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Com base na divisão topográfica anatômica possuímos as Vias aéreas

superiores e inferiores. As vias aéreas superiores se iniciam nas narinas e


termina na margem inferior da cartilagem cricóide, após a cartilagem cricóide
inicia-se as vias aéreas inferiores.

NARIZ:

O NARIZ subdivide-se em Nariz externo e interno, o nariz externo está


disposto como um telhado na abertura da cavidade nasal, já a na cavidade nasal,
após as narinas representa o nariz interno.
Nariz externo (delimitação):
Superior: linha imaginária que passa pelos arcos superciliares.
Inferior: linha imaginária que passa na base do nariz.
Lateral: prolongamento dos sulcos nasopalpebral e nasogeniano

A região geniana é a região da bochecha. O encontro dos sulcos nasogenianos


corresponde aos limites laterais do nariz. O nariz possui duas faces: uma face
direita e esquerda. Estas partes se unem anteriormente formando o dorso do
nariz. A parte inferior é a base do nariz e, na extremidade da base tem-se o
lóbulo nasal. Observa-se também na base dois orifícios que são as narinas.
Contornando as narinas tem-se as asas do nariz (asa direita e esquerda) e
separando as duas narinas tem-se a columela (diminutivo de coluna – coluna
pequena).

Nós podemos ainda observar que entre a região frontal e o dorso do nariz, existe
um sulco. É o sulco fronto-nasal. Alguns indivíduos não possuem.
A abertura da cavidade nasal é chamada de abertura piriforme. Piriforme faz
referência a forma de pêra, ou seja, é mais ou menos triangular.
Nós estamos vendo aqui uma tomografia, um corte transversal do nariz, então
esse esqueleto do nariz externo, formado por ossos e cartilagens. Aqui é a
cavidade nasal, dividida em duas metades, direita e esquerda, pelo septo nasal.
E aqui a parte posterior da cavidade nasal. Esse espaço aqui, onde acaba a
cavidade nasal, cada um deles é a coana. Coana direita e coana esquerda. Nós
conseguimos examinar a coana dos pacientes ou via microcâmera ou com um
espelhinho aquecido, para não embaçar.

Aqui se vê o nariz interno com o septo nasal. No septo nasal, existe uma
área anastomótica do septo nasal com vários vasos se anastomosando. Essa
área é chamada de área de Kisselbach ou área anastomótica do septo nasal.

Nessa área há muitas


hemorragias nasais. Muitos
sangramentos por trauma,
hipertensão ou ressecamento da
mucosa. Em áreas com baixa
umidade, há o ressecamento da
mucosa e posterior sangramento
no nariz. Essa hemorragia nasal
é chamada de rinorragia ou
epistaxe.

Essa cavidade nasal é revestida por uma mucosa (mucosa pituitária ou nasal)
que produz a secreção viscosa denominada muco.
Resposta à pergunta: Epistaxe é todo tipo de hemorragia nasal. Então se
ocorrer aqui em Alagoas não se pensará, inicialmente, que ela é decorrente
de ressecamento de mucosa porque nosso clima é úmido. É mais provável
que seja por uma hipertensão mal tratada, por exemplo.
A mucosa está revestindo toda cavidade nasal, temos que disseca-la para expor
os vasos, em cada cavidade a mucosa que a reveste tem o seu nome, por
exemplo mucosa oral e por aí vai.
Se tivermos a situação de hemorragia e ela for causada por hipertensão,
primeiro trataremos a hipertensão, e depois podemos fazer um tamponamento.
É comum, até profissionais da saúde, mandar prender o nariz e pôr a cabeça
para trás, porém este procedimento é errado uma vez que o sangue irá escorrer
para coanas e depois sistema digestório (não há parada para coagulação). O
certo é prender o nariz e pôr a cabeça para frente, assim ele estaciona, coagula
e estanca.
Em alguns casos é necessário fazer tamponamento, com um tufo de gaze
embebida em soro, que será introduzido pelas narinas do paciente com
hemorragia nasal. Essa gaze pode permanecer até três dias no nariz se a
hemorragia foi muito grave. Então, esse é um tamponamento anterior. Quando
o sangramento é mais posterior, só o tamponamento anterior não resolve. É
necessário aplicar xilocaína em spray na região afetada e passar uma sonda
nasogástrica dentro da cavidade nasal até a cavidade oral. Essa sonda será
pinçada pela boca e terá, em sua extremidade, um tufo de gaze amarrado com
barbante. Depois, a sonda já com a gaze é puxada de volta na direção da
cavidade nasal até as coanas. A gaze cumprirá seu papel de obstruir essa
abertura posterior nasal, finalizando o tamponamento posterior.

Fig. Procedimentos do tamponamento posterior nasal.

Então estamos vendo aqui, que foi retirado o septo nasal. O septo nasal é,
portanto, a parede medial da cavidade nasal. Ele foi seccionado e por isso,
estamos vendo a parede lateral, que é revestida de mucosa. A cavidade nasal
vai, mais ou menos, até onde acaba o septo, que termina na coana. De onde
acaba o septo para trás é a faringe. Então para trás da coanas abertas é faringe
e depois é esôfago. Da parte inferior da cavidade cricoidea para baixo é esôfago.

Então olhando a parede lateral da cavidade nasal, é possível perceber nesse


corte as narinas, e logo após as narinas há uma curvatura, e há uma de cada
lado, que é chamada de limiar do nariz. Em alguns livros essa curvatura é
chamada de limen nasi. Isso quer dizer limite, então das narinas até o limiar é o
vestíbulo nasal. E do limiar até as coanas é a cavidade nasal propriamente dita.
Então essas duas regiões formam a cavidade nasal.

No vestíbulo nasal, há uma série de pelos chamados vibrissas, que são


importantes para a retenção de corpos estranhos nas vias aéreas superiores.

Essa divisão é uma divisão anatômica da cavidade nasal, mas também existe
uma divisão funcional da cavidade nasal.
Fibras do nervo olfatório: o nervo olfatório é responsável pelo olfato e inerva o
terço superior da cavidade nasal, ou seja, o terço superior da cavidade nasal
corresponde à região olfatória, enquanto que os dois terços inferiores
correspondem à região respiratória, não tendo sentido de olfato. Tem-se ainda
uma série de acidentes (relevos) chamados conchas nasais (de cada lado do
nariz de um indivíduo normal tem-se 3 conchas nasais, sendo elas inferior, média
e superior, podendo ainda existir a concha nasal suprema).

Inferiormente às conchas nasais, temos os meatos nasais(fendas):


Concha nasal inferior -> meato nasal inferior
Concha nasal médio -> meato nasal médio
Concha nasal superior -> meato nasal superior
E caso exista uma concha nasal suprema -> meato nasal supremo
A concha nasal suprema, quando existe, está superior à concha nasal superior.
Na cavidade nasal, o espaço posterior ao vestíbulo nasal recebe o nome de
antro nasal. É anterior ao meato nasal médio.
Na concha nasal média existe uma projeção anterior que recebe o nome de
agger nase.
Região anterior da concha nasal média recebe o nome de Agger nasi (elevação
do nariz). Percebam aqui nessa figura, quando vocês estudaram os ossos
(crânio), aqui nós temos cavidades: seio senoidal, seio frontal, várias células
etmoidais. Isso aqui é o etmoide e o esfenoide. Aqui tem um recesso, outra
escavação, é o recesso esfenoetmoidal que é uma fenda epical.

Células olfatórias são microscópicas e se encontram nas extremidades do nervo


olfatório. Elas são muito sensíveis e podem se lesionar muito facilmente por
substâncias químicas ou muito quentes. Muitas vezes elas se regeneram,
contudo se forem agredidas o tempo todo elas acabam sendo destruídas.
Anosmia: quando as células olfatórias são destruídas e o indivíduo para de sentir
cheiro. Há anosmia por lesão das células olfatórias, ou do nervo olfatório ou do
trato olfatório que entra dentro do gânglio no SNC. Em qualquer parte do trajeto
que houver lesão, teremos anosmia.
Pergunta: quebrar o nariz pode gerar anosmia?
Reposta: Não, porque você teria que quebrar o terço superior inteiro, então a
fratura não influencia nisso.
O funcionamento dessas células ocorre de acordo com concentração de soluto
e solvente. A depender do que tem maior concentração você vai sentir um cheiro.
Lateralmente à concha nasal média nós estamos vendo uma projeção que é a
bolha etmoidal. E anteroinferiormente à bolha etmoidal temos uma cavidade,
uma fenda, é o hiato semilunar.
Então vejam o seguinte, quando estudamos crânio ósseo vimos que alguns
ossos são ossos pneumáticos. Esses são ossos que têm cavidades cheias de ar
e só existem no crânio. Isso serve para o seguinte: para diminuir o peso do
crânio, servem também como caixas de ressonância para a voz e também
servem para filtrar, aquecer e umidificar o ar inspirado. Então essas cavidades
também têm mucosa, a mesma do nariz, cuja função é filtrar, umidificar e
aquecer o ar que aí entra. Além disso atuam como caixa de ressonância, o que
para voz é muito importante, o que é exemplificado pelo fato de a voz ficar
anasalada quando tais conchas nasais estão edemaciadas e obstruem a
drenagem destes seios. Se o muco produzido nos seios não sair irá desencadear
um processo infeccioso e inflamatório. Estes seios são chamados, no latim, de
sinus, e se houver infecção ela é chamada sinusite (inflamação dos sinus).
Se a pessoa estiver com os seios limpos ela consegue jogar a voz para
eles e projetá-la, como os cantores de opera fazem.
Nem todos os seios do crânio são paranasais. Nós temos alguns seios que são
paranasais, que drenam para a cavidade nasal. Os seios que não são paranasais
são os seios do osso temporal. O processo mastoide do osso temporal tem
cavidade cheia de ar, mas é esse ar chega através da faringe e orelha média
para cá. Quando eu tenho uma infecção no processo mastoide, ela veio da
faringe para orelha média e para cá.
E quais são os seios paranasais? O seio frontal, o maxilar direito e esquerdo e
células etmoidais anteriores drenam seu muco o meato nasal médio. O seio
esfenoidal drena para o recesso esfenoetmoidal. As células etmoidais
posteriores drenam para o meato nasal superior e, quando houver meato nasal
supremo, também para ele. Se eu tenho obstrução desses seios, vai se acumular
muco e a pessoa terá sinusite de repetição.

Quando se tem desvio de septo muito acentuado (a ponto de causar


obstrução), corrige-se cirurgicamente com a fratura do septo e em seguida com
o alinhamento, o que colabora para o paciente não possuir mais sinusite (se a
causa for o desvio de septo). Existem outras causas de obstruções, além do
desvio de septo, como a presença de pólipos. O indivíduo pode ter uma rinite e
também apresentar uma pequena obstrução momentânea.
O muco é muito acessível às bactérias, o aumento de sua concentração
contribui para o aumento do risco de infecção bacteriana. O tratamento é com
antibiótico. Os sintomas da sinusite é dor intensa.
O seio maxilar drena contra a gravidade, já o seio frontal é a favor da
gravidade. Portanto, se o indivíduo tem sinusite frontal, facilmente ele vai ter
sinusite maxilar também.
A sinusite tem uma característica interessante: O paciente chega com a
queixa “Doutor, estou com dor de cabeça e estou corizando”, daí você pergunta:
“Essa coriza tem mau cheiro? ”, se ele responder que sim, pode ser um alto
indício de sinusite, porque as bactérias que causam a infecção promovem o mau
odor.
Uma coisa interessante, que quando a pessoa vai fazer a extração dos dentes
superiores a raíz é muito perto do seio maxilar, se acontecer de cair pedaço de
raiz ou osso nesse seio maxilar, pode acarretar em sinusite por corpo estranho
e precisa fazer a retirada desse corpo estranho.

FARINGE:

A partir das coanas, nós temos a faringe. A faringe começa bem aberta e vai
colabando. Embaixo a parede é bem colada uma na outra, só abre para a
passagem do bolo alimentar. Abaixo da cartilagem cricóide é esôfago. Ou seja,
a faringe vai das coanas até a margem inferior da cartilagem cricóide. Na frente,
tem a laringe que também vai até a margem inferior da cartilagem cricóide,
depois dela é a traqueia. A traqueia fica na frente do esôfago. Na frente é laringe,
atrás é faringe.
A faringe é um tubo muscular oco que tem a função de condução de ar e
alimento. A laringe só conduz ar.
A faringe se divide em três partes:
- Nasofaringe: das coanas até o hiato faríngeo.
- Orofaringe: do hiato faríngeo até a epiglote
- Laringofaringe: da epiglote até cartilagem cricóide (atrás da laringe)

Pergunta: professor posso falar que a nasofaringe vai da base do osso esfenóide
até o palato mole?
Professor: não, porque inicia-se das coanas! Mas, posso dizer que ela se inicia
nas coanas e termina no hiato faríngeo.

Então veja o seguinte, aqui na nasofaringe, nós temos uma serie de estruturas
e tem um orifício aqui de um lado e do outro tem outro, então esse orifício aqui
é o óstio faríngeo da tuba auditiva. O que é a tuba auditiva? A tuba auditiva é um
tubo como um cano, com orifício de ambos os lados, então esse orifício aqui é o
óstio faríngeo, então ela vai até a orelha média e na orelha média se abre o óstio
timpânico da tuba auditiva. Então, é por aqui que entra ar para a orelha média.
Então quando vocês estão em um avião, ou subindo muito rápido uma ladeira
ou descendo muito rápido uma ladeira, aí a orelha tampa, aí você dá um bocejo
ou engole saliva, para poder melhorar, então isso ocorre por que essa tuba
auditiva tem a função de regular a pressão do ar do ouvido externo com a
pressão da orelha média. Essa pressão deve estar regulada dentro e fora para
que a pessoa ouça melhor. Pela tuba auditiva, se tiver uma faringite também
poderá entrar agente infeccioso de lá até a orelha média e ter uma otite.

Pergunta: pode acontecer ao contrário?


Resposta: só se houver uma ruptura de membrana do tímpano. Aí vai ter otite
externa, rompe a membrana e vai para média. Aí quando a infecção chega lá
que tem muito pus ela rompe a membrana timpânica. Corrimento de pus pela
orelha é sinal de rompimento da membrana do tímpano.
Ele é um tubo osteocartilaginoso que vai dar faringe até a orelha média e tem a
função de regular a pressão do lado externo com a pressão do lado interno.
Perceba que nós temos ascendentes aqui ao redor do óstio faríngeo da tuba
auditiva. Essa projeção aqui superior ao óstio é o Toro tubário. Desse lado aqui
está dissecado, mas é essa cartilagem aqui acima da tuba auditiva chamada
também de torus Tubal.
Inferiormente ao óstio faríngeo da tuba auditiva existe outra prega, é a prega do
músculo elevador do Véu palatino.
Prega do músculo elevador do véu palatino, véu palatino é o palato mole.
Anteriormente ao óstio faríngeo da tuba auditiva tem a prega salpingopalatina,
do músculo salpingopalatino, salpingo quer dizer tuba, ou seja, vai da tuba para
o palato. Posteriormente há a prega salpingofaríngea, do músculo
salpingofaríngeo, vai da tuba para a faringe.
OBS: Esses músculos com a mucosa formam essas pregas.

Esses músculos têm importância na deglutição: Quando o bolo alimentar


está sendo engolido, esses músculos levantam o palato, fechando a faringe, para
que o bolo alimentar não se desvie para as vias aéreas. Após ser desviado pela
epiglote, o bolo alimentar cai no recesso faríngeo.
O istmo (estreitamento) das fauces (garganta) é um orifício que realiza a
comunicação da cavidade oral com a orofaringe.
Limites do istmo das fauces:
● Superior: Palato mole e úvula;
● Laterais: Arco palatoglosso (do palato até a língua);
● Anterior: Arco palatofaríngeo (do palato até a faringe);
● Inferior: Base da língua e as valéculas.

Entre os arcos palatoglosso e palatofaríngeo, encontra-se as tonsilas


palatinas (esquerda e direita), conhecidas como amídalas.

São 3 músculos que formam a faringe: Constrictor superior, médio e inferior.


Esses são os músculos intrínsecos, que não podemos visualizar muito bem sua
divisão na dissecação. Também existem os músculos extrínsecos, que prendem
a faringe em outra estrutura e levantam a faringe durante a deglutição. Têm-se
então o músculo estilo-faríngico (vai do processo estiloide à faringe) e palato-
faríngico (do palato à faringe).
Obs. Tonsilas faríngicas (ou nasofaríngicas) também são chamadas de
adenoides, e quando hipertrofiadas, podem obstruir até 70% da luz da faringe.
Quando a obstrução é superior a 70%, o indivíduo passa a respirar pela boca,
ocasionando os roncos noturnos, por exemplo.
As tonsilas linguais, faríngicas e palatinas em conjunto formam Anel Linfático da
Faringe. Estamos vendo a FARINGE ABERTA. E por trás, observamos no local
onde a faringe foi aberta e o local entre a laringe a faringe é o recesso piriforme
(triangular).

LARINGE:
Agora, vamos falar sobre a LARINGE: esse espaço que é a abertura da laringe
é conhecido como ádito da laringe. Essa parede anterior do ádito da laringe é
a epiglote. E essas paredes látero-posteriores são pregas e chamam-se
ariepiglótica (porque é a junção das cartilagens aritenoidea até a epiglótica).
Esse ariepiglótica possui uma cartilagem aritenoidea. Entre a prega
ariepiglótica tem a incisura interaritenoidea. Percebam dois tubérculos, e eles
são formados por cartilagem.
Esses tubérculos são formados por cartilagem. Então esse tubérculo mais
posterior é o corniculado direito e esquerdo. O mais anterior é o tubérculo
cuneiforme direito e esquerdo.
Nomes apresentados: o adito da laringe por cima, a epiglote, prega ariepiglotica
direita e esquerda, incisura interaritenóide. Entre a língua e a epiglote tem a
valécula direita e esquerda, tonsila palatina direita e esquerda, tonsilas linguais.
A abertura da laringe é o adito.
Então, essa cartilagem tireóidea possui uma lâmina direita, uma lâmina
esquerda, uma incisura tireóidea superior. Então essas lâminas, direita e
esquerda, se unem para formar, na parte frontal, a proeminência laríngea. Então,
esse “gogó” que temos na região frontal do pescoço, também conhecido como
pomo de Adão, é a proeminência laríngea. Mulher também possui, mas no
homem é mais pronunciado. E quanto mais pronunciado, mais grave é a voz do
indivíduo, pois ele altera o comprimento do ligamento vocal.
Aluna: tem alguma explicação para essa diferença entre homens e mulheres?
Professor: Sim, por fatores hormonais, no homem a musculatura cresce mais e
acaba alongando o ligamento vocal, por esse motivo, os acidentes ósseos são
mais proeminentes nos homens.
Então vejam só, a laringe é uma estrutura cheia de cornos. Possui o corno
superior direito e esquerdo e o corno inferior direito e esquerdo. Cada corno
superior da cartilagem tireóide, se uns ao corno maior do osso hióide através do
ligamento tireo-hióideo lateral.
Percebam que o osso hióide é um isso desarticulado, você consegue
movimentá-lo com as mãos. Inclusive você pode lesá-lo quando esganar alguém
(esganadura é com as mãos, enforcamento é com corda, esbojamento é com
faca).

Aqui estamos vendo o corpo do osso hióide, essa parte central é o corpo do osso
hioide, entre o corpo e o corno maior sai o corno menor, direito e esquerdo.
Frontalmente nós observamos a membrana tireo-hióidea e, no meio dela, o
ligamento tireo-hióideo mediano, que é um espessamento da membrana tireo-
hióidea.

Então vejam o seguinte, o corno inferior da cartilagem tireóidea se articula com


a cartilagem cricoide. Então a cartilagem na frente é menos espessa, ela é
fininha, e atrás é mais larga, mais alongada. E aqui descendo a cartilagem
cricóide nós teremos a cartilagem aritenoide direita e esquerda .Essa outra
cartilagem é a cartilagem epiglótica. Essas cartilagens é que formam a laringe.
Então vamos ver como se processa a voz. Unindo a cartilagem cricoide a
aritenoide nós teremos o ligamento cricoaritenóide, direito e esquerdo, então
esse ligamento funciona como uma cápsula articular. Então é uma capsula
articular, uma articulação sinovial. Então haverá um deslizamento dessas
cartilagens. Então essa cartilagem gira para lá ou para cá com a ação da
musculatura. E isso tensiona ou relaxa o músculo vocal e o ligamento vocal e
isso vai alterar o timbre da voz. Então nós estamos vendo no corte sagital a
cartilagem aritenoide, o ligamento vocal e o ligamento vestibular.
Antes de voltar para as cartilagens e falar das pregas vocais. Uma relação
importante da laringe com a glândula tireóidea, essa glândula tireoide tem um
istmo de dois lóbulos esquerdo e direito. Essa glândula tireoide pode também ter
um lóbulo piramidal, que é uma variação quando existe. A glândula tireoide ela
tem origem na cavidade oral, na boca, ela desce da cavidade oral até o pescoço
pelo ligamento tireoglosso e as vezes nesse trajeto tem resto de glândula que
forma o lóbulo piramidal que é uma variação.
Posteriormente a glândulas tireoide também existe as glândulas paratireoides,
são de duas a quatro de cada lado, as glândulas paratireoides produzem
paratormônio que é importante para o metabolismo do cálcio, e a glândula
tireoide produz T3 e T4, são os hormônios tireoidianos que atuam no
metabolismo.

Para fazer traqueostomia precisa conhecer essa região da laringe (não da pra
entender o nome da região). Não precisa ser cirurgião, precisa colocar uma
agulha grossa entre a cartilagem cricóide e a tireoide, e a pessoa respira pelo
orifício feito. Então, está à baixo da prega vocal. Coloca uma agulha até levar
para o hospital. Aqui, nós estamos vendo a mucosa, isso é a prega vocal ou
prega vocal verdadeira e a falsa prega vocal. De cada lado tem uma superior e
outra inferior. Pregas vocais inferiores direita, esquerda são as pregas vocais
verdadeiras. As pregas vocais superiores são as falsas pregas vocais ou pregas
ventriculares. É chamada prega vocal verdadeira, pois ao emitir o som, tem
várias coisas envolvidas. É expelido o ar pela laringe, esse ar vai bater na prega
vocal inferior e essa que vibra. A prega superior (falsa) não vibra. Estamos vendo
aqui, de um lado e de outro, o nervo laríngeo inferior ou nervo laríngeo
recorrente. São esses nervos que inervam as pregas vocais verdadeiras.
Quando esses nervos são lesados em cirurgia, o paciente não consegue falar.
Entre a prega vocal superior e inferior tem um espaço em forma de casco de
canoa que é chamado de ventrículo da laringe. Do adito da laringe (que é a
abertura da laringe) até a prega vocal vestibular, é o vestíbulo da laringe ou
cavidade vestibular, um espaço. Essa região onde está a prega vocal verdadeira,
que são as inferiores, recebe o nome de glote.

Quando o indivíduo tem uma alergia (exemplo: camarão) e toma “qualquer


remédio que seja”, mas não procura tratar, ocorrerá inchaço, coceira, edema
palpebral e também o edema de glote. Embora um edema de glote importante
demore a acontecer, não tratar a alergia poderá causar uma obstrução, o que
dificulta a respiração. Se houver uma emergência, no caso de asfixia, uma
punção com uma agulha grossa na região abaixo da glote é um procedimento
para recuperar a respiração e salvar a vida do paciente.
Quanto mais fechada o ar passa por ela e vibra. Musculatura intrínseca da
laringe, não precisa decorar só será citado! Temos os músculos aritenoideos
transversos, oblíquos, Crico-aritenóideo posterior, Crico-aritenóideo lateral,
Tíreo-aritenóideo, todos esses músculos são adutores, eles fecham para a gente
falar menos o Crico-aritenóideo posterior. Esses dois aqui quando se
encontrarem ele roda a cartilagem aritenóide para a gente respirar, eles são
fonadores e só o Crico-aritenóideo posterior é respiratório. Bom a gente está
vendo a prega vocal verdadeira, e o musculo vocal está preso no ligamento
vocal, ou seja, no ligamento vestibular não tem musculo. Essa imagem aqui
vocês têm que entender muito bem:
Ao levantar a língua com instrumentos adequados, é possível levantar a epiglote
e identificar a prega vocal verdadeira direita e esquerda (entre as pregas tem-
se a rima da glote), falsa prega vocal direita e esquerda (também chamada de
prega vestibular; entre
elas encontra-se a
rima vestibular que
deve ficar sempre
aberta).
Quando a rima da
glote está aberta, o
indivíduo vai falar ou
tossir. Para entubar,
tem que realizar a
incisão entre as
pregas vocais
verdadeiras.
Realizar esse procedimento de forma inadequada pode fazer com que a barriga
do paciente inche e alimentos retornem pelo tubo.

Essas pequenas tumorações nas


cordas vocais são chamadas de
pólipos. Estes podem ser um cisto,
podem ser sólidos, etc. Esses pólipos
podem gerar tosse, rouquidão

A lesão no nervo laríngeo recorrente


esquerdo faz com que apenas prega
vocal esquerda paralise. A fala irá
ocorrer pela movimentação da prega
íntegra, contudo, haverá perda de
alguns timbres de voz. Em caso de lesão bilateral, o indivíduo não consegue falar
e chega a ter dificuldade respiratória

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