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JOÃO VICTOR
LUANA MARQUES
MARCUS VINÍCIUS
MÔNICA MARTINS
Macaé
2020
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Cristiano Oliveira1
João Victor2
Luana Marques3
Marcus Vinicius4
Mônica Martins5
RESUMO
1
Graduando em Psicologia pela Universidade Estácio de Sá, Unidade Macaé. e-mail: coliveirarj@gmail.com
2
Graduando em Psicologia pela Universidade Estácio de Sá, Unidade Macaé. e-mail: joaaovsoares@hotmail.com
3
Graduanda em Psicologia pela Universidade Estácio de Sá, Unidade Macaé. e-mail: luanamarquesj@gmail.com
4
Graduando em Psicologia pela Universidade Estácio de Sá, Unidade Macaé. e-mail: maros.xavier.17@gmail.com
5
Graduanda em Psicologia pela Universidade Estácio de Sá, Unidade Macaé. e-mail: animancamix@hotmail.com.br
2
INTRODUÇÃO
e hormônios, fazendo com que a essa pessoa revivencie este estado todas as vezes que estiver
presente em situações semelhantes ao trauma ocorrido.
O corpo humano apresenta diversas reações diante de quaisquer eventos nos quais o
indivíduo possa passar. Quando se fala em corpo humano, entende-se que, conforme o tema do
artigo proposto, se refere ao corpo fisiológico, onde se fala das reações dos neurotransmissores,
hormônios e suas ações na fisiologia e o seu equilíbrio, que se chama homeostase, e o corpo
psicológico, onde se fala sobre as emoções, reações que ficam armazenadas na memória e
conforme o dia a dia, é resgatado da memória um conjunto de reações que se apresentam quando
confrontado com situações que possam lembrar tais eventos.
Diante da exposição a um evento de tamanha magnitude, o corpo humano tem uma
resposta biológica a estes eventos estressores que envolve ativação do sistema endócrino e
imunológico, bem como de circuitos neurais específicos (KRISTENSEN; PARENTE;
KASZNIAK, 2003).
Além da resposta biológica que o corpo humano tem diante de um evento estressor, há
também uma resposta psicológica que se adapta com o mesmo , podendo desencadear uma
depressão e a outras psicopatologias.
De acordo com os eventos estressores ocorridos no decorrer da história, não levando em
consideração a origem do evento, foi somente a partir de 1850, com o desenvolvimento das
inovações da tecnologia nos meios de transporte, é que se formularam ideias sobre os traumas
sofridos pelas pessoas que foram vítimas de acidentes uma vez que com o aumento da
população e o desenvolvimento nos meios de transportes ferroviários e com sua popularização
e crescimento, mais e mais pessoas aderiram a este tipo de locomoção e, através desta
popularização e a procura crescente de viagens, aumentou-se também os acidentes causados
por fatores diversos atingindo em cheio quem dependia deste meio de transporte, não somente
causando mortes ou danos físicos, mas principalmente danos que aparentemente não são
visíveis e que ficam estruturados durante muito tempo na mente das pessoas, afetando a maneira
de viver de cada um e influenciando as atitudes em meio a situações que possam lembrar de
alguma forma o trauma sofrido.
Várias interpretações para a etiologia dos fenômenos apresentados nas vítimas de
acidentes ferroviários foram propostas, dentre as quais, de forma orgânica e funcional.
Posteriormente, em virtude da guerra, onde grande quantidade de casos ocorreram, as teorias
foram refinadas e desenvolvidas, inclusive com a proposição de intervenções terapêuticas.
Apesar de ser evidente a associação entre as causas e efeitos mediante a um evento estressor,
apresentando um conjunto de características, foi somente na década de 1980 que os
profissionais de saúde mental reconheceram o TEPT como um construto psicológico válido,
bem como uma condição passível de diagnóstico e tratamento. Dentre os 60% a 90% da
população que são expostos a um evento estressor traumático durante a vida, é estimado que
somente 8% a 9% deste total que irão desenvolver o Estresse Pós-Traumático e mesmo
possuindo esta porcentagem, aparentemente baixa, o TEPT tem sido considerado o quarto
transtorno mental mais comum, resultando diretamente em consequências sociais e econômicas
significativas, uma vez que quem sofre deste transtorno, tem suas atividades do dia a dia
modificadas diante do comportamento de evitação a possíveis episódios que possam fazer
revivenciar a experiência traumática. Diante de prejuízos cognitivos apresentados no TEPT,
tem sido sugerido a avaliação neuropsicológica para que possa contribuir a elucidar a extensão
destes prejuízos.
Foi durante a década de 1930 que houve uma contribuição fundamental na investigação
dos efeitos neurológicos no corpo humano quando exposto a evento estressores onde foi
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Um dos sintomas mais comuns dos transtornos é a ansiedade, que pode ser física ou
cognitiva. Subsequentemente com taquicardia, sudorese ou antecipação dos eventos negativos
(BRUNONI, 2008 apud BLANCO; CANTO-DE-SOUZA, 2018).
Embora o temo ansiedade seja pejorativo, no que se relaciona a transtornos, é uma
resposta normal do sujeito ao seu meio, sendo muito mais necessária do que patológica. Ela
alerta sobre possíveis danos físicos, punições, separação e ou ameaças a integridade, fazendo
que o organismo tome medidas cabíveis à situação que se encontra, para reduzir suas ameaças.
Tendo a ansiedade grande valor adaptativo assim como o medo, ela é definida como um estado
de tensão difusa, que pode acompanhar alterações físicas e cognitivas, sendo ativada em
situações de perigo ou ameaça em potencial, existindo o conflito entre a aproximação e
evitação. O medo por si só ocorre em situações de perigo real onde o sujeito foge, congela ou
luta.
As respostas também podem estar relacionadas a distância física do elemento estressor,
sendo assim, a ansiedade em seu estado normal do organismo, corresponde a fatos citados acima
de perigo iminente ou real além de ameaças em potencial, e em sua patologia existe uma
exacerbação dos sentidos ou ocorrem em situações onde ela não deveria ser apresentada.
Pessoas com TEPT podem apresentar maiores picos de desafetos como insatisfação,
desgosto, medo, crenças negativas, sentimento de culpa, alterações de memória, atenção e
funções executivas. Este transtorno também pode estar associado ao desenvolvimento de
depressão, ansiedade e dificuldades cognitivas.
Estudos apontam que até 90% da população mundial será exposta a situações que
possam potencializar o transtorno, e mesmo que muitos não desenvolvam o TEPT, ele tem sido
considerado de alta prevalência, sendo o 3° transtorno de ansiedade mais frequente atualmente.
Diante do seu diagnóstico, o TEPT apresenta sintomas diversificados e ocorre junto com
outras patologias o que dificulta identificar o trauma e o encaminhamento para uma psicoterapia
de forma específica. Cabe o Psicólogo, no decorrer da psicoterapia, a efetiva investigação, não
somente das queixas apresentadas pelo paciente, mas o que está por trás da queixa. O fato é que
os sintomas são similares com tantas outras patologias e se não houver um comprometimento
por parte do paciente em falar tudo o que ocorreu, sem ressalvas ou vergonhas, fica muito difícil
sua identificação e ação direta na sua origem e se torna um desafio atravessar esta barreira
construída pelo sujeito em virtude da cultura da sociedade que se está inserida.
paterna e, ao se tornarem adolescentes, o tipo de violência praticada pelo pai tende a mudar.
Uma das explicações dos autores refere-se ao fato de que o adolescente adquire força e
geralmente desenvolve alternativas para se proteger do adulto, o que não é possível quando se
é criança.
Outro tipo de violência observada é a sexual. Esta se caracteriza por todo jogo sexual
ou ato, entre um ou mais adultos, e envolve uma criança ou adolescente e de natureza
heterossexual ou homossexual, com o objetivo de estimular a vítima sexualmente, assim como,
conseguir estímulo para si ou outra pessoa. Destaca-se que uma das formas de violência sexual,
que atinge crianças e adolescentes de maneira impactante para o seu desenvolvimento é o abuso
sexual. O adulto, geralmente estabelece com a criança uma relação de confiança e até mesmo
de força, com intuito de obter gratificação sexual. Geralmente, um ano é o tempo que transcorre
entre o abuso até o relato da criança para alguém de confiança. As meninas, de cinco a dez anos
de idade, são as principais vítimas e geralmente procuram suas mães para pedir ajuda.
Portanto, com base nos conhecimentos elucidados, torna-se fundamental a busca pelos
encaminhamentos necessários às crianças e/ou aos adolescentes vítimas de violência familiar,
objetivando o manejo adequado na tentativa de minimizar os impactos na própria infância ou
adolescência e, por conseguinte, na vida adulta.
Segundo Blanco e Canto-de-Souza (2018), o TEPT apresenta uma taxa de 1% à 14%
na população urbana, alvo do estudo sendo observada entre 40% a 80% das pessoas que passam
por situações estressoras como violência urbana, familiar ou sexual.
Foi feito um levantamento sobre a relação entre a violência no trabalho de motoristas
de transporte coletivo e o TEPT nas grandes metrópoles brasileiras onde é percebido que as
condições de trabalho são menos favoráveis. Os motoristas relataram que o grande fluxo de
carros são uma das problemáticas, pois o barulho e a poluição comprometem o desempenho
profissional. Todas as cidades pertencentes às grandes metrópoles, os dados relevantes sobre as
queixas resultaram em deficiência de fatores internos, que são aqueles que aparecem em forma
de doenças crônicas, a visão e audição comprometidas, fadiga, estresse, os problemas pessoais
e o abuso de álcool por conta disso e os fatores externos, que são assim chamados, pois são as
questões das exigências dos motoristas referente a ausência de condições sanitárias favoráveis.
Estes conjunto de fatores, internos e externos, são determinantes para a violência urbana,
pois não apenas de forma direta como o assalto, mas indiretamente como reclamações de
passageiros, que ficam em cima dos motoristas e cobradores com suas exigências e reclamações
e o próprio trânsito caótico que há nas grandes cidades. Estes fatores também causam acidentes,
lembrando que todas estas questões apontadas anteriormente não ocorrem apenas nas grandes
metrópoles, mas se agrava por serem mais populosas, pois nas pequenas cidades também
ocorrem, mas de uma forma menos aparente.
Conforme é mencionado em Alves e Paula, 2009, no Brasil os estudos apontam que o
impacto da violência urbana nos profissionais rodoviários sobre a saúde mental ainda são
poucos mencionados. Foi feito um estudo por alguns autores, conforme relatam França, Santos
e Rubino (1998 apud ALVES; PAULA, 2009),os dados das pesquisas mostraram que 37,2% se
sentiam mais agitados, estressados e preocupados, e 30,3% se assustavam com certa facilidade
depois de já terem sofrido práticas de assalto no trabalho. A pesquisa realizada em Salvador,
que contou com 130 trabalhadores, mostrou que esses colaboradores sofriam agressões físicas,
ameaças e assaltos a mãos armadas e esses seriam os principais fatores com grande potência da
saúde mental a ser afetada, sendo assim a violência urbana como um evento traumático externo.
Em Belo Horizonte teve um aumento significativo de medo de assaltos e 72,6%
acabaram desenvolvendo distúrbios gastrointestinais e o nível de estresse era tão grande que
causavam sintomas de diarreias, azias e gastrites.
Como viver sempre angustiado e sobre pressão, se questionando se vai sofrer algum
assalto? Na maioria destes, são realizados à mão armada, onde o motorista fica com uma arma
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apontada para sua cabeça, sofrendo ameaças constantes, com um assaltante nervoso e, às vezes,
inexperiente ficando à mercê do que irá acontecer, sem saber se irá viver ou morrer. E vivendo,
como continuar a jornada de trabalho? Os motoristas são obrigados a pararem em todos os
pontos onde tem passageiros dando sinal, mesmo que o passageiro apresente um perfil, que eles
denominaram como possíveis infratores. Tal perfil é do sexo masculino, na idade
aproximadamente 15 a 30 anos , trajando um estilo bem descontraído e à vontade, de bermuda,
chinelo, e aí aparece o desgaste psíquico. Então entra a questão: parar e obedecer as regras da
empresa, ou salvar a sua vida de várias pessoas que ali estão? Esta temática é de suma
importância para a população, mas o que fazer para ajudar esses colaboradores que estão mais
visados e à mercê da criminalidade?
Acredita-se que propor às empresas disponibilizarem profissionais qualificados para
atender e dar esse suporte emocional para os cobradores e motoristas de ônibus, onde poderá
ajudar esse sujeito a lidar com as questões sofridas e como são assimiladas por quem é vítima
deste tipo de violência.
CONSIDERAÇÕES FINAIS
o tema nos dias atuais, a popularização do tema na sociedade, o estudo do TEPT é ainda
relativamente recente.
No decorrer da história da Humanidade foi presenciado diversas catástrofes, sendo elas,
os terremotos, maremotos, tsunami, grandes chuvas causadoras de enchentes, avalanches,
deslizamentos, erupções de vulcões, mas foi somente com o desenvolvimento da tecnologia nos
meios de transportes, onde começaram os estudos referente ao tema proposto. Mas o que tem a
ver o desenvolvimento da tecnologia com o TEPT? Percebe-se que com o desenvolvimento dos
meios de transportes, ocorreram aumento da demanda de pessoas em busca do meio de
locomoção entre o local onde se mora e o local onde se trabalha. Com o crescente aumento da
população, vieram também os problemas de infraestrutura e consequentemente o aumento da
criminalidade.
Em virtude deste aumento de demanda pelos meios de transporte, aumentou também os
acidentes ferroviários que fizeram muitas vítimas. Foi neste momento, nesta ocasião onde
começaram os estudos sobre os efeitos sintomáticos destes eventos, onde ocorreram grandes
estresses, sobre o funcionamento do corpo humano, seja na área fisiológica, seja na área
psicológica, seja na área social.
Percebe-se que diante dos temas explanados neste artigo, o TEPT é um transtorno
relacionado a trauma e a estressores e que seus sintomas são gerados diante da exposição de
uma pessoa a um evento traumático. Após o acontecimento do evento estressor, a pessoa que
sofreu o trauma, pode ser levada a ter lembranças e revivências, através de sensações, podendo
parecer para ela, de uma forma real, que o evento está acontecendo novamente, e diante destas
sensações, a pessoa deixa de sair para evitar certos lugares.
Observa-se que a pessoa que sofre deste trauma, carrega em sua vida uma série de danos
oriundo do evento sofrido. Tais danos são os fisiológicos, pois ocorreram mudanças no
funcionamento do corpo, na produção de neurotransmissores, de hormônios, trazendo um
desequilíbrio para o corpo. Já o dano psicológico é notado, pois fica registrada na memória um
conjunto de sintomas oriundo do trauma sofrida. O dano social ocorre em virtude da evitação,
pois a pessoa se ausenta da sociedade para evitar a revivência do trauma. Há também o
financeiro, pois a evitação faz com que ela deixe de ir ao trabalho, e as empresas que visam a
produção e lucro, muitas vezes não tem a política de lidar com estas questões e acham melhor
demitir o funcionário do que ter um problema na empresa que afete a produção e a geração de
lucro.
Como explanado nesse artigo, existem inúmeras variantes de violência urbana, que
afetam diferentes grupos da sociedade. Levando em consideração a questão da segurança
pública, aliada a outras questões sociais, existe uma dificuldade em manter-se “saudável” ao
meio que as pessoas estão inseridas, tendo em vista que as forças de segurança públicas
claramente não dão conta de patrulhar todo o território que é necessário para se antever a
criminalidade e outros.
Falando ainda dá violência urbana, como exemplificado pelos trabalhadores da rede de
transportes, existe uma carência que está além da segurança, há uma defasagem de condições
de trabalho. Tanto o motorista quanto o cobrador não tem controle do fluxo do seu posto de
trabalho, menos ainda sabem quem adentra na sua condução. Criando por si só uma rotina de
viagens, em transportes públicos, às vezes lotados, às vezes vazios, lidando com o trânsito e
com valores em espécie e sendo responsabilizados por essas quantias, no caso do cobrador, pois
qualquer falta de dinheiro, ele paga do próprio bolso.
No caso do motorista que trabalha com a função dupla, absorvendo a do cobrador, a
atenção necessita ser redobrada para exercer todos os papéis exigidos.
Após já ter vivido uma experiência traumática no posto de trabalho, é notável os níveis
estressores subirem, pois não há como não reviver a situação traumática quando se passa o seu
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tempo de serviço onde ela aconteceu e ainda, como já citado, as situações são reforçadas e
potencializadas frequentemente.
Já na violência familiar, principalmente nas meninas de 5 a 10 anos, como citado no
artigo, revive-se o trauma diariamente pelo contato com o agressor, causando assim uma
desconfiança generalizada e dificuldade de se relacionar com os demais.
Como expor essa violência não é tarefa fácil, fica-se refém dentro da própria casa. O
lugar que seria para acolhimento torna-se potencializador do TEPT.
Da mesma forma, pode-se enquadrar as mulheres que sofreram de violência pelos
maridos e outros, passando por atos verbais, físicos e psicológicos. Muitas das vezes, tem medo
de denunciar e as agressões se multiplicam com ameaças de morte, ou por não quererem ver
seus cônjuges respondendo processos judiciais e também levados pela polícia ou outras
autoridades de segurança. Em muitos bairros carentes, não possuem centros de acolhimentos à
famílias de baixa renda e situações de rua e os que possuem, são sucateados pela falta de
investimento do estado.
É dever dos profissionais de saúde o acolhimento desse grupo incentivando eventos que
tragam informações que possam ajudar as vítimas de violências saberem a quem recorrer, pois
mulheres e crianças são alguns dos mais inseridos nessa temática de violência, que envolve os
grandes centros. Zelar pelo bem estar e tratar dos transtornos, fazendo acompanhamentos
periódicos, visitas, contatos por telefone a fim de apaziguar e tratar do estado de saúde dos seus
pacientes, para que os mesmos se sintam cada vez menos os efeitos causados pelos eventos que
desencadearam o TEPT, é função dos profissionais que estão no ramo da saúde pública.
O enfrentamento do problema também é necessário por parte de quem o sofre a violência
e se torna uma das maiores barreiras para se caminhar rumo a sanar tais situações. Muitas das
empresas, como as de transporte público, carecem de profissionais da área da saúde, que
acompanhem seus funcionários no seu dia-a-dia, aliviando sua carga e tensão e com a política
de sempre e falta de recursos, não se pensa muito no bem-estar da força de trabalho, além de
dar uma remuneração aquém do que se espera, fazem jornadas longas de serviço, expondo seus
funcionários a uma rotina maçante e muito estressante. Há as exceções, onde as companhias
que enxergam que o bem estar do trabalhador é um dos pilares para o mesmo produzir um
serviço de qualidade e eficiente.
A problemática elucidada nessa discussão, aponta a crescente na questão da população
afetada pelo transtorno, seja na rua, ou dentro de casa, onde há pouca ação e principalmente
informação dos órgãos públicos competentes, para sanar tais desvios que afetam a saúde da
população, ficando por conta de cada indivíduo procurar se orientar para ter o tratamento
adequado criando assim um efeito bumerangue, onde sempre a violência será trazida à tona,
seja de forma física ou mental, com os danos à saúde.
Observa-se que o TEPT, conforme a abordagem da Teoria Cognitivo comportamental,
sob à luz do condicionamento clássico, desenvolvido por Pavlov e com o condicionamento
Operante, desenvolvido por Skinner, afeta a cognição de forma que o trauma fica registrado na
mente e quando a pessoa que sofreu tal violência se defronta com circunstâncias que a lembre
do trauma, a revivência é evidente.
Diante desta questão, a abordagem da TCC é a que melhor se apresenta para minimizar
a sintomatologia presente, uma vez que, age na consequência causada pelo trauma, porém pode
ser insuficiente se o trauma se assemelhar, por generalização, a algo que possa ter acontecido a
anos, sem que a pessoa tenha a lembrança viva na mente. A TCC tem como objeto tratar as
pessoas com foco na sintomatologia, com técnicas para que a pessoa possa aprender a lidar com
suas questões, porém ao se pensar na origem do trauma, uma vez que pode não haver
lembranças diretas pela vítima, poderia se tornar um círculo vicioso ao tratar somente no
presente, minimizando os sintomas, mas que estes podem voltar à tona, porque há questões que
ficam gravadas no inconsciente que, aparentemente possa não haver lembranças, mas que uma
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investigação mais minuciosa pode-se identificar a origem inicial dos sintomas, tendo a
possibilidade assim de cura do TEPT.
Este artigo se deteve em uma investigação do TETP de forma conceitual e o seu
desdobramento sintomatológico no corpo humano. Percebe-se, de acordo com os artigos
relacionados, que o tema tem uma diversidade muito ampla na sua aplicação, pois o mesmo
tipo de estressor, pode ser encarado diferentemente por cada tipo de pessoa, pois o que está em
questão não é o trauma em si, mas como ele é interpretado pela pessoa, pois cada um tem uma
personalidade diferente, um caráter distinto e todos são criados conforme suas famílias, e o
meio que estão inseridas. Por exemplo, um acidente pode ser encarado como uma sorte
tremenda, quanto um azar tremendo e isso depende de quem o interprete e, apesar de existirem
estudos sobre todos os sintomas que o TEPT possa ocasionar, há uma infinidade de situações
particulares que não estão relacionadas, pois um sintoma pode ser específico para uma pessoa,
não estar enquadrado no DSM-V, porém ser ocasionado pelo trauma.
Conforme o tema proposto, foi elucidado assim, o que é o TEPT, seus sintomas, suas
ações na sociedade, no corpo e na mente e como podemos identificar no dia a dia, pessoas que,
de acordo com os sintomas em comum, sofrem deste trauma e, de certa forma, conseguir ajudar
a lidar com estas questões no dia a dia , de forma que o sofrimento seja minimizado.
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REFERÊNCIAS
ALVES, Camila Renata da Silva; PAULA, Patrícia Pinto de. Violência no trabalho: possíveis
relações entre assaltos e TEPT em rodoviários de uma empresa de transporte coletivo. 2009.
Cadernos de Psicologia Social do Trabalho, vol. 12, n. 1, p. 35-46. Disponível em:
http://www.revistas.usp.br/cpst/article/view/25773/27506. Acesso em: 25 Mar. 2020.