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EXERCÍCIOS RESOLVIDOS
2.1 Pedro e Joana querem comprar um apartamento e, para isso, querem construir uma
poupança de R$ 180.000,00 no final do 24º mês, a contar de hoje. Como já têm
R$ 32.000,00 para abrir a conta em um fundo de investimento hoje, querem saber
quanto devem aplicar por mês par obter o montante desejado. O rendimento anual
líquido desse fundo tem sido de 10%.
Solução:
12
imês = √(1 + 0,1) – 1 = 0,00797
Valor futuro da entrada: 32.000 (1 + 0,1)2 = 38.720,00
Valor futuro a formar com as aplicações mensais = 180.000 – 38.720 = 141.280,00
Aplicações mensais:
• FV = 141.280
• i = 0,797%
• n = 24
• R = PMT = 5.364,96
2.2 Uma dívida deve ser quitada em 10 prestações mensais iguais e consecutivas no
valor de R$ 3.200,00 cada. A taxa de juro contratual é 30% ao ano. O devedor pro-
curou o credor para a troca da série de pagamentos por três pagamentos iguais,
sendo o primeiro na data de hoje, o segundo exatamente três meses depois do pri-
meiro pagamento e o terceiro três meses após o segundo. O primeiro pagamento
da série de 10 mensais vence daqui a 15 dias. Qual deve ser o valor de cada um dos
três pagamentos?
120
PROBLEMAS TÍPICOS DE MATEMÁTICA FINANCEIRA – MODELOS BÁSICOS 121
Solução:
12
imês = √ (1 + 0,3) – 1 = 0,022104
iquinz = √ (1 + 0,022104) – 1 = 0,010992
itri = (1 + 0,022104)3 – 1 = 0,06779
Valor presente da série atual de pagamentos no mês 1: 3.200 FVA(2,2104%, 9) +
3.200 = 29.058,83
Valor da dívida na data de hoje: 29.058,83/(1 + 0,010992) = 28.742,90
Para calcular o pagamento trimestral da nova série, vamos utilizar o modelo de série
antecipada:
• PV = 28.742,90
• itri = 0,06779 ou 6,779%
• n=3
• R = PMT = 10.215,80
2.3 Uma empresa está à venda e o interessado na compra contratou uma empresa de con-
sultoria para fazer a avaliação de seu valor. A consultora levantou o fluxo de lucros
líquidos mensais previstos para os próximos 36 meses, tendo encontrado os seguintes
valores:
• durante os próximos 12 meses: R$ 120.000,00;
• no segundo ano (13º até o 24º mês): R$ 160.000,00;
• no terceiro ano (25º até 36º mês): R$ 220.000,00.
Considerando que a taxa de atratividade do interessado é igual a 20% ao ano, qual
deve ser o valor máximo que ele pode oferecer? Use as séries uniformes.
Solução:
ia = 20% a.a.
im = (1,2)1/12 – 1 = 0,1531
a) Psérie 1 = 120.000 FVA(1,531%, 12) = 1.306.376,61
b) Psérie 2 = 160.000 FVA(1,531%, 12)/1,2 = 1.451.529,56
c) Psérie 2 = 220.000 FVA(1,531%, 12)/(1,2)2 = 1.663.210,95
Valor máximo a oferecer = 1.306.376,61 + 1.451.529,56 + 1.663.210,95 = 4.421.117,12
2.4 Um lote no valor de R$ 300.000,00, está sendo negociado nas seguintes condições:
• Entrada: R$ 50.000,00;
122 CAPÍTULO 2
im = 3% ao mês
Prestação final: 7.500 1,035 + 6.000 1,034 + 4.500 1,033 + 3.000 1,032 + 1.500 1,031 =
D = 25.092,58
2.5 Um financiamento foi contratado com a taxa nominal de juro de 24% ao ano, ou seja,
2% ao mês. Calcule:
1. Taxa efetiva anual
2. Taxa efetiva semestral.
Solução:
Taxa efetiva anual: ieA = (1 + 0,02)12 – 1 = 0,2682 ou 26,82%
Taxa efetiva semestral: ieS = (1 + 0,02)6 – 1 = 0,1262 ou 12,62%
2.6 Maria Penha acabou de se formar em engenharia e já pensa em sua aposentadoria aos
60 anos. Com 25 anos, seu propósito de ano novo (data de hoje: 31/12) é fazer um
fundo de aposentadoria. Para isso, planeja fazer depósitos mensais durante 420 meses,
a começar no final do próximo mês. Além disso, quer fazer, nos meses de dezembro,
um aporte adicional de R$ 2.000,00 (serão 35 depósitos), aproveitando o 13º salário.
O fundo escolhido rende em média 0,8% ao mês. Por experiência familiar, Maria quer
usufruir de uma aposentadoria mensal de R$ 8.000,00 por mês, durante 25 anos após
se aposentar, esgotando seu fundo aos 85 anos. O resto... é com a família. Calcule o
valor do depósito mensal que ela tem que fazer.
Solução:
. . .
. . . .
PROBLEMAS TÍPICOS DE MATEMÁTICA FINANCEIRA – MODELOS BÁSICOS 123
im = 0,8% a.m.
ia = (1 + 0,008)12 – 1 = 0,1003
a) Presgate = 8.000 FVA(0,8%, 300) = 908.411,62
b) Ssérie anual = 2.000 FAC(10,03%, 35) = 545.801,29
c) Sdepósito mensal = 908.411,62 – 545.801,29 = 362.610,32
d) Finalmente: D = 362.610,32 FFC(0,8%, 420) = 105,85
2.7 Uma empresa contratou um empréstimo pelo qual deve pagar 36 parcelas mensais de
R$ 15.000,00. No dia da quitação da segunda parcela (antes do pagamento), o gerente
da empresa procurou o banco e propôs um novo plano de pagamento, em substitui-
ção aos 35 restantes:
• um pagamento imediato de R$ 50.000,00, além da parcela já quitada;
• 6 pagamentos semestrais de R$ 35.000,00
• 12 pagamentos trimestrais iguais.
Considerando que a taxa de juro do financiamento é de 2,5% ao mês, qual deve ser o
valor da parcela trimestral?
Solução:
im = 2,5% ao mês
it = (1 + 0,025)3 – 1 = 0,0769 ou 7,69% ao trimestre
is = (1 + 0,025)6 – 1 = 0,1597 ou 15,97 ao semestre
a) P0 = Valor do empréstimo = 15.000 FVA(2,5%, 36) = 353.343,77
b) Saldo devedor no mês 2 (antes do pagamento) = 353.343,77 (1,025)2 – 15.000
1,025 = 355.856,80
c) Saldo a quitar com a prestação trimestral = 355.856,80 – 35.000 FVA(15,97%,
6) – 50.000 = 176.788,49
d) Prestação trimestral: R = 176.788,49 FRC(7,69%, 12) = 23.083,54
2.8 Uma empresa recebe uma proposta para aquisição de um equipamento a ser pago em
12 prestações mensais, iguais e consecutivas de $ 32.500,00, as quais incorporam uma
taxa de juros de 2,55% ao mês e com a primeira prestação à vista. Por outro lado, o
diretor financeiro da empresa fez uma contraproposta de pagar também em 12 pres-
tações mensais, porém com a primeira prestação se dando apenas em 45 dias. Assim
sendo, qual será o valor da prestação, se tal contraproposta for aceita?
124 CAPÍTULO 2
Solução:
im = 2,55%
iq = (1,0255)1/2 – 1 = 0,01267 ou 1,267%
a) Valor do empréstimo: P0 = 32.500 FVA(2,55%, 11) + 32.500 = 340.845,76
b) Valor do empréstimo em 15 dias: P1 = 340.845,76 (1 + 0,01267) = 345.164,28
c) Nova prestação: R = 345.164,28 FRC(2,55, 12) = 33.751,02
2.9 Uma empresa está adquirindo um equipamento e o fabricante ofereceu o seguinte
plano de pagamento:
Mês Valor do pagamento
1 2.500,00
2 2.500,00
3 1.000,00
4 1.000,00
5 2.500,00
6 1.000,00
7 2.500,00
8 1.000,00
9 2.500,00
10 1.000,00
11 2.500,00
12 1.000,00
A empresa pediu para que fosse elaborado outro plano de pagamento com entrada
de R$ 4.000,00 e 12 pagamentos iguais e sucessivos, começando no mês 2. Com a taxa
de 2% ao mês, pede-se calcular o valor das prestações mensais. Use as séries uniformes
que aparecem no fluxo de caixa.
Solução:
Cálculo do valor do empréstimo:
PROBLEMAS TÍPICOS DE MATEMÁTICA FINANCEIRA – MODELOS BÁSICOS 125
Série uniforme 1:
Série uniforme 2:
Série uniforme 3:
ia = 34,49%
is = (1 + 0,3449)1/2 – 1 = 0,1597 ou 15,97%
im = (1 + 0,3449)1/12 – 1 = 0,025 ou 2,5%
iq = (1 + 0,025)1/2 – 1 = 0,01242 ou 1,242%
Observando atentamente os fluxos de caixa do problema podemos perceber que a
única série de pagamentos que será deslocada 15 dias é a série de mensalidades de
R$ 10.000,00, já que a série de semestralidades de R$ 20.000,00 permanece nas mes-
mas datas.
Empréstimo: P0 = 10.000 FVA(2,5%, 24) + 20.000 FVA(15,97%, 4) = 234.847,00
Série deslocada: P1 = 10.000 FVA(2,5%, 24) (1 + 0,01242) = 181.071,18
Nova mensalidade: R = 181.071,18 FRC(2,5%, 24) = 10.124,20
2.12 Um banco estrangeiro no Brasil possui um plano de acumulação de capital para paga-
mento das anuidades do ensino superior. Os aportes são cotados em dólar e o banco
paga juro de 6% ao ano sobre o capital acumulado, com os juros capitalizados semes-
tralmente. Determine quanto uma pessoa deve depositar semestralmente, a partir do
dia em que seu filho completar sete anos, para que ele possa sacar US$ 18.000,00 por
PROBLEMAS TÍPICOS DE MATEMÁTICA FINANCEIRA – MODELOS BÁSICOS 127
ano nos aniversários de 20, 21, 22, 23 e 24 anos, sem haver qualquer saldo residual.
Os depósitos serão feitos até o último semestre antes do aniversário de 20 anos.
Solução:
.
.
. . . .
2.14 Uma empresa fez um contrato de empréstimo para financiar seu capital de giro que
deve produzir o fluxo de caixa mostrado na figura abaixo, em que os pagamentos
(contrapartidas exigidas no contrato) ocorrem nos meses indicados e as retiradas em
quinzenas intermediárias. Qual deve ser o valor final a ser quitado no mês 6, consi-
derando que a taxa de juro é 3,2% ao mês?
Solução:
. . . . .
Solução:
im = 0,8% a.m.
iano = (1 + 0,008)12 – 1 = 0,1003
Valor acumulado na proposta original:
• Entrada: 2.000 (1 + 0,008)360 = 35.222,61
• Série mensal: 350 FAC(0,8%, 360) = 726.744,63
• Série anual: 1.000 FAC(10,03%, 30) = 165.431,07
• Valor acumulado total: 35.222,61 + 726.744,63 + 165.431,07 = 927.398,31
Valor a ser formado com a série anual: 892.175,70
• N = 30
• iano = 10,03%
• R = PMT = 5.393,04
2.16 Um lote no valor de R$ 300.000,00, está sendo negociado nas seguintes condições:
• Entrada: R$ 60.000,00 e mais seis parcelas mensais nos seguintes valores:
• Primeira parcela: R$ 48.400,00; segunda parcela: R$ 47.000,00; terceira parcela:
R$ 45.600,00; quarta parcela; R$ 44.200,00; quinta parcela: R$ 42.800,00 e, final-
mente, R$ 41.400,00.
O dono do lote informou que as prestações mensais são calculadas com base em uma
amortização mensal igual a R$ 40.000,00 em todas as parcelas, e uma taxa de juro
incidente sobre o saldo devedor do mês.
O comprador não pode desembolsar mais do que R$ 42.000,00 por mês e vai
fazer uma nova proposta ao dono. Além da entrada, quer pagar cinco parcelas de
R$ 42.000,00 por mês e o restante do fluxo de pagamento do empréstimo será quitado
em uma sexta prestação. O dono do lote concorda, desde que o valor futuro da tran-
sação seja o mesmo, considerando que os recebimentos serão reaplicados à taxa de
mercado de 0,75% ao mês.
Pede-se:
a) Qual deve ser o valor da última prestação?
b) Qual é a taxa real de juro que o comprador pagará?
130 CAPÍTULO 2
Solução:
√
6 337.439,70
Juro real pago = – 1 = 0,0198 ou 1,98% ao mês.
300.000,00
3 A Decisão Econômica na Avaliação
de Projetos – Modelos Básicos
EXERCÍCIOS RESOLVIDOS
1
Valor presente das saídas = –19.000.000 – 30.000.000 = – 45.785.714,29
(1 + 0,12)1
131
132 CAPÍTULO 3
7 0,12 . (1 + 0,12)
Valor presente das entradas = 7.000.000
(1 + 0,12)20 – 1 7 =
1
20
(1 + 0,12)1
= 7.000.000 7,4694 0,89286 = 46.684.022,65
VPL = –45.785.714,29 + 46.684.022,65 = 898.308,37
b) Com a HP 12C:
19.000.000 CHS g CF0
30.000.000 CHS g CFj
7.000.000 g CFj
20 g Nj
12 i
f NPV = 898.308,37
c) Com uma planilha de MS-Excel:
=VPL(C10;C14:C33)+C13
Com: R = 7.000.000
e = 3% ao ano
a) Com as regras da matemática financeira:
1
Valor presente das saídas = – 19.000.000 – 30.000.000 = – 45.785.714,29
(1 + 0,12)1
=VPL(C40;C43:C63)+C42
3.2 Uma cadeia de supermercados planeja a construção de uma loja em uma cidade do
interior. O investimento total na construção e aparelhamento da loja será de
$ 12.000.000,00, com 40% desembolsado inicialmente e 60% ao longo do primeiro
ano. Prevê-se que, após a inauguração, a venda anual inicial produzirá um lucro lí-
quido de $ 2.500.000,00 e que este crescerá 5% ao ano durante os cinco primeiros anos.
Após esse prazo, a loja deverá ser ampliada para suportar a continuação do cres-
cimento, exigindo um novo investimento, que não deverá ser analisado no atual pro-
cesso decisório. Considerando que a empresa trabalha com a taxa de atratividade de
15% ao ano, calcule o VPL para um horizonte de planejamento de 10 anos de operação
da loja.
134 CAPÍTULO 3
Solução:
Aportes de capital:
Ano 0: $ 4.800.000,00
Ano 1: $ 7.200.000,00
Recebimentos:
Ano 2: $ 2.500.000,00
Anos 3, 4, 5 e 6: crescimento de 5% ao ano
Anos 7, 8, 9, 10 e 11: valor constante igual ao sexto ano.
Fluxo de caixa:
7
(1 + 0,15)5 – 1 7 1
.
0,15 (1 + 0,15) 5
(1 + 0,15)6
A DECISÃO ECONÔMICA NA AVALIAÇÃO DE PROJETOS – MODELOS BÁSICOS 135
=VPL(D10;C13:C23)+C12
3.3 Uma empresa tem duas possibilidades de investimento com fluxos de caixa diferentes,
conforme mostra a tabela abaixo. Como critério de decisão, a empresa estabelece que
somente aceita projetos com períodos de retorno inferiores a três anos. Qual dos pro-
jetos a empresa pode aceitar? Vamos calcular os períodos de retorno sem desconto e
com desconto, com a taxa de 10% ao ano.
Fluxos de caixa
Ano
Projeto A Projeto B
0 –10.000,00 –4.000,00
1 2.600,00 –8.000,00
2 3.200,00 5.500,00
3 4.400,00 9.000,00
4 5.000,00 6.000,00
5 4.000,00 3.000,00
6 3.000,00 1.500,00
Solução:
A) Cálculo dos períodos de retorno sem desconto
Fluxos de caixa
Ano
Projeto A Valor aplicado líquido Projeto B Valor aplicado líquido
0 –10.000,00 –10.000,00 –4.000,00 –4.000,00
1 2.600,00 –7.400,00 –8.000,00 –12.000,00
2 3.200,00 –4.200,00 5.500,00 –6.500,00
3 4.400,00 200,00 9.000 2.500,00
4 5.000,00 5.200,00 6.000,00 8.500,00
5 4.000,00 9.200,00 3.000,00 11.500,00
6 3.000,00 12.200,00 1.500,00 13.000,00
136 CAPÍTULO 3
Projeto A:
4.400
4.400 4.200
= em que: X = 2,95
4.200 3–2 X–2
X
Projeto B:
9.000
9.000 6.500
= em que: X = 2,72
6.500 3–2 X–2
X
Projeto A Projeto B
Projeto A:
3.415,07
Projeto B: 6.761,83
de retorno com as variações esperadas para o custo de capital. Assim, devemos calcu-
lar os períodos de retorno para taxas de 8%, 10%, 12%, 14%, 16% e 18%, utilizando a
função NPER do MS-Excel.
Solução:
Vamos calcular por meio da interpolação:
=B19+(-E19/D20)
Para utilizar a função NPER para calcular o período de retorno, temos que criar um
fluxo equivalente na forma de uma série uniforme de pagamentos, conforme a figura
abaixo:
Observe que ambos os fluxos são equivalentes, como demonstram os valores calcu-
lados para o VPL.
Usando a função NPER na série uniforme equivalente, encontramos o período de
retorno de capital igual a 6,145. Como a série equivalente começa no período 1 da
série original, o período de payback é igual a 6,145 + 1 = 7,145.
138 CAPÍTULO 3
8% 6,289
10% 6,679
12% 7,145
14% 7,716
16% 8,445
18% 9,434
3.5 Para o Exercício Resolvido 3.1, da indústria siderúrgica, vamos calcular as taxas inter-
nas de retorno para os dois fluxos de caixa.
Solução:
Caso 1: Economia líquida constante
a) Uso da calculadora HP 12C:
19.000.000 CHS g CF0
30.000.000 CHS g CFj
7.000.000 g CFj
20 g Nj
f IRR = 0,123 ou 12,3%
b) Com a planilha de MS-Excel:
=TIR(C13:C34)
A DECISÃO ECONÔMICA NA AVALIAÇÃO DE PROJETOS – MODELOS BÁSICOS 139
=TIR(C43:C64)
3.6 Vamos calcular a TIR para os fluxos de caixa abaixo, com a utilização do método
indicado.
3.6.1 Uso da interpolação
Seja o seguinte fluxo de caixa:
VPL 1 a 12% = 170,40
VPL 2 a 13% = –232,76
170,40 232,76
=
TIR – 12 13 – TIR
12 232,76 + 13 170,40
TIR = 0,1242 ou 12,42%
170,40 + 232,76
=TIR(C56:C66)
3.7 Para financiar seu plano de expansão, a companhia de água e esgoto do município
procurou um banco que lhe ofereceu o seguinte plano de empréstimo, com garantia
de parte de sua receita mensal:
• Assinatura do contrato: a companhia recebe $ 24.000.000,00;
• Nos meses 1, 2, 3 e 4, a companhia entrega ao banco recebíveis de clientes nos
seguintes valores: $ 4.000, $ 6.000, $ 8.000 e $ 10.000, respectivamente (valores em
$ mil);
• Nos meses 5 e 6, a companhia não faz qualquer pagamento;
• Nos meses 7, 8, e 9, volta a entregar recebíveis com valores iguais de $ 13.000.000,00;
• Nos meses 10 e 11, não faz pagamentos;
• Mês 12: a companhia recebe um montante acumulado igual a $ 45.000.000,00.
A taxa contratual do empréstimo é de 2,5% ao mês. A empresa deseja uma análise da
proposta de financiamento para verificar seus impactos econômicos. Para isso,
pede-se:
1. Calcule a TIR e o VPL para a taxa proposta.
2. A partir do gráfico do VPL, identifique as taxas de desconto que fazem o contrato
ser vantajoso para a empresa.
3. Caso a empresa opte por um empréstimo tradicional (apresentando outras garan-
tias) com as prestações calculadas pelo Fator de Recuperação de Capital (Tabela Price),
qual será o total de juro pago?
Solução:
1. Cálculo do VPL e da TIR
Fluxo de caixa do empréstimo (valores em $ mil)
142 CAPÍTULO 3
Podemos ver que a proposta do emprestador somente será vantajosa para a empresa
se o custo do dinheiro (taxa de desconto) for inferior a 1,25% ao mês ou superior a
13,91% ao mês.
3. Empréstimo tradicional
A planilha abaixo mostra os cálculos da prestação constante do empréstimo e o juro
mensal embutido em cada prestação.
Solução:
Como o MS-Excel utiliza como estimativa inicial a taxa de 10%, automaticamente é
fornecida a primeira TIR no valor de 10,3%.
Para calcular a segunda TIR, temos que fornecer outra estimativa. Se observarmos o
gráfico do VPL em função das taxas de desconto, veremos que qualquer estimativa
superior à taxa do “pico” (aproximadamente 30%) nos leva à segunda TIR no valor
de 65%, conforme mostra a figura com os argumentos da função.
144 CAPÍTULO 3
3.9 Uma empresa desenvolve um projeto de investimento que apresenta o seguinte fluxo
de caixa. Como a empresa tem grandes incertezas sobre os custos envolvidos no pro-
jeto, bem como sobre as receitas que poderá obter, deseja fazer uma análise de sen-
sibilidade. Para isso, os planejadores da companhia criaram um cenário pessimista
em que os custos podem subir acima do previsto e as receitas podem cair de um valor
determinado. Assim, os valores do fluxo de caixa são substituídos pela expressão
Valor (1 ± K), conforme mostra a tabela abaixo.
Fluxo de caixa para análise de
Período Fluxo de caixa original
sensibilidade
0 –6.900,00 –6.900,00 (1 – K)
1 8.200,00 8.200,00 (1 + K)
2 12.400,00 12.400,00 (1 + K)
3 –16.500,00 –16.500,00 (1 – K)
4 8.100,00 8.100,00 (1 + K)
5 2.500,00 2.500,00 (1 + K)
6 –10.000,00 –10.000,00 (1 – K)
7 21.500,00 21.500,00 (1 + K)
8 –19.000,00 –19.000,00 (1 – K)
A DECISÃO ECONÔMICA NA AVALIAÇÃO DE PROJETOS – MODELOS BÁSICOS 145
Assim, temos:
Fator de correção VPL 1ª TIR 2ª TIR
1% 1.465,11 2,3% 60,8%
2% 816,28 6,0% 54,9%
3% 167,45 10,6% 48,2%
4% –481,38 17,4% 39,1%
Solução:
Com planilhas de MS-Excel, podemos calcular os valores atuais dos custos e dos bene-
fícios para cada um dos projetos. A figura abaixo mostra o cálculo para o Projeto A.
=VP($C$3;B27;;C27)
= - VP($C$3;B28;;E28)
= F40/D40
Assim, temos:
Projeto A: IBC = 1,214
Projeto B: IBC = 1,411
Projeto C: IBC = 1,370. Logo, a decisão da companhia deve ser o Projeto B.
3.11 A empresa de projeto encarregada da ampliação de um sistema de refrigeração de um
grande processo industrial apresentou duas propostas com custos diferentes para a
implantação atual do sistema para uma expansão futura prevista, quando houver
necessidade de crescimento da fábrica, e para os custos anuais de manutenção. A tabela
abaixo mostra os custos das duas propostas.
A taxa de atratividade utilizada pela empresa para as decisões econômicas é 12% ao
ano. Com base no custo anual equivalente, decida qual proposta deve ser aceita, con-
siderando que os benefícios para o processo produtivo são exatamente os mesmos
para ambas as propostas.
0 –15.000,00 –23.000,00
1 –25.000,00 –22.000,00
2 –2.500,00 –1.800,00
3 –2.500,00 –1.800,00
4 –2.500,00 –1.800,00
5 –12.000,00 –18.000,00
6 –3.500,00 –2.200,00
7 –3.500,00 –2.200,00
8 –3.500,00 –2.200,00
9 –3.500,00 –2.200,00
10 –3.500,00 –2.200,00
A DECISÃO ECONÔMICA NA AVALIAÇÃO DE PROJETOS – MODELOS BÁSICOS 147
Solução:
Criando uma planilha de MS-Excel, podemos calcular:
=VPL(D3;C7:C16)+C6
= - PGTO(D3;B16;D19)
Nesse caso, a decisão da empresa deve ser a Proposta A, que apresenta o menor custo
anual equivalente.
4 Modelos de Análise Econômica
Aplicados em Decisões
Empresariais
EXERCÍCIOS RESOLVIDOS
4.1 Uma empresa analisa dois projetos alternativos para expansão de sua fábrica. O pro-
jeto A exigirá investimentos nos dois primeiros anos, que serão realizados com recur-
sos próprios, segundo o fluxo de caixa mostrado na tabela abaixo. O projeto B, de
porte mais elevado, exigirá um empréstimo que será concedido por uma instituição
financeira, com o dinheiro sendo aportado ao projeto durante o ano 1. Os pagamen-
tos do empréstimo serão feitos nos anos 2 e 3, conforme mostra o fluxo de caixa da
tabela abaixo. A taxa de atratividade da empresa é 15% ao ano. Pede-se determinar
qual projeto deve ser empreendido por meio da análise do VPL e da TIR.
0 –12.000,00 –21.500,00
1 –8.000,00 12.000,00
2 4.000,00 –10.000,00
3 4.500,00 –4.500,00
4 5.000,00 7.000,00
5 5.500,00 8.000,00
6 6.000,00 9.000,00
7 6.550,00 10.000,00
8 7.000,00 11.000,00
9 7.500,00 12.000,00
10 8.000,00 13.000,00
Solução:
Calculando os dois indicadores para os dois projetos, encontramos:
Projeto A: VPL = $ 4.055,43
TIR = 19,4%
Projeto B: VPL = $ 4.265,00
TIR = 18,4%
148
MODELOS DE ANÁLISE ECONÔMICA APLICADOS EM DECISÕES EMPRESARIAIS 149
Solução:
Calculando os dois indicadores para os dois projetos, encontramos:
Projeto A: VPL = $ 10.820,91
TIR = 21,9%
150 CAPÍTULO 4
1 6.000,00
2 5.000,00
3 –35.500,00
4 6.000,00
5 –18.500,00
6 7.000,00
7 7.800,00
8 5.000,00
Para o custo de 13,5%, é evidente que o VPL é negativo, já que é a diferença dos dois
resultados acima – VPL = –313,80. Calculando a TIR, encontramos 14,447%. Assim,
concluímos que, se o custo do dinheiro subir para 14,447%, os dois projetos se tornam
indiferentes. Acima desse valor, o melhor projeto é o B. Podemos constatar isso por
meio da análise dos gráficos dos VPL dos três fluxos de caixa.
4.4 Quatro projetos estão sendo comparados para a escolha de um deles. Cada um prevê
uma aplicação inicial de dinheiro e, ao longo de sua vida útil, promoverá reduções no
custo operacional da empresa, conforme os fluxos de caixa mostrados na tabela a
seguir. A taxa de atratividade é 11%. A empresa deseja escolher uma das opções para
implantação.
152 CAPÍTULO 4
Solução:
Podemos observar que a simples comparação entre os valores de VPL e TIR não for-
nece elementos conclusivos, conforme podemos verificar na tabela abaixo.
Para a classificação das propostas, vamos calcular os fluxos incrementais para poder-
mos compará-las. Primeiramente, comparamos a proposta B com a proposta A, que
é a mais barata, obtendo os seguintes resultados:
Fluxo incremental: (B – A)
• VPL = $ 536,26
• TIR = 11,8%
Como o fluxo incremental apresentou resultados satisfatórios, vamos comparar as
demais propostas com a proposta B, a vencedora até o momento. Os fluxos incremen-
tais e os resultados são mostrados na tabela abaixo:
Fluxos incrementais
Ano
(B – A) (C – B) (D – B)
0 –26.800,00 –9.200,00 –18.200,00
Solução:
Calculando o VPL e a TIR para cada proposta, encontramos os valores mostrados na
tabela abaixo:
Projeto Projeto Projeto Projeto
Indicador
A B C D
VPL 11.269,03 11.415,71 11.578,26 12.144,04
Podemos verificar que as informações não nos permitem uma decisão clara sobre o
melhor projeto.
Dessa forma, vamos calcular os fluxos incrementais e analisar os resultados. Como as
propostas já estão classificadas por ordem crescente de custo, vamos comparar a pro-
posta B com a A. Encontramos o seguinte fluxo incremental:
Fluxo incremental
Ano
(B – A)
0 –3.600,00
1 3.400,00
2 2.500,00
3 1.500,00
4 500,00
5 0,00
6 –5.100,00
Analisando os dados acima, podemos desconfiar que temos duas TIR para o fluxo
incremental (B – A). De fato, calculando encontramos:
• VPL = $ 146,69
• TIR 1 = 7,5%
• TIR 2 = 44,6%
154 CAPÍTULO 4
A existência das duas TIR dificulta um pouco a conclusão. No entanto, podemos per-
ceber, pela análise do VPL e dos próprios dados dos fluxos A e B, que o projeto B é
mais atraente do que o projeto A, uma vez que, mesmo exigindo mais capital, apre-
senta VPL e TIR superiores e entradas de capital maiores nos primeiros anos.
Dessa forma, vamos eliminar o projeto A e comparar o projeto B com os projetos C
e D. A tabela abaixo mostra os fluxos incrementais.
Fluxos incrementais
Ano
(C – B) (D – B)
0 –8.200,00 –13.200,00
1 750,00 1.000,00
2 1.250,00 1.700,00
3 1.750,00 2.400,00
4 2.250,00 3.100,00
5 2.250,00 3.300,00
6 4.250,00 10.000,00
4.6 Duas empilhadeiras reformadas estão sendo oferecidas a uma empresa para operação
em seu galpão de almoxarifado. A primeira empilhadeira é mais nova, tem vida útil
de cinco anos e custa $ 15.000,00, com custo inicial de manutenção de $ 1.800,00,
aumentando $ 200,00 por ano. A segunda, com mais tempo de uso, custa $ 8.500,00,
tem três anos de vida residual e tem custo inicial de manutenção de $ 2.800,00, com
crescimento de $ 400 por ano. Com taxa de atratividade de 12% ao ano, qual deve ser
a decisão da empresa?
Solução:
Os fluxos de caixa dos projetos são mostrados na tabela abaixo.
0 (15.000,00) (8.500,00)
1 (1.800,00) (2.800,00)
2 (2.000,00) (3.200,00)
3 (2.200,00) (3.600,00)
4 (2.400,00)
5 (2.600,00)
0 (15.000,00) (8.500,00)
1 (1.800,00) (2.800,00)
2 (2.000,00) (3.200,00)
3 (2.200,00) (12.100,00)
4 (2.400,00) (2.800,00)
5 (17.600,00) (3.200,00)
6 (1.800,00) (12.100,00)
7 (2.000,00) (2.800,00)
8 (2.200,00) (3.200,00)
9 (2.400,00) (12.100,00)
10 (17.600,00) (2.800,00)
11 (1.800,00) (3.200,00)
12 (2.000,00) (12.100,00)
13 (2.200,00) (2.800,00)
14 (2.400,00) (3.200,00)
15 (2.600,00) (3.600,00)
Valor
(43.017,86) (45.692,79)
presente
Podemos observar que, quando utilizamos o mesmo horizonte de tempo para com-
paração, o equipamento A se torna mais vantajoso.
4.7 Uma empresa de terraplenagem está avaliando a compra de uma pá carregadeira e
duas máquinas reformadas lhe foram oferecidas, com vidas residuais diferentes. A
primeira máquina, com vida útil de 10 anos, custa $ 145.000,00, tem custos estimados
anuais de manutenção de $ 36.000,00 e, no final da vida útil, estima-se que seu valor
residual seja de $ 40.000,00. A segunda máquina, em melhores condições, custa
$ 180.000,00, com custos anuais de manutenção de $ 24.000,00, vida útil de 15 anos
e valor residual final de $ 60.000,00. A taxa de atratividade da empresa é de 12% ao
ano. Qual deve ser a máquina escolhida?
Solução:
Para a análise, vamos considerar um horizonte de comparação de 10 anos e calcular
o valor residual da máquina mais nova nos cinco anos após o horizonte.
180.000 – 60.000
Quota de depreciação = = 8.000,00
15
Considerando a alíquota de imposto de renda de 34%, o benefício fiscal restante du-
rante os últimos cinco anos é:
Benefício fiscal = 0,34 5 5 5 8.000 = 13.600,00
Valor residual total = 60.000 + 13.600 = 73.600
156 CAPÍTULO 4
Fluxos de caixa:
Equipamento A:
Equipamento A Equipamento B
b) Cálculo do VRI:
1
VRI = CRA FVA(i, n – n*) + F
(1 + i)n –n*
1
VRI = 24.816 ✕ 3,6048 + 60.000 ✕ = 123.502,33
1,7623
MODELOS DE ANÁLISE ECONÔMICA APLICADOS EM DECISÕES EMPRESARIAIS 157
Fluxo de Caixa
Ano
Proposta A Proposta B
0 –145.000,00 –180.000,00
1 –36.000,00 –24.000,00
2 –36.000,00 –24.000,00
3 –36.000,00 –24.000,00
4 –36.000,00 –24.000,00
5 –36.000,00 –24.000,00
6 –36.000,00 –24.000,00
7 –36.000,00 –24.000,00
8 –36.000,00 –24.000,00
9 –36.000,00 –24.000,00
10 4.000,00 99.512,22
Valores em mil
158 CAPÍTULO 4
Solução:
Se calcularmos os indicadores de rentabilidade, encontramos:
Projeto A: TIR = 13,02% e VPL = 359,13
Projeto B: TIR = 14,05% e VPL = 316,28%
Evidentemente, esses valores não levam a uma decisão concreta, porque, além de
informações contraditórias, o projeto B é de menor duração e requer um investimento
menor.
Como as duas alternativas têm portes e horizontes diferentes, devemos elaborar uma
hipótese para a diferença de dinheiro (7.500.000 – 4.600.000 = 2.900.000) que não será
aplicada no projeto B. Vamos considerar que este valor será aplicado na oportunidade
que produz o rendimento de 12%, utilizado para definir a taxa de atratividade. Assim,
podemos calcular o valor futuro dessa aplicação paralela ao projeto B.
Da mesma forma, devemos considerar que os ganhos do projeto B também serão
reinvestidos na taxa de atratividade e devemos calcular o valor futuro acumulado no
horizonte comum de análise, ou seja, 10 anos. Com isso, calcularemos o valor futuro
acumulado dos ganhos do Projeto B mais o ganho da aplicação acumulada.
A tabela abaixo mostra o valor futuro acumulado no ano 6 das entradas do Projeto B.
1 880,00 1.550,86
2 959,20 1.509,32
3 1.045,53 1.468,89
4 1.139,63 1.429,55
5 1.242,19 1.391,25
6 2.353,99 2.353,99
Valores em mil
Os valores futuros do total acumulado e da diferença são calculados por:
Valor futuro do total: 9.703,86 (1 + 0,12)(10-6) = 15.269,22 mil
Valor futuro da diferença: 2.900,00 (1 + 0,12)10 = 9.006,96 mil
Valor futuro do Projeto B: 15.269,22 mil + 9.006,96 mil = 24.276,17 mil
√
n Valor Acumulado Final
TRI = –1
Valor Presente das Saídas
Projeto B:
√
10 24.276,17
TRI = – 1 = 0,1246 ou 12,46%
7.500,00
Comparando esse resultado com a TIR do projeto A, podemos decidir que o projeto
A deve ser implementado.
MODELOS DE ANÁLISE ECONÔMICA APLICADOS EM DECISÕES EMPRESARIAIS 159
4.10 Uma empresa esta avaliando a possibilidade de construção de uma nova fábrica e
recebeu três ofertas de incentivos de governos estaduais. Com isso, o setor de plane-
jamento elaborou três projetos diferentes em função das características dos mercados
locais. Assim, para o mercado menor, o Projeto PE requer um investimento inicial de
$ 72.860,00 e apresenta um lucro inicial de $ 5.500,00. É um mercado com grande
crescimento e, por isso, o planejamento estima que o lucro líquido anual crescerá
$ 660,00 por ano. Para o mercado intermediário, o projeto XL prevê o investimento
inicial de $ 83.880,00, lucro líquido inicial de $ 9.780,00 e crescimento anual do lucro
de $ 200,00. Para o mercado maior, o projeto KM prevê o investimento de $ 106.300,00
e lucros líquidos anuais constantes de $ 13.850,00. Todos os projetos têm horizonte
de planejamento de 20 anos. A taxa de atratividade da empresa é de 11% ao ano.
Solução:
Com as condições acima, temos os seguintes fluxos de caixa, já ordenados em ordem
crescente de investimento:
Fluxos de caixa
Ano
Projeto PE Projeto XL Projeto KM
0 –72.860,00 –83.880,00 –106.300,00
Podemos observar que os indicadores anteriores não são muito conclusivos, porque
as TIR são praticamente iguais e os VPL são pouco diferentes. Vamos então calcular
os fluxos incrementais, conforme mostra a tabela abaixo:
Fluxos incrementais
Ano
(XL – PE) (KM – XL)
0 –11.020,00 –22.420,00
1 4.280,00 4.070,00
2 3.820,00 3.870,00
3 3.360,00 3.670,00
4 2.900,00 3.470,00
5 2.440,00 3.270,00
6 1.980,00 3.070,00
7 1.520,00 2.870,00
8 1.060,00 2.670,00
9 600,00 2.470,00
10 140,00 2.270,00
11 –320,00 2.070,00
12 –780,00 1.870,00
13 –1.240,00 1.670,00
14 –1.700,00 1.470,00
15 –2.160,00 1.270,00
16 –2.620,00 1.070,00
17 –3.080,00 870,00
18 –3.540,00 670,00
19 –4.000,00 470,00
20 –4.460,00 270,00
4.11 A direção central de uma empresa deve decidir entre duas propostas de investimento
que são mutuamente exclusivas, ambas com o objetivo de entrar em um novo mer-
cado. A opção A é a compra de uma empresa recém-constituída, que produz o pro-
duto desejado e que está em estado de crescimento e consolidação de seu mercado. A
opção B é adquirir uma participação acionária importante em um concorrente estran-
geiro, formando uma parceria estratégica com o objetivo de importar o produto. Na
primeira opção, o planejamento da empresa prevê que uma reforma total deverá ser
feita em seu parque produtivo no sétimo ano de operação e, por isso, o fluxo de caixa
do projeto é um fluxo de curto prazo. O lucro líquido no primeiro ano é estimado em
R$ 24.200,00, com crescimento anual de 5%.
Na opção B, a empresa considera que o investimento tem características de um fluxo
perpétuo, com lucro líquido igual a R$ 13.600,00. A tabela abaixo mostra os valores
dos fluxos de caixa.
Considere que a taxa de atratividade da empresa é de 12% ao ano. Pede-se:
A) Com base no VPL e na TIR, determinar qual das duas opções deve ser escolhida;
B) Supondo que a empresa decida investir na opção de curto prazo e que o dinheiro
produzido em cada ano seja aplicado com a taxa de atratividade, qual é o fluxo de
caixa resultante e o VPL da aplicação total?
Ano Opção A Opção B
0 –100.000,00 –100.000,00
1 24.200,00 13.600,00
2 25.410,00 13.600,00
3 26.680,50 13.600,00
4 28.014,53 13.600,00
5 29.415,25 13.600,00
6 30.886,01 13.600,00
7 13.600,00
8 13.600,00
9 13.600,00
Infinito 13.600,00
162 CAPÍTULO 4
Solução:
A) Calculando o VPL e a TIR para as duas aplicações, encontramos:
• Opção A: VPL = R$ 10.997,05 e TIR = 15,6%
• Opção B: VPL = R$ 13.333,33 e TIR = 14%
Podemos observar que os indicadores são conflitantes, uma vez que o projeto de longo
prazo é melhor quando olhamos o VPL e pior quando comparamos a TIR.
B) Vamos construir seis fluxos de caixa com o dinheiro produzido pela Opção A em
cada ano, com o rendimento de cada série formando uma série perpétua a 12% ao
ano.
Infinito
O fluxo equivalente, na última coluna, é calculado pela soma dos sete fluxos de caixa.
O valor mostrado no ano 6 é igual à soma dos sete fluxos mais o valor presente da
série perpétua:
Valor do ano 6 = 16.046,43 + 19.752,75/0,12
Como os rendimentos anuais das aplicações dos lucros produzidos pela Opção A
foram calculados com a taxa de atratividade de 12% ao ano, o VPL da aplicação total
é, evidentemente, igual ao VPL da própria Opção A, ou seja, R$ 10.997,05. Por outro
lado, a TIR tem o valor de 14,10%. O grande mérito dessa estratégia de investimento,
no entanto, é que a empresa consegue produzir uma série perpétua de lucros líquidos
superior à anterior (R$ 19.752,75 versus R$ 13.600,00).
4.12 Um supermercado de bairro está planejando a criação de um serviço de entrega em
domicílio para ampliar suas vendas e garantir a fidelização de seus clientes, por causa
da ameaça de uma nova concorrência. O investimento total para a criação da nova
unidade é de R$ 185.000,00, incluindo a ampliação de sua rede de telefonia, reformas
dos escritórios e compra de um veículo urbano de carga. O valor do veículo é
R$ 105.000,00, com vida útil de cinco anos e valor residual de R$ 50.000,00. A gerên-
cia pretende saber a contribuição que a compra do veículo (depreciação) poderá trazer
para a lucratividade da operação. Como alternativa para a compra do veículo, a
empresa cogita contratar um transportador que cobraria por entrega. Para isso, fez
uma estimativa dos lucros brutos produzidos pelas operações de entrega em domi-
cílio, já computadas todas as despesas (inclusive os custos operacionais do veículo,
exceto depreciação) e custos dos produtos vendidos, encontrando os valores a seguir:
MODELOS DE ANÁLISE ECONÔMICA APLICADOS EM DECISÕES EMPRESARIAIS 163
2 66.000,00
3 72.000,00
4 80.000,00
5 88.000,00
105.000 – 50.000
QUOTA DE DEPRECIAÇÃO = =11.000,00
5
Planilha da DRE
Ano 0 1 2 3 4 5
Lucro bruto 60.000,00 66.000,00 72.000,00 80.000,00 88.000,00
(–) Depreciação –11.000,00 –11.000,00 –11.000,00 –11.000,00 –11.000,00
(=) Lucro operacional 49.000,00 55.000,00 61.000,00 69.000,00 77.000,00
(–) Imposto de renda –14.700,00 –16.500,00 –18.300,00 –20.700,00 –23.100,00
Ano 0 1 2 3 4 5
Investimento no
–105.000,00
veículo
Outros
–80.000,00
investimentos
Lucro líquido 34.300,00 38.500,00 42.700,00 48.300,00 53.900,00
Planilha da DRE
Ano 0 1 2 3 4 5
Lucro bruto 60.000,00 66.000,00 72.000,00 80.000,00 88.000,00
(–) Depreciação 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00
(=) Lucro
60.000,00 66.000,00 72.000,00 80.000,00 88.000,00
operacional
(–) Imposto de
–18.000,00 –19.800,00 –21.600,00 –24.000,00 –26.400,00
renda
(=) Lucro líquido 42.000,00 46.200,00 50.400,00 56.000,00 61.600,00
EXERCÍCIOS RESOLVIDOS
5.1 Uma empresa de mineração renovou parte de sua frota de caminhões de operação na
mina e fez um financiamento de R$ 20.000.000,00 com taxa de juro de 15% ao ano,
prazo de 36 meses e pagamentos trimestrais. Deseja-se saber qual é a prestação tri-
mestral, total anual de juro e amortização, considerando que o sistema de amortização
é a Tabela Price.
Solução:
3/12
Taxa de juro trimestral: itri = √ (1 + 0,15) – 1 = 0,0356 ou 3,56%
Utilizando as funções do MS-Excel, encontramos:
Prestação mensal: PGTO($D$8;$B$25;–$D$3) = 2.076.482,43
Juro do trimestre 1: IPGTO($D$8;B14;$B$25;–$D$3) = 711.161,53
Amortização do trimestre 1: PPGTO($D$8;B14;$B$25;–$D$3) = 1.365.320,91
165
166 CAPÍTULO 5
5.2 Para o mesmo financiamento do exercício anterior, vamos calcular o total anual de
juro pelo sistema SAC de pagamento.
Juro trimestral = 3,56%
Amortização trimestral = 20.000.000/12 = R$ 1.666.666,67
0 20.000.000,00
5.3 Uma empresa de locação de veículos fez uma aquisição de veículos urbanos de carga
(VUC) para alugar a distribuidores de produtos para supermercados na cidade de São
Paulo. O investimento total foi de R$ 1.000.000,00 e os veículos têm vida útil de cinco
anos, com valor residual total de R$ 350.000,00. Para essa compra, a empresa pretende
fazer um financiamento de R$ 800.000,00 em um programa de incentivo do governo
para transportadores. O juro final anual é de 11,8%, com pagamentos mensais sem
carência, com o prazo total de 36 meses. Esse programa de incentivo à renovação de
frotas permite que o tomador escolha o sistema de amortização da dívida entre duas
possibilidades: Tabela Price ou sistema de amortização constante. A direção quer saber
qual dos dois sistemas de pagamento é mais vantajoso para a empresa. A taxa de atra-
tividade é de 15% ao ano e a alíquota de imposto de renda (IR) a considerar é de 30%.
Para fazer essa análise, o setor de planejamento estimou as receitas e custos que os
VUC poderão propiciar para a empresa e encontrou os valores da tabela abaixo para
os lucros brutos, já descontados todos os custos operacionais e despesas:
2 272.000,00
3 296.000,00
4 320.000,00
5 338.000,00
MODELOS DE ANÁLISE ECONÔMICA APLICADOS EM DECISÕES DE FINANCIAMENTO DE PROJETOS 167
Solução:
Cálculo da quota de depreciação:
1.000.000 – 350.000
QUOTA DE DEPRECIAÇÃO = = 130.000,00
5
A) Análise do financiamento pela Tabela Price
Planilha para cálculo de juros e amortizações:
Mês 0 1 12 23 24 35 36
Dívida 800.000,00
Investimento –1.000.000,00
Financiamento 800.000,00
Planilha da DRE:
Ano 1 2 3 4 5
Lucro bruto 245.000,00 272.000,00 296.000,00 320.000,00 338.000,00
• Prazo: 4 anos;
• Taxa de juro: 20% ao ano.
Uma análise do mercado futuro da empresa permitiu ao setor de planejamento ela-
borar as previsões de receitas, custos de produção e despesas relativas ao projeto de
ampliação. Assim, temos os seguintes lucros brutos, já deduzidos os custos e
despesas.
Ano Lucro bruto
2 300.000,00
3 340.000,00
4 380.000,00
5 420.000,00
6 480.000,00
Ano Semestre Saldo da dívida Amortização Juro Prestação Juro anual Prestação anual
0 500.000,00
(=) Lucro líquido antes IR –100.000,00 140.000,00 190.520,20 254.381,48 318.242,76 402.104,04
(–) IR 30.000,00 –42.000,00 –57.156,06 –76.314,45 –95.472,83 –120.631,21
(=) Lucro líquido após IR –70.000,00 98.000,00 133.364,14 178.067,04 222.769,93 281.472,83
Despesas previstas
Ano Receita prevista Lucro bruto
O&M
Por exemplo, o valor residual do investimento a ser realizado no oitavo ano será:
VALOR RESIDUAL(Ano 20) = 0,4 0,8 6.500.000 + (30 – 20 + 8) 104.000 =
3.952.000,00
Calculando para todos os investimentos anuais, encontramos os valores da tabela
abaixo:
4 16.480.000,00
5 11.360.000,00
...
...
...
...
...
...
Continuação
b) Leasing: financiamento total, taxa de juro de 24%, prazo de cinco anos, opção de
compra dos equipamentos no final do contrato pelo valor residual.
A taxa de atratividade da empresa é igual a 12% ao ano e a alíquota de IR é de 30%.
Solução:
Opção 1: Financiamento bancário
Planilha para cálculo dos juros pagos e prestações
Ano 0 1 2 3 4 5
Ano 0 1 2 3 4 5
DRE
DRE
Observe que, com a dedução dos benefícios fiscais, as prestações anuais do financia-
mento se reduziram. O custo real do financiamento corresponde à TIR do fluxo final.
Assim: TIR = 9,3%.
Opção 2: Contrato de leasing
Planilha do contrato de leasing
Ano 0 1 2 3 4 5
Valor da operação 1.000.000,00
(=) Fluxo de benefícios fiscais líquidos 101.819,45 101.819,45 101.819,45 101.819,45 101.819,45
5.8 Uma empresa de telecomunicações tem uma carteira grande de projetos de expansão
da rede em toda a sua área de concessão. Para a região nordeste do estado, o planeja-
mento da empresa concebeu cinco projetos que têm a mesma vida útil de cinco anos,
mas que apresentam algumas inter-relações que devem ser respeitadas. A tabela mos-
tra os projetos e suas características. A empresa pretende aplicar, nessa região, o valor
máximo de R$ 150.000,00. Quais projetos deverão ser executados?
Características Projeto 1 Projeto 2 Projeto 3 Projeto 4 Projeto 5
Investimento inicial 76.000,00 65.000,00 90.000,00 78.000,00 85.000,00
Benefício líquido anual 22.580,00 18.890,00 25.760,00 22.850,00 25.250,00
Horizonte 5 5 5 5 5
VPL 5.395,85 3.094,22 2.859,03 4.369,14 6.020,60
Relações de dependência
Projeto 1: Dependente dos Projetos 2 e 4
Mutuamente exclusivo com Projeto 3
Projeto 2: Mutuamente exclusivo com Projeto 5
Projeto 3: Dependente do Projeto 2
Projeto 4: Independente
Projeto 5: Dependente do Projeto 4
Solução:
Vamos agrupá-los em conjuntos independentes que respeitem as condições de inter-
dependência acima. Para isso, vamos é necessário listar todas as possíveis combinações
e analisá-las de acordo com as regras enunciadas.
Com essas relações, podemos criar os seguintes grupos independentes que entrarão
no processo de decisão final:
Projeto Projeto Projeto Projeto Projeto
Grupo Análise da combinação
1 2 3 4 5
1 * Não. Depende dos projetos 2 e 4
2 * Sim
3 * Não. Depende do projeto 2
4 * Sim
5 * Não. Depende do projeto 4
6 * * Não. Projeto 1 depende dos projetos 2 e 4
7 * * Não. Mutuamente exclusivos
8 * * Não. Projeto 1 depende também do projetos 2
9 * * Não. Projeto 1 depende dos projetos 2 e 4
10 * * * Não. Projeto 1 e 3 mutuamente exclusivos
11 * * * Sim
12 * * * Não. Projeto 1 depende também do projeto 4
Continua
MODELOS DE ANÁLISE ECONÔMICA APLICADOS EM DECISÕES DE FINANCIAMENTO DE PROJETOS 179
Continuação
Projeto Projeto Projeto Projeto Projeto
Grupo Análise da combinação
1 2 3 4 5
13 * * * * Não. Projeto 1 e 3 mutuamente exclusivos
14 * * * Não. Projeto 1 e 3 mutuamente exclusivos
15 * * * Não. Projeto 1 e 3 mutuamente exclusivos
16 * * * Não. Projeto 1 depende também do projeto 2
17 * * * * * Não. Mutuamente exclusivos
18 * * Sim
19 * * Sim
20 * * Não. Projeto 5 depende do projeto 4
21 * * * Sim
22 * * * Não. Projeto 5 depende do projeto 4
23 * * * Não. Projeto 2 e 5 mutuamente exclusivos
24 * * * * Não. Projeto 2 e 5 mutuamente exclusivos
25 * * Não. Projeto 3 depende do projeto 2
26 * * Não. Projeto 3 depende do projeto 2
27 * * * Não. Projeto 3 depende do projeto 2
28 * * Sim
Com essas relações, podemos criar os seguintes grupos independentes que entrarão no
processo de decisão final:
Investimento inicial Benefício líquido
Grupo Horizonte VPL do Grupo
total total
Projeto 2 65.000,00 18.890,00 5 5.395,85
Projeto 4 78.000,00 22.850,00 5 4.369,14
Projetos 2 e 4 143.000,00 41.740,00 5 7.463,36
Projetos 2 e 3 155.000,00 44.650,00 5 5.953,26
Projetos 4 e 5 163.000,00 48.100,00 5 10.389,74
Projetos 1, 2 e 4 219.000,00 64.320,00 5 12.859,21
Projetos 2, 3 e 4 233.000,00 67.500,00 5 10.322,39
Observe que os VPL da tabela anterior foram recalculados para os novos horizontes
dos projetos.
Para os grupos independentes já construídos no exercício anterior, vamos calcular os
indicadores VPL e TIR, considerando que, quando o projeto de horizonte mais curto
se encerrar, as entradas líquidas serão reinvestidas com a taxa de atratividade.
Solução:
Calculando os fluxos de caixa para todos os horizontes de encerramento dos projetos,
encontramos:
Benefício líquido anual
Investimento
Grupo Primeiro Segundo Terceiro
inicial total Parcela 1 Parcela 2 Parcela 3
horizonte horizonte horizonte
EXERCÍCIOS RESOLVIDOS
6.1 Uma empresa atacadista de banana com loja do Ceasa precisa fazer uma estimativa
de sua receita provável para o próximo mês para avaliar a possibilidade de pagar algu-
mas despesas extraordinárias que surgiram fora de seu planejamento normal. A receita
do mês deve ser no mínimo de R$ 100.000,00 para não precisar captar dinheiro de
curto prazo nos bancos, que sempre cobram taxas muito altas para esse tipo de
empréstimo.
A empresa estima que suas vendas poderão ocorrer segundo os valores médio, pessi-
mista e otimista mostrados na Tabela 1 abaixo. Por outro lado, como o preço de mer-
cado depende da oferta global, sua gerência estima que os preços praticados poderão
variar conforme os valores da Tabela 2. Para efeito de análise de risco, a gerência esti-
mou os valores das probabilidades associadas, mostrados na tabela.
Tabela 1
Tabela 2
Solução:
Inicialmente vamos criar as tabelas de probabilidades acumuladas para as duas variáveis
aleatórias.
Probabilidade acumulada Vendas possíveis (t) Probabilidade
0 100 25%
0,25 120 50%
0,75 140 25%
1,00
181
182 CAPÍTULO 6
1,00
A seguir, faremos 200 simulações por meio de uma planilha de MS-Excel. A tabela
abaixo mostra os resultados obtidos para as receitas.
Quantidade Número
Experimento Número aleatório Preço Receita
vendida aleatório
...
...
...
...
...
196 0,19 100 0,12 900,00 90.000,00
90.000,00 18 9% 9% 91%
150.000,00 0 0% 100% 1%
160.000,00 1 1% 100% 0%
Total 200
Média 12% 5%
Média 2% 1,5%
Vendas (m2)
1 1.200.000,00 30.000,00
2 1.344.000,00 31.500,00
3 1.370.880,00 31.972,50
4 1.370.880,00 31.972,50
5 1.617.638,40 31.972,50
1 3,00 140,00
2 3,06 142,10
3 3,12 144,23
4 3,18 146,39
5 3,25 148,59
AVALIAÇÃO DE RISCO EM PROJETOS – MÉTODOS BÁSICOS 185
Com esses valores, podemos montar os fluxos de caixa das duas opções:
0 –14.000.000,00 –13.000.000,00
1 3.600.000,00 4.200.000,00
2 4.112.640,00 4.476.150,00
3 4.278.790,66 4.611.441,63
4 4.364.366,47 4.680.613,26
5 5.252.951,48 4.750.822,46
Número Número
Experimento Vendas Lucro líquido
aleatório aleatório
Crescimento
Número Crescimento Número
Experimento lucro líquido
aleatório vendas (%) aleatório
(%)
Podemos, agora, calcular os fluxos de caixa para cada um dos experimentos, conforme
mostra a tabela a seguir:
188 CAPÍTULO 6
Período Indicadores
Experi-
0 1 2 3 4 5 VPL TIR
mento
1 –14.000.000,00 3.576.000,00 4.034.157,12 4.551.013,33 5.134.089,16 5.791.868,66 –122.550,24 17,64%
Período Indicadores
Experi-
0 1 2 3 4 5 VPL TIR
mento
1 –13.000.000,00 4.263.696,00 4.513.343,93 4.777.609,24 5.057.347,82 5.353.465,65 283.815,34 23,45%
Opção 1:
Complementar da
Classes de VPL Frequência absoluta Frequência relativa
acumulada
100%
–900.000 0 0,0% 100,0%
–800.000 0 0,0% 100,0%
–700.000 0 0,0% 100,0%
–600.000 3 1,5% 98,5%
–500.000 3 1,5% 97,0%
–400.000 5 2,5% 94,5%
–300.000 3 1,5% 93,0%
–200.000 12 6,0% 87,0%
–100.000 17 8,5% 78,5%
0 21 10,5% 68,0%
100.000 14 7,0% 61,0%
200.000 27 13,5% 47,5%
300.000 22 11,0% 36,5%
400.000 21 10,5% 26,0%
500.000 13 6,5% 19,5%
600.000 12 6,0% 13,5%
700.000 11 5,5% 8,0%
800.000 6 3,0% 5,0%
900.000 3 1,5% 3,5%
1.000.000 2 1,0% 2,5%
1.100.000 4 2,0% 0,5%
1.200.000 1 0,5% 0,0%
1.300.000 0 0,0% 0,0%
1.400.000 0 0,0% 0,0%
1.500.000 0 0,0% 0,0%
190 CAPÍTULO 6
Analisando a tabela, percebemos que 68% das simulações apresentaram VPL supe-
riores a 0, ou seja, TIR superior a 18%, que é a taxa mínima de atratividade estipulada.
Podemos, então, dizer que o risco de não atingir a TIR mínima desejada é de 32%.
Opção 2:
Complementar da
Classes de VPL Frequência absoluta Frequência relativa
acumulada
0 100%
–900.000 0 0,0% 100,0%
–800.000 0 0,0% 100,0%
–700.000 0 0,0% 100,0%
–600.000 3 1,5% 98,5%
–500.000 7 3,5% 95,0%
–400.000 4 2,0% 93,0%
–300.000 11 5,5% 87,5%
–200.000 14 7,0% 80,5%
–100.000 20 10,0% 70,5%
0 20 10,0% 60,5%
100.000 20 10,0% 50,5%
200.000 27 13,5% 37,0%
300.000 23 11,5% 25,5%
400.000 8 4,0% 21,5%
500.000 13 6,5% 15,0%
600.000 11 5,5% 9,5%
700.000 9 4,5% 5,0%
800.000 5 2,5% 2,5%
900.000 2 1,0% 1,5%
1.000.000 2 1,0% 0,5%
1.100.000 1 0,5% 0,0%
1.200.000 0 0,0% 0,0%
1.300.000 0 0,0% 0,0%
1.400.000 0 0,0% 0,0%
1.500.000 0 0,0% 0,0%
Analisando a tabela acima, podemos ver que a probabilidade de obtermos VPL supe-
rior ou igual a 0, ou seja, TIR superior ou igual a 18%, é de 60,5%. Logo, o risco do
projeto não produzir os resultados esperados é de 39,5%.
Podemos então concluir que as duas opções apresentam um grau de risco elevado. A
empresa de venture capital, se quiser empreender um dos dois, deve procurar mais
informações.
6.3 Um fazendeiro detém a concessão para exploração do potencial hidrelétrico de um
pequeno rio que passa em sua propriedade. Encomendou a uma empresa de planeja-
mento e projeto o estudo de viabilidade de uma pequena central hidrelétrica (PCH)
com potência instalada de 2.000 kW e energia firme anual de 9.200 MWh. A energia
AVALIAÇÃO DE RISCO EM PROJETOS – MÉTODOS BÁSICOS 191
será vendida para a concessionária local, com entrega em sua subestação da cidade.
Por se tratar de um empreendimento de custo elevado, o fazendeiro pretende consti-
tuir um fundo de investimento por cotas entre os moradores da cidade, de forma a
levantar o capital necessário. Para isso, solicitou à empresa de planejamento que rea-
lizasse um estudo de rentabilidade e risco do projeto. Os dados utilizados no estudo
são:
a) Investimento: o valor total previsto é de R$ 5.200.000,00 (PCH mais linha de trans-
missão). No entanto, a projetista acredita que exista uma pequena possibilidade de
uma redução de 10%, além de existir a possibilidade de o orçamento estourar em 20%.
Com base em sua experiência, os seguintes valores foram produzidos:
Além dos valores acima, o planejamento prevê que as despesas operacionais anuais
(operação da PCH e manutenção) custarão R$ 240.000,00. A taxa mínima de atrati-
vidade que o fazendeiro pretende oferecer ao fundo de investimento é de 12% ao ano.
A alíquota de imposto incidente sobre esse tipo de operação é de 30% e o horizonte
de análise deve ser de 15 anos.
Solução:
Inicialmente, vamos calcular os indicadores de rentabilidade considerando os valores
médios das variáveis aleatórias acima. Assim, temos:
• Investimento médio = R$ 5.434.000,00
• Quantidade anual média de energia produzida = 10.020 MWh
192 CAPÍTULO 6
93% 0 100,00
5% 130,00
30% 160,00
85% 250,00
100%
Vamos adaptar a planilha anterior do fluxo de caixa para a simulação, conforme mos-
tra a Figura 3 abaixo:
Com a utilização da função TABELA, podemos realizar 200 simulações dos dois indi-
cadores VPL e TIR, conforme exemplifica a tabela abaixo:
194 CAPÍTULO 6
Complementar da
Faixas de VPL Frequência absoluta Frequência relativa
acumulada
0 49 24,50% 62,00%
6.4 No caso da PCH do Exercício 6.3, o fazendeiro pediu à empresa de projeto que ana-
lisasse melhor as condições construtivas de forma a reduzir as possibilidades de enca-
recimento das obras durante a construção.
O objetivo do fazendeiro é reduzir ao mínimo possível o risco do empreendimento,
de forma a convencer mais investidores a aderirem ao fundo. Feitas novas sondagens
no terreno e uma revisão acurada do projeto executivo, a empresa acredita que os
novos valores possíveis do orçamento poderão ocorrer em uma amplitude menor,
conforme a tabela abaixo:
Cenário Custo do investimento Probabilidade
Otimista 4.750.000,00 15%
Solução:
Inicialmente, vamos calcular os valores médios das variáveis aleatórias:
• Investimento médio: R$ 5.062.500,00
• Quantidade média anual de energia produzida: 10.020,00 MWh
• Tarifa média de venda: R$ 163,00/MWh
A partir desses valores, com a mesma planilha de MS-Excel anterior, podemos
calcular:
VPL = R$ 1.580.013,54
TIR = 17,56%
Comparando com os resultados do exercício anterior, podemos ver que o maior con-
trole dos custos do projeto resulta em um acréscimo de 30,7% no resultado do VPL. O
aumento percentual do valor da TIR foi de 9,68%, com um aumento absoluto de 1,55%.
196 CAPÍTULO 6
Orçamento da
Ano
obra (R$ mil)
0 –3.000,00
1 –5.000,00
Lucros líquidos
Ano
anuais (R$ mil)
0 550,00
1 750,00
2 1.800,00
3 3.500,00
4 2.600,00
5 1.600,00
6 1.450,00
Solução:
Com os dados acima, podemos calcular o fluxo de caixa esperado do empreendimento:
2 1.800,00 1.800,00
3 3.500,00 3.500,00
4 2.600,00 2.600,00
5 1.600,00 1.600,00
6 1.450,00 1.450,00
0 (2.850,00) (3.300,00)
1 (4.750,00) (5.500,00)
Fluxo de caixa
Ano
Caso A Caso B Caso D Caso E
0 –2.805,00 –2.505,00 –2.395,00 –2.245,00
1 –4.825,00 – 4.325,00 –4.175,00 –3.925,00
2 1.620,00 1.620,00 1.980,00 1.980,00
3 3.150,00 3.150,00 3.850,00 3.850,00
4 2.340,00 2.340,00 2.860,00 2.860,00
5 1.440,00 1.440,00 1.760,00 1.760,00
6 1.305,00 1.305,00 1.595,00 1.595,00
VPL –1.086,50 –351,72 1.202,98 1.570,37
TIR 8,7% 12,8% 22,4% 25,2%
Podemos ver que a taxa interna de retorno do projeto pode variar no intervalo de 7,7%
a 21,7% ao ano, tendo como valor mais provável a taxa do caso base: 15,5%. A tabela
abaixo resume os valores encontrados:
Caso Característica TIR (%) VPL
A Muito pessimista 8,7 –1.086,50
B Pessimista 12,8 –351,72
Base Normal 17,7 425,63
C Otimista 22,4 1.202,98
D Muito otimista 25,2 1.570,37
AVALIAÇÃO DE RISCO EM PROJETOS – MÉTODOS BÁSICOS 199
A empresa considera que o projeto atende a suas expectativas, porque a direção acre-
dita que a hipótese “muito pessimista” tem baixa possibilidade de ocorrer.
6.6 No mesmo problema de decisão do Exercício 6.5, a empresa pretende fazer uma aná-
lise de sensibilidade dos indicadores de rentabilidade para variações na velocidade de
comercialização dos apartamentos. Na tabela abaixo, mostramos em percentual a
velocidade de vendas originalmente imaginada pelo setor de planejamento.
Ano Lucros líquidos anuais (R$ mil) % de venda por ano
0 550,00 4,49%
1 750,00 6,12%
2 1.800,00 14,69%
3 3.500,00 28,57%
4 2.600,00 21,22%
5 1.600,00 13,06%
6 1.450,00 11,84%
1 24% 2.940,00
2 29% 3.552,50
3 17% 2.082,50
4 8% 980,00
5 4% 490,00
6 3% 367,50
Solução:
Com os fluxos de lucros líquidos, vamos calcular os fluxos de caixa para as duas
hipóteses:
200 CAPÍTULO 6
2 3.552,50 3.552,50
3 2.082,50 2.082,50
4 980,00 980,00
5 490,00 490,00
6 367,50 367,50
Com isso, a empresa montou a seguinte matriz de custos, em função dos lotes e
da classificação do solo submarino.
Custos das perfurações para as pesquisas (R$ milhões)
Classificação do solo submarino
Lote de exploração
Grupo 1 Grupo 2 Grupo 3 Grupo 4
1 25 24 33 28
2 20 32 28 34
3 28 26 22 30
4 22 24 30 28
O objetivo da empresa é determinar a ordem de preferência dos lotes para dar os lan-
ces no leilão das cartas de concessão.
Solução:
Critério Minimax
Visão pessimista do problema. Para aplicar a regra, devemos:
• examinar o custo máximo para cada alternativa;
• escolher aquela que fornece o menor custo dentre os máximos.
No caso em questão:
Lote de exploração Custo máximo
1 33
2 34
3 29
4 30
1 24
2 20
3 24
4 22
4 22 30
202 CAPÍTULO 6
1 9
2 8
3 8
4 6
0 –45.000.000,00
1 5.850.000,00
2 5.850.000,00
3 5.850.000,00
4 5.850.000,00
5 5.850.000,00
6 5.850.000,00
7 5.850.000,00
8 5.850.000,00
9 5.850.000,00
10 50.850.000,00
Observe que, como o fundo de previdência capta dinheiro a 10% e aplica a 13% no
negócio, a rentabilidade efetiva do contrato no final do primeiro ano é de 18,43%.
Custo do capital: 11%
O valor presente do fluxo de recebimentos no final do primeiro ano é:
Custo do capital: 9%
O valor presente, no final do primeiro ano, será:
5.850.000 5.850.000 50.850.000
VP1 = + + ... + = 55.791.444,00
1 + 0,09 (1 + 0,09)2 (1 + 0,09)9
EXERCÍCIOS RESOLVIDOS
Podemos ver que a vida ótima do equipamento, com base no seu custo total, é de sete
anos.
7.2 Vamos calcular a vida ótima econômica do equipamento do Exercício 7.1, com base
nos custos anuais equivalentes. A taxa de atratividade da empresa é 12% ao ano.
Solução:
Cálculo dos custos anuais equivalentes:
205
206 CAPÍTULO 7
7
j=k 7
CAEk = – P0 . FRC(i, k) + VRk . FFC(i, k) – ∑ (OMj) . FVAs(i, j) . FRC(i, k)
j=1
em que:
P0 = Preço de aquisição do equipamento = 20.000,00
VRk = Valor residual no ano k
OMj = Valor do custo de operação e manutenção no ano j, com j ≤ k
FRC(i, k) = Fator de recuperação de capital, com taxa i e número de períodos k
FFC(i, k) = Fator de formação de capital, com taxa i e número de períodos k
FVAs(i, j) = Fator de valor atual para pagamento simples, com taxa i e período j.
Para o cálculo dos custos anuais equivalentes, vamos resolver sucessivamente os flu-
xos de caixa dos 10 anos de planejamento da operação do equipamento. Lembramos
que os dados dos fluxos de caixa anuais são extraídos da tabela do Exercício 7.1. A
Figura 1 mostra alguns exemplos de fluxos de caixa anuais:
Figura 1 Exemplos dos fluxos de caixa anuais para cálculo dos custos anuais equivalentes.
Calculando os custos anuais equivalentes, por meio dos 10 fluxos de caixa anuais,
determinamos que a vida ótima econômica é de seis anos.
7.3 Uma empresa gráfica possui uma impressora que foi adquirida há 4 anos pelo valor
de $ 22.000,00, com vida útil estimada de quatro anos. Esse equipamento tem um
custo operacional anual de $ 7.200,00 e valor residual estimado no final de sua vida
útil de $ 2.500,00. O fabricante da impressora está oferecendo um modelo mais
moderno pelo preço de $ 24.000,00, mas com um custo operacional anual de $ 4.200.
SUBSTITUIÇÃO DE EQUIPAMENTOS 207
O novo equipamento também tem vida útil prevista de 10 anos, com o valor residual
final de $ 3.800,00. O fabricante oferece $ 5.000,00 pela impressora atual, na base de
troca. Para a empresa gráfica, a taxa de atratividade utilizada em seu planejamento é
de 12% ao ano. Com esses dados, a diretoria deseja saber se deve aceitar a oferta do
fabricante.
Solução:
Como as vidas úteis dos equipamentos são diferentes, vamos realizar a análise por
meio do cálculo do custo anual equivalente de cada equipamento (Figuras 2 e 3).
Opção B: Continuar com o sistema atual, promovendo uma reforma e atualização que
prorrogará sua vida útil por mais cinco anos;
Opção C: Adquirir um novo conjunto de geração de energia com vida útil estimada
de 15 anos, com eficiência maior do que o conjunto atual.
Os elementos econômicos das três opções são:
Solução:
Fluxo de caixa da opção A (Figura 4):
Figura 4
Fluxo de caixa da opção B (sem o custo de geração da energia – Figura 5):
Figura 5
Figura 6
Cálculo do custo anual equivalente:
Valor presente = –40.000 – 800 FVAs(12%, 1) – 816 FVAs(12%, 2) – . . . + (5.000 – 1.055,58)
FVAs(12%,15) = –45.119,44
CAE = –45.119,44 5 FRC(12%, 15) = 0,1468 = –6.624,63
Custo anual total = –6.624,63 – 25.600,00 = –32.224,63
Dessa forma, podemos concluir que a melhor opção para a empresa é adquirir um
novo conjunto de geração (opção C).
7.5 Uma empresa fabricante de motores elétricos para aparelhos domésticos testou 30
aparelhos durante 800 horas ininterruptas em seu laboratório. O primeiro aparelho
falhou depois de 180 horas de funcionamento; o segundo, depois de 390 horas; o ter-
ceiro, após 640 horas. Pede-se calcular a taxa de falha e o TMEF.
Observação Vamos calcular o TMEF em horas de operação e em ano, considerando
a operação do equipamento durante um turno de 8 horas (200 horas por mês), ao
longo de 12 meses.
Solução:
a) Cálculo do TMEF
Tempo total de operação: 30 800 = 24.000 unidades-hora
Tempo total de não funcionamento: (800 – 180) da primeira falha + (800 – 390) da
segunda falha + (800 – 640) da terceira falha = 620 + 410 + 160 = 1.190 unidades-hora
Tempo em bom funcionamento = 24.000 – 1.190 = 22.810 unidades-hora
3
Taxa de falha: λ = = 0,000132 falha/unidade-hora
22.810
1
Tempo médio entre falhas: TMEF = = 7.576 horas
0,000132
Para essa empresa, que opera apenas um turno durante 12 meses, temos:
Número de horas de operação: 200 12 = 2.400 horas/ano
7.576
Em ano, temos: TMEF = = 3,16 anos
2.400
7.6 Um fazendeiro possui uma colheitadeira que opera durante 24 horas por dia na safra
de soja em sua fazenda, perfazendo um tempo total de operação igual a 1.440 horas.
A máquina custou R$ 550.000,00 e já tem cinco anos de operação. A vida útil total do
equipamento é 10 anos, com valor residual final de R$ 80.000,00. Quando a máquina
apresenta um defeito, o fazendeiro deve chamar um mecânico da cooperativa e, para
não interromper a colheita, alugar outra máquina da própria cooperativa, com o custo
de R$ 500,00 por hora de operação. O tempo médio entre falhas inicial (TMEF) da
máquina era de 720 horas e o tempo médio para reparo inicial (TMPR) era de 2 horas.
Os registros de falhas e reparos indicam que o TMEF tem aumentado com a taxa de
210 CAPÍTULO 7
15% ao ano e o TMPR com a taxa de 20% ao ano. Uma máquina nova custa
R$ 680.000,00, tem vida útil de 10 anos e valor residual de R$ 230.000,00. A colhei-
tadeira atual tem o valor de revenda de R$ 200.000,00. A taxa de atratividade do fazen-
deiro é de 12% ao ano. Estima-se que os dados de disponibilidade da nova colheitadeira
devem reproduzir os mesmos valores da máquina atual.
Solução:
Inicialmente vamos calcular a disponibilidade total do equipamento e o custo da
substituição.
• Cálculo de TMEF para cada ano = 720 . e–0,15 . (t – 1)
• Cálculo de TMPR para cada ano = 2 . e–0,20 . (t – 1)
• Número médio de interrupções durante a safra = 1.440/TMEF
• Tempo total de interrupção = TMPR Número médio de interrupções
Número médio de Tempo total de
Ano TMEF TMPR
interrupções interrupção
1 720,00 2,00 2,00 4,00
2 619,71 2,32 2,44 5,68
3 533,39 2,70 2,98 8,06
4 459,09 3,14 3,64 11,43
5 395,14 3,64 4,45 16,22
6 340,10 4,23 5,44 23,02
7 292,73 4,92 6,64 32,66
8 251,96 5,72 8,11 46,35
9 216,86 6,64 9,91 65,78
10 186,65 7,71 12,10 93,34
Figura 7
SUBSTITUIÇÃO DE EQUIPAMENTOS 211
Figura 8
Com os valores do fluxo de caixa acima, encontramos:
CAE = $ 157.209,78
Concluímos, portanto, que é mais vantajoso para o fazendeiro trocar a colheitadeira
atual por uma máquina nova.
Uma pequena mineradora a céu aberto, situada próximo de Belo Horizonte, opera
com o seguinte equipamento:
• 12 caminhões de 25 toneladas cada
• 3 escavadeiras de 3 jardas cúbicas cada (alugadas)
• 1 britador primário
• 1 correia transportadora de 100 m de comprimento.
A mina tem um contrato atual de fornecimento de 35.000 t por semana. Como trabalha
cinco dias por semana, é necessário produzir uma média de 7.000 t por dia útil. As esca-
vadeiras estão localizadas em níveis de extração diferentes na mina e os caminhões são
alocados a escavadeiras determinadas, não podendo mudar de uma escavadeira para
outra durante o dia de trabalho, mesmo se ocorrer a formação de filas. A rotina atual é
de duas escavadeiras operando em um turno de trabalho de oito horas, atendendo a oito
caminhões, e uma escavadeira operando no segundo turno, atendendo a cinco cami-
nhões. O britador primário tem capacidade para processar 20.000 t por turno.
Um novo contrato foi assinado, e, em virtude disso, a mineradora necessita aumentar
sua capacidade média diária de produção para 28.000 t por turno.
Duas opções existem para a mineradora:
Opção 1: Manter os atuais caminhões e aumentar a frota com mais nove cami-
nhões com capacidade de carga de 25 toneladas cada.
Opção 2: Trocar os atuais caminhões por outros nove com capacidade de carga
de 50 toneladas e as pás carregadeiras atuais por três de seis jardas cúbicas cada.
Análise das operações e determinação da capacidade de transporte
Antes de proceder à análise econômica comparativa das duas propostas, a gerência
de operações pediu à equipe técnica uma análise operacional das duas opções para
verificar se ambas tinham a mesma capacidade de transporte, para garantir a produção
semanal de 14.000 toneladas sem outros investimentos adicionais.
212 CAPÍTULO 7
Um estudo de Teoria das Filas foi realizado com o objetivo de identificar os tempos
de viagem de cada caminhão e, a partir desse dado, calcular o número médio de via-
gens por turno por caminhão (ANDRADE, 2009). Os seguintes dados foram
encontrados:
Opção 1:
• Tempo médio de percurso ida e volta ao britador: 11,03 minutos
• Número médio de viagens por caminhão: 5,44 por hora
Opção 2:
• Tempo médio de percurso: 7,12 minutos
• Número médio de viagens por caminhão: 8,42 por hora
A equipe técnica justificou os dados acima com estudos que mostram que o maior
número de caminhões provoca uma perda de tempo nas filas nas pás carregadeiras,
na duração da viagem e nas filas para descarregar no britador.
Com esses dados, podemos calcular a capacidade média de transporte de minério por
alternativa por nível de extração:
Opção 1:
• Caminhões por nível: 7
• Número médio de viagens: 5,44
• Jornada por turno: 8 horas
• Capacidade do caminhão: 25 t
• Pás carregadeiras: 3 (2 no primeiro turno e 1 no segundo)
Capacidade total: 3 7 5,44 8 25 = 22.848 t
Opção 2:
• Caminhões por nível: 3
• Número médio de viagens: 8,42
• Jornada por turno: 8 horas
• Capacidade do caminhão: 50 t
• Pás carregadeiras: 3 (2 no primeiro turno e 1 no segundo)
Capacidade total: 3 3 8,42 8 50 = 30.312 t
Dessa forma, verificamos que a opção 1 não apresenta capacidade de transporte para
atender ao contrato, operando apenas em dois turnos, com 3 pás carregadeiras. Para
compensar, a empresa precisaria programar uma segunda pá para o segundo turno,
o que agregaria mais 7.616 toneladas à opção 1.
Essa segunda frente de trabalho, no segundo turno, acarretaria um custo operacional
adicional de R$ 17.000,00 por caminhão (7 caminhões).
Dados financeiros:
A taxa mínima de atratividade da empresa, para esse tipo de projeto de investimento,
é 12% ao ano. Os dados financeiros das duas opções são:
Opção 1:
a) Caminhões atuais:
• Investimento inicial: R$ 200.000,00 cada um
• Vida útil original: 5 anos
• Valor residual: 0 (por causa das severas condições de uso)
• Tempo de operação na mina: 2 anos
SUBSTITUIÇÃO DE EQUIPAMENTOS 213
Figura 9 Fluxos de caixa das alternativas para troca dos equipamentos. (Continua)
214 CAPÍTULO 7
Figura 9 Fluxos de caixa das alternativas para troca dos equipamentos. (Continuação)
Proposição
Em uma rede elétrica de distribuição urbana de energia, as causas principais das inter-
rupções de fornecimento são: chuva, árvores das ruas e abalroamento de veículos. Nos
períodos chuvosos, o número de interrupções aumenta substancialmente devido à
própria chuva, que provoca curto-circuito nos condutores nus, e também devido ao
vento, que muitas vezes desconecta ou rompe os condutores. As árvores das ruas cres-
cem e também provocam curto-circuito nos condutores.
Em uma determinada cidade de porte médio, a rede de distribuição convencional que leva
energia para os bairros de maior poder aquisitivo tem uma vida média de 23 anos e é for-
mada completamente por cabos nus de alumínio. As ruas desses bairros são muito arbo-
rizadas e os consumidores são muito exigentes quanto à continuidade de fornecimento.
A concessionária de energia elétrica está analisando a possibilidade de reformar toda
a rede desses bairros, trocando os cabos nus por cabos isolados, tanto nos alimenta-
dores de média tensão quanto na rede de baixa tensão.
SUBSTITUIÇÃO DE EQUIPAMENTOS 215
Coleta de dados
Por se tratar de uma obra de expansão da rede, o setor responsável coletou diversos
dados relativos ao mercado e à qualidade do serviço prestado de fornecimento de
energia e também levantou os custos de manutenção da rede. Assim, temos:
a) Dados do mercado
• Quantidade de unidades residenciais consumidoras nos bairros em análise: 22.516;
• Consumo médio mensal por unidade: 446 kWh;
• Crescimento médio do número de unidades em função do adensamento: 0,9% ao ano;
• Crescimento médio do consumo por unidade: 1,2% ao ano;
• Extensão da rede de alimentadores de média tensão: 21,5 km;
• Extensão da rede secundária de baixa tensão: 86,5 km.
b) Dados sobre a qualidade de fornecimento
• Número médio de interrupções por ano (programadas e não programadas), por
unidade: 4,15;
• Duração média das interrupções: 1 h e 15 min.
c) Custos de manutenção
• Custo de manutenção preventiva da rede convencional, incluindo poda de árvores:
R$ 551,12/km;
• Custo de manutenção preventiva da rede isolada: R$ 52,67 por km;
• Custo da manutenção corretiva da rede convencional: R$ 68,12 por km;
• Custo da manutenção corretiva da rede isolada: R$ 9,48 por km;
• Crescimento médio verificado nos custos de manutenção da rede convencional:
4,56% ao ano.
Como estamos analisando um planejamento de longo prazo, a empresa considera que
a taxa de atratividade deve ser igual a 6% ao ano.
Solução:
Com os dados acima, a equipe de planejamento calculou o custo anual total da rede
atual para a empresa, levando em conta os dados de manutenção (custos de manu-
tenção preventiva e corretiva e a taxa de crescimento desses custos) e os dados de
energia não vendida durante as interrupções. A Tabela 1 mostra os valores obtidos.
Tabela 3 Custos anuais para a rede elétrica atual
Para a nova rede planejada, com condutores isolados nos dois circuitos, os custos
anuais de implantação e de manutenção estão mostrados na Tabela 2. Como a rede
será construída com todos os equipamentos novos, prevê-se que nos próximos 10
anos os custos de manutenção permanecerão estáveis.
Tabela 2 Custos totais anuais da nova rede
Custo anual do
Ano investimento Custo de manutenção Custo total anual
R$ R$ R$
1 408.402,10 5.375,98 413.778,07
Para justificar a decisão final, vamos calcular o custo anual uniforme equivalente
(CAE) dos custos anuais da rede atual, com a taxa de atratividade de 6% ao ano.
SUBSTITUIÇÃO DE EQUIPAMENTOS 217
EXERCÍCIOS RESOLVIDOS
8.1 O jornal Valor Econômico publicou os seguintes valores relativos à opção para a ação
da Cia. Vale, no dia 06/07/2011:
• Preço de exercício: R$ 40,00
• Preço médio da opção: R$ 6,73
• Data de exercício: 15/08/2011
• Preço médio da ação no dia: R$ 46,18
a) Calcule os lucros líquidos do comprador da opção para preços da ação entre
R$ 36,00 e R$ 50,00 com variações de R$ 2,00.
b) Calcule o lucro líquido do emissor da opção.
Solução:
a)
Lucro líquido do
Preço da ação
titular da opção
36,00 –6,73
38,00 –6,73
40,00 –6,73
42,00 –4,73
44,00 –2,73
46,00 –0,73
48,00 1,27
50,00 3,27
52,00 5,27
b)
Lucro líquido do
Preço da ação
emissor da opção
36,00 6,73
38,00 6,73
40,00 6,73
42,00 4,73
44,00 2,73
Continua
218
AVALIAÇÃO DE OPORTUNIDADES EM PROJETOS DE INVESTIMENTO 219
Continuação
Lucro líquido do
Preço da ação
emissor da opção
46,00 0,73
48,00 –1,27
50,00 –3,27
52,00 –5,27
R$ 3,00. Os analistas do fundo acreditam que a ação deverá se valorizar nesse prazo
até o preço de R$ 36,00. No entanto, existe também a possibilidade de o preço da ação
cair para R$ 18,00. A direção do fundo quer uma análise de volatilidade das duas
alternativas de aplicação para decidir o que fazer.
Solução:
As duas alternativas para o fundo de investimento são:
a) Compra de 125.000 ações (3.000.000/24);
b) Compra de 10.000 contratos de opções de compra com 100 ações cada, no valor de
R$ 3,00 por ação.
Vamos comparar as taxas de retorno dessas duas alternativas, para as diversas possi-
bilidades de preço da ação, na data de exercício dos contratos de opções.
a) Compra direta de ações:
Valor do capital na
Preço da ação Ganho ou perda Taxa de retorno
data de exercício
18 2.250.000,00 –750.000,00 –25%
24 3.000.000,00 0 0%
26 3.250.000,00 250.000,00 8%
Média 12,5%
b) Contratos de opções:
Prêmio pago Lucro da
Preço da Valor na data Ganho ou Taxa de
pelo titular por opção por
ação de exercício perda retorno
ação ação
18,00 –3,00 –3,00 0 –3.000.000,00 –100%
20,00 –3,00 –3,00 0 –3.000.000,00 –100%
22,00 –3,00 –3,00 0 –3.000.000,00 –100%
24,00 –3,00 –3,00 0 –3.000.000,00 –100%
26,00 –3,00 –3,00 0 –3.000.000,00 –100%
28,00 –3,00 –3,00 0 –3.000.000,00 –100%
30,00 –3,00 –3,00 0 –3.000.000,00 –100%
32,00 –3,00 –1,00 2.000.000,00 –1.000.000,00 –33%
34,00 –3,00 1,00 4.000.000,00 1.000.000,00 33%
36,00 –3,00 3,00 6.000.000,00 3.000.000,00 100%
Média –60%
Desvio padrão 72%
AVALIAÇÃO DE OPORTUNIDADES EM PROJETOS DE INVESTIMENTO 221
Comparando as duas tabelas, podemos verificar que a compra direta das ações é uma
decisão menos arriscada. Vejamos:
a) Se a ação cair para o valor mínimo previsto, o prejuízo do fundo será de R$
750.000,00, enquanto, na alternativa das opções, o prejuízo será total.
b) Se a ação iniciar um movimento de alta no preço, a partir de R$ 24,00 (na tabela
o preço mostrado é R$ 26,00) o fundo começa a ter lucro, enquanto, no caso dos
contratos de opções, somente terá lucro caso o preço da ação ultrapasse o valor de
R$ 33,00.
Mesmo com a possibilidade de multiplicar o capital por 2, caso a ação alcance o valor
de R$ 36,00, a direção do fundo considera que comprar diretamente as ações é uma
decisão mais saudável.
8.4 Um investidor possui uma carteira de ações da Cia. Vale, cujo preço de mercado hoje
é de R$ 44,00. Por causa da alta volatilidade do mercado, ele quer montar uma estra-
tégia defensiva. Para isso, pretende combinar a posse das ações com a compra de
opções de venda, que estão sendo oferecidas com preço de exercício de R$ 46,00. O
prêmio por opção que ele terá que pagar é de R$ 4,00 por ação. Vamos analisar o valor
total de seu patrimônio e o lucro líquido por ação, considerando que a ação pode
variar de R$ 32,00 a R$ 54,00 até a data de exercício das opções. Vamos assumir varia-
ções de R$ 2,00 nos preços.
Solução:
A tabela abaixo mostra os valores calculados para a determinação do valor total do
patrimônio e o lucro líquido da ação. Vamos analisar:
a) O valor intrínseco da opção é dado por Max{E – S, 0). Assim, até S = 44,00, temos que
o valor intrínseco é maior do que 0. A partir de S = 46, o valor intrínseco é igual a 0;
b) Lucro da opção = valor intrínseco – prêmio de compra;
c) Valor do patrimônio = preço da ação + lucro da opção;
d) Lucro com a valorização: preço superior a $ 44,00;
e) Lucro líquido da ação = lucro da opção + lucro com a valorização.
8.5 Um investidor pretende montar uma estratégia de proteção de seu patrimônio para
reduzir a volatilidade de sua carteira, já que o anúncio de um plano estratégico da
222 CAPÍTULO 8
Opção de compra:
Se, na data de exercício, o preço da ação estiver superior a $ 45,00, o investidor exer-
cerá a opção de compra e sua opção de venda não terá valor algum. Os resultados são:
Continuação
Valor recebido pelo titular Lucro da opção
Preço da ação Compra da opção CALL
– CALL CALL
51,00 –4,00 45,00 41,00
54,00 –4,00 45,00 41,00
57,00 –4,00 45,00 41,00
se materializar, o valor perdido com os prêmios será menor. Vamos analisar a evolu-
ção dos resultados da estratégia para os seguintes dados:
• Preço de exercício da opção de venda = $ 39,00
• Preço de exercício da opção de compra = $ 51,00
• Custo da opção de compra = custo da opção de venda = $ 3,00
O investidor considera que o preço da ação poderá estar entre $ 27,00 e $ 63,00 na
data de exercício. Pede-se calcular o resultado final da estratégia e o lucro líquido do
investidor para preços da ação nesse intervalo. Vamos analisar para variações de
$ 3,00 nos preços da ação.
Solução:
Vamos analisar os resultados das duas opções.
Opção de venda:
Preço da Compra da opção Lucro da opção
Valor recebido pelo titular
ação PUT PUT
27,00 –3,00 39,00 36,00
30,00 –3,00 39,00 36,00
33,00 –3,00 39,00 36,00
36,00 –3,00 39,00 36,00
39,00 –3,00 39,00 36,00
42,00 –3,00 0 –3,00
45,00 –3,00 0 –3,00
48,00 –3,00 0 –3,00
51,00 –3,00 0 –3,00
54,00 –3,00 0 –3,00
57,00 –3,00 0 –3,00
60,00 –3,00 0 –3,00
63,00 –3,00 0 –3,00
Opção de compra:
Compra da opção Valor recebido pelo Lucro da opção
Preço da ação
CALL titular CALL
27,00 –3,00 0 –3,00
30,00 –3,00 0 –3,00
33,00 –3,00 0 –3,00
36,00 –3,00 0 –3,00
39,00 –3,00 0 –3,00
42,00 –3,00 0 –3,00
45,00 –3,00 0 –3,00
48,00 –3,00 0 –3,00
51,00 –3,00 0 –3,00
54,00 –3,00 51,00 48,00
57,00 –3,00 51,00 48,00
60,00 –3,00 51,00 48,00
63,00 –3,00 51,00 48,00
AVALIAÇÃO DE OPORTUNIDADES EM PROJETOS DE INVESTIMENTO 225
Resultados da estratégia:
Preço da
Lucro total das duas opções Lucro bruto com a ação
ação
33,00 0 6,00
39,00 –6,00 0
42,00 –6,00 0
45,00 –6,00 0
48,00 –6,00 0
51,00 –6,00 0
57,00 0 6,00
Graficamente:
e de venda das ações com o mesmo preço de exercício próximo da cotação atual da
ação. As datas de exercício também são as mesmas. Os dados são:
• Preço de exercício: $ 32,00
• Prêmio pela venda da opção de compra = prêmio da opção de venda = $ 4,00.
Vamos analisar os resultados da estratégia para preços da ação no intervalo de $ 22,00
a $ 42,00, com variação de $ 2,00.
Solução:
Vamos analisar os resultados da estratégia do fundo de investimentos para o intervalo
considerado.
Resultados da opção de venda:
Venda da opção Lucro da opção
Preço da ação Valor pago pelo emissor
PUT PUT
Resultados finais:
Preço da ação Lucro total das duas opções Lucro bruto com a ação
24,00 0 –8,00
32,00 8,00 0
40,00 0 –8,00
Graficamente:
Graficamente:
Solução:
Primeira opção de compra adquirida:
Prêmio pago pela Valor pago pelo Lucro da primeira
Preço da ação
compra titular opção adquirida
20,00 –3,00 0 –3,00
... ... ... ...
20,00 –2,00
... ...
26,00 –2,00
27,00 –1,00
28,00 0
29,00 1,00
... ...
34,00 6,00
35,00 7,00
36,00 6,00
... ...
41,00 1,00
42,00 0
43,00 –1,00
... ...
48,00 –2,00
49,00 –2,00
50,00 –2,00
232 CAPÍTULO 8
8.11 Duas ações, A e B, apresentam o mesmo valor atual de mercado de R$ 32,00. O mer-
cado oferece opções de compra para ambas as ações com preço de exercício de
R$ 34,00. No entanto, as projeções dos preços futuros, na data de exercício, indicam
valores bem diferentes, como segue:
Ação A: cotação mínima = 30,00; cotação máxima = 38,00
Ação B: cotação mínima = 24,00; cotação máxima = 40,00.
Pede-se calcular o ganho médio da ação e o valor médio da opção na data de
exercício.
Solução:
Com esses dados, podemos calcular:
Ação A:
30,00 –2,00 0
Ação B:
24,00 –8,00 0
Ação A:
• Para o mês 1: cotação mínima = 20,00; cotação máxima = 30,00
• Para o mês 2: cotação mínima = 18,00; cotação máxima = 34,00
Ação B:
• Para o mês 1: cotação mínima = 18,00; cotação máxima = 34,00
• Para o mês 2: cotação mínima = 14,00; cotação máxima = 38,00
Pede-se calcular o valor médio da opção na data de exercício.
Solução:
Podemos criar os diagramas abaixo com as variações esperadas e os cálculos pedidos.
Para a ação Y:
Preço
inicial
da ação
S0
Para a ação X:
Preço
inicial
da ação
S0
Para cada opção, o investidor deverá comprar 0,625 ação. Assim, para uma carteira
de 1.000 opções, a carteira de ações correspondente deverá conter 625 ações. Fazendo
os cálculos, encontramos:
a) Preço da opção = R$ 8,48
b) Quantidade de ações para patrimônio equivalente = 625
c) Empréstimo a ser contratado: R$ 37.500,00
A tabela abaixo resume os valores encontrados:
Valor do
Valor da Valor do
patrimônio
Preço da ação carteira de Valor do débito patrimônio
líquido em
ações em opções
ações
60 37.500,00 37.500,00 0 0
8.14 No pregão de um certo dia, a ação PN da Cemig estava cotada por R$ 30,00 (valor
médio). Foi oferecida uma opção de compra com preço de exercício de R$ 32,00 e
prazo de exercício de 45 dias. Como é uma ação de baixa volatilidade, estima-se que
o intervalo de variação das cotações estará entre R$ 28,00 e R$ 34,00. Para o preço
inferior do intervalo, na data de exercício, o valor da opção será 0. Considerando o
custo do dinheiro igual a 8% ao ano, se o valor da opção para o preço superior do
intervalo for igual a R$ 4,00, qual será o preço que o investidor poderá pagar por ela?
Solução:
Vamos utilizar o modelo binomial para precificação da opção. Assim, temos:
• Preço da ação na data atual: S0 = R$ 30,00
• Preço de exercício da ação: E = R$ 32,00
• Preço superior da ação na data de exercício: STS = R$ 34,00
• Preço inferior da ação na data de exercício: STI = R$ 28,00
• Valor da opção para o preço superior da ação na data de exercício: CTS = R$ 4,00
• Valor da opção para o preço inferior da ação na data de exercício: CTI = 0,00
• Custo do dinheiro = 8% ao ano
• Prazo até a data de exercício = 45 dias
365
Custo diário do dinheiro: √(1 + 0,08) – 1 = 0,0002109 ou 0,02109%
E 32
VP(E) = = = 31,70
(1 + rf) (1 + 0,000211)45
t
das opções com capitalização contínua pode ser estimado em 0,42 e que a taxa de juro
sem risco é de 12,25%, qual é o valor da opção?
Solução:
Vamos utilizar o modelo Black-Scholes.
• Preço atual da ação: S0 = 37,35
• Preço de exercício: E = 42,00
• Taxa de juro sem risco: rf = 12,25%
• Desvio padrão da taxa de retorno = 0,42
• Tempo até a data de exercício = 45 dias
Tempo até a data de exercício, em ano: 0,1232 ano
Calculando os parâmetros do modelo, temos:
Valor atual preço
Ln(PA/PEX) rf . t DP2 . t/2 DP . t0,5
de exercício
41,370451 –0,11734 0,015103 0,01087 0,14747
Normal Normal
Valor da opção
Cálculo de d1 Cálculo de d2 cumulativa de cumulativa de
de compra
d1 d2
–0,61951 –0,767 0,267791 0,22155 0,8365
Podemos concluir:
• Projeto 2: deve ser iniciado imediatamente;
• Projeto 4: deve ser abandonado;
• Projeto 3: provavelmente deverá ser abandonado;
• Projeto 1: deverá ser executado;
• Projetos 5 e 6: por causa dos prazos maiores para início, poderão se converter em
boas oportunidades e, assim, devem ser mantidos no programa de projetos da
empresa.