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NARIZ:
Nós podemos ainda observar que entre a região frontal e o dorso do nariz, existe
um sulco. É o sulco fronto-nasal. Alguns indivíduos não possuem.
A abertura da cavidade nasal é chamada de abertura piriforme. Piriforme faz
referência a forma de pêra, ou seja, é mais ou menos triangular.
Nós estamos vendo aqui uma tomografia, um corte transversal do nariz, então
esse esqueleto do nariz externo, formado por ossos e cartilagens. Aqui é a
cavidade nasal, dividida em duas metades, direita e esquerda, pelo septo nasal.
E aqui a parte posterior da cavidade nasal. Esse espaço aqui, onde acaba a
cavidade nasal, cada um deles é a coana. Coana direita e coana esquerda. Nós
conseguimos examinar a coana dos pacientes ou via microcâmera ou com um
espelhinho aquecido, para não embaçar.
Aqui se vê o nariz interno com o septo nasal. No septo nasal, existe uma
área anastomótica do septo nasal com vários vasos se anastomosando. Essa
área é chamada de área de Kisselbach ou área anastomótica do septo nasal.
Essa cavidade nasal é revestida por uma mucosa (mucosa pituitária ou nasal)
que produz a secreção viscosa denominada muco.
Resposta à pergunta: Epistaxe é todo tipo de hemorragia nasal. Então se
ocorrer aqui em Alagoas não se pensará, inicialmente, que ela é decorrente
de ressecamento de mucosa porque nosso clima é úmido. É mais provável
que seja por uma hipertensão mal tratada, por exemplo.
A mucosa está revestindo toda cavidade nasal, temos que disseca-la para expor
os vasos, em cada cavidade a mucosa que a reveste tem o seu nome, por
exemplo mucosa oral e por aí vai.
Se tivermos a situação de hemorragia e ela for causada por hipertensão,
primeiro trataremos a hipertensão, e depois podemos fazer um tamponamento.
É comum, até profissionais da saúde, mandar prender o nariz e pôr a cabeça
para trás, porém este procedimento é errado uma vez que o sangue irá escorrer
para coanas e depois sistema digestório (não há parada para coagulação). O
certo é prender o nariz e pôr a cabeça para frente, assim ele estaciona, coagula
e estanca.
Em alguns casos é necessário fazer tamponamento, com um tufo de gaze
embebida em soro, que será introduzido pelas narinas do paciente com
hemorragia nasal. Essa gaze pode permanecer até três dias no nariz se a
hemorragia foi muito grave. Então, esse é um tamponamento anterior. Quando
o sangramento é mais posterior, só o tamponamento anterior não resolve. É
necessário aplicar xilocaína em spray na região afetada e passar uma sonda
nasogástrica dentro da cavidade nasal até a cavidade oral. Essa sonda será
pinçada pela boca e terá, em sua extremidade, um tufo de gaze amarrado com
barbante. Depois, a sonda já com a gaze é puxada de volta na direção da
cavidade nasal até as coanas. A gaze cumprirá seu papel de obstruir essa
abertura posterior nasal, finalizando o tamponamento posterior.
Então estamos vendo aqui, que foi retirado o septo nasal. O septo nasal é,
portanto, a parede medial da cavidade nasal. Ele foi seccionado e por isso,
estamos vendo a parede lateral, que é revestida de mucosa. A cavidade nasal
vai, mais ou menos, até onde acaba o septo, que termina na coana. De onde
acaba o septo para trás é a faringe. Então para trás da coanas abertas é faringe
e depois é esôfago. Da parte inferior da cavidade cricoidea para baixo é esôfago.
Essa divisão é uma divisão anatômica da cavidade nasal, mas também existe
uma divisão funcional da cavidade nasal.
Fibras do nervo olfatório: o nervo olfatório é responsável pelo olfato e inerva o
terço superior da cavidade nasal, ou seja, o terço superior da cavidade nasal
corresponde à região olfatória, enquanto que os dois terços inferiores
correspondem à região respiratória, não tendo sentido de olfato. Tem-se ainda
uma série de acidentes (relevos) chamados conchas nasais (de cada lado do
nariz de um indivíduo normal tem-se 3 conchas nasais, sendo elas inferior, média
e superior, podendo ainda existir a concha nasal suprema).
FARINGE:
A partir das coanas, nós temos a faringe. A faringe começa bem aberta e vai
colabando. Embaixo a parede é bem colada uma na outra, só abre para a
passagem do bolo alimentar. Abaixo da cartilagem cricóide é esôfago. Ou seja,
a faringe vai das coanas até a margem inferior da cartilagem cricóide. Na frente,
tem a laringe que também vai até a margem inferior da cartilagem cricóide,
depois dela é a traqueia. A traqueia fica na frente do esôfago. Na frente é laringe,
atrás é faringe.
A faringe é um tubo muscular oco que tem a função de condução de ar e
alimento. A laringe só conduz ar.
A faringe se divide em três partes:
- Nasofaringe: das coanas até o hiato faríngeo.
- Orofaringe: do hiato faríngeo até a epiglote
- Laringofaringe: da epiglote até cartilagem cricóide (atrás da laringe)
Pergunta: professor posso falar que a nasofaringe vai da base do osso esfenóide
até o palato mole?
Professor: não, porque inicia-se das coanas! Mas, posso dizer que ela se inicia
nas coanas e termina no hiato faríngeo.
Então veja o seguinte, aqui na nasofaringe, nós temos uma serie de estruturas
e tem um orifício aqui de um lado e do outro tem outro, então esse orifício aqui
é o óstio faríngeo da tuba auditiva. O que é a tuba auditiva? A tuba auditiva é um
tubo como um cano, com orifício de ambos os lados, então esse orifício aqui é o
óstio faríngeo, então ela vai até a orelha média e na orelha média se abre o óstio
timpânico da tuba auditiva. Então, é por aqui que entra ar para a orelha média.
Então quando vocês estão em um avião, ou subindo muito rápido uma ladeira
ou descendo muito rápido uma ladeira, aí a orelha tampa, aí você dá um bocejo
ou engole saliva, para poder melhorar, então isso ocorre por que essa tuba
auditiva tem a função de regular a pressão do ar do ouvido externo com a
pressão da orelha média. Essa pressão deve estar regulada dentro e fora para
que a pessoa ouça melhor. Pela tuba auditiva, se tiver uma faringite também
poderá entrar agente infeccioso de lá até a orelha média e ter uma otite.
LARINGE:
Agora, vamos falar sobre a LARINGE: esse espaço que é a abertura da laringe
é conhecido como ádito da laringe. Essa parede anterior do ádito da laringe é
a epiglote. E essas paredes látero-posteriores são pregas e chamam-se
ariepiglótica (porque é a junção das cartilagens aritenoidea até a epiglótica).
Esse ariepiglótica possui uma cartilagem aritenoidea. Entre a prega
ariepiglótica tem a incisura interaritenoidea. Percebam dois tubérculos, e eles
são formados por cartilagem.
Esses tubérculos são formados por cartilagem. Então esse tubérculo mais
posterior é o corniculado direito e esquerdo. O mais anterior é o tubérculo
cuneiforme direito e esquerdo.
Nomes apresentados: o adito da laringe por cima, a epiglote, prega ariepiglotica
direita e esquerda, incisura interaritenóide. Entre a língua e a epiglote tem a
valécula direita e esquerda, tonsila palatina direita e esquerda, tonsilas linguais.
A abertura da laringe é o adito.
Então, essa cartilagem tireóidea possui uma lâmina direita, uma lâmina
esquerda, uma incisura tireóidea superior. Então essas lâminas, direita e
esquerda, se unem para formar, na parte frontal, a proeminência laríngea. Então,
esse “gogó” que temos na região frontal do pescoço, também conhecido como
pomo de Adão, é a proeminência laríngea. Mulher também possui, mas no
homem é mais pronunciado. E quanto mais pronunciado, mais grave é a voz do
indivíduo, pois ele altera o comprimento do ligamento vocal.
Aluna: tem alguma explicação para essa diferença entre homens e mulheres?
Professor: Sim, por fatores hormonais, no homem a musculatura cresce mais e
acaba alongando o ligamento vocal, por esse motivo, os acidentes ósseos são
mais proeminentes nos homens.
Então vejam só, a laringe é uma estrutura cheia de cornos. Possui o corno
superior direito e esquerdo e o corno inferior direito e esquerdo. Cada corno
superior da cartilagem tireóide, se uns ao corno maior do osso hióide através do
ligamento tireo-hióideo lateral.
Percebam que o osso hióide é um isso desarticulado, você consegue
movimentá-lo com as mãos. Inclusive você pode lesá-lo quando esganar alguém
(esganadura é com as mãos, enforcamento é com corda, esbojamento é com
faca).
Aqui estamos vendo o corpo do osso hióide, essa parte central é o corpo do osso
hioide, entre o corpo e o corno maior sai o corno menor, direito e esquerdo.
Frontalmente nós observamos a membrana tireo-hióidea e, no meio dela, o
ligamento tireo-hióideo mediano, que é um espessamento da membrana tireo-
hióidea.
Para fazer traqueostomia precisa conhecer essa região da laringe (não da pra
entender o nome da região). Não precisa ser cirurgião, precisa colocar uma
agulha grossa entre a cartilagem cricóide e a tireoide, e a pessoa respira pelo
orifício feito. Então, está à baixo da prega vocal. Coloca uma agulha até levar
para o hospital. Aqui, nós estamos vendo a mucosa, isso é a prega vocal ou
prega vocal verdadeira e a falsa prega vocal. De cada lado tem uma superior e
outra inferior. Pregas vocais inferiores direita, esquerda são as pregas vocais
verdadeiras. As pregas vocais superiores são as falsas pregas vocais ou pregas
ventriculares. É chamada prega vocal verdadeira, pois ao emitir o som, tem
várias coisas envolvidas. É expelido o ar pela laringe, esse ar vai bater na prega
vocal inferior e essa que vibra. A prega superior (falsa) não vibra. Estamos vendo
aqui, de um lado e de outro, o nervo laríngeo inferior ou nervo laríngeo
recorrente. São esses nervos que inervam as pregas vocais verdadeiras.
Quando esses nervos são lesados em cirurgia, o paciente não consegue falar.
Entre a prega vocal superior e inferior tem um espaço em forma de casco de
canoa que é chamado de ventrículo da laringe. Do adito da laringe (que é a
abertura da laringe) até a prega vocal vestibular, é o vestíbulo da laringe ou
cavidade vestibular, um espaço. Essa região onde está a prega vocal verdadeira,
que são as inferiores, recebe o nome de glote.