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@ casalmedresumos SISTEMA ÚNICO DE SAÚDE (SUS)

Antes do SUS  MODELO BISMARKIANO A evolução...


- CAPs/IAPs  “caixinhas/um hospital para cada setor”  Lei 8080 (funcionamento do SUS)
- INPS  “todos os hospitais para todos os setores + descontrole + dinheiro - NACIONAL: definir (políticas, normas...)
gasto em obras de infraestrutura + sucateamento hospitais” - ESTADUAL: coordenar
- INAMPS  “controle de gastos = limite para cada procedimento” - MUNICIPAL: executar

Os problemas... NACIONAL pode EXECUTAR? Sim! No caso de VIGILÂNCIA DE PORTOS,


- Acesso RESTRITO. “Só tinha acesso a saúde quem pagava por ela” AEROPORTOS E FRONTEIRAS ou em situações inusitadas.
- Ênfase na CURA. “Venha até nós que nós curamos”
E o setor privado? Pode atuar de forma LIVRE e COMPLEMENTAR.
- MINISTÉRIOS. “Ministério da SAÚDE responsável por ações preventivas e o
ministério da PREVIDÊNCIA pela medicina curativa = dicotomia”
- Medicina DITATORIAL. “A medicina era imposta e o povo não participava”  Lei 8142 de 1990 (gastos e participação popular)
- Transferência regular e automática de acordo com o “nº de cabeças”
As reformas/discussões... - A representação dos usuários nos conselhos e conferências de saúde
 Reforma Sanitária deve ser PARITÁRIA!
- Plano CONASP/AIS = município exercendo a gestão local/integrar ações - Conselhos e conferências
de prevenção, cura e reabilitação  50%: usuários
- VIII Conferência Nacional de Saúde (1986) = a saúde é um direito de  50%: profissionais de saúde (25%), prestadores de serviço
todos e dever do Estado. (12,5%), representantes de governo (12,5%)
 SUDS (1987) = transitório CONSELHOS - Controlam os GASTOS e a EXECUÇÃO da saúde
 SUS = Constituição de 1988 “Fiscalizam a - Permanente e Deliberativo
execução” - Reunião MENSAL
Depois do SUS  MODELO BEVERIDGIANO CONFERÊNCI4S - Convocadas pelo Executivo ou... pelos Conselhos
“Criam” - Avaliam e criam diretrizes da política de saúde
As soluções...
- Reunião de 4 EM 4 ANOS
- Acesso restrito: UNIVERSALIZAÇÃO
- Ênfase na cura: INTEGRALIDADE/EQUIDADE  NOB 91
- Ministérios: DESCENTRALIZAÇÃO/REGIONALIZAÇÃO/HIERARQUIZAÇÃO - Norma sem noção (propôs tudo como era antes do SUS)
- Medicina ditatorial: PARTICIPAÇÃO SOCIAL
 NOB 93
Entendendo cada princípio... - Municipalização... Municípios  GESTORES!
UNIVERSALIZAÇÃO Acesso a todos (inclusive ilegais)  Transferência regular e automática de acordo com o “nº de
INTEGRALIDADE Prevenção (!), cura e reabilitação cabeças” resultou em brigas entre municípios grandes/ricos
EQUIDADE Tratamento desigual e pequenos/pobres
DESCENTRALIZAÇÃO Divisão de poderes - Comissões INTERGESTORES surgiram para solucionar essa confusão:
REGIONALIZAÇÃO (*) Municipalização
 Bipartite (estadual): Estado, Municípios (COSEMS)
HIERARQUIZAÇÃO Níveis de complexidade (posto/hospital)
 Tripartite (nacional): MS, Estado (CONASS), Municípios
PARTICIPAÇÃO SOCIAL Conselhos/conferências
RESOLUBILIDADE Resolver problemas... (CONASEMS)
COMPLEMENTARIEDADE Contratar o privado
 NOB 96
Princípios éticos/doutrinários - Poder pleno pelo município. Podia optar por 2 formas:
- Universalização, Integralidade e Equidade (vogais)  Gestão plena da atenção básica = só atenção básica
 Gestão plena do sistema municipal = atenção básica, de
Princípios organizacionais/operativos...
média e de alta complexidade.
- Resto (consoante)
Obs: a partir da NOB 96, ocorreu o grande “boom” da ESF como
modelo de execução da atenção básica!
(*) DECRETO 7508/2011  REGIONALIZAÇÃO - Criado o Piso da atenção básica (PAB)  NÃO EXISTE MAIS! Foi
Criação do conceito de “REGIÃO DE SAÚDE”
substituído pelo Programa de Financiamento da Atenção Primária do
- Espaço geográfico/agrupamento de municípios (município
Programa Previne Brasil (ver na próxima página). Era da seguinte
referência atende os que não possuem muita estrutura) forma (curiosidade):
- Cada região de saúde deve ter: atenção primária, secundária e  Fixo: 23-28 reais/ano para cada habitante.
hospitalar, urgência, psicossocial, vigilância  Variável: saúde escola, adolescente, bucal, família, NASF,
CONTRATO ORGANIZATIVO DE AÇÃO PÚBLICA PMAQ (programa de melhoria na atenção e qualidade da
- Acordo entre os municípios
saúde da família), academias de saúde, consultórios de rua,
REDE DE SAÚDE
atenção domiciliar, equipe multidisciplinar de apoio.
- Conjunto de ações e serviços de saúde
- Protocolo clínico e diretriz terapêutica: maneira de estabelecer  NOAS 2001/2002 (equidade nos recursos e no acesso a saúde)
um protocolo para os gestores - Regionalização organizada
- Portas de entrada: UBS, UPA, CAPS, especiais  Acesso a saúde o mais próximo da residência...
 Municípios referência = recebem dinheiro para média
complexidade

Obs: procedimentos de alta complexidade = só com APAC!


Pacto de Saúde (2006) P Plincípios Plincipais
 Pacto em Defesa (social/$$) + Pacto de Gestão (esferas) + R Reabilitação também faz parte
Pacto pela Vida (saúde) = + importante para a prova. I Integral (40h semanais ou 20h se médico)
M Multidisciplinar (médico + enfermeiro + téc. Enfermagem + ACS
Prioridades pela vida estabelecidas em 2006... A Acolhimento/autonomia
 Saúde do idoso R Reorientação (modelo substitutivo)
 CA mama/colo E Elevada complexidade/baixa densidade
 Mortalidade infantil e materna A Adscrição de clientela/territorialização (ideal: 3k/máximo: 4k)
 Doenças EMERGENTES e ENDEMIAS (dengue, hanseníase, BK, Instrumentos e Ferramentas
malária e influenza)  No PRONTUÁRIO:
 Promoção a saúde (qualidade de vida) Notas do registro clínico orientado por problemas (SOAP)
 Atenção básica a saúde (PSF)  Subjetivo: “sintomas” (experiência do problema)
Acrescidas em 2008...  Objetivo: “olhar do médico” (exame físico/laboratório)
 Saúde mental  Avaliação: “diagnósticos” (afecções)
 Saúde do homem  Plano: “conduta” (passo a passo)
 Saúde do trabalhador  Na FAMÍLIA:
 Pessoas com deficiência  Genograma: interações, dinâmica afetiva, > 3 famílias
 Pessoas em risco de violência  Ecomapa: família e o ambiente (escola, igreja...)
 Hepatites e AIDS
Acrescida em 2011...
 Oral (bucal)

Os plincípios plincipais da atenção primária (Bárbara Starfield):


- 1º CONTATO: porta de entrada (acessibilidade)
- LONGITUDINALIDADE: acompanhamento/vínculo
- INTEGRALIDADE: atendimento integral/completo
- COORDENAÇÃO: integração do cuidado
(“referência e contrareferência”)

Os secundários...
- ENFOQUE FAMILIAR: foco na família (genograma)
- ORIENTAÇÃO COMUNITÁRIA: contato com a comunidade
- COMPETÊNCIA CULTURAL: facilitar a relação (“modelo de
reorientação”/ “deixar o paciente falar”)
Portaria 648 – 2006 + Portaria 2488 – 2011:
- 2006: áreas estratégicas: BK, hanseníase, HAS, DM, saúde bucal,
criança, mulher, idoso, desnutrição (pouco importante).

ATENÇÃO PRIMÁRIA: as 8 características de prova...


(1) PLINCÍPIOS PLINCIPAIS (acima)
(2) REABILITAÇÃO também faz parte da atenção básica
(3) ATENDIMENTO INTEGRAL = 40h semanais (médico pode 20h) Humanização
(4) MULTIDISCIPLINAR = médico + enfermeiro + técnico de Todos os níveis de atendimento!
enfermagem + 4-6 ACS (1 para cada 750 pessoas no máximo) - Acolhimento, autonomia
 Ampliada = + dentista, técnico em higiene dental e auxiliar de - Responsabilização
consultório dentário, gerente de atenção básica, ACE (agente  Clínica ampliada: “reunião de equipe”
de combate às endemias)  Discussão coletiva na busca do cuidado
(5) ACOLHIMENTO/AUTONOMIA (participação da comunidade nas  Casos complexos
decisões terapêuticas = a decisão de conduta é compartilhada)  Projeto te(T)rapêutico singular: condutas articuladas
(6) REORIENTAÇÃO (MODELO SUBSTITUTIVO) = Método Clínico  4 passos: definir hipóteses, metas, dividir
Centrado na Pessoa (MCCP) responsabilidades, reavaliar
 P: percepção do problema (sentimentos, ideia, função,  Interdisciplinaridade
expectativa)  Apoio matricial
 E: entender a pessoa como um todo  Retaguarda de assistência
 S: sistematizar (plano conjunto)  Suporte técnico-pedagógico
 S: ser realista (nem tudo de uma vez só... Priorizar!)  NASF-AB
 O: objetivar prevenção  Não é porta de entrada!
 A: aprofundar relação (empatia, compaixão, cuidado)
(7) ELEVADA COMPLEXIDADE (atende “de tudo um pouco”) e BAIXA NASF (Núcleo de Apoio à Saúde da Família)
DENSIDADE (“pouca tecnologia”) - Não é porta de entrada! “Uma casinha no meio do bairro”
(8) ADSCRIÇÃO DE CLIENTELA/TERRITORIALIZAÇÃO (2.000 a 3.500 NASF 1: 5-9 ESF, com mínimo de 5 profissionais e 200h/semana
pessoas, de acordo com a vulnerabilidade da população) NASF 2: 3-4 ESF, com mínimo de 3 profissionais e 120h/semana
 Atenção: aDscrição = cadastrar | adsTrição = territorializar NASF 3: 1-2 ESF, com mínimo de 2 profissionais e 80h/semana
FICA LIGADO!

AS PORTAS DE ENTRADA:
- Atenção básica: ESF
- Urgência e emergência: UPA
- Transtorno mental/dependente: CAPS (AD)

OS MODELOS DE ATENÇÃO:
- Primária: atendimento ambulatorial não especializado
- Secundária: atendimento ambulatorial especializado
- Terciária: atendimento hospitalar

Obs: prevenção quaternária = evitar iatrogenia!

Programas Novos:

SAÚDE NA HORA
- Ampliar horário de atendimento na UBS
- 60 horas semanais: > 3 equipes de saúde da família
- 75 horas semanais: > 6 equipes de saúde da família

MÉDICOS PELO BRASIL


- “Como se fosse uma residência médica”
- Vantagens CLT e plano de carreira
- Necessário ter diploma no Brasil ou “revalida”
- Necessário passar na prova
- Após 2 anos tem título de especialização em MFC

PREVINE BRASIL
- Programa de financiamento da atenção primária. Substitui PAB fixo e
PAB variável
- Capitação ponderada (equidade: repassa dinheiro de forma
ponderada, de acordo com vulnerabilidade da população, do município,
quantidade de pessoas)
- Pagamento por desempenho (premiação: município que cumpre mais
metas recebe mais)
- Incentivo para ações estratégicas (repasse pelo o que é feito além do
básico)

O financiamento do SUS...
- SEGURIDADE SOCIAL: financia saúde e previdência
 COFINS, CSLL  financiam a seguridade social.
- Desconto da folha de salários NÃO entra na saúde  principal fonte de
financiamento da seguridade social. Esse dinheiro vai para a previdência!
- Constituição de 88: “O FINANCIAMENTO DO SUS É UMA
RESPONSABILIDADE COMUM DA UNIÃO, DOS ESTADOS, DO DF E DOS
MUNICÍPIOS.”

EC 95 (2016).
 União: $ do ano anterior + correção pelo IPCA
 Estados: 12%
 Municípios: 15%
- Curiosidade do financiamento  REPARTIDO EM BLOCOS (obs: não
pode haver transferência de dinheiro entre eles)
 Custeio das ações e serviços públicos
 Investimento na rede de serviços públicos

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