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Abstract: Among wood derivate engineered products can highlight the glued-laminated
(glulam), which are series of laminations glued one to the other through the adhesive with
varied transversal sections and length. Physics and mechanical properties of glulam can be
determined according international normative papers, but, in Brazil, there is no specific
standard document yet for this material. The aim of this work is making glulam structural
specimens using laminations of wood Paricá (Schizolobium amazonicum Herb), species from
amazon region, for determining its strength and stiffness properties, glue line strength and
behavior in delamination test. Also will be determined the laminations mechanical properties
with longitudinal connections type finger joint. Finally, conclude with this work that Paricá
wood presents as a good alternative in glulam making once the properties values determined
in this work were good enough comparing with other properties of glulam made with other
wood-adhesive combinations.
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1. Introdução
(6)
Figura 1 – Esquema da formação de uma viga estrutural de MLC.FONTE: ZANGIÁCOMO, 2003 .
72
Figura 2 – Esquema de formação de MLC com destaque às emendas transversais e longitudinais.
(4)
FONTE: APRILANTI, 2010 .
Segundo Macêdo e Calil Junior (1999)(7) várias são as configurações que podem ser citadas
para serem utilizadas para emendas longitudinais, tais como: emendas de topo (butt joints),
emendas biseladas (scarf joints) e emendas dentadas (finger joints) (fig. 3).
Aprilanti (2010)(4) cita alguns fatores que influenciam na resistência da MLC: massa
específica da madeira; teor de umidade das lamelas; espessura e número de lamelas;
classificação da madeira; nós e inclinação da grã; posição das emendas de topo; adesivos;
pressão de colagem e cura do adesivo.
Dentre os adesivos utilizados para colagem das lamelas e entre as emendas longitudinais e
emendas verticais eles devem ser escolhidos de acordo com as condições climáticas de
utilização da MLC. As classes de utilização são: I (uso interior); II (uso exterior coberta); III
(uso exterior). Os principais adesivos utilizados na confecção da MLC são: fenol-
formaldeído, wonderbond, pliuretano de óleo de mamona e purbond (DIAS, 2006(8); CALIL
NETO, 2011(5)).
Calil Neto (2011)(5) trabalhando com diferentes espécies, adesivos e tratamentos
preservantes da madeira alerta sobre o controle de qualidade na produção da MLC pelas
indústrias ressaltando a importância desse controle em relação ao sucesso do emprego
desse produto engenheirado de madeira.
O objetivo do seguinte trabalho é confecção de vigas estruturais de MLC utilizando lamelas
da madeira de Paricá (Schizolobium amazonicum Herb) para determinação de suas
propriedades de resistência e rigidez e a resistência de linha de cola e sua integridade em
ensaios de delaminação. Também serão montadas e ensaiadas lamelas com ligações
longitudinais dentadas do tipo finger joint para determinação da resistência à tração da
emenda dentada.
2. Materiais e Métodos
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Este trabalho foi realizado no Laboratório de Madeiras e Estruturas de Madeira (LaMEM) da
Escola de Engenharia de São Carlos (EESC) da Universidade de São Paulo (USP)
seguindo-se as especificações da norma ABNT NBR 7190: 1997 (9) e a norma americana
AITC 190: 2007 (10).
Sendo a madeira de Paricá (Schizolobium amazonicum Herb.), utilizada para este estudo,
proveniente de plantação da região norte do país com 8 anos de idade. Essa espécie vem
recebendo grande atenção porque possui rápido incremento em altura e diâmetro. A espécie
apresenta em sua madeira o alburno e o cerne de cores creme-amarelado e marrom-claro,
respectivamente (ALMEIDA et al., 2012 (11); MACEDO et al., 2012 (12)).
Figura 4 – Ensaio de vibração transversal para determinação do módulo de elasticidade das lamelas
de Paricá.
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Figura 5 – Colagem das lamelas e montagem da MLC de Paricá.
Após serem retiradas da prensa, as vigas de MLC tiveram suas dimensões condicionadas
na serra-circular para destopo e na desengrossadeira para regularização de suas faces
laterais.
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As dimensões da seção transversal da viga foram medidas utilizando um paquímetro de
precisão 0,01 mm e o comprimento com um metro. A flecha máxima (fmáx) estimada com
aplicação da carga, ainda no regime elástico de deformação, foi determinada pela relação
L/300, onde L é o vão entre os apoios da madeira. Dessa maneira, utilizando-se um vão
igual a 2,3 m determinou-se uma flecha máxima igual a 7,6 mm. O módulo de elasticidade
das vigas de MLC foi determinado através da Eq 1.
(1)
,
onde:
O módulo de resistência das vigas foi determinado através da carga de ruptura da viga de
MLC utilizando a Eq 2.
(2)
,
onde:
(3)
,
onde:
76
Figura 8 – Corpo-de-prova para o ensaio de resistência à linha de cola.
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dentada à tração paralela às fibras. A resistência à tração das emendas paralela às fibras foi
calculada pela Eq. 4.
(4)
,
onde:
3. Resultados e Discussões
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Tabela 1 – Valores dos módulos de elasticidade e de ruptura das vigas de MLC
Viga MOR (MPa) MOE (MPa)
1 39 8146
2 40 8943
3 45 9337
Média 41 8809
Miotto (2009)(13) confeccionou vigas de MLC com Lyptus e adesivo wonderbond com 540 cm
de comprimento e determinou valores médios par aos módulos de elasticidade e de ruptura
iguais a 21597 MPa e 62 MPa, respectivamente.
Teles et al. (2010)(14) trabalhando com madeira de Louro-vermelho (Sextonia rubra) e com
adesivo resorcinol-formaldeído determinou valores médios de módulos de ruptura e de
elasticidade iguais a 65 MPa e 15830 MPa, respectivamente.
Cunha e Matos (2011)(15) confeccionaram vigas estruturais de MLC com a madeira da
espécie Pinus taeda utilizando para colagem das lamelas o adesivo melamina ureia
formaldeído com catalisador (MUF 1242/ 254) e determinou valores médios de módulo de
elasticidade e módulo de ruptura iguais a 7932 MPa e 28 MPa, respectivamente.
Os valores médios encontrados nesse trabalho foram inferiores aos determinados para o
Lyptus e para o Louro-Vermelho, isso deve-se aos tipos de adesivos diferentes utilizados e
também à densidade das espécies que são muito diferentes apesar de todas as madeiras
serem de árvores dicotiledôneas. Em relação ao MLC construído com Pinus taeda, o MLC
confeccionado com Paricá obteve valores de propriedades mecânicas superiores e isso
também pode ser devido ao adesivo utilizado e às propriedades mecânicas específicas de
cada espécie de madeira.
Segundo Zangiácomo (2003)(6) a disposição das lamelas ao longo da altura da seção
transversal da viga de MLC possui influencia direta nas nas propriedades de rigidez dessa
viga. Vigas com distribuição não aleatória podem apresentar propriedades de rigidez
superiores em relação aquelas vigas montadas com distribuição aleatória.
O valor médio encontrado para a resistência na linha de cola dos corpos-de-prova saturados
foram inferiores em relação aos corpos-de-prova secos, isso confirma que o teor de
umidade influencia as propriedades mecânicas da madeira e de seus derivados (LOGSDON
e CALIL JUNIOR, 2002(16)). Todos os corpos-de-prova, tanto secos quanto saturados,
romperam na madeira e não na linha de cola como se espera que seja, já que a ligação
deve ser mais resistente que a madeira.
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Calil Neto (2011) (5) determinou valores médios iguais a 5,60 MPa, 6,80 MPa, 4,10 MPa
para as espécies Pinus taeda, Teca (Tectona grandis) e Lyptus, respectivamente, para a
resistência ao cisalhamento na linha de cola de corpos-de-prova secos utilizando adesivo
CASCOPHEN RS-216-M. Utilizando o mesmo adesivo mas para corpos-de-prova saturados,
os valores médios de resistência na linha de cola para o Pinus taeda, Teca e Lyptus foram,
respectivamente, iguais a 4,10 MPa, 6,10 MPa e 2,00 MPa.
Os valores determinados para o Paricá nesse trabalho foram inferiores a condição saturada
em relação às espécies estudadas por Calil Neto (2011) (5), porém, na condição de umidade
seca, a resistência na linha de cola para corpos-de-prova de Paricá foi inferior somente
quando comparada à madeira de Teca.
Calil Neto (2011) (5) obteve resultados de delaminação iguais a 0,6% para o Pinus taeda, 2,2
% para a Teca e 38,6% para o Lyptus utilizando como adesivo o CASCOPHEN RS-216-M.
Isso pode estar relacionado à maior porosidade da madeira de Paricá, por esse motivo,
proporciona maior aderência entre o adesivo utilizado e a madeira.
O valor médio e também os valores de resistência das ligações dentadas do tipo finger joint
em cada uma das lamelas ensaiadas são apresentados na tab. 3.
80
2 12
3 14
4 22
5 15
6 7
Média 14
Macedo e Calil Junior (1999)(7) trabalhando com madeiras de Pinus elliottii e Eucalyptus
grandis e adesivo CASCOPHEN RS-216-M determinou valores de resistência em ligação
dentada tipo finger jonit iguais a 39 MPa e 61 MPa, respectivamente, sendo superiores ao
valor médio encontrado para o Paricá nesse trabalho. Isso pode estar devido à classe de
resistência C 30 que se encontram o Pinus elliottii e o Eucalipto citriodora, já o Paricá está
classificado como uma madeira C 20.
4. Conclusões
5. Referências
(1) Bertolini, M. S. (2011). Emprego de resíduos de Pinus sp tratado com preservante CCB
na produção de chapas de partículas homogêneas utilizando resina poliuretana à base de
mamona São Carlos. 128 p. Dissertação (Mestrado) - Escola de Engenharia de São Carlos,
Universidade de São Paulo.
(3) Brito, L. D. (2010). Recomendações para o projeto e construção de estruturas com peças
roliças de madeira de reflorestamento. São Carlos. 338 p. Dissertação (Mestrado) - Escola
de Engenharia de São Carlos, Universidade de São Paulo.
(4) Aprilanti, M. D. (2010). Influência de um corte na borda tracionada de uma viga maciça
simulando uma emenda de topo na lâmina inferior de vigas laminadas coladas. Piracicaba.
108 p. Dissertação (Mestrado) - Escola Superior de Agricultura “Luiz de Queiroz”,
Universidade de São Paulo.
(5) Calil Neto, C. (2011). Madeira laminada colada (MLC): controle de qualidade em
combinações espécie – adesivo – tratamento químico. São Carlos. 120 p. Dissertação
(Mestrado) - Escola de Engenharia de São Carlos, Universidade de São Paulo.
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(7) Macêdo, A. N.; Calil Junior, C. (1999). Estudo de emendas dentadas em madeira
laminada colada (MLC): avaliação de métodos de ensaio – NBR 7190/ 1997. Caderno de
Engenharia de Estruturas, São Carlos - SP, n. 7, p.77-107.
(8) Dias, A. A.; Azambuja, M.; Oliveira Junior, S. F. (2006). Análise estatística comparativa
entre adesivos poliuretanos frente ao resorcinol-formaldeído aplicados em emenda dentada
estrutural para a espécies Eucalyptus grandis. In: CONGRESSO BRASILEIRO DE
ENGENHARIA E CIÊNCIA DOS MATERIAIS, 17, Foz do Iguaçu, 2006. Anais. Paraná, ABM,
CD-ROM.
(9) Associação Brasileira de Normas Técnicas (1997). NBR 7190 – Projeto de estruturas de
madeira. Rio de Janeiro. 107p.
(10) American Institute of Timber Construction (2007). AITC 190 – Structural glued laminated
timber. Colorado. 20p.
(11) Almeida, D. H.; Macedo, L. B.; Scaliante, R. M.; Macêdo, A. N.; Calil Junior, C. Dias, A.
A. (2012). Caracterização das propriedades físicas e mecânicas da madeira de Paricá. In:
SIMPÓSIO EM CIÊNCIA E EGENHARIA DE MATERIAIS, 15, São Carlos, 2012. Anais. São
Paulo, ICEM, CD-ROM.
(12) Macedo, L. B.; Almeida, D. H.; Scaliante, R. M.; Varanda, L. D.; Calil Junior, C. (2012).
Caracterização de algumas propriedades físicas da madeira de Paricá. In: CONGRESSO
DE ENGENHARIAS, 2, São João del Rei, 2012. Anais. Minas Gerais, UFSJ, CD-ROM.
(14) Teles, R. F.; Del Menezzi, C. H. S.; Souza, M. R.; Souza, F. (2010). Effect of
nondestructive testing of laminations on the bending properties of glulam beams made from
Louro-vermelho (Sextonia rubra). Cerne, Lavras – MG, v.16, n.1, p. 77 - 85.
(16) Logsdon, N. B.; Calil Junior, C. (2002). Influência da umidade nas propriedades de
resistência e rigidez da madeira. Caderno de engenharia de estruturas, São Carlos - SP,
p.77-107.
6. Agradecimentos
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