o u v ia, se u s p e c ad o s
e n tra v a m em p ersp ectiv a. T risteza in te n sa p o r esses p e c ad o s
foi e x p re ssa em fo rm a d e a rre p e n d im e n to . A p rin c íp io e ra m
a p e n a s lág rim a s, m as e n q u a n to a P a la v ra c o n tin u a v a se n d o
lid a, o a rre p e n d im e n to se a p ro fu n d o u . Eles o m a n ife sta ra m
co m "jeju m e p a n o d e saco, e tra z ia m te rra so b re si" (N eem ias
9.1). Eles tam b é m se le v a n ta ra m e co n fe ssa ra m p u b lic a m e n te
su a s p rática s p e rv e rsa s (v.2). E ste a rre p e n d im e n to re su lto u
d a le itu ra d a P alav ra d e D eus: "L e v a n ta n d o -se n o seu lu g ar,
le ra m n o liv ro d a lei d o S en h o r seu D eu s u m a q u a rta p a rte d o
d ia " (v.3a).
O a rre p e n d im e n to n ão é u m a espécie d e frenesi em ocio-
nal. A s em o ções estão e n v o lv id a s, m as o a rre p e n d im e n to
bíblico en v o lv e a p esso a in te ira — c o n d u ta e p e n sam e n to s.
Ele ex ig e reco n h ecim en to d e q u e in frin g im o s a v o n ta d e reve-
la d a d e D eus. Ele no s c h am a p a ra d e ix a r d e lib e ra d a m e n te os
p e n s a m e n to s e a to s p ecam in o so s e su b stitu í-lo s p o r p en sa-
m e n to s e ato s retos. Só a in g estão c o n sta n te d a P a la v ra d e
D eu s p o d e m a n te r esse p rocesso e sp iritu a l e q u ilib ra d o . A
m e d id a q u e o rea v iv a m e n to p ro sse g u e p a ra a tra n sfo rm a ç ã o
234 O Reavivamento Satánico
d e u rn a c u ltu ra , o ato d e o u v ir a P alav ra d e D eu s d e v e lev a r
ao a rre p e n d im e n to .

3. A P a la v ra fo i e x a lta d a e m o ração (N eem ias 9.5-37).

E sta p a ssa g e m re g istra u m a lo n g a o ração q u e o p o v o fez


em co n ju n to . Só p o d e m o s im a g in a r co m o isso foi feito, m as
a tra v é s d a e v id ê n c ia tex tu a l p a rece q u e os lev itas lid e ra ra m
co m u m p a d rã o d e a n tífo n a. U m g ru p o c la m o u " e m a lta v o z
ao S e n h o r se u D eu s" (v.4b). E ste g ru p o fazia o raçõ es cu rtas,
p e rm itin d o q u e o u tro g ru p o d e lev itas lid e rasse o p o v o n a
rep e tiç ã o d e c a d a frase. O se g u n d o g ru p o d e lev itas d a v a
in stru ç õ e s ao povo: "L ev an tai-v o s, b e n d iz e i ao S e n h o r v o sso
D eu s d e e te rn id a d e em e te rn id a d e " (v.5b). Isto o b rig a v a c a d a
p esso a a se e n v o lv e r n a oração. A p a rticip a çã o e ra m a ra v ilh o -
sa. O p o v o re p e tia a o ração a D eu s co m seu s p ró p rio s lábios.
E n q u a n to este p a d rã o d e an tífo n a p ro sse g u ia, o e n v o lv im e n to
p esso al d e ca d a u m se a p ro fu n d a v a .
Este tip o d e o ração h o n ra g ra n d e m e n te a D e u s p o rq u e se
c o n c en tra e m o ra r a S u a P a lav ra d e v o lta p a ra Ele. O q u e eles
o u v ira m q u a n d o as S a g rad a s E scritu ras fo ra m lid a s p a sso u a
ser a g o ra v e rb a liz a d o em o ração no cu lto d e ad o ra ç ã o . O
trech o ilu s tra o u so d a P a la v ra d e D eu s n a o ração d o u trin á ria .
A S u a P a la v ra é a p ro p ria d a na a plicação d a s S u as p ro m essas.
A s sete o raçõ es escritas p a ra o rea v iv a m e n to e in c lu íd a s n este
liv ro se d e s tin a m a d e se n v o lv e r este estilo d e oração. A o ração
em N e e m ia s 9 d e v e ser im ita d a p elo s crentes.

4. A P a la v ra fo i e x a lta d a m e d ia n te u m a v id a ju s ta
(N eem ias 10.29-39).
A s re fo rm a s c u ltu ra is d e N ee m ia s s u rg ira m d e u m a base
sólida. O p o v o e os seu s líd eres, se c o m p ro m ete ra m ...
"que andariam na lei de Deus, e que foi dad a por
interm édio de Moisés, servo de Deus; de que gu ardariam e
cum priríam todos os m andam entos do Senhor, nosso Deus,
e os seus juízos e os seus estatutos" (Neem ias 10.29b).

Eles s e g u ira m o p a d rã o a b so lu to d a v o n ta d e re v e la d a d e
D eu s.
A Obra da Palavra 235
N e e m ia s 10 reg istra os p a d rõ e s d e v id a in stitu id o s p elo
p o v o . E n q u a n to p r o s s e g u ia m e m s e u s e s fo rç o s, e le s
fre q ü e n te m e n te se referiam ao q u e e sta v a escrito n a Lei.
E ssas m u d a n ç a s fo ra m n ecessárias p a ra c u m p rir o m a n d a -
m e n to d e D eus.
H o u v e u m a ép o ca em q u e n o sso g o v e rn o e sistem a
c u ltu ra l se a p o ia v a m n a base a b so lu ta d a lei m o ra l d e D eus.
E la n ã o e ra v iv id a em p erfeição total, m as c o n tin u a v a p rese n -
te.
N o s d ias d e hoje, essa lei é le m b ra d a a p e n a s co m o p a rte
d a n o ssa h istória. D e fato, o S u p re m o T rib u n a l e n o sso s
leg isla d o res e v ita m c u id a d o sa m e n te hoje to m a r d ecisõ es b a-
se a d a s n a rev elação bíblica. A se p ara ç ão e n tre Igreja e E stad o
é in te rp re ta d a co m o se n d o a se p ara ç ão d e q u a lq u e r referên cia
a D e u s o u à Bíblia. O h u m a n ism o e o p lu ra lism o (re sp e itar
ig u a lm e n te to d a s as religiões e não-religiões) lev a ram a n o ssa
c u ltu ra à q u a se an iq u ila ç ã o d o s ab so lu to s bíblicos.
Q u a lq u e r so c ie d a d e p a ssa a se r caótica q u a n d o o racio-
cín io h u m a n o se to rn a a m e d id a p a ra a s u a v id a m oral.
Q u a n d o as p e sso a s esco lh em esse cam in h o , os v a lo re s se
to rn a m relativ o s e os p a d rõ e s d e c o n d u ta d a so c ie d a d e per-
d e m a e sta b ilid ad e .
O s in te resse s e p reco n ceito s d isto rc id o s d a q u e le s q u e
p o s s u e m in flu ên cia e m b rev e se to rn a m os p a d rõ e s aceitos, e
essas p e sso a s p la n ta m as se m e n tes d a s u a p ró p ria co n d en a-
ção. A lib e rd a d e n ã o p o d e so b re v iv e r n o caos. O g o v ern o
to ta litário lo g o se lev a n ta p a ra m a n te r a o rd e m — o E stad o se
to rn a o ab soluto.
O re a v iv a m e n to satân ico tem sid o su til m as co m p leto . O
d a d o h u m a n is ta foi lan ç a d o co m o o p a d rã o p a ra o g o v e rn o
fu tu ro d e n o sso país. Só o re a v iv a m e n to rev o lu cio n ário p o d e
fazer u m a d iferen ça agora.
S om os en co rajad o s p ela e x p eriên cia d e N eem ias. C om o
o d e s a s tre caótico d a q u e la c u ltu ra a rru in a d a foi m o d ific a d o
p e lo reav iv am en to ! A m u d a n ç a su rg iu p o rq u e o p o v o m u -
d o u . Eles co m e ç a ra m a d izer: "P ro m e te m o s"; "A ss u m im o s a
re s p o n s a b ilid a d e " ; "E n ã o n eg lig en ciarem o s a casa d o n o sso
D eu s" (veja N e e m ia s 10.30,32,39b). Q u a lq u e r g o v e rn o " d o
p o v o , p e lo p o v o e p a ra o p o v o " vai fu n cio n a r co m a b so lu to s
236 O Reavivamento Satánico
bíblicos q u a n d o o se u p o v o se relacio n ar p e sso a lm e n te com
D eus.

5. A P a la v ra fo i e x a lta d a a tra v é s d a a d o ra ç ã o , lo u v o r e
c e le b ra ç ã o d o s a to s d e D e u s (N eem ias 12.27-13.1).

D ep o is d e ssa g ra n d e tran sfo rm ação , o p o v o a d o ro u ,


lo u v o u e c e le b ro u d ia n te d o D eu s d e Israel. A d e d ic a ç ão d o s
m u ro s re c o n stru íd o s d e Jeru sa lé m foi u m e v e n to colossal.
D ois g ra n d e s co ros c a n ta ra m d e p é so b re as m u ra lh a s d a
c id a d e . C ím b alo s, a la ú d e s, h a rp a s, liras, tro m b e ta s e o u tro s
in stru m e n to s m u sic a is se ju n ta ra m à m ú sica e ao lo u v o r. O s
sa ce rd o te s e lev itas fiz e ra m n o v a m e n te a s u a p a rte s e g u n d o
o m o d e lo bíblico. O resu m o d e sse m ajestoso a c o n tecim en to
é e x p resso n a s p a la v ra s d e N eem ias:

"E faziam -se ouvir os cantores sob a direção de


Jezraías. N o m esm o dia ofereceram grandes sacrifícios, e se
alegraram ; pois D eus os alegrara com grande alegria;
tam bém as m ulheres e os m eninos se alegraram , de m odo
que o júbilo de Jerusalém se ouviu até de longe" (12.42b,43).

Q u a n d o a a d o ra ç ã o e o lo u v o r tra n s b o rd a m d e corações
reco n ciliad o s com D eus, a tra v é s d a c o m p re e n sã o d a S ua
P a lav ra , a a le g ria n ã o co n h ece lim ites. Ela a fe ta a té as
crian cin h as. O s jovens, as m u lh e re s e os h o m e n s d e ix a ram
q u e a a le g ria se d e rra m a sse d e seu s corações. T o d o s p a r tid -
p a ra m d a a le g ria d o S enhor. U m d o s g ra n d e s p ra z é re s d o
re a v iv a m e n to é a su a alegria.

6. A P a la v ra fo i e x a lta d a p e la re fo rm a , a r r e p e n d im e n to e
co rreção c o n tín u o s (N eem ias 13).

U m re a v iv a m e n to p o d e ro so co m o o o c o rrid o em Jeru sa-


lém sob a lid e ra n ç a d e N e em ias n ã o te rm in a realm en te. O
c a p ítu lo 13 rev ela a p e rcep ção ca d a v e z m ais p ro fu n d a q u e
c a p ac ito u o p o v o a a ju sta r m e lh o r a s s u a s p rá tic a s c u ltu ra is à
v o n ta d e d e D eus. U m a n o v a c o m p re e n sã o to m o u c o n ta d o
p o v o e g ra n d e p a rte d e seu estilo d e v id a p e c a m in o so foi
co rrig id a .
A Obra da Palavra 237
N e e m ia s se p re o c u p a v a em q u e a s u a lid e ra n ç a p e rm a -
n ecesse d ig n a d o fav o r e b ên ção s d e D eus. Ele s u p lic a v a
re p e tid a m e n te : "D e u s m eu , lem b ra-te d e m im ". A relação
d e ste líd e r co m o seu S en h o r foi u m p ro cesso crescente.
M u ito s rea v iv a m e n to s d u ra m anos. A s b ên ção s resu lta n -
tes se d e rra m a m in d efin id a m e n te . Foi esse o caso d o reav iv a-
m e n to in ic ia d o n o P entecostés. A s b ên ção s d e sse m o v im en to
d e re a v iv a m e n to rev o lu c io n á rio p e rd u ra ra m p elo m e n o s d u -
ra n te trin ta anos, alca n ç an d o g ra n d e p a rte d o im p é rio ro m a-
no. N o v o s s u rto s o c o rre ra m e m d iv e rsa s c id a d e s g ran d e s.
A s p e sso a s n ã o foram , no e n ta n to , m o ld a d a s p a ra v iv er
c o n s ta n te m e n te e m u m pico em o cio n al assim tão ele v a d o . O
p e río d o d e o ração e a d ed icação d o s m u ro s d e Jeru salém
e x ig iram u m n ív el a n o rm a l d e em oção. P o r m ais v iv ifican tes
e sig n ificativ as q u e fo ssem essas coisas, a s u a d u ra ç ã o tin h a
d e ser lim itad a. N e n h u m m o v im en to d e re a v iv a m e n to p o d e
p e rm a n e c e r n u m n ív el d e ferv o r assim tão alto. Esse êxtase
p o d e faz e r p a rte d a re c o m p en sa celeste, m as n e sta te rra o
h o m e m p rec isa v iv e r co m m ais restrição . N ã o e sta m o s
e q u ip a d o s p a ra su ste n ta r n ív eis tão e le v a d o s a lo n g o p razo .
O s a sp ec to s em o cio n ais d o s re a v iv a m e n to s se d e sv an e -
cem ra p id a m e n te e se isso for tu d o q u e ex istir neles, os
re s u lta d o s n ã o h ã o d e p ro v o c a r m u ita m u d a n ç a n a cu ltu ra.
O s re a v iv a m e n to s c a rre g a d o s d e em o ção são com o a lu z d e
u m a e stre la cad en te: v ai e m b o ra d e p re s sa e a e s c u rid ã o volta.
R e a v iv am e n to s b rev e s são n ecessário s p a ra a v id a e sp iritu a l
d e q u a lq u e r igreja, á re a o u nação, m as alg o m u ito m ais
p ro fu n d o é e x ig id o p a ra m o d ific a r o c u rso d e to d a u m a
c u ltu ra. A b ase d e v e ser e x tre m a m e n te a m p la e p ro fu n d a , e
p a r a q u e o re a v iv a m e n to re v o lu c io n á rio d e r r o te o
re a v iv a m e n to satân ico , ele d e v e ter u m a aplicação d u ra d o u -
ra, c o n stan te. O rea v iv am e n to sob N e em ias c o n tin u o u a fazer
im p a c to so b re o p o v o d e Jeru salém p o rq u e e sta v a p ro fu n d a -
m e n te a rra ig a d o n a P a lav ra d e D eus. N o ssa o ração é p a ra q u e
D eu s, e m S u a m ise ric ó rd ia e graça, tra g a u m re a v iv a m e n to
p a ra os n o sso s d ia s q u e p ro d u z a u m b enefício a lo n g o p razo .
N ã o p o d e m o s d esejar n a d a m enor.
238 O REAVIVAMENTO SATÁNICO

O R A Ç Ã O D E R E A V IV A M E N T O M O D E L O 7
T E M A : A PA L A V R A D E D E U S

P ai C elestial am o ro so , v e n h o a d o ra r‫־‬Te n a m a ra v ilh a d o


q u e d e c id iste rev e lar n a T u a P a lav ra a resp e ito d e Ti m esm o .
A m aje sta d e d a T u a criação m o stra a T u a im e n sa g ran d e z a .
Vejo a T u a o n ip re se n ça q u a n d o c o n te m p lo a v a stid ã o d o
n o sso u n iv erso . E u Te lo u v o p o r e sta res p re se n te em to d a
p a rte n as e x tre m id a d e s d o u n iv erso e p o r seres m aio r q u e a
T u a criação.
O b se rv o a im e n sid a d e d o c o n h e cim e n to a c u m u la d o p elo
h o m e m e lem b ro d a T u a p o sse o n iscien te d e to d o o conhecí-
m en to . A m a rc h a c o n tín u a d o tem p o m e faz refletir so b re o
fato d e seres e tern o , sem com eço n e m fim . O s c a m in h o s
m en tiro so s e p e c a d o re s d a h u m a n id a d e , e v id e n te s e m to d a
p a rte , faz e m -m e d esejar A q u ele q u e é a V e rd a d e e q u e re in a
em a b so lu ta justiça.
E u Te lo u v o , D eu s e P ai a m o ro so d o S e n h o r Jesus C risto,
p elo q u e rev e laste so b re Ti m esm o na T u a P a la v ra escrita.
A firm o q u e a T u a S an ta P a lav ra é u m a rev elação in falív el d a
T u a s a n ta V e rd a d e. Peço p e rd ã o p ela m in h a n eg lig ê n cia n a
leitu ra , m em o riz a çã o e m ed ita ç ã o so b re a T u a P alav ra. Q u e
e rro tão g ra n d e e p ecam in o so eu, m in h a fam ília e m e u s
c o m p a n h e iro s cristã o s co m etem o s ao tra ta r d e m a n e ira levi-
a n a a T u a s a n ta P a la v ra c o lo cad a à n o ssa disp o sição . L av a a
n o ssa c u lp a e cria n o co ração d o s cren tes o desejo d e co n h ecer
e ler a T u a P alav ra.
A trav é s d a T u a P alav ra, P ai C elestial, v im a c o n h e ce r o
S en h o r Jesu s C risto co m o m e u S a lv ad o r d o p ecad o . N a T u a
P alav ra, Ele é re v e la d o com o A q u ele q u e se to rn o u D e u s e m
fo rm a h u m a n a e c o n q u isto u nE le m esm o a v itó ria so b re o
m u n d o , a c a rn e e o d iab o . N a T u a P a lav ra a p re n d o q u e,
a p e sa r d e te n ta d o d e to d a s as m a n e ira s e m q u e e u so u
ten ta d o , Ele jam ais pecou. A T u a P a lav ra d e c la ra q u e, com o
u m d e nós, Ele c u m p riu to d a a justiça. A T u a P a lav ra d e c la ra
q u e Ele foi ferid o p elas m in h a s tra n sg re ssõ e s e m o íd o p elas
n o ssa s in iq ü id a d e s. Ela d e clara q u e Ele se to rn o u p e c a d o p o r
A Obra da Palavra 239
m im e q u e m e u s p e c ad o s e o fen sas c o n tra Ti fo ra m co lo cad o s
s o b re Ele ao m o rre r em m e u lu g a r n a cruz.
É n a T u a P alav ra q u e a p o d e ro sa v e rd a d e d o S eu triu n fo
s o b re a m o rte e a se p u ltu ra , n o p o d e r d a re ssu rre içã o , é
estab elecid a. A T u a P a lav ra a firm a com d e ta lh e s se g u ro s a
a sce n sã o d o S en h o r Jesus C risto ao cé u e S u a g lo rificad a
s u p e rv is ã o d a S u a igreja. Em v irtu d e d a s afirm açõ es d a T u a
P alav ra, e sp e ro a v o lta d o m eu S a lv ad o r em p o d e r e g ra n d e
glória. E u Te am o, Pai C elestial, p o r m e teres d a d o a T u a
P alav ra.
E u T e lo u v o , D eu s am o ro so , p o r teres n o s a g ra c ia d o com
a v in d a d o E sp írito S anto n o P entecostés. O b rig a d o p o r m e
rev e lare s a T u a P a lav ra na m ara v ilh a d a S ua o b ra p o d e ro sa e
n o s cren tes. O b rig a d o p o r d e c la ra r n a T u a P a la v ra q u e o
E sp írito S a n to v eio p a ra c o n v en cer o m u n d o d e s u a c u lp a
p e c a m in o s a . P e ç o q u e o E s p ír ito S a n to in te n s if iq u e
g ra n d e m e n te S u a o b ra d e c o n v en cer as p esso as d e seu p ecad o
c o n tra u m D eu s santo. Q u e o E sp írito S anto p o ssa to rn a r os
h o m e n s rec e p tiv o s a p o n to d e v e re m e o u v ire m e sp iritu a l-
m e n te a T u a P alav ra, p a ra q u e n o v a m e n te c la m em em a rre-
p e n d im e n to . O b rig a d o tam b é m p o rq u e o E sp írito S anto
e x a lta a ju stiça, re v e la n d o o c o n te ú d o ju sto d a T u a P alav ra.
P eço a Ele q u e faça isso com p e rsu a s ã o p o d e ro sa .
O ro p a ra q u e o E sp írito S anto, p e la T u a P a lav ra , revele
ao s co raçõ es h u m a n o s a c erteza d e u m a p resta çã o d e c o n tas
d ia n te d e D eu s, ca d a v ez m ais p ró x im a. Q u e esse fato so len e
p e rd u re n a m e n te d a s p e sso a s até q u e elas n ã o e n c o n tre m
d e sca n so se n ão ju n to ao S en h o r Jesus C risto.
B en d ito E sp írito Santo, T u in sp ira ste a P a la v ra d e D eus
em rev elação d iv in a a tra v é s d e in stru m e n to s h u m a n o s. Peço-
T e a g o ra q u e u ses essa P a lav ra p a ra falar p e sso a lm e n te aos
cren tes. C o n c e d e n o v o s d isc e rn im en to s ao s líd e res in d ic a d o s
p o r D eu s p a ra p ro m o v e r in teresse, leitu ra, m em o riz a ç ã o e
m ed ita ç ã o so b re a P a lav ra d e D eu s e n tre o p o v o d e D eus.
P e ç o -T e , E s p í r i to S a n to , q u e l e v a n t e s r e a v i v a d o r e s ,
e v a n g e lista s e p re g a d o re s q u e p o ssam to rn a r a Bíblia co n h e-
c id a co m p o d e r p e rsu a siv o d e u m m u n d o p e rd id o .
O ro p elo g ra n d e p o d e r d a P a la v ra sa n ta d e D eu s c o n tra
S a tan á s e o seu reino. C o n fro n ta e d e rro ta as m e n tira s d e
240 O Reavivamento S atánico
S atan ás co m a v e rd a d e d a T u a P alavra. Q u e o co n so lo d a T u a
P a lav ra p o ssa liv ra r as p esso as d a s acusações, to rm e n to s e
te rro r d e S atan ás. Peço q u e as a d v e rtê n c ia s d a T u a P a la v ra
p o ssam a le rta r to d o s, a fim d e p e rc e b e re m as táticas sa tâ n ica s
q u e os escrav izarão . In v a d e o rein o d e S atan ás c o m a m en sa -
g em d a salv ação n a T u a P a lav ra e traze m u ltid õ e s d a escu ri-
d ã o d o in fe rn o p a ra o rein o d a lu z e d a v id a etern a.
R econheço, P ai C elestial, q u e o re a v iv a m e n to jam ais v irá
a n ã o ser q u e os co rações h u m a n o s p o ssa m o u v ir a T u a
P a la v ra em p r o fu n d id a d e e p e sso alm en te. E m n o m e d o
S e n h o r Jesu s C risto e p e lo p o d e r d o S eu sa n g u e, d e s tru o o
p o d e r d e S a tan á s p a ra d e sa c re d ita r e d e s o n ra r a P a la v ra sa n ta
d e D eus. E m oração, levo o p o d e r d o E sp írito S anto c o n tra
to d a s as fo rta le z as satân icas p re p a ra d a s p a ra im p e d ir q u e a
P a la v ra d e D eu s seja o u v id a e c o m p re e n d id a p elo co ração d o
p ov o. C o n v id o o b e n d ito E sp írito S anto p a ra e x a ltar a P a la v ra
d e D eu s e rev e lar o S eu e n o rm e p o d e r d e m o d o a c o n fu n d ir
os in im ig o s d a v e rd a d e . Faze co m q u e as p e sso a s o u ç a m a
T u a P a la v ra com u m a in te n sid a d e n o v a e p ro fu n d a , e m o v e
os p a s to re s e as ig rejas a p ro c la m a re m e e n sin a re m a T u a
P a la v ra co m u m v ig o r contagioso.
A firm o , Pai C elestial, q u e a T u a P a la v ra é v iv a e p o d e ro -
sa. A leg ro -m e p o rq u e, a p e sa r d e o céu e a te rra p a ssa re m ,
n e m u m til d a T u a v e rd a d e sa n ta jam a is p assará. C o n ced e à
T u a P a la v ra g ra n d e su cesso e m n o sso s d ias. U sa a T u a sa n ta
P a la v ra p a ra le v a r a n o ssa n ação a u m re a v iv a m e n to rev o lu -
cio nário . E u a m o a T u a P alav ra, ó S enhor, e m e c o m p ro m e to
a co n h ecê-la m e lh o r e aplicá-la m ais em m in h a v id a. O fereço
e sta o raç ã o n o n o m e d A q u ele q u e é a P a lav ra V iva, m e u
S e n h o r Jesu s C risto. A m ém .
O Tempo
E Agora

"A luz estará com vocês ainda um pouco mais. Vivam


as suas vidas enquanto têm esta lu z para que a escuridão
não caia de surpresa sobre vocês. Q uem anda na escuridão
não sabe para onde vai. Enquanto vocês têm a luz, acredi-
tem nela para que possam pertencer à luz" (João 12.35, 36 —
BLH).

A a lv o ra d a d a v isão d o re a v iv a m e n to s u rg iu n o h o riz o n -
te d a s u a vid a?
E xiste u rg ên c ia n o se n tid o d e e n v o lv im en to . D eu s colo-
co u n a s m ão s d o s cren tes p re p a ra d o s a p o s sib ilid a d e d e
p ro v o c a r u m rea v iv am en to .
O re a v iv a m e n to coloca n o m ais ín tim o d o co ração o
desejo d e v iv e r em sa n tid a d e . O p o v o d e D eu s n ã o p ra tic a
m a is as coisas p e c am in o sa s o u até d isc u tív e is q u e a n te s
p ratica v a , p o rq u e u m a n o v a lu z veio. U m fogo sa n to , in terio r,
o s in v a d iu .
Q u a n d o os raios d o sol se le v a n ta m n o h o riz o n te , eles
e s p a lh a m u m a lu z p e n e tran te . Ela é silenciosa, m as d e lib e ra -
d a, in can sáv el e ab ra n g e n te . Só os lu g a re s m ais fec h a d o s
p o d e m im p e d ir a s u a e n tra d a . Q u a n d o o re a v iv a m e n to tem
u m a d im e n sã o rev o lu cio n ária, é assim . Só os esforços m ais
o b s tin a d o s p o d e m e v ita r a su a lu z p e n e tran te .

Sinais do Reavivamento
E xistem sin ais d e q u e o re a v iv a m e n to e s tá p ró x im o ?
-241 -
242 O Reavivamento Satánico
In felizm en te, n ã o p a re c e m o s v e r a in d a m u ita e v id e n c ia
d e u m v e rd a d e iro d e sp e rta m e n to . P eq u e n a s ex p lo sõ es ocor-
re m a q u í e ali n o m u n d o , m as n a n o ssa c u ltu ra o cid en tal, o n d e
ele é tão necessário , as coisas p arecem estacio n árias.
H á, p o rém , m o tiv o p a ra esperança! A m a io r p a rte d e sta
e sp era n ç a re p o u s a n o p ró p rio d e sesp e ro d a ép o c a em q u e
v iv em o s. Jam es B u rn s escrev eu , em 1960, u m liv ro so b re o
assu n to : R e a v iv a m e n to s — S u a s Leis e Líderes ("R evivais —
T h eir L aw s a n d L ead ers"). Em 1978, L ew is A. D ru m m o n d
u s o u a o b ra d e B urns com o u m p o n to d e referên cia p a ra o se u
liv ro O D e sp e rta m e n to Q u e D eve V ir ("T he A w a k en in g T h a t
M u st C om e").
D ep o is d e d isc u tir as sete Ieis d o re a v iv a m e n to d e B urns,
D ru m m o n d cita três sinais d e d e s p e rta m e n to q u e p re c e d e m
o re a v iv a m e n to .1 Esses sinais são e v id e n tes em n o sso s dias.

1. O sinal de crises sociais, políticas e econômicas.


A s ép o cas d e crise c o stu m a m chocar-nos, tira n d o -n o s d o
n o sso m u n d o tem p o ral, físico. A s p ro v aç õ e s fazem co m q u e
e n fre n te m o s as d im e n sõ e s e te rn a s e e s p iritu a is d a v id a. P a rte
d e n o ssa crise p ro c e d e d o caos n a tu ra l q u e a v id a p e c a m in o sa
in jeta em tu d o o q u e toca. T o d av ia, a p o s sib ilid a d e d a
in te rv e n ç ã o d iv in a so b e ra n a d e v e ser ta m b é m reco n h ecid a.
D ep o is d e d e rra m a r o rea v iv a m e n to sobre S alom ão e o p o v o
n a d ed ic a ç ão d o tem p lo , D eu s falo u a S alom ão so b re o q u e
faria q u a n d o su rg isse a n e c essid ad e d e d e sp e rta m e n to :

"Q uando eu fechar o céu e não deixar que chova, ou


o rden ar aos gafanhotos que destruam as colheitas, ou
m andar um a peste atacar o povo..." (2 Crônicas 7.13).

Seca, p e ste e p rag a s. P a ra q u a lq u e r c u ltu ra , essas coisas


sig n ificam crise com C m aiú scu lo . D eus u sa so b e ra n a m e n te
v á rio s tip o s d e c rise p a ra c h a m a r a ate n ç ã o d a s p esso as, p a ra
d e sp e rtá -la s p a ra a u rg ên c ia d a n ecessid ad e.
V o lu m es p o d e ría m ser (e foram ) escrito s so b re os m u ito s
a sp ec to s d a crise social d e n o sso s dias:
* O d e sm o ro n a m e n to d a fam ília e d a v id a no lar.
O Tempo É Agora 243
* Incesto, a b u so d e crianças, u so d e d ro g a s e a crescen te
p ro e m in ê n c ia d o divórcio.
* P e d id o s d e p a g a m e n to d e benefícios sociais e h a b itaçõ es
p a ra os p o b res.
* AIDS.
* A u m e n to a la rm a n te d a a d o ra ç ã o d e S a tan á s e fig u ra s
sa tâ n ica s em to d a a n o ssa cu ltu ra.

A s n e c essid ad e s ed u cacio n ais d e n o sso s filhos se d e sta -


cam . A p e sa r d e n o sso s esforços, u m n ú m e ro c a d a v e z m aio r
d e e s tu d a n te s se fo rm a n as escolas m as c o n tin u a iletrad o .
A lg u m a s estatísticas m o stra m q u e cerca d e 14% d o s a d u lto s
e m n o sso p a ís n ã o sab em ler o u escrever, n e m faz e r c o n tas
sim p les.
O s c u id a d o s m éd ico s d e b o a q u a lid a d e e stã o u ltra p a s-
s a n d o o lim ite d o p o d e r a q u isitiv o d e m u ito s. N ã o é p o ssív el
c o n s tru ir celas e p risõ es su fic ie n tem e n te a m p la s o u tão de-
p re s s a q u a n to seria necessário.
A crise social p o d e ser v ista em to d a p a rte e e stá a u m e n -
tan d o . V em o s p o u c a e sp era n ç a d e alív io a tra v é s d a s a b ed o ria
hum ana.
A crise p o lítica está a sso m a n d o . P esso as n o s escalões
m ais a lto s d o g o v e rn o são m an c h e te em to d o o m u n d o p o r
v io laçõ es d a ética, c o n d u ta im o ral, e a té a tiv id a d e s ileg ais e
fra u d e s crim in o sas. D evem os a g ra d e c e r o fato d e o n o sso
siste m a p o d e r e x tirp a r p a rte d a c o rru p ç ã o política, m as isso
oferece p o u c o consolo. O s q u e estão m ais a p a r d a s coisas
d iz e m q u e v e m o s a p e n as u m a p e q u e n a p a rc e la d a c o rru p ç ã o
e x iste n te n a esfera política.
A crise econôm ica sobe e desce d ia n te d e n o sso s o lhos. A s
v ib ra ç õ es ex p lo siv as d a q u e b ra d a Bolsa d e V alores d e 1987
a b a lo u to d a a e s tru tu ra eco n ô m ica m u n d ia l. A s p e sso a s
ficam se p e rg u n ta n d o q u a n d o v irá a p ró x im a. A crise n o se to r
d e p o u p a n ç a e e m p ré stim o s exige sacrifício p o r p a rte d o s
c o n trib u in te s q u e p o d e rá c u sta r c e n ten as d e b ilh õ es d e d ó la-
res, p a ra im p e d ir a falência. A d ív id a n acio n al está fo ra d e
co n tro le. N o sso sa ld o com ercial n e g a tiv o c o n tin u a s u g a n d o
a riq u e z a d o p aís e faz e n d o co m q u e ela e n tre n o s cofres d o s
p a rc e iro s co m erciais em to d o o m u n d o . T o rn a m o -n o s u m a
244 O Reavivamento Satánico
n ação c a d a v e z m ais e n d iv id a d a . A crise eco n ô m ica p arece
d e s tin a d a a a tin g ir o b olso d e c a d a cid ad ão .
A s crises social, política e econôm ica d e v e m a tra ir a
n o ssa aten ção. T em o s a e sp era n ç a d e q u e elas sejam sin a is d e
u m re a v iv a m e n to b em p róxim o. Se re sp o n d e rm o s às crises
o ra n d o p e lo rea v iv am e n to , ele virá.

2. Os sinais dos sentimentos de desespero dentro da


igreja.
Q u a n d o o b se rv a m o s a igreja hoje, estas p a la v ra s d o
sa lm ista p a re c e m b a sta n te a p ro p ria d a s:

"Subiram até os céus, desceram até os abismos; no


m eio destas angústias, desfalecia-lhes a alma.
A ndaram e cam balearam como ébrios, e perderam
todo tino" (Salmo 107.26,27).

A im a g e m a q u i é a d e u m n a v io n u m m a r rev o lto , com


p o u c a e sp e ra n ç a d e so brevivência. A igreja tem sid o d e fato
a b a la d a p elo s e v e n to s d a a tu a lid a d e . O s e scâ n d a lo s m o ra is
q u e cercam os líd eres relig io so s a tin g e m c a d a d e n o m in a ç ã o e
c a d a cren te. A té o n d e isso irá, n ã o se sabe. A c u lp a p o r
asso ciação se d ifu n d iu . U m a n u v e m d e su sp e ita p a ira so b re
to d o g ru p o religioso, e o p ú b lico está a te n to e p rec a v id o .
In felizm en te, o rg an izaçõ es cristãs só lid a s so frem ju n ta m e n te
co m as q u e n ã o m erecem resp eito .
A relig ião o rg a n iz a d a é objeto d e su s p e ita p o r p a rte d a
ju v e n tu d e . E m n ú m e ro s se m p re crescen tes, c ria n ça s d e
q u in ta e sex ta séries estão se g u in d o o c a m in h o d a c u ltu ra
jovem ; n ã o q u e re m sa b er d a relig ião o rg a n iz a d a . O sa ta n ism o
p a re c e s e r m ais atra en te . A s seitas e religiões n ã o -c ristãs
a tra e m m u ltid õ e s d e jovens, a fa stan d o -o s d o c ristia n ism o
trad icio n al. O secu larism o , h u m a n ism o e filosofia d a N o v a
E ra c o n q u ista m a in d a o u tro s. N o ssa ju v e n tu d e e stá em crise.
A igreja e stá em crise — m as a in d a h á esp eran ça.
O sa lm ista c o n tin u o u a p a ssa g e m acim a c itad a, com
e sta s p a la v ra s d e resg a te e prom essa:

Então, na sua angústia, clam aram ao Senhor, e ele os


O Tempo É Agora 245
livrou das suas tribulações.
Fez cessar a torm enta, e as ondas se acalmaram .
Então se alegraram com a bonança; e assim os levou ao
desejado porto" (Salmo 107.28-30).

A igreja s e m p re tem u m recu rso d e esp eran ça: h á po ssi-


b ilid a d e d e resgate. O re a v iv a m e n to é u m a o p ção v iáv el — ele
oferece e sp eran ça. Q u a n d o so m o s to m a d o s d e se n tim e n to s
d e d e sân im o , q u a n d o n ão co n seg u im o s e n fre n ta r as exigên-
cias p e s a d a s d em ais, q u a n d o so m os v en cid o s, e ssa é u m a b o a
situ a ç ão p a ra nós. E stá n a h o ra d e c re r em D e u s p a ra q u e
v e n h a o rea v iv am en to . A resp o sta com eça assim :

"Então, na sua angústia, clam aram ao Senhor, e ele os


livrou das suas tribulações" (Salmo 107.28).

N ã o h á p ro b le m a q u e o S en h o r n ão p o ssa so lu cio n ar. Ele


e stá e s p e ra n d o o n o sso cla m o r p a ra in te rfe rir e vivificar. O
sa lm o te rm in a com u m a n o ta d e g ra n d e esp eran ça:

"M as levanta da opressão o necessitado, para um alto


retiro, e lhe prospera famílias como rebanhos.
Os retos vêem isso e se alegram , m as o ím pio p o r toda
parte fecha a boca.
Q uem é sábio atente para essas cousas, e considere as
m isericórdias do Senhor" (Salmo 107.41-43).

E ssa é u m a p ro m e ssa d e bênçãos d e re a v iv a m e n to flu in -


d o co m ta n ta força q u e o " ím p io fecha a b o c a ". O re a v iv a m e n to
faz isso. Ele afasta a m ald a d e. Ele faz cessar o re a v iv a m e n to
satân ico .

3. O s in a l d o in te re s s e p e la e v a n g e liz a ç ã o d o m u n d o e as
m is s õ e s.

N e m to d o s os sinais d e u m re a v iv a m e n to p ró x im o são
escu ro s — este é lu m in o so . A p a la v ra lu m in o so ("b rig h t" e m
in g lês — N . d o T.) em co n ju n to co m este sin al é a p ro p r ia d a
p o r c a u sa d e Bill B right e s u a lid e ran ç a d a C ru z a d a E stu d a n til
e P ro fissio n al p a ra C risto. D u ra n te v á ria s d é c ad a s, Bill B right
te m m a n t i d o u m a a b o r d a g e m a g r e s s i v a q u a n t o à
246 O REAVIVAMENTO SATÁNICO
ev an g elização d o m u n d o d ia n te d o u n iv erso cristão. E ele n ã o
e stá so z in h o n isso d e m o d o algum .
A A ssociação E van gelística Billy G ra h a m fo rn eceu u m a
excelente lid e ran ç a n a p ro m o ç ã o d a e v an g elização m u n d ia l.
O C o n g re sso d e L a u sa n n e, O p e ra çã o M obilização, V isão
M u n d ia l e o u tra s ag ên cias d e assistên cia social, assim com o
o rg an iz aç õ e s d e n o m in a cio n a is e m issio n árias, estão fa z e n d o
u m e s p lê n d id o trab alh o . M ais m o v im en to s d o q u e p o d e m o s
n o m e a r c o n tin u a m p ro m o v e n d o a ev an g elização m u n d ia l e o
tra b a lh o m issio n ário . M ais d e m il m issio n ário s asiáticos
p ro c e d e n te s d e sete p aíses asiáticos fazem , ag o ra , p a rte d e ste
alv o e m e x p a n sã o p a ra e v a n g e liz a r o m u n d o . O u tro s p a re -
cem d e s tin a d o s a fazer ig u a lm e n te em breve. A v isã o rela tiv a
à e v an g elização m u n d ia l p a re c e b rilh a r m ais d o q u e n u n ca.
A ra p id e z d a s v iag en s, os av an ço s tecnológicos, as red e s
d e c o m u n icação e os satélites são a lg u n s d o s n o v o s in stru -
m en to s e m é to d o s q u e estão se n d o u sa d o s p a ra d iv u lg a r o
e v an g elh o . E stes são d ia s em o cio n an tes p a ra os cristãos.
Jam ais a ig reja tev e tan to in teresse o u c a p a c id a d e p a ra a tarefa
d a ev a n g eliz a ç ã o d o m u n d o .
O ú n ico in g re d ie n te d e s e s p e ra d a m e n te n ecessário é o
c o m b u stív e l q u e flu iria d o re a v iv a m e n to rev o lu cio n ário .

* O re a v iv a m e n to a u m e n ta ria a rese rv a d e o b reiro s em


p o u c o tem p o . O s in d iv íd u o s re a v iv a d o s se to rn a m m is-
sio n á rio s v o lu n tá rio s e en tu siastas.
* O re a v iv a m e n to e n e rg iza ria o p o v o d e D eu s com p o d e r
e s p iritu a l p a ra a oração. A o ração em c o n ju n to faz o
in im ig o fu g ir d ep ressa.
* O re a v iv a m e n to lev a ao a rr e p e n d im e n to e a v id a s
p u rific a d a s. O p o d e r d e D eu s flui liv re m e n te a tra v é s d e
u m p o v o p u ro .
* O re a v iv a m e n to o b teria os fu n d o s n ecessário s p a ra fi-
n a n c ia r os p ro jeto s d e evangelização. P essoas re a v iv a d a s
se to rn a m d e sp e n se iro s jubilosos.
* O rea v iv a m e n to a ju d a ria a c ria r u m clim a p o lítico favo-
ráv e l à ev an g elização m u n d ia l. P essoas tra n sfo rm a d a s
sign ificam líd eres p olíticos d ife ren te s q u e a b re m as p o r-
tas p a ra o ev an g elh o .
O Tempo É Agora 247
O en co rajam en to p a ra n ó s é g ra n d e . E u creio p esso al-
m e n te q u e o re a v iv a m e n to n ã o é a p e n a s u m a p o ssib ilid a d e,
m a s u m a p ro b ab ilid a d e . M in h a o ração é q u e u m n ú m e ro ca d a
v e z m a io r d e cren tes p re ssin ta e ssa p ro b a b ilid a d e e p a rticip e
d e a tiv id a d e s q u e a ju d e m a colocá-la em p rática.

A tiv id a d e s e A titu d e s Q u e P ro m o v e m o R e a v iv a m e n to

E stá n a h o ra d e d a r-lh e a lg u m a s su g e stõ e s práticas.


T eria p o u c o s e n tid o co n h ecer o re a v iv a m e n to se ele a p e n a s
e stim u la sse u m in teresse su p erficial n o assu n to .
A s a titu d e s d e v e m to rn a r-se ex p ectan tes.
A s açõ es d e v e m d irig ir-se aos alvos.
A m o tiv ação d e v e p ro d u z ir fo rtitu d e .
O s m a te ria is e in stru m e n to s d o re a v iv a m e n to p rec isam
te r fo rm a to sim p les, ser ap licáv eis a to d o c re n te e a d a p tá v e is
a c a d a situ ação . N o A p ên d ice D in clu ím o s a lg u n s m o d elo s d e
m a te ria is im p re sso s q u e e sp era m o s te n h a m u tilid a d e p a ra
você. Eles p o d e m se r c o p ia d o s p a ra o seu u so pessoal.
O re a v iv a m e n to n ã o é c o m p licad o . D eu s d e u a fó rm u la
p a ra ele a S alom ão em m en o s d e c in q ü e n ta p alav ras:

"Se o m eu povo que se cham a pelo m eu nom e, se


hum ilhar, orar e m e buscar, e se converter dos seus m aus
cam inhos, então eu ouvirei dos céus, perdoarei os seus
pecados e sararei a sua terra" (2 Crônicas 7.14).

C o isa s E sp ecíficas Q u e V ocê P o d e F azer

1. A n d a r em v itó ria p e s so a l s o b re o m u n d o , a c a rn e e o
d ia b o .

"Rogo-vos, pois, irmãos, pelas m isericórdias de D eus


q ue apresenteis os vossos corpos po r sacrifício vivo, santo e
agradável a Deus, que é o vosso culto racional. E não vos
conform eis com este século, m as transform ai-vos pela
renovação da vossa m ente, para que experim enteis qual seja
a boa, agradável e perfeita vontade de D eus" (Romanos
12 .1 , 2 ).

D eu s se a g ra d a q u a n d o as p esso as q u e se in te ressa m
248 O Reavivamento Satânico
p e lo S eu re a v iv a m e n to to m a m o c o m p ro m isso d e a n d a r em
s a n tid a d e . O s q u e Ele escolhe p a ra u s a r n u m m o v im e n to d e
re a v iv a m e n to d e v e m sa b er q u e são c h a m a d o s à s a n tid a d e .
C o m o v im o s, u rn a d a s p rim e ira s m arcas d o re a v iv a m e n to é
q u a n d o o p e c a d o é c o n s id e ra d o co m o ex cessiv am en te peca-
m in o so . O s q u e c a rre g a m o fard o d o re a v iv a m e n to p rec isam
e s ta r an sio so s p a ra v iv e r acim a d o p ecad o . Peça ao S e n h o r
p a ra re v e la r d ia ria m e n te á re a s d e tra n sig ê n c ia o u in d u lg ê n c ia
p e c a m in o sa q u e p rec isam se r re m o v id a s d a s u a v id a. A p res-
se-se em c o n fessar tais p e c ad o s e se a p ro p ria r d a p u rificação
d e D eus.
U m fa to r im p o rta n te n a fó rm u la d iv in a p a ra p ro m o v e r o
re a v iv a m e n to é q u e as p e sso a s q u e o d esejam d e v e m "se
c o n v e rte r d o s seu s m a u s ca m in h o s". A trav é s d a o b ra c o n su -
m a d a d e C risto , D eu s d e u ao s cren tes o p o d e r e a g raç a d e
c o n q u is ta r a v itó ria so b re o m u n d o , a c a rn e e o d iab o . M eu s
liv ro s, O A d v e rsá rio ("T he A d v e rsary ") e V en cen d o o A d v e rsa rio
("O v erc o m in g th e A d v e rsa ry " ), d ã o u m con ceito bíblico d es-
sa v itó ria e sp iritu a l. A v itó ria e sp iritu a l d e v e se r u m fa to r n a
v id a d o cren te. H á ta n ta coisa em risco!

"Procurem ter paz com todos e se esforcem para viver


um a vida com pletam ente dedicada ao Senhor, pois sem isso
ninguém o verá" (H ebreus 12.14 — BLH).

2. D e d ic a r-se à o ração p e sso a l p e lo re a v iv a m e n to .

A s p e sso a s q u e in flu en ciam o u tro s são p ro fu n d a m e n te


d e d ic a d a s à s u a c a u sa; p o rta n to , a o ra ç ã o p e s so a l p e lo
re a v iv a m e n to d e v e v ir em p rim e iro lu g ar. C o lo q u e a o ração
em p a rtic u la r n o alto d a su a lista d e p rio rid a d e s e n ã o d eix e
d e p raticá-la.

"Porém , qu an d o você orar, vá para o seu quarto, feche


a porta e ore ao seu Pai, que não pode ser visto. E o seu Pai,
que vê o que você faz em segredo, lhe dará a recom pensa"
(M ateus 6.6 — BLH).

N ão existe su b stitu to p a ra a o ração p riv a d a , pessoal.


Você se b en eficia g ra n d e m e n te e ta m b é m d á h o n ra a D eu s
O Tempo É Agora 249
q u a n d o p a ssa o seu p e río d o d ev o cio n al co m Ele.
A o fazer isto, é im p o rta n te m a rc a r u rn a h o ra e lu g ar. A
m a io ria d a s p e sso a s n ã o p o d e in tro d u z ir a o ração p ro lo n g a d a
e m s u a a g e n d a , m as q u a se to d o s têm co n d içõ es d e fazê-lo
v á ria s v e z es p o r sem an a. A lg u n s d esses p e río d o s reg u la re s
d e v e m s e r d e d ic a d o s e x c lu s iv a m e n te ao te m a d o
re a v iv a m e n to . Se n o s s a p r ó p ria s o b re v iv ê n c ia e x ig e o
re a v iv a m e n to , e n tã o o ra r p o r ele n ã o é u m a opção. E u m a
n ecessid ad e!
V ocê p o d e d e se n v o lv e r o seu p ró p rio estilo d e o ração
in te rce ssó ria p a ra o rea v iv am e n to , o u talv ez d eseje e m p re g a r
o tip o d e a b o rd a g e m d o u trin á ria d a s o rações-m odelo su g erid as
n e ste liv ro . V ocê v ai ach á-las lista d a s p o r tó p ico s n o índice.
É im p o rta n te co m eçar e p e rm a n e c e r n o tem a. A o ração
d e re a v iv a m e n to d e v e se r fo calizada. D a m e sm a fo rm a q u e
a o ração d e N eem ias, ela d e v e e x p re ssa r a d o ra ç ã o , fa rd o e
a rre p e n d im e n to (N eem ias 1.5-11). D eve in clu ir d o u trin a
b íb lica e c o n cen trar-se n a v o n ta d e re v e la d a d e D eus. Ela d e v e
c o n fro n ta r e resistir a S atan ás em tu d o q u e ele e stá fa z e n d o
p a ra p re ju d ic a r o rea v iv am e n to . L em bre-se d e q u e o in g re d i-
e n te básico d o re a v iv a m e n to m ais a m p lo é a v id a p e sso a l d e
o raç ã o d o s crentes. O re p a ra q u e D eu s n o s d ê u m a b ase de
m ilh õ es d e cristão s q u e estejam o ra n d o p elo re a v iv a m e n to
e m p a rtic u la r e p esso alm en te. " E o seu Pai, q u e v ê o q u e você
faz e m seg re d o , lh e d a rá a re c o m p e n sa " .

3. T o rn a r-s e p a rte d e u m g ru p o d e o raç ã o p a ra o


re a v iv a m e n to .

E m b o ra o re a v iv a m e n to seja s e m p re in te n sa m e n te pes-
soai, ele é ta m b é m c e n tra d o n o g ru p o .
N o A n tig o T estam en to , os líd e res e s p iritu a is eram , n o
g eral, "so litário s" q u e o u v ia m D eu s co m o in d iv íd u o s. A braão,
M oisés, Elias e Isaías tra n sm itira m a s u a m e n sa g e m ao p o v o
co m o a ra u to s sin g u la re s d a v e rd a d e d e D eus.
N o N o v o T estam en to , p o rém , a ên fase foi c o lo c a d a so b re
o co rp o , o g ru p o , a igreja c o n ju n ta q u e o u v ia a p a la v ra d e
D e u s e se m o v ia co m D eus. E certo q u e n o N o v o T e sta m en to
líd e res in d iv id u a is co m o T iago, P a u lo e P e d ro e ra m n ecessá-
250 O Reavivamento S atánico
ríos, m as eles s e m p re fu n c io n a v a m e m h a rm o n ia co m o
co rp o . O p ro g re sso d a igreja se c o n c en tro u n o g ru p o d e s d e o
inicio — o S en h o r Jesus C risto tin h a u m g ru p o d e d o z e
ap ó sto lo s. Ele d e u ta m b é m in stru çõ e s a u m g ru p o d e 120
d isc íp u lo s fiéis p a ra a g u a rd a re m em Jeru salém , a fim d e
se re m re v e stid o s d e p o d e r d o s céu s a tra v é s d o E sp írito Santo:

"Eu m esm o lhes m andarei o que m eu Pai prom eteu.


M as esperem na cidade até que o p od er de cima venha sobre
vocês" (Lucas 24.49 — BLH).
"E ntão os apóstolos voltaram para Jerusalém , do
m onte das Oliveiras, que fica m ais ou m enos a um quilôm e-
tro da cidade.
Q uand o chegaram lá, foram à sala do an d ar de cima
d a casa onde eles estavam hospedados...T odos eles, unidos,
se reuniam sem pre para orarem com os irm ãos de Jesus, a
m ãe dele e as outras m ulheres" (Atos 1.12,13a,14 — BLH).

H o m e n s , m u lh e r e s e c ria n ç a s o r a v a m ju n to s . O
re a v iv a m e n to co m eço u com esse g ru p o .
O lu g a r p a ra d a r início a u m a reu n ião p a ra o rea v iv am e n to
d e v e se r a igreja local — e n tid a d e e sco lh id a p o r D eu s p a ra
e v a n g e liz a r o m u n d o e ed ificar o corpo. D eu s d á g ra n d e
im p o rtâ n c ia à igreja local.
L a m en ta v elm en te , n estes n o sso s d ias, n a m a io r p a rte
d a s igrejas locais, as reu n iõ e s d e o ração p a re c e m e sta r s e n d o
p o sta s d e la d o e a lg u m a s igrejas a té d e ix a ra m d e realizá-las.
E sta é m ais u m a in d icação d a n e c essid ad e d e s e s p e ra d a d o
re a v iv a m e n to hoje.
P la n o s in o v a d o re s p ro m o v e n d o a o ração d a igreja são
n ecessário s. A m aio ria d e ssa s reu n iõ e s tem u m foco d iv ersi-
ficado: m ale s físicos, p ro b le m a s fam iliares, m u d a n ç a d e em -
p reg o , n e c e s s id a d e d e trab alh o , p ro g ra m a s d a igreja e m issio-
n ário s. T u d o isso p rec isa d e a p o io em oração, m as é difícil
in clu ir a o ração p a ra o rea v iv a m e n to além d e ssa s n ecessid a-
des. A lg u n s g ru p o s d e v e m reu n ir-se a p e n a s p a ra o ra r p elo
rea v iv am e n to . A o ração d e re a v iv a m e n to exige m ais a ten ção
d o q u e está o b te n d o no m o m en to .
O s c re n tes q u e se n te m o fa rd o d e D eu s co m relação ao
re a v iv a m e n to d e v e m c o n v e rsa r co m o se u p a sto r, p a ra o b te r
a s u a b ên ção e ap oio . A s sessões d e o ração esp ecial p a ra o
O Tempo É Agora 251
re a v iv a m e n to d e v e m ser in clu id a s n o s a n ú n c io s se m a n a is d a
igreja. A h o ra e o lu g a r d e v e m se r esco lh id o s d e a c o rd o com
os in te resse s d o s p a rtic ip a n te s — ced o d e m a n h ã é b o m p a ra
m u ita s p essoas; à h o ra d o alm oço a lg u m a s v ezes funciona;
a lg u n s g ru p o s m arc am reu n iõ e s d a s 21 às 22 h o ras, d e p o is d e
as crian ças tere m id o d o rm ir. É aco n selh áv el q u e h aja u m
lim ite d e tem p o , e as p e sso a s d e v e m te r lib e rd a d e d e ir e v ir
co n fo rm e su a s co n d içõ es p e rm itire m . O s g ru p o s d e o ração
p a ra o re a v iv a m e n to n a s igrejas locais são u m a n e cessid ad e.
P e río d o s d e o ração em g ru p o s in te rd e n o m in a c io n a is
p a ra o re a v iv a m e n to são tam b é m necessários. Esses p o d e m
c o m e ç a r n as associações in te rd e n o m in a c io n a is ex isten tes,
tais co m o c o m itês d e h o m en s d e n eg ó cio s cristãos, g ru p o s de
m in isté rio s fem inin os, e e stu d o s bíblicos e n tre igrejas. É
im p o rta n te q u e os g ru p o s in te rd e n o m in a c io n a is v ejam a
n e c e ssid a d e u rg e n te d o re a v iv a m e n to v isita r to d a s as igrejas.
Q u a n d o o re a v iv a m e n to ch eg ar, to d as as igrejas ficarão chei-
as. O ra r ju n to s p elo rea v iv am e n to é u m alicerce im p o rta n te
d a p rep a ra çã o .

4. S e r p e rs is te n te ao a g u a rd a r o r e a v iv a m e n to d o S e n h o r.

D e u s p o d e m o v er-S e r a p id a m e n te p a ra p r o d u z ir o
rea v iv am e n to . A s 120 p esso as re u n id a s n a sala d o a n d a r de
cim a, em Jeru salém , só tiv e ra m d e e s p e ra r d e z d ias. O so m d e
u m v e n to im p e tu o so e a v isã o d e lín g u a s co m o d e fogo
a n u n c ia ra m o seu início. U m a v e z iniciado, m ilh are s resp o n -
d e ra m q u a se im e d ia ta m e n te . Sim , D eu s p o d e m o v er-se
d e p re ssa , m as...
A b ase p a ra esse re a v iv a m e n to ex ig ira m u ito m ais tem -
po. S eus fu n d a m e n to s se re p o rta v a m ao s três a n o s q u e o
S e n h o r Jesu s C risto m in istro u a q u i n a terra. Sem esses anos,
n ã o teria h a v id o rea v iv am en to . M esm o o re a v iv a m e n to d o
P en teco stés ex igiu lo n g o tem p o d e p rep a ra çã o . O s m o v im e n -
tos g ra n d e s e "sú b ito s" d e D eu s têm raízes p ro fu n d a s.
D eu s é re sp o n sá v e l p ela h o ra o p o rtu n a , os c re n te s são
re sp o n sá v e is p ela in tercessão co n stan te. O s q u e " p e rm a n e -
cem " v e rã o c e rtam e n te ch e g ar o refrigério.
O e scrito r R o n ald D u n n d eclara co m m u ita p ro p rie d a d e
252 O Reav iv amento S atánico
e m se u liv ro N ã o F ique A i Parado, O re A lg u m a C oisa ("D o n 't
Ju st S ta n d T h ere, P ra y S om ething"):

N a história registrada d a igreja jam ais houve um


derram am ento poderoso do Espírito, na form a de
reavivam ento, que não tenha sido iniciado com as orações
persistentes e eficazes de pessoas desesperadas. O
reavivam ento jam ais veio porque os hom ens o colocaram no
calendário. Ele veio porque D eus o colocou em seus
corações.2

5. P ro te g e r os r e s u lta d o s d o re a v iv a m e n to .

O s re a v iv a m e n to s têm v a ria d o m u ito e m d u raç ã o . N a


o p in iã o d e M a rtin h o L utero, os lim ites ex terio res e ra m d e
cerca d e trin ta an os, e ele ju lg o u q u e a igreja n ec essita v a d e u m
d e s p e rta m e n to p elo m en o s com essa freqüência.
A lg u n s re a v iv a m e n to s tiv e ram u m a d u ra ç ã o b em m e-
no r. O re a v iv a m e n to d e 1904, em W elsh, a c ab o u d e p re ssa . O
líd e r p rin c ip a l d e sse re a v iv am e n to , E v an R oberts, e o a u to r
Jessie P en n -L ew is, a c h a ra m q u e ele te rm in o u p re m a tu ra -
m en te. O se u liv ro G uerra aos S a n to s ("W ar o n th e S aints"),
p u b lic a d o p ela p rim e ira v e z e m 1912 d e p o is d o s re s u lta d o s
d o re a v iv a m e n to d e 1904 tere m d im in u íd o g ra n d e m e n te ,
tra ta d a m a n e ira su til co m o S atan ás p o d e p re ju d ic a r o q u e
D eu s q u e r fa z e r a tra v é s d o s crentes. O s a u to re s a p re se n ta -
ra m os e n g a n o s d e S a tan á s e a a titu d e p a ssiv a d o s c re n te s com
re sp e ito à g u e rra e sp iritu a l co m o as p rin c ip ais c a u sa s p a ra as
d e rro ta s e sp iritu a is. E m s u a o p in ião , a g u e rra e sp iritu a l
a g re ssiv a teria a u m e n ta d o b a sta n te a in flu ê n cia d a q u e le
re a v iv am e n to .
A o ração p a ra o d e sp e rta m e n to p recisa in c lu ir p e d id o s
p a ra a s u a p ro teção . Só o P ai C elestial p o d e p ro te g e r o
re a v iv a m e n to d o s e stra ta g e m a s to rtu o so s q u e S atan ás u sa rá
p a ra detê-lo.
O d e s p e rta m e n to m u d a corações, in v e rte te n d ê n c ia s
d ecrescen tes, e stabelece u m a n o v a d ire ç ão e fortalece m u ito a
fé cristã n a c u ltu ra e m q u e ele ocorre. U m a v e z esta b e le c id a
e sta n o v a d ireção , a igreja c o n tin u a a fu n cio n a r e m u m n ív el
m u ito m ais e le v a d o d e ferv o r esp iritu a l. T o d o s g o z a m d a s
O Tempo É Agora 253
b ên ção s d a v id a e sp iritu a l re n o v a d a , e m b o ra a in te n sid a d e
e m o cio n al e a g ra n d e a tiv id a d e d o re a v iv a m e n to revolucio-
n á rio co m ecem a d im in u ir. O p o v o re a v iv a d o p a sso u a se
a le g ra r n a a d o ra ç ã o p ro lo n g a d a , ev an g elism o , e n sin o cons-
ta n te e a v a n ço m issio n ário .
D ev em o s o ra r p ela d u ra ç ã o d o re a v iv a m e n to tão fervo-
ro sa m e n te q u a n to o ra m o s p a ra q u e ele v e n h a . Q u e m u n d o
relig io so co m p lex o u m re a v iv a m e n to e n c o n tra ria hoje! Q u ã o
d e p re s s a p o d e ria se r e n fra q u e cid o p e la c a p a c id a d e h u m a n a
d e " a p a g a r o E sp irito ", p a ra n ã o falar d a o b ra d e S atanás.
T a n g e n te s d e e x tre m ism o p o d e ría m ra p id a m e n te d e s v ia r a
s u a influên cia. O e q u ilib rio e n tre o e n sin o d o u trin á rio só lid o
e o av a n ço ev an g elístico p a ra alcan çar os p e rd id o s d e v e
p e rm a n e c e r o foco e a m en sa g e m c o n tín u a d o v e rd a d e iro
rea v iv am e n to . A ev an g elização d o m u n d o é o fluxo p rin c ip al
d o re a v iv am e n to . D eu s n ã o n o s d á u m re a v iv a m e n to rev o lu -
c io n á rio a p e n a s p a ra no s tra z e r ale g ria e to rn a r as coisas
m elh o res p a ra o S eu p ovo. D eu s a m a o m u n d o p e rd id o e
deseja a lcan çar c a d a p esso a nele. A o ração v ig ilan te, p ro teto -
ra, co m essa fin alid ad e, é u m a p a rte in d isp e n s á v e l d a o ração
p a ra o rea v iv am e n to . O re p a ra q u e o n o sso P ai celestial
s u p e rin te n d a so b e ra n a m e n te tan to a firm eza d o u trin á ria com o
a d u ra ç ã o d o re a v iv a m e n to rev o lu cio n ário .

P re s e rv a n d o o R e a v iv a m e n to

M esm o an tes d a c h e g a d a d o rea v iv am e n to , a m e n te fica


te n ta d a a p re p a ra r p ro g ra m a s p a ra p ro m o v e r, p ro te g e r e
c o n tin u a r s u a n o v id a d e a lo n g o p razo . M u ita s coisas são
n e cessárias n o se n tid o d e p ro v id e n c ia r u m a e s tru tu ra e e q u i-
líb rio p a ra o rea v iv am e n to , tais com o:

* G ru p o s d e e stu d o bíblico p a ra e d ifica r o s n o v o s cren tes.


* B rig a d a s a tiv a s q u e le v e m o a m o r d e C r is to a o s
d e s a b rig a d o s e n ecessitados.
* E q u ip es d e ap o io p a ra a ju d a r os n o v o s-c o n v e rtid o s a se
a fa sta re m d o satan ism o .
* T re in a m e n to e m ev an g elism o , p ro m o v e n d o v á ria s abor-
d a g e n s ju n to ao s p e rd id o s.
254 O REAVIVAMENTO SATÁNICO
* M ob ilização p a ra a evan g elização d o m u n d o e rec ru ta -
m e n to d e m issio n ário s.
* E s t r u t u r a s d e d e ta l h e s d e a p o io p a r a r e s g a t a r e
re d ire c io n a r as p esso as q u e sofrem .
* S e m in á rio s q u e ofereçam eq u ilíb rio bíblico n o trein a-
m e n to p a ra a g u e rra e sp iritu al.
* M in istério s d e o ração p a ra a p o ia r e p ro te g e r o m o v im en -
to d e rea v iv am e n to .
* E stra tég ia s d e d isc ip u la d o p a ra o in d iv íd u o e g ru p o s d e
células.
* F estas d e c o n fra te rn iz a ç ão q u e ex altem a C risto e ceie-
b raçõ es c ria tiv a s d e a d o ra ç ã o e lo u v o r.

São n e cessárias p e rn a s fortes p a ra a n d a r lo n g as d istâ n -


cias; e o re a v iv a m e n to rev o lu c io n á rio re q u e r as p e rn a s fortes
d a e s tru tu ra o rg a n iz a d a e d a lid e ran ç a h áb il p a ra m antê-lo.
S en ti-m e te n ta d o a sa lie n ta r e sta n e c essid ad e ó b v ia, m as fu i
c o n s tra n g id o a n ã o fazê-lo p o r d u a s razõ es p rin cip ais:

1. Já existe abundância de programas evangélicos cristãos


e estruturas organizacionais.
* H á m u ito s p ré d io s d e igreja sem iv azio s, a b rig a n d o con-
g reg açõ es vacilan tes.
* O rg a n iz a ç õ es d e a p o io à igreja com m in isté rio s d e fin id o s
e stã o d a n d o e n c o n trõ es u m a s n as ou tras.
* O m e lh o r n a m íd ia d e c o m u n icação já e stá p ro m o v e n d o
o e v a n g elism o em to d o o m u n d o .
* P ro g ra m a s d e tre in a m e n to em e v a n g elism o p o d e m ser
o b tid o s p a ra sa tisfa z er a p refe rê n c ia d e q u e m q u e r q u e
seja.
* P ro g ra m a s d e d isc ip u la d o d e d e se m p e n h o eficaz estão à
d isp o sição d o s in teressad o s.
* S em in ário s d e ren o m e , fa c u ld a d e s cristãs e in stitu to s
bíblicos estão p ro n to s p a ra receber n o v o s alu n o s.
* Ju n ta s d e n o m in a cio n a is e m issio n á ria s a ch am -se eq u i-
p a d a s p a ra e n c a m in h a r os n o v o s v o lu n tá rio s ao s cam -
p o s d e trab alh o .
* O rg a n iz a ç õ es m u n d ia is d e a ju d a aos fam in to s e m in isté-
O Tempo É Agora 255
río s ñ a s g ra n d e s c id a d e s estão p re se n te m e n te rea liz a n d o
o b ras d e v á rio s tipos.

E ssas e s tru tu ra s n ec essita ria m d e u m a o rie n taç ã o b em


d o s a d a p elo E sp írito S anto p a ra e n fre n ta r o " ru s h " c ria d o
p e lo re a v iv a m e n to rev o lu cio n ário , m as elas já existem , pre-
p a ra d a s e à esp era. M ais p la n o s c e n tra d o s n o p ro g ra m a n ão
são necessário s. A so b e ra n ia d e D eu s p ro v id e n c io u tu d o .

2. O reavivamento revolucionário abastece a sua própria


continuação.
E n q u a n to o b se rv a v a os g rão s q u e e x p lo d ia m , e n c h en d o
m in h a p ip o q u e ira , vi u m ex em p lo d o re a v iv a m e n to revolucio-
n ário . A s fo g u eiras d o re a v iv a m e n to re g e n e ra m e tran sfo r-
m a m m u ltid õ e s d e pessoas. S em en tes e n d u re c id a s d e v id as
h u m a n a s p e c a d o ra s são su b ita m e n te tra n sfo rm a d a s em m em -
b ro s reg e n e rad o s, ú teis, d o c o rp o d e C risto.
E ssa h istó ria se d e se n ro la n o L ivro d e A tos. À m e d id a
q u e o re a v iv a m e n to in iciad o n o P en teco stés se p ô s a cam in h o ,
"D e re p e n te v eio d o céu u m b a ru lh o q u e p a re c ia u m v e n to
s o p ra n d o m u ito fo rte " . Este so m d o v e n to e n c h eu to d a a casa,
e as p e sso a s ali re u n id a s " v ira m coisas p a re c id a s com ch am as,
q u e se e s p a lh a ra m com o lín g u a s d e fogo; e c a d a u m foi to cad o
p o r u m a d e ssa s lín g u a s" (A tos 2.1,2 — BLH).
N o m u n d o d a n a tu re za , a m is tu ra d e v e n to e fogo libera
os e le m en to s m ais p o d e ro so s d a criação. O in cê n d io d e 1989
q u e v a rre u o P a rq u e N acio n al d e Y ellow stone m o stro u o
p o d e r d o v e n to e d o fogo q u e n ã o p o d e ser d e tid o . N a q u e le
a m b ie n te p ro p íc io à co m b u stão , o v e n to e o fogo c ria ra m o seu
p ró p rio c o m b u stív e l, d e s a fia n d o to d o s os e sfo rç o s p a ra
co n tro lá-los.
D eu s p lan ejo u a p e n a s u m P en teco stés e este d e m o n s-
tro u lições im p o rta n te s q u e p rec isam o s a p re n d e r. A v in d a d o
E sp írito S an to n o s sím b o lo s d o v e n to e d o fogo ilu stra m m u ito
m ais d o q u e q u a lq u e r d e n ó s p o d e e n te n d e r c la ram e n te . E m
p a rte , s e g u n d o creio, esses sím b o lo s v o láteis c o m u n ic a m a
força im b a tív e l d a igreja c o n tro la d a p elo E sp írito d e C risto.
Q u a n d o o v e n to e n v ia d o d o céu e o fogo s a n to se c o m b in a m
256 O R eavivamento Satánico
em n ú m e ro s m ú ltip lo s d e c re n te s sincero s, os re s u lta d o s são
e x p lo siv a m e n te p o d ero so s.
Q u a n d o o E sp irito S anto foi d e rra m a d o , o re a v iv a m e n to
rev o lu c io n á rio p ro d u z id o g e ro u a su a p ró p ria c o n tin u ação .
A v id a, m o rte , ressu rre içã o e a scen são d o Filho d e D e u s esta-
b eleceram tu d o o q u e e ra n ecessário p a ra a o b ra d o E sp írito
Santo. O s re su lta d o s a lo n g o term o fo ra m fen o m en ais:

* D iscíp u lo s c o n c e n tra d o s n u m p ro g ra m a se to m a ra m
a p ó sto lo s ch eio s d e p o d e r (A tos 2).
* "S e rv id o re s d e m e sa ", eleitos p e la igreja, b rilh a ra m com o
e stre la s d e fé q u e e n tre g a ra m as su a s v id as, s e g u in d o o
e x e m p lo d e p e rd ã o "do seu S en h o r (A tos 6,7).
* P e rse g u id o re s cheios d e ó d io fo ra m tra n s fo rm a d o s em
p o d e ro s o s d e fe n so res d a fé (A tos 9).
* C re n te s d isp e rso s, p e rse g u id o s, to rn a ra m -se m issio n á -
rio s p la n ta d o re s d e igrejas (A tos 8).
* B arreiras raciais e étn icas d e sa p a re c e ra m (A tos 8.26-40;
10, 11 ).
* T rad içõ es relig io sas e conflitos p ro fu n d o s fo ra m reso lv í-
d o s (A tos 15).
* O e v a n g elism o m u n d ia l se d ifu n d iu p o r to d o o m u n d o
co n h e cid o (A tos 13-29).
* A o p o sição d e S a tan á s foi n e u tra liz a d a e re p re e n d id a
(A tos 13.6-12; 16.16-21).
* In d iv íd u o s c ru é is e m a ld o so s se to rn a ra m cristã o s d e d i-
c a d o s (A tos 16.22-34).
* C id a d e s e c u ltu ra s in te ira s fo ra m d ra m a tic a m e n te tra n s-
fo rm a d a s (A tos 19).
* O im p é rio ro m a n o foi in v a d id o p elo p o d e r d o e v a n g e lh o
(A tos 23-29).

O re a v iv a m e n to rev o lu cio n ário , g e ra d o p o r D eu s, incen-


tiv a a s u a p r ó p r ia c o n tin u a ç ã o (é a u to -a b a s te c id o ). O
re a v iv a m e n to s atân ico v eio so b re n ó s c o m a la rm a n te p o d e r e
alv o s d e te rm in a d o s, e só u m re a v iv a m e n to d a a u to ria d e
D eu s p o d e e n fre n ta r o d esafio d e S atanás. O p o v o d e D e u s é
c h a m a d o p a ra p resen ciá-lo . O s in stru m e n to s estão e m n o ssas
m ão s.
O Tempo É Agora 257
E sp e ra p e lo S e n h o r,
te m b o m â n im o , e f o r t i f i q ú e s e o te u c o ra çã o ;
esp era , p o is , p e lo S e n h o r (Salmo 27.14).
Apêndice A

Conceitos de Reavivamento e o
Papel do Espírito Santo
U m a c u ltu ra e n d e m o n in h a d a só p o d e ser sa lv a e resga-
ta d a d a s ru ín a s a tra v é s d e u m re a v iv a m e n to p o d e ro so origi-
n a d o p elo E sp írito Santo. Q u e ro enfocar, n e ste a p ê n d ic e , o
sig n ific a d o d e sse m o v im en to . O s c re n tes jam a is p o d e m
e s p e ra r u m a refo rm a d a rebelião c u ltu ral, m o ra l e e sp iritu a l
p re se n te s m e d ia n te esforços h u m a n o s. B oicotar os p ro d u to s
d o s p a tro c in a d o re s d e p ro g ra m a s d e baixo n ív el n a televisão
é b o m , m as n ã o é suficiente. P asseatas a fav o r d o d ire ito à v id a
e m an ifestaçõ es d ia n te d a s clínicas d e a b o rto terão a lg u m
efeito, m as n ã o reso lv erão este tra v e sti m oral. U m rem é d io
m ais fo rte é necessário. O re a v iv a m e n to d e v e vir.

Definições de Reavivamento
V am o s c o n sid e ra r a lg u m a s d efinições d e re a v iv a m e n to
p o r re n o m a d o s e stu d io so s d o a ssu n to .
J.E d w in O rr, h isto ria d o r in te rn a c io n a lm e n te re sp e ita d o
e e s tu d io s o d o s rea v iv am e n to s, p ro v a v e lm e n te v iajou m ais
lo n g e e co lecio n o u m ais m ate ria l d e p rim e ira m ã o so b re o
te m a d o q u e q u a lq u e r o u tro a u to r. A m a io ria d o s seu s livros,
q u e r e g i s t r a d e t a l h e s h i s t ó r i c o s q u e e le c h a m a d e
" D e s p e rta m e n to s E vangélicos" ao re d o r d o m u n d o , c o m p a r-
tilh a u m a in tro d u ç ã o co m u m . O p a rá g ra fo d e a b e rtu ra d e ssa
in tro d u ç ã o d á u m a id éia d o reav iv am en to :

O D espertam ento Evangélico é um movimento do


Espírito Santo que provoca um reavivam ento do cristianism o
do N ovo T estam ento na Igreja de Cristo e na com unidade a
ela relacionada. Tal despertam ento pode m odificar de
m aneira significativa um único indivíduo; pode afetar um

-259-
260 O REAVIVAMENTO SATÁNICO
g rupo m aior de crentes; pode ativar um a congregação, ou as
igrejas de um a cidade ou distrito, ou todo o corpo de crentes
através d e um país ou continente; ou até o corpo m ais am plo
de crentes em todo o m undo. O derram am ento do Espírito
afeta o reavivam ento da Igreja, o despertam ento das
massas, e o m ovim ento de povos não instruídos em direção
à fé cristã. A Igreja reavivada, p o r m uitos ou poucos, é
levada a engajar-se no evangelism o, no ensino, e na ação
social.1

E m se u liv ro C la m o r S in cero pelo R e a v iv a m e n to ("H ea rt-


C ry fo r R ev ival") escrito n o início d a d é c a d a d e 60, o a u to r
S t e p h e n F. O lf o r d b u s c a s i n t e t i z a r a s d e f i n iç õ e s d e
re a v iv a m e n to a p re s e n ta d a s p o r a lg u n s d o s fam o so s serv o s
d e D e u s d o p a ssa d o e p resen te, tais co m o W illiam B. S p rag u e,
C h a rle s G. F in ney, G.J. M o rg an , A rth u r W allis, J.E d w in O rr,
e J o sep h K em p . Ele re ú n e as c o n trib u iç õ e s d e le s n e sta
d efin ição ab rev iad a:
O reavivam ento é aquela estranha e soberana obra de
Deus, na qual Ele visita o Seu povo — restaurando, reani-
m ando e libertando — na plenitude da Sua bênção. Essa
intervenção divina resultará em evangelism o, em bora seja
em prim eiro lugar um a obra de D eus na igreja e entre os
crentes individuais.2

R ich ard O w e n R o berts m a n té m a su a d efin ição c u rta e


incisiva:
Ao usar o term o reavivamento, estou falando de um
movimento extraordinário do Espirito Santo produzindo resulta-
dos extraordinários.3
D u ra n te a s u a v id a in teira, R oberts fez u m e s tu d o d o
re a v iv a m e n to q u e n o s p ro p o rc io n o u u m a b ib lio g rafia v alio sa
d e m ais d e 150 títu lo s so b re o assu n to . S ua d efin ição co m p ac-
ta d iz m u ito p elo q u e d e ix a d e d izer. Ele reco n h ece q u e é
difícil lim ita r o re a v iv a m e n to m e d ia n te o u so d e d efin içõ es
restritas. P o r se tra ta r d e u m " m o v im e n to e x tra o rd in á rio d o
E sp írito S an to ", q u a se tu d o q u e acontece n o re a v iv a m e n to
fica à m ercê d a so b e ra n ia d o Pai celestial — D eu s e fe tu a a S u a
v o n ta d e e p la n o m e d ia n te a o b ra d o E sp írito S an to em c a d a
situ a ç ão d o processo.
O s re a v iv a m e n to s são e v e n to s em ocionais. A ssim sen-
d o , eles g e ra lm e n te en fo cam a ex p eriên cia e m su a s m an ifes-
Apêndice A 261

taçõ es ex tern as. M as os re su lta d o s u ltra p a s s a m m u ito as


e m o çõ es e se n tim e n to s n u m re a v iv a m e n to g e n u ín o . A s
v id a s, a titu d e s, e ato s d a s p esso as se tra n sfo rm a m d ra m á tic a -
m en te. C u ltu ra s in te ira s são m o d ificad as.
O ra d ia lista D a v id M ains, d ire to r d o p ro g ra m a C apela do
A r ("C h ap e l of th e A ir"), é u m d o s m aio res d e fe n so res n o rte -
a m e ric a n o s d o rea v iv am e n to . D ev em o s m u ito a ele e a se u
m in i s té r i o r a d i o f ô n ic o c o m o u m a f o rç a e s ti m u l a n te ,
m o tiv a d o ra , d o re a v iv a m e n to e m n o sso país. M ain s d e fin e o
re a v iv a m e n to co m o " u m a sen sação e x tra o rd in á ria da p r o x im i-
dade e p resença do S e n h o r Jesus C risto e n tre o se u p o v o ". Tal
d efin ição se c o n c en tra n o v a m e n te n o c a m p o e x p e rim e n tal.
Ela é sim ila r à d eclaração d e J. E d w in O rr em O S e g u n d o
D e sp e rta m e n to E va n g élico na G rã-B reta nh a:

A m elhor definição de reavivam ento é a frase "tem pos


de refrigério...da presença do Senhor".4

D a m esm a fo rm a q u e M ains, O rr in d ic a a n o ta m ística d o


re a v iv a m e n to co m o s e n d o u m a sen sação in v u lg a r d a p roxi-
m id a d e d o S e n h o r — e essa p re se n ç a p ró x im a tra z g ra n d e
refrig e rio e u m a n o v a v ida.

S ig n ific a d o s B íb lic o s d a P a la v ra R e a v iv a m e n to
O term o h e b ra ico p a ra " re a v iv a r" (chaya, k h a w -y a w ) é
u s a d o d o z e v ezes n o A n tig o T estam en to . O léxico h eb raico
a firm a q u e a p a la v ra significa " m a n te r (d eix ar o u to rn ar)
v iv o ". O u tra s p a la v ra s e frases d e scritiv as d o d icio n á rio
h e b re u são " d a r v id a, to le rar v iv er, n u trir, p re se rv a r, vivifi-
car, re c u p e ra r, re p a ra r e re s ta u ra r a v id a. S alv ar co m v id a o u
fa z e r co m q u e se to rn e co m p le ta ". E ssas p a la v ra s d e scre v e m
b e m o q u e o re a v iv a m e n to rev o lu c io n á rio e sp iritu a l p o d e
fazer.
A lg u m a s vezes, n o A n tig o T estam en to , a p a la v ra signi-
fica s im p le s m e n te a resta u ra ç ã o d a v id a física co m o n o caso
d a ressu rre içã o d o filho d a v iú v a d e S a rep ta p o r Elias:

"O D eus Eterno respondeu à oração d e Elias. O


m enino com eçou a respirar outra vez e tornou a viver" (1
Reis 17.22).
262 O REAVIVAMENTO SATÁNICO
O m e n in o m o rto v o lto u à v id a.

E m o u tra s ocasiões, a p a la v ra fala d o d e sa p a re c im e n to


d o c an saço físico e d a ten são em ocional. Q u a n d o Jacó v iu os
c a rro s esp eciais e n v ia d o s p o r José p a ra lev a r a fam ília p a ra o
E gito, "R ev iv eu -se-lh e o e sp írito " (G ênesis 45.27). E m v ista
d a s b o a s n o tícias so b re seu filho p e rd id o h á ta n to tem p o , Jacó
p a s so u p o r u m a v e rd a d e ira ren o v ação em ocional.
D ep o is d e s u a g ra n d e v itó ria so b re os filisteu s e m Lei,
S an são b e b e u á g u a s u p rid a p elo S enhor. A s E sc ritu ra s regis-
tra m q u e , " te n d o S ansão b eb id o , rec o b ro u alen to , e re v iv e u "
0 u íz e s 15.19). S an são p a sso u p o r u m a ren o v a ç ã o física. A
á g u a s u p riu S an são d e v id a e e n e rg ia e ele rev iv eu .
T o d av ia, este term o bíblico h eb raico p a ra v iv e r é u s a d o
m ais v ezes p a ra referir-se à ren o v ação e s p iritu a l n o p o v o e
n a s c u ltu ras. " P o rv e n tu ra n ã o to rn a rá s a v iv ific a r-n o s, p a ra
q u e e m ti se reg ozije o te u p o v o ?" (Salm o 85.6 — ênfase
acrescen tad a). O sa lm ista clam a p o r ren o v a ç ã o e sp iritu a l
(veja ta m b é m Isaías 57.15; H a b a c u q u e 1.5-11; 3.2,18,19).

Conceito de Reavivamento no Antigo Testamento


O S alm o 85 estabelece três su p o siçõ es p rin c ip a is q u e
fo rm a m o co n ceito d e rea v iv a m e n to n o A n tig o T estam en to :

1. A necessidade de reavivamento pressupõe excelência


espiritual anterior.
A p ró p ria p a la v ra rea viva r tra n sm ite a id éia d e u m a v id a
q u e a n te rio rm e n te excedia em q u a lid a d e ao q u e é ag o ra. O
S alm o 85.1-3 fala d e ssa elev ação e s p iritu a l p assad a:

"Favoreceste, Senhor, a tua terra; restauraste a prospe-


rid ad e de Jacó.
Perdoaste a iniqüidade do teu povo, encobriste os seus
pecados todos.
A tua indignação, reprim iste-a toda, do furor d a tua ira
te desviaste".

U m a ép o ca d e excelência e sp iritu a l n o p a ssa d o é reco-


Apêndice A 263
n h e c id a p elo salm ista. U m a re sta u ra ç ã o a n te rio r d a n ação é
re c o n h e c id a co m lo u v o r. O p e rd ã o d o s p e c ad o s d o p o v o e o
fato d e D e u s te r e n c o b erto esses p e c a d o s tro u x e g ra n d e
e sp e ra n ç a d e u m fu tu ro b rilh a n te . D e u s é lo u v a d o p o r d e ix a r
d e la d o a S u a ira c o n tra o S eu povo. A re s ta u ra ç ã o re su lto u
e m g ra n d e jú b ilo e lem b ran ç a s p re c io sa s n o co ra ç ã o d o
salm ista.
N o ssa n e c e ssid a d e d e re a v iv a m e n to se m p re se re p o rta a
u m e s ta d o a n te rio r d e excelência e sp iritu a l, a fim d e estabele-
cer u m a m e d id a e u m a base p a ra a esp eran ça.

2. A n e c e s s id a d e d o re a v iv a m e n to p r e s s u p õ e u m e sta d o
d e d e s v io e s p ir itu a l n o p re s e n te .

U m p e río d o d e d eclín io e s p iritu a l se se g u ira ao su cesso


d a q u e la v o lta inicial d o s ex ilad o s d a B abilônia. C erca d e d o z e
a q u in z e a n o s h a v ia p a s sa d o d e sd e as re fo rm a s iniciais d e
E sd ras q u a n d o N e em ias foi in fo rm a d o d a s co n d içõ es rein an -
tes e m s u a a m a d a Jeru salém . Seu irm ã o v o lta ra d e u m a visita
a Jeru salém , te n d o feito u m rela tó rio terrív el a N eem ias. O s
h a b ita n te s d a c id a d e se e n c o n tra v a m em situ a ç ão crítica
(N eem ias 1.3). O cla m o r d e N e e m ia s a fav o r d e Jeru salém ,
re g is tra d o em N e e m ia s 1, e o S alm o 8 5 .4 7 ‫ ־‬são n o ta v e lm e n te
se m e lh a n te s n o to m e c o n te ú d o . P o d e-se im a g in a r N ee m ia s
o ra n d o co m o salm ista:

"Restabelece-nos, ó D eus d a nossa salvação, e retira de


sobre nós a tua ira.
Estarás para sem pre irado contra nós?
Prolongarás a tua ira por todas as gerações?
Porventura não tornarás a vivificar-nos, para que em ti
se regozije o teu povo?
M ostra-nos, Senhor, a tua misericórdia, e concede-nos
a tua salvação" (Salmo 85.4-8).

A o ração d e N ee m ia s é u m p o u c o m ais d e ta lh a d a , se n d o ,
p o rém , b a s ta n te sim ila r à d o sa lm ista n o q u e se refere ao seu
desejo:
"Ah! Senhor, D eus dos céus, D eus g rand e e temível!
q ue guardas a aliança e a m isericórdia para com aqueles que
te am am e guardam os teus m andam entos; estejam, pois,
264 O REAVIVAMENTO SATÁNICO
atentos os teus ouvidos, e os teus olhos abertos, para
acudires à oração do teu servo, que hoje faço à tua presença,
dia e noite, pelos filhos de Israel, teus servos; e faço confis-
são pelos pecados dos filhos de Israel, que tem os com etido
contra ti; pois eu e a casa de m eu pai temos pecado. Temos
procedido de todo corruptam ente contra ti, não tem os
g uard ado os m andam entos, nem os estatutos, nem os juízos,
que ordenaste a M oisés teu servo.
Lem bra-te da palavra que ordenaste a Moisés teu
servo, dizendo: Se transgredirdes, eu vos espalharei por
entre os povos; m as se vos converterdes a m im e
g uardardes os m eus m andam entos, e os cum prirdes, então,
aind a que os vossos rejeitados estejam pelas extrem as do
céu, de lá os ajuntarei e os trarei para o lugar que tenho
escolhido, para ali fazer habitar o m eu nom e" (Neem ias 1.5-
9)·

A o sa b er d o s m u ro s d e rru b a d o s , d a s p o rta s q u e im a d a s
e d o p o v o so b g ra n d e o p ressã o , N ee m ia s p e rc e b e u as terrív e is
p e rd a s e s p iritu a is q u e o p o v o h a v ia e x p e rim e n ta d o . O se u
clam o r, co m o o d o salm ista, é p a ra q u e D eu s c ap acite o p o v o
a re c o b ra r o q u e h a v ia p re v ia m e n te receb id o d a S ua m ão.
O reco n h ecim en to d a n ecessid ad e d o rea v iv am e n to com e-
ça co m a p erc e p ç ão d e q u e e n tra m o s e m d eclín io esp iritu a l.

3. A n e c e s s id a d e d o re a v iv a m e n to p re s s u p õ e a n te c ip a d a -
m e n te a re n o v a ç ã o e s p iritu a l.

O rec o n h e c im e n to d a excelência e sp iritu a l a n te rio r e o


rec o n h e c im e n to d o d eclín io e s p iritu a l p rese n te, e m b o ra im -
p o rta n te s, n ã o p ro m o v e m a u to m a tic a m e n te o rea v iv am e n to .
Se p a rá sse m o s n e sse p o n to , só p o d e ria m o s la m e n ta r e deses-
p e ra r. D ev em o s ta m b é m o ra r com ex p e cta tiv a p e la ren o v a -
ção e sp iritu a l. O sa lm ista o ro u assim :

"Escutarei o que D eus, o Senhor, disser, pois falará de


paz ao seu povo e aos seus santos; e que jam ais caiam em
insensatez.
Próxim a está a tua salvação dos que o tem em , para que
a glória assista em nossa terra.
Encontraram -se a graça e a verdade, a justiça e a paz se
beijaram.
‫ ־‬Apêndice A 265
D a terra brota a verdade, dos céus a justiça baixa o seu
olhar.
Tam bém o Senhor dará o que é bom , e a nossa terra
pro d uzirá o seu fruto.
A justiça irá adiante dele, cujas pegadas ela transform a
em cam inhos" (Salmo 85.8-13).

O co n ceito d e re a v iv a m e n to d o A n tig o T e sta m e n to reco-


n h e c ia a excelên cia e sp iritu a l p a s s a d a e o d eclín io e sp iritu a l
p re se n te , a n te c ip a n d o a re sta u ra ç ã o e s p iritu a l p e la m ã o d e
D eu s.

P a d rã o d o N o v o T e s ta m e n to p a ra o R e a v iv a m e n to

E m b o ra o co n ceito d e re a v iv a m e n to d o N o v o T estam en -
to seja se m e lh an te , a ex p e cta tiv a é m u ito m aio r. E ste conceito
tem u m p adrão in icia l de excelência e sp iritu a l n e ste d ia d a g raça
q u e ex ced e m u ito tu d o o q u e e ra c o n h ecid o n a ép o c a d o
A n tig o T estam en to . A p a la v ra re a v iv a m e n to n ã o é e m p re g a d a
n o N o v o T e stam en to , m as q u a n d o a e s p iritu a lid a d e d a igreja
se e n c o n tra abaix o d o p a d rã o , a ren o v ação n ã o só é n ecessária
c o m o ta m b é m e x ig id a p e lo S e n h o r J e s u s C ris to (v eja
A p o c a lip se 2 e 3).
O q u e é este p a d rã o d a excelência e sp iritu a l d o N o v o
T e stam en to ?

O E s p írito S a n to e o R e a v iv a m e n to

C reio q u e o p a d rã o d e re a v iv a m e n to d o N o v o T estam en -
to en fo ca a o b ra d o E sp írito S anto e a S u a v in d a:

* A S u a v in d a n o P en teco stés c u m p riu a p ro m e ssa d o Pai


e d o Filho.
* A S u a v in d a elev o u os cren tes ao p o n to m a is alto d e
excelência h u m a n a e s p iritu a l jam a is co n h ecid o .
* A S u a v in d a c o n fro n to u o m u n d o c o m o d esafio m ais
p o d e ro s o e d ire to q u e já se co nheceu.
* A S u a v in d a d e u ao s cren tes u m a d in â m ic a e sp iritu a l
in te rio r e u m n o v o p o d e r ev an g elístico ex p lo siv o .
266 O REAVIVAMENTO SATÁNICO
O s c a p ítu lo s 14,15 e 16 d e João rev e lam o q u e a v in d a d o
E sp irito S an to fará n o m u n d o d a h u m a n id a d e .

B e n e fíc io s p a ra os C re n te s

O q u e a v in d a d o E sp irito S anto rea liz o u p a ra os d isc íp u -


los d o S e n h o r Jesu s C risto é alg o fabuloso. H o m e n s in cap a-
citad o s, d e rro ta d o s se to m a ra m a ra u to s v a le n tes e o p o sito res
d e ste m id o s. A tra n sfo rm aç ã o n a v id a d o s cren tes c h e g o u a
u m a p o g e u jam ais v isto n o m u n d o .
Q u a n d o os c re n tes v iv em n u m n ív el abaixo d a q u e le q u e
o E sp írito S an to no s tro u x e, p rec isam o s d e u m rea v iv am e n to .
Q u a n d o o S eu im p a c to so b re o m u n d o em q u e v iv em o s é
m e n o r d o q u e a q u e le q u e Ele tem co n d içõ es d e fazer, neces-
sita m o s d e rea v iv am e n to .
E sta é u m a lista p a rc ial d a s coisas b o as q u e o E sp írito
S an to p ro m e te u ao s crentes:

1. Ele e s ta rá co m c a d a cren te p a ra se m p re (João 14.16).


2. Ele é o E sp írito d a v e rd a d e , e g u ia rá os c re n tes a to d a a
v e rd a d e (João 16.13); Ele n ã o n o s e n g a n a rá (João 14.1).
3. Ele h a b ita co m e em to d o o c re n te (João 14.17).
4. A S u a p rese n ç a in te rn a liz a a p rese n ç a d e Jesus C risto e d e
D eu s P ai (João 14.18,23).
5. Ele n o s c a p ac ita a v e r e co n h ecer e s p iritu a lm e n te o
S e n h o r Jesus C risto (João 14.19).
6. Ele e fe tu a em nó s a v id a re ss u rre ta (João 14.19b; R om a-
n o s 8.11).
7. Ele to rn a re a lid a d e e n o s faz c o m p re e n d e r a c o m u n h ã o
q u e tem o s u n s co m os o u tro s, e com o P ai e o F ilho (João
14.20,21b).
8. Ele n o s c a p ac ita a m o stra r o n o sso a m o r p o r D eu s a tra v é s
d o n o sso a n d a r e m o b e d iê n c ia a Ele (João 14.21a,23,24).
9. Ele n o s e n sin a a P a la v ra d e C risto (João 14.26; cf. 1
C o rin tio s 2.10-12).
10. Ele p ro m o v e u m a p a z in te rio r q u e aliv ia o n o sso coração
aflito e n o s lib erta d o m e d o d e b ilita n te (João 14.27).
11. Ele é o s e g re d o d a p e rm a n ên c ia d o c re n te e m C risto e d e
Apêndice A 267

p ro d u z ir o fru to d o E sp írito (cf. João 15.1-17 e G álatas


5.22-26).
12. Ele é o C o n so la d o r (Paracleto) q u e fica a o n o sso la d o p a ra
a ju d a r, ta n to in te rn a co m o e x te rn a m e n te (João 14.16,26;
16.7).
13. Ele é e n v ia d o p elo Pai e p elo Filho (João 16.7; 14.1b,26).
14. S u a p resen ça é m ais cru cial p a ra n ó s n e sta e ra d a graça
d o q u e a p rese n ç a física d e Jesus C risto (João 16.7).
15. Ele só fala a q u ilo q u e recebe d o P ai e d o F ilho (João 16.13).
16. Ele oferece p ercep ção pro fética d e a c o rd o com a v o n ta d e
e o p la n o d e D eu s (João 16.13).
17. Ele glo rifica o S e n h o r Jesus C risto 0 o ã o 16.14,15).
18. Ele c a p ac ita g ra n d e m e n te os cren tes p a ra teste m u n h a -
rem so b re o p o d e r d e Jesus C risto a u m m u n d o p e rd id o
(Lucas 24.49; A tos 1.4, 5,8).

Benefícios para os Não-Cristãos


Q u a n d o ch eg a o rea v iv am e n to , os c re n tes são os p rim ei-
ro s a e x p e rim e n ta r a o b ra p o d e ro sa d o E sp írito Santo; m as
q u a n d o eles a n d a m n o E sp írito S anto e se b en eficiam d a S ua
cap acitação , até o m u n d o p a rtic ip a d a s bênçãos.
Q u a n d o os cren tes estão em c o m u n h ã o co m Ele, eles
m a n ife sta m o s benefícios c ita d o s acim a. T o d av ia, o teste real
p a ra m o s tra r q u e os cristão s estão a n d a n d o n a p le n itu d e d o
E sp írito é o q u e Ele está fa z e n d o com os n ão -cristão s q u e
v iv e m e n tre os crentes. Q u a n d o o E sp írito S an to co n tro la
to ta lm e n te a v id a d o s cren tes, os re su lta d o s ev an g elístico s
s ã o e x p lo s iv o s n a v id a d o s in c r é d u lo s . U m a c u ltu r a
e n d e m o n in h a d a s e rá a tin g id a d r a m a tic a m e n te p o r u m
re a v iv a m e n to g e ra d o p elo E sp írito Santo.

"Q uando ele (o Consolador) vier, convencerá o m undo


do pecado, d a justiça e do juízo; do pecado, p orque não crêem
em mim; da justiça, porque vou para o Pai, e não me vereis
mais; do juízo, porque o príncipe deste m u ndo já está
julgado" 0oão 16.5-11 — ênfase acrescentada).

Q u a n d o os c ren tes são re a v iv a d o s e se rela cio n a m corre-


ta m e n te co m a p esso a e a o b ra d o E sp írito Santo; q u a n d o o
268 O Reavivamento S atánico
E sp irito e s tá c a p a c ita n d o as su a s v id as, Ele p o d e , e n tã o , tra ta r
e m p r o fu n d id a d e c o m os in cré d u lo s, c o n v e n ce n d o -o s d a s u a
cu lp a. A p a la v ra g re g a e le n k õ ("co n v en cer" o u " re p ro v a r" )
significa p ro n u n c ia r u m a se n te n ç a n o trib u n a l, d e fin in d o e
esta b e le c e n d o a c u lp a . Ela d e n o ta u m sen so in d isc u tív e l d e
co nv icção q u e força o o fen so r a c o m p re e n d e r a s u a v e rg o n h a
e fra q u e z a d ia n te d e u m D eu s santo.
O E sp írito S an to en fo ca S u a o b ra d e convicção e m três
áreas:
A p r im e ir a é q u e o pecado se to m a p eca m in o so p a ra o
in cré d u lo . Q u a n d o os in c ré d u lo s p ra tic a m o p e c a d o n a
p re se n ç a d e cristãos, sem to m a r consciência d ele, isso m o stra
co m o o s cristã o s p rec isam d o re a v iv am e n to . Q u a n d o o
E sp írito S an to tem lib e rd a d e d e o p e ra r a tra v é s d e c re n tes
o b e d ie n tes, ch eio s d o E spírito, Ele co n v en ce in te n sa m e n te os
in c ré d u lo s q u e o s ro d e ia m d o se u p ecad o , e sp ec ialm en te o
p e c a d o d a in c re d u lid a d e em relação ao S en h o r Jesus C risto.
S e g u n d a , a retidão se to rn a desejável. A p re se n ç a te rre n a
d o C risto ju sto c o n v e n ce u os p e c ad o re s d a su a injustiça, e a
p re se n ç a e o p o d e r d o E spírito S anto o p e ra m n eles d e u m
m o d o a in d a m ais in te n so e pessoal. A re tid ã o se to rn a u m a
g raça d esejáv el p a ra a p esso a co n v en cid a.
T e rce ira , os in c ré d u lo s com eçam a s e n tir 0 ju íz o v in d o u ro . A
co n vicção c o n fro n ta os in c ré d u lo s q u a n d o o E sp írito S an to
rev e la ao s se u s co rações q u e S atanás, o p rín c ip e d e ste m u n d o ,
e stá c o n d e n a d o . O term o g reg o é kekriti, " a c o n d e n a ç ã o é u m
e s ta d o fixo, u m a b so lu to ". O ju lg a m e n to d e S atan ás é fixo e
p e rm a n e n te , a ssim co m o a sen ten ça d o s q u e o s e g u ire m e
e stiv e re m so b o se u controle.
O p e c a d o r p e rd e re p e n tin a m e n te to d a s as su a s falsas
seg u ran ças. Ele co m eça a se n tir u m a c u lp a p e s a d a p o r c a u sa
d o s se u s p ecad o s. Ele n ã o co n seg u e tirá-los d o cam in h o . U m
E sp írito S an to p esso al e p o d e ro so faz essa v e rd a d e p e n e tra r
até o m ais p ro fu n d o recesso d o se u ser. A c u lp a se intensifica,
à m e d id a q u e a retid ão , a b o n d a d e e a s a n tid a d e co m eçam a
c e n su ra r o c o n tra ste p e c am in o so n a s u a v id a p e rv e rsa. O
p re g o final é c o lo cad o q u a n d o a terrív e l n o ção d o ju ízo
v in d o u ro e n tra n o co ração d o in créd u lo .
Q u a n d o é co n v e n cid o pelo E sp írito S anto d e sse m o d o ,
Apêndice A 269
u m a crise d e n e c e ssid a d e p esso al c o n fro n ta o p ecad o r. U m a
d ecisão u rg e n te so b re C risto é e x ig id a dele. Ele d e v e encon-
tra r u m a re s p o sta p a ra o so frim e n to d a convicção.
A m a io r e v id ê n c ia d e q u a n to d e c aím o s d o e sta d o d e
excelên cia e sp iritu a l q u e os cren tes d e v e m ter é m e d id a
ju sta m e n te n e ste p o n to .
Q u a n d o os p e c ad o re s à n o ssa v o lta c o n tin u a m p e c a n d o
a rro g a n te m e n te , q u a n d o a re tid ã o d ecresce e é d e s p re z a d a
p e lo m u n d o , q u a n d o os p e c a d o re s co m q u e m v iv em o s e
tra b a lh a m o s n ã o m o stra m n e n h u m m e d o d o ju íz o v in d o u ro ,
o E sp írito S anto é im p e d id o d e fazer a S u a ob ra, e os cren tes
p rec isam d e rea v iv am e n to .
Q u a n d o o S en h o r d a G ló ria se a p ro x im a d o Seu povo,
eles p a ra m . M esm o q u e n ã o seja fisicam en te, p e lo m en o s
e s p iritu a l e e m o c io n alm en te eles p a ra m . P ro stra m -se co m o
ro sto n o chão. S u rg e o q u e b ra n ta m e n to , o a rre p e n d im e n to ,
u m a sen sação d e in d ig n id a d e , e m u ita s lág rim a s d e triste z a
m is tu ra d a s co m lág rim a s d e alegria. A m b a s fazem p a rte d o
re a v iv a m e n to rev o lu cio n ário . C reio q u e isso a co n teceu no
cen ácu lo , e m Jeru salém , q u a n d o o E sp írito S an to se ap ro x i-
m o u n a fo rm a d e v e n to im p e tu o so e d e fogo.
Q u a n d o o E sp írito S anto tem lib e rd a d e p a ra m over-S e
e n tre os c re n tes e m S eu g ra n d e p o d e r, os p e c a d o re s com eçam
a se r salvos. N a s c u ltu ra s com o a no ssa, o n d e existe u m a
h istó ria g e n u ín a d e u m a c u ltu ra c ristia n iz a d a , o v e rd a d e iro
re a v iv a m e n to fará com q u e v e n h a m ao s m ilh ares.
O re a v iv a m e n to rev o lu c io n á rio é o S e n h o r Jesus C risto se
a p ro x im a n d o d o S eu p o v o , p elo p o d e r d o S eu E sp írito Santo.
T u d o o m ais q u e acontece — v id a s tra n sfo rm a d a s, c u ltu ra
m o d ific a d a , fe rv o r re n o v a d o — tu d o o m ais é d e c o rre n te d a
S u a p ro x im id a d e . É a S u a g ló ria q u e p re c ip ita o re a v iv a m e n to
rev o lu c io n á rio ; e, q u a n d o isso ocorre, Ele recebe to d a a glória!
D e u s p o d e m o tiv ar-n o s a crer nEle, a fim d e a lc a n ç ar esse
m o v im e n to tão necessário d a S ua graça. N a d a m ais v ai
e fe tu a r a m u d a n ç a d e q u e p recisam o s n e sta h o ra tard ia. O
re a v iv a m e n to satân ico está-se m o v e n d o co m o u m ro lo com -
p resso r, m as q u a n d o o n o sso D eu s s a n to esco lh e a p ro x im ar-
Se, n in g u é m ficará d e pé. T o d o joelho se d o b ra rá d ia n te dEle.
A té o p la n o d e S atan ás se rá in te rro m p id o .
270 O REAVIVAMENTO SATÁNICO
U m G rito d e R e a v iv a m e n to

P ai C elestial gracio so e m iserico rd io so . O u v e o g rito d o


m e u coração. A lg u m a s v ezes, sin to u m a g ra n d e n e c e ssid a d e
d e re a v iv a m e n to p esso al. A lg u m a s v ezes, m e u co ração
p a rece frio co m o gelo e d u ro com o p e d ra . T em m ise ric ó rd ia
d e m im . A firm o q u e a o b ra d o S en h o r Jesus C risto b a sto u
p a ra cap acitar-T e e m m ise ric ó rd ia e g raç a a a p ro x im a re s d e
nós. A firm o q u e a p e sso a e o p o d e r d o E sp írito S an to são
su ficien tes p a ra co n v e n ce r os p e rd id o s d o p e c ad o , d a ju stiça
e d o ju ízo v in d o u ro , e p o d e m lev a r esses p e rd id o s a Ti. N o sso
d ia, n o ssa v id a, n o sso m u n d o , e a T u a igreja n e c essita m
d e s e s p e ra d a m e n te d o rea v iv a m e n to rev o lu cio n ário . C onvi-
d o o T eu E sp írito S an to p a ra co m eçar S u a o b ra em m im . Eu
O c o n v id o p a ra o p e ra r n a T u a igreja. Eu O c o n v id o p a ra
o p e ra r e m to d a s as T u a s c ria tu ra s n este d ia terrív el d e p e c ad o
q u e a tu d o en go lfa. A b re os olhos d o s p e rd id o s p a ra v e re m
a s u a n e c e ssid a d e d e C risto. A sen sação e s m a g a d o ra d o T eu
p o d e r e p rese n ç a a tra v é s d o E sp írito S anto p o d e le v a r to d o s
n ó s ao re a v iv a m e n to rev o lu cio n ário . Q u e seja assim , em
n o m e d e Jesus. A m ém .
Apêndice B
Você Já Fez
a Maravilhosa Descoberta
da Vida Cheia do Espírito?

CA D A D IA PODE SER UMA V ID A D IR IG ID A PO R CRISTO


AVENTURA VIBRANTE PARA
O CRISTÃ O ♦ - Cristo está na vida e no trono
S - O '‫׳‬eu'‫ ׳‬se rende a Cristo
que conhece a realidade d e estar • 08 ‫ ־‬interesses são dirigidos por
Cristo, resultando em harmonia
cheio do Espírito Santo e que vive com o plano de Deus
constantem ente, m om ento a mo-
m ento, sob a Sua graciosa direção.

A Bíblia nos diz que há três tipos de 3. O H O M EM CARNAL


pessoas:
(A pessoa que recebeu a Cristo,
1. O H O M EM NATURAL m as que vive derrotada porque
confia em seus próprios esforços
(A pessoa que não recebeu a Cristo) para viver com o cristão)

"M as quem não tem o espírito de "N a verdade, irm ãos, eu não p u d e
D eus não pode receber os dons que falar com vocês como costumo fazer
vêm do próprio Espírito de D eus e, com os que têm o Espírito de Deus.
de fato, nem pode entendê-los. Essas Tive de falar com vocês com o se
v erdad es são loucura para ele fala com as pessoas do m undo,
p orque o seu sentido só pode ser como se vocês fossem crianças na
entendido de m odo espiritual" (1 fé cristã. Tive d e alim entá-los com
Corintios 2.14 - BLH). leite e não com comida forte porque
vocês não estavam prontos para
V ID A AUTO D IR IG ID A isso. E ainda não estão prontos,
pois vivem com o se fossem pes-
S ‫ ־‬O ego ou ‫ ״‬eu" finito está no trono soas deste m undo" (1Corintios 3.1-
♦ - Cristo está fora da vida
φ _ 0 8 interesses são dirigidos 3)
pelo ‫״‬eu", resultando
muitas vezes em discórdia
e frustração

V ID A AU TO D IR IG ID A
2. O H O M EM ESPIRITUAL
S ‫ ־‬O "eu" está no trono
* - Cristo destronado e não
tem permissão para dirigir a vida
(A pessoa dirigida e capacitada pelo • - Os interesses são dirigíaos pelo
Espírito Santo) ‫ ״‬eu", resultando muitas, vezes, em
discórdia e frustração

"A pessoa que tem o Espírito Santo


p o de julgar o valor de todas as
coisas..." (1 Corintios 2.15 BLH).

-271 -
272 O REAVIVAMENTO SATÁNICO
DEUS PROVIDEN- em cada detalhe da sua vida, e de
sua m aturid ad e em Cristo. A pes-
CIOU PARA NÓS

1 UMA VIDA CRIS-


TÃ ABUNDANTE E
PROVEITOSA
soa que está com eçando a com-
preender o m inistério do Espirito
Santo não deveria ser desencora-
jada por não p ro d u zir tanto fruto
quanto os cristãos m ais m aduros
que já conhecem e experim entam
Jesus disse, "E u vim para que te- esta verdad e há m ais tempo.
n h a m v id a e a te n h a m em
abundância" (João 10.10). Por q u e a m aioria dos cristãos não
"E u sou a videira, vós os ramos. está experim entan do a v id a ab u n -
Q uem perm anece em mim , e eu, dante?
nele, esse d á m uito fruto; porque
sem m im nad a podeis fazer" (João OS CRISTÃOS
15.5). CARNAIS NÃO
------------- ----------------
"M as o fruto do Espírito é: am or,
alegria, paz, longanimidade, benig-
nidade, bondade, fidelidade, m an-
sidão, dom ínio próprio. Contra
estas cousas não há lei" (Gálatas DANTE E PRO-
5.22,23). VEITOSA.
"M as recebereis poder, ao descer
O hom em carnal confia em seus
sobre vós o Espírito Santo, e sereis
próprios esforços para viver a vida
m inhas testem unhas tanto em
cristã:
Jerusalém , com o em toda a Judéia
e Samaría, e até aos confins da
A. Ele não recebeu inform ação ou
terra" (Atos 1.8).
se esqueceu do am or, p erd ão e
O H O M E M E S P IR IT U A L - po d er de D eus (Romanos 5.8-
Algumas características pessoais que 10; H ebreus 10.1-25; 1 João 1;
resultam d a fé em Deus: 2.1-3; 2 Pedro 1.9; Atos 1.8).
B. Ele tem um a experiência espi-
Cristocêntrico
Capacitado pelo Espírito Santo
ritual cheia de altos e baixos.
Apresenta outros a Cristo C. Ele não entende a si m esm o
Vida eficaz de oração quer fazer o qu e é certo, m as
Compreende a Palavra de Deus não consegue.
Confia em Deus
Obedece a Deus
D. Ele não se apóia no p o d er do
Amor Espírito Santo para viver a vida
Alegria cristã (1 Corintios 3.1-3; Roma-
Paz nos 7.15-24; 8.7; G álatas 5.16-
Paciência
Benignidade
18).
Fidelidade
Bondade
O H O M EM CARNAL - A lgum as
O g rau em que essas características ou todas as características abaixo
se m anifestam na vida depende de podem caracterizar o cristão que
q u anto o cristão confia no Senhor não confia plenam ente em D eus;
Apêndice B 273
Ignorância de su a herança espi- passa a ser habitado pelo Espírito
ritual Santo sem pre (João 1.12; Colos-
senses 2.9,10; João 14.16,17).
Incredulidade
Desobediência
Falta de amor a Deus e ao próximo
Em bora todos os cristãos ten h am
Vida fraca de oração a habitação in te rio r do E spírito
Falta de vontade de estudar a Bíblia Santo, n em todos são cheios (di-
Atitude legalista rígidos e capacitados) dEle de
Pensamentos impuros
Inveja
m aneira contínua.
Culpa
Preocupação B. O Espírito Santo é a fonte d a
Desânimo vida abundante (João 7.37-39).
Espírito Crítico
Frustração
C. O Espírito Santo veio para glo-
Falta de objetivo
rificar a Cristo (João 16.1-15).
Q uando o indivíduo é cheio do
(O indivíduo q ue afirm a ser cristão Espírito Santo, ele é u m ver-
m as continua a pecar, deve com- dadeiro discípulo de Cristo.
p reender que talvez não seja abso- D. Em Sua últim a ordem , antes de
lutam ente cristão, segundo 1 João Sua ascensão, Cristo prom eteu
2.3; 3.6,9; Efésios 5.5.) o po d er do Espírito Santo para
capacitar-nos a d ar testem unho
A terceira verdade nos dá a única dEle (Atos 1.1-9).
solução para este problem a...
Com o podem os ser, então, cheios
do E spírito Santo?
JESUS PROMETEU
A VIDA ABUN- SOMOS CHEIOS
DANTE E PRO- (DIRIGIDOS E CA-
VEITOSA COMO

3 RESULTADO DE
SER CHEIO (DIRI-
GIDO E CAPACI-
PACITADOS) DO
ESPÍRITO SANTO
'

TADO) DO ESPÍ-
RITO SANTO. 4 VIDA ABUNDAN-
TEE PROVEITOSA
A vida cheia do Espírito é aquela PROMETIDA POR
dirigida p o r Cristo, na qual Ele CRISTO A CADA
vive a Sua v ida em nós e através de CRISTÃO.
nós, no po d er do Espírito Santo
(João 15).
Você pode apropriar-se e ser cheio
A. O indivíduo se torna cristão
do Espírito Santo agora, se:
m ediante o m inistério do Espírito
Santo, conforme João 3.1-8. A partir
A. Desejar sinceram ente ser di-
do nascim ento espiritual, o cristão
274 O Reavivamento Satánico
rígido e capacitado pelo Espírito de Cristo na cruz por mim. Convido
Santo (M ateus 5.6; João 7.37- agora a Cristo para tomar no-
vamente o Seu lugar no trono da
39). minha vida. Enche-me do Espirito
B. Confessar os seus pecados. Pela Santo como me ordenaste fosse
fé agradeça a D eus porque ele cheio, e como prometeste na Tua
perdoou todos os seus pecados Palavra que o farias se eu pedisse
passados, presentes e futuros com fé.
pois Cristo m orreu po r você
(Colossenes 2.13-15; 1 João 1; O ro isto no nom e de Jesus. Com o
2.1-3; H ebreus 10.1-17). expressão d a m inha fé, eu Te
C. Apresentar a Deus cada área da agradeço agora por dirigires a minha
sua vida (Romanos 12.1,2). vida e por me encheres com o
D. Pela fé, reivindicar a plenitude Espírito Santo".
do Espírito Santo, de acordo
com: Esta oração expressa o desejo do
1. SUA O RD EM Fique cheio do seu coração? Caso positivo, in-
Espírito. "E não vos embriagueis cline-se em oração e confie em
com vinho, no qual há disso- D eus para encher você do E spírito
lu ção , m as en chei-vo s do S anto neste m om ento.
Espírito" (Efésios 5.18).
2. SUA PRO M ESSA Ele irá res- Com o Saber Q ue Você Está Cheio
ponder sem pre que orarmos de (Dirigido e Capacitado) do Espírito
acordo com a Sua vontade. "E Santo
esta é a confiança que temos
para com ele, que, se pedirm os Você pediu a Deus que o enchesse
algum a cousa segundo a sua do Espírito Santo? Você sabe que
vontade, ele nos ouve. E, se está cheio agora d o Espírito Santo?
sabemos que ele nos ouve quanto Sob qual autoridade? (A fideli-
ao que lhe pedim os, estam os dade do próprio D eus e d a Sua
certos de que obtem os os pe- Palavra: H ebreus 11.6; Rom anos
didos qu e lhe tem os feito" (1 14.22,23).
João 5.14,15).
N ão d ep end a dos sentim entos. A
A fé p ode ser expressa através da prom essa da Palavra de Deus, e
oração... não os nossos sentimentos é a nossa
autoridade. O cristão vive pela fé
Com o O rar com Fé para ser C heio (confiança) na fidelidade de Deus e
do E spírito Santo da Sua Palavra.

Somos cheios do Espírito Santo


apenas pela fé. Todavia, a oração
sincera é um m eio d e expressar a
sua fé. A seguir, sugerim os um a
oração:

"Pai Amado, preciso de Ti! Reco-


nheço que venrio dirigindo a minha
vida e, como resultado, pequei con-
tra Ti. Agradeço porque perdoaste
os meus pecados através da morte
Apêndice C

Guia de Fácil Referência para a


Oração de Reavivamento
Q uero com partilhar um a lista de aspectos notáveis dos
reavivam entos revolucionários. Embora alguns dos reavivam entos
da história tenham tido um im pacto geográfico m uito m aior do que
outros, todos participam de frutos comuns. C ada aspecto citado
com bina com um a petição intercessória significativa. M inha since-
ra esperança é que Deus leve as nossas orações conjuntas para o
reavivam ento num concerto de intercessão.

Aspectos do Reavivamento Foco de Oração para a


Revolucionário Oração de Reavivamento
A. A spectos do p relú d io para o A. P relú dio de oração
reavivam ento
1. U m a aceleração e interesse cul- 1. E xpressar a rre p e n d im e n to 1
tural pelo que a Bíblia cham a de pedido de desculpas a Deus
pecado e flagrante m aldade. nom eando os pecados cultural
m ais destacados, em interces
são contínua.

2. A patia, carnalidade e um a ênfa- 2. Pedir a D eus que conceda visãi


se centrad a no program a no espiritual para os olhos dos lí
m inistério da igreja. deres da Sua igreja.

3. Indiferença dos jovens da igreja 3. D estruir a cegueira espiritual ‫׳‬


para com os assuntos espíritu- o m undanism o prom ovidos po
ais. Satanás entre os jovens.

4. O início d e um fardo em relação 4. P e d ir a D e u s q u e le v a n t


ao reavivam ento por parte de intercessores que passem tem
indivíduos e grupos. po e paguem o preço exigid!
pela oração de reavivam ento.

5. Presença d e um a atm osfera de 5. Pedir a D eus que precipite o qu


crise em toda a cultura. Ele sabe que vai d espertar
apetite hum ano nos coraçõe

-275-
276 O Reavivamento Satánico
hum anos.
6. Reunião de pessoas sequiosas 6. Pedir a D eus que levante gru-
através das linhas denom ina- p o s d e o ra ç ã o in te r d e n o -
cionais, a fim de orarem e bus- minacionais que perseveren! até
carem a Deus. que venha o reavivam ento.

B. A spectos do reavivam ento B. O ra ç ã o de a p o io p e lo


reavivam ento

1. Percepção da proxim idade de 1. O rar com Isaías: "Oh! se fendes-


D eus nos indivíduos, com uni- ses os céus, e descesses! se os
dades e culturas. m ontes trem essem na tua pre-
sença" (Isaías 64.1).

2. Escolha soberana de D eus de 2. O rar para que D eus p repare o


líderes especiais que Ele deseja coração e a m ente daqueles a
ungir para o despertam ento. quem Ele escolheu para liderar
o reavivam ento.

3. "E closão" d o rea v iv am e n to , 3. Pedir ao Senhor que prepare


n u m lugar soberanam ente es- Seu lugar escolhido para qu e o
colhido, e sua difusão subse- reavivam ento comece.
qüente a partir desse para ou-
tros pontos.

4. U m a convicção profunda, pes- 4. Pedir ao Espirito Santo para in-


soai de pecado, penosa tanto tensif icar Seu m inistério d e con-
para o santo quanto para o pe- vencer o m u nd o d e culpa em
cador, que leva à renovação es- relação ao pecado, justiça e juízo;
piritual ou novo nascim ento; pedir a D eus que torne o pecado
vidas transform adas que come- ex c essiv am en te p ec am in o so
çam a transform ar a cultura. para o Seu povo.

5. U m interesse espiritual pelas 5. O rar para que o Senhor d a seara


pessoas, que resulta em aum en- incentive o Seu povo p ara a
tar o serviço e o m inistério cris- evangelização local e m undial.
tãos.

6. G rande núm ero de pessoas pas- 6. Pedir ao Senhor q ue traga m uí-


sando a conhecer a Cristo como tidões que não estejam ainda
S a lv a d o r. E sforço s ev a n g e- em Seu redil; orar para que as
lísticos, obtendo um a farta co- igrejas levem os recém-conver-
lheita de crentes q ue necessitam tidos a um a vida plena no cor-
fazer parte da igreja. po.
A p ê n d ic e C 277
7. A taques d a oposição sobre a 7. P edir a D eus que conceda sabe-
obra do reavivam ento revolu- doria, firm eza e hu m ild ad e aos
cionário de Deus. líderes do reavivam ento, a fim
de enfrentarem a oposição; orar
pelos oponentes, para q ue eles
sejam convencidos, convertidos
e recebidos no redil.

8. D eus m andando eventos sobre- 8. O rar para que as pessoas perm i-


n aturais (isto é, estados de tran- tam que D eus seja D eus em Seus
se, curas, etc.) enquanto Se move tratos e para qu e Ele proteja o
nos reavivam entos revolucioná- reavivam ento daqueles que es-
rios (isto po de ou não aconte- tejam buscando ou prom oven-
cer). do ocorrências sobrenaturais.

9. M úsica alegre, adoração e lou- 9. Pedir que D eus prep are líderes
v o r ex p re sso s esp o n tâ n e a e para ajudar as pessoas a expres-
freqüentem ente; pessoas com- sarem sua adoração e louvor, e
pelidas a com partilhar aquilo ped ir proteção p ara que a lide-
qu e D eus significa para elas e o rança n ão se incline p a ra o
qu e Ele está fazendo. exibicionismo ou se concentre
nas celebridades.

1 0 .0 ó d io d e S a ta n á s p elo 10. Pedir a D eus intercessores que


reavivam ento, m anifestado em com preendam a guerra espiri-
tentativas sutis de desacreditar tual e que protejam continua-
ou neutralizar o processo. m ente o reavivam ento m edian-
te oração.

11. Reuniões prolongadas, convic- 11. P edir a D eus que não só vivifi-
ção de pecado, fardo de oração que as pessoas nessas ocasiões,
pelas alm as, etc., roubando o m as tam bém as ajude a equili-
sono e o repouso das pessoas; b rar as suas capacidades e prio-
algum as pessoas podem se ex- ridades.
ceder, chegando à exaustão físi-
ca.

12. Eclosão de extrem ism o; no ge- 12. O rar pela proteção de D eus con-
ral, procedente de pessoas bem- tra o extrem ism o e para que Ele
intencionadas m as que desacre- impeça qualquer ação desse tipo
ditam o m ovim ento e apagam o antes que apareçam seguidores.
Espírito Santo.

13. Igrejas com eçando a transbor- 13. Pedir a Deus que conceda sabe-
dar de in te r e s s a d o s e doria e idéias inovadoras aos
adoradores, até o ponto de não líderes da igreja, a fim de que
poderem cuidar de todos. possam cu id ar de m u ltid õ es
278 O REAVIVAMENTO SATÁNICO
sem program as de construção
dispendiosos.

14. Crescim ento m uito rápido de 14. O rar para que faculdades espi-
voluntários para o serviço cris- ritualm ente qualificadas, esco-
tão. las bíblicas, sem inários e cen-
tros d e trein am e n to estejam
prontos para treinar os candi-
datos.

15. A tenção d a m ídia, enfocando o 15. Pedir a D eus que p repare lide-
que D eus está fazendo, e come- rança em cada área d a m ídia, a
çando a d a r publicidade favorá- fim de facilitar a difusão d a
vel ao m ovim ento. (Isto talvez m ensagem do reavivam ento.
não aconteça, m as m uitas vezes
ocorre.)
Apêndice D

Alguns Instrumentos Úteis

CARTA-MODELO DE CONVITE PARA INICIAR UM


GRUPO DE ORAÇÃO COMUNITÁRIO
C aro Irm ã o em C risto,

S a u d açõ es n o n o m e d o n o sso S alv ad o r.

A m aio ria d e n ó s leu re p e tid a s v ezes e m L ucas o rela to d a


e n tra d a triu n fa l d o S en h o r Jesus C risto em Jeru salém . L ucas
n o s d iz q u e q u a n d o Jesu s se a p ro x im o u d e Jeru salém , Ele v iu
a c id a d e , c h o ro u so b re ela e falo u com ela em o raç ã o am o ro sa.
A lg u n s d e n ó s e stã o s e n tin d o n o v a m e n te a n e c e ssid a d e
e s p iritu a l d a n o ssa c id a d e , m as essas n e c essid a d e s são g ran -
d es d e m a is p a ra q u e p o ssam o s s u p o rtá -la s so zin h o s. P arece
o p o rtu n o q u e p a sto re s e leigos, os q u e se n te m o fa rd o e
p e rc e b e m as n e cessid ad es, se re ú n a m p a ra o ra r e m conjunto.
P e d im o s q u e se ju n te a nós.
E n c o n tra m o s u m recinto c o n v en ien te, n e u tro , e m (lu-
gar) . A p a rtir d e (,d ata) , c o n v id a m o s o irm ã o a e n c o n trar-
se co n o sco ali às 6h30, to d a (dia d a s e m a n a l, p a ra u m a h o ra
d e o ração a fav o r d a n o ssa área. Q u e re m o s v e r a n o ssa c id a d e
co m o o S en h o r Jesus C risto a vê. T alv ez p o ssa m o s se n tir
su fic ie n tem e n te o fa rd o d e D eus, a fim d e p o d e rm o s c h o ra r
p ela c id a d e e, a tra v é s d a s n o ssas orações, co m eçar a falar
so b re as su a s g ra n d e s n ecessid ad es.
S u g e rim o s as se g u in te s d ire triz e s co m o b a se p a ra a
n o ssa o ração conjunta:

1. T o d a se m a n a irem o s c o m p a rtilh a r d a le itu ra d e d o is


c a p ítu lo s d a P a la v ra d e D eus, sem c o m e n tário e d ito ria l.
C a d a p esso a terá lib e rd a d e p a ra p a rtic ip a r, le n d o cinco

-279-
280 O REAVIVAMENTO SATÁNICO
v ersícu lo s. C o b rirem o s os d o is p rim e iro s c a p ítu lo s d e
João e m n o sso p rim e iro encontro.
2. L ogo d e p o is d a le itu ra bíblica, v a m o s o ra r ju n to s em
g ru p o s p e q u e n o s d e três o u q u a tro pessoas. (O estilo de
o ração em torn d e c o n v e rsa seria aceitável, m as a o ração
n ã o ficará lim ita d a a essa m o d alid a d e .)
3. P e d id o s d e o ração p o d e m ser feitos, m as n o ssa o ração
vai fo calizar as g ra n d e s n e c essid ad e s d e n o ssa c o m u n i-
d a d e . O foco p o d e in clu ir igrejas, ju v e n tu d e , c o n d içõ es
eco n ô m icas, crim e, p ro stitu içã o , p o rn o g ra fia , d ro g as,
b e b id a , violência, d e rru b a d a d e fo rta le z as q u e p reju d i-
q u e m o re a v iv am e n to , a rre p e n d im e n to , e v a m o s p e d ir
ju n to s q u e a g raça e m ise ric ó rd ia d e D eu s to q u e m n o ssa
c id a d e n u m a n o v a visita.
4. P a ra ter a c erteza d e q u e to d o s os q u e h ã o d e c o m p a re r
p o ssa m ficar à v o n ta d e n o lu g a r d e oração, p e d im o s q u e
as o raçõ es se lim ite m ao id io m a nacional.
5. E m b o ra o rem o s a fav o r d o s m in isté rio s e o b ras e s p íritu ‫־‬
ais n a c id a d e , este g ru p o d e o ração e v ita rá o p a tro c ín io
o u p lan e jam e n to d e q u a is q u e r desses p ro g ra m a s.
6. A e n tra d a é fra n c a p a ra to d o s os q u e s e n tire m u m
in te resse e sp iritu a l c o m u m n esses p e río d o s d e oração.
O s p a rtic ip a n te s p o d e m e n tra r e sa ir c o n fo rm e necessá-
rio.
7. O s p e río d o s d e oração v ão co m eçar p rec isa m e n te às 6h
30 d a m a n h ã e te rm in a r e x a ta m e n te às 7h30.
8. S erá e v ita d a a o rg an iz aç ã o form al, e o g ru p o n ã o fará
n e n h u m " p ro n u n c ia m e n to " so b re os p ro b le m a s d a cid a-
de. N o sso m o tiv o é orar.
9. Esses e n c o n tro s c o n tin u a rã o e n q u a n to o in te resse per-
m an e c e r n u m n ív el q u e p e rm ita a s u a realização.
10. T e n tare m o s m a n te r o lu g a r d e e n c o n tro n u m a m b ie n te
d e n o m in a c io n a lm e n te n eu tro .
S in ceram en te,
(A ssin ad o p o r seis p a sto re s e
h o m e n s d e n eg ó cio s cristão s leigos)
P.S. — P e d im o s q u e p a sse a d ia n te esta inform ação.
Apêndice D 281

M O D E L O D E R E S O L U Ç Ã O P A R A FA ZER A V A N Ç A R O
P R O C E S S O D E R E A V IV A M E N T O

A c e rta a ltu ra d o s aco n tecim en to s, a lg u n s talv e z sin ta m


q u e d e seja ria m rea liz a r u m esforço ev an g elístico n u m a escala
m a is a m p la . D ep o is d e u m p e río d o p ro lo n g a d o d e reu n iõ e s
d e o raç ã o p a ra o rea v iv am e n to , a lg u n s p o d e m s e n tir q u e
D eu s os está m o v e n d o p a ra a ação. Isto p rec isa ser ex am in a-
do. S u g erim o s, a seg u ir, u m a reso lu ç ão p a ra le v a r as igrejas
a to m a re m n o v a s in iciativ as p a ra o re a v iv am e n to . S eria
p r u d e n te m a n te r essas a tiv id a d e s se p a ra d a s d o foco d e ora-
ção p a ra o rea v iv am e n to .
C O N S ID E R A N D O Q U E existe g ra n d e n e c e ssid a d e d e
ren o v a ç ã o e sp iritu a l e m n o ssa c id a d e , c o n fo rm e e v id e n c ia d o
p o r fatos, tais com o:

1. p ro b le m a s d e a tiv id a d e s d e g a n g u es, violência, d ro g as,


p ro m is c u id a d e sex u al e c o n su m o d e b e b id a s alcoólicas
e n tre as n o ssas crian ças e jovens;
2. a p e lo e p ro liferação d e v á ria s e x p ressõ es d o cu lto satân i-
co q u e e stá a flig in d o a n o ssa c u ltu ra local;
3. d eclín io n a freq u ên cia d o s jo v en s ao s c u lto s d e a d o ra ç ã o
n a m aio ria d e n o ssas igrejas d e n o m in a cio n a is trad icio -
nais;
4. p e n e tra ç ã o an tib íb lica e p o u c o sa u d á v e l d e m ate ria is e
p rá tic a s sex u ais p e rv e rtid a s q u e g e ra lm e n te lev am ao
in cesto e ab u so sexual;
5. ê n fase d isc u tív e l so b re o jogo co m o se n d o u m a recreação
a d e q u a d a p a ra os n o sso s c id a d ã o s e fo n te d e re n d a p a ra
o n o sso g o vern o ;
6. d eclín io d a m o ral, c a ra c te riz a d o p o r im p recaçõ es e p ala-
v ra s d e b aix o calão n o lu g a r d e trab alh o , h o stilid a d e
c o n sta n te e n tre tra b a lh a d o re s e p atrõ es, in d ife re n ç a ge-
ral em relação às n e c essid ad e s d o s p o b re s e d o s q u e
so frem , e o p ro b le m a m u ito d ifu n d id o d a d e sin te g ra ç ã o
fam iliar; e

C O N S ID E R A N D O Q U E a fé cristã e a m en sa g e m d o
e v a n g e lh o d o S en h o r Jesus C risto têm c a p a c id a d e p a ra co n ­
282 O REAVIVAMENTO SATÁNICO
fro n ta r as n e c essid a d e s h u m a n a s e tra n sfo rm a r a c u ltu ra
m e d ia n te v id a s h u m a n a s tra n sfo rm a d a s; e
C O N S ID E R A N D O Q U E erem o s q u e o S e n h o r Jesus
C risto é D eu s, o Filho q u e veio em se m e lh an ç a d e ca rn e
h u m a n a , foi cru cificad o p elo s n o sso s p ecad o s, e ressu sc ito u
d o s m o rto s p a ra a n o ssa justificação; e
C O N S ID E R A N D O Q U E Jesus C risto d e c la ro u q u e o
E sp irito S an to v eio p a ra "co n v e n c e r o m u n d o d o p e c ad o , d a
ju stiça e d o ju ízo " (João 16.8); e
C O N S ID E R A N D O Q U E d esejam o s e ste n d e r-n o s ao
n o sso P ai C elestial am o ro so , p a ra q u e Ele p o ssa a g ra c ia r-n o s
co m u m so p ro refrescan te d e ren o v ação e sp iritu a l em n o ssa
cid ad e,
FIC A E N T Ã O R E S O L V ID O q u e v a m o s u n ir n o sso s
co raçõ es e esforços p a ra b u sc a r essa ren o v a ç ã o e sp iritu a l d e
v á rio s m o do s:

1. C o m p ro m e te m o -n o s a fazer orações a D eu s d e m a n e ira


reg u la r, c o rp o ra tiv a e p a rtic u la rm e n te , p a ra p e d ir a S ua
s o b e ra n a in te rv en ç ã o no se n tid o d e tra z e r à n o ssa c id a d e
a ren o v a ç ã o e sp iritu a l necessária.
2. C o n v id a m o s a lid e ran ç a e s p iritu a l d a s igrejas e d e n o m i-
n açõ es d e n o ssa c id a d e p a ra c o m p a rtilh a r d e n o ssa
p re o c u p a ç ã o e u n ir n o sso s esforços p a ra c o n seg u ir q u e a
ren o v a ç ã o e sp iritu a l v isite a n o ssa cid ad e.
3. E stam o s p re p a ra d o s p a ra estab elecer u m a força-tarefa
in te rd e n o m in a c io n a l d e líd e res cristã o s e sp iritu a is, co m o
u m g ru p o d e p lan e jam e n to e c o o rd en ação , p a ra p ro m o -
v e r a re n o v a ç ã o e m n o ssa área.

* * *

G U IA D E O R A Ç Ã O P A R A O S C R IS T Ã O S IN T E R E S -
S A D O S EM O R A R P E L O S N Ã O -C R IS T Ã O S

1. O ra r p a ra q u e D eu s o s c h am e p a ra Si m esm o (João 6.44).


2. O ra r p a ra q u e p ro c u re m co n h ecer a D eu s (Ã tos 17.27;
D e u te ro n ô m io 4.29).
3. O ra r p a ra q u e creiam n a s E scritu ras (1 T essalonicenses
Apêndice D 283
2.13; R o m an o s 10.17).
4. O ra r p a ra q u e S a tan á s seja im p e d id o d e cegá-los p a ra a
v e rd a d e (M ateu s 13.19; 2 C o rin tio s 4.4).
5. O ra r p a ra q u e o E sp írito faça n eles a S u a o b ra (João 16.8‫־‬
13).
6. O ra r p a ra q u e D eu s e n v ie a lg u é m q u e os lev e a C risto
(M ateu s 9.37,38).
7. O ra r p a ra q u e eles creiam em C risto co m o S a lv a d o r (João
1.12; 5.24).
8. O ra r p a ra q u e se afastem d o p e c a d o (A tos 17.30,31; 3.19).
9. O ra r p a ra q u e eles confessem a C risto co m o S en h o r
(R om an o s 10.9,10).
10. O ra r p a ra q u e d e sista m d e tu d o p a ra se g u ir a C risto (2
C o rin tio s 5.15; F ilipenses 3.7,8).
11. O r a r p a r a q u e la n c e m ra íz e s e c re s ç a m e m C risto
(C olossenses 2.6,7).

(Copiado do D is c ip le s h ip J o u rn a l, Número 34, pelos Navigators. Usado com permis-


são. Esses instrumentos podem ser xerocados para seu uso.)
NOTAS

Capítulo 1
1. D isp o n ív el e m M ichael-P aul a n d A ssociates, P.O .Box
151, C ro ck ett, TX 75835.
2. L arry W . P o la n d , H o w To P repare f o r the C o m in g P ersecu tio n
(San B ern ard in o , CA: H e re 's Life P u b lish ers, 1990), p.140.
3. P o la n d , p.140.
4. T al B rooke, W h e n H ie W o r ld W ill Be as O n e (E ugene, OR:
H a rv e st H o u se P u b lish ers, 1989), p.67.

Capítulo 4
1. Veja ta m b é m S p ir itu a l W a rfa re p o r T im o th y M . W a rn e r
(W estch ester, DE: C ro ssw a y Books, 1991).
2. T im o th y M. W a rn e r, "T e a c h in g P o w e r E n c o u n te r" ,
E va n g elica l M is s io n s Q u a r te r ly (janeiro d e 1986), p.67.
3. G e ra ld E. O tis, " P o w e r E n c o u n ter — T he W ay to M u slin
B re a k th ro u g h ", E va n g elica l M is s io n s Q u a r te r ly (o u tu b ro
d e 1980), p.217.
4. O tis, p.218.
5. L o ren E ntz, " C h a lle n g es to A b o u 's Jesu s", E va n g elica l
M is s io n s Q u a r te r ly (janeiro d e 1986), p.48.
6. E ntz, p.49.
7. Jam es G. F riesen, U n c o v e rin g the M y s te r y o f M P D (San
B ern ard in o , CA: H e re 's Life P u b lish ers, 1991).

Capítulo 5
1. N e w s w e e k (8 d e jan eiro d e 1990), ρ.16.
2. Veja P acepa, Ion M ihai, R e d H o rizo n s (W ash in g to n , D.C.:
R eg n ery G atew ay ). H istó ria d o s crim es d e C eau sescu
escrita p o r u m d e seu s ten e n tes-g e n era is d e confiança.

Capítulo 6
1. A n n e O rtla n d , U p W ith W o rsh ip (V entura, CA: R egal
B ooks D ivision, G o sp el L ight P u b licatio n s, 1975), p.3.
2. S helley, B ruce L., C h u rc h H is to r y in P la in L a n g u a g e (W aco,
TX: W o rd B ook P u b lish ers), p.50.

-284-
Notas 285
3. G e rh a rd K ittel, ed., Theological D ic tio n a r y o f the N e w
T e sta m e n t, vol. Ill (G ran d R apids, MI: E erd m an s), p.798.

Capítulo 7
1. R o n ald D u n n , D o n 't J u s t S ta n d There, P ra y S o m e th in g (San
B ern ard in o , CA: H e re 's Life P u b lish e rs, 1991), pp.1920.
2. S io u x C ity Journal (10 d e a g o sto d e 1989).
3. D u n n , pp.53-54.

Capítulo 8
1. A rth u r W allis, G o d 's C hosen F ast (F orte W ash in g , PA:
C h ristia n L ite ratu re C ru sad e). P a ra u m a excelente dis-
cu ssão d o p a p e l d o jejum n a v id a cristã, veja o c a p ítu lo
14, "F astin g: a Biblical S u rv ey ", n o liv ro d e R on D u n n ,
D o n 't J u st S ta n d Títere, P ra y S o m e th in g (San B ern ard in o ,
CA: H e re 's Life P u b lish ers, 1991).
2. Se e stiv e r tra ta n d o com p ecad o s tra u m á tic o s c o m e tid o s
c o n tra você p o r u m m em b ro d a fam ília, os e d ito re s
rec o m en d a m A D oor o f H ope, d e Jan F ran k (San B ernardino,
CA: H e re 's Life P u b lish ers, 1987). Este liv ro oferece d e z
p a sso s p a ra a c u ra d a s m ág o a s em ocionais.

(N ota: A E d ito ra C a n d e ia d e v e rá lan çar b re v e m e n te este


liv ro em p o rtu g u ê s. T ítu lo P rovisório: A P orta da E sp era n -
ça.)

Capítulo 10
1. R o b ert E. C o lem an , ed., O n e D iv in e M o m e n t (O ld T a p p a n ,
NJ: F lem in g H. R ev ell), p.18.

Capítulo 12
1. E x tra íd o d o T he M a n ila M a n ife sto , p u b lic a d o n o C o n g res-
so In tern acio n al d e M an ila p a ra a E v an g elização d o
M u n d o , em ju lh o d e 1989.
2. E d M u rp h y , S p ir itu a l W a rfa re Series, 16 fitas, re su m o d e
112 p á g in a s (M ilpitas, CA: O v erseas C ru sad es).
3. T im o th y M . W a rn e r, " A n E v a n g e lic a l P o s itio n o n
B o n d age a n d E xorcism ", E va n g elica l M is s io n s Q u a r te r ly
(janeiro d e 1986), p.77.
286 O Reavivamento S atánico
C a p ítu lo 13
1. L o ren E ntz, " C h a lle n g es to A b o u 's Jesu s", E va n g elica l
M is s io n s Q u a r te r ly (janeiro d e 1986), p.49.

C a p ítu lo 14
1. R o b ert M cA fee B row n, T he S ig n ific a n c e o f the C h u rc h
(Filadélfia, PA: T he W e stm in ste r P ress, n .d.), p.17.
2. D o n a ld K. C am p b ell, N eem ia h : M a n in C harge (W heaton,
IL: V ictor Books, n .d.), pp.47,48. E x traíd o d o T h e D allas
M o r n in g N e w s (27 d e se te m b ro d e 1972).

C a p ítu lo 15
1. Rolf Z e tte rste n , " P a rt II of the T ed B u n d y In te rv ie w ",
F ocus on the F a m ily (abril d e 1989), p.15.

C a p ítu lo 17
1. Veja B u rn s so b re as Leis d o R eav iv am e n to ("L aw s of
R evival"), co n fo rm e D ru m m o n d , L ew is A. Tlte A w a k e n in g
T h a t M u s t C o m e , N a s h v ille , T N : B ro a d m a n , 1978),
pp,1 09 ss.
2. R o n ald D u n n , D o n 't J u st S ta n d There, P ra y S o m e th in g (San
B ern ard in o , CA: H e re 's Life P u b lish ers, 1991).

A p ê n d ic e A
1. E d w in J. O rr, T he F e rv e n t P ra yer (C hicago, IL: M o o d y
P ress, n .d.), p.vii.
2. S te p h en F. O lfo rd , H e a r t-C r y f o r R e v iv a l (O ld T a p p a n , NJ:
F lem in g H . R evell C o m p a n y y , 1962), p.17.
3. R ich ard O w e n R oberts, R e v iv a l (W heaton, IL: T y n d a le
H o u se P u b lish ers, 1982), p.17.
4. O lfo rd , p.17.
Derrotando
os Poderes das Trevas
"E u gostaria q u e to do cristão lesse O R eav iv am en to Satâ-
nico e levasse a sério a sua m ensagem . M ark Bubeck escreve das
trincheiras e n ão d a torre de m arfim . O que ele diz é bíblico e
prático. Se as igrejas n ão voltarem à peleja, o nosso país está
acabado. Sem a oração g u erreira e o confronto com o inim igo,
não p o d e h a v e r reavivam ento; e sem reavivam ento, não h á
esp eran ça p a ra a nação. A situação é d esesp erad a — m as o
Senhor é capaz!"
W a rre n W . W iersb e
A u to r e C onferencista

"U m pioneiro no cam po d a g u erra espiritual, M ark Bubeck


fala sobre o assu n to com a au to rid ad e e percepção do estu d o
p ro lo n g ad o e experiência de p rim eira m ão...E m bora as opiniões
v ariem com respeito aos tem as discutidos p o r ele, a su a perspec-
tiva sobre a situação d esesp erad a q u e atravessam os e su a pres-
crição p a ra o possível reavivam ento de am an h ã tornam este livro
u m ch am ad o d esafiad o r p a ra nos engajarm os na batalha de
oração contra os p o d eres d as trevas."
V e m o n G ro u n d s
P residente E m érito, S em inário D en ver

"M ark n ão escreve ap en as com conhecim ento m ental, m as


com seus anos de experiência na frente d a batalh a d a causa de
C risto."
D a v id M ain s
Capela do A r

"M ark Bubeck tem o conhecim ento bíblico, p ro fu n d id a d e


esp iritual, experiência pessoal, vivência no aconselham ento e
percepção cu ltu ral q u e o capacitam a escrever este livro vital. Ele
n os ch am a p a ra exam inar as n ossas v id as através dos olhos da
Bíblia e reconhecer nossa necessidade d esesp erad a d a m isericór-
dia, renovação e graça de D eus."
V ictor M atth ew s
Professor E m érito de Teologia S istem ática
Sem inário B atista de G ran d R apids
"E ste é o livro q u e estivem os e sp eran d o p a ra confrontar
d iretam en te o satanism o. Ele vai chocar você, desafiar você e
h u m ilh ar você. O livro não só expõe o m al, com o tam bém o
levará a ajoelhar-se p e d in d o o reavivam ento e n v iad o p o r D eus
p ara d e rro tar o reav iv am en to satânico. É u m a leitura necessária
p a ra to d o cristão q u e alm eja o Reino de D eus."
D r. Ed M u rp h y
Vice-Presiden te, O . C .In te m a tio n a l
A u to r , S p iritu a l W arfare, Série em Á u d io

"U m a exposição d o tipo profético sobre a p ro m iscu id ad e


esp iritu al e u m a petição fervorosa pelo arrep en d im en to nascido
d o E spírito e reavivam ento."
G o rd o n R. Lew is, Ph.D .
Professor de Teologia Sistem á tica
e Filosofia C ristã — Sem inário D e n v e r

"S em p re q u e M ark Bubeck escreve, Satanás en fren ta sérios


problem as, p ois os santos são capacitados p a ra avançar. O
R eav iv am en to S atânico substitui a ignorância pela inform ação,
o m ed o p ela o u sad ia e a im a tu rid ad e p o r um p lan o de ação
praticável."
R on S u se k
E va ngelista
C o n tin en ta l C hristian C rusades

"A igreja tem necessidade u rg en te de resp o n d e r à a tiv id ad e


satânica agressiva em nosso país, u san d o a arm a da oração. O D r.
Bubeck faz u m ch am ad o u rg en te p a ra este novo nível d e oração
e en sin a com o o rar d esta form a. L eitura im prescindível!"
T im o th y M. W arner, Ed.D .
Professor de M issõ es
T r in ity E vangelical D iv in ity School

"O ú ltim o livro do Dr. M ark Bubeck, O R eav iv am en to


S atânico, d ev e ser u m a d as exposições d a v e rd a d e m ais neces-
sárias im p ressas h o je../u m a leitura im prescindível'."
Jo h n W esley W h ite
E vangelista A ssociado
A ssociação E vangelística B illy G raham

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