vezes, não atinge a verdade senão por ar- gumentos probatórios indiretos, para evi- denciar a circunstância ignorada com o nexo da causalidade, ou de identidade es- pecífica [San...Malatesta], não po- deria, pois, ser desprezada, nos juízos criminais, a prova indiciária, vez que cada vez mais a inteligência, a prudênci- a e a cautela dos criminosos dificultam a prova direta.” (Bento de [...] – Có- digo do Processo Penal, vol. 1, pag. [....])
“Os indícios, como prova circunstancial
ou indireta, desde que reconhecidos, va- lem tanto quanto prova direta, única solu- ção possível demonstrativa da verdade por eles indicada.” (Ac. Un. da 2ª Câ- mara Crim[inal] do T. A. de Minas Gerais de 7 de agosto de 1942 – Na Ap nº 105 de Bom Sucesso – Rel[atório] Des[embargador] Eustáquio Peixoto – in Ver[ista] For[ense] vol. 93 pag. 307)
DOUTO JUIZ DA 32ª VARA DA COMARCA DO RE-
CIFE
Ao longo da minha modesta carreira no Mi-
nistério Público tenho funcionado em inúmeros processos que retrataram homicídios bárbaros e perversos, po- rém, somente dois, pelo menos até agora, deixaram em meu espí- rito a marca indelével de uma tristeza, de um desalento pro- fundo em relação ao próprio homem.
Dois crimes terríveis vieram manchar a
cidade do Recife, até então calma e ordeira, cuja paz não che- gava a ser perturbada pelos delinquentes dos morros e alagados.
Paz que inspirava no coração do seu povo
a mais cordial convivência humana. Essa cordialidade, essa hu-